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MECÂNICA BÁSICA

Índice

Introdução.............................................................................................................2

Pneus e Rodas.....................................................................................................2

Freios....................................................................................................................4

Embaixo do carro..................................................................................................5

Correia dentada e óleo de câmbio ......................................................................7

Sentido das cores das placas...............................................................................8

Óleo do motor....................................................................................................... 9

Combustível – Injeção Eletrônica.........................................................................12

Sistema Elétrico....................................................................................................13

Ar condicionado....................................................................................................15

Airbag e engate ....................................................................................................16

Direção Defensiva................................................................................................. 17

Internet e Simbologia............................................................................................ 23

Bibliografia............................................................................................................ 26

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SENAI – DOURADOS/MS 1
MECÂNICA BÁSICA

INTRODUÇÃO

O Senai desenvolveu este curso no sentido de proporcionar conhecimentos básicos


referente a mecânica de automóveis, para as pessoas que fazem do automóvel uso
diário para trabalhar, levar os filhos na escola, fazer compras no supermercado, viajar
com a família e etc. Normalmente ouvimos as pessoas reclamando de diversos defeitos,
enguiços apresentados nos seus veículos ou mesmo muitas duvidas na hora de adquirir
ou trocar de carro. Após este curso os participantes poderão ter condições de identificar
as principais peças de vários sistemas que compõem o veículo, interpretar o painel e
identificar os principais pontos de manutenção periódica, que geralmente passa do
período ou quilometragem recomendada pelo fabricante do veículo.

PNEUS E RODAS

Carecas? Nem pensar. Não basta só prestar


atenção aos pneus na hora de vender: Eles são
equipamento básico de segurança. Afinal, da
qualidade e do estado de conservação dos
pneus dependem da aderência na pista e a
eficiência das freadas.
Use sempre pneus com as medidas indicadas
no manual do carro. Tamanhos incorretos
alteram o comportamento da direção e deixam
o carro inseguro.
Calibre os pneus a cada duas semanas, ou
antes, de pegar estrada - a aderência do carro
na pista também depende da pressão correta
dos pneus. E não esqueça de checar o estepe!
Para calibrar, use a pressão indicada no
manual ou nas tabelas das redes de serviços
especializados. Pressão errada provoca
desgaste irregular nas bandas de rodagem,
diminuindo a vida do pneu. Se a pressão for
insuficiente, o pneu gasta principalmente nas
bordas; se a pressão for excessiva, o desgaste
é maior no centro.
Siga os diferentes valores de calibragem recomendados pelo manual se o carro vai rodar
com um ou dois passageiros ou com carga completa.

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As tampinhas das válvulas de ar não são simples enfeites! Elas impedem vazamentos e a
penetração de impurezas. Se perder uma, peça para o borracheiro.
Não basta o “olhômetro” para avaliar se os pneus estão
ficando velhos. Os pneus modernos trazem indicadores
de desgaste - um triângulo ou as letras TWI -
impressos na lateral. Quando o desgaste atingir essa
marca TWI, é hora de trocá-los.
Fazer rodízio dos cinco pneus a cada 10000 Km ajuda
a compensar as diferenças de desgaste da borracha,
aumentando sua vida útil e melhorando a estabilidade
do carro.
Faça o balanceamento das rodas a cada 10000 Km, juntamente com o rodízio, ou sempre
que trocar os pneus. Rodas desbalanceadas provocam instabilidade, trepidação no volante e
desgaste dos amortecedores, da suspensão e dos pneus. O balanceamento feito pelas
oficinas especializadas utiliza contrapesos para ajustar o peso das rodas.
Se sentir o carro “puxar” para um lado, dificuldade em virar o volante ou observar desgaste
irregular nos pneus são sintomas de desalinhamento de rodas e direção. Para sua
segurança, faça o alinhamento em uma oficina especializada a cada 10000 Km, ao fazer o
rodízio ou trocar os pneus.
Em vez de ar comprimido, nitrogênio. Essa novidade para a calibragem está disponível nas
redes de serviços especializados e em alguns postos de gasolina. “O nitrogênio conserva
melhor a pressão dos pneus, mesmo com o aquecimento, e evita que as rodas enferrujem”..

Rodas
Furos em ordem

O que determina a quantidade de furos nas rodas de um veículo?


Não existe norma técnica ou cálculos que especifique o número de furos que uma roda deve
ter. Mais importante que os furos, porém, é a maneira de fixar os parafusos. Nem todos
sabem, mas existem duas dicas importantes para que a roda fique com o encosto perfeito e
não entorte, correndo o risco de ficar desalinhada. A primeira é não apertar os parafusos
assim que colocados. A ordem é rosquear todos antes e só depois apertá-los. A segunda
existe, sim, uma ordem para que os parafusos sejam apertados de acordo com o número
dos furos. Veja na ilustração qual a ordem certa.
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FREIOS
Observe o nível do fluido de freio a cada fez que abrir o cofre do motor no posto e complete,
se necessário, com fluido da mesma marca. Nunca misture. A troca recomendada é anual.
“Fluido sujo perde a capacidade de pressão, dificultando a frenagem e colocando em risco a
segurança”.
Preste atenção se o automóvel “chia” quando você pisa no pedal do freio. O ruído é sinal de
que as pastilhas estão gastas e arranhando o metal dos discos, podendo danifica-los se não
forem logo substituídos. É bom ver o estado das pastilhas a cada 10.000 km. As lonas do
freio duram entre 25.000 e 40.000 km. Ao trocá-las, peça para o mecânico checar também o
estado dos tambores.

Não maltrate os freios


• Evite freadas bruscas. Elas provocam desgaste maior nas pastilhas e nos discos.
Procure pisar no freio devagar e progressivamente.
• Jamais desça uma ladeira em ponto morto. Os freios podem não conseguir segurar o
veículo.
• Nunca freie sem que a marcha esteja engatada. Isso causa um desgaste extra às
pastilhas e os discos. Deixe que o motor vá reduzindo a velocidade do carro, antes de
pisar no freio.

PINTOU SUJEIRA
Por que os freios emitem um som metálico depois de um dia de chuva?
Aquele som estrindente e irritante que ouvimos quando freiamos o carro depois de um dia
chuvoso é causado pela sujeira acumulada nas pastilhas de freio. Quando o carro passa por
uma poça, a água faz com que a sujeira escorra pelo disco e, ao entrar em atrito com a
pastilha, provoque o barulho. Não é necessário limpar. O uso normal dos freios acaba
eliminando as impurezas e ruídos.

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SEGURANÇA

Como o freio com ABS influencia na segurança? Ele ajuda na aquaplanagem?


O ABS impede o travamento das rodas em freadas bruscas. Ele funciona comandado por
uma unidade de controle instalada próxima ao motor. Essa unidade está ligada a quatro
sensores, conectados a cada uma das rodas. Eles informam a velocidade medindo os
pulsos gerados por uma roda dentada. Assim que o pedal do freio é acionado, os sensores
lêem a que velocidade as rodas estão girando. Com essa informação, a unidade de controle
calcula qual roda deve girar mais rápido ou mais devagar para evitar uma derrapagem. É por
isso que o ABS é eficaz nas situações de piso escorregadio. No entanto, ele não evita a
aquaplanagem, que acontece quando o carro passa em alta velocidade sobre uma poça
d’água e literalmente flutua em cima dela. O ABS só vai fazer efeito quando as rodas
estiverem novamente em contato com o chão.

MANUTENÇÃO
Embaixo do carro
3

2 4

Atenção ao que não vê. Ao dirigir, fique sempre atento a possíveis ruídos na parte inferior do
carro: Ali fica uma série de peças fundamentais para o conforto e a dirigibilidade.
Escapamentos amassado ou furado, por exemplo, compromete o rendimento do motor e
aumenta a emissão de gases. Problemas na suspensão, por sua vez, podem prejudicar a
estabilidade do veículo .

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01 SUSPENSÃO
Para cada 40 000 Km, uma revisão completa: Eixos, molas, rolamentos, pivôs, terminais,
juntas homocinéticas, coxins, bandejas, batentes e buchas.

02 CATALISADOR
Barulho de chocalho sob o carro, queda de rendimento ou aquecimento exagerado do motor:
Sinais de catalisador quebrado. Troque a peça imediatamente.
03 ESCAPAMENTO
Cheque o conjunto do escapamento a cada 20 000 Km. Como a ferrugem começa a atacar
de dentro para fora, quando a deterioração se torna visível é porque está ainda mais
avançada na parte interna.

04 AMORTECEDORES
A troca é recomendada a cada 40 000 Km. Se sentir algo diferente, apóie o peso do corpo
sobre o carro e solte: Ele deve subir uma só vez e parar.

NÃO MALTRATE O QUE ESTÁ POR BAIXO


• Se seu carro veio sem protetor de cárter, uma peça barata que infelizmente é
considerada equipamento opcional na maioria dos carros nacionais, mande instalar. O
cárter é bastante vulnerável ao choque com lombadas e pedras. Como é o reservatório
onde fica guardado o óleo que lubrifica o motor, um possível rompimento leva ao
vazamento do óleo, o que coloca em risco o motor.
• Atenção para os estragos que podem ser provocados por buracos e pedras: Quebra ou
desalinhamento da suspensão e rodas tortas.
• Verifique se não há vazamento no tanque de combustível. Não pode estar amassado
ou os canos furados: Vazamento são altamente perigosos.

OUTROS CUIDADOS
• Verifique periodicamente o estado dos fixadores e das abraçadeiras, as borrachas que
prendem os canos e o silencioso. “Com o tempo, as borrachas vão laceando e podem
se romper”.
• Outra coisa: Nunca pulverize óleo de mamona ou querosene sob o carro. Eles
ressecam as borrachas da suspensão. Para lavar a parte de baixo, só água e sabão
neutro.

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SEM CORREIA, NÃO PROSSIGA

Qual a função da correia dentada? Se ela quebrar


e tentarmos fazer o carro pegar no tranco pode
ocorrer algum dano?

Sim, se o motorista insistir em fazer o carro funcionar com a correia quebrada, muitas partes
do motor serão danificadas, como válvulas, bielas e, em alguns casos, o virabrequim. A
função da correia dentada é transmitir o movimento do virabrequim – peça que possibilita a
ação dos pistões – para o eixo que comanda as válvulas do motor, fazendo com que ele
funcione após a ignição. Se essa correia quebrar, o motor vai parar e não haverá tranco que
o faça pegar, pois seus dentes servem justamente para que a sincronia entre todas as
partes seja mantida, sem que haja um deslizamento da correia na polia.

ÓLEO DE CÂMBIO

Qual a quilometragem necessária para


completar o óleo do câmbio? É preciso
colocar algum aditivo no óleo para ele
se aderir à superfície de contato dos
rolamentos, eixos e engrenagens?
Atualmente, a maioria dos fabricantes de automóveis recomenda apenas a verificação do
nível de óleo do câmbio durante as revisões de rotina especificadas no manual do
proprietário. Com o aprimoramento da qualidade dos lubrificantes e componentes internos
das transmissões, o desgaste é bastante reduzido e praticamente elimina a necessidade e
trocas freqüentes do óleo.
Entretanto, é preciso estar atento a eventuais vazamentos que possam ocorrer pelas juntas
ou vedadores, o que provocaria danos irremediáveis por falta de lubrificação. Os óleos
atuais são formulados com diversos aditivos contra desgaste, sendo desnecessária a adição
de qualquer outro produto para melhorar suas características lubrificantes.

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O SENTIDO DAS CORES DAS PLACAS

Qual o significado de cada uma das cores das placas de carro?


Os diferentes tipos de placa servem para identificar a situação do veículo. Veja o significado
de cada uma delas, fornecido pelo Detran de São Paulo:

Cinza com letras pretas:


Veículos particulares.

Vermelha com letras brancas:


Veículos de aluguel e de transporte público, como ônibus e táxi.

Branca com letras vermelhas:


Carros de aprendizagem - utilizadas por auto - escolas.

Azul com letras brancas:


Veículos do fabricante - permanece enquanto o carro pertence à fábrica.

Verde com letras brancas:


Usadas pelas concessionárias.

Branca com letras pretas:


Carros oficiais das repartições, autarquias e outros órgãos dos governos federal, estaduais e
municipais. Não vale para empresas estatais e companhias de economia mista, que têm
parte de seu capital nas mãos de particulares.

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ÓLEO DO MOTOR

O que dizem letras e números

Um dos maiores problemas enfrentados pelo consumidor na hora da troca do óleo do seu
veículo é o grande número de produtos de marcas e especificações distintas no mercado.
Se, no posto, as dúvidas já eram consideráveis, agora com a profusão de ofertas nas
gôndolas dos supermercados, a situação ficou mais complicada. E a opção pelo lubrificante
inadequado acaba tendo reflexo no desempenho do carro e na durabilidade do motor.
Na escolha do óleo, deve-se levar em consideração as especificações técnicas que indicam
a classificação de serviço e o índice de viscosidade do produto. O ideal é seguir as
recomendações do fabricante do veículo.
Entre os lubrificantes mais comuns estão os multiviscosos 15W40 , 20W40 e 20W50. A
letra” W “ vem de winter (inverno, em inglês), indicando que o óleo é trabalhado para
apresentar menor viscosidade em temperaturas baixas. Os demais indicadores
( 15,20,40,50 etc) correspondem a índices de viscosidade. Os números mais baixos indicam
um óleo mais fino (de menor viscosidade). Quando os indicadores de viscosidade
apresentam números (de 20 a 60) desacompanhadas de “ W “, significa que o óleo é
monoviscoso, ou seja, a viscosidade varia em função da temperatura, em geral, são ideais
para temperaturas mais elevadas.
O número anterior ao “ W “ refere-se à viscosidade em temperatura baixa ( padronizada em
–10°C ) e o que vem depois, em temperatura alta ( padronizada em100°C ).Os índices
menores ( 15 e 20 ) são encontrados em óleos destinados a veículos que operam em
temperaturas mais baixas, pois um óleo mais fino lubrifica mais rapidamente o motor, facilita
a partida e reduz o desgaste das peças.
Também é da maior importância a classificação
de serviço definida pelo API ( Instituto Americano
do Petróleo ) que indica o desempenho qualitativo
do lubrificante, classificando-o pelo tipo de
serviço, levando em consideração o estágio de
desenvolvimento do motor.
A série indicada para motores a gasolina e a
álcool é identificada pela letra “ S “ , enquanto a
destinada a motores do ciclo Diesel trás a letra
“C“ . Essas letras determinam a classificação de
serviço acompanhadas de uma seqüência
crescente de outras letras. Por exemplo, os óleos
da classificação SJ são superiores aos de
classificação SF ou SH.
Só para ilustrar, o óleo ideal para motores
produzidos de 1994 a 96, é o de classificação SH.
Agora, em função da tecnologia mais atual, os
motores de 1997 para cá, tem como óleo ideal o
SJ.
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TROCA DE ÓLEO A VÁCUO


Como funciona a troca de óleo a vácuo?
E quais as vantagens e desvantagens em comparação com o método tradicional?

A troca a vácuo é feita com um equipamento que na extremidade tem um tubo fino e
comprido. Esse tubo é inserido no cano da vareta usada para medição de óleo, até chegar
na engenhoca que suga todo o óleo do motor. Enquanto isso, o mecânico acompanha toda a
operação observando através de um cúpula transparente que fica na parte de cima do
equipamento. Encerrada a sucção do líquido antigo, o óleo novo é colocado no carro
manualmente. Já no método de troca tradicional, a retirada do óleo é feita com a abertura
da tampa na parte inferior do cárter, por onde o óleo escorre com a limalha, (resíduo
metálico) que sai do motor. Os dois processos são igualmente eficientes. A vantagem do
método a vácuo é ser muito mais rápido, porém os resíduos não são retirados. O preço, nos
dois métodos, são equivalente.

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Olho no nível

Há um cuidado simples que pode ajudar você a evitar que o motor de seu carro pare por
falta de lubrificação: Verificar o nível do óleo semanalmente. Você mesmo pode fazer isso.
Com o motor desligado, mas em temperatura normal de funcionamento espere entre cinco e
dez minutos para que todo o óleo escorra para o cárter. Retire a vareta de medição, limpe-a,
recoloque-a no duto e volte a puxá-la para fora – o nível deve estar entre as marcas mínimo
e máximo indicadas na ponta da vareta.
Se estiver abaixo do mínimo, complete com o óleo recomendado pelo seu manual do
proprietário. Normalmente, um litro é a quantidade suficiente para que o nível seja
completado. Para ter um cálculo aproximado, um veículo com motor AE 1.6 pode consumir,
no máximo, um litro de óleo a cada 1000 km rodados.

É preciso também ter a cautela em não misturar óleos diferentes, especialmente o mineral
com o sintético.

FILTRO LUBRIFICANTE

O filtro é outro componente que deve ser trocado periodicamente, de acordo com as
recomendações do manual: Ele retém as impurezas do lubrificante e mantém os dutos
limpos.

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INJEÇÃO ELETRÔNICA

B C
CC B

CC DC
DC FC
EC
EC
FC

COMBUSTÍVEL
Tempo Quente
É verdade que nos dias de temperatura alta o combustível dos carros pode evaporar?
Sim, é verdade, mas não é necessário estar muito quente para haver evaporação. A

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30º C, já há perda de 2% do combustível. Para recuperar o gás evaporado e não deixar que
ele polua a atmosfera, foi criado o canister – “reservatório” em inglês –, um filtro de carvão
ativado que armazena o vapor do combustível e direciona-o para o motor, onde será
aproveitado. Esse filtro está ligado ao tanque por um cano, o mesmo usado para circulação
do ar. Os gases evaporados passam pela tubulação e são absorvidos pelos grãos de carvão
ativado para depois serem conduzidos ao sistema de alimentação do motor.

SISTEMA ELÉTRICO
A rede de eletricidade do carro funciona como na sua casa: você paga a conta da energia
que gasta. Esquecer faróis e luzes acesas, ligar o sistema de som com o motor desligado,
forçar partidas, tudo isso contribui para encurtar a vida útil da bateria. Veja como evitar virar
cliente preferencial do auto-elétrico.

BATERIA
Ela é um acumulador de energia, que faz toda a parte elétrica
do carro funcionar.
Uma rotina semanal pode fazer toda a diferença. Não dá para
esquecer a verificação do nível de água da bateria (cuidado
desnecessário se ela for do tipo selada, que não exige água).
Só complete com água destilada. Nunca ponha água da
torneira nem filtrada, que têm sais minerais nocivos à bateria.
Um cuidado: Encher até cobrir as placas de chumbo, sem
deixar transbordar.
Os pólos devem estar sempre limpos. Se estiverem verdes de oxidação, limpe com um
pincel e aplique vaselina.
Se o carro não pegar, aguarde uns quinze segundos antes de nova tentativa. Forçar a
partida pode descarregar a bateria e danificar o motor de partida. Se não pegar em quatro
tentativas, chame o mecânico.
Evite deixar luzes e faróis acesos, ou o rádio funcionando com o motor do carro desligado. O
alternador (peça que transforma a energia mecânica do motor em energia elétrica) não
funciona com o carro desligado, o que leva a bateria a suprir sozinha a demanda dos
equipamentos elétricos, podendo descarregar.

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Cuidado ao instalar um sistema de som superpotente ou outro item que roube muita energia.
Pode ser preciso redimensionar instalando bateria e alternador mais potentes, para não ficar
na rua.

FARÓIS E LUZES

Regule periodicamente a altura dos faróis alto e baixo e cheque se todas as luzes (interior
do carro, lanternas, placa, ré e freio) estão funcionando.
Lembre-se de verificar o funcionamento da luz do freio - se ninguém avisar, dificilmente você
percebe que está queimada. Pare o carro de ré perto de uma parede branca e pise no freio.
Ao substituir lâmpadas, prefira peças originais, peças de reposição fabricadas pelos mesmos
fornecedores das montadoras ou, ainda, por empresas de qualidade reconhecida.
Se um fusível queimar, certifique-se de substituí-lo por um com a mesma amperagem. Mas
não esqueça: Fusível queimado pode ser sinal de curto-circuito ou outra falha qualquer no
sistema elétrico.

Qual a diferença entre farol de milha e


farol de neblina?
O farol de milha é de longo alcance. Ele
produz um facho estreito de luz branca,
como a projetada por um spot de teatro, e
se estende por até 500 metros à frente. O
farol de neblina, que pode ser na cor
branca ou na amarela, tem um facho mais
curto e mais largo, alcançando entre 10 e
15 metros e atingindo as laterais da
estrada. Ele ilumina até altura de 30 cm
do chão, porque é acima disso que a
neblina começa a se formar. O caminho,
assim, fica mais visível.

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AR CONDICIONADO

Fique frio. Um pouco de manutenção


do sistema é essencial,
principalmente se o ar não for
original de fábrica.
Se sentir que o ar não está esfriando
da maneira normal, procure uma
oficina para medir a pressão do gás
refrigerante, que, aliás, deve ser
checada a cada 20000 Km.
No Brasil, quase não dá para viver
sem ar condicionado. Mas, se o
carro tiver de ficar parado por longos
períodos, deixe-o ligado entre cinco
e dez minutos, uma vez por semana.
Isso ajuda a manter as peças bem
lubrificadas.
O sistema de ar-condicionado
precisa de algum tipo de
manutenção periódica ou
preventiva?
Sim. É necessária a troca do filtro que barra as impurezas do ar externo para o ambiente
interno e do gás refrigerante. A periodicidade varia conforme o modelo (de acordo com a
indicação do fabricante), mas é recomendável fazer revisão anual.
A manutenção serve para verificar se o filtro está obstruído por sujeira e se o nível de gás
está adequado, sem vazamentos pelas mangueiras.
A recomendação preventiva é ligar o sistema mesmo no inverno para que haja lubrificação
das mangueiras e assim diminuir as chances de elas romperem.

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COMO O AIRBAG É ACIONADO

ENGATE AJUDA OU ATRAPALHA?

O engate de reboques auxilia na proteção


contra impactos em veículos de passeio?
Não, pelo contrário. Numa colisão, o engate pode
danificar seriamente o carro porque sua instalação
interfere na estrutura do veículo, a não ser quando
vem de fabrica. No projeto da carroceria, já é
previsto a absorção da energia que um choque
provoca. Essa energia é distribuida na maior
quantidade de partes possivel, para suavizar a
violência da colisão. Entretanto, com um egate
colocado em local inadequado, a energia da batida
será distribuída entre os poucos pontos de fixação
do engate. O acessório pode estar fixado no
assoalho, à longarina ou ao para-choque. Sendo
que quando estes são fixados na longarina são os
piores. “Provocam facilmente a perda total do carro
em batidas”

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MECÂNICA BÁSICA

CONTA GIROS

Para que serve o Conta-giros?


Ele mede o número de rotações do motor. O
motorista pode usá-lo para manter as faixas
ideais de potência, melhorando o rendimento.
Ele serve como alerta para rotações
excessivas, que provocam desgaste prematuro
do motor.

VELOCIDADE
Vôo de dez andares
Poucos motoristas, numa boa estrada, extasiam-se ao andar a
100 Km/h. Também poucos se dão conta de que, se sofrerem
um acidente, o impacto será igual despencar com o carro do
décimo primeiro andar de um prédio. De acelerar qualquer um
tem coragem, mas lembre-se: Pode ser o mesmo que ter
coragem de saltar lá do alto.

MULHERES AO VOLANTE
OS PERIGOS DO SALTO ALTO
Seguir a moda pode provocar acidentes. Em Tóquio,
no Japão uma mulher bateu o carro num poste e
acabou matando a amiga que estava ao seu lado. A
motorista contou à polícia que não conseguiu frear a
tempo porque usava botas com 15 centímetros de
salto - um hit do inverno japonês. Essa moda tem
aumentado o número de acidentes naquele país e
preocupando as autoridades. Diferentemente do
Japão, no Brasil, a legislação proíbe “dirigir usando
calçado que não se firme aos pés ou que
comprometa a utilização dos pedais”.

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SENAI – DOURADOS/MS 17
MECÂNICA BÁSICA

PISCA ALERTA

Um estudo feito por encomenda das seguradoras norte-americanas confirma: Dirigir e falar
ao celular ao mesmo tempo é altamente arriscado.
A pesquisa concluiu que 30% dos acidentes nos Estados Unidos acontecem por algum tipo
de distração. Nessa estatística, o maior vilão é o celular, considerado quatro vezes mais
perigoso que outras atividades desenvolvidas simultaneamente com a direção, como
acender um cigarro, trocar a estação do rádio ou tirar os óculos escuros do porta-luvas.

CAMINHÕES ASSASSINOS
Sua vida corre perigo.
 Os caminhões Brutamontes de até 45
mataram 25 000 toneladas voam pelas
pessoas em 1998 estradas com excesso
 Todo ano, um de carga, freios ruins e
em cada três deles motoristas drogados
se envolve em
algum acidente com
vítimas
 Eles provocam
uma colisão ou um Preste atenção na imagem ao lado. Ela é o retrato do assassino
capotamento a em série mais perigoso do país. Caminhões como este causam
cada nove minutos 25 000 das 60 000 mortes que acontecem no trânsito brasileiro
nas estradas federais anualmente, uma estatística trágica que não tem paralelo em
nenhum lugar do mundo. Os Estados Unidos, que são os vice-
A idade média
campeões
das carretas dos mundiais de mortes nas estradas, com uma frota de caminhões
motoristas quatorze vezes maior que a brasileira, registram um número de
autônomos é três mortes cinco vezes menor – as vítimas dos pesos pesados são
vezes superior à 5200 por ano, índice que levou o presidente Bill Clinton a
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recomendada decretarSENAI um Programa – DOURADOS/MS emergencial de segurança rodoviária. 18
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Motoristas dopados

Há três responsáveis por essa tragédia. Um deles está sentado na boléia. Para entregar sua
carga mais cedo e poder pegar outro frete, o caminhoneiro costuma correr demais, dormir de
menos, e tomar rebites (drogas que inibem o sono). Conhecidas na linguagem médica como
anfetaminas, elas foram descobertas no início destes século e distribuídas aos soldados da
Primeira Guerra Mundial, porque aumentavam a agressividade e os ajudavam a atravessar
noites sem dormir. Como seus efeitos são devastadores, drogas dessa família foram
proibidas em vários países.
No Brasil, diz a lei, elas deveriam ser vendidas apenas com retenção de receita médica. Mas
são compradas livremente em botecos de beira de estrada, a R$ 15 a caixa. O presidente do
sindicato dos carreteiros, Osmar de Oliveira, estima que 85% dos motoristas já
experimentaram a droga. Calcula-se que 48% façam uso dela regularmente. Os efeitos são
terríveis. As anfetaminas reduzem o poder de concentração e podem provocar alucinações.

A AVALANCHE
Excesso de peso de cargas mal fixadas são a regra,
não a exceção. Assim, é comum que veículos que
trafegam atrás ou dos lados de caminhões sejam
atingidos por objetos que caem deles. É fácil, porém,
evitar esse tipo de problema. Tente ficar longe.

A PRENSA

Como levam mais tempo e consomem uma


distância maior para frear, freqüentemente os
grandalhões atropelam os carros que vão à sua
frente. Mesmo que tente parar, uma carreta
que viaja a 80Km/h tem força suficiente para
esmagar metade do carro.

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SENAI – DOURADOS/MS 19
MECÂNICA BÁSICA

SOB PRESSÃO

Caso um caminhão cole na traseira do seu carro, não acelere. Ao contrário: Os especialistas
afirmam que é melhor reduzir, aos poucos, a velocidade. Assim o caminhão é forçado a
diminuir a velocidade ou a ultrapassá-lo.

PONTOS CEGOS

Não tente ultrapassar uma carreta se


ela ameaça mudar de pista. O
caminhão tem pontos cegos ao redor
da caçamba – seus espelhos são
preparados para mostrar o que
acontece ao seu lado, não
imediatamente atrás. Estando muito
próximo à traseira, não há como
escapar de uma fechada.

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SENAI – DOURADOS/MS 20
MECÂNICA BÁSICA

CURVA PERIGOSA

Nunca faça uma curva ao lado de um caminhão.


Ele pode fechá-lo. Em rodovias de pista simples,
pode surgir uma surpresa desagradável na
contramão. Por fim, há o risco de um pedaço de
carga cair sobre você.

SOLTE O CINTO

Uma mania perigosa está ganhando adeptos nas


ruas das cidades . Vários motoristas prendem o cinto
de segurança com presilhas ou clipes que são
vendidos por ambulantes por cerca de R$ 3. Apesar
de eliminar a sensação de incômodo, esses
prendedores diminuem a eficiência do cinto. “Em um
acidente, ele impede que o motorista se choque
contra o painel e sofra lesões na coluna”.

“Como a presilha deixa uma folga, o limite para um corpo projetado durante uma colisão
pode ser o pára-brisa.” Mas não é só isso. Segundo o Código de Trânsito, a artimanha
é considerada uma falta grave. Quem for flagrado leva cinco pontos no prontuário e
uma multa de R$ 117,24.

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BRAKE LIGTH ESPERTINHHO

Protótipo desenvolvido por engenheiros paulistas acende as luzes traseiras sempre que há
desaceleração do carro. Mesmo que o motorista não tenha pisado no freio.

É um pequeno dispositivo capaz de perceber a desaceleração do carro, mesmo que o


motorista não tenha pisado no freio. Se essa redução de velocidade for mais acentuada, o
aparelho determina que as luzes de aviso, de freio e do brake light acendam. Outra função
do equipamento que ainda está sem um nome comercial definido é manter as luzes acesas
quando o automóvel estiver parado e com o motor ligado. Esperando o sinal abrir, por
exemplo.
No Brasil, uma em cada três batidas acontecem desse jeito. Um dos objetivos do protótipo
que já está sendo analisado por uma montadora e pode até virar equipamento de série em
alguns modelos é evitar acidentes como o engavetamento de 65 carros que parou a
Rodovia Anhangüera no dia 22 de junho e matou duas pessoas.

FUJA DAS PEÇAS FALSIFICADAS


Ao comprar uma peça de reposição, cuidado com o preço baixo. A maior parte das peças
falsificadas está ligada aos mecanismos do automóvel que, se não estiverem funcionando
perfeitamente, podem pôr em risco a vida do motorista e passageiros. Segundo estimativa
do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores
(Sindipeças), cerca de 5% das peças vendidas no Brasil como novas não são originais. A
seguir algumas dicas:
1. Procure fazer os reparos em um mecânico de confiança. Afinal, geralmente é ele quem
compra as peças. Deixe claro que você quer produtos originais.

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2. Nunca escolha itens relacionados a segurança pelo menor preço. É o caso de pastilhas
de freio, amortecedores e rolamentos, alguns dos preferidos pelos falsificadores. Se o
vendedor vier com o papo de que você pode escolher um produto de “primeira linha”,
mais caro, ou outro de “segunda linha”, mais barato, desconfie. O mais em conta pode
ser falsificado.
3. Peça nota fiscal. Assim, se a peça for falsificada você terá a quem reclamar.
4. Observe a embalagem do produto. Ligue para o telefone 0800 (gratuito) impresso na
caixa e confira o número de série.
5. Algumas empresas imprimem a marca do produto na própria peça (nas falsificadas, essa
marca é apagada) ou colocam um selo de autenticidade na caixa. É uma garantia a mais
de que você esta fazendo a compra certa.

INTERNET

Fábricas vendem mais barato na rede

É o novo campo de batalha das fábricas que disputam os compradores de carros populares.
Três marcas ensaiam os movimentos estratégicos iniciais nessa guerra: Fiat, Ford, GM. A
General Motors foi a primeira a se valer de um recurso inédito para vender mais barato o
enxuto Celta. Comprado por intermédio do computador, o 1.0 é faturado diretamente da
fábrica para o consumidor, evitando alguns impostos. A fábrica compromete-se a entregar o
carro na concessionária em até sete dias. Esse sistema elimina o acúmulo de veículos nos
pátios, um dos principais fatores de encarecimento do produto.

SIMBOLOGIA

Em alguns componentes do seu carro, ou perto dos mesmos, estão aplicadas etiquetas
coloridas específicas, cujo símbolo chama a atenção do usuário e indica precauções
importantes que este deve tomar em relação ao componente em questão.
A seguir, são citados resumidamente todos os símbolos indicados pelas etiquetas
empregadas no seu carro, abaixo, os componentes para os quais os símbolos chamam a
atenção.

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É também indicado o significado do símbolo de acordo com a subdivisão de: Perigo,


proibição, advertência, obrigação, ao qual o próprio símbolo pertence.

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MECÂNICA BÁSICA

BIBLIOGRAFIA

Revista Quatro Rodas: Abril, maio, julho e novembro de 1999, junho, julho, agosto e
setembro 2000.

Revista Auto Esporte: Julho de 1999

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