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Vários estudos mostram que no contexto Angola as relações sexuais se iniciam
em média, entre os 11 e 12 anos de idade, facto pelo qual muitos adolescentes
engravidam antes de atingir a idade adulta. Uma sexualidade muito elevada,
com 75% de adolescentes sexualmente activos, alta frequência de gravidez na
adolescência dos 14-17 anos: nesta faixa etária, 37% das raparigas já tinham
engravidado e 17% dos rapazes tinham consciência de ter engravidado uma
rapariga; alta incidência de abortos de risco, 50% das adolescentes grávidas
abortou e 79% desses abortos foram provocados e induzidos (Fnuap, 2002).
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os professores e pais ou encarregados de educação a lidarem com esta
problemática de modo a motivarem as adolescentes grávidas na obtenção de
êxitos académicos.
Entre esses factores a familia ocupa um lugar crucial uma vez que ela é um
elo fundamental para o crescimento, desenvolvimento transformação do
adolescente, a qual deve ser compreendida como um todo que possui sua
história e esta em constante transformação, com diversos significados,
estruturas e compromissos mútuos (Ramos, 2011).
Ainda existem inúmeras barreiras no diálogo entre pais e filhos, pois estes por
mais liberais que possam ser, apresentam dificuldades em abordar assuntos
relativos à sexualidade com os seus filhos. Segundo Correia e Alves (1990, p.
35) “a carga excessiva de conflitos, que surgem e são reativados na
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adolescência, podem conduzir a um jogo sexual precoce no seio das relações
familiares débeis a adolescente pode engravidar como forma de atenuar as
suas carências”.
Outro factor apontado é a falta de informação. Existe ainda uma lacuna entre o
acesso à informação e a promoção de uma mudança de comportamento. Ao se
avaliar a vulnerabilidade dos adolescentes, afirmam que: no que diz respeito à
infância e adolescência, as peculiaridades biopsicossociais relacionadas ao
processo de crescimento, desenvolvimento pessoal (maturidade emocional e
intelectual) inserção social caracteriza este grupo como de alta vulnerabilidade
aos agravos sociais. (Costa e Bigras, 2007 p. 105).
Situação problemática:
Elevada crença e tabus sobre a gravidez no seio da família;
Ausência de palestras para consciencializar os alunos sobre a gravidez
precoce;
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Fraca educação sexual por parte dos pais e professores;
Inexistência da educação sexual no corículo escolar;
Carência de informação sobre a gravidez precoce por parte dos alunos;
Gravidez nos adolescentes de 13 anos como consequência abandona
escolar.
Objectivos específicos:
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A utilização de um conjunto de estratégias psicopedagógicas
institucionaiso vinculada com a prática quotidiana do professor poderá
minimizar o impacto da gravidez na adolescência no processo de
ensino e aprendizagem dos alunos da 7ª Classe da Escola do Iº Ciclo
do Ensino Secundário 17 de Setembro nº 41 do Cuito/ Bié.
Marco teórico
1.1 Antecedentes históricos sobre a gravidez na adolescência;
Fundamentação Metodológica
- Modelo da Investigação
Tipo de Investigação
Com vista a efectivar o processo de investigação pugnar-se-emos pelo tipo de
pesquisa explicativa, já que permite ir mais além da descrição e reflectir as
regularidades gerais, estáveis, essenciais que regem a dinâmica e
desenvolvimento dos fenómenos estudados, também mostra as qualidades que
não são observáveis directamente; está dirigida a responder as causas dos
eventos.
Métodos a empregar:
Nesta pesquisa, empregar-se-á métodos teóricos e empíricos.
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Métodos teóricos:
Uma operação mental que consiste em estabelecer uma verdade com base no
conhecimento de certo número de dados singulares.
- Métodos Empíricos:
A Observação: consiste em observar os fenómenos tal como eles
existem na realidade. Com este método poderemos observar na escola
o comportamento das adolescentes gravidas no processo de ensino e
aprendizagem.
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orientadas, com objectivo definido.
População e amostra:
A população é composta pelo conjunto de fenómenos, indivíduos, situações
que apresentam as características definidas para serem objecto de
investigação. A amostra representa uma parte considerada significativa da
população seleccionada para o estudo pretendido, de acordo com o projecto da
pesquisa. (Vianna, 2001:161). A amostra é uma parte da população que servirá
de base para a investigação.
Tipo de Amostragem:
Contributo teórico
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dos alunos da 7ª Classe da Escola do Iº Ciclo do Ensino Secundário 17 de
Setembro nº 41 do Cuito/ Bié.
Estrutura do trabalho:
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Autores como (Corrêa e Ferriani, 2006; Monteiro e col., 2007; Silva e Tonete,
2006;Lira e Dimenstein, 2004; Altmann, 2007; Yazlle, 2006; Moreira e col.,
2008) enfatizam que na atualidade, os estudos que identificam as causas mais
frequentes para a ocorrência e recorrência da gravidez na adolescência
mostram uma contínua relação entre a gestação e o abandono escolar, o apoio
da família e o apoio do pai do bebê.
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se atribuir um possível pior desempenho obstétrico e repercussões sobre o
recém-nascido simplesmente à idade materna, com um cortejo de situações de
risco como: pobreza, baixa escolaridade, falta de assistência pré-natal
adequada, entre outras.
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novas possibilidades e vivências. Ao mesmo tempo em que se vê retraído,
inseguro, pode achar que não precisa de ninguém, acha que é capaz de tudo,
apesar de temer o mundo, acredita que nada pode acontecer.(FREITAS,
1990)
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desenvolvimento.
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historicamente, e a gravidez, no período modernamente chamado de
adolescência, é abordada de modo diferente de décadas passadas. Deste
modo para uma melhor compreensão do assunto em causa é necessário
conceituar o que vem a ser adolescência.
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perda de confiança da família, perda do parceiro que por vezes não assume a
gestação, além da perda de expectativas futuras, e, finalmente, a perda da
proteção familiar.
Os autores desse trabalho afirmam que trata-se de uma etapa da vida em que
ocorrem a maturação sexual, o acirramento dos conflitos familiares e a
formação e cristalização de atitudes, valores e comportamentos que
determinarão sua vida e na qual se inicia a cobrança de maiores
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responsabilidades e definição do campo profissional. Lidar com essa situação
particular exige das equipes de educação uma abordagem integral dos
problemas detectados, dentre eles a gravidez na adolescência.
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Numa sociedade onde a gravidez em tenra idade é uma constante e está a
atingir proporções consideráveis com repercussões alarmantes sobre o
comportamento individual e de grupo, onde o adolescente atravessa um
período de grande tensão emocional aliado a factores socioeconómicos
(desajuste familiar, desemprego, evasão escolar, baixa remuneração, etc.),
a adolescente grávida sofre dificuldades adaptativas para responder aos
desafios do sucesso escolar e do desenvolvimento sócio-familiar e vocacional.
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sociais e psicológicas, com tendências para a rebeldia, instabilidade,
desequilíbrios emocionais, associações grupais, crises de valores e atitudes
morais, sexuais e religiosos.
Para Miguel (1990, p. 18), “é na adolescência que a afetividade, que até aqui
quase circunscrita à família, se orienta mais intensamente noutros
sentidos”. Nesta altura, o adolescente projecta os seus afectos em
pessoas significativamente exteriores à família.
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Sempre que gravidez e adolescência coexistem, a crise da adolescência
anuncia uma outra crise: a da gravidez. Muito mais do que expor
exaustivamente este fenómeno, procurar-se-á descrever o que representa a
gravidez na adolescência, as suas principais causas, consequências e as
mudanças mais representativas (fisiológica, psicológica e sociocultural) e tentar
responder a questões do estudo e avaliação da problemática sobre o processo
de ensino aprendizagem.
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do grupo de pares amigos, culpabilização, agressividade familiar, perda de
oportunidades de trabalho, diminuição da probabilidade de relacionamentos
maduros, duradouros e felizes.
Os autores deste trabalho partilham com as ideias dos autores acima focados
reparando que a gravidez na adolescência acarreta consequências amargas
para as adolescentes que se encontram neste estado sobretudo no processo
de ensino e aprendizagem e avergonha constitui o primeiro sentimento a seguir
da ansiedade, depressão e frustração que são consequências psicológicas.
Além do impacto emocional e social, há ainda consequências referentes à
saúde da mãe e da criança, estando associadas a altas taxas de morbi-
mortalidade materna, abortos, e também complicações no parto.
Segundo Cordeiro (2009, p. 355), embora o abandono escolar seja uma das
consequências temidas, a maior parte das jovens que são mães já
abandonaram os estudos antes de engravidarem. Outro aspecto a salientar é a
enorme responsabilidade que lhes incumbe, não somente ao nível económico
que é a mais óbvia, mas sobretudo ao nível da coartação da liberdade
referente aos comportamentos de exploração e experimentação de papéis e de
socialização com os pares, essenciais para prosseguir a sua definição
identitária.
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Isto pode conduzir a problemas graves, designadamente em relação aos
cuidados maternos a prestar ao bebé. Da mesma forma, o conflito
emocional consigo própria, com o namorado/marido, e com a família e o meio
social envolvente pode ser uma fonte de grande ansiedade e stress, que pode
deixar marcas indeléveis na jovem e comprometer o seu ajustamento
psicológico.
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sectores as saúde, contribui para aumentar este problema. A literatura tem
tratado a gravidez na adolescência como um problema de saúde pública,
especialmente pelo facto de propiciar riscos ao desenvolvimento da criança
gerada e da própria adolescente gestante (Gontijo & Medeiros, 2004).
Hoga (2010) afirma em sua pesquisa que a prematuridade do namoro foi citada
como uma das razões da ocorrência da gravidez. Estudos mostram que
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o namoro está profundamente coligado ao início da vida sexual na
adolescência, especialmente por ser o relacionamento afeticvo e amoroso mais
característico da adolescência, assim como o “ficar”. É possível analisar que
o namoro necessitaria estar entre os assuntos abordados nas intervenções
realizadas com os adolescentes exatamente por se constituir em um espaço de
exercício das relações entre homens e mulheres que sejam mais
igualitárias ou hierarquizadas, podendo ser adaptadas as atitudes e práticas
sexuais e contracetivas.
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dimensões: recursos humanos e materiais, meios técnicos, funções e
estruturas organizacionais, qualidades pessoais e etapas de desenvolvimento,
que formam uma unidade totalizadora que se desenvolve dinâmica e
dialeticamente para produzir aprendizagens significativas e estimulantes do
desenvolvimento. Também se pode definir como um conjunto de actividades
intencionais, relacionais e estruturadas do professor e do aluno visando a
alcançar determinados resultados (domínio de conhecimentos, atitudes e
valores).
Cordeiro (2009, p. 498) refere que é “cada vez mais importante que os pais
participem na vida escolar dos filhos, não só mostrando preocupação e
interesse relativamente às actividades escolares, mas adotando também uma
atitude proativa e participando realmente dentro e fora da escola”.
Os autores deste trabalho entendem que a escola, por sua vez, deve garantir o
direito e espaço para discutir, verbalizar e construir uma vida sexualmente
harmoniosa, destacando a importância do planeamento e da elaboração
conjunta das actividades, da formação continuada dos professores e da
avaliação das intervenções com os alunos. Na escola, deve ser proporcionado
conhecimentos, discussões e reflexões sobre a sexualidade junto a todos os
segmentos da comunidade escolar.
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ou mais anos de escolaridade são menos propensas a ter a primeira relação
sexual; mais propensas a usarem algum método anticoncecional na primeira
relação e apresentam riscos mais baixos de ter filhos, em comparação com
adolescentes com até quatro anos de estudo.
Já a pesquisa feita por Altmann (2009) indica que parece haver uma
contradição no trabalho desenvolvido no âmbito escolar. A educação sexual
parece ser trabalhada a partir do tema reprodução, a qual acaba recebendo
ênfase, quando é justamente a ocorrência dela entre adolescentes que
diversas políticas públicas querem evitar. A relação sexual está
constantemente vinculada à reprodução nem que seja para evitá-la e não ao
prazer, às relações entre pessoas, independentemente da sua orientação
sexual.
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adolescência.
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Assim, a teoria de Bronfenbrenner enfatiza os contextos de vida da pessoa
que compreendem a interação de quatro níveis ambientais denominados:
microssistema, mesossistema, exossistema e macrossistema. Estes níveis
estão articulados na forma de estruturas concêntricas inseridas uma na o utra,
formando o meio ambiente ecológico. Assim, considera-se que a pertença a
uma camada social de baixa renda poderá representar um micro e
mesossistema mais carente ao nível das informações sobre sexualidade,
cuidados de saúde e importância de contracepção, bem como no acesso aos
serviços de saúde e, por esse motivo, um contexto de maior risco.
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dos estudos é provocado pela gestação ou se o prévio abandono é factor de
risco para a gravidez na adolescência.
Os autores citam Figueró (2002), que observou que parte das gestantes e
mães adolescentes abandonou a escola previamente à gravidez. Já os dados
da Organização Mundial de Saúde (WHO, 2004) apontam um alto índice de
jovens gestantes que largam os estudos dificultando a futura inserção no
mercado de trabalho (WHO, 2004). Segundo os autores, estes dados
corroboram os resultados de Figueiredo (2001), os quais mostram como o
surgimento da gravidez compromete a capacidade de desenvolvimento de
autonomia por parte da adolescente no que se refere às figuras parentais,
fazendo com que a dependência relativamente aos seus pais persista,
principalmente a nível econômico.
Deste modo não se sugere que os professores passem todos a ser psicólogos
profissionais, mas quer se queira, quer não, de facto, nós
«psicologizamos» sempre que fazemos interferências sobre como e
porquê as pessoas se comportam deste ou daquele modo .
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competência pessoal e a auto-mestria.
Ser professor no séc. XXI requer uma atitude pessoal e profissional do tipo
crítico-reflexivo que o leva a repensar e reajustar o seu desempenho face às
situações imprevisíveis e ambíguas da sua prática pedagógica. Compete-lhe
fazer uma “gestão curricular diferenciada de acordo com a ecologia das
circunstâncias que caracterizam cada situação e cada contexto” (Sá-Chaves,
1999, p. 37).
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Os autores desta investigação vão mais além afirmando que a construção e o
desenvolvimento do currículo exige do professor um conjunto de competências
de mobilização para a acção e de pensamento estratégico para a consecução
das actividades. Os professores, como mediadores entre a sociedade e os
alunos, tornam-se agentes imprescindíveis para a socialização destes.
Esta visão aponta para se repensar a profissão numa perspectiva em que ser
professor neste século exige a transformação dos seus modos de trabalho, de
se relacionar com os alunos e com os outros elementos da comunidade. Exige
também capacidades para utilizar os seus recursos cognitivos múltiplos para
agir da melhor maneira, face a situações complexas.
Percebeu-se, também, que alguns factores são responsáveis por esta falta de
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preparo das adolescentes que engravidam sem planeamento, como, a
erotização precoce, o adiantamento da menstruação, a falta de orientação por
parte dos pais, da escola e do sistema de saúde, entre outros. Portanto, cabe a
escola e pais e familiares retomar o cuidado com as adolescentes e orientá-las
para a prevenção.
População e amostra.
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a proporcional
Total 60 27
Procedimentos
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para entrevistar as adolescentes e os professores, onde eram encaminhadas
por eles. Inicialmente, o objetivo era também de entrevistar os encarregados de
educação, mas estes não mostraram disponibilidade para tal, sugerindo antes
que um questionário por escrito seria a melhor via, tendo-se, portanto, optado
por esse método.
Quanto à pergunta número três, foi possível compreender que a escola tem
matriculado as adolescentes gravidas e segundo o director da escola das
alunas gravidas são matriculadas no período ou turno noturno, esta situação
pode pode colocar em risco aprendizagem das adolescentes gravidas nesta
escola.
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A quarta pergunta procurava saber sobre o rendimento escolar das
adolescentes gravidas na instituição, nas declarações do senhor director o
rendimento das alunas gravidas é baixa tendo em conta os resultados que
temos obtido nas avaliações. Na análise dos autores do presente trabalho o
baixo rendimento prende-se também com o período do qual as alunas gravidas
são colocadas.
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de me colocar, pelo que, o assunto em investigação não é familiar.
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Na pergunta nº 3 onde se pediu ou se procurava saber se A escola tem
promovido seminário ou estratégias que visam capacitar os professores (as)
para intervir neste aspecto, depois da análise da tabela percebemos que
poucas vezes que a escola tem promovido seminário ou estratégias que visam
solucionar problemas de géneros.
Total 15 100%
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aprendizagem das alunas gravidas e dos alunos que engravidam. O quadra
ilustra que uma parte significativa afirmam que as vezes.
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Resultados do questionário aplicado aos alunos (Anexo 5)
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criança, em seus primeiros anos de vida. Observam-se os “efeitos sobre as
crianças no facto de terem crescido em ambiente de harmonia, em ambiente de
conflitos e ainda em lares desestruturados” (ausência de um dos pais em razão
de morte, divórcio ou outros) (Barros & Guimarães, 2005, p. 55).
Total 12 100%
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emocionada de
alegria
Esteva 9 75%
emocionada
medo dos pais
Total 12 100%
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ligações de vinculação durante a adolescência, verifica-se que outros adultos
podem assumir importância maior ou igual à dos pais e a atração sexual pelos
pares entra em jogo. Os comportamentos revelam-se muito heterogéneos,
situando-se no espectro entre vinculação e separação: há adolescentes que
rompem com os pais e há adolescentes que permanecem extremamente
vinculados e são incapazes ou recusam dirigir o seu laço vinculativo para
outros. Entre estes dois extremos, encontram-se a maioria dos adolescentes,
cuja ligação aos pais permanece poderosa, ainda que as relações que
estabelecem com os outros adquiram muita importância.
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Há certamente uma ansiedade que facilita a aprendizagem (estimulante) e
outra que dificulta (inibidora ou debilitante)..
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suas diferentes etapas, com a intenção de melhorar a actuação dos
professores no processo docente educativo.
.Fundamentação da proposta
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De acordo com o anteriormente referido, pensa-se que se os professores as
famílias tiverem sido capacitado metodologicamente para este trabalho de
intervir no processo de ensino e aprendizagem dos alunos com os pais
separados isto fará com que os alunos tenham mias desempenho escolar.
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alunos da 7ª classe da escola do iº ciclo do ensino secundário 17 de
setembro nº 41 do cuito/ Bié.
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maternidade na adolescência ou o suicídio (Goleman, 1998; Berger, 2003, p.
198) .A seguir pedese a opião dos pais sobre o assunto.
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incidência proeminente para seguirem a carreira de professora. A escola é
geralmente o contexto onde o adolescente passa uma parte significativa do seu
tempo, sendo este espaço fecundo no contato e nas trocas relacionais e
afetivas. Além disso, é também na escola que o adolescente, com a sua
capacidade de pensar além do presente, se prepara para o desenvolvimento
de uma outra tarefa que envolve a implicação e preparação da carreira
profissional (cf. “tarefas de desenvolvimento” de Havighurst, 1972). Como
referem Monteiro e Ribeiro dos Santos (2005, p. 53), o raciocínio hipotético-
dedutivo é, no desenvolvimento psicossocial, uma arma poderosa nas opções
profissionais, nos caminhos que se aspira, na construção de projetos futuros
(Pessanha et al., 2010, p. 94). Para tal é necessário:
1- Formar equipas de trabalho que estejam compostas pelos professores e
directivos.
2- Cada equipa reflecte sobre o assunto.
3- Abrir um debate geral com todas as equipas.
4- No fim do debate os orientadores farão o encerramento de actividade.
5- Estratégia psicopedagógica nº3:
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criança precisa saber em quem pode confiar, o que pode ou não fazer e ter
limites bem definidos. Para tal e necessário:
CONCLUSÕES GERAIS
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evocando algum sofrimento emocional (e.g., à separação dos pais,
“adoção” por outros familiares, violência física e verbal, e
comportamentos poligâmicos paternos). Portanto, há uma grande
discrepância emocional entre as adolescentes que viveram sempre
com os pais e as que sofreram separação parental. Em geral, as
adolescentes identificaram a própria gravidez como sendo o
momento negativo mais marcante da sua biografia, mostrando
sofrimento pela “perda de liberdade”, “vergonha” de enfrentar pessoas,
amigos e colegas, e consequente “evitamento” e “isolamento social”.
2. Nas representações dos pais, verifica-se uma notável heterogeneidade
de respostas que revelam diferentes reações emocionais (entre a tristeza
e a “normalidade”), atitudes ambivalentes e diversos modos de
“descoberta”, que se integram num processo de aceitação e de
esforço de aproximação empática, orientados pela primazia dos “valores
da família”..
3. A proposta de um conjunto de estrategias psicopedagógica, previamente
elaboradas pode constituir via fundamental para minimizar o impacto da
gravidez na adolescência no processo de ensino e aprendizagem dos
alunos da 7ª classe da escola do iº ciclo do ensino secundário 17 de
setembro nº 41 do cuito/ bié.
RECOMENDAÇÕES
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cuito/Bié, crie condições para a preparação metodológica das alunas
para a intervenção do insucesso escolar dos alunos no espaço das
actividades docentes.
2. Que a Escola Superior Pedagógica do Bié incentive os estudantes para
a realização de pesquisas sobre este campo do saber para resolver
problema do genéro no contexto Angolano em particular biena dada a
sua importancia.
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