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Modulo Historia Do Direito
Modulo Historia Do Direito
em
Direito
1º Ano
CRÉDITOS (SNATCA): 4
Número de Temas: 11
Beira - Moçambique
Telefone: +25823323501
Cel: +258823055839; +258820481230.
Fax: +25823324215
E-mail: isced@isced.ac.mz www.isced.ac.mz
Agradecimentos
Educação a Distância.
Elaborado Por:
MSc. Edmar Gerúsio Barreto Jorge – Mestre em Ciências Politicas e Relações Internacionais
pelo ISCTAC, Licenciado em Direito pela UEM, Licenciado em Historia pela UP.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
Índice
Visão geral 1
Bem-vindo ao Módulo de Contabilidade Geral ................................................................ 1
Objectivos do Módulo....................................................................................................... 1
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................. 1
Como está estruturado este módulo ................................................................................ 2
Ícones de actividade ......................................................................................................... 3
Habilidades de estudo ...................................................................................................... 3
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 5
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ................................................................................ 5
Avaliação ........................................................................................................................... 6
Visão geral
Objectivos do Módulo
Ao terminar o estudo deste módulo de Contabilidade Geral
deverás ser capaz de: ter a capacidade de reflectir sobre a
causalidade e finalidade das normas jurídicas consoante o
aprimoramento da sociedade. Desenvolver uma visão pluralista do
Direito e, consequentemente, a capacidade de assumir uma
postura crítica frente ao Direito, para adequá-la à realidade sócio-
económica emergente. Aproximar, ainda, as questões Históricas
do Direito com a Antropologia Jurídica, aportando ao estudante
instrumentos básicos para a compreensão da realidade jurídica
contemporânea.
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, resumindo os
aspectos-chave que você precisa conhecer para melhor estudar.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes
de começar o seu estudo, como componente de habilidades de
estudos.
Conteúdo desta Disciplina / módulo
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez
comporta certo número de unidades temáticas visualizadas por um
sumário. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma
introdução, objectivos, conteúdos. No final de cada unidade temática
ou do próprio tema, são incorporados antes exercícios de auto-
avaliação, só depois é que aparecem os de avaliação. Os exercícios de
avaliação têm as seguintes características: Puros exercícios teóricos,
Problemas não resolvidos e actividades práticas algumas incluído estudo
de casos.
Outros recursos
A equipa dos académicos a e pedagogos do ISCED pensando em si, num
cantinho, mesmo o recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de
dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta uma
lista de recursos didácticos adicionais ao seu módulo para você explorar.
Para tal o ISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro de recursos
mais material de estudos relacionado com o seu curso como: Livros e/ou
módulos, CD, CD-ROOM, DVD. Para além deste material físico ou
electrónico disponível na biblioteca, pode ter acesso a Plataforma digital
para alargar mais ainda as possibilidades dos seus estudos.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
Comentários e sugestões
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados
aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza dia dáctico-
Pedagógica, etc deveriam ser ou estar apresentadas. Pode ser que
graças as suas observações, o próximo módulo venha a ser melhorado.
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das
folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do processo de
aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova
actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
Habilidades de estudo
O principal objectivo deste capítulo é o de ensinar aprender a aprender.
Aprender aprende-se.
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto da
matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que já
domina bem o anterior.
sim estude para a vida, sobre tudo, estude pensando na sua utilidade
como futuro profissional, na área em que está a se formar.
Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o material de
estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas como falta de clareza,
alguns erros de concordância, prováveis erros ortográficos, falta de clareza, fraca
visibilidade, página trocada ou invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços
de atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via
telefone, sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando a
preocupação.
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes (Pedagógico e
Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua aprendizagem com qualidade e
sucesso. Dai a relevância da comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o
recurso as TIC se torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor,
estudante – CR, etc.
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem a
oportunidade de interagir fisicamente com staff do seu CR, com tutores ou com
parte da equipa central do ISCED indigitada para acompanhar as sua sessões
presenciais. Neste período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza
pedagógica e/ou administrativa.
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% do tempo de
estudos a distância, é muita importância, na medida em que permite lhe situar,
em termos do grau de aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta
maneira ficará a saber se precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas.
Desenvolver hábito de debater assuntos relacionados com os conteúdos
programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade temática, no
módulo.
que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues duas semanas antes das
sessões presenciais seguintes.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não cumprimento
dos prazos de entrega, implica a não classificação do estudante. Tenha sempre
presente que a nota dos trabalhos de campo conta e é decisiva para ser admitido
ao exame final da disciplina/módulo.
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os mesmos
devem ser dirigidos ao tutor/docente.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os
mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do
autor.
1
O plágio é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). Uma transcrição à
letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um autor, sem o citar é considerada
plágio. A honestidade, humildade científica e o respeito pelos direitos autorias
devem caracterizar a realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED).
Avaliação
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, estando eles
fisicamente separados e muito distantes do docente/tutor? Nós dissemos: Sim é
muito possível, talvez seja uma avaliação mais fiável e consciente.
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com um mínimo
de 90% do total de tempo que precisa de estudar os conteúdos do seu módulo.
Quando o tempo de contacto presencial conta com um máximo de 10%) do total
de tempo do módulo. A avaliação do estudante consta detalhada do
regulamentado de avaliação.
Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e aprendizagem no
campo, pesam 25% e servem para a nota de frequência para ir aos exames.
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e decorrem
durante as sessões presenciais. Os exames pesam no mínimo 75%, o que
adicionado aos 25% da média de frequência, determinam a nota final com a qual
o estudante conclui a cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) trabalhos e 1 (um)
(exame).
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados como
ferramentas de avaliação formativa.
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em consideração a
apresentação, a coerência textual, o grau de cientificidade, a forma de conclusão
dos assuntos, as recomendações, a identificação das referências bibliográficas
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros.
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de Avaliação.
1
Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização.
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Introdução
Nesta Unidade pretende-se discutir, notas introdutórias da Historia do
Direito Moçambicano, para tal começamos por discutir o conceito
objecto e características da Historia do Direito, abordamos ainda a
importância e por fim as fontes da Historia do Direito.
Para fazer a história é preciso reviver pela imaginação (isto é por meio
de imagens) factos passados que, em geral o historiador não viu nem
tem forma de sujeitar á sua observação directa. Mas a história só terá
um carácter científico desde que haja a probabilidade de que a
reconstituição do passado seja exacta, isto é, corresponde ao que
realmente os factos foram.
Sumário
Nesta Unidade temática estudamos e discutimos notas introdutórias
da Historia do Direito Moçambicano, onde começamos por discutir o
conceito objecto e características da Historia do Direito, abordamos
ainda a importância e por fim as fontes da Historia do Direito, onde
abordamos a classificação das fontes: em jurídicas e não jurídicas,
principais e secundárias.
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Exercícios de Auto-Avaliação
1. Diga os elementos fundamentais para o estudo e
conhecimento da Historia de Direito?
Resposta: O conhecimento das normas Jurídicas que em cada
momento constituíram esses sistemas; O conhecimento da
disciplina que dessas normas brotava os diversos grupos de
relações sociais; O conhecimento da forma como, na época, se
aplicava o direito; O conhecimento da ciência do direito, das ideias
do século e do sentimento jurídico popular.
Exercícios
1. Defina Historia do Direito.
2. Classifique as fontes da Historia do Direito.
3. Explique a importância do estudo da Historia do Direito
Moçambicano.
4. Diga os elementos fundamentais para o estudo e
conhecimento da Historia de Direito.
5. Na sua óptica julga importante estudar a história de Direito?
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Introdução
Não se pode estudar a historia do direito se não a partir da época em
relação á qual remotam os mais documentos escritos conservados,
esta época é diferente para cada povo. Nesta unidade, iremos
apresentar características geras dos povos primitivos (chamados povos
sem escrita). É preciso distinguir a pré-historia do Direito e historia do
Direito, distinção que repousa no conhecimento ou não da escrita. .
a) São, por definição, direitos não escritos, pois trata-se do direito dos
povos sem escrita. Os esforços de formulação de regras jurídicas
abstractas são, neste caso, necessariamente muito limitados.
tinham o seu direito próprio é muito variável por vezes um clã, mais
frequentemente uma etnia.
2
GILISSEN, John. Introdução Histórica do direito (2011)
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Sumário
Nesta unidade estudamos a história dos povos sem escrita,
onde se fez perceber como o direito se manifestou nos
primórdios da sociedade. Destacamos as fontes de Direitos
nesta altura onde os provérbios, adágios e o costume
desempenharam uma grande função, e tradição oral era o
garante do desenvolvimento nessa altura.
Exercícios de Auto-Avaliação
1. Explique a importância do costume como fonte de Direito nos
povos sem escrita?
Resposta: O Direito dos povos sem escrita, caracteriza-se
essencialmente por ser um direito claramente sem escrita, nesta
vertente a tradição oral, o costume vai desempenhar um papel
muito importante na regulação da conduta social enquanto grupo
social.
Exercícios
1. Nas sociedades primitivas o direito este ainda fortemente
impregnado de religião. Comente.
2. Quais são as fontes do Direito das comunidades primitivas?
3. Etnólogos te sociólogos do Direito têm dividido a historia do
Direito em duas etapas: a pré-historia do direito e a Historia de
direito. Diferencie estas duas etapas.
4. Qual era a diferença entre a “lei” e o costume no direito primitivo.
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Introdução
Nesta Unidade pretende-se que o estudante conheça a importância do
direito na antiguidade Clássica, sobretudo o direito grego, conhecer as
obras dos principais filósofos gregos, perecendo o âmago da lei nas
duas principais cidades estados (Atenas e Esparta), para depois fazer
uma relação sobre a influenciar o direito na actualidade.
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Entretanto, não é devido esperar dos gregos uma espécie de culto à lei
similar àquele que angariou espaço em Roma. Destarte, não se deve
requerer das gentes da Hélade uma apreciação sistemática, precisa e
dogmática do fenómeno jurídico.
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VIII a.C., como bem observou Claude Moussé8, era partilhado entre
uma aristocracia guerreira (que possuía o monopólio da terra) e os
sacerdotes (os quais, não obstante o eventual controle de todos os
assuntos relacionados à religião, também cuidavam de distribuir a
justiça e aplicar o direito).
"As autoridades não têm permissão para usar uma lei não escrita,
em caso algum. Nenhum decreto do Conselho ou da assembleia
deve prevalecer sobre uma lei. Não é permitido fazer uma lei para
um indivíduo se ela não se estender a todos os cidadãos atenienses
9
e se não for votada por seis mil pessoas, por voto secreto " .
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9
idem
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"Quem quer que despoje uma oliveira em Atenas, não sendo por
algum propósito religioso do povo ateniense ou de seus demos, ou
para uso próprio até o limite de duas por ano, ou com vista a
atenderas necessidades de uma pessoa falecida, será devedor ao
tesouro de cem dracmas por cada oliveira, e um décimo dessa
quantia caberá à deusa. Também deverá pagar cem dracmas por
cada oliveira ao denunciante. E as acusações relativas a esta
matéria serão levadas aos arcontes, de acordo com a instância
pertinente. E o denunciante deverá pagar os emolumentos que lhe
correspondem. E quando uma pessoa for considerada culpada, os
magistrados aos quais foi levada a questão devem informar por
escrito aos colectores (práktores) o montante devido ao tesouro
público e o devido ao tesouro da deusa. Se não o fizerem, sobre
10
eles recairá o débito" .
10
Op.Cit.
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O fato é que, por estas populares iniciativas, Sólon faria, a partir daí,
seu nome ser sempre lembrado pelas gerações que se seguiriam,
tendo sua legislação sido festejada como sinônimo de justiça e
equidade em diversas póleis helêncicas, mesmo decorridos três
séculos desde o ano de seu falecimento. Enfim, como disseram V.
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"E àquele que pega em flagrante o adúltero, não lhe é lícito continuar
vivendo com sua mulher; se o fizer, será privado de seus direitos civis.
E à mulher que cometeu adultério não é dado assistir ao sacrifício
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Se alguém morre sem testar, e se tiver deixado filhas, vai para elas sua
propriedade; se não, farão jus à propriedade os que se seguem: irmãos
que sejam filhos do mesmo pai e filhos legítimos de irmãos terão a
parte correspondente a seu pai. Se não há quaisquer irmãos ou filhos
de irmãos, seus descendentes herdarão do mesmo jeito. Os (parentes)
de sexo masculino e seus descendentes masculinos terão a
precedência, quer sejam da mesma parentela, quer o parentesco seja
mais remoto. E se não há consanguíneos do lado do pai, até o grau de
filhos de primos, os parentes do lado materno herdarão igual modo. E
se não houver parente nesse grau mencionado, herdará o mais
próximo aparentado do lado paterno. Nenhum filho ilegítimo, de um
ou outro sexo, terá direitos sagrados ou seculares de parentesco, a
contar do arcontado de Euclides (403-2 a.C.).
Quanto ao sistema político, sabe-se que Esparta tinha dois reis que
provinham de duas importantes famílias aristocráticas locais: a dos
Ágidas e a dos Euripôntidas. Estes, apesar de serem "reis" não
possuíam irrestrita autonomia no campo da política interna e, nem
tampouco, da externa.
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Licurgo
a) Licurgo viveu entre os anos 1000 e 850 a.C. É considerado o
legislador mítico de Esparta, não escrevia coisa alguma e suas leis
consistiam em máximas e sentenças (rêtrai) que de viva voz se
transmitiam. O fim de Licurgo foi perpetuar a liberdade do pequeno
número, tanto no sentido moral como no político, destruindo as
inclinações vis e conservando o antigo governo patriarcal.
Aconselhando-lhe alguém que estabelecesse em Esparta a
democracia, ele lhe respondeu: Então comece por estabelecê-la em
tua casa‖.
Drácon
b) Drácon e Sólon foram os dois mais importantes legisladores de
Atenas, surgiram depois de várias manifestações dos elementos
enriquecidos do povo, no século VI a.C., contra os aristocratas em
busca de reformas. Drácon viveu mais ou menos em 600 a.C. apenas
escreveu leis que até então seguiam a tradição oral, esse fato foi
importante porque retirou o poder de justiça das mãos dos
eupátridas, transferindo-o para o Estado; as leis pelo menos
teoricamente passaram a ser reconhecida por todos através da
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Sólon
Sólon por volta do ano 500 a.C. foi o legislador que de fato
estabeleceu algumas reformas moderadas e mais justas procurando
atender as duas classes. Terminou com a escravidão por dividas;
devolveu as terras perdidas por dividas, aos camponeses; limitou a
extensão da propriedade e fez uma divisão baseada na renda dos
indivíduos da sociedade. A sociedade ateniense ficou dividida em 4
camadas, estratificada de acordo com a renda anual. Nessa divisão
estavam todos os cidadãos, isto é, aqueles que tinham direito de
participação política. Fora dessa estratificação, portanto sem nenhum
direito político ficaram os estrangeiros e os escravos.
Sumário
O Direito nas cidades-estado da Grécia Antiga ainda foi muito pouco
estudado, apesar de sua inquestionável importância. Vale ressaltar
que, persistem muitas lacunas sobre o tema em questão, o que gerou
entre os desavisados a crença de que a actividade legislativa na Grécia
Antiga tenha sido incipiente e, na percepção de alguns, até mesmo
inexistente.
Exercícios de Auto-Avaliação
1. Apresente três características do Direito na Grécia.
Exercícios
Introdução
Nesta Unidade pretendemos fazer da Estrutura Política de Roma
vamos seguir a periodização tradicional já mencionada quando
focalizamos a História Externa do D. Romano: Realeza, República,
Império (Principado e Dominato).
3.2.1. A Realeza
3.2.1.1. Rei
Com base nas supracitadas fontes a realeza pode ser caracterizada
como eletiva, vitalícia e não hereditária: A escolha do monarca
obedeceria ao seguinte processo: “o rei é eleito pela assembléia
curiata que, em virtude de um ato distinto e complementar, a lex
curiata de imperio, investe-o do imperium, totalidade do poder
executivo e confirmado pelo Senado, em virtude da auctoritas patrum.
À sua morte, a autoridade volta ao Estado, à comunidade
representada a título permanente pelo Senado que sorteia em seu
próprio seio, e pela duração limitada de cinco dias, um rei interino, o
inter-rei; decorrido o prazo, este inter-rei se nomeia um sucessor e
assim por diante o número dos inter-reis eventuais é ilimitado até o
dia em que um deles reúne a assembléia curiata que procede à eleição
do novo rei”15. Quais as atribuições do rei? Ainda aqui paira a
incerteza e surgem as controvérsias, o que se explica pela imprecisão e
até mesmo contradições das fontes.
14
Gaudement, Institutions de 1'Antiquité, p. 136. Sobre a História da Realeza ver
nossa História de Roma e os autores aí citados como Homo, Piganiol, Raymond
Bloch, etc.
15
Homo, Les Institutions, p. ll. Ver também Raymond Bloch, Les origines, p. 68:
“Selon la tradition la royauté aurait été attribuée par élection et aurait été viagère.
C'est 1'assemblée curiate qui choisit le roi, puis lui attribue le pouvoir. exécutive,
l'imperium par une loi spéciale dite lex curiata de imperio: ensuite le Sénat, de par
l'auctoritas patrum, confirme le pouvoir royal.”
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
3.2.1.2. Senado
O senado era integrado pelos chefes (patres) das grandes famílias
(gentes). O número de senadores, de acordo com a tradição, teria
atingido a casa dos trezentos nos últimos tempos da Realeza. Conselho
do Rei, o senado era convocado e consultado pelo soberano que,
entretanto, não estava obrigado a seguir-lhe a orientação.
3.2.2. República
A História dos inícios da República Romana apresenta aspectos
obscuros. Grosso não dá crédito à tentativa da lenda de atribuir a uma
revolução a transformação institucional que teria marcado a passagem
brusca e imediata da ordem monárquica à ordem republicana já
perfeitamente delineada.
16
Gaudemet, Les Institutions, p. 143.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
3.2.2. Magistraturas
17
Burdese, Derecho Publico, p. 61.
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3.2.3. Imperium
Os mais altos magistrados de Roma (ditadores, cônsules e pretores)
dispunham de uma vasta soma de poderes compreendida sob a
designação de imperium. Segundo Homo, este poder “comportava ao
mesmo tempo a administração civil do território, o comando das
tropas, o exercício da justiça, numa palavra, o conjunto de atribuições
civis, militares e judiciárias”.18
18
Homo, Les Institutions, p. 270.
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a) Edilidade
b) Questura
19
Piganiol, Historie de Rome, p. 47. Ver nossa História de Roma, p. 93.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
c) Tribunato da plebe
d) O Senado
e) Os Comícios
Comícios curiatos
Comícios centuriatos
Comícios tributos
3.2.4. Principado
Poderes de Octávio
21
Gaudemet, Les Instituions, p. 274.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
3.2.4. Dominato
O Principado estabelecido por Augusto encerrava em si duas
tendências que levariam inexoravelmente a uma monarquia absoluta
de tipo oriental: a fossilização e decadência dos órgãos da estrutura
republicana ao lado da progressiva centralização de poderes na pessoa
do imperador. Este vai deixar de ser o princeps (primeiro dos cidadãos)
para tornar-se o dominus (o senhor). Estudemos sucintamente os
poderes do imperador e os novos órgãos da estrutura político-
administrativa.
22
Burdese, obra citada, p. 283.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
Sumário
Nesta unidade apresentamos as instituições politicas das
diversas etapas do Direito romano, explicamos as funções de
cada instituição politica: Na Realeza, na Republica, principado e
dominado, cartelizamos as alterações das instituições em cada
período histórico do desenvolvimento do Império Romano.
Exercícios de Auto-Avaliação
1. Identifique as instituições políticas na Realeza?
Resposta: as instituições políticas da realeza são: O rei, O senado e
comício curiato.
Exercícios
1. Identifique os regimes políticos existentes em Roma?
Introdução
Nesta Unidade pretendemos, demonstrar as fontes de direito em cada
período histórico da evolução do direito Romano. Na linguagem do
Direito, o vocábulo fonte possui um sentido peculiar: indica tanto a
nascente donde promana o direito objectivo como “as formas de que
se recobre o preceito, porque o preceito assume diferentes aspectos
exteriores, revestindo-se de roupagens diversas, que variam segundo
sua natureza e segundo a própria fonte, isto é, segundo sua
proveniência, derivando de tal ou qual órgão”23.
Origens - Costume e leis régias; Antigo Direito - Lei das XII Tábuas e
legislação posterior; Período Clássico – Leis Costume Éditos dos
Magistrados, Responsa Prudentium ,Senatusconsultos, Constituições
Imperiais ,Período do Baixo-império ou Bizantino - Constituições
Imperiais antes de Justiniano A Jurisprudência As compilações de
Justiniano
23
Oliveira Filho, Introdução à Ciência do Direito, p. 299.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
24
Oliveira Filho, Introdução à Ciência do Direito, p. 299.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
3.3.2. Origens
a) Costume
b) Costume
d) Responsa Prudentium
e) Senatusconsultos
f) Constituições Imperiais
Rescripta - eram respostas dadas por escrito pelo Imperador (ou por
seu conselho) à consulta de um particular ou de um magistrado sobre
determinada matéria jurídica.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
Sumário
A questão das fontes em direito é os elementos essencial, entendemos
fontes no sentido jurídico como as diversa formas de revelação do
direito, de acordo com a evolução historia e alteração das instituições
políticas do direito romano foi evoluindo, e em cada período foram
identificadas diversificadas fontes.
Exercícios de Auto-Avaliação
Exercícios
1. Na linguagem jurídica o quei são fontes de direito
2. Nos períodos Clássico e Pós-Clássico, o Imperador romano
criava direito. Identifique a «fonte de direito» descrita No
contexto do período clássico do direito romano, explique as
diferenças entre estas três fontes de direito: Édito do
Magistrado Senatusconsultos e «Respostas dos Prudentes».
3. No Império Romano do século VI d.C., o Imperador Justiniano,
desenvolveu um importante trabalho legislativo. No século XVI
d.C., esses trabalhos foram compilados. Identifique o «nome»
dado à compilação.
4. A jurisprudência é uma das mais importantes heranças que nos
deixou o Direito Romano. Explique a diferença entre a
Jurisprudência Clássica, a Jurisprudência nos dois períodos pós-
clássicos (antes e depois de Justiniano).
5. Na sua opinião o direito Romano influenciou de alguma forma
o direito moderno.
6. No direito actual em Moçambique, é possível encontrarmos
marcas ou traços de Direito Romano? Justifique apresentando
exemplos.
Introdução
Esta unidade pretende dotar os estudantes no concernente ao direito
canónico, fornecer subsídio sobre as várias etapas do direito canónico,
identificar a área de jurisdição do direito canónico.
25
Códigos de Teodósio e das leis de Justiniano.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
26
Pelo decreto Tametsi, de 1563, o Concílio de Trento decidiu que o consentimento
dos noivos deveria ser perante duas testemunhas e pedido pelo pároco, terminando,
assim, os chamados casamentos surpresa.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
28
As mais antigas Universidades são: Bolonha, Paris, Oxford e Salamanca. Em
Portugal, no final do século XIII, foi acordado entre o Rei D. Dinis e o Papa Nicolau
IV (Bula De Statu Regni Portugaliae,
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Sumário
O direito canónico aparece no período do feudalismo, as
relações sociais eram baseadas nas relações de vassalagem,
numa altura em que vigora a descentralização do poder e o
enfraquecimento do poder Real, nessa época o clero ganha
importância, marcando toda a idade média, todas as fontes
vão estar intimamente ligado a religiosidade, varias foram as
fontes de direito nessa época, as concordatas, os decretos
(Canos), os decretais, acreditasse se tratar de um direito divino,
o costume e os princípios do direito Romano, este conjunto de
legislação extravagante vão dar origem ao movimento
codificador onde vamos encontrar o corpus iuris canonici com
5 parte: decreto de Graciano, os decretais de Gregório, o livro
sexto, as clementinas e as leis extravagantes de João e as
extravagantes comum, outra codificação importante foi o
codex iuris canonici.
Exercícios de Auto-Avaliação
1. Identifique que «compilação de direito canónico» é
constituída pelo Decretum de Graciano, pelas Decretais de
Gregório IX, pelo Livro VI, pelas Constituições Clementinas
e pelas Extravagantes do Papa João XII?
Resposta: Corpo Ius cânones.
2. Diferencia nas fontes do direito Canónico as Decretais e
Decretos.
Resposta: Decretais – são escritos dos papas, respondendo a uma
consulta ou a um pedido emanado de um bispo ou uma alta
personalidade eclesiástica enquanto os Decretos ou Cânones são
decisões dos consílios. Entre estes os mais importantes são os
concílios ecuménicos, assembleias-gerais de todos os bispos da
cristandade
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
Exercícios
1. Identifica as fontes de direito no direito canónico.
2. Explica o princípio de personalidade, nas competências das
jurisdições dos Tribunais eclesiástico.
3. Identifica a fonte de Direito elaborado pelos Papa.
4. Identifica a Fonte de Direito elaborado pelos Bispos.
5. Como era composto o corpus ius cânones.
6. Os crimes de sacrilégio, heresias, feitiçarias onde eram Julgados,
no tribunal comum ou eclesiástico. Justifica.
Introdução
Nesta Unidade pretendesse ampliar os horizontes no que concerne ao
Direito praticado na sociedade hebraica antiga, bem como conhecer
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
O Direito Hebraico Antigo tem base religiosa, foi dado por Deus ao
seu povo através de Moisés. As suas normas são, portanto,
imutáveis. Encontramos essa mesma característica também do
direito canónico e no direito muçulmano, nos quais os rabinos ou
sacerdotes dotados de autoridade interpretavam-no, adaptando
as leis de acordo com a evolução social.
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4.2.2.Fontes Da Lei
Imagem 1: TORAH
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4.2.2.1.Talmud
4.2.2.2. Torah
a) O Decálogo
10. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia
não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha,
nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o
estrangeiro que está dentro das tuas portas.
11. Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo
o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor
abençoou o dia do sábado, e o santificou.
12. Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus
dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.
b) Trabalho e dignidade
6. No mesmo dia lhe pagarás o seu salário, e isso antes que o sol
se ponha; porquanto é pobre e está contando com isso; para
que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado. (Dt.
24:14-15)
C) Herança e Sucessão
2. Quando fizer herdar a seus filhos o que tiver, não poderá dar a
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d) Casamento e Família
e) Lei e Punição
11. Até quarenta açoites lhe poderá dar, não mais; para que,
porventura, se lhe der mais açoites do que estes, teu irmão
não fique envilecido aos teus olhos. (Dt. 25:1-3)
Sumário
O Direito Hebraico Antigo tem base religiosa, foi dado por
Deus ao seu povo através de Moisés. As suas normas são,
portanto, imutáveis. Encontramos essa mesma característica
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
Exercícios de Auto-Avaliação
1. O Direito Hebraico Antigo possuía um sistema judiciário complexo,
composto por três tribunais, com funções específicas. Identifique e
caracterize-os:
Exercícios
1. Identifica Identifique as fontes de Direito no Direito
hebraico?
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Introdução
Nesta Unidade pretendesse ampliar os horizontes no que concerne ao
conhecimento do direito nas primeiras sociedades de estratificação
social, tanto no Egipto como na mesopotâmia, foi desenvolvido um
sistema judicial baseado na religião e na moral, abordaremos nesta
unidades como se manifestava este direito no que diz respeito ao
Egipto e Mesopotâmia.
29
Disponível em Biblioteca Virtual de Direitos Humanos. USP.
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Código de Lipit-Ishtar
Sumário
A normatividade pré-jurídica da Civilização do Nilo além de ser
indissociável do mito e da religião, também se mostra sintonizada com
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Exercícios de Auto-Avaliação
1. Qual era o objectivo do código de Hamurrabi?
Resposta: o Objectivo do código de Hamurrabi era de unificar o
reino de acordo com a mesma cultura e mesmas leis.
2. Quais os códigos criados pelos povos da mesopotâmia?
Resposta: Ao longo dos três milénios de história, os
mesopotâmicos criaram os mais antigos códigos de leis
conhecidos: Ur-Nammu (2100 a.C); Lipit-Istar (1930 a.C); Leis
de Esnunna 1800 a.C); e o Código de Hamurábi (1750 a.C),
sendo os dois primeiros escritos em sumério e os dois últimos
em acádio”.
3. No Egipto o que simbolizava deusa Maat?
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Exercícios
1. Apresente as semelhanças do direito Egípcio e o Direito na
Mesopotâmia.
Exercícios da Tema:
1. Identifique as fontes do Direito Canónico.
Introdução
Esta unidade pretende dotar os estudantes de conhecimentos
inerentes a principais factores que ditaram a entrada nessa nova fase
histórica que é a era moderna. A idade moderna traz consigo uma
grande mudança em todos os aspectos da vida que directamente vai
influência a formação dos direitos dos Estados.
30
O Estoicismo foi fundado no século III a.C., por Zenão de Cítio, é uma doutrina filosófica que
propõe viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em
relação a tudo que é externo ao ser. O homem sábio obedece a lei natural reconhecendo-se
como uma peça na grande ordem e propósito do universo. A ética estóica influencior o
pensamento ético cristão nos seus primórdios.Cf. PAULO, Apóstolo de Jesus, Bíblia Sagrada -
Novo Testamento, (GL. 3.28).
31
A Patrística, termo que designa a filosofia cristã nos primeiros séculos da nossa era, ou seja,
o período do pensamento cristão que se seguiu à época neotestamentária, e chega até ao
começo da Escolástica: isto é, os séculos II-VIII da era vulgar. Este período da cultura cristã é
designado com o nome de Patrística, porquanto representa o pensamento dos Padres da
Igreja, que são os construtores da teologia católica, guias, mestres da doutrina cristã.
Portanto, se a Patrística interessa sumamente à história do dogma, interessa assaz menos à
história, em que terá importância fundamental a Escolástica.
32
A Escolástica, pode ser definida como o conjunto de doutrinas teológico-filosóficas
dominantes na Idade Média, dos séc. IX ao XVII, caracterizadas, sobretudo pelo problema da
relação entre a fé e a razão, problema que se resolve pela dependência do pensamento
filosófico, representado pela filosofia greco-romana, à teologia cristã. Desenvolveram-se na
escolástica inúmeros sistemas que se definem, do ponto de vista estritamente filosófico, pela
posição adotada quanto ao problema dos universais e dos quais se destacam os sistemas de
Santo Anselmo (anselmiano), de São Tomás (tomismo) e de Guilherme de Occam
(occamismo).
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
33
PAULO Nader, Introdução ao Estudo do Direito, , op. Cit. p. 77.
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O Estado, assim, não poderá impor suas vontades que não tiverem
fixado em lei, e nem poderá actuar contra as leis existentes. Dessa
forma, o Estado deverá, além de acatar as leis, proteger sua
população, concedendo-lhe segurança, e sendo eficiente na busca
do bem comum.
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d) Liberalismo.
O liberalismo foi teoricamente defendido em 1689 por John Locke
em sua obra clássica, dois Tratados sobre Governo, ensinava que
o Estado foi criado para servir ao povo, e não para servir-se do
povo. Os liberais consideram o exercício da liberdade individual
como algo intrinsecamente bom, ou seja, um modo de entender a
natureza humana e uma proposta destinada a possibilitar que
todos alcancem o mais alto nível de prosperidade de acordo com
seu potencial, condição insubstituível para alcançar níveis óptimos
de progresso. Consideram, também, que a liberdade de possuir
bens (o direito à propriedade privada) parece-lhes fundamental, já
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Sumário
Na presente unidade abordamos a respeito do direito na era
moderna, a era moderna considera a era dos descobrimentos,
varias movimentos culturais e sociais deram origem a um novo
paradigma social, todos contornos vão dar origem ao Estado
democráticos, estados de Direito, o iluminismo, a revolução
francesa, e as revoluções burguesas vão influenciar
directamente o direito na época.
Exercícios de Auto-Avaliação
1. Por palavras tuas explica a influência do iluminismo na
materialização e consolidação dos Estados democráticos e
de Direito.
Resposta: O iluminismo trás consigo, novos paradigmas,
sobretudo o lema que serve de base, liberdade, igualdade e
fraternidade, isso vai ajudar, na defesa das garantias e
contribuir para a queda do absolutismo monárquico e
instauração de uma monarquia constitucional e mais tarde
o estado democrático.
Exercícios
1. Identifica os princípios básicos dos estados Democrático e de
Direito.
2. Qual foi a influência do liberalismo para a concretização do
estado liberal e de direito
3. Qual a importância do Montesquieu, na consolidação do
estado democrático e de Direito.
4. Identifique os marcos da idade moderna
5. Quais as condições objectivas e subjectivas que
proporcionaram a formulação dos Direitos fundamentais.
6. Identifique os princípios básicos do Estado democrático de
Direito.
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Introdução
Esta unidade pretende discutir, o direito na era contemporânea, mas
para um melhor debate cientifico nessa era muito se discute a questão
dos sistemas jurídicos, na presente unidade apresentaremos todos os
sistemas jurídicos mas iremos desenvolver apenas dois o common law
e o civil law, o primeiro pelo facto do nosso pais estar rodeado de
países que seguem este sistema o segundo, porque é o sistema
seguido por Moçambique.
O professor Canotilho ensina que o sistema jurídico deve ser visto como um
sistema normativo aberto de regras e princípios:
a) - É um sistema jurídico porque é um sistema dinâmico de normas;
b) - É um sistema aberto porque tem uma estrutura dialógica (Caliess) traduzida
na disponibilidade e capacidade de aprendizagem das normas constitucionais para
captarem a mudança da realidade e estarem abertas às concepções cambiantes
da verdade é da justiça;
c) - É um sistema normativo, porque a estruturação das expectativas referentes a
valores, programas, funções e pessoas, é feita através de normas;
d) - É um sistema de regras e de princípios, pois as normas do sistema tanto
podem revelar-se sob a forma de princípios como sob a sua forma de regras‖.
Cada país tem o seu sistema, mas levando em conta os princípios informadores
dos sistemas e os conceitos dos vários países. Eles podem ser estudados em
sistemas cujas unidades lógicas apresentam similitudes, como exemplo citamos:
.
Pertencem à família romano-germânica os direitos de toda a América Latina, de
toda a Europa continental, de quase toda a Ásia (excepto partes do Oriente
Médio) e de cerca de metade da África.
34
Cf. PAULO DOURADO de Gusmão, Introdução ao Estudo do Direito, Rio de Janeiro:
Forense, 2002, p.307
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
35
Cf. John Gilissen, ―Introdução Histórica do Direito” Fundação Calouste
Gulbenkian – Lisboa,1986, p208.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
Sumário
A era contemporânea é claramente marcada pelo
desenvolvimento e consolidação dos sistemas jurídicos,
entendido como Sistema jurídico é o conjunto de normas
jurídicas interdependentes, reunidas segundo um princípio
unificador, ou seja, a unidade lógica das regras, conceitos
princípios jurídicos que regem a aplicação do Ordenamento
Jurídico de um país.
Actualmente vigoram os seguintes sistemas jurídicos: Romano-
Germânico ou Continental (Civil Law); Sistemas mistos com o
Civil Law; Sistema anglo-saxônico ou Common Law; Sistemas
mistos com o Common Law; Sistema Consuetudinário; os
temas mistos com o sistema consuetudinário; Sistema
Mulçumano etc
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
Exercícios de Auto-Avaliação
1. O que entende por sistema Jurídico?.
Resposta: Sistema jurídico é o conjunto de normas jurídicas
interdependentes, reunidas segundo um princípio unificador,
ou seja, a unidade lógica das regras, conceitos princípios
jurídicos que regem a aplicação do Ordenamento Jurídico de
um país.
2. Quais os sistemas jurídicos contemporâneos?
Resposta: Sistema Romano-Germânico ou Continental (Civil
Law); Sistemas mistos com o Civil Law; Sistema anglo-saxônico
ou Common Law; Sistemas mistos com o Common Law;
Sistema Consuetudinário; sistemas mistos com o sistema
consuetudinário; Sistema Muçulmano etc.
Exercícios
1. Identifica no mapa 1, os 5 países que adoptam o common Law,
e 5 que adoptam o Civil Law (Direito Romano-Germano).
2. Apresente os principais marcos que diferenciam o sistema
Common Law do Romano-Germano.
3. No sistema Common Law, ser bom jurista (advogado) passa por
conhecer precedentes judiciários. Concorda. Justifica.
4. A codificação foi um dos aspecto muito importante na
consolidação dos sistemas jurídicos contemporâneos. Explique
porque.
5. Quais as vantagens e desvantagens da codificação.
6. Identifique o sistema jurídico o Estado moçambicano adoptou,
e apresente os traços fundamentais que o caracteriza.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
Introdução
Esta unidade pretende dotar os estudantes no concernente ao
conhecimento do direito, anterior a chegada do Português, importa
salientar que antes da chegada dos português, vigora um direito
costumeiro, baseado em princípios e regras definidos a nível local,
tanto é que mesmo apois a chegada dos Portugueses o direito teve um
carácter dualista, como veremos mais adiante. Mas nesta unidade
importa desenvolver o Direito das comunidades primitivas e dos
primeiros Reinos e Impérios que vigoravam em Moçambique antes da
penetração portuguesa.
de Junho de 1975.
Sumário
O direito anterior a colonização, esta ligado quanto as
características ao direito do povos sem escrita, isto por que
antes da chegada dos Portugueses encontravam-se no actual
território Moçambicano, pequenas unidades politicas (Reinos e
impérios), cuja a actividade jurídica não fora registada pelo
carácter oral deste direito, era basicamente um direito
consuetudinário, onde a tradição oral desempenhava um papel
muito importante, o direito estava intimamente ligado a
religiosidade.
Exercícios de Auto-Avaliação
1. Apresente as características principais do direito
Moçambicano no período anterior a colonização?
Resposta: O direito anterior a colonização, esta ligado quanto
as características ao direito do povos sem escrita, isto por que
antes da chegada dos Portugueses encontravam-se no actual
território Moçambicano, pequenas unidades politicas (Reinos e
impérios), cuja a actividade jurídica não fora registada pelo
carácter oral deste direito, era basicamente um direito
consuetudinário, onde a tradição oral desempenhava um papel
muito importante, o direito estava intimamente ligado a
religiosidade
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
Exercícios
1. A tradicional oral desempenhou um grande papel no direito
Moçambicano anterior a colonização. Concorda? Justifique
Introdução
Para uma melhor abordagem sobre a Historia do Direito Colonial
Português torna-se necessário dividir esta em períodos e para tal
fazemos em três períodos: o primeiro período desde a chegada dos
Portugueses em 1948 ate 1886 altura da conferência de Berlim e a
ocupação efectiva isto é o período pré-colonial, o segundo período
que vai de 1886 á 1926 -1930, período do domínio do capital
estrangeiro não português e o terceiro e ultimo período de 1930 á
1974.
36
“As capitanias”, escreve MARCELLO CAETANO, “eram colónias administradas por
concessão, em que o Estado não delegava poderes soberanos numa companhia
majestática – como sucede na forma moderna da concessão – mas num fidalgo
notável, em regra o descobridor”, em, Estudos de história da Administração Pública
Portuguesa, Coimbra ed., 1994, p. 455.
37
A Coroa portuguesa teve o projecto criar um império a Oriente inspirado numa
estrutura burocrática unificada, pronta a reflectir as tendências centralistas de que
os governantes da Europa Renascentista tanto se orgulhavam; como escreve MALYN
NEWITT: “O rei de Portugal reivindicava extensos direitos e poderes, entre os quais
se incluía o monopólio comercial de uma série de artigos orientais, como pimenta,
canela, cavalos, ouro e marfim; o direito de emitir salvo-condutos a todos os navios
que cruzassem o oceano Índico, bem como o de cobrar direitos alfandegários; e o
controlo completo sobre a Igreja no Oriente, e mesmo proceder às nomeações
eclesiásticas e à cobrança do dízimo. Estes poderes absolutos deveriam ser
administrados a leste do cabo de Boa Esperança por um vice-rei – título aragonês
que indicava ser o seu detentor o alter ego do Rei no Oriente”, História de
Moçambique, op. cit., p. 104;SERRA C. (Direcção), História de Moçambique, Vol. 1,
op. cit., p. 64 e seguintes.
38
NEWITT M., op. cit., p. 108.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
39
NEWITT M., op. cit., p. 113.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
40
CAETANO M., Estudos de história da Administração Pública Portuguesa, op. cit., p.
456.
41
Todavia, até às reformas administrativas de 1752, o capitão de Moçambique
acumulou as funções militares e administrativas com as de superintendente da Junta
do Comércio, a qual controlava todo o comércio praticado pelos assentamentos da
região da Zambézia. Sobre o “Domínio Zambeziano”, vide, PÉLISSIER R., História de
Moçambique, Vol. I, op. cit., p. 74 e seguintes.
42
Decreto de 22 de Dezembro de 1856 – Abole os prazos da coroa, B.O. n.º 14. Nos
termos do referido decreto: “Sendo reconhecido pela experiencia de muitos anos
que a instituição dos prazos denominados da Coroa, na Província de Moçambique,
longe de produzir os benefícios que dela se esperavam, tem, pelo contrario, obstado
poderosamente ao desenvolvimento da agricultura nos mais importantes distritos da
mesma Província, pelos graves abusos a que tem dado lugar, e que não é possível
remediar sem alterar completamente as condições da aquisição, possessão e
transmissão dos vastos terrenos que constituem os ditos prazos (...) Art 1.º Fica
abolida em todos os territórios da Província de Moçambique a instituição
denominada – Prazos da Coroa”. A abolição dos prazos destinava-se, em princípio, a
ter como efeito o restabelecimento da autoridade do Estado na Zambézia e a
supressão da escravatura neles implícita. “Mas”, como escreve RENÉ PÉLISSIER,
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
8.1.3. Os Prazos
Os prazos devem ter tido a sua origem no fim do século XVII,
quando D. Maria Guerra aforrou algumas terras a uma avalanche
de aventureiros, soldados e mercadores. Os prazos foram
inicialmente quer terras conquistadas por esses homens a custa de
exército cativos, quer terras que chefes locais lhes consideram em
troca de agradecimentos ou de ajuda militar contra chefes rivais,
pode-se afirmar que os prazos nasceram com a penetração
portuguesa no vale do Zambeze a partir de 1530.
Moçambicano.
43
O artigo 67.o do título V da Constituição de 1911, diz: “Na administração
das províncias ultramarinas predominará o regime de descentralização, com
leis especiais adequadas ao estado de civilização de cada uma delas”.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
1933.
44
Como afirma A. H. Marques de Oliveira, a Carta Orgânica do Império
Colonial Português era um desdobramento do Acto Colonial e uma adaptação
da Constituição Portuguesa às colónias. Cf. A. H. de Oliveira Marques, Breve
História de Portugal. Lisboa: Editorial Presença, 2006.
45
Omar Ribeiro Thomaz, Ecos do Atlântico Sul: Representações sobre o terceiro
império português. Rio de Janeiro: Editora UFRJ/FAPES, 2002, p.71.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
46
Acto Colonial, 1945. In: Colectânea de Legislação Colonial. Lisboa: Divisão de
Publicações e Biblioteca Agência Geral das Colónias, 1948.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
Art. 240.º O Estado não impõe nem permite que se exija aos
indígenas das suas colónias qualquer espécie de trabalho
obrigatório ou compelido para fins particulares, embora não
prescinda de que eles procurem pelo trabalho meios de
subsistência.47
47
Acto Colonial, 1945. In: Colectânea de Legislação Colonial. Lisboa: Divisão de
Publicações e Biblioteca Agência Geral das Colónias, 1948.
48
Acto Colonial. In: Colectânea, op. cit.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
49
Valdemir Donizette Zamparoni. Entre Narros & Mulungos: Colonialismo e
paisagem social em Lourenço Marques c. 1890- C.1940. USP, 1998 (Tese de
doutorado) p. 465
50
Outros decretos e regulamentos, Cf. Valdemir Donizette Zamparoni. Op. cit
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
51
Portaria Provincial Nº 317, de 9 de Janeiro de 1917, publicado no Boletim
Oficial n° 02/1917 e promulgado pelo Governador-geral Álvaro de Castro.
52
Valdemir Donizette Zamparoni. Op. Cit. p. 470
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
53
Sobre os protestos Cf. Fernanda do Nascimento Thomaz. Os “Filhos da
Terra”: discurso e resistência nas relações coloniais no sul de Moçambique (1890-
1930).UFF, 2008 (Dissertação de mestrado) e Valdemir Donizette Zamparoni.
Entre Narros & Mulungos: Colonialismo e paisagem social em Lourenço Marques
c. 1890- c.1940. USP, 1998 (Tese de doutorado).
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
54
Tito de Carvalho, “Revista Ultramarina”, Revista Portuguesa Colonial e Marítima,
Terceiro Ano, 1899-1900, 1º Semestre, nº 25, Lisboa, Ferin, 1900 p, 49; Manuel
Moreira Feio “A Colonização de Moçambique” I Congresso Colonial Nacional, Vol.
I, Conferências Preliminares e Actas, Lisboa, Sociedade de Geografia, 1901, p. 19
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
Sumário
O Direito durante a colonização foi marcado por carácter
dualista: Um direito aplicável ao Indígena e um direito aplicável
aos cidadãos portugueses, as leis ultramarinas tinham um
carácter urgente. Mas este direito foi divido em dois
momentos pos-coferencia de Berlim, caracterizado por uma
fraca influência de Portugal, sobretudo na zona centro e norte
entregue as companhias, e uma segunda fazer apois o estado
novo, que caracteriza-se por uma grande influência dos
Portugueses, varias leis foram elaboradas com vista a satifazer
esse condição, o acto colonial e carta orgânica de 1930 foram
dois instrumentos legais bastantes importantes, a política
55
Decreto de 18 de novembro de 1869.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
Exercícios de Auto-Avaliação
1. O Direito durante o período da colonização teve um
carácter dualista. Comente.
Resposta: é de concordar partindo do pressuposto que o
direito aplicável aos indígenas e as ao colonos eram
diferenciados, não era possível aplicar de igual forma o direito
porque os nativos não estavam preparados para receber e
cumprir cabalmente com as orientações, as leis não
produziriam os efeitos pretendido, por isso devia-se aplicar um
direito próprio aos nativos associando elementos modernos
com elementos costumeiros.
2. No Direito colonial português, a aplicação do Direito era
feita com base no princípio de personalidade por via disto,
existia três estatutos de cidadãos: o indígena, assimilado e
o colono. Explique a diferença entre os três estatutos tendo
por base, o referido principio.
Resposta: O indígena era o indivíduo que não renunciava os
hábitos e costumes locais continuavam a viver segundo os
sistemas locais, a este indivíduos era aplicado o sistema
jurídico local isto é hábito e costumes locais.
O assimilado era o individuo nativo que renunciava a cultura
local e assimilava a cultura portuguesa, a esse individuo
aplicava-se o direito português, mas já mais atingia o
estatuto de colono mas sim assimilado.
Colono era o indivíduo português, regido pelo Direito português.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
Exercícios
1. Qual era a função jurídica do capitão?
2. Caracterize o direito colonial Português em Moçambique
anterior ao Estado Novo?
3. Caracterize o direito colonial Português em Moçambique
durante ao Estado Novo?
4. Caracterize as leis do Ultramar.
5. Caracterize o princípio de especialidade nas leis para o
ultramar.
6. O colonial publicado em 1930 foi um instrumento legal
bastante importante. Destaque a importância deste para
Moçambique.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
Introdução
Esta unidade pretende dotar os estudantes organização judiciaria de
Moçambique após a independência, caracterizar qual era o
funcionamento do sistema de justiça popular num pais recem
independente, perecendo os desafios e o contexto que o pais
enfrentou nos primeiros anos da independência.
9.1.1. Contextualização
56
Lei 12/78 de 12 de Dezembro
57
Art. 10/1 e 2, Lei 12/78 de 2 de Dezembro
58
Arts. 70 e 71, ambos da CRPM de 1975 e ns 1, 2 e 3 da LOJ
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
juízes, por força do qual este no exercício das suas funções eram
independentes e apenas deviam obediência a lei.59 Por força do
referido princípio “…os Juízes estão apenas subordinados a lei.,
não podendo deixar-se influenciar por quaisquer pressões, nem
podendo receber ordens de qualquer órgão.60
59
Art.65 da CRPM de 1975 conjugado com o art .5 da LoJ
60
NOTICIAS, ANO III – n 17.568 de Maio de 1978, Citado Ribeiro José Cuna
61
Art 5 da LOJ.
62
CUNA, José Ribeiro (2013, p.32) “ o TPS entrou em funcionamento a partir de
1988, com a nomeação para alem dos Juízes conselheiros, dos respectivos Presidentes
e vice-presidente
6363
Art. /1 e 2, e alínea a) do art 18 da LOJ.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
64
No período pós independência a FRELIMO era partido único cunha linha politica
orientava a RPM e era a forca dirigente do Estado e da Sociedade (art. 3 da CRPM)
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
65
Art.18 da LOJ al. a),b),c),d),e) f), g),h) e I.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
66
Alíneas a,b, e c do nº1 do art.23 da LOJ
67
Art.22/1 e 3, LOJ
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
68
Alíneas a, b, c, e g do art. 25 da LOJ.
69
Alínea c do art. 43 da LOJ.
70
Art. 30, 31 nºs 1 e 2, art. 47 todos da LOJ
71
De referir que o escudo nessa altura era moeda oficial, pois o metical só foi
adoptado e criado em 1980.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
72
Cit. Art. 32 al. a), b) e c) do nº2
73
Art. 24 conjugado com o art.31 nº2 da LOJ
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Sumário
Depois de uma luta armada de cerca de dez anos, conduzida pela
Frente de Libertação Nacional (FRELIMO), uma união de vários grupos
de resistência ao colonialismo, Moçambique tornou-se independente
em 25 de Junho de 1975. Era necessário desenvolver uma cultura
nacional, construindo um país unido.
74
Art 38 nº 1 e2 al. a), b), c) e d) do LOJ
75
Lei 12/78 de 12 de Dezembro
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
Exercícios de Auto-Avaliação
1. No exercício das suas actividades quais irão as atribuições dos
tribunais?
Exercícios
1. Quais as Atribuições do Tribunal Popular De Província?
Introdução
Esta unidade pretende analisar a influência da economia neoliberal no
direito Moçambicano. Dotando o estudante de conhecimento sobre a
evolução da organização jurídica e judicial de Moçambique com a
introdução do sistema democrático multipartidário
da sociedade moçambicana».
76
podemos constatar nos nºs 1, 2 e 3 do art.161 da CRM de 1990 e nºs 1, 2, e 3 do
art.3da lei 10 3 de 6 de Maio (Lei Orgânica dos Tribunais Judiciais) já revogada.
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77
Nº 2 e 3 do art 168 da CRM de 1999 e art.28 nç1,2 e 3 da LOTJs
78
De acordo com os nºs 1, 2 e 4 do art. 70 da CRM de 1990
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79
Art. 50 nº 1 e 2 da LOTJs
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80
CUNA, José Ribeiro. Organização Judiciaria em Moçambique: Continuidades e
Rupturas. 2013, p.70
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81
Art. 223 nº 1 e 2 da CRM de 2004. Importa referir que já foram criados os tribunais
de trabalho, tribunais aduaneiros, tribunais fiscais e tribunais administrativos, embora
alguns ainda não se encontrem efectivamente instalados e em funcionamento.
82
Vide arts. 223 nº6 e 224 da CRM
83
CUNA, José Ribeiro. Organização Judiciaria em Moçambique: Continuidades e
Rupturas. 2013, p.79
84
Segundo os arts. 220 e 232 da CRM
85
Sobre a composição e competência do CC vide os arts. 241, 242 e 244 da CRM
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a) Tribunal Supremo.
86
De acordo com o artigo 29 nº1 al. a, b, c e d da LOJ
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87
Art. 226 nº3 da CRM
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Segundo o art.114, nº2 al. a), b) e c), actualmente estão criados os TSR
de Maputo com jurisdição sobre os tribunais judiciais de província de
Maputo, Inhambane, Gaza; TSR da Beira com jurisdição sobre os
Tribunais Judiciais das províncias de Sofala, Manica e Tete; e os TSR de
Nampula com jurisdição sobre os tribunais judiciais das províncias da
Zambézia, Nampula Cabo Delgado e Niassa.
88
TIMBANE Tomas. Lições de Processo Civil I. Maputo: escolar editora, 2010,
p.238
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89
Art. 60 e 61 nº2 da LOJ.
90
Art. 70 da LOJ
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Sumário
Na década de 1980’, a FRELIMO vê-se obrigada a reconhecer o
fracasso do seu desempenho em termos económicos. Se os
efeitos da guerra não podiam ser subestimados, era impossível
91
Art. 80 da LOJ
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Exercícios de Auto-Avaliação
1. Quais as razoes de Moçambique a aderir o neoliberalismo e
abandono do paradigma socialista?
Exercícios
1. Apresente as inovações da organização judiciária a luz da
constituição de 1999 e 2004.
Introdução
O Século XX traz consigo varias crises nas ciências sociais a história é
uma das ciências que vai sofrer crise, e deve de traçar novos
paradigmas que deviam ser vencido, a historia jurídica não vai ficar
fora deste cenário, nesta unidade desenvolveremos a crise da
historicidade, novos paradigmas e teoria criticas.
92
Cf. José Van Den Besselaar, Introdução aos Estudos Históricos, 3" ed., São Paulo.
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93
Cf. Peter Burke (org.), A Escrita da História: Novas Perspectivas, São
Paulo, UNESP, 1993, p. 19-20.
94
Peter Burke, A Escrita..., op. cito 11.
95
Peter Burke, A Escrita..., op. cil. 12-13.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
96
Cf. Peter Burke, A Escrita..., op. cit., p. 14-15.
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
97
Cf. Antônio M. Hespanha. A História do Direito na História Social, Lisboa, Livros
Horizontes, s/do p. 09.
98
idem
99
Antônio M. Hespanha, A História do Direito. op. cito
ISCED CURSO: DIREITO; Disciplina: Historia do Direito i
100
Antônio M. Hespanha, A História do Direito. op. cit., p. 12-13.
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101
Cf. Antônio M. Hespanha, A História do Direito op. cit., p. 14-15.
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102
António M. Hespanha. A História do Direito..., op. Cit. p. 14-15.
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M. Hespanha:
Sumário
Ao Examinar e problematizar as relações entre a História e o Direito
reveste-se hoje da maior importância, principalmente quando se tem
em conta a percepção da normatividade extraída de um determinado
contexto histórico definido como experiência pretérita que
consciencialize e liberta o presente. Naturalmente esta preocupação
dissocia-se de uma historicidade ao jurídico, marcada por toda uma
tradição teórico-empírica assentada em proposições revesti das pela
força da continuidade, previsibilidade; formalismo e linearidade. Mas,
para se alcançar uma nova leitura histórica do fenómeno jurídico
enquanto expressão de ideias, pensamento e instituições, faz-se
necessário apurar uma distinção das especificidades inerentes a cada
campo científico, do que seja História, do que seja Direito, bem como
o sentido e a função de uma interpretação que se reveste do viés
tradicional ou crítico.
Exercícios de Auto-Avaliação
1. Cinco "eventos epistemológicos" que tiveram e ainda exercem
uma significativa influência como marco de referência aos
novos estudos históricos do Direito. Aponte 3 principais?
Exercícios
1. Emergência do neomarxista, da teoria crítica e da "Nova
História" - desempenharam uma grande motivação e avanços
na historiografia ocidental, importa consignar outros dois
movimentos que poderão exercer uma incisiva contribuição
para os estudos histórico-jurídicos na América Latina, qual seja,
o pensamento filosófico da libertação e a corrente brasileira do
direito alternativo. Comente?
2. Qual a importância de analisar o relacionamento entre a
história e o direito nos dias actuais?
103
António M. Hespanha. A História do Direito..., op. Cit. p. 14-15.
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Exercícios Geral
BIBLIOGRAFIA
ALTA VILA, J. (1992) - Origem dos Direitos dos Povos. São Paulo:
Ícone.
CORVO, J.A. (1983) Estudos sobre as Províncias Ultramarinas.
Lisboa: Academia Real das Ciências.
DIAKOV, V & KOVALEV, S. (1996) História da Antiguidade. Grécia.
2º vol. Trad. João Cunha de Andrade. São Paulo: Martins
Fontes.
FERRAZ JR., T S (1991) - Introdução ao estudo do direito: Técnica,
decisão e dominação, São Paulo Atlas.
GARRETT, Thomaz de Almeida. Administração Colonial. Porto,
Editora.
GILISSEN, John. (1988) - Introdução histórica ao Direito, Calouste
Lisboa: Gulbenkian.
GROSSI, Paolo (2004) - Mitologias jurídicas da modernidade,
Florianópolis: Fundação Boiteux.
HESPANHA, António Manoel (1982) - História das instituições,
Coimbra: Almedina.
HOFF, P. (1995) O Pentateuco. 6.ed. Belo Horizonte: Estudos
Bíblicos.
LOPES, J. R. L. (2002) O Direito na História: Lições Introdutórias. 2ª
ed. São Paulo: Maz Limonad,