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RESUMO: Este artigo apresenta relatos de estudos relacionados a psicologia aplicada à odontopediatria. Em maio
de 2022 foram realizados estudos na clínica UNIFACIG, onde 90% dos entrevistados não sabiam qual era a idade
ideal para a primeira consulta com a odontopediatra (MACHADO, 2022), parte deste resultado está relacionado
ao fato da criança enfrentar situações que lhe pareçam ameaçadoras, como em um ambiente odontológico com a
manipulação de tantos equipamentos e barulhos que provocam reações do medo. Este artigo teve como base vários
estudos e artigos que retratam este comportamento. A habilidade do profissional em saber interagir com o paciente
em circunstâncias de medo ou desconforto, contribui muito para a redução das reações incômodas provocadas no
paciente involuntariamente, isto faz do profissional da psicologia um aliado de extrema importância nesta relação
bem como conhecer os receios do paciente. Cabe ao profissional envolvido conhecer as origens do comportamento
da criança. Segundo Balsanello (1989, p.146), os medos e o comportamento da criança podem ter origem em vários
fatores tanto no comportamento dos pais como em situações vividas ou até mesmo pelo desconhecimento do
processo a ser vivido, o que abordaremos com mais detalhes no decorrer deste artigo.
ABSTRACT: This article presents reports of studies related to psychology applied to pediatric dentistry. In May
2022, studies were carried out at the UNIFACIG clinic, where 90% of respondents did not know the ideal age for
the first consultation with the pediatric dentist (MACHADO, 2022), part of this result is related to the fact that the
child faces situations that seem threatening, as in a dental environment with the manipulation of so many
equipment and noises that provoke reactions of fear. This article was based on several studies and articles that
portray this behavior. The professional's ability to know how to interact with the patient in circumstances of fear
or discomfort, contributes greatly to reducing the uncomfortable reactions provoked in the patient involuntarily,
this makes the psychology professional an extremely important ally in this relationship, as well as knowing the
patient's fears. It is up to the professional involved to know the origins of the child's behavior. According to
Balsanello (1989, p.146), the child's fears and behavior can originate from several factors, both in the behavior of
the parents and in situations experienced or even by ignorance of the process to be experienced, which we will
discuss in more detail in the next section course of this article.
1 INTRODUÇÃO
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2 DESENVOLVIMENTO
O presente artigo tem por objetivo analisar os estudos, relatos, artigos e obras escritas
por profissionais da psicologia e odontopediatria que avaliam o comportamento da criança
frente a situações que provocam reações do medo no ambiente odontológico. Os estudos e
relatos trazem clareza sobre causas e reações no comportamento bem com a importância da
presença da psicologia em interagir nesta área visando amenizar o desconforto do paciente.
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Portanto vale ressaltar que se trata de conteúdos científicos, composto por pesquisas e
análises clínicas de profissionais qualificados e de vivência na área.
“Sabemos que a criança possui um comportamento moldável e muito sugestionável,
portanto aprende com facilidade o que vê e escuta. [...] Conclui-se que o medo pode ser
ensinado à criança.” (BOLSANELLO, 1989, P.147, tradução nossa)
Profissionais de saúde que atendem crianças e que possuem dificuldades em identificar
a diferença entre comportamentos voluntários de submissão ou de colaboração ao tratamento,
podem estar contribuindo para que a criança adquira e mantenha comportamentos relacionados
aos procedimentos odontológicos fazendo com que o profissional adote estratégias coercitivas
para obtenção do controle comportamental da criança. (FENTON, 2001; HORBELT, 2001 aput
JINIOR, 2002).
Vale ressaltar que há uma preocupação do profissional da saúde bucal voltado para o
comportamento ou manifesto das reações do medo no ambiente odontológico, com o objetivo
te tornar agradável e menos doloroso os procedimentos. Os artigos de pesquisa científica e
outras literaturas demonstram este interesse, portanto vê-se a necessidade de analisar este
contexto para melhor compreensão deste quadro.
Segundo os autores, o medo é tratável e há várias técnicas utilizadas atualmente na
odontopediatria.
Para Fiori (1999, p.11), “...o medo mais comum associado à situação odontológica são
os medos da dor, da alta rotação e da anestesia.”
Segundo Lima (2022), a odontopediatria é a área responsável pela saúde bucal das
crianças, do nascimento até a adolescência, portanto qualquer experiência negativa em
consultório odontológico neste período, pode traumatizar a criança para o resto da vida. A falta
de cuidados nos primeiros anos de vida, pode ser um problema causado pela falta de prevenção.
Desta forma a odontopediatra tem um papel importante em relação as instruções e os
cuidados necessários com os dentes das crianças estreitando os laços entre paciente e
profissional.
As reações ao medo podem ser diversas, podendo ser manifesta de acordo com sua
origem, ao observarmos exemplos de algumas situações, percebe-se com facilidade as reações
relacionadas ao medo. Para Bolsanello (1989, p.146), se acriança for mordida por um cão ela
tende a generalizar esta agressão e passa a evitar todos os cães. Alguns aspectos funcionais do
organismo sofrem reações, por exemplo: coração bate mais de pressa, o ritmo respiratório fica
mais intenso, os músculos se contraem, o rosto empalidece, caracterizando reações do medo.
Em outro momento choram diante de um desconhecido, fogem de animais, gritam quando
alguém os surpreende, isto acontece porque a criança se encontra em situação semelhante às
que lhe proporcionaram perigo anteriormente.
Outro fator é o posicionamento da criança diante do desconhecido. Quanto menos
conhecimento a criança possuir frente ao desconhecido, maior será seu medo, porém à medida
que ela for aprendendo, for adquirindo conhecimento ou recebendo informações, seus medos
vão diminuindo.
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Entre os 2 e 5 anos é o período em que o adulto mais cultiva o medo na criança, pois
este é o período em que a fantasia se desenvolve. A criança tem o poder de transformar imagens
em elementos fantasiosos.
Outras características de comportamento podem interferir diretamente no atendimento
odontológico, como: superproteção com indulgência e superproteção com dominação. Tais
reações levam à necessidade de uso de técnica de manejos comportamental na odontopediatria.
(KLATCHOIAN, 2002 aput TOVO, 2016; FACCIN, 2016; VIVIAN 2016, p. 77)
3 CONCLUSÃO
basta somente o conhecimento de comportamentos e suas origens por parte dos profissionais,
mas também dos responsáveis pela criança.
A introdução da psicologia no ambiente da saúde, neste caso na odontopediatria passa
a ter um papel importante e indispensável não somente para condução do paciente ao tratamento
bem como preparar o profissional para esta relação entre o paciente e o tratamento de acordo
com o que foi observado no decorrer deste trabalho.
Conclui-se que, há uma necessidade de investir em algum tipo de ferramenta ou
método científico que auxilie o profissional nesta relação e que seja útil aos responsáveis como
método educativo. Deve-se fazer o possível para eliminar o medo. “O medo deve ser usado
como fonte de respeito e de estima e NÃO como fonte de desassossego e de inquietação”.
(BALSANELLO, 1989, p. 148,)
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REFERÊNCIAS
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revisão da literatura, Revista diálogos em saúde, v3, n.2, p. 26-28., Dez 2020.
Disponível em:
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20crian%C3%A7a%20no>. Acesso em:17 Nov. 2022.
FIORI, Meigue Rakel. Estudo sobre o medo e a ansiedade no tratamento odontológico: Curso
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TOVO, Maximiano Ferreira; FACCIN Elise Sasso; VIVIAN Aline Groff. Psicologia e
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<https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/saude-bucal/atualidades/metade-da-populacao-
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Acesso em: 15 Nov. 2022.