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Capítulo II

O ESTUDO DE TEXTOS TEÓRICOS

'1?ra Irma Furlan*

1. O que é um texto?

O texto é obra humana, produto humano, e se expressa através dos


mais variados meios simbólicos: peças de teatro, filmes, televisão, pinturas,
esculturas, literatura, poesia, livros científicos e filosóficos, artigos de revistas
e jornais etc. etc.
Os textos são a memória do homem na qualidade de ser-no-mtmdo
e se constituem na herança que possibilita dar continuidade à obra humana
na história.
O autor do texto é o homem historicamente situado, que vive a
experiência no mundo com os homens, que participa do existir num tempo e
num espaço específicos a partir de determinadas condições econômicas,
políticas, ideológicas e culturais. Enquanto produto das suas relações com o
mtmdo, é ao mesmo tempo produtor, que transforma o ml.Illdo colocando
algo de si, mesmo quando não existe o desejo intencional de fazê-lo.
O texto, a obra, é a expressão do viver, experienciar, participar; é o
produto colocado no mtmdo, tem a marca humana. É a manifestação do que
o homem produz nos vários campos das artes, da literatura, do saber. É
carregado de sigrúficações... O texto ilumina e esconde, obscurece o mundo
e, ao mesmo tempo que pretende dar respostas aos questionamentos suscitados
pelos homens, levanta outras questões, outras pergtmtas. Esclarece, obscurece...
* Mestranda em Filosofia da F.ducação na Unimep.
Professora de Filosofia da Puccamp.

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A obra é histórica, sempre guarda um sentido subjacente; portanto, o seu autor, exige o "ouvir" a sua palavra, o seu mundo, a compreensão dos
não é um objeto, não é algo pronto, acabado, defirútivo, absoluto. É ur_n significados nele implícitos.
eterno fazer-se, o resultado do conjunto de experiências que o homem vivencia .A leitura de um texto pressu_Qõe objetivos, intencionalidade.... O
na História. leitor, ao se dirigir ao texto, está preocupado em responder às questões
suscitadas pelo seu mundo e, através do enfrentamento das posições assumidas
pelo autor, busca encontrar pistas que o auxiliem no desvendamento de sua
2. O texto teórico realidade. É somente neste encontro histórico, onde experiências diferentes
se defrontam, que é possível a compreensão e interpretação de textos. '' Assim
O texto teórico é expressão humana através da palavra articulada - as humanidades alcançam uma medida mais cheia de autoconhecimento e
linguagem. É através dela que expressa a sua vida. " ...E entre os mais uma melhor compreensão do caráter de sua tarefa." 4 Neste sentido, compreender
variados meios simbólicos de expressão usados pelo homem, nenhum ultrapassa o texto é tomá-lo a partir de um determinado horizonte, da perspectiva de
a linguagem, quer na flexibilidade e no poder comunicativos, quer na importância quem se sente problematizado por ele, e a partir daí deixar-se ' 'possuir'' por ele.
geral que desempenha. A linguagem molda a visão do homem e o seu
pensamento - simultaneamente à concepção que ele tem de si mesmo e do
seu mundo (não sendo estes dois aspectos tão separados como parecem). A 4. A leitura de textos teóricos 5
própria visão que tem da realidade é moldada pela lin,,,onagem.'' 1
Os textos teóricos se constituem em instrumentos privilegiados da
Os text~s teóricos são as obras que expressam um conhecimento do vida de estudos na Universidade, poi.s é através deles que os estudarites se
mundo e se diferenciam de outras expressões simbólicas, e mesmo de outras relacionam com a produção científica e filosófica, é através deles que se
expressões do conhecimento, à medida que são sistematizados, organizados, torna possível participar do universo de conquistas nas diversas áreas do
metódicos. Expressam os saberes produzidos pelos homens ao longo da saber. É por isso que aprender a compreendê-los se coloca como tarefa
História e refletem infinitas posições a respeito das questões suscitadas no fundamental de todos aqueles que se dispõem a decifrar melhor o seu mundo.
enfrentamento com a natureza, com os homens e com a própria produção do
saber. Como toda obra humana, são imprimidos pela marca da historicidade, Compreender, interpretar, significa ir além da simples dissecação a
"carregam" os significados impressos pelo tempo e espaço em que são que se reduz o formalismo das técnicas de leitura que normalmente afastam,
.
produzidos. ''Expressam o enfrentamento d e seus autores com o mundo. " 2 distanciam o leitor da obra.
lraduzem as angústias, os problemas, as questões que são suscitadas pelo
mundo e que desafiam os homens, autores dos textos, das obras.
SUGESTÕES PARA A LEITURA
A sistematização, organização e metodização dos saberes expressos
nos textos teóricos resultam de um processo de construção ao longo da A - Para penetrar no conteúdo de um texto é necessário ter em m ente, em
História em que os pensadores, cientistas, foram definindo caminhos, sempre primeiro lugar, o objetivo do estudo do mesmo, sem o qual há o risco
na tentativa de encontrar o eixo possível de "esgotamento" de explicação do de a leitura esvaziar-se de significado. É imprescindível ter claro as
real. Mas não se pode esquecer: o que ilumina, também "faz" sombras ... questões, os problemas que podem ser desvelados no enfrentamento
com o texto, assim como partir do pr incípio de que ele tem algo a dizer
ao leitor.
3. A relação autor-texto-leitor
B - Em seguida, é preciso localizá-lo no tempo e no espaço. Quem é o seu·
A leitura não pode se reduzir a um conjunto de regras de explicação autor? Quando o escreveu? Quais as condições da época em que
de um texto, como se ele fosse um objeto pronto, acabado, a ser assimilado produziu sua obra? Quais as principais características de seu pensamento?
pelo leitor. O texto "é um.a voz humana, uma voz do passado à qual temos, Quais as influências que recebeu e também exerceu?
de certo modo, que dar vida.'' 3 O abrir-se ao texto pressupõe o diálogo com
4. Ibidem, p. 22.
1. R. PALMER, Hermenêutica, pp. 20-21. 5. Para uma complementação do estudo deste tema consultar o cap. III da obra de A. 1.
2. P. f'REIRE, Considerações em torno do ato de estudar, in Ação cultural para a liberdade e SEVERINO, Metodologia do trabalho científico, pp. 112-135. Este trabalho pode ser considerado
outros escritos, pp. 9-12. um dos pioneiros na abordagem da leitura de textos teóricos, sendo inclusive o grande
:J. H. PALMER, op. cit., p. 18. inspirador da b ibliografia publicada na última década no Brasil.

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e- De posse desses elementos é possível elaborar a primeira etapa da 5 2 ) Quais os argumentos secundários apresentados pelo autor?
leitura, cujo objetivo é preparar o texto para a compreensão, verificai:ido
as dificuldades no entendimento da linguagem empregada, dos conceitos Além dos argumentos centrais, os autores podem desenvolver outros
apresentados pelo autor. Sugere-se a demarcação dos conceitos, das que se constituem em reforço das justificativas apresentadas.
doutrinas desconhecidas, dos autores citados e, após a leitura, a consulta
aos dicionários, enciclopédias, manuais, para a explicitação, sem o que E - A partir deste trabalho é possível expressar, traduzir a compreensão das
torna-se difícil a compreensão da mensagem do autor. idéias do autor através da elaboração do Resumo no qual o estudante
elabora uma redação (com seu próprio vocabulário) apresentando os
D - É necessário reconstruir a experiência mental do autor, captando antes principais momentos do texto.
o todo, parn depois dedicar atenção às partes do texto. É por isso que
um segundo momento da leitura tem como objetivo adquirir uma visão F - O estudo de textos, na perspectiva aqui desenvolvida, exige como
de conjunto do que é tratado no texto, atentando para os temas e condição prévia este "ouvir" o autor, mas este trabalho só se realiza
subtemas desenvolvidos, o que possibilita a elaboração de um esquema plenamente no processo de d iálogo, na interpretação, que possibilita o
das idéias do autor, seguindo, para isso, a ordem lógica de exposição confronto (encontro histórico) entre autor-leitor, mediatizados pela obra.
É o momento mais importante do estudo, pois trata-se de "ir além" do
das mesmas. texto, de refletir sobre a perspectiva abordada pelo au tor, de verificar
Nesta etapa, em que o leitor fundamentalmente "ouve" a palavra a contribuição da mesma para o aprofundamento do assunto e compreensão
do autor, é necessário verificar se a compreensão das idéias está sendo da realidade.
atingida. Para isso o leitor pode se dirigir ao texto perguntando: Partindo da concepção aqui apresentada sobre o significado do texto
como obra humana, é o momento de o leitor levantar as suas questões para
o texto, as suas angústias. 'Itata-se de reconstruir o texto a partir de sua
própria condição de ser-no-mW1do, de desenvolver a " sua leitura" do texto,
1º) Qual o assunto tratado? a partir de "sua leitura" do mundo, de suas preocupações, de seus
questionamentos a partir de suas experiências, que na maior parte das vezes
Para responder a esta pergunta é necessário apontar o tema abordado não coincidem com as do autor. É necessário traball!ar profundamente com
no texto entre a infinidade desenvolvida pela cultura humana. os argumentos apresentados, descobrindo os pressupostos (históricos, ideológicos,
epistemológicos) neles presentes, confrontando-os com outras posições. Daí
a necessidade da leitura de outros textos sobre o tema, de outras abordagens,
2 2) Qual o problema central levantado pelo autor? de outros pontos de vista.
Considerando que o autor questiona, problematiza o seu mundo, Nesta perspectiva, o estudo de textos teóricos exige disciplina, rigor,
trata-se de verificar a pergunta central levantada pelo texto em estudo. seriedade, condições conquistadas no próprio processo de desenvolvimento
teórico pessoal, na atividade constante de busca que deve estar presente no
cotidiano da vida de todos aqueles que pretendem deixar a "sua marca" (por
3º) Diante do problema levantado, qual a posição assumida pelo autor? mínima que seja) na História.

O autor, a partir do questionamento, apresenta mna resposta, que se


constitui no seu modo de encarar o problema levantado, o seu ponto de vista. 5. Algumas sugestões para a redação de trabalhos a partir do estudo de
textos teóricos 6

4º) Quais os argumentos apresentados que justificam a posição assumida As orientações aqui apresentadas são sugestões destinadas à
pelo autor? apresentação de trabalhos a partir do estudo de textos teóricos. Não pretendem
6. Sobre redação e dissertação consultar, entre outros, o excelente trabalho de Severino Antonio
É necessário apontar todos os argumentos apresentados, as idéias
M. BARBOSA e Emília AMARAL, Escrever é desvendar o mundo, 2! parte - A dissertação
que conf innam a tese, a posição do autor diante do problema levantado. e o pensamento lógico, pp. 83- 117.

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. tnnn ntal Os textos teóricos normalmente apresentam a seguinte estrutura lógica:
ser a única palavra possível sobre o asSW1to, mas tão-somente~ 1IlS ~ e.
destinado rincipalmente àqueles estudantes, ini~iantes ~ .vida acad:~ca, a) Introdução (composta pelos primeiros parágrafos) - onde o
que encon~ dificuldades na elaboração deste tipo de atividade academtca. autor apresenta o assunto, o problema levantado em tomo dele e a posição
que defende a partir do problema.
b) Desenvolvimento - neste o autor apresenta os argumentos que
5.1. O esquema justificam a posição assumida.
A elaboração do esquema se faz necess.á:ia na. P,:imeira ª'?°rdagem c) Conclusão (últimos parágrafos) - nesta o autor "fecha" o texto
do texto teórico, quando o leitor necessita adqutnr a v,sao de conJunto dos apresentando o resultado de sua pesquisa.
temas e subtemas desenvolvidos pelo autor. Para elaborar o Esquema é necessário detectar os parágrafos onde o
Como atividade acadêmica, nonnalmente é exigido pelos pro~e~sores autor introduz, desenvolve e conclui o texto. Em seguida apontar em cada
como parte do trabalho em tomo do texto em seminários .o~ outras 7attv1dades urna destas partes as "palavras-chave'' grifadas, que, no seu conjunto, constituem
acadêmicas que exigem uma preparação prévia dos part1c1pantes. o esquema do raciocínio lógico do autor, possibilitando, assim, a ' ' visão do
todo" do texto.
O Esquema pode ser elaborado a partir do vocabulário utilizado pelo
Procedimentos nutor do texto.
1 ..
1) Durante a fase inicial da leitura grifar (sublinhar) as "palavras-e 11,vr
dos parágrafos. 8
'tu' um momt·11tn ,h U. O resumo critico (ou fichainento)
Cada parágrafo que compõe o texto se constt 1 n
· d · ' ·o no desdobramento da argument11, 1111, 11 1
desenvolvunento o rac1ocuu , .
apresentação de idéias ou conceitos que, no seu conJunto, dcmo1;·,t
1
I
· - ~~,TT'l;da pelo autor. Para a compreensão do texto em sua glo 111 11 '' ' '
1
i°'t Deve ser apresentado em dois momentos:

pos1çao ª=uuu d arágrafo• '" " ' 1


é necessário ter clareza das idéias apresenta as nos P ·•· • 1
"palavras-chave". Para O levantamento destas pode-se proceder <ln '1 111,11 5.2. l. O resumo das idéias do autor
forma: É um trabalho que consiste em apresentar por escrito a compreensão
- Pergunta-se: De que fala o parágrafo? 1 1 lixto estudado. Deve-se elaborar mna redação resumida, a partir das
- Deve-se grifar estas palavras. 1111 hks levantadas na fase de compreensão do texto (assunto, problema,
Os textos via de regra, apresentam vários parágrafoi, 1111• 1 1\no do autor e argumentos), com vocabulário próprio e estruturação
1 1111 1 1 , li,, (Introdução, Desenvolvimento e Conclusão).
mesmo conceito, 'sendo assim, grifa-se apenas quando t 'lh' '1
primeira vez. Na Introdução apresentam-se o assunto, problema e posição do
Importante: não confim.dir as "palavras-chave.'' <'11111 1 ·• ••, 1111 Desenvolvimento, os argumentos; e na Conclusão a própria conclusão
111t11
exercem maior atração, maior interesse por parte do 1~11111 1 1,
destacadas na fase posterior da leitura, no momento da 111trq•11 l 1\ 11•.tc tipo de trabalho acadêmico é fundamental para a preparação de
1 111111• c·m grupo (seminários, simpósios, congressos etc.), elaboração de
2) A partir do levantamento das "palavras-d u1v, " •~· ·,li 1 , '' <' para a realização de trabalhos científicos e monográficos, 10 à
elabora-se o Esquema destas idéias. HI q,w possibilita a documentação 11 dos textos estudados.

7. Sobre trabalho em grupo consultar o cap. m. Sobre n c l11h111,1~n11 ,h " 1


O
consultar o cap. IV. 11 1 1 • ol11l111111\·llo de Resenhas consultar o item 5.4.
8. Para um aperfeiçoamento da técnica de grifar as "palnv111t1 1 1111\11 ' 1 1 ",,11,n~IIO de trabalhos científioos e monografias consultar o cap. IV.
sALOMON, Como fazer uma monografia; elementos d11 t11l'lrnl1ilt•1 I• 1 • 1h• 111111·11111çll'o verificar o cap. 1.
pp. 83-102.
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5.2.2. A intepretação do texto (ou apreciação pessoal, ou critica ao texto) Quanto aos comentários pessoais, analisar a importância do texto,
comentar a sua influência dentro da área a que pertence e as conseqüências
É o momento culminante .do estudo de textos, pois se desenvolve a mais significativas de sua publicação.
partir da interpretação do texto básico. Pressupõe, desta forma, as fases Na crítica, deve-se levar em consideração os aspectos referentes à
anteriores do estudo (preparação e compreensão). publicação do texto, à revisão textual, atualização de gráficos e tabelas,
É uma reconstrução mais livre do tema abordado no texto básico o atualização da bibliografia utilizada pelo autor, bem como à seqüência lógica
que pressupõe o diálogo com o autor, o questionamento das posições assumidas e organização do texto.
e a relação destas com outras abordagens. É um trabalho que consiste basicamente É fundamental que o educando estabeleça um "diálogo" com o
em apresentar a "palavra do leitor", a sua posição frente às questões autor, identificando os pressupostos teóricos que orientam o texto, assim
desenvolvidas, o que exige estudos aprofundados e fundamentalmente ''olhos como os argumcrúos que o autor " teceu" em tomo da idéia central.
críticos" para o mundo. Uma resenha deve ser sintética, aproximadamente de três a cinco
folhas datilografadas.
5.3. A resenha de textos Como a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas -
também regulamenta os procedimentos para a elaboração de resumos de uma
Elisabeth Mata/lo Marchesini de Pádua maneira geral, com a utilização de terminologia específica, mas de uso
corrente cm alouns setores da Universidade, a seguir apresentamos uma
A leitura, a compreensão e o fichamento de textos científicos (vide síntese da Non~ NB - 88/86.
cap. I desta parte) são os primeiros recursos metodológicos que utilizamos A ABNT define resumo como sendo "a apresentação concisa dos
para a realização de trabalhos acadêmicos; pressupondo um contato mais pontos relevantes de um texto".
rigoroso com o material didático normalmente utilizado na Universidade, O resumo visa fornecer elementos capazes de permitir ao leitor
constituem os primeiros passos em direção a uma postura crítica em relação decidir sobre a necessidade de consulta ao texto original e/ou transmitir
aos temas abordados nas várias disciplinas. infonnações de caráter complementar.
Esta formação inicial pode ser completada com a elaboração de É utilizado para:
resenhas de textos.
- documentação primária específica: artigos, relatórios, teses,
O principal objetivo da resenha é elaborar comentários sobre um monografias, atas de congresso etc.
texto, para publicação ou divulgação; como atividade acadêmica, é utilizada
- documentação secundária: projetos e catálogos de editoras, de
para que o educando se familiarize com a análise dos argumentos utilizados
livrarias, publicação de indexação e análise etc.
para se demonstrar/provar/descrever um determinado tema. Pressupõe uma
leitura rigorosa do texto e deve comer: - documentação de dados bibliográficos.
1. Informações gerais sobre o texto;
2. Comentários sobre a idéia central do texto; TIPOS DE RESUMO

3. Comentários sobre o plano de assunto do texto; Resumo indicativo (abstract)


4. Comentários pessoais e criticas.
- Indica apenas os pontos principais do texto, não apresentando
Inicialmente, deve-se identificar autor, texto, época em que o texto dados qualitativos ou quantitativos.
foi redigido, tecendo um breve comentário para se compreender os objetivos
do texto e sua idéia central. A seguir, deve-se sintetizar cada parte do plano Resumo informativo (summary)
de assunto (no caso de livros, cada capítulo) na mesma seqüência lógica em
que se apresenta, num esforço pessoal de reflexão sobre os elementos fornecidos - Informa suficientemente o leitor para que este possa decidir sobre
pela análise do texto. a conveniência da leitura do texto inteiro. Expõe fmalidades,
metodologia, resultados e conclusões.

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Resumo informativo-indicativo

- Combinação dos arrteriores.

Resumo critico

- Resumo que apresenta a análise interpretativa de mn docmnento


ou texto, também denominado recensão ou resenha.

A extensão do resmno depende da fmalidade a que se destina:


• para notas e comunicações breves, até 100 ( cem) palavras.
• para monografias e artigos, até 250 (duzentas e cinqüenta) palavra..;.
• para relatórios e teses, até 500 (quinhentas) palavras.
Lembramos que o resumo deve ser composto de uma seqüêucln
corrente de frases concisas e não de uma enmneração de tópicos.
Devemos observar que a ABNT utiliza os termos recensão e rcs<•11h11
como sinônimos de resmno critico; estas especificidades na terrninologin 11111
invalidam as propostas anteriormente apresentadas para a elaboraçuo ti•
resmnos e resenhas, principalmente como tarefa acadêmica.

Bibliografia

BARBOSA, Antonio Severino M. e AMARAL, Emília_ A cli:-1iwi1 111, ,1i,


pensamento lógico. ln: &crever é desvendar o mwttlo •
Campinas-SP: Papiros, 1987.
FREIRE, P. Considerações em tomo do ato de estudar. 111: At•"' , ,,/
para a liberdade e outros escritos. RJ: Paz e Terra , 19'/H
PALMER, R. Hermenêutica. Lisboa: Edições 70, 1986.
SALOMON, D. C. Como fazer uma monografia; elemento· ,li 111• 11 1 1
do trabalho científico. 3ª ed., Belo Horizonte: Intei ll v 111 , 1•1 f I
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho cientifico. I' • , ,I ,
Cortez Edit. Autores Associados, 1985.

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