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GUIA PARA

SE TORNAR
UM EXPERT EM
LEVANTAMENTO
ITOSSOCIOLÓGICO
COORDENAÇÃO
Fernanda Franciele de Carvalho
REDAÇÃO
Fernanda Franciele de Carvalho
DESIGN
Willer Jhonas Cardoso Vieira

GUIA PARA
SE TORNAR
UM EXPERT EM
LEVANTAMENTO
ITOSSOCIOLÓGICO

Atribuição: Você deve atribuir o trabalho da forma especificada pelo autor.


Uso não-comercial: Você não pode u lizar esta obra para fins comerciais.
Não a obras derivadas: Você não pode alterar, transformar ou criar outra obra com base nesta.
SOBRE OS AUTORES SOBRE O GUIA
Fernanda Franciele No úl mo ano, produzimos vários
de Carvalho conteúdos relacionados ao
levantamento fitossociológico, com
Engenheira Florestal formada pela os mais diversos temas e vertentes
Universidade Federal de Viçosa. do assunto. A maioria deles gerou
Con nuou seus estudos na Technische muita repercussão, mostrando a
Universität München, Alemanha, onde necessidade de produzirmos um
cursou disciplinas do Mestrado em material mais completo relacionado à
Manejo de Recursos Sustentáveis com fitossociologia. Assim surgiu o Guia
ênfase em Silvicultura e Manejo da Vida para se tornar um expert em
Selvagem. Dedicou grande parte da Levantamento Fitossociológico, um
graduação a projetos de Educação guia completo, que aborda teoria,
Ambiental e pesquisas relacionadas a fórmulas e cálculos. Boa leitura!
Celulose e Papel. Foi estagiária do Meio
Ambiente Florestal da Fibria Celulose S/A
trabalhando principalmente com
Restauração Florestal e Formação
Ambiental. Trabalhou com consultoria na
Florestal jr, atuando principalmente em
projetos de Inventário Florestal,
Averbação de Reserva Legal e
Mapeamento de Áreas. Atualmente
trabalha como redatora do blog Mata
Na va.
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01
INDICE
01 Introdução

02
2.1
Estrutura Horizontal
Densidade
2.2 Frequência
2.3 Dominância
2.4 Valor de Importância
2.5 Valor de Importância

03
3.1
Estrutura Vertical – Posição Sociológica
Definição dos estratos

04
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Regeneração Natural

05 Florística

06
6.1
Diversidade
Indice de Shannon-Weaver (H’)
6.2 Simpson (c)
02 6.3 Equabilidade de Pielou (J)
INDICE
6.4 Coeficiente de Mistura de Jentsch (QM)
077.1 Agregação
Índice de MacGuinnes (IGA)
7.2 Índice de Fracker & Brischle (K)
7.3 Índice de Payandeh (P)

08
8.1
Mata Nativa e o levantamento fitossociológico
Cálculos da estrutura horizontal
8.2 Cálculos da estrutura vertical
8.3 Cálculos da regeneração natural
8.4 Cálculos dos índices de diversidade
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8.5 Cálculos relacionados à florística

03
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01INTRODUÇÃO

A fitossociologia é o ramo da Ecologia Vegetal que procura estudar, descrever e


compreender a associação existente entre as espécies vegetais na comunidade, que por sua
vez caracterizam as unidades fitogeográficas, como resultado das interações destas
espécies entre si e com o seu meio.
Os estudos fitossociológicos, florís cos e estruturais de remanescentes florestais são
extremamente importantes, sendo o ponto inicial para adoção de critérios e metodologias
visando o manejo, conservação, a produção de sementes e mudas, a iden ficação de
espécies ameaçadas, a avaliação de impactos e o licenciamento ambiental.
Além da composição da flora, ele fornece informações sobre volume, sor mentos, área
basal, altura média das árvores dominantes, biomassa e diâmetro médio. Outras
caracterís cas também podem ser consideradas, como: densidade, dominância, índice de
valor de importância, posição sociológica, índice de regeneração natural, etc.
A fitossociologia possui um papel importante nos programas de gestão ambiental, como
nas áreas de manejo e recuperação de áreas degradadas. Além disso, as análises florís cas
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permitem comparações dentro e entre formações florestais no espaço e no tempo, gera


dados sobre a riqueza e diversidade de uma área, além de possibilitar a formulação de
teorias, testar hipóteses e produzir resultados que servirão de base para outros estudos.
Através dos levantamentos fitossociológicos é possível estabelecer graus de hierarquização
entre as espécies estudadas e avaliar a necessidade de medidas voltadas para a preservação
e conservações das unidades florestais.
Os estudos sobre a composição florís ca e a estrutura fitossociológica das formações
florestais, oferecem também, subsídios para a compreensão da estrutura e da dinâmica das
formações florestais, parâmetros imprescindíveis para o manejo e regeneração das
diferentes comunidades vegetais.
Tento em vista a relevância do assunto, abordaremos neste e-book, os principais
parâmetros u lizados nos levantamentos fitossociológico, bem como os cálculos e suas
interpretações.

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02ESTRUTURA
HORIZONTAL
A estrutura horizontal é a organização e distribuição espacial dos indivíduos na
super cie do terreno. As es ma vas dos parâmetros da estrutura horizontal incluem a
frequência, a densidade, a dominância, e os índices do valor de importância e do valor de
cobertura de cada espécie amostrada.

2.1 DENSIDADE
A densidade é o número de indivíduos de cada espécie ou do conjunto de espécies que
compõem uma comunidade vegetal por unidade de super cie, geralmente hectare. A
densidade rela va diz respeito ao número de indivíduos total de uma mesma espécie por
unidade de área, e a densidade rela va revela, em porcentagem, a par cipação de cada
espécie em relação ao número total de indivíduos de todas as espécies.
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em que:
DAi = densidade absoluta da i-ésima espécie, em número de indivíduos por hectare;
ni = número de indivíduos da i-ésima espécie na amostragem;
N = número total de indivíduos amostrados;
A = área total amostrada, em hectare;
DRi = densidade rela va (%) da i-ésima espécie;
DT = densidade total, em número de indivíduos por hectare (soma das densidades de
todas as espécies amostradas).

2.2 FREQUÊNCIA
A frequência expressa o número de ocorrências de uma determinada espécie nas
diferentes parcelas alocadas; pode ser frequência absoluta, quando ob da pela
percentagem das parcelas em que a espécie ocorre, ou frequência rela va, ob da pela
05 soma total das frequências absolutas, para cada espécie.
Onde:
FAi = frequência absoluta da i-ésima espécie na comunidade vegetal;
FRi = frequência rela va da i-ésima espécie na comunidade vegetal;
ui = número de unidades amostrais em que a i-ésima espécie ocorre;
ut = número total de unidades amostrais;
P = Número de espécies amostradas.

2.3 DOMINÂNCIA
A dominância é um parâmetro que expressa a influência de cada espécie na
comunidade, através de sua biomassa. A dominância absoluta é ob da através da soma das
áreas basais (AB) dos indivíduos de uma mesma espécie, por hectare. A dominância rela va
corresponde à par cipação, em percentagem, em relação à área basal total (ABT):

em que:
DoA i = dominância absoluta da i-ésima espécie, em m² /ha;
ABi = área basal da i-ésima espécie, em m² , na área amostrada;
A = área amostrada, em hectare;
DoRi = dominância rela va (%) da i-ésima espécie;
DoT = dominância total, em m²/ha (soma das dominâncias de todas as espécies).
ABT = Área Basal Total (m²)
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2.4 VALOR DE IMPORTÂNCIA


O Valor de Importância é o somatório dos parâmetros rela vos de densidade,
dominância e frequência das espécies amostradas, informando a importância ecológica da
espécie em termos de distribuição horizontal. Ele é calculado pelas equações:

VI = Valor de Importância absoluto


VI% = Valor de Importância rela vo
DRi = densidade rela va (%) da i-ésima espécie;
FRi = freqüência rela va da i-ésima espécie na comunidade vegetal
DoRi = dominância rela va (%) da i-ésima espécie;

06
2.5 VALOR DE COBERTURA
O Valor de Cobertura é o somatório dos parâmetros rela vos de densidade e
dominância das espécies amostradas, informando a importância ecológica da espécie em
termos de distribuição horizontal, baseando-se, contudo, apenas na densidade e na
dominância.

DRi = densidade rela va (%) da i-ésima espécie;


DoRi = dominância rela va (%) da i-ésima espécie;
VCi =Valor de cobertura;
Vci% = Valor de cobertura em (%).
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07
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03ESTRUTURA
VERTICAL
POSIÇÃO SOCIOLÓGICA

A análise da estrutura ver cal nos dá uma ideia da importância da espécie considerando
a sua par cipação nos estratos ver cais que o povoamento apresenta. Os estratos ver cais
encontrados na floresta podem ser divididos em: espécies dominantes, intermediárias e
dominadas. Aquelas espécies que possuírem um maior número de indivíduos
representantes em cada um desses estratos certamente apresentarão uma maior
importância ecológica no povoamento em estudo.
As es ma vas de Posição Sociológica Absoluta ( PSAi ) e Rela va ( PSRi ), por espécie, são
ob das pela solução das expressões:

em que:
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VFij = valor fitossociológico da i-ésima espécie no j-ésimo estrato;


VFj = valor fitossociológico simplificado do j-ésimo estrato;
nij = número de indivíduos de i-ésima espécie no j-ésimo estrato;
Nj = número de indivíduos no j-ésimo estrato;
N = número total de indivíduos de todas as espécies em todos os estratos;
PSAi = posição sociológica absoluta da i-ésima espécie;
PSRi = POS (%) = posição sociológica rela va (%) da i-ésima espécie;
S = número de espécies;
m = número de estratos amostrados.
As es ma vas dos parâmetros da estrutura ver cal, somados às es ma vas dos
parâmetros da estrutura horizontal propiciam uma caracterização mais completa da
importância ecológica das espécies no povoamento florestal. Os parâmetros
fitossociológicos da estrutura ver cal abrangem a posição sociológica, que fornece a
composição florís ca dos diferentes estratos ver cais do povoamento. Dessa forma, para
estudar a posição sociológica de cada espécie na comunidade vegetal é necessário,
primeiro, estabelecer estratos de altura total dos indivíduos, depois, calcular o valor
fitossociológico de cada estrato e, por fim, obter as es ma vas dos valores absoluto e
08 rela vo da posição sociológica.
3.1 DEFINIÇÃO DOS ESTRATOS
Para estudar a posição sociológica de cada espécie na comunidade vegetal é necessário,
primeiro, estabelecer estratos de altura total dos indivíduos, segundo, calcular o valor
fitossociológico de cada estrato e, por úl mo, obter as es ma vas dos valores absoluto e
rela vo da posição sociológica de todas as espécies na comunidade. Alguns autores
propõem quatro estratos: superior, médio, inferior e sub-bosque. A maioria dos
pesquisadores, no entanto, tem u lizado apenas três estratos: superior, médio e inferior. O
número de estratos ocorrentes na floresta é uma peculiaridade do povoamento,
relacionada às diferenças em composição de espécies, relações compe vas, restrições
ambientais e perturbações antrópicas ou naturais. Para estra ficar florestas na vas, em
termos de altura total, vários métodos têm sido propostos e empregados, no entanto o
Mata Na va u liza o critério de estra ficação que estra fica a floresta em três estratos de
altura total:
Estrato Inferior – compreende as árvores com altura total (H) menor que a altura média
(Hm) menos uma unidade de desvio padrão (1σ) das alturas totais, ou seja, H < (Hm – 1σ);
Estrato Médio – compreende as árvores com (Hm – 1σ) ≤ H < (Hm + 1σ);
Estrato Superior – compreende as árvores com H ≥ (Hm + 1σ).
A análise da estrutura ver cal nos dá uma ideia da importância da espécie considerando
a sua par cipação nos estratos ver cais que o povoamento apresenta. Os estratos ver cais
encontrados na floresta podem ser divididos em: espécies dominantes, intermediárias e
dominadas.
Aquelas espécies que possuem um maior número de indivíduos representantes em cada
um desses estratos, certamente apresentam uma maior importância ecológica no
povoamento em estudo.
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04REGENERAÇÃO
NATURAL
Consiste no levantamento dos descendentes das plantas arbóreas. Os parâmetros para
Regeneração Natural são calculados u lizando as mesmas fórmulas que as u lizadas para
árvores adultas, porém, considerando dados de árvores e parcelas em regeneração.
São ob dos valores das classes absoluta e rela va de tamanho da Regeneração Natural, pela
expressão:

em que:
CAT i = classe absoluta de tamanho da regeneração da i-ésima espécie;
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CRT i = classe rela va de tamanho da regeneração da i-ésima espécie;


n ij = número de indivíduos da i-ésima espécie na j-ésima classe de tamanho;
N j = número total de indivíduos na j-ésima classe de tamanho;
N = número total de indivíduos da regeneração natural em todas as classes de tamanho.

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05FLORÍSTICA

A florís ca visa indicar o conjunto de unidades taxonômicas que compõem a floresta,


como as suas espécies e famílias. O obje vo de um levantamento florís co é listar as
espécies vegetais ocorrentes em uma determinada área.
Os estudos florís cos, além de gerar informações sobre classificação e distribuição
taxonômica no nível de família e espécie de uma comunidade vegetal, também podem
fornecer informações sobre atributos ecológicos das espécies, como formações de grupos
ecológicos, síndromes de dispersão, fenologia e formas de vida, dentre outros. Eles
representam uma importante etapa no conhecimento de um ecossistema por fornecer
informações básicas para os estudos biológicos subsequentes. Tais informações podem ser
u lizadas na elaboração e no planejamento de ações que obje vem a conservação, o
manejo ou mesmo a recuperação das formações florestais.
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06DIVERSIDADE

A diversidade é composta pela variedade de espécies e o número de indivíduos dentro


de cada espécie. Na maioria das vezes os estudos de diversidade estão relacionados aos
padrões de variação espacial e ambiental. Desse modo, quanto maior a variação ambiental,
maior será a diversidade de espécies do ecossistema.
Riqueza e diversidade de espécies são dois termos dis ntos ecologicamente que muitas
vezes são u lizados de forma semelhante. A diversidade não está correlacionada ao número
de indivíduos por hectare (densidade) da população, mas sim com conjunto de espécies e
com o seu número de representantes. Já a riqueza, destaca o número de indivíduos de
determinada espécies.
Uma das formas de quan ficação da diversidade é através da contagem das espécies
encontradas nas amostras. Dessa forma, a diversidade pode ser considerada a própria
riqueza de espécies de determinada área. Segundo alguns autores, a diversidade é um
parâmetro possível de ser mensurado, cujos valores encontrados podem ser explicados por
uma série de teorias e expressões matemá cas.
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Há também, autores que defendem que o conceito de riqueza de espécie, é o número de


espécies amostradas na comunidade, o que poderia ser uma definição de diversidade.
Seguindo essa vertente, estudos realizados apontam para o surgimento de um outro
conceito, que é o de equabilidade, definida como a igualdade rela va dos valores de
importância (VI) de espécies dentro de uma amostra. A seguir estão descritos alguns dos
principais índices de diversidade:

6.1 INDICE DE SHANNON-WEAVER (H’)


O índice de diversidade de Shannon-Weaver, considera igual peso entre as espécies raras
e abundantes. Ele fornece uma ideia do grau de incerteza em prever, a qual espécie
pertenceria um indivíduo re rado aleatoriamente da população. Quanto maior for o valor
de H’, maior será a diversidade florís ca da população em estudo. Este índice pode expressar
riqueza e uniformidade.

12
6.2 SIMPSON (C)
O Índice de dominância de Simpson mede a probabilidade de dois indivíduos,
selecionados ao acaso na amostra, pertencer à mesma espécie.
Uma comunidade de espécies com maior diversidade terá uma menor dominância.
O valor es mado de C varia de 0 (zero) a 1 (um), sendo que para valores próximos de um, a
diversidade é considerada maior.
Ele tem formulação derivada da teoria das probabilidades e é u lizado em análises
quan ta vas de comunidades biológicas. Este índice fornece a ideia da probabilidade de se
coletar aleatoriamente dois indivíduos da comunidade e, obrigatoriamente, pertencerem à
espécies diferentes.

6.3 EQUABILIDADE DE PIELOU (J)


O índice de Equabilidade pertence ao intervalo [0,1], onde 1 representa a máxima
diversidade, ou seja, todas as espécies são igualmente abundantes. O índice de
Equabilidade de Pielou é derivado do índice de diversidade de Shannon e permite
representar a uniformidade da distribuição dos indivíduos entre as espécies existentes. Seu
valor apresenta uma amplitude de 0, que é a uniformidade mínima, até 1, sendo esta, a
uniformidade máxima.

6.4 COEFICIENTE DE MISTURA DE


JENTSCH (QM)
O “Coeficiente de Mistura de Jentsch” dá uma idéia geral da composição florís ca da
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floresta, pois indica, em média, o número de árvores de cada espécie que é encontrado no
povoamento. Dessa forma, tem-se um fator para medir a intensidade de mistura das
espécies e os possíveis problemas de manejo, dada as condições de variabilidade de
espécies.

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07AGREGAÇÃO

Uma vez que as comunidades vegetais são cons tuídas por um conjunto de variáveis com
maior ou menor grau de inter-relação e com densidade absoluta variável, desde comuns até
raras, e dado que a maioria dos estudos fitossociológicos se baseiam em análises florís cas
provenientes de amostras de comunidades que se estudam, é importante conhecer
algumas das caracterís cas da vegetação vinculadas ao padrão espacial das espécies e à
distribuição de frequências. O padrão de distribuição espacial de uma espécie refere-se à
distribuição no espaço dos indivíduos pertencentes à referida espécie. Os indivíduos de uma
espécie podem apresentar-se: aleatoriamente distribuídos, regularmente distribuídos e em
grupos.
Es ma vas do padrão de distribuição espacial, por espécie, podem ser ob das mediante
o emprego de índices de agregação.
Na aba Agregação do Mata Na va, além dos índices de agregação, você encontrará
informações sobre o número de unidades amostrais em que a espécie ocorre, e o número
total de unidades amostradas ou parcelas, iden ficados pela letra U. A seguir estão descritos
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alguns desses índices:

7.1 ÍNDICE DE MACGUINNES (IGA)


O Índice de MacGuinnes es ma o grau de agregação da espécie, em termos das
densidades observadas e esperadas. Para IGAi menor que 1, interpreta-se como
distribuição uniforme, quando IGAi for igual a 1, a espécie tem padrão de distribuição
espacial aleatório; se o IGAi es ver entre 1 e 2, indica tendência ao agrupamento, e se o IGAi
for maior que 2, indica padrão de distribuição agregado ou agrupado.

7.2 ÍNDICE DE FRACKER & BRISCHLE (K)


Este índice u liza a densidade observada e esperada, es mando o grau de agregação da
espécie. Quando Ki é menor ou igual a 0,15 , o padrão de distribuição da espécie é aleatório;
se ele es ver entre 0,15 e 1, indica tendência de agrupamento; por fim, quando Ki for maior
que 1, o padrão de distribuição espacial da espécie apresenta-se do po agregado.
14
7.3 ÍNDICE DE PAYANDEH (P)
Esse índice determina o grau de agregação da espécie, através da relação existente entre
a variância do número de indivíduos, por parcela, e a média do número de indivíduos.
Quando o índice é menor que 1, ocorre o não agrupamento; quando ele está entre 1 e 1,5
indica tendência ao agrupamento e, quando o índice é maior que 1,5 indica agrupamento.
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08MATA NATIVA
E O LEVANTAMENTO
FITOSSOCIOLÓGICO
O Mata Na va é o so ware que realiza todos cálculos de inventário florestal e análise
fitossociológica, com aplicação efe va em todos os biomas brasileiros.
O so ware permite, dentre muitas análises, realizar diagnós cos qualita vos e
quan ta vos de formações vegetacionais, análises fitossociológicas completas, elaborar
inventários e planos de manejo, monitorar a floresta através de inventários con nuos,
acompanhando o crescimento e desenvolvimento das espécies e analisando as
caracterís cas de valoração e exploração florestal. Com o Mata Na va, os cálculos
relacionados à fitossociologia podem ser feitos de forma simples e rápida. Veja a seguir, o
passo a passo para a realização dos cálculos do levantamento fitossociológico com o Mata
Na va.

8.1 CÁLCULOS DA ESTRUTURA


HORIZONTAL
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Depois de realizar a importação dos dados, basta ir para o “Módulo Cálculos”. Selecione
a aba “Estruturas” e sub-aba “Estrutura Horizontal”. Depois, basta clicar no ícone “Calcular”.
Observe que há a possibilidade de selecionar o cálculo para os valores máximos, médios e
mínimos para as variáveis circunferência, diâmetro, altura total e altura comercial para cada
espécie, resultados estes, exigidos por grande parte das secretarias de meio ambiente.

16
A imagem a seguir, mostra como os resultados são exibidos no Mata Na va.
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8.2 CÁLCULOS DA ESTRUTURA VERTICAL
Selecione a aba “Estruturas” e sub-aba “Estrutura Ver cal”. Depois, basta clicar no ícone
“Calcular” que a tela para opção de cálculo será aberta. Observem que há a possibilidade de
selecionar os parâmetros de interesse.

Veja como os resultados são exibidos:


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18
8.3 CÁLCULOS DA REGENERAÇÃO
NATURAL
Para realizar os cálculos relacionados à regeneração natural, basta selecionar a aba
"estruturas", a sub-aba "Est. ver cal- Reg. Natural, selecionar as opções de cálculo e clicar
em calcular.

A figura a seguir, mostra como os resultados são exibidos no Mata Na va.


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19
8.4 CÁLCULOS DOS ÍNDICES DE
DIVERSIDADE
Com o Mata Na va também é possível calcular os índices de diversidade. Basta selecionar
a aba "diversidade" e escolher as opções de cálculo.

8.5 CÁLCULOS RELACIONADOS À


FLORÍSTICA
Para realizar os cálculos relacionados à florís ca, basta selecionar a aba "florís ca", uma
das opções de sub-aba (Espécie, Gênero, Família ou Var. Descri va) e escolher as opções de
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cálculo.

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SOFTWARE
ATA NATIVA
O Mata Na va é o so ware que realiza todos cálculos de inventário
florestal e análise fitossociológica, com aplicação efe va em todos os
biomas brasileiros. Além do so ware ele possui uma versão para
disposi vos móveis, que agiliza a coleta de dados em campo e elimina o
processo de digitação das fichas de campo, diminuindo o tempo de
elaboração do projeto e consequentemente reduzindo o custo do
inventário florestal.

Baixe Grátis SOFTWARE MATA NATIVA

ATA NATIVA
MÓVEL
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O Mata Na va Móvel, é um aplica vo para agilizar a coleta de dados em


campo, eliminando o processo de digitação das fichas de campo, e
assim reduzir o tempo de elaboração do projeto.
Os principais obje vos do Mata Na va Móvel são:
• Agilizar a coleta dos dados do inventário florestal;
• Calcular a esta s ca completa da amostragem, informando ao
profissional a suficiência amostral com o número ó mo de parcelas;
• Transferir os dados coletados no campo diretamente para o so ware
Mata Na va, eliminando a digitação das fichas de campo no
computador.

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