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ESCOLA PROFISSIONAL MARIANA SEIXAS

ELECTRICIDADE ELECTRÓNICA
MÓDULO 4

SEBENTA
DE
APARELHOS
DE
MEDIDA

Sebenta Elaborada por:

Alexandre Figueiredo
Escola Profissional
Mariana Seixas

Paquímetro
O paquímetro serve para medir comprimentos e espessuras, diâmetros de fios, diâmetros
internos e externos de tubos, etc. É um dos instrumentos mais utilizados para medições internas,
externas e de profundidade.

Medições internas

Medições externas

Medições de profundidade

Definições:
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- Valor Verdadeiro Convencional - V.V.C. - Valor que caracteriza uma grandeza


perfeitamente definida, neste caso, corresponde a dimensão do padrão utilizado.
- Erro de Indicação - Diferença entre a indicação no Paquímetro e o V.V.C.
- Indicação - Valor da dimensão indicada no Paquímetro.

 
 
 
 
 
Observando o paquímetro veremos que é constituído por uma régua metálica R,
graduada em milímetros, terminada por uma espera fixa ab, ao longo da qual desliza uma espera
móvel ou cursor a’b’. Neste cursor existe uma janela com um nónio, cujas divisões encostam às
divisões da régua, e um parafuso d pressão p, que permite fixá-lo.
Quando se põem em contacto as duas esperas, a linha de fé do nónio deve coincidir com
o traço correspondente à divisão zero da graduação da régua R.
Na maior parte dos modelos existe, fixa ao cursor e deslocando-se com ele, uma haste ou
lingueta L, de igual comprimento ao da régua R.

Para medir um comprimento, ou uma espessura, com o paquímetro, encosta-se uma das
extremidades do corpo à espera fixa ab, deslocando-se a espera móvel até ficar em contacto com
a outra extremidade, e fixa-se o cursor nessa posição.

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O número de milímetros procurado lê-se na régua, e as fracções de milímetro lêem-


se no nónio.

Para medir o diâmetro interno de um tubo, ajustam-se os bordos


das pontas a e a’ às suas paredes internas e faz-se a leitura conforme foi
indicado.

Para fazer a medição de uma


profundidade, encosta-se a haste L à parede
interna da cavidade, de forma que toque no fundo, e fixa-se o cursor nessa posição.

Micrómetro

O micrómetro é constituído por:


Uma peça fixa, em forma de U, possuindo uma das extremidades graduada em milímetros
volta da qual roda um tambor também graduado solidário com um parafuso micrométrico para
ajuste grosseiro.

Funcionamento:
O corpo fixo está graduado com divisões de 0,5mm e de 1mm.
O corpo móvel que é o tambor do parafuso micrométrico, está graduado em centésimas
de milímetro. A medida de cada volta completa do tambor corresponde a 0,5mm.
Obtém-se a leitura, adicionando às divisões da parte fixa as centésimas de milímetro
indicadas pelo tambor móvel.

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Diferentes micrómetros

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Alguns exemplos de leitura

Assim na figura ao lado podemos ver que a leitura indicada é:


- Na parte fixa 4 mm
- Na parte móvel 49 centésimas, portanto a leitura é de
4,49mm

Pela mesma ordem de ideias podemos verificar que neste caso


temos 8,72mm.

Aplicações:
Esta ferramenta utiliza-se sempre que se deseja obter grande precisão na leitura, como
por exemplo nos fios para bobinar.

Conservação:
Manter a ferramenta sempre limpa e lubrificada com vaselina.

Segurança:
Manuseá-lo com cuidado, evitando choques e guardá-lo sempre na respectiva caixa ou
bolsa

Cuidados:
Quando se faz uma medição com o micrómetro não se deve ajustá-lo à peça em
demasiado porque isto pode falsear a leitura.

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Aparelhos de medida

Os aparelhos de medida ideais seriam aqueles que ao serem introduzidos nos circuitos
não os alterariam. Mas como isso não acontece, devemos procurar usar aparelhos que afectem o
menos possível o circuito, e particularmente em electrónica, em que existem tensões e correntes
muito pequenas, os aparelhos devem ter grande sensibilidade.

Sensibilidade
Entende-se como sensibilidade de um aparelho a sua capacidade de distinguir pequenas
variações da grandeza medida.

Campo de medida
O aparelho de medida dá-nos uma indicação da sensibilidade através do campo de
medida, o qual corresponde ao valor máximo que ele pode medir da grandeza.
Um amperímetro com um campo de medida de 200A pode medir correntes eléctricas
entre 0 e 200A, mas este pode ser um dos possíveis campos de medida desse aparelho, bastando
para isso mudar a posição de um comutador, carregar em teclas diferentes ou mudar os terminais
de ligação.

Multímetros

Um dos principais instrumentos para o técnico reparador ou o hobbysta é o multímetro,


não é exagerado dizer que, só com o uso de um multímetro e de um pequeno ferro de soldar, a
maioria das reparações podem ser feitos em aparelhos eléctricos e electrónicos. Nesse caso, o
multímetro é usado nas medições, e o ferro de soldar servirá para retirar componentes suspeitos
para realizar os testes.
Já que com um pouco de habilidade, e conhecimento teórico e prático, praticamente a
maioria dos componentes pode ser testada com facilidade.
Com o uso do multímetro, grandezas básicas como corrente, tensão e resistência podem
ser medidas, e através dessas medidas o técnico ou hobbysta pode saber se o componente está ou
não em boas condições.

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- Diferentes tipos de multímetros e pontas de prova.

Isso leva-nos a crer que, o multímetro que é usado em medidas, é indispensável para
qualquer técnico. Através das medidas, o técnico pode também detectar as etapas defeituosas de
um equipamento e verificar quais os componentes que estão em boas condições.
Para usar um multímetro correctamente sem pôr em risco a integridade do multímetro, e
também evitar riscos de choques ao usuário, é preciso ter alguns conhecimentos básicos. O
multímetro mede, e estas medidas devem ser interpretadas, o que para um componente significa
bom, para outro componente pode significar avariado ou duvidoso.
No teste de componentes o que usamos no multímetro é a sua capacidade de medir
resistência, isto é, a escala de OHMS com factores de multiplicação vezes 1, vezes 10, vezes
100, vezes um milhão e dependendo do tipo de multímetro outros factores de multiplicação.
É importante observar que o multímetro mede a resistência interna do componente,
fazendo passar pelo componente em prova a corrente de uma pilha interna, para que a
medida seja correcta é preciso considerar dois factos importantes:
1)    Não deve haver outra corrente a circular pelo componente analisado, isto é, se o
componente estiver num circuito, este componente deve estar desligado do circuito.

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2)     Não devem existir outros percursos possíveis para a corrente, a não ser pelo
componente analisado, então, para ficar bem claro, o componente deve estar fora do
circuito.

Estes dois aparelhos diferem entre si fundamentalmente


pela sua constituição, distinguem-se entre si pelo modo
como nos permitem fazer a leitura do valor da grandeza.
Diremos que um é analógico porque a leitura tem de ser
feita por intermédio de um índice ou ponteiro cuja posição sobre a escala indica o valor da
grandeza, ou que é digital por esse valor ser dado directamente em números pelo mostrador.

Erros de leitura
Podemos classificar os erros como sistemáticos ou como sendo acidentais ou fortuitos.
a) Os erros acidentais são imprevisíveis e tanto podem ocorrer ou não, sendo devidos
quer ao aparelho quer ao observador da medida.
Os erros devidos ao aparelho podem depender da imperfeição da graduação, dos com-
ponentes do aparelho, da temperatura ambiente, da presença de campos magnéticos, etc. Este
tipo de uso é quantificado pela classe do aparelho.
O erro mais vulgar devido ao observador é o resultante da leitura estimativa das fracções
de divisão. É de rejeitar a divisão estimativa duma divisão em quatro partes, uma vez que a
leitura de 0,25 duma divisão já é duvidosa quanto ao algarismo 2, não tendo portanto, qualquer
sentido a inclusão do algarismo 5.
É aconselhável a divisão estimativa em 5 partes.
Sendo assim, as leituras são feitas a menos de 0,2 de divisão.

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b) Os erros sistemáticos são aqueles que se produzem sempre da mesma maneira e podem
ser devidos quer ao observador, quer ao aparelho, quer ao método.
O observador introduz um erro de paralaxe quando a leitura não é feita segundo a
perpendicular ao plano de trabalho da escala do aparelho. Os aparelhos incluem um pequeno
espelho que nos permite determinar a posição correcta ao fazer com que a agulha ou o ponteiro
do aparelho encubra a sua imagem no espelho.

A má graduação da escala do aparelho é causa de um erro sistemático ao fazer


corresponder por exemplo, l mA ao que realmente é 0.9 mA.
Por outro lado, o método de medida também é causador de erro, como por exemplo, o
seguido para a medição indirecta de resistências baseado na leitura da tensão e corrente.

Secção de Ohms
  A secção de ohms é a secção apropriada para medir todos os tipos de componentes,
componentes como resistências, condensadores, díodos, transístores, interruptores, termistores e
tantos outros componentes.
Todos os componentes devem ser testados na secção de Ohms e na escala apropriada, e
lembrando que os componentes devem ser retirados do circuito em que se encontram.
 
Secção de tensão alternada (ACV)
  Nas medições de tensões em corrente alternada (CA), é importante não só a verificação
da tensão da rede eléctrica, como também as tensões das fontes de alimentação, e eventualmente
das medidas de sinais de áudio.
As medidas em corrente alternada devem ser feitas com o multímetro na secção ACV e em
escala apropriada, se a escala não for seleccionada correctamente, o multímetro pode ser
inutilizado.

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Nas medições de tensão alternada, não é usada a bateria que faz parte do circuito electrónico do
multímetro, e sim a própria energia que é medida, por isso é que tem uma importância especial, a
escolha da escala correcta.

Secção de tensão contínua (DCV)


A secção DCV é a secção que deve ser utilizada para as medições de tensões em corrente
contínua (CC), que é um tipo de tensão que passou por um tratamento especial, que é chamado
de rectificação.
As medidas em corrente contínua devem ser feitas com o multímetro na secção DCV e
em escala apropriada, se a escala não for seleccionada correctamente, o multímetro pode ser
inutilizado.
Nas medições de tensão em corrente contínua, também não é usada a bateria que faz parte
do circuito electrónico do multímetro, mas sim a própria energia que é medida, por esse motivo,
volto a repetir a importância da escolha da escala correcta.

Mas não pensem que o multímetro foi sempre o que ele é actualmente, antigamente, para
cada grandeza a ser medida, era usado um instrumento diferente.
Para medir tensões em corrente alternada, era utilizado o voltímetro para ACV, para
medir tensões em corrente contínua era utilizado o voltímetro para DCV, para medir o estado dos
componentes, isto é, para testá-los, era usado o ohmímetro, e para medir intensidade de corrente
eléctrica era utilizado o amperímetro.

Voltímetro Micro-amperímetro Amperímetro

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Note que todos esses instrumentos de medição hoje estão incorporados num só
instrumento que é chamado simplesmente multímetro.

Ainda com relação a multímetros, pode-se dizer que o multímetro digital tem uma
precisão muito maior nas suas medidas e não está tão sujeito a problemas mecânicos, já os
multímetros analógicos tem o inconveniente de entortar o ponteiro numa queda qualquer, além
de cansar a mola de retorno, isso com o passar do tempo ou com o manuseio inadequado do
instrumento.
Para quem utiliza multímetro analógico, antes de fazer a medida de uma resistência ou
continuidade de um componente, deve ser feito o ajuste de zero, esse ajuste é feito encostando
as pontas de prova uma na outra, e com o multímetro na secção de ohms, e na escala em que vai
ser efectuada a medida, deve ser ajustado o ponteiro para que a leitura medida seja zero.
Essa leitura de ajuste é zero Ohms, isto é, fim da escala, vale lembrar que o multímetro ao
medir resistências tem sua leitura ao contrário, isto é, marca da direita para a esquerda.
Com multímetros digitais não se faz ajuste de zero, este tipo de multímetro vem pré-
ajustado e é electrónico, por isso não sofre variações que tenham significado.
De acordo com o factor de multiplicação da escala, teremos a leitura da resistência do
componente. Se for lido cinco na escala vezes 100, isso significa que a resistência é 5 vezes 100
ohms, então, o valor é 500 ohms.

Osciloscópio

O osciloscópio é um instrumento electrónico que permite observar sinais eléctricos numa


tela. O seu elemento básico é um tubo de raios catódicos (TRC), (como o écran do seu
computador). Nele, um feixe de electrões é deflectido na vertical pelo sinal eléctrico que se quer
estudar. Este feixe atinge a tela, que brilha. Normalmente, o feixe desloca-se ao mesmo tempo na
horizontal, desenhando uma figura que corresponde ao sinal a ser estudado. Como o
deslocamento do feixe é proporcional à amplitude do sinal (tensão), é possível utilizar o
osciloscópio para medir tensões eléctricas (amplitude do sinal).

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É uma ferramenta essencial em qualquer oficina electrónica ou laboratório que utilize


sinais eléctricos nas pesquisas. Além do modelo descrito acima, chamado de osciloscópio
analógico, existe o osciloscópio digital, que digitaliza o sinal a estudar e o mostra na tela, que
pode ser de cristal liquido. O sinal digitalizado pode ser transferido como um arquivo para um
microcomputador, permitindo assim o seu tratamento e a sua impressão.

O osciloscópio é um instrumento que permite observar numa tela plana uma diferença de
potencial (ddp) em função do tempo, ou em função de uma outra ddp. O elemento sensor é um
feixe de electrões que, devido ao baixo valor da sua massa e por serem partículas carregadas,
podem ser facilmente aceleradas e deflectidas pela acção de um campo eléctrico ou magnético.
      A diferença de potencial é lida a partir da posição de uma mancha luminosa numa tela
rectangular graduada. A mancha resulta do impacto do feixe de electrões num alvo revestido de
um material fluorescente.
Como muitas grandezas físicas são medidas através de um sinal eléctrico, o osciloscópio
é um instrumento indispensável em qualquer tipo de laboratório e em situações tão diversas
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como o diagnóstico médico, mecânica de automóveis, prospecção mineral, etc. O osciloscópio


permite obter os valores instantâneos de sinais eléctricos rápidos, a medição de tensões e
correntes eléctricas, e ainda frequências e diferenças de fase de oscilações.
O osciloscópio é essencialmente constituído por duas partes:
- Tubo de raios catódicos com tela fluorescente;
- Circuitos electrónicos.

Osciloscópio Analógico de 20 MHz, 2 canais.

Kiotto G 5020  O osciloscópio G 5020 possui um CRT rectangular de


alta intensidade (1,9 KV), com quadriculado interno e
 Osciloscópio Analógico 20 iluminação de escala que permite visualizar uma forma
MHz de duplo traço, CRT 6"; de onda com elevada resolução.
 2 canais;  Base de tempo de varrimento com ampliação
 Sensibilidade 1 mv/Div; seleccionavél entre 0,2s/div a 0,2s/div.
 Trigger ALT.; Inversão CH2;  Ampliação de varrimento (x10MAG) Operação X-Y para
Modo X-Y alta sensibilidade; medição de diferenças de fase até 50KHz.

 Magnifier X10.  Função de atraso de varrimento

Velocidade, performance e potência de


análise.

Para a maioria das aplicações, o ScopeMeter 190,


osciloscópio de alta performance oferece as melhores
especificações entre os instrumentos. Com uma largura de banda de mais de 200MHz, 2,5GS/s
tempo-real e uma grande memória de 27,500 pontos por entrada, são ideais para engenheiros que
necessitam de um osciloscópio com todas capacidades e alta performance em um instrumento de
mão, e com uma poderosa bateria. Leia mais sobre a Série Medical ScopeMeter FLUKE 190.

Sites utilizados:

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http://geocities.yahoo.com.br/saladefisica/medidas/paquimetro.htm
http://www.em.pucrs.br/~edir/Oficina/paquim/Paquimetro.htm
http://www.fluke.nl/comx/products.aspx?locale=brpt&product=SCM
http://www.sistronics.com.br/serie190c.htm
http://www.if.ufrj.br/teaching/oscilo/intro.html
http://www.ufrgs.br/lmm/353_5_3.htm
http://www.feg.unesp.br/~fernando/cursos/fe1/exp3.PDF
www.feiradeciencias.com.br/

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