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CENTRO DE REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO E


ATENDIMENTO ESPECIALIZADO DO ESTADO DO CEARÁ
Rua: Graciliano Ramos, 52 – Fátima tel. 3101.2070

FORT
ALEZ
A–
CE
2010

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


2

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DO CEARÁ - SEDUC


CENTRO DE REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO E ATENDIMENTO
ESPECIALIZADO DO ESTADO DO CEARÁ - CREAECE

Rua: Graciliano Ramos, 52 – Fátima - TEL. 3101.2070

CENTRO DE CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA


EDUCAÇÃO E DE ATENDIMENTOS ÀS PESSOAS COM
SURDEZ - CAS

FORTALEZA – CE

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


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GRUPO DE APOSTILA CURSO BÁSICO DE LIBRAS – FORTALEZA/CE

Organização Geral de Apostila: Marcus Weydson Pinheiro e Cristiano Lincoln


Lima Viana

Redação e Correção: Marcus Weydson, Fernando Antonio de Araujo Melo


(Intérprete) e Rejane Moreira - Coordenadora do CAS

Colaboradores:

Designer Gráfico

João Batista Alves de Oliveira Filho, Cristiano Lincoln Lima Viana, Márcio
Machado Rodrigues e Márcio Rogério Rodrigues Cantanhede.

Fotografia de sinais:

Alexandre, Cristiano, João Filho, João Neto, Márcio Rogério, Márcio Machado,
Marcone, Marcus Weydson.

Elaboração dos exercícios:

Marcus Weydson Pinheiro

Grupo de Instrutores de LIBRAS:

Alexandre Rocha Alves

Cristiano Lincoln Lima Viana

João Batista Alves de Oliveira Filho

João Martins De Morais Neto

Márcio Rogério Rodrigues Cantanhede

Márcio Machado Rodrigues

Marcone Sobreira Lima

Marcus Weydson Pinheiro

2010 – 1ª EDIÇÃO

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


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SUMÁRIO

 ORIENTAÇÃO PARA ESTUDANTES------------------------------------------------ 05

 APRESENTAÇÃO------------------------------------------------------------------------- 06

 O QUE É LIBRAS?------------------------------------------------------------------------ 10

 LEGISLAÇÃO LIBRAS 10.436, 24 de abril de 2002------------------------------ 12

 DECRETO 5.626, 22 de dezembro de 2005 --------------------------------------- 13

 CURSO BÁSICO DE LIBRAS Módulo I – U1 -------------------------------------- 24

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


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Caro Cursista.

A Língua Brasileira de Sinais – Libras é um sistema lingüístico com estrutura gramatical própria,
que permite a transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil (Lei
Federal nº 10.436/02). Sua modalidade se dá pela via espacial visual diferente da maioria ouvinte, que é
oral-auditiva.

Na intenção de podermos orientá-lo com relação ao nosso curso de Libras faz-se necessárias
algumas considerações:

Obedeça fielmente ao seu horário de início e término das aulas. Evite atrasos freqüentes
ou saída antes do término da aula.

Manhã: 8:00 às 11:00 Hs.

Tarde: 14:00 às 17:00 Hs.

Noite: 18:30 às 21:00 Hs.

Obs . Não haverá tempo de tolerância, ou seja, no horário descrito o professor


começará sua aula,

Você terá direito a dois dias de falta por unidade que corresponde a quatro faltas por
modulo .
Apresente sempre atestado médico, declaração de faculdade ou trabalho para justificar
suas faltas ou comunicar ao instrutor via e-mail/ telefone CAS. A cada 4 faltas um somente 3
poderá ser justificada.

A média para aprovação é 7.0. Não haverá arredondamentos.


Ex. Unidade I nota 5, então na unidade 2 o aluno deverá ter nota 9 perfazendo o total de
14 pontos que divididos por 2 terá um media 7.

No caso de reprovação do modulo o Cursista voltará para o módulo anterior ou


unidade..
A média final será obtida através da soma das avaliações realizadas durante o módulo.
MF = A1+A2 = 7.0
2

1. Seu instrutor é um profissional habilitado para a função. Aproveite!


2. Evite conversas paralelas e brincadeiras durante as aulas.
3. Qualquer dúvida procure a coordenação ou secretaria.

Desejamos sucesso a todos e que tenham um excelente rendimento.

A Coordenação

Atenciosamente.

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


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APRESENTAÇÃO

O Curso de Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS – é destinado a todas as pessoas


ouvintes que desejam manter uma comunicação proficiente com pessoas surdas. O
trabalho desenvolvido pelos profissionais ouvintes nas áreas da saúde, educação, trabalho,
entre outros, necessitam da LIBRAS para alcançar um bom rendimento nas atividades
desenvolvidas com os sujeitos surdos.

Os indivíduos surdos são os multiplicadores naturais, porque a LIBRAS foi desenvolvida


pela própria comunidade surda e, toda beleza, riqueza de sentimentos, detalhes,
profundidade e competência são transmitidas pelos seus usuários.

O programa do curso reúne a aprendizagem da LIBRAS e situações vivenciadas no


quotidiano. Além disso, discute algumas questões acerca da pessoa surda, partícipe de
uma comunidade Iinguística minoritária e cultural, envolvendo assuntos, principalmente,
sobre língua, história e filosofias aplicadas na educação dos surdos.

O curso de LIBRAS — Nível I compreende três módulos em 180 h/a assim divididos:

Básico I – 60 h/a,
Básico II – 60 h/a,
Básico III – 60h/a

As avaliações:

MI
U I – Prova escrita.
U II – Prova entrevista em Libras.
M II
U III – Prova objetiva sinalizada. (sinalização em DVD )
U IV - Prova entrevista em Libras.
M III
U V - Prova objetiva sinalizada. (sinalização em DVD )
U VI – Prova apresentação história em Libras (filmado )

OBJETIVOS

GERAL: Capacitar pessoas em Língua Brasileira de Sinais — LIBRAS, no Básico I, II e III


para facilitar a comunicação entre surdos e ouvintes em diversas situações.

ESPECÍFICOS:

 Divulgar a LIBRAS;
 Conhecer os fundamentos sócio-liguísticos que legitimam a LIBRAS como Língua
natural dos surdos;
 Ampliar a comunicação em LIBRAS entre surdos e ouvintes;
 Compreender a comunidade surda como bilíngue e bicultural;
 Conscientizar e formar agentes multiplicadores ouvintes na pesquisa sobre surdez e em
língua de sinais;
 Minimizar o estigma e preconceito em relação a surdez e à LIBRAS;
 Conhecer os fundamentos básicos sobre cultura e identidade surdas;
 Oportunizar aos cursistas uma mudança de postura em relação à pessoa surda.
LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais
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PRINCIPIOS GERAIS PARA O ALUNO

Para que o aluno alcance um nível razoável em seu desempenho comunicativo, precisará ter o
desejo e oportunidade de se comunicar em LIBRAS, por isso as orientações metodológicas,
abaixo, servirão dos seguintes princípios gerais que nortearão o ensino/aprendizagem desta
língua:

a) Troque a voz pelos sinais:


Isso mesmo! Evite falar durante as aulas. As línguas de sinais utilizam o canal gestual-visual.
Muitos alunos ouvintes ficam tentados a falar em sua língua enquanto tentam formular uma
palavra ou frase na língua que estão aprendendo. Esta atitude pode ocasionar um ruído na
comunicação, ou seja, urna interferência mútua de códigos que prejudica o processo de
aprendizagem de urna segunda língua já que cada urna tem a sua própria estrutura. Tente
―esquecer‖ sua língua oral-auditiva quando estiver formulando frases em LIBRAS. Um
aprendizado de urna segunda língua pode, ter o suporte da primeira a se compreender e
comparar as gramáticas das duas línguas, mas quando se está estruturando uma frase, tente
―pensar‖ em LIBRAS.

b) O corpo sinaliza
Use a escrita ou expressões corporais para se expressar. Num primeiro momento, devido ao
fato de não se ter ainda um domínio da língua, o aluno, motivado por sua insegurança natural,
é tentado a usar sua língua para perguntar ao professor ou aos seus colegas o que não
consegue apreender de imediato. Urna alternativa, para evitar esta interferência, é a
comunicação através da datilologia, da escrita, ou tentar a utilização de expressões corporal e
facial a partir do contexto. São alguns recursos utilizados pelos próprios surdos ao se
comunicarem com ouvintes, que não conseguem compreendê-los, quando se expressam
oralmente, ou não sabem língua de sinais. Tente sempre se expressar em LIBRAS, o professor
entenderá sua comunicação e o induzirá aos sinais que serão necessários para a situação
comunicativa que deseja se expressar.

c) O erro faz parte


Não tenha receio de errar! O erro não deve ser entendido como falha, mas como um processo
de aprendizagem. Tenha segurança em si mesmo. Na comunicação sempre o erro está
presente, mas o contexto ajuda a perceber a intenção comunicativa e o professor ou o colega
poderá ajudar a encontrar a forma adequada para a situação. Pense na mensagem que se
quer transmitir e não nas palavras isoladamente.

d) Atenção e memória visuais: duas aliadas


Desperte a atenção e memória visuais. Como os falantes de línguas orais-auditivas
desenvolvem geralmente mais atenção e memória auditivas, é necessário um esforço para o
desenvolvimento da memória de percepção visual do mundo — um olhar, uma expressão
facial, sutis mudanças na configuração das mãos são traços que podem alterar o sentido da
mensagem.

e) Agora é a vez do olho


Sempre fixe o olhar na face do emissor da mensagem. As línguas de sinais são articuladas em
um espaço neutro à frente do emissor, mas como as expressões facial e corporal podem
especificar tipos de frases e expressões adverbiais, é preciso estar atento ao sentido dos sinais
no contexto onde estão colocados. O importante é a frase e não o sinal isolado. É, também,
considerado falta de educação desviar o olhar durante a fala de alguém, pois representa
LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais
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desinteresse no assunto.

f) Não deixe escapar nada


Atente-se para tudo que está acontecendo durante a aula e preste atenção nas orientações e
conversas do professor com outro e nas atividades feitas pelos seus colegas de classe.
Demonstre envolvimento pelo que está sendo apresentados, através de aceno de cabeça,
expressão facial e certos sinais. O receptor demonstra ao emissor da mensagem que está
interessado, compreendendo e que este pode continuar a comunicação. Tudo é aprendizagem.
Antes de entrar em sala, exercitem com os outros colegas em ocasiões extra-classe fazendo
revisões das aulas anteriores. Isto exercita na assimilação do sinal.

g) Sempre em LIBRAS
Comunique-se com seus colegas de classe, em LIBRAS, mesmo em horário extra-classe ou
em outros contextos, assim pode-se sempre exercitar e apreender as vantagens de se saber
urna língua de sinais em certas situações, por exemplo, onde se quer falar a distância, o som
atrapalha ou mesmo a mensagem deve ser sigilosa. Mesmo os colegas que conheçam alguns
sinais, estes devem dar prioridade aos outros e incentivá-los na contextualização e não falar o
significado do sinal. Enfim, todos devem se esforçar para compreender a língua de sinais se
utilizando da visão e do corpo.

h) Vamos! Aproxime-se! Venha conhecer!


Envolva-se com as comunidades surdas corno todo aprendizado de língua, o envolvimento
com a cultura e os usuários é importantíssimo, portanto, não basta ir às aulas é preciso
também buscar um convívio com os surdos para poder interagir em LIBRAS e,
conseqüentemente, ter um melhor desempenho linguístico.

METODOLOGIA
Neste Nível I — Básico I, II e III o curso terá urna duração de 180h/a e será dividido em duas
partes por cada módulo: a primeira, é mais geral e teórica (PG) e compreende 10 h/a. Ela tem
o objetivo de sensibilizar e conscientizar o aluno a respeito da surdez e suas implicações psico-
sócio - educacionais. Estas exposições serão feitas por profissionais ouvintes especialistas ou
por surdos, com a presença do intérprete.
A segunda é específica e vivenciada (FE) e compreende 50 h/a. Ela dará condições ao aluno
ouvinte de assinalar a estrutura da LIBRAS através do aprendizado do vocabulário
contextualizado em situações de diálogos, jogos, dinâmicas e produções dos alunos. Esta
parte será ministrada exclusivamente pelo instrutor surdo.
Será distribuído material especifico sobre surdez corno textos, artigos, referências
bibliográficas, vocabulário sinalizado e exercícios.
As técnicas de ensino serão as seguintes, conforme distribuição:
 Exposição do conteúdo através da LIBRAS;
 Discussão dos textos acerca da pessoa surda;
 Aulas práticas em LIBRAS;
 Trabalhos em grupos e individuais;
 Apresentação de vídeos (documentários e outros);
 Palestras sobre a LIBRAS como uma lingua estrangeira(LE) L 2.
 Palestras sobre quem é o Intérprete da LIBRAS ?
Numa perspectiva de capacitação continuada, os egressos deste curso poderão participar dos
próximos módulos apresentados pela Federação.

Boa sorte e uma excelente aprendizagem!

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


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Acompanhamento e Avaliação

Os procedimentos adotados no processo de acompanhamento e avaliação compreenderão:


• Acompanhamento através de visitas aos locais de realização do curso por um membro da
CREAECE;
• Avaliação de aprendizagem dos alunos, feita pelo instrutor através de observação direta,
participação, criatividade, avaliação sinalizada, avaliação escrita, trabalhos individuais e em
grupo;
• Avaliação do curso e dos instrutores pelos alunos; avaliação do curso pelo instrutor,
avaliação do curso e do instrutor pela CREAECE.

Certificação

O curso apresenta um caráter seqüencial conforme já apresentado acima. Por isso, o


certificado será expedido pela CREAECE do Nível I no final do Básico III no total de 180 h/a. O
aluno que freqüentar igual ou superior a 80% da carga horária do curso e obter nota igual ou
superior a 7 (sete) na média final.
Reforçarmos a importância da freqüência às aulas, pois as vivências em sala são fundamentais
para o acompanhamento do conteúdo e das discussões teóricas. As faltas serão justificadas
mediante comprovação através de atestado médico, declaração de trabalho, de escola, de
viagens.O aluno terá direito a declarações de validade do curso somente a partir das primeiras
60 h/a ,outros tipos de declarações deverão ser conversados com a coordenação do curso

Conteúdo programático

Cada aluno receberá um quadro trazendo uma explanação do conteúdo a ser trabalhado neste
nível.

Material

Será distribuído material específico gratuitamente tipo: apostilas do curso e artigos sobre
surdez como textos, referências bibliográficas, vocabulário sinalizado, DVD e exercícios.
O aluno deverá providenciar caneta, caderno ou bloco para anotações.
Esclarecimentos
As apostilas pertencem ao CREAECE, órgão pertencente SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO
CEARÁ, e foram produzidas pelos os profissionais deste Centro e não poderão em hipótese
alguma ser reproduzidas por entidades ou profissionais que a utilizem com objetivos comerciais
sem a devida autorização.
Outras dúvidas poderão ser sanadas com a coordenação desta instituição ou ainda com o
instrutor.
Caso o aluno venha perder a sua apostila o mesmo deverá providenciar a reprodução por
conta própria sem direito a uma segunda apostila. As apostilas deverão ao final do curso ser
devolvidas para assim poder ser reaproveitadas, portanto ,cuide dela pois elas serão seu
instrumento de aprendizagem.
Esperamos que tenha um bom aproveitamento e que o curso corresponda às suas
expectativas e interesses.

Cordialmente.

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


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O que é Libras?

Libras é a sigla da Língua Brasileira de Sinais

As Línguas de Sinais (LS) são as línguas naturais das comunidades surdas.

Ao contrário do que muitos imaginam, as Línguas de Sinais não são simplesmente mímicas e
gestos soltos, utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. São línguas com estruturas
gramaticais próprias.

Atribui-se às Línguas de Sinais o status de língua porque elas também são compostas pelos
níveis lingüísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.

O que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas orais-auditivas são denominados
sinais nas línguas de sinais.

O que diferencia as Línguas de Sinais das demais línguas é a sua modalidade visual-espacial.

Assim, uma pessoa que entra em contato com uma Língua de Sinais irá aprender uma outra
língua, como o Francês, Inglês etc.

Os seus usuários podem discutir filosofia ou política e até mesmo produzir poemas e peças
teatrais.

Informações Técnicas

1) LIBRAS

A LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) tem sua origem na Língua de Sinais Francesa. As
Línguas de Sinais não são universais. Cada país possui a sua própria língua de sinais, que
sofre as influências da cultura nacional. Como qualquer outra língua, ela também possui
expressões que diferem de região para região (os regionalismos), o que a legitima ainda mais
como língua.

2) Sinais

Os sinais são formados a partir da combinação da forma e do movimento das mãos e do ponto
no corpo ou no espaço onde esses sinais são feitos. Nas línguas de sinais podem ser
encontrados os seguintes parâmetros que formarão os sinais:

2.1. Configuração das mãos: São formas das mãos que podem ser da datilologia (alfabeto
manual) ou outras formas feitas pela mão predominante (mão direita para os destros ou
esquerda para os canhotos), ou pelas duas mãos.

Os sinais DESCULPAR, EVITAR e IDADE, por exemplo, possuem a mesma configuração de


mão (com a letra y). A diferença é que cada uma é produzida em um ponto diferente no corpo.

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


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2.2. Ponto de articulação: é o lugar onde incide a mão predominante configurada, ou seja,
local onde é feito o sinal, podendo tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro.

2.3. Movimento: Os sinais podem ter um movimento ou não. Por exemplo, os sinais PENSAR
e EM-PÉ não têm movimento; já os sinais EVITAR e TRABALHAR possuem movimento.

2.4. Expressão facial e/ou corporal: As expressões faciais / corporais são de fundamental
importância para o entendimento real do sinal, sendo que a entonação em Língua de Sinais é
feita pela expressão facial.

2.5. Orientação/Direção: Os sinais têm uma direção com relação aos parâmetros acima.
Assim, os verbos IR e VIR se opõem em relação à direcionalidade.

3) Convenções da LIBRAS

3.1 A grafia: os sinais em LIBRAS, para simplificação, serão representados na Língua


Portuguesa em letra maiúscula. Ex.: CASA, INSTRUTOR.

3.2 A datilologia (alfabeto manual): usada para expressar nomes de pessoas, lugares e outras
palavras que não possuem sinal, estará representada pelas palavras separadas por hífen. Ex.:
M-A-R-I-A, H-I-P-Ó-T-E-S-E.

3.3 Os verbos: serão apresentados no infinitivo. Todas as concordâncias e conjugações são


feitas no espaço. Ex.: EU QUERER CURSO.

3.4 As frases: obedecerão à estrutura da LIBRAS, e não à do Português. Ex.: VOCÊ GOSTAR
CURSO? (Você gosta do curso?)

3.5 Os pronomes pessoais: serão representados pelo sistema de apontação. Apontar em


LIBRAS é culturalmente e gramaticalmente aceito.

Para conversar em LIBRAS não basta apenas conhecer os sinais de forma solta, é
necessário conhecer a sua estrutura gramatical, combinando-os em frases.

Leitura Recomendada: WWW.libras.org.br


FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO DE SURDOS
Gladis Perlin e Karin Strobel
Universidade Federal de Santa Catarina
Programas de Licenciatura e Bacharelado LIBRAS

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


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LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002.

Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faz saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono


a seguinte Lei:

Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de


Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.

Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação
e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical
própria, constituem um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de
comunidades de pessoas surdas do Brasil.

Art. 2o Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de
serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de
Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades
surdas do Brasil.

Art. 3o As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência


à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência
auditiva, de acordo com as normas legais em vigor.

Art. 4o O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do


Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de
Fonoaudióloga e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua
Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais -
PCNs, conforme legislação vigente.

Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libra não poderá substituir a modalidade
escrita da língua portuguesa.

Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 24 de abril de 2002; 181o da Independência e 114o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Paulo Renato Souza

Texto publicado no D.O.U. de 25.4.2002

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


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DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, inciso IV,
da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e no art.
18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000,

DECRETA:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o Este Decreto regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e o art. 18 da Lei no
10.098, de 19 de dezembro de 2000.

Art. 2o Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda
auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando
sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras.

Parágrafo único. Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de


quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz,
1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.

CAPÍTULO II

DA INCLUSÃO DA LIBRAS COMO DISCIPLINA CURRICULAR

Art. 3o A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação
de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de
Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e
dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

§ 1o Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas do conhecimento, o curso normal de


nível médio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de Educação Especial
são considerados cursos de formação de professores e profissionais da educação para o
exercício do magistério.

§ 2o A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos de educação


superior e na educação profissional, a partir de um ano da publicação deste Decreto.

CAPÍTULO III

DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LIBRAS E DO INSTRUTOR DE LIBRAS

Art. 4o A formação de docentes para o ensino de Libras nas séries finais do ensino
fundamental, no ensino médio e na educação superior deve ser realizada em nível superior, em
curso de graduação de licenciatura plena em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua
Portuguesa como segunda língua.

Parágrafo único. As pessoas surdas terão prioridade nos cursos de formação previstos no
caput.

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


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Art. 5o A formação de docentes para o ensino de Libras na educação infantil e nos anos iniciais
do ensino fundamental deve ser realizada em curso de Pedagogia ou curso normal superior,
em que Libras e Língua Portuguesa escrita tenham constituído línguas de instrução,
viabilizando a formação bilíngüe.

§ 1o Admite-se como formação mínima de docentes para o ensino de Libras na educação


infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, a formação ofertada em nível médio na
modalidade normal, que viabilizar a formação bilíngüe, referida no caput.

§ 2o As pessoas surdas terão prioridade nos cursos de formação previstos no caput.

Art. 6o A formação de instrutor de Libras, em nível médio, deve ser realizada por meio de:

I - cursos de educação profissional;

II - cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior; e

III - cursos de formação continuada promovidos por instituições credenciadas por secretarias
de educação.

§ 1o A formação do instrutor de Libras pode ser realizada também por organizações da


sociedade civil representativa da comunidade surda, desde que o certificado seja convalidado
por pelo menos uma das instituições referidas nos incisos II e III.

§ 2o As pessoas surdas terão prioridade nos cursos de formação previstos no caput.

Art. 7o Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, caso não haja docente
com título de pós-graduação ou de graduação em Libras para o ensino dessa disciplina em
cursos de educação superior, ela poderá ser ministrada por profissionais que apresentem pelo
menos um dos seguintes perfis:

I - professor de Libras, usuário dessa língua com curso de pós-graduação ou com formação
superior e certificado de proficiência em Libras, obtido por meio de exame promovido pelo
Ministério da Educação;

II - instrutor de Libras, usuário dessa língua com formação de nível médio e com certificado
obtido por meio de exame de proficiência em Libras, promovido pelo Ministério da Educação;

III - professor ouvinte bilíngüe: Libras - Língua Portuguesa, com pós-graduação ou formação
superior e com certificado obtido por meio de exame de proficiência em Libras, promovido pelo
Ministério da Educação.

§ 1o Nos casos previstos nos incisos I e II, as pessoas surdas terão prioridade para ministrar a
disciplina de Libras.

§ 2o A partir de um ano da publicação deste Decreto, os sistemas e as instituições de ensino


da educação básica e as de educação superior devem incluir o professor de Libras em seu
quadro do magistério.

Art. 8o O exame de proficiência em Libras, referido no art. 7o, deve avaliar a fluência no uso, o
conhecimento e a competência para o ensino dessa língua.

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


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§ 1o O exame de proficiência em Libras deve ser promovido, anualmente, pelo Ministério da


Educação e instituições de educação superior por ele credenciadas para essa finalidade.

§ 2o A certificação de proficiência em Libras habilitará o instrutor ou o professor para a função


docente.

§ 3o O exame de proficiência em Libras deve ser realizado por banca examinadora de amplo
conhecimento em Libras, constituída por docentes surdos e lingüistas de instituições de
educação superior.

Art. 9o A partir da publicação deste Decreto, as instituições de ensino médio que oferecem
cursos de formação para o magistério na modalidade normal e as instituições de educação
superior que oferecem cursos de Fonoaudiologia ou de formação de professores devem incluir
Libras como disciplina curricular, nos seguintes prazos e percentuais mínimos:

I - até três anos, em vinte por cento dos cursos da instituição;

II - até cinco anos, em sessenta por cento dos cursos da instituição;

III - até sete anos, em oitenta por cento dos cursos da instituição; e

IV - dez anos, em cem por cento dos cursos da instituição.

Parágrafo único. O processo de inclusão da Libras como disciplina curricular deve iniciar-se
nos cursos de Educação Especial, Fonoaudiologia, Pedagogia e Letras, ampliando-se
progressivamente para as demais licenciaturas.

Art. 10. As instituições de educação superior devem incluir a Libras como objeto de ensino,
pesquisa e extensão nos cursos de formação de professores para a educação básica, nos
cursos de Fonoaudióloga e nos cursos de Tradução e Interpretação de Libras - Língua
Portuguesa.

Art. 11. O Ministério da Educação promoverá, a partir da publicação deste Decreto, programas
específicos para a criação de cursos de graduação:

I - para formação de professores surdos e ouvintes, para a educação infantil e anos iniciais do
ensino fundamental, que viabilize a educação bilíngüe: Libras - Língua Portuguesa como
segunda língua;

II - de licenciatura em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua Portuguesa, como segunda


língua para surdos;

III - de formação em Tradução e Interpretação de Libras - Língua Portuguesa.

Art. 12. As instituições de educação superior, principalmente as que ofertam cursos de


Educação Especial, Pedagogia e Letras, devem viabilizar cursos de pós-graduação para a
formação de professores para o ensino de Libras e sua interpretação, a partir de um ano da
publicação deste Decreto.

Art. 13. O ensino da modalidade escrita da Língua Portuguesa, como segunda língua para
pessoas surdas, deve ser incluído como disciplina curricular nos cursos de formação de
professores para a educação infantil e para os anos iniciais do ensino fundamental, de nível
LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais
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médio e superior, bem como nos cursos de licenciatura em Letras com habilitação em Língua
Portuguesa.

Parágrafo único. O tema sobre a modalidade escrita da língua portuguesa para surdos deve
ser incluído como conteúdo nos cursos de Fonoaudióloga.

CAPÍTULO IV

DO USO E DA DIFUSÃO DA LIBRAS E DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA O

ACESSO DAS PESSOAS SURDAS À EDUCAÇÃO

Art. 14. As instituições federais de ensino devem garantir, obrigatoriamente, às pessoas surdas
acesso à comunicação, à informação e à educação nos processos seletivos, nas atividades e
nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades de
educação, desde a educação infantil até à superior.

§ 1o Para garantir o atendimento educacional especializado e o acesso previsto no caput, as


instituições federais de ensino devem:

I - promover cursos de formação de professores para:

a) o ensino e uso da Libras;

b) a tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa; e

c) o ensino da Língua Portuguesa, como segunda língua para pessoas surdas;

II - ofertar, obrigatoriamente, desde a educação infantil, o ensino da Libras e também da Língua


Portuguesa, como segunda língua para alunos surdos;

III - prover as escolas com:

a) professor de Libras ou instrutor de Libras;

b) tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa;

c) professor para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas; e

d) professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade lingüística


manifestada pelos alunos surdos;

IV - garantir o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos surdos, desde a


educação infantil, nas salas de aula e, também, em salas de recursos, em turno contrário ao da
escolarização;

V - apoiar, na comunidade escolar, o uso e a difusão de Libras entre professores, alunos,


funcionários, direção da escola e familiares, inclusive por meio da oferta de cursos;

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


17

VI - adotar mecanismos de avaliação coerentes com aprendizado de segunda língua, na


correção das provas escritas, valorizando o aspecto semântico e reconhecendo a singularidade
lingüística manifestada no aspecto formal da Língua Portuguesa;

VII - desenvolver e adotar mecanismos alternativos para a avaliação de conhecimentos


expressos em Libras, desde que devidamente registrados em vídeo ou em outros meios
eletrônicos e tecnológicos;

VIII - disponibilizar equipamentos, acesso às novas tecnologias de informação e comunicação,


bem como recursos didáticos para apoiar a educação de alunos surdos ou com deficiência
auditiva.

§ 2o O professor da educação básica, bilíngüe, aprovado em exame de proficiência em


tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa, pode exercer a função de tradutor e
intérprete de Libras - Língua Portuguesa, cuja função é distinta da função de professor docente

§ 3o As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal


e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de
assegurar atendimento educacional especializado aos alunos surdos ou com deficiência
auditiva.

Art. 15. Para complementar o currículo da base nacional comum, o ensino de Libras e o ensino
da modalidade escrita da Língua Portuguesa, como segunda língua para alunos surdos, devem
ser ministrados em uma perspectiva dialógica, funcional e instrumental, como:

I - atividades ou complementação curricular específica na educação infantil e anos iniciais do


ensino fundamental; e

II - áreas de conhecimento, como disciplinas curriculares, nos anos finais do ensino


fundamental, no ensino médio e na educação superior.

Art. 16. A modalidade oral da Língua Portuguesa, na educação básica, deve ser ofertada aos
alunos surdos ou com deficiência auditiva, preferencialmente em turno distinto ao da
escolarização, por meio de ações integradas entre as áreas da saúde e da educação,
resguardado o direito de opção da família ou do próprio aluno por essa modalidade.

Parágrafo único. A definição de espaço para o desenvolvimento da modalidade oral da Língua


Portuguesa e a definição dos profissionais de Fonoaudiologia para atuação com alunos da
educação básica são de competência dos órgãos que possuam estas atribuições nas unidades
federadas.

CAPÍTULO V

DA FORMAÇÃO DO TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LIBRAS - LÍNGUA PORTUGUESA

Art. 17. A formação do tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa deve efetivar-se por
meio de curso superior de Tradução e Interpretação, com habilitação em Libras - Língua
Portuguesa.

Art. 18. Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, a formação de tradutor e
intérprete de Libras - Língua Portuguesa, em nível médio, deve ser realizada por meio de:

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


18

I - cursos de educação profissional;

II - cursos de extensão universitária; e

III - cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior e


instituições credenciadas por secretarias de educação.

Parágrafo único. A formação de tradutor e intérprete de Libras pode ser realizada por
organizações da sociedade civil representativas da comunidade surda, desde que o certificado
seja convalidado por uma das instituições referidas no inciso III.

Art. 19. Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, caso não haja pessoas
com a titulação exigida para o exercício da tradução e interpretação de Libras - Língua
Portuguesa, as instituições federais de ensino devem incluir, em seus quadros, profissionais
com o seguinte perfil:

I - profissional ouvinte, de nível superior, com competência e fluência em Libras para realizar a
interpretação das duas línguas, de maneira simultânea e consecutiva, e com aprovação em
exame de proficiência, promovido pelo Ministério da Educação, para atuação em instituições de
ensino médio e de educação superior;

II - profissional ouvinte, de nível médio, com competência e fluência em Libras para realizar a
interpretação das duas línguas, de maneira simultânea e consecutiva, e com aprovação em
exame de proficiência, promovido pelo Ministério da Educação, para atuação no ensino
fundamental;

III - profissional surdo, com competência para realizar a interpretação de línguas de sinais de
outros países para a Libras, para atuação em cursos e eventos.

Parágrafo único. As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal,


estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste
artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à
comunicação, à informação e à educação.

Art. 20. Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, o Ministério da Educação
ou instituições de ensino superior por ele credenciadas para essa finalidade promoverão,
anualmente, exame nacional de proficiência em tradução e interpretação de Libras - Língua
Portuguesa.

Parágrafo único. O exame de proficiência em tradução e interpretação de Libras - Língua


Portuguesa deve ser realizado por banca examinadora de amplo conhecimento dessa função,
constituída por docentes surdos, lingüistas e tradutores e intérpretes de Libras de instituições
de educação superior.

Art. 21. A partir de um ano da publicação deste Decreto, as instituições federais de ensino da
educação básica e da educação superior devem incluir, em seus quadros, em todos os níveis,
etapas e modalidades, o tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, para viabilizar o
acesso à comunicação, à informação e à educação de alunos surdos.

§ 1o O profissional a que se refere o caput atuará:

I - nos processos seletivos para cursos na instituição de ensino;


LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais
19

II - nas salas de aula para viabilizar o acesso dos alunos aos conhecimentos e conteúdos
curriculares, em todas as atividades didático-pedagógicas; e

III - no apoio à acessibilidade aos serviços e às atividades-fim da instituição de ensino.

§ 2o As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal


e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de

assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à comunicação, à


informação e à educação.

CAPÍTULO VI

DA GARANTIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO DAS PESSOAS SURDAS OU

COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Art. 22. As instituições federais de ensino responsáveis pela educação básica devem garantir a
inclusão de alunos surdos ou com deficiência auditiva, por meio da organização de:

I - escolas e classes de educação bilíngüe, abertas a alunos surdos e ouvintes, com


professores bilíngües, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental;

II - escolas bilíngües ou escolas comuns da rede regular de ensino, abertas a alunos surdos e
ouvintes, para os anos finais do ensino fundamental, ensino médio ou educação profissional,
com docentes das diferentes áreas do conhecimento, cientes da singularidade lingüística dos
alunos surdos, bem como com a presença de tradutores e intérpretes de Libras - Língua
Portuguesa.

§ 1o São denominadas escolas ou classes de educação bilíngüe aquelas em que a Libras e a


modalidade escrita da Língua Portuguesa sejam línguas de instrução utilizadas no
desenvolvimento de todo o processo educativo.

§ 2o Os alunos têm o direito à escolarização em um turno diferenciado ao do atendimento


educacional especializado para o desenvolvimento de complementação curricular, com
utilização de equipamentos e tecnologias de informação.

§ 3o As mudanças decorrentes da implementação dos incisos I e II implicam a formalização,


pelos pais e pelos próprios alunos, de sua opção ou preferência pela educação sem o uso de
Libras.

§ 4o O disposto no § 2o deste artigo deve ser garantido também para os alunos não usuários
da Libras.

Art. 23. As instituições federais de ensino, de educação básica e superior, devem proporcionar
aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa em sala
de aula e em outros espaços educacionais, bem como equipamentos e tecnologias que
viabilizem o acesso à comunicação, à informação e à educação.

§ 1o Deve ser proporcionado aos professores acesso à literatura e informações sobre a


especificidade lingüística do aluno surdo.

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


20

§ 2o As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal


e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de
assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à comunicação, à
informação e à educação.

Art. 24. A programação visual dos cursos de nível médio e superior, preferencialmente os de
formação de professores, na modalidade de educação a distância, deve dispor de sistemas de
acesso à informação como janela com tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa e
subtitulação por meio do sistema de legenda oculta, de modo a reproduzir as mensagens
veiculadas às pessoas surdas, conforme prevê o Decreto no 5.296, de 2 de dezembro de 2004.

CAPÍTULO VII

DA GARANTIA DO DIREITO À SAÚDE DAS PESSOAS SURDAS OU

COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Art. 25. A partir de um ano da publicação deste Decreto, o Sistema Único de Saúde - SUS e as
empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos de assistência à saúde, na
perspectiva da inclusão plena das pessoas surdas ou com deficiência auditiva em todas as
esferas da vida social, devem garantir, prioritariamente aos alunos matriculados nas redes de
ensino da educação básica, a atenção integral à sua saúde, nos diversos níveis de
complexidade e especialidades médicas, efetivando:

I - ações de prevenção e desenvolvimento de programas de saúde auditiva;

II - tratamento clínico e atendimento especializado, respeitando as especificidades de cada


caso;

III - realização de diagnóstico, atendimento precoce e do encaminhamento para a área de


educação;

IV - seleção, adaptação e fornecimento de prótese auditiva ou aparelho de amplificação


sonora, quando indicado;

V - acompanhamento médico e fonoaudiológico e terapia fonoaudiológica;

VI - atendimento em reabilitação por equipe multiprofissional;

VII - atendimento fonoaudiológico às crianças, adolescentes e jovens matriculados na


educação básica, por meio de ações integradas com a área da educação, de acordo com as
necessidades terapêuticas do aluno;

VIII - orientações à família sobre as implicações da surdez e sobre a importância para a criança
com perda auditiva ter, desde seu nascimento, acesso à Libras e à Língua Portuguesa;

IX - atendimento às pessoas surdas ou com deficiência auditiva na rede de serviços do SUS e


das empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos de assistência à
saúde, por profissionais capacitados para o uso de Libras ou para sua tradução e
interpretação; e

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X - apoio à capacitação e formação de profissionais da rede de serviços do SUS para o uso de


Libras e sua tradução e interpretação.

§ 1o O disposto neste artigo deve ser garantido também para os alunos surdos ou com
deficiência auditiva não usuários da Libras.

§ 2o O Poder Público, os órgãos da administração pública estadual, municipal, do Distrito


Federal e as empresas privadas que detêm autorização, concessão ou permissão de serviços
públicos de assistência à saúde buscarão implementar as medidas referidas no art. 3o da Lei
no 10.436, de 2002, como meio de assegurar, prioritariamente, aos alunos surdos ou com
deficiência auditiva matriculados nas redes de ensino da educação básica, a atenção integral à
sua saúde, nos diversos níveis de complexidade e especialidades médicas.

CAPÍTULO VIII

DO PAPEL DO PODER PÚBLICO E DAS EMPRESAS QUE DETÊM CONCESSÃO OU


PERMISSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS, NO APOIO AO USO E DIFUSÃO DA LIBRAS

Art. 26. A partir de um ano da publicação deste Decreto, o Poder Público, as empresas
concessionárias de serviços públicos e os órgãos da administração pública federal, direta e
indireta devem garantir às pessoas surdas o tratamento diferenciado, por meio do uso e
difusão de Libras e da tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa, realizados por
servidores e empregados capacitados para essa função, bem como o acesso às tecnologias de
informação, conforme prevê o Decreto no 5.296, de 2004.

§ 1o As instituições de que trata o caput devem dispor de, pelo menos, cinco por cento de
servidores, funcionários e empregados capacitados para o uso e interpretação da Libras.

§ 2o O Poder Público, os órgãos da administração pública estadual, municipal e do Distrito


Federal, e as empresas privadas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos
buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar às pessoas
surdas ou com deficiência auditiva o tratamento diferenciado, previsto no caput.

Art. 27. No âmbito da administração pública federal, direta e indireta, bem como das empresas
que detêm concessão e permissão de serviços públicos federais, os serviços prestados por
servidores e empregados capacitados para utilizar a Libras e realizar a tradução e
interpretação de Libras - Língua Portuguesa estão sujeitos a padrões de controle de
atendimento e a avaliação da satisfação do usuário dos serviços públicos, sob a coordenação
da Secretaria de

Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em conformidade com o Decreto


no 3.507, de 13 de junho de 2000.

Parágrafo único. Caberá à administração pública no âmbito estadual, municipal e do Distrito


Federal disciplinar, em regulamento próprio, os padrões de controle do atendimento e
avaliação da satisfação do usuário dos serviços públicos, referido no caput.

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22

CAPÍTULO IX

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 28. Os órgãos da administração pública federal, direta e indireta, devem incluir em seus
orçamentos anuais e plurianuais dotações destinadas a viabilizar ações previstas neste
Decreto, prioritariamente as relativas à formação, capacitação e qualificação de professores,
servidores e empregados para o uso e difusão da Libras e à realização da tradução e
interpretação de Libras - Língua Portuguesa, a partir de um ano da publicação deste Decreto.

Art. 29. O Distrito Federal, os Estados e os Municípios, no âmbito de suas competências,


definirão os instrumentos para a efetiva implantação e o controle do uso e difusão de Libras e
de sua tradução e interpretação, referidos nos dispositivos deste Decreto.

Art. 30. Os órgãos da administração pública estadual, municipal e do Distrito Federal, direta e
indireta, viabilizarão as ações previstas neste Decreto com dotações específicas em seus
orçamentos anuais e plurianuais, prioritariamente as relativas à formação, capacitação e
qualificação de professores, servidores e empregados para o uso e difusão da Libras e à
realização da tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa, a partir de um ano da
publicação deste Decreto.

Art. 31. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de dezembro de 2005; 184o da Independência e 117o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Fernando Haddad

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23

BÁSICO

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24

MÓDULO 1

UNIDADE 1

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ALFABETO MANUAL

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CURIOSIDADE

Porque usar a Datilologia? Qual a sua importância para a comunidade


surda? Por que cada pessoa surda tem um sinal?
Este alfabeto é a maneira de soletrar palavras com as mãos, com um alfabeto manual.
As línguas de sinais se utilizam para dizer nomes próprios, ainda que seja uma de tantas as
ferramentas existentes. As diferentes línguas de sinais utilizam diferentes alfabetos, algumas
utilizam uma mão e outra as duas.
Este tipo de alfabeto se utiliza para as palavras ou nomes que não tem sinal. Ainda que
algumas palavras também se soletrem com este alfabeto ainda que tenham um sinal
equivalente. Esta forma também pode utilizar-se para enfatizar, esclarecer ou, para ensinar ou
aprender língua de sinais.
O soletrar é muito rápido pelo que é difícil que é diferenciar as letras individuais e
geralmente a palavra se entende pelo conjunto de movimentos.
Quando as pessoas dominam a língua de sinais, sabem ler o alfabeto datilológico, e
para isto não faz falta olhar a mão do falante, mantém a olhada nos olhos do falante, dado que
as expressões faciais e corporais também são importantes. As pessoas que estão estudando
língua de sinais costumam olhar as mãos diretamente porque lhes resulta muito complicado
entender o que diz a outra pessoa, porque não tem desenvolvida a visão periférica. O normal,
como passa em todas as línguas, é que tenham que pedir ao falante que "fale" mais devagar.
As pessoas que não aprenderam a língua de sinais como primeira língua, passam muitos anos
de sua vida praticando para conseguir habilidade natural.
As pessoas surdas criam os próprios sinais dos nomes, pois é para chamar e não
precisa soletrar os nomes de pessoas. As ouvintes usam a voz para chamar os nomes das
pessoas. Também criam os sinais de alguns lugares, algumas disciplinas da área educacional e
tipos das áreas diferentes.

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27

SINAL

LOCALIZAÇÃO

EXERCÍCIO

DATILOLOGIA:

1.Observe pelo professor e marque uma opção correta em cada item:

1. a.( ) b. ( ) c. ( )
2. a.( ) b. ( ) c. ( )
3. a.( ) b. ( ) c. ( )
4. a.( ) b. ( ) c. ( )
5. a.( ) b. ( ) c. ( )
6. a.( ) b. ( ) c. ( )

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28

2. Faça a seguinte a soletração dos nomes e ruas:

RUA/AVENIDA NUMERO BAIRRO

A)

B)

C)

D)

E)

3. Observe pela datilologia e enumere os nomes de pessoas, objetos e lugares:

a. ( ) Marcos g. ( ) Paul m. ( ) Iguatemi


b. ( ) Escova h. ( ) Aldeota n. ( ) Marcus
c. ( ) Igreja i. ( ) Pedro o. ( ) Cômoda
d. ( ) Luiz j. ( ) Praça p. ( ) Paulo
e. ( ) Facão k. ( ) Itália q. ( ) Luiza
f. ( ) Algodão l. ( ) Paula r. ( ) Faca

4. O aluno deverá marcar com um X na alternativa correta.

―A SOLETRAÇÃO do Alfabeto Manual é utilizada para que?‖

a) ( ) no lugar de qualquer sinal

b) ( ) para especificar as marcas dos produtos, nomes e de lugares

c) ( ) como forma de LIBRAS artística

d) ( ) para a comunicação de Surdos com Ouvintes

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SAUDAÇÕES E CUMPRIMENTOS

1 1 2 2 1 2

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30

1 1 2 2

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31

ADVERBIOS DE TEMPO

Na LIBRAS não há marca de tempo nas formas verbais, é como se os verbos ficassem na
frase quase sempre no infinitivo. O tempo é marcado sintaticamente através de advérbios de
tempo que indicam se a ação está ocorrendo no presente: HOJE, AGORA; ocorreu no
passado: ONTEM, ANTEONTEM; ou irá ocorrer no futuro: AMANHÃ. Por isso os advérbios
geralmente vem no começo da frase, mas podem ser usados também no final. Para um tempo
verbal indefinido, usa-se os sinais: HOJE, que traz a idéia de ―presente‖; PASSADO, que traz a
idéia de ―passado‖; FUTURO, que traz a idéia de futuro.

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LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


33

DIALOGO EM LIBRAS

"PROVA DE LIBRAS”

Boa tarde!

Boa tarde! Amanhã noite ter prova LIBRAS, você estudar já?

Ainda-não estudar, hoje noite nós-2 estudar minha casa depois jantar.

Desculpa! Eu precisar ir faculdade. Noite mandar-mensagem você, ok?


Ok! Por favor! esquecer-não pegar apostila LIBRAS.

Verdade! Esquecer-não. Ontem amig@ emprestar apostila LIBRAS, hoje eu ir-


pegar casa del@.

Até mais! OK?

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34

NÚMEROS CARDINAIS

QUANTIDADE

NÚMEROS ORDINAIS

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35

EXEMPLOS:

100 REAIS 10.457 REAIS 1º LUGAR

2.340 MILHÕES 255 DOLARES 3.605 NUMEROS

186 EUROS 0,39 CENTAVOS IDADE 19 ANOS

83 PÁGINAS 6º ANDAR 38 SAPATOS

MATEMÁTICA

EXERCÍCIOS:

1. Responda abaixo: (DUPLA)


a) Você idade? __________________
b) Seu apartamento, qual número andar? _______________
c) Seu telefone número? __________________
d) Quantas cadeiras na sala de aula? _____________
e) Corrida de carro, piloto Massa lugar? __________________
f) Quantos lápis na sua bolsa? __________________

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36

g) Seu sapato número? __________________


h) Onde sala no curso de Libras? _______________
i) Quantos quarteirões até a padaria? __________________

2. Ligue o número ordinal ao sinal correspondente.

( A ) 850 ( )

( B ) 341 ( )

( C ) 22 ( )

( D ) 29 ( )

( E ) 32 ( )

( F ) 1.864 ( )

( G ) 3.081 ( )

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37

3. Observe o sinalizador as quantidades e as palavras.

a) ______________________ f) ______________________

b) ______________________ g) ______________________

c) ______________________ h) ______________________

d) ______________________ i) ______________________

e) ______________________ j) ______________________

4. Vamos aprender somar adição, subtração, divisão e multiplicação.

a) 45 + 23 = f) 18 ÷ 2 =

b) 270 – 49 = g) 21 x 3 =

c) 278 ÷ 2 = h) 15 – 8 =

d) 34 x 3 = i) 27 + 22 =

e) 348 – 129 = j) 27 ÷ 3 =

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PRONOMES E EXPRESSÕES INTERROGATIVAS

1 2

1 2 1 2

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1 2 3

Diálogo em LIBRAS:

―PASSEIO NO SHOPPING‖

Oi, tudo bem? Eu nunca mais ver-você sumir?


Oi, tudo bem! Você também sumir. Sua família bem?
S-I-M. família bem. Quem ess@ amig@?
Ah, ess@ me@ namorad@, ___________. ess@ me@ amig@ ____________.
Prazer conhecer! Hoje noite vamos passear Iguatemi?
Vamos passear. Onde encontrar você Iguatemi? Eu apresentar meu amigo. Você
querer conhecer?
Sim, eu querer conhecer. Vamos encontrar cinema, certo?
Certo! Que-horas encontrar lá?
19:30 horas OK?,
OK!

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40

PRONOMES PESSOAIS
A LIBRAS possui um sistema pronominal para representar as pessoas do discurso:

SINGULAR DUAL TRIAL QUATRIAL PLURAL

EU

NÓS-
TODOS
NÓS-2 NÓS-3 NÓS-4
NÓS-
GRUPO

VOCÊ

VOCÊS-
TODOS
VOCÊS-2 VOCÊS-3 VOCÊS-4
VOCÊS-
GRUPO

EL@

EL@S-
TODOS
EL@S-2 EL@S-3 EL@S-4
EL@S-
GRUPO

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41

PRONOMES POSSESSIVOS

1 2

EXERCÍCIOS:

1. Enumere as frases em Libras que o professor vai sinalizar:

a) ( ) Quem el@?

b) ( ) Aonde praia do futuro?

c) ( ) Vocês-3 ir viajar para Rio de Janeiro?

d) ( ) Eu querer aprender estudar Libras.

e) ( ) El@s-todos também querer aprender estudar Libras

f) ( ) Nós-todos ir viajar para Rio de Janeiro?

2. Ditado Visual em LIBRAS

a) ____________________ f) ____________________

b) ____________________ g) ____________________

c) ____________________ h) ____________________

d) ____________________ i) ____________________

e) ____________________ j) ____________________

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42

3. Observe o professor sinalizar e escreva as frases:

a) ______________________________________________________________

b) ______________________________________________________________

c) ______________________________________________________________

d) ______________________________________________________________

e) ______________________________________________________________

4. Observe atentamente as frases já apresentadas e conforme a sinalização do


professor, reescreva as frases corretamente ou incorretamente, coloque ( C ) ou ( E ):
a) ( ) O que foi? Aquele menino chorar?
__________________________________________________________
b) ( ) Quem se@ amig@?
__________________________________________________________
c) ( ) Me@ amig@ querer aprender Libras.
__________________________________________________________
d) ( ) Eu querer el@s-3 precisar ir curso.
__________________________________________________________
e) ( ) Onde você morar?
__________________________________________________________
f) ( ) Pra que el@ comprar carro novo?:
__________________________________________________________

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43

DIAS DA SEMANA

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44

CALENDÁRIO

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45

DIÁLOGO EM LIBRAS
“VIAGEM”
TUDO BEM? D-I-A 05 JULHO, VAMOS VIAJAR RIO DE JANEIRO?
TUDO BEM! SIM EU QUERER VIAJAR.QUAL ONIBUS OU AVIÃO?
MELHOR AVIÃO, ONIBUS EU CANSADO PORQUE 2-DIAS VIAJAR, MUITO-LONGE.
EU MEDO AVIAO. MELHOR VIAJAR ONIBUS 2-DIAS, APROVEITAR PAQUERAR MULHER
JUNTOS-SENTAR BOM, VER BONITO LUGAR.
VOCÊ PERDER. MELHOR AVIÃO RÁPIDO, CHEGAR LÁ RIO E APROVEITAR PAQUERAR
MULHER PRAIA PORQUE GOSTOSA E BEBER CERVEJA
RAZÃO! EU PENSAR IR AVIAO. HEIN, QUANTOS DIAS PASSEAR RIODE JANEIRO?
FICAR-LÁ 2-SEMANA, PASSEAR E CONHECER LUGARES FAMOSOS.
ISSO MESMO! VAMOS COMBINAR D-I-A COMPRAR PASSAGEM?
D-I-A 30-JUNHO,OK?

OK!

EXERCÍCIOS:

1. Responda as questões abaixo em dupla.

a) Qual dia hoje?


R:______________________
b) Ontem, você fazer o que?
R:______________________
c) Você querer amanhã passear, vamos?
R:______________________
d) Mês, seu aniversário?

R:______________________

e) Mês aniversário meu pai?


R:______________________

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2. Olhe os sinais, veja o que eles significam e em seguida procure-os no caça-


palavras:

CALENDARIO

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais


47

3. Preencha as lacunas, de acordo com a sinalização do professor:

a) Por favor, você pegar __________________

b) Me@ ______________ quebrar.

c) El@ poder emprestar ____________________

d) Eu comprar ___________________ para me@ amigo.

e) Nós-todos ir viajar para ______________________.

f) Bom dia? Amanhã eu amig@ ir ____________________.

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