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INFLUÊNCIA DO MEDO E ANSIEDADE NO TRATAMENTO

ODONTOLÓGICO

Alice Nayara Mariano Coelho*


Ana Paula Lopes De Souza*
Arllen Rodrigues Ferraz Gomes*
Débora Garcia S’pindola*
Karinne Alves Godinho Barbosa*
Romero Meireles Brandão**

RESUMO

O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão da literatura sobre a influência do medo e da
ansiedade do paciente durante o tratamento odontológico, destacando o papel do cirurgião-
dentista para minimizar e controlar essas emoções. Apesar de todos os avanços da
Odontologia, o medo e a ansiedade frente ao tratamento odontológico continuam sendo um
problema para uma grande parte da população, que ainda relaciona o atendimento clínico ao
sofrimento, ao desconforto e a dor. Os motivos que mais geram esses sentimentos nas pessoas
são experiências dolorosas vividas anteriormente, ou o relato negativo de alguém próximo,
além do ruído da caneta, o cheiro de alguns fármacos, as exodontias, entre outros. O medo e a
ansiedade além de agravar o quadro de saúde bucal por fuga do paciente ao tratamento,
também influenciam diretamente no atendimento, pois a maioria dos indivíduos com este
perfil tem dificuldade de cooperação; necessitam de um suporte através da segurança passada
pelo cirurgião-dentista; e em alguns casos é necessário uso de benzodiazepínicos. Conclui-se
que o cirurgião-dentista deve saber reconhecer o medo e a ansiedade para que consiga intervir
durante seus episódios e encontrar a melhor forma para lidar com estes sentimentos, e com isto
estabelecer uma boa relação com seu paciente.

Palavras-chave: Medo. Ansiedade. Tratamento odontológico.

* Acadêmicos do 8º Período do Curso de Odontologia da FACS/UNIVALE


** Especialista e Mestre em Endodontia/UFRJ/UERJ.
Professor das disciplinas de Endodontia II e III do Curso de Odontologia da FACS/UNIVALE.

INTRODUÇÃO

A prática dos procedimentos odontológicos é um cenário de desconforto e


nervosismo para muitas pessoas. Uma parcela da população relata receio em ir ao cirurgião-
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dentista, pois passaram por pelo menos um episódio de dor. Mesmo com tantos avanços
tecnológicos para minimizar esse martírio, o medo e a ansiedade estão presentes na rotina
do tratamento dentário. O medo e a ansiedade podem ser definidos como um estado
emocional, provocando alterações comportamentais nos pacientes (COSTA et al., 2012).
Segundo Guedes-Pinto (2010), a ansiedade apresenta-se em todos os indivíduos,
podendo ocorrer variações em seus sinais. Quando um paciente apresenta um grau normal
de ansiedade em relação aos procedimentos odontológicos, o cirurgião-dentista irá conduzir
o atendimento por meio de palavras que induzem ao relaxamento, na tentativa de se
conseguir contornar a situação. Contudo, o profissional deve ter conhecimento teórico e
prático para fazer um monitoramento pré e pós-operatório de seus pacientes, pois o apoio e
a confiança são necessários para o sucesso deste relacionamento.
O medo pode ser definido como um sentimento de receio a algo ou alguma coisa
que apresenta um perigo real (MARQUES; GRADVOHL; MAIA, 2010). A diferença entre
o medo e a ansiedade parece estar apenas na intensidade. A evolução do medo pode estar
relacionada ao nervosismo de conduta, que se aponta desde a manifestação de timidez e
vergonha até crises de ansiedade (GUEDES-PINTO, 2010).
Segundo Bottan (2007), ir ao dentista foi identificado como sendo o segundo temor
mais freqüente na população em geral. O papel do cirurgião-dentista é identificar a origem
da ansiedade e do medo no paciente, mostrando a ele que esta situação pode-se reverter.
Cabe ao profissional tranqüilizar e passar confiança ao paciente, dando atenção especial a
ele, no sentido de explicar detalhadamente o tipo de procedimento que irá realizar
(MARQUES; GRADVOHL; MAIA, 2010).
O objetivo deste estudo é realizar uma revisão da literatura sobre a influência do
medo e da ansiedade do paciente durante o tratamento odontológico, destacando o papel do
cirurgião-dentista para minimizar e controlar essas emoções.

REVISÃO DA LITERATURA

Medo e Ansiedade
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Considerando o lado fisiológico não existem diferenças entre o medo e a ansiedade,


pois estes desencadeiam reações orgânicas similares. Entretanto considerando o lado
psicológico, estes são vistos de diferentes formas. A ansiedade é um sentimento similar ao
medo, no entanto, nela a causa do perigo não possui objeto definido, enquanto que o medo
é resultado de uma circunstância definida. Este é caracterizado por um sentimento de temor
a algo que é externo e que representa perigo real ao nosso físico ou psicológico (LOGGIA
et al., 2008; PEREIRA et al., 2013).
Até certo limite, o sentimento de ansiedade esta dentro dos padrões de normalidade
e é chamado fisiológico, pois prepara o corpo para reagir apropriadamente frente a um
estímulo futuro. Entretanto quando essa ansiedade se apresenta em níveis mais elevados,
excedendo o limite de normalidade, ela é chamada patológica e se apresenta com diversos
sintomas, causando grande desconforto ao paciente e também diminuição do limiar de dor
do mesmo, fazendo com que ele se torne mais sensível (PEREIRA et al., 2013; BOTTAN et
al., 2015).
De acordo com Gaudereto et al. (2008) a ansiedade esta intimamente
correlacionada à dor. Frente ao quadro de ansiedade, o controle da dor é dificultado, devido
ao seu limiar estar reduzido, podendo causar a partir disso o estresse.
Em relação à ansiedade, os sintomas mais comuns são: sensação de frio na barriga,
taquicardia, sudorese, náuseas, tonturas, palpitações, tremores visíveis, tremores das mãos,
pontadas no peito, sensação de fraqueza, diarréias, sensação de alfinetadas nos dedos dos
pés e das mãos e ao redor da boca (PEREIRA, et al., 2013).
Segundo Rocha (2003) apud Bottan; Oglio; Araújo (2007) quando o indivíduo esta
diante de uma situação em que se sente fisicamente ameaçado, ele responde com reações
comportamentais típicas do medo, como: sudorese, aumento da pressão arterial e da
freqüência cardíaca, choro, alterações gastrointestinais, pele pálida, declínio das secreções e
tremores.

Medo e Ansiedade relacionados ao tratamento odontológico


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Mesmo com todas as evoluções na área da Odontologia, o medo e a ansiedade


continuam presentes na população infantil e adulta e isso se torna um empecilho aos
cuidados bucais regulares. Estes sentimentos provocam reações fisiológicas nos pacientes,
tais como tremores, taquicardia e transpiração excessiva. O conhecimento das reações
emocionais das crianças, é importante para o sucesso do atendimento odontológico (GOES
et al., 2010; FRAUCHES et al., 2013).
A ansiedade diante do tratamento odontológico causa estresse para o cirurgião-
dentista e para o paciente. Este sentimento, além de interferir no decorrer do tratamento,
normalmente causa freqüência irregular as consultas, ou mesmo fuga, fazendo com que o
indivíduo só procure por tratamento quando já tem sinais/sintomas instalados como dor,
fístula, edema, etc. (GOES et al., 2010; BOTTAN et al., 2015). A ansiedade não só interfere
nos cuidados com a saúde bucal, mas também provoca desordem do sono, autoestima baixa
e transtorno psicológico (CARVALHO et al., 2012).
De acordo com Pereira et al. (2013), quando o indivíduo se sente ansioso ou com
medo perante o tratamento odontológico, este estado emocional é chamado de ansiedade
odontológica, cujo nível se diferencia de um indivíduo para outro e até mesmo no próprio
indivíduo dependendo do tipo de procedimento pelo qual ele vai passar.
Os sentimentos de medo e de ansiedade não são exclusivos do tratamento
odontológico, estando presentes também em outras situações de tratamento médico e de
saúde em geral, principalmente quando se trata de procedimentos mais
complexos/invasivos. No entanto, o “medo de dentista” há tempos é caricaturado como o
mais constante e vivenciado pelo paciente (POSSOBON et al., 2007).
Segundo Bottan; Oglio e Araújo (2007, p. 2) “a odontofobia atinge de 15 a 20% da
população em geral. Ir ao dentista foi identificado como sendo o segundo temor mais
freqüente na população em geral”.
Cruz et al. (1997); Kanegane et al. (2003) relataram a ligação da figura do cirurgião-
dentista com a dor. Essa ligação faz com que as pessoas apresentem sentimentos negativos
em relação ao atendimento odontológico, associando o mesmo ao sofrimento, gerando
assim, obstáculo para a sua condução.
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De acordo com Singh; Moraes; Bovi Ambrosano (2000); Nogueira; Padovani;


Zuanon (2005); Bottan; Lehmkuhl; Araújo (2008); Mastrântonio et al. (2010); Pereira et al.
(2013), as pessoas não nascem com o sentimento de medo do cirurgião-dentista, ele é
adquirido ao longo do processo de socialização. O medo pode ser adquirido por meio do
contato direto com uma intervenção odontológica desagradável. Esta pode ter sido causada
por imperícia do cirurgião-dentista, durante o tratamento, ou devido a um relacionamento
paciente/profissional desagradável (medo objetivo) ou até mesmo por incerteza diante de
algo que não conhece ou por informações transmitidas por outras pessoas e meios de
comunicação (medo subjetivo).
Além disso, há outras circunstâncias presentes no consultório que estimulam o
medo e ansiedade nos pacientes, tais como, o mau cheiro de alguns produtos
farmacológicos, o barulho dos equipamentos, instrumentais cirúrgicos, anestesia,
exodontia, raspagem, a espera pelo atendimento, dentre outros (KANEGAGE et al., 2006;
MASTRANTÔNIO et al., 2010).
A associação entre cirurgião-dentista e medo/dor é devida também à prática da
Odontologia no passado ter sido exercida por barbeiros e práticos, que extraíam os dentes
de forma rudimentar e sem técnica alguma, trazendo grande sofrimento às pessoas.
Antigamente a prática da Odontologia era vista de forma rude e arcaica; esta representava
penalidade e sofrimento para quem desobedecesse às leis. Posteriormente, predominava o
tratamento cirúrgico-restaurador, onde as pessoas só procuravam por tratamento quando já
tinham um problema instalado, necessitando de um tratamento invasivo e doloroso. O
tratamento preventivo freqüente, diminui o grau de ansiedade dos indivíduos (OLIVEIRA,
ARAÚJO; BOTTAN, 2015).
Bottan; Lehmkuhl e Araújo (2007) constataram em seus estudos que os maiores
fatores causadores de medo para o sexo feminino são a cadeira odontológica e a presença
do cirurgião-dentista e para o sexo masculino é o motor da broca associado ao ruído e
agulha. De acordo com Mastrântonio et al. (2010), a caneta de alta rotação gera desconforto
ao paciente porque causa aquecimento da estrutura dentária ocasionando dor, e também seu
ruído reforça a lembrança da dor e desconforto.
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Para Bottan; Oglio; Araújo (2007), Pereira et al. (2013), os fatores mais relevantes
dentro do consultório que potencialmente provocam o medo e causam desconforto aos
pacientes são: instrumentais, principalmente fórceps, alavanca, seringa, agulha, limas,
brocas, ruídos das canetas de baixa, e alta rotação, anestesia, procedimentos cirúrgicos e
movimentos rudes de alguns profissionais. Essas condições despertam os órgãos sensoriais
do paciente, se tornando uma experiência ruim para ele, produzindo um medo objetivo.
No estudo realizado por Bottan; Lehmkuhl; Araújo (2007), os indivíduos do sexo
feminino apresentaram-se mais ansiosos que os indivíduos do grupo masculino. No
pesquisa de Kanegane et al. (2006), não houve diferenças significativas na manifestação do
medo entre homens e mulheres, e a maioria dos entrevistados relatou só procurar
atendimento odontológico por necessidade curativa, não o fazendo por prevenção.
Carvalho et al. (2012) em seus estudos constataram que indivíduos do sexo
feminino, com idade acima de 20 anos, que não têm acesso à internet, com higiene bucal
precária, que buscam tratamento curativo ao invés de preventivo e que já tiveram
experiência de odontalgia apresentam maior probabilidade de terem ansiedade.
Os resultados do estudo de Murrer, Francisco, Endo (2014), indicaram que o
número de mulheres ansiosas foi maior que o número de homens ansiosos e com o avançar
da idade diminuiu-se o número de pacientes ansiosos. Destes pacientes identificados como
ansiosos, 17,3% relataram ter medo moderado a severo. Os autores também identificaram
uma relação direta do medo com a precariedade da condição bucal dos pacientes.
A respeito das questões socioeconômicas, no estudo de Pereira et al. (2013), não
houve correlação significativa entre a renda mensal e o nível de ansiedade dos
entrevistados.
No estudo de Bottan et al. (2015), não houve correlação significativa entre o nível
de ansiedade e o grau de escolaridade dos sujeitos. Este mesmo estudo mostrou que o grupo
de indivíduos mais ansiosos não realizou consulta periódica nos últimos dois anos, ao
contrário do grupo dos indivíduos de baixa ansiedade (muito pouco ou levemente ansiosos).
No estudo de Ferreira; Manso e Gavinha (2008), a maioria dos participantes da
pesquisa relatou a procura por atendimento odontológico apenas quando a dor já esta
instalada e também nunca ter faltado a uma consulta odontológica por medo.
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De acordo com Bottan et al. (2015), a ansiedade pode ser considerada como um
fator de risco preponderante para uma precária condição de saúde bucal e baixo índice de
qualidade de vida.
A ansiedade e o medo do tratamento odontológico geram um ciclo, pois alterações
dentárias iniciais se não tratadas, são agravadas necessitando de intervenções mais
invasivas, o que causa dor e maiores desconfortos físicos ao paciente. Conseqüentemente,
os sentimentos de medo e ansiedade se tornam mais intensos e maiores são os custos
financeiros (FERREIRA et al., 2004; BOTTAN; LEHMKUHL; ARAÚJO, 2007).
Os resultados da pesquisa de Bottan; Oglio e Araújo (2007) constataram uma
relação entre o nível de ansiedade e a quantidade de indivíduos que procuraram
atendimento odontológico com o objetivo de prevenção, ou seja, os indivíduos mais
ansiosos eram aqueles que não procuravam tal atendimento. Isso mostrou que consultas de
rotina amenizam quadros que requerem procedimentos mais invasivos, contribuindo assim
para a diminuição da ansiedade frente ao tratamento e quebrando assim o ciclo:
medo/ansiedade – fuga do tratamento – condição bucal debilitada.

Atitude do cirurgião-dentista frente ao medo e ansiedade do paciente

Mesmo que nas últimas décadas, o paradigma cirúrgico-restaurador tem sido


substituído pelo paradigma da prevenção, e que os procedimentos sejam mais confortáveis,
devido aos equipamentos sofisticados e aprimoramento das técnicas, o sentimento da
ansiedade ainda persiste entre os pacientes durante o tratamento odontológico (OLIVEIRA,
ARAÚJO, BOTTAN, 2015).
De acordo com Possobon et al. (2007), o cirurgião-dentista na rotina de sua clínica,
está sempre em contato com pacientes vulneráveis a dor e ao medo. Entretanto, apesar de se
aprimorar na busca por recursos técnicos modernos e sofisticados, este profissional não se
capacita para entender o ser psicossocial que é seu paciente, ou não valoriza este tipo de
conhecimento, assim, sua habilidade para controle da dor e o medo, não acompanha o
progresso tecnológico da Odontologia.
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Não entender as emoções das pessoas faz com que o cirurgião-dentista às vezes não
reconheça de forma adequada o paciente ansioso ou com medo, não oferecendo um
atendimento humanístico apropriado. Desde a graduação, os futuros profissionais deveriam
ser sempre preparados para entender as reações dos pacientes e utilizar estratégias
psicológicas que amenizem a ansiedade e o medo dos mesmos, gerando uma atitude mais
colaboradora dos indivíduos frente ao tratamento odontológico (BOTTAN; LEHMKUHL;
ARAÚJO, 2008; POSSOBON et al., 2007).
Segundo Ferreira et al. (2004), os indivíduos mais ansiosos apresentam um
problema para o cirurgião-dentista pois podem apresentar: dificuldade de cooperação,
relacionamento prejudicado com o profissional, necessidades de maiores cuidados durante
os procedimentos clínicos, que devem ser explicados e autorizados pelo paciente para que
ele se sinta mais confiante.
É de extrema importância que o cirurgião-dentista, considere seu paciente como um
todo, tomando conhecimento prévio sobre sua história familiar e o meio onde vive e
compreenda que este traz para a consulta seus receios e expectativas, contribuindo assim
para uma abordagem mais conveniente. Faz-se necessário uma explicação clara sobre os
procedimentos, ao alcance do entendimento do paciente, para que o tratamento
odontológico seja desmistificado. Dessa forma, será amenizado o estado de ansiedade do
individuo, e esse se sentirá motivado ao retorno às consultas e também à procura por
tratamento preventivo, favorecendo assim uma melhor qualidade de vida (BOTTAN;
TRENTINI; ARAÚJO, 2007; BOTTAN; OGLIO; ARAÚJO, 2007; MURRER;
FRANCISCO; ENDO, 2014).
A regressão da ansiedade e do medo é imprescindível para um bom tratamento
odontológico e para que o paciente se sinta mais motivado a retornar as consultas (GÓES et
al. 2010). A relação entre o paciente e o profissional que se estabelece na primeira consulta
é fundamental para a melhoria desse quadro. O cirurgião-dentista deve saber reconhecer
esses sentimentos nos seus pacientes e ter conhecimento para que possa instruí-lo sobre as
melhores maneiras de enfrentá-los, oferecer um suporte técnico e emocional adequado e
estabelecer uma relação de confiança mútua, promovendo um atendimento tranqüilo e
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agradável (BOTTAN; LEHMKUHL; ARAÚJO, 2008; POSSOBON et al., 2007; PEREIRA


et al., 2013).
Para Góes et al. (2010); Costa et al. (2012) ter conhecimento sobre a influência do
medo e da ansiedade no tratamento odontológico é importante para evitar certos problemas
como síncope e elevação da pressão arterial, entre outros, pois as reações emocionais dos
pacientes refletem em seus sinais vitais, os quais podem se alterar. Daí a importância de se
monitorar esses sinais antes, durante e após os procedimentos para prevenir situações
emergenciais. A estabilidade do quadro de ansiedade melhora o tratamento, pois além de
evitar a exposição das pessoas a situações de risco, apresenta um grau maior de colaboração
do paciente e um nível menor de sensações dolorosas..
Firmar uma relação harmônica com o paciente não é benéfico apenas para este, que
se sente mais seguro, mas também para o profissional que poderá realizar seu trabalho em
um paciente calmo e colaborador. Dessa maneira ele seguirá as orientações recebidas e fará
os retornos necessários ao consultório odontológico (POSSOBON et al., 2007).
Os métodos que podem ser utilizados para controle da ansiedade podem ser
farmacológicos ou não, sendo empregados desde o relaxamento do paciente com conversa e
música; até medicamentos ansiolíticos. No Brasil os fármacos mais utilizados para tais fins
são os benzodiazepínicos, os quais oferecem boa segurança, eficácia, com baixos efeitos
colaterais. Estes medicamentos são capazes de fornecer uma atenuação da ansiedade, e,
além disso, contribuem para um bom sono na noite antecedente à consulta, diminuem o
fluxo de saliva, e mantêm a pressão arterial e a glicemia dentro da normalidade. São
exemplos deles: diazepam, midazolam, lorazepam, etc. (ANDRADE; RANALLI, 2004;
PEREIRA et al., 2013;). Na odontologia, os benzodiazepínicos são receitados para serem
administrados por via oral um comprimido na noite antecedente à consulta e outro
comprimido uma hora antes do atendimento (TEIXEIRA; QUESADA, 2004).
Segundo Guadereto et al. (2008); Pereira et al. (2013), outro método muito utilizado
como auxiliar terapêutico é a sedação consciente, a qual representa a administração de
óxido nitroso (N2O), juntamente com o oxigênio, propiciando assim, um sentimento de
relaxamento e redução da ansiedade frente ao tratamento. Este método, quando bem
indicado e utilizado é seguro, não ocasionando perigo ao paciente e nem trazendo efeitos
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indesejáveis típicos dos ansiolíticos administrados por via oral. Cada método tem suas
vantagens e desvantagens conforme suas características, devendo ser observado o perfil do
paciente e o tipo de procedimento para a escolha dos mesmos.
Faz-se necessário a realização de campanhas educativas conscientizando a
população em geral sobre a relação entre a ansiedade, e o medo do tratamento odontológico
e a conseqüência dos mesmos para a saúde bucal. Deve se dar destaque a importância dos
cuidados com a saúde bucal para a manutenção da saúde do indivíduo; a efetivação das
consultas com regularidade; as novas tecnologias disponíveis na Odontologia que
promovem redução de sensações dolorosas, e o papel do cirurgião-dentista como um
promotor de saúde (BOTTAN; OGLIO; ARAÚJO, 2007; BOTTAN et al., 2008;
OLIVEIRA; ARAÚJO; BOTTAN, 2015).

DISCUSSÃO

Loggia et al. (2008); Pereira et al. (2013) afirmaram que o medo e a ansiedade
desencadeiam reações orgânicas similares, porém a ansiedade não tem causa bem definida
como o medo, e este representa uma ameaça real ao físico e ao psicológico do indivíduo.
Ainda definindo estes sentimentos, Pereira et al. (2013); Bottan et al. (2015) salientaram
que dento da normalidade, a ansiedade fisiológica, pode preparar o organismo para reagir a
algum estímulo; e a ansiedade patológica ocorre quando este quadro foge da normalidade e
pode afligir as pessoas de diversas formas.
Goes et al. (2010); Frauches et al. (2013) ressaltaram que mesmo com todas as
evoluções na área da Odontologia, o medo e a ansiedade continuam presentes na população
tanto infantil quanto adulta e isso se torna um empecilho aos cuidados bucais regulares.
Um fator importante considerado por Gaudereto et al. (2008); Pereira et al. (2013);
Bottan et al. (2015) é que o indivíduo ansioso tem o seu limiar de dor diminuído, ou seja, é
mais sensível à dor. Portanto, o cirurgião-dentista precisa saber lidar com este tipo de
paciente de modo a utilizar de recursos que tornem o tratamento odontológico mais
confortável.
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Os autores Singh; Moraes; Bovi Ambrosano (2000); Nogueira; Padovani; Zuanon


(2005); Lehmkuhl; Araújo (2007); Mastrântonio et al. (2010); Pereira et al. (2013)
afirmaram que o medo do atendimento odontológico pode ser advindo de experiências
anteriores traumáticas, ou devido a um relacionamento paciente/profissional desagradável,
o que se configura em "medo objetivo"; ou por meio da incerteza de como será o
tratamento ou informações advindas de outras pessoas e meio de comunicação, sendo
definido como "medo subjetivo".
Goes et al. (2010); Bottan et al. (2015) relacionaram a ansiedade com o tratamento
odontológico e observaram que além de promover estresse ao paciente e ao dentista, pode
ocasionar postergação do tratamento até o momento em que já haja quadro de dor ou
quadro bastante desfavorável.
Os resultados dos estudos de Kanegane et al. (2006); Ferreira; Manso; Gavinha
(2008) demonstraram o fortalecimento deste pensamento, onde a maioria dos entrevistados
relatou só procurar atendimento odontológico quando é preciso, ou quando a dor já está
instalada, não o fazendo por prevenção. Ainda, Bottan; Oglio e Araújo (2007); Carvalho et
al. (2012) verificaram em seus estudos que pacientes que procuram atendimento por dor ao
contrário dos que procuram por prevenção, tem uma maior probabilidade de apresentarem
ansiedade.
Esta constatação corrobora com Oliveira; Araújo e Bottan (2015), que relacionaram
o tratamento de um problema já instalado a procedimentos invasivos e dolorosos e
afirmaram que a prevenção freqüente contribui para diminuir a ansiedade dos indivíduos.
Mesmo com os avanços na Odontologia, para maioria das pessoas, a ligação do
cirurgião-dentista com a dor e sofrimento, é uma visão dominante, como foi destacado por
Kanekage et al. (2003); Bottan; Oglio e Araújo (2007); Possobon et al. (2007). Ainda,
Oliveira; Araújo; Bottan (2015) ressaltaram que tal visão gera obstáculos na condução do
tratamento odontológico, sendo um desafio para o cirurgião-dentista o atendimento a
indivíduos ansiosos e com medo.
Mastrantônio et al. (2010), por sua vez, destacaram os instrumentais e equipamentos
odontológicos, bem como cheiro de materiais farmacológicos presentes no consultório,
como os causadores deste receio exacerbado ao atendimento. Kanegane et al. (2006)
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defenderam que a anestesia, a espera pelo atendimento, exodontias e raspagem são os


procedimentos que possuem mais potencial a desencadear ansiedade nos pacientes. Pereira
et al. (2013) corroboram com a indicação da anestesia e o tratamento cirúrgico, como
principais procedimentos que causam ansiedade no paciente, e ainda ressaltaram a caneta
de alta rotação.
Bottan; Lehmkuhl; Araújo (2007); Mastrântonio et al. (2010) corroboraram que a
alta rotação, associada ao ruído que ela produz, causa bastante desconforto no paciente
ansioso. O que para Bottan; Oglio; Araújo (2007) desperta os órgãos sensoriais do paciente,
fazendo com que o atendimento odontológico se torne uma experiência ruim, e que produz
um medo objetivo. De acordo com Mastrântonio et al. (2010) o ruído da caneta de alta
rotação ainda reforça a lembrança de dor e desconforto.
Dentre os instrumentais que mais podem causar medo no paciente, Bottan; Oglio;
Araújo (2007), Pereira et al. (2013) citaram além da alta rotação, os fórceps, alavanca,
seringa, agulha, limas e brocas.
Vários estudos foram desenvolvidos fazendo um comparativo entre a ansiedade em
pacientes do sexo feminino e sexo masculino. Nos estudos realizados por Bottan;
Lehmkuhl; Araújo (2007); Murrer; Francisco; Endo (2014), os indivíduos do sexo feminino
apresentaram-se mais ansiosos que os indivíduos do grupo masculino.
Esta tendência a quadro de ansiedade maior no sexo feminino também foi
observada nos estudos de Carvalho et al. (2012), no entanto, estes autores analisaram outros
fatores além do sexo, de forma que foi constatado que indivíduos do sexo feminino, com
idade acima de 20 anos, que não têm acesso à internet, precária higiene bucal, que buscam
tratamento curativo ao invés de preventivo e que já tiveram experiência de odontalgia,
apresentam maior probabilidade de terem ansiedade se comparado aos indivíduos do sexo
masculino, com idade entre 10 e 20 anos, com acesso à internet, boa higiene bucal, que
procuram atendimento regularmente e que nunca tiveram experiência de odontologia. Em
contrapartida, no estudo de Kanegane et al., (2006), não houve diferenças significativas na
manifestação do medo entre homens e mulheres.
Fazendo-se uma análise entre ansiedade e questões socioeconômicas, os estudos de
Pereira et al. (2013) não encontraram correlação significativa entre a renda mensal e nível
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de ansiedade, bem como nos estudos de Bottan et al. (2015) não houve correlação
significativa entre o nível de ansiedade e o grau de escolaridade dos sujeitos. Isto leva a
crer que a ansiedade não possui relação com nível socioeconômico do indivíduo, nem com
seu grau de instrução, mas sim com as experiências adquiridas através de si mesmo, ou
repassadas por outras pessoas.
Quanto ao comportamento do profissional frente ao atendimento de paciente com
medo e ansiedade, Possobon et al. (2007) relataram acreditar que o conhecimento
demasiadamente técnico e sofisticado e pouco humanístico adquirido pelos cirurgiões-
dentistas não favorece a correta condução do tratamento odontológico. Como bem
salientado por Bottan; Lehmkuhl; Araújo (2007) e Possobon et al. (2007), os cursos de
graduação em Odontologia tem um papel fundamental na reversão desta premissa,
preparando os acadêmicos para entender as reações dos pacientes e utilizar estratégias
psicológicas que amenizem a ansiedade e o medo dos mesmos
É importante ressaltar que além de buscar atualizar-se em técnicas, instrumentais,
recursos e equipamentos odontológicos, tendo em vista promover um trabalho com
reconhecimento profissional favorável, e que também traga a satisfação do paciente; o
cirurgião-dentista deve também atentar-se em promover uma relação harmoniosa com seu
paciente, procurando aproximar-se dele, ganhando sua confiança, o que conforme Bottan;
Trentini; Araújo (2007); Bottan; Oglio; Araújo (2007); Murrer; Francisco; Endo (2014)
ameniza seu estado de ansiedade e o motivará ao retorno às consultas e à procura por
tratamento preventivo, favorecendo assim uma melhor qualidade de vida.
Conforme destacado por Andrade; Ranalli (2004); Pereira et al. (2013); outro
recurso para facilitar e otimizar o tratamento odontológico de pacientes com ansiedade e
medo, seria uso de medicamentos ansiolíticos, tais como diazepam, midazolam, lorazepam.
Também foi salientado por Guadereto et al. (2008); Pereira et al. (2013) a utilização da
sedação consciente, por meio do óxido nitroso para promover no paciente, um sentimento
de relaxamento e redução da ansiedade frente ao tratamento. A escolha do método pelo
profissional vai depender do perfil do paciente e do procedimento que será realizado.
Devemos levar em conta a relevância da promoção de campanhas educativas que
conscientizem as pessoas da influência do medo nos resultados do tratamento odontológico,
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do papel do cirurgião-dentista como promotor de saúde e da importância da saúde bucal


para a qualidade de vida do indvíduo (BOTTAN; OGLIO; ARAÚJO, 2007; BOTTAN et
al., 2008; OLIVEIRA; ARAÚJO; BOTTAN, 2015).
Mesmo esgotando os estudos dentro do objetivo traçado, recomenda-se fazer novas
investigações sobre o assunto, devido a sua importância para a Odontologia.

CONCLUSÕES

De acordo com a literatura consultada, conclui-se que:

● Apesar dos avanços tecnológicos ocorridos na Odontologia, o medo e a ansiedade ainda


se fazem presentes tanto na população infantil quanto adulta;

● O medo do tratamento odontológico é adquirido através de experiências dolorosas vividas,


ou informações negativas transmitidas por outros, ou até mesmo devido a um
relacionamento desagradável com o cirurgião-dentista;

● Os instrumentais e equipamentos odontológicos, o cheiro de materiais farmacológicos, o


uso da anestesia, as exodontias, e até mesmo uma raspagem, são os principais
desencadeadores do medo e ansiedade nos pacientes;

● Para controlar o medo e ansiedade dos pacientes, o cirurgião-dentista pode utilizar uma conversa
tranquilizadora, lançar mão de ansiolíticos ou uso do óxido nitroso;

● O cirurgião-dentista deve saber reconhecer o medo e a ansiedade para que consiga intervir
durante seus episódios e encontrar a melhor forma para lidar com estes sentimentos, e com isto
estabelecer uma boa relação com seu paciente.
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ABSTRACT

INFLUENCE OF FEAR AND ANXIETY IN DENTAL TREATMENT

The objective of this study was to review the literature on the influence of fear and anxiety
of the patient during dental treatment, highlighting the role of the dentist to minimize and
control these emotions. Despite all the advances in dentistry, fear and anxiety about dental
treatment continue to be a problem for a large part of the population, which still links
clinical care to suffering, discomfort and pain. The motives that most generate these
feelings in people are experiences previously experienced painful, or the negative report of
someone close, besides the noise of the pen, the smell of some drugs, the exodontias,
among others. Fear and anxiety, besides aggravating the oral health situation due to
patient's escape from treatment, also directly influence care, since most individuals with
this profile have difficulty in cooperation; need support through the safety of the surgeon-
dentist; and in some cases it is necessary to use benzodiazepines. It is concluded that the
dentist should know how to recognize fear and anxiety so that he can intervene during his
episodes and find the best way to deal with these feelings, and thereby establish a good
relationship with his patient.

Key-words: Fear. Anxiety. Dental treatment.

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Endereço para correspondência:

Débora Garcia S’pindola


Rua Mario de Oliveira Dias, nº 43, bairro Santo Agostinho
Água Doce do Norte –ES
CEP 29824-000
Tel.: (27)99825-7361
E-mail: deborah_spindola@hotmail.com

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