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máquinas e
equipamentos
de trabalho
Meios de proteção contra
os riscos mecânicos
Segurança de máquinas e
equipamentos de trabalho
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
Eduardo EugEnio gouvêa viEira
Presidente
FICHA TÉCNICA
SESI/RJ
Serviço Social da Indústria do Estado do Rio de Janeiro
Diretoria de Qualidade de Vida
Gerência Geral de Qualidade de Vida
Gerência de Segurança do Trabalho
Rua Mariz e Barros, 678, Bloco 01 – 5° andar – Tijuca
CEP 20270-903 – Rio de Janeiro – RJ
Veja aqui quais são as
partes da Cartilha
7
Apresentação
9
Introdução
11
Noções gerais sobre a Norma Regulamentadora NR-12
15
Terminologia e definições
21
Gestão dos riscos em máquinas e equipamentos
45
Noções sobre sistemas de comando relacionados à segurança
(Categoria de segurança)
52
Bibliografia
53
ANExo
Resumo das formas de melhoria da segurança
de máquinas e equipamentos pelo
uso de dispositivos de proteção mais utilizados
Apresentação
O
conteúdo desta Cartilha trata com maior
ênfase dos meios de proteção contra os
riscos mecânicos e destina-se a facili-
tar suas escolhas. Porém, noções gerais serão da-
das sobre a parte de Sistemas de Comando rela-
cionadas à segurança e ao processo para seleção
e projeto de medidas de segurança. Outras medi-
das de prevenção podem ser implementadas pa-
ra melhorar a segurança dos operadores de má-
quinas. Isso basicamente se refere a:
Apresentação
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
7
condiçãos de trabalho, com a redução dos riscos, principalmente de ordem me-
cânica, conforme estabelece a NR-12.
ApRESENTAção
Recomendamos, entretanto,
que cada caso seja tratado
de forma específica e criteriosa,
considerando as
particularidades de cada
situação, para não criar
condições e situações de falsa
segurança ou a implementação
de soluções que apresentam
novos riscos.
Apresentação
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
8
Introdução
T
odo trabalhador tem direito de não se aciden-
tar ou adoecer no trabalho. A Constituição Fe-
deral de 1988 1 diz que é direito do trabalha-
dor a redução dos riscos à vida e à saúde inerentes ao
trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segu-
rança. Pela Lei 8.213 de julho de 1991, 2 acidente de tra-
balho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a
serviço da empresa, dentro ou fora do ambiente de tra-
balho. Também são acidentes de trabalho os que acon-
tecem na ida e vinda entre a casa e o trabalho.
Segundo o Ministério da Previdência Social, 3 25% dos
acidentes do trabalho graves e incapacitantes registrados no país são causados
por máquinas e equipamentos obsoletos. Estes acidentes, na maioria dos ca-
sos, são evitáveis e têm praticamente todos como causa principal o acesso às
diferentes zonas de perigo das máquinas e/ou equipamentos de trabalho. O re-
sultado disto é choque, cisalhamento, esmagamento, amputação, corte, proje-
ção, entre outros acidentes graves.
O Ministério do Trabalho e Emprego, na preocupação
1 Artigo 7° § XXII
de melhorar as condições de segurança e preservar a
2 Capítulo II,
saúde dos operadores de máquinas e equipamentos, se- Seção I, art. 19
ja na ocasião do conserto, da limpeza e manutenção e no 3 Coleção
Previdência e
decorrer dos processos de fabricação, vem atualizando Assistência Social
a norma que trata deste assunto, a NR-12, cuja última MTE v. 13. René
Mendes
versão e seus anexos, através da Portaria 197, foi publi-
Introdução
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
9
cada no DOU do dia 24 de dezembro de 2010. Ela estabelece requisitos míni-
mos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho em máquinas e equi-
pamentos de todos os tipos, nas fases que vão do projeto ao sucateamento de-
les. Trata ainda das fases de fabricação, importação, comercialização, exposição
e cessão a qualquer titulo e em todas as atividades econômicas, sem prejuízo da
observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras – NR.
Esta melhoria da segurança deve ser uma preocupação importante para to-
dos os responsáveis da indústria (Fabricantes, Empresários, Ministérios Públi-
INTRODUÇÃO
Introdução
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
10
Noções gerais
sobre a Norma
Regulamentadora
NR-12
ReGUlameNtadoRa NR-12
ções do inventário devem subsidiar as ações de gestão para aplicação da Norma.
sobRe a NoRma
Noções GeRais
Como se pode concluir, a proposta da NR-12 é de reformular todo o parque
industrial brasileiro através da adaptação das máquinas existentes a uma con-
dição de funcionamento com segurança, e da fabricação e importação de no-
vas máquinas que obedeçam a requisitos rigorosos de segurança industrial,
bem como a adoção de procedimentos de trabalho seguros. É um grande de-
safio a ser vencido que exige, além de grande esforço por parte das empresas,
uma verdadeira mudança de cultura. Avaliamos que seja fundamental neste
momento o apoio político e técnico das entidades de classe que compõem os
seguimentos industriais, e de entidades como o SENAI, SENAC e SEBRAE
que, sem dúvida, podem dar uma contribuição importante na assistência téc-
nica às empresas.
O governo, que representa os interesses de toda sociedade, pretende com
esta norma reduzir drasticamente os acidentes típicos com máquinas e equipa-
mentos. Assistimos todo ano o anuário estatístico da Previdência Social anun-
ciar centenas de milhares de acidentes fatais. Segundo a página da Previdên-
cia Social, em 2009 foram registrados 723.452 acidentes e doenças do trabalho,
entre os trabalhadores assegurados. Deste total, 626.314 acidentes foram clas-
sificados como típicos, sendo o Rio de Janeiro responsável por 39.399.
A Previdência Social calcula, considerando exclusivamente o pagamento de
benefícios pelo INSS, um custo anual da ordem de R$ 11,6 bilhões. Estima-se
que o custo indireto, contando despesas operacionais mais despesas na área
da saúde e afins, que este custo chegue a R$ 46,4 bilhões. Estudo realizado pe-
lo Ministério da Previdência indica que cerca de 25% destes acidentes estão re-
lacionados ao trabalho com máquinas e equipamentos, portanto, custos propor-
cionais da ordem de R$ 11,6 bilhões de reais.
Diante dessa realidade, o Ministério do Trabalho e Emprego adotou como
política pública, direcionada para a prevenção de acidentes, a priorização de
uma Norma voltada para a prevenção e proteção contra riscos relativos ao tra-
Máquina e equipaMenTo
Terminologia e definições
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
15
Zona peRiGosa De uMa Máquina (nBR nM 213-1 :2000)
É qualquer zona dentro e/ou em redor de uma máquina, onde uma pessoa fica
exposta a um risco de lesão ou dano à saúde.
Terminologia e definições
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
16
rem falhas. O exemplo típico é o sistema de proteção de trens (estado seguro =
trem parado). Um sistema pode não ter um estado seguro como, por exemplo,
um avião. Nesse caso, deve ser usado o princípio de vida segura, que requer a
aplicação de redundância e de componentes de alta confiabilidade para se ter
a certeza de que o sistema sempre funcione.
DisposiTiVos De seGuRanÇa
TERMINOLOGIA E
DEFINIÇÕES
os riscos de acidentes e de outros agravos à saúde, sendo classificados em:
B Dispositivos de intertravamento
Chaves de segurança eletromecânicas, com ação e ruptura positiva, magnéti-
cas e eletrônicas codificadas, optoeletrônicas, sensores indutivos de seguran-
ça e outros dispositivos de segurança que possuem a finalidade de impedir o
funcionamento de elementos da máquina sob condições específicas.
c Sensores de segurança
Dispositivos detectores de presença mecânicos e não mecânicos, que atuam
quando uma pessoa ou parte do seu corpo adentra a zona de perigo de uma má-
quina ou equipamento, enviando um sinal para interromper ou impedir o início
de funções perigosas, como cortinas de luz, detectores de presença optoeletrô-
nicos, laser de múltiplos feixes, barreiras óticas, monitores de área, ou scan-
ners, batentes, tapetes e sensores de posição.
Terminologia e definições
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
17
D Válvulas e blocos de segurança ou sistemas pneumáticos e hidraúlicos de
mesma eficácia.
e Dispositivos mecânicos
Dispositivos de retenção, limitadores, separadores, empurradores, inibidores,
defletores e retráteis.
F Dispositivos de validação
Dispositivos suplementares de comando operados manualmente, que, quando
aplicados de modo permanente, habilitam o dispositivo de acionamento, como
chaves seletoras bloqueáveis e dispositivos bloqueáveis.
aÇão posiTiVa
RupTuRa posiTiVa
pReVenÇão inTRínseca
Terminologia e definições
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
18
FunÇões De seGuRanÇa DiReTa
TERMINOLOGIA E
DEFINIÇÕES
dispositivos sendo neutralizados.
Regulação de velocidade ou da temperatura mantendo a máquina dentro dos
limites seguros de funcionamento.
Funções cuja falha não gera imediatamente um risco, mas reduz o nível de
segurança. Notadamente o automonioramento das funções de segurança dire-
ta (por exemplo, o automonitoramento do bom funcionamento de um detector
de posição em um dispositivo de bloqueio)
DisposiTiVo De Bloqueio
Terminologia e definições
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
19
auToconTRole
1. Autoteste contínuo
Pelo qual uma medida de segurança é imediatamente acionada quando uma fa-
lha ocorre.
2. Autoteste descontínuo
Pelo qual uma medida de segurança é acionada durante um ciclo subsequente
do funcionamento da máquina quando uma falha ocorre.
TERMINOLOGIA E
DEFINIÇÕES
Terminologia e definições
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
20
Gestão dos
riscos em
máquinas e
equipamentos
ANÁLISE
APRECIAÇÃO
2 IDENTIFICAÇÃO DOS FENÔMENOS PERIGOSOS DO
DO RISCO
ETAPA 1
RISCO
3 ESTIMATIVA DO RISCO
RISCOS
NOVOS ?
AVALIAÇÃO DO RISCO:
FIM SIM 4 (a máquina está segura) ?
NÃO
FENÔMENO PREVENÇÃO
5 PERIGOSO EVITÁVEL ? SIM INTRÍNSECA
NÃO
REDUÇÃO
6 RISCO REDUZÍVEL ? SIM
DO RISCO
NÃO
PROTETORES
GESTÃO DOS RISCOS
EM MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS
EQUIPAMENTOS DE
10 PROTEÇÃO INDIVIDUAL ? SIM EPI
NÃO
11 FORMAÇÃO / INFORMAÇÃO
Fonte: Adaptado de Sécurité des machines: phénomènes; situations; événements dangereux et dommages
CSST/IRSST; Canadá 2006.
ETAPA 1
a aprecIação do rIsco
De forma geral, toda melhoria da segurança de uma máquina inicia pela apre-
ciação dos riscos. Esta apreciação dos riscos associados às máquinas perigo-
sas segue aproximadamente o mesmo caminho em todos os documentos nor-
mativos que tratam da segurança das máquinas. Para cada posto e situação
EM MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS
dos fenômenos perigosos, de estimativa e avaliação dos riscos e aplicação do
procedimento de eliminação ou redução destes riscos.
A análise do risco
Análise de risco é o conjunto das três primeiras etapas da apreciação do risco.
Ela é composta de:
Perigo de esmagamento
Enrolamento
Agarramento
Puxamento
Enrolamento
Agarramento
Choque
Esmagamento
Puxamento
Queimadura
Picada
Agarramento
EM MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS
Puxamento
Queimadura
Projeção
Puxamento
Esmagamento
Queimadura
Continua
Gestão dos riscos em máquinas e equipamentos
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
25
Continuação
Esmagamento
Cisalhamento
Seccionamento
Projeção
Choque
Esmagamento
GESTÃO DOS RISCOS
EM MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS
Corte
Seccionamento
Projeção
Puxamento
Continua
Gestão dos riscos em máquinas e equipamentos
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
26
Continuação
Puxamento
Esmagamento
Seccionamento
Enrolamento
Agarramento
Choque
Puxamento
Seccionamento
Cisalhamento
Puxamento
Choque
Esmagamento
Seccionamento
Puxamento
POSSÍVEIS
FENÔMENOS PERIGOSOS
CONSEQUÊNCIAS
PROBABILIDADE DA
RISCO SEVERIDADE
OCORRÊNCIA DESSE DANO
Relacionado Do possível Frequência e duração da
ao perigo É dano para exposição
considerado FUNÇÃO o perigo E
DE Probabilidade de ocorrência de
considerado evento perigoso
Possibilidade de evitar ou
limitar o dano
o3 ELEVADO p1 p2
2
o1 MUITO FRACO p1 POSSÍVEL
INÍCIO F1 RARO
p2 IMPOSSÍVEL
o2 FRACO 3
p1 POSSÍVEL
F2 FREQUENTE p2 IMPOSSÍVEL
o2 FRACO 5
p1 POSSÍVEL
Fonte: Sécurité des machines : phénomènes dangereux, situations dangereuses, événements dangereux, dommages.,
Aide-mémoire sur l’analyse du risque, CSST, DC 900-337 [CS-000837].
Continua
Gestão dos riscos em máquinas e equipamentos
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
30
Continuação
As opções são:
As opções são:
o1 Probabilidade muito baixa: índice que vai de muito baixo para médio
Tecnologia estável, com comprovação de aplicação segura e robustez.
As opções são:
ETAPA 2
a redução do rIsco
Uma vez a fase da apreciação do risco concluída e se a avaliação prescrever uma
redução do risco (julgado intolerável), o projetista deve determinar os meios que
julgar adequados para atingir os objetivos de redução do risco. A ação propos-
ta na norma ISO 12100 (NBR 14009) é mostrado na Figura 1, e orienta sobre os
meios de redução do risco previlegiando ordem hierárquica e eficiência.
procedImento
O objetivo visado neste processo
é principalmente impedir o
acesso ao operador às áreas ou
zonas de perigo das máquinas,
conforme Figura 6.
OBJETIVO VISADO
MEIOS DE REDUÇÃO OU
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
CONTROLE DE ENERGIAS
POR DETECÇÃO DE
FÍSICOS
EM MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS
Protetores fixos Células fotoelétricas Controle da velocidade
Protetores móveis Tapete ou fitas Limitação de torque
com dispositivos sensíveis etc. Parada de emergência
de travamento e
intertravamento Comando de
manutenção de ação
Fonte: Adaptado de Comprendre les risques associés aux machines en imprimerie INRSST, ASPRIMERIE; Canadá 2006.
Norma internacional
ISO 12100:2010 Segurança
de Máquinas – Concepção,
Princípios Gerais de Apreciação
do Risco e Redução do Risco.
EM MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS
lha) apresenta um resumo dos dispositivos mais usados de melhoria da seguran-
ça de máquinas e equipamentos nas condições e situações mais frequentes.
ds e
e≤4 ≥2 ≥2 ≥2
Ponta
do dedo
4<e≤6 ≥ 10 ≥5 ≥5
e
6<e≤8 ≥ 20 ≥ 15 ≥ 15
ds
8 < e ≤ 10 ≥ 80 ≥ 25 ≥ 20
10 < e ≤ 12 ≥ 100 ≥ 80 ≥ 80
e
ds 30 < e ≤ 40 ≥ 850 ≥ 200 ≥ 120
Braço até
a junção
com o
ombro
40 < e ≤ 120 ≥ 850 ≥ 850 ≥ 850
Fonte: ABNT NBRNM-ISO 13852 – Segurança de Máquinas – Distâncias de segurança para impedir o acesso a
zonas de perigo pelos membros superiores.
Zona de
perigo
Estrutura b
de proteção a
Zona de
perigo
Fonte: ABNT NBRNM-ISO 13852 – Segurança de Máquinas – Distâncias de segurança para impedir o acesso a
zonas de perigo pelos membros superiores.
2.7003 – – – – – – – – – –
2.600 900 800 700 600 600 500 400 300 100 –
2.400 1.100 1.100 900 800 700 600 400 300 100 –
0 1.100 500 – – – – – – – –
1. Estruturas de proteção com altura inferior que 1.000mm (mil milímetros) não
estão incluídas por não restrigirem suficientemente o acesso do corpo.
2. Estruturas de proteção com altura menor que 1.400mm (mil e quatrocentos
milímetros), não devem ser usadas sem medidas adicionais de segurança.
3. Para zonas de perigo com altura superior a 2.700mm (dois mil e setecentos
milímetros) ver Figura 9.
Não devem ser feitas interpolações dos valores desse quadro; consequentemente,
quando os valores conhecidos de a, b, ou c estiverem entre dois valores do quadro,
os valores a serem utilizados serão os que propiciarem maior segurança.
Fonte: ABNT NBR NM-ISO 13852:2003 – Segurança de Máquinas – Distâncias de segurança para impedir o acesso
a zonas de perigo pelos membros superiores.
Zona de
perigo
Plano de
referência
Zona de
perigo
EM MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS
baixo risco, deve-se situar a uma
altura h igual ou superior a
2.500mm (dois mil e quinhentos
milimetros), para que não Para risco grave
necessite proteções. h > 2.700mm
Se existe um alto risco na zona
c
de perigo: h Para risco baixo
h > 2.500mm
A altura h da zona de
perigo deve ser, no mínimo,
de 2.700mm (dois mil e
setecentos milimetros).
h – Altura da zona de perigo
Devem ser utilizadas outras
medidas de segurança.
Fonte: ABNT NBR NM-ISO 13852:2003 – Segurança de Máquinas – Distâncias de segurança para impedir o acesso
a zonas de perigo pelos membros superiores.
DISTÂNCIA DE
LIMITAÇÃO DO MOVIMENTO SEGURANÇA ILUSTRAÇÃO
Sr
A
Limitação do movimento
≥ 850 120*
apenas no ombro e axila ≥
Sr
A
Braço apoiado
≥ 550 120*
até o cotovelo
≥
300
≥ Sr
A
Braço apoiado
≥ 230 120*
até o punho ≥
GESTÃO DOS RISCOS
EM MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS
620
≥ Sr
Fonte: ABNT NBRNM-ISO 13852 – Segurança de Máquinas – Distâncias de segurança para impedir o acesso a
zonas de perigo pelos membros superiores.
1. A distância mínima na qual ESPS usando cortina de luz – AOPD deve ser po-
sicionada em relação à zona de perigo, observará o cálculo de acordo com a nor-
ma ISO 13855. Para uma aproximação perpendicular, a distância pode ser calcu-
lada de acordo com a fórmula geral apresentada na seção 5 da ISO 13855, a saber:
S = (K x T) + C
Onde:
S – e a mínima distância em milímetros, da zona de perigo até o
ponto, linha ou plano de detecção.
K – e um parâmetro em milímetros por segundo, derivado dos dados
de velocidade de aproximação do corpo ou partes do corpo.
T – e a performance de parada de todo o sistema - tempo de resposta
total em segundos.
C – e a distância adicional em milimetros, baseada na intrusão contra
a zona de perigo antes da atuação do dispositivo de proteção.
As cortinas devem ser instaladas de forma que sua área de detecção cubra
o acesso à zona de risco, com o cuidado de não se oferecer espaços de zona mor-
ta, ou seja, espaço entre a cortina e o corpo da máquina onde pode permanecer
um trabalhador sem ser detectado.
≤ 14 0
> 14 ≤ 20 80
> 20 ≤ 30 130
> 30 ≤ 40 240
> 40 850
ção ou pela troca de ferramenta e repetidos pelo próprio operador a cada troca
de ferramenta ou qualquer manutenção, e ser realizados pelo operador a cada
início de turno de trabalho e afastamento prolongado da máquina.
Os testes devem ser realizados com um gabarito de teste fornecido pelo fa-
bricante do dispositivo AOPD laser, que consiste em uma peça de plástico com
seções de dimensões determinadas para esta finalidade, conforme Figura 11.
A Teste 1
Verificar a capacidade de deteção entre a ponta da ferramenta e o feixe de la-
ser – o mais próximo da ferramenta. O espaco deve ser ≤ 14mm (menor que qua-
torze milímetros) por toda a área da ferramenta. O teste deve ser realizado com
a alça – parte cilíndrica com 14mm (quatorze milímetros) de diâmetro do gaba-
rito de teste, conforme Figura 11.
C Teste 3
A seção de 35mm (trinta e cinco milímetros) de espessura do gabarito de teste
colocado sobre a matriz – parte inferior da ferramenta – não deve ser tocada du-
rante o curso de alta velocidade de descida do martelo.
FIGURA
Gabarito de teste
11
Alça
14
35
120
15 10
50 50 50 50
11 Formação e informação
Em todos os casos onde o fenômeno perigoso não puder ser removido ou se a
redução de risco não for suficiente para torná-lo tolerável, capacitações, treina-
mentos e qualificação devem ser oferecidos aos trabalhadores para torná-los
cientes e informá-los sobre a natureza dos riscos a que estão expostos e sobre
os meios de redução selecionados e instalados.
GESTÃO DOS RISCOS
EM MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS
OBjETivO
É a NBR 14153 que especifica os requisitos de segurança e estabelece um guia
sobre os princípios para o projeto de partes de sistemas de comando relaciona-
das à segurança. Para essas partes, especifica categorias e descreve as carac-
terísticas de suas funções de segurança. Isso inclui sistemas programáveis pa-
ra todos os tipos de máquinas e dispositivos de proteção relacionados. Ela se
aplica a todas as partes de sistemas de comando relacionadas à segurança, in-
dependentemente do tipo de energia aplicado, por exemplo, elétrica, hidráuli-
ca, pneumática, mecânica. Ela abrange todas as aplicações de máquinas, para
uso profissional ou não profissional.
Ver os Passos de 1 a 5
quesitos adicionais.
PAssO 4 PROjETO
Projetar as partes de sistemas de comando relacionadas à segurança de acor-
do com as especificações desenvolvidas no Passo 3, e a estratégia geral de pro-
jeto. Listar os aspectos de projeto incluídos que proporcionam a base lógica de
projeto para a(s) categoria(s) alcançada(s).
CATEGORIA
B 1 2 3 4
S1
Ponto de partida
para a estimativa P1
do risco para
partes relacionadas F1
à segurança de P2
sistemas de comando S2
P1
F2
P2
S – Severidade do ferimento
S1 – Ferimento leve (normalmente reversível)
S2 – Ferimento sério (normalmente irreversível)
F – Frequência e/ou tempo de exposição ao perigo
F1 – Raro a relativamente frequente e/ou baixo tempo de exposição
F2 – Frequente a contínuo e/ou tempo de exposição longo
P – Possibilidade de evitar o perigo
dE COmANdO RElACiONAdOs
NOçõEs sOBRE sisTEmAs
Fonte: ABNT – NBR 14153: 1998 – Segurança de máquinas – Partes de sistemas de comando relacionados à
segurança – Princípios gerais para projeto.
Fonte: ABNT – NBR 14153: 1998 – Segurança de máquinas – Partes de sistemas de comando relacionados à
segurança – Princípios gerais para projeto.
Contator do motor
RL1A
M1
Aberto Fechado
ZS1
RL1
Fechado se o protetor
estiver 100% fechado
RL – Relé
Aberto Fechado
ZS1 RL1A
RL2
Fechado se o
protetor estiver
dE COmANdO RElACiONAdOs
RL2A
NOçõEs sOBRE sisTEmAs
ZS2
RL1
Fechado se o
protetor não estiver
100% fechado
RL1B RL2B
Contator do motor
RL1C RL2C
M1
RL – Relé
RL1B RL2B
Aberto Fechado
ZS2A ZS1A
RL1
RL2C
Contator 1 do motor
RL2A RL1A
M1
Contator 2 do motor
RL2D RL1D
M2
RL – Relé
RL3E RL4D
RL3
RL1D RL2D
Relé de contatos guiados
RL1E RL2E RL3E
RL4
RL4E
Contator 1 do motor
RL1A RL2A RL3A RL4A
M1
Contator 2 do motor
RL1B RL2B RL3B RL4B
M2
RL – Relé
Bibliografia
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
52
Anexo
Resumo das formas de
melhoria da segurança
de máquinas e
equipamentos pelo
uso de dispositivos de
proteção mais utilizados
MONITOR ÓRGÃOS DE
ADVERTÊNCIAS/ COMANDO MANUAL
AVISOS
SISTEMA DE DISPOSITIVOS DE COMANDO
COMANDO
ACIONADORES
(MOTORES, CILINDROS)
PARTE
OPERATIVA ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO –
ELEMENTOS MÓVEIS DE TRABALHO
PROTETORES
INTERFACE OPERADOR/MÁQUINA
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
53
FIGURA
Sistema de Segurança
2
ENSEJO
OBJETIVO
A B C D e
Proteção fixa
Enclausuramento
Distante
Anexo
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
54
FIGURA
Sistema de Segurança
3
A PROTEÇÃO FÍSICA
Proteção mantida em sua posição (isto é, fechada)
Permanentemente (por solda, entre outros)
Por meio de fixadores (parafusos, porcas etc.) tornando sua remoção ou abertura
impossível, sem o uso de ferramentas (Ver NM 213-1 – item 3.22.1)
A1 PROTEÇÃO DE ENCLAUSURAMENTO
Proteção que impede o acesso à zona de perigo por todos os lados. Ver Figura A .
Ver também NM 213-1 – item –3.5
Proteção de
enclausuramento
impedindo qualquer
acesso ao sistema
de transmissão
da máquina
A2 PROTEÇÃO DISTANTE
Proteção que não cobre completamente a zona de perigo, mas que impede ou reduz o
acesso, em razão de suas dimensões e sua distância à zona de perigo, por exemplo, grade
de perímetro ou proteção em túnel. Ver Figura B .
B
exemplo de proteção
distante
Proteção em túnel,
proporcionando
proteção à área de
alimentação ou
descarga da máquina
Anexo
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
55
Alguns conceitos básicos inerentes aos dispositivos de proteção são relati-
vamente simples e pouco variáveis. No entanto, a segurança de uma instalação
depende deles. Aqui abordaremos os dispositivos de proteção mais utilizados
nas condições mais frequentemente encontradas na indústria.
INTERRUPTOR EM REPOUSO
CIRCUITO FECHADO
ACIONAMENTO DO INTERRUPTOR
CIRCUITO ABERTO
Contato colado Simbologia
normalizada
A abertura dos contatos normalmente servindo a
identificar os
Anexo
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
56
ACIonAMenTo PoSITIVo
É o princípio segundo o qual um componente mecânico em movimento inevi-
tavelmente aciona um outro componente, por contato direto ou através de ele-
mentos rígidos
O protetor e o interruptor são instalados de modo que uma relação mecâni-
ca direta (ligação direta) do próprio protetor com o componente de contato do
interruptor seja criada.
Quando o protetor está fechado em uma posição segura, o interruptor está
em repouso e libera o funcionamento da operação na máquina.
FIGURA
Representação de acionamento positivo
5
PROTETOR FECHADO
PROTETOR ABERTO
Movimento
interrompido
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
57
B1 PRoTeToR CoM InTeRTRAVAMenTo
Os dispositivos de travamento são geralmente associados à função de deteção
de posição dos protetores móveis instalados nas máquinas. O dispositivo de
travamento detecta a abertura do protetor, o que provoca geralmente a parada
da máquina ou do fenômeno perigoso.
Os interruptores eletromecânicos são a melhor opção de escolha de compo-
nentes para a aplicação de segurança. Mas deve-se atentar para:
A escolha dos interruptores (abertura forçada).
O princípio da instalação para uma atuação por acionamento positivo.
A fixação sólida e o ajustamento permanente.
A proteção contra choques.
Vantagens
Componente aprovado
Disponibilidade dos
interruptores ditos a
“abertura forçada”
Interruptores magnéticos
Vantajosos em certas situações.
Vantagens
Modelo com imãs
para reduzir as
possibilidades de burla.
Para mais segurança, controle
de conflito do estado dos
contatos necessários.
Desvantagens
Não conformes aos critérios
que definem a ação
mecânica positiva.
Interruptores a chaves
Vantagens
O elemento de comando é
acionado pela introdução de
uma “chave” provocando o
acionamento pelo princípio de
abertura forçada dos contatos.
Anexo
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
58
B2 PRoTeToR CoM InTeRTRAVAMenTo e
BLoQUeIo DA ABeRTURA
Quando o fenômeno perigoso requer algum tempo antes de desaparecer com-
pletamente (inércia de uma serra em movimento), é necessário o uso de um dis-
positivo de retardo.
O protetor permanece bloqueado na posição fechado até o desaparecimento
do fenômeno perigoso.
O tempo de início da abertura do protetor só ocorre quando o fenômeno peri-
goso desapareceu ou até que seja possível o acesso seguro (atraso de abertura).
PROTETOR FECHADO
estágio 1
Componentes AUTORIZAÇÃO
em movimento
por força motriz
CIRCUITO FECHADO
estágio 2
Componentes
AUTORIZAÇÃO
em movimento
por inércia
CIRCUITO ABERTO
DISPOSITIVO DE RETARDO
o protetor em
posição fechada
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
59
C CoRTInA De LUZ
Estes dispositivos podem parar movimentos perigosos da máquina no tempo ne-
cessário quando uma pessoa ou parte do seu corpo cruza um limite de segurança.
O princípio de funcionamento está baseado na detecção do sombreamento do
feixe óptico. Quando um ou mais dos feixes é sombreado, quer por uma parte do
corpo de uma pessoa ou um objeto, um sinal de parada é dado para a máquina.
FIGURA
Representação de cortina de luz
8
VERIFICAÇÃO
CIRCUITO FECHADO
VERIFICAÇÃO
CIRCUITO ABERTO
CRitéRiOS iMPORtANteS
Anexo
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
60
CoMAnDoS De PARADAS De eMeRGÊnCIA
D
(nBR 13759/1996)
Requisitos de segurança
Requisitos gerais
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
61
e CoMAnDoS BIMAnUAIS
O acionamento do botão de controle requer o uso síncrono de ambas as mãos,
portanto, é emitido um sinal de partida para a máquina. O uso obrigatório de
ambas as mãos do operador presupõe que elas não estejam em perigo por es-
tarem fora da área de operação da máquina.
FIGURA
Representação de comandos bimanuais
9
VERIFICAÇÃO
CIRCUITO FECHADO
VERIFICAÇÃO
CIRCUITO ABERTO
Anel distanciador
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
62
A função parada de emergência não deve prejudicar qualquer meio projeta-
do para livrar pessoas presas.
Cabos, barras.
Alavancas.
Em aplicações específicas, pedais sem coberturas protetivas.
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
63
Os acionadores da parada de emergência devem ser posicionados de forma
a permitir fácil acesso e operação pelo operador ou outras pessoas que neces-
sitem operá-lo sem riscos.
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
64