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Bandeirolas de Patrulha

Na AEP as bandeirolas de Patrulha não estão regulamentadas, situação que levou ao


surgimento de uma tradição de criatividade na sua elaboração, o que resulta numa maior
identificação por parte de cada Patrulha com a sua Bandeirola.

Existem, porém, alguns pontos em comum:

 A bandeirola deve ter as cores dos escalpos da sua Patrulha;

 A forma sendo livre é, contudo tradicionalmente um triângulo isóscele de altura 25cm


e de comprimento 40cm;

 A bandeirola é colocada na vara do Guia de Patrulha, que se passa a designar por


Totem de Patrulha, podendo esta ser enfeitada com motivos gravados a fogo ou
simplesmente com desenhos pintados. 

No Grupo 129 existe ainda uma tradição que consiste em sempre que por algum motivo o
Totem de Patrulha caía ao chão a Patrulha toda de imediato deita-se no chão esperando que o
Guia de Patrulha a levante de novo

Cerimónias de Patrulha

A identidade de uma patrulha é construída de muitas coisas entre as quais as cerimónias de


patrulha. São momentos criados pela Patrulha, vividos em conjunto com todos os elementos,
que podem ou não ser conhecidos pelos outros membros da Tribo e/ou do Grupo.

Fortalecem o espírito da patrulha e é papel do Guia e Subguia preparar estas cerimónias. 

O que se deve ter em conta quando se prepara uma cerimónia: 

Objetivo

Todas as cerimónias ou rituais de patrulha servem um propósito. 

Quando quiseres criar uma nova cerimónia para a tua patrulha a primeira coisa a pensar é:
para que é que vai servir. Ex: para festejar o compromisso de um elemento, para iniciar uma
reunião de patrulha, para a despedida de um elemento, investir um elemento num cargo, etc.

 
Depois de saberes para que vai servir a nova cerimónia deves então escolher: 

 Local;

 Altura do dia; 

 Traje/pinturas; 

 O que é que se vai dizer / fazer; 

 Características que deve ter: curta ou longa, séria ou divertida, secreta ou para
mostrar, surpresa ou dada a conhecer;

 Material necessário.

Que cerimónias de patrulha existem?

A única cerimónia estipulada como responsabilidade de uma patrulha ou melhor, do guia da


patrulha é a investidura de um elemento no seu cargo. A partir daí só tens de pôr a tua a
cabeça a pensar e dar largas à tua imaginação. Cada patrulha é única e aquilo que parece ser
lógico para uma pode não ser para outra. Mas o exagero não serve ninguém. A patrulha deve
ter 3 ou 4 cerimónias ou rituais específicos, que sejam especiais, senão tornar-se-ão uma
banalidade e perderão o impacto. 

Aqui ficam alguns exemplos: 

 Receção de um elemento novo na patrulha; 

 Celebração da 1 a noite em campo de um elemento;

 Investidura de cargo;

 Alvorada;

 Finalização de 2ª ou 3ª etapa; 

 Festejar uma refeição;

 Despedida de um elemento.

Compromisso ao Guia de Patrulha

 
 

Prometo obedecer-te como Guia,

querer-te como irmão mais velho,

ser leal à minha Patrulha

e não desanimar nunca.

Escalpos de Patrulha

O escalpo é uma tradição perdida. Os indígenas da América do Norte arrancavam os escalpos


(couro cabeludo) aos inimigos e ostentavam-nos orgulhosamente como troféus nos seus
totens. Os escalpos dos nossos totens, são igualmente troféus conquistados pelas patrulhas
nas suas "batalhas": um jogo, um acampamento. Os escalpos são feitos pelo Chefe e deverão
ter um "sabor a índio". Um escalpo não convém ser, portanto, um bocado de plástico. A
imaginação aqui é quem manda. Privilegiam-se os materiais naturais como o cabedal e a
madeira. Adicionam-se penas, contas de madeira, missangas, fio de cabedal, placas de
madeira, ramos, etc. O produto final deve ser uma mistura de originalidade e arte. Onde
buscar a matéria prima?

 Penas: um pouco por todo o lado. Para os mais aplicados, sugere-se uma visitinha ao
Parque Ornitológico da Lourosa (a norte, pela Nacional Nº1), riquíssimo em aves e, por
conseguinte, em penas.

 Contas: as de madeira conseguem-se em retrosarias. Mas, nas lojas "dos 150" e "dos
300" vendem-se uns colares cheios de contas de madeira de todos os feitios e
tamanhos, e para todos os gostos. Nalgumas lojas e, mais frequentemente, nas feiras
de artesanato, aparecem umas contas de barro com pinturas "à índio".

 Cabedal: nalgumas lojas de ferragens, drogarias e sapateiros. O mais barato é sempre


comprar retalhos, isto é, restos do cabedal usado para confecionar carteiras, cintos,
botas, etc.

 Ramos: um ramo bastante rugoso pode ser descascado parcialmente, apenas de


maneira a aparecer uma área onde se possam escrever palavras a negro sobre o
branco da madeira.

 Placas de madeira: um pau de gelado, amarrado a uma tira de cabedal, dá um ótimo


local para gravar palavras. Para mais, sempre se pode visitar uma carpintaria. Para os
mais expeditos, sempre se pode dar um saltinho à noite aos contentores do lixo em
locais estratégicos, onde se podem encontrar caixas de fruta, algumas das quais feitas
de madeira bastante clara, leve e “trabalhável”. Aliás, para além de inscrições, as
placas de madeira podem ser esculpidas com formas várias (uma faca, um remo, um
índio).

 Outros acessórios: fio de variado material pode ser usado para enriquecer o escalpo,
especialmente deixando as pontas em rabo de cavalo; bocados de pele com pelo dão
um aspeto ainda mais selvagem; fitas de pano que se podem comprar nas retrosarias;
o "fio-do-norte" ou "fio-de-vela" são ótimos para coser cabedal e dão um ótimo
aspeto.

Ferramentas: embora pareça necessário um grande arsenal de ferramentas, não é preciso


muita coisa. Um canivete bem afiado é essencial, embora em muitos casos seja necessário usar
um "x-ato" e uma régua. Canetas de acetato são imprescindíveis, por causa da proteção à
água, nas principais cores de vermelho, preto e verde. Para gravações a fogo, em madeira ou
cabedal, serve bem um ferro de soldar (eletrónica) dos mais baratos. Um ponteiro de 2-3 mm
de espessura, bem afiado, é ótimo para furar cabedal (para depois passar o fio-do-norte a
fingir uma costura ao redor do escalpo). No cabedal ou madeira a inscrição do motivo do
escalpo: "Melhor patrulha em campo - S. Jacinto - julho 97" ou "1ºLugar - Grande Jogo -
Caramulo", por exemplo.

 
Não há regras definidas para o escalpo, mas a imaginação e bom gosto devem imperar. Não
nos podemos esquecer de que, a patrulha que o ganhar, o irá exibir com orgulho durante anos,
pendurado no seu totem. É bonito de se ver um totem cheio de escalpos, cada um com a sua
história, cada um diferente de todos os outros. Para um escoteiro, é o orgulho da sua patrulha,
as vitórias alcançadas, esforços despendidos, o que ele contribuiu para isso.

Ficha de Cargo de Guia e Subguia de Patrulha

Roland E. Philipps no seu livro O Sistema de Patrulhas disse: "o guia não deve ser, nem ama
seca, nem tenente berrão, nem domador de feras, mas apenas um irmão mais velho que se
segue porque se ama".

Não esquecer ainda a velha máxima do Chefe Pedro Sobreiro do 129: “O Guia não manda, o
Guia orienta!”.

Principais características que um guia de patrulha deve ter:

 Líder - um exemplo a seguir;

 Companheiro - um amigo, dá ajuda e conselhos, compreensivo;

 Comunicativo - diz as suas ideias;

 Leal - de confiança, preocupa-se muito com o que faz;

 Democrático - respeita todas as opiniões da mesma maneira;

 Humilde - não mostra a toda a gente as capacidades que tem e dá valor às dos outros;

 Trabalhador - aplica-se nas suas tarefas;

 Responsável - faz sempre as suas tarefas;

 Assíduo e pontual - chega a horas e não falta;

 Participativo - ajuda em tudo o que é preciso, está sempre pronto.

As funções do Guia:

 Prepara as reuniões de patrulha;

 Diz aos dirigentes a opinião da patrulha;

 Diz à patrulha a opinião dos dirigentes;

 Ajuda e ensina os elementos nas provas de etapa de progresso pessoal;


 Ajuda a resolver problemas na patrulha;

 Escreve os problemas e coisas que a patrulha precise, e leva para o Conselho de Guias;

 Está no Conselho de guias e transmite a opinião da patrulha;

 Leva o totem da patrulha;

 Fala em nome da patrulha sempre que necessário;

 Alimenta o "bom" espírito de patrulha.

As funções do Subguia:

 Ajuda o guia nas tarefas de organização da patrulha;

 Substitui o guia quando ele falta;

 Participa nos conselhos de guias;

 Ajuda e ensina os elementos nas provas de etapa de progresso pessoal.

A eleição do Guia e Subguia:

 Eleição - conselho de patrulha sob orientação da Chefia de Tribo

 Demissão - conselho de guias e conselho de patrulha.

A eleição do Subguia:

Eleição - escolhido pelo guia e aprovado pela patrulha


Demissão - conselho de guias e conselho de patrulha

É importante não esquecer que todos os cargos são muito importantes para a Patrulha estar
bem. Não há nenhum melhor do que o outro.

Na Patrulha o guia deve preocupar-se em dar-se bem:

Com os elementos da patrulha;


Com os dirigentes e com os pais.

Com os elementos da patrulha o guia pode:

 Combinar lanches em casa dos elementos;

 Conhecer as casas e as famílias;

 Ter momentos divertidos: ir ao cinema, lanchar, etc;

 Escrever informações sobre cada um.

Com os dirigentes o guia pode:

 Combinar encontrar-se com o dirigente para desabafar / pedir ajuda;


 Falar sobre todas as coisas, mesmo as que não concorda;

 Organizar atividades com a Patrulha para conhecer a família;

 Combinar com os elementos para conhecer a família de propósito.

O guia não é, nem deve ser:

 O sabichão, saber tudo ou ter a mania que sabe;

 O mandão, mandar em todos ou ser mandado;

 O mauzão, zangar-se quando as coisas estão mal;

 O patrão, delegar tarefas e não fazer nada;

 A carne para canhão, assumir sozinho as responsabilidades de uma situação de


patrulha.

Ficha de Cargo de Mestre de Cerimónias

O Mestre de Cerimónias traz animação à patrulha, e deve ter gosto em inventar e dinamizar
momentos de animação, deve ter algum gosto pela representação e "à vontade" para explicar
as suas ideias aos outros. Desempenha ainda um papel fundamental, em conjunto com o Guia
e Subguia, nas cerimónias da patrulha.

As suas funções são: 

- Organizar as cerimónias da patrulha: grito, refeições, investi duras, etc.;


- Animação das reuniões e das atividades;
- Dinamizar as intervenções da patrulha no Fogo de Conselho; 
- Arranjar trajes e pinturas para a patrulha; 
- Ter um cancioneiro atualizado e completo; 
- Zelar pelo livro de cerimónias da patrulha; 
- Saber como se desenvolve um Fogo de Conselho e os vario tipos de fogueira adequadas as
diferentes situações.

No seu dossier deve possuir: 


Cancioneiro 
Arquivo de todo o tipo de animações e canções, que pode estar dividido por tipos de
animação: jogos, danças, gritos, ou por momento a utilizar: na sede, em campo, com a tribo,
com a patrulha, momentos sérios ou de alegria. É importante que o cancioneiro seja sempre
atualizado e deve ser distribuído aos restantes elementos. Também podem ser feitos
cancioneiros mais pequenos para diferentes atividades.

Livro de cerimónias 
Devem existir cerimónias que só a patrulha deve conhecer e participar e por isso elas devem
estar escritas num lugar secreto que ninguém poder ler a não ser a patrulha.

Manual de animação 
Existe muita documentação feita sobre vários tipos de animação e Fogos de Conselho, que
pode ser muito útil para o desenvolvimento do cargo. Poderá também conter informações
sobre a mística da patrulha.

Ficha de Cargo de Tesoureiro

O tesoureiro deve ser uma pessoa muito responsável e deve ter a confiança da patrulha pois
tem que gerir e organizar a utilização de todo o dinheiro.

São suas funções:

- Organizar o sistema de quotas de patrulha (se a patrulha decidir ter) e registar os seus
pagamentos;
- Verificar se a patrulha tem as quotas de grupo em dia e informar as pessoas que não têm
para pagarem; 
- Calcular os custos finais das atividades (depois de saber quanto gastam o cozinheiro, o guarda
material, os transportes, etc.; 
- Recolher o dinheiro da patrulha antes das atividades e no final devolver o que sobrar ou
economizar para o cofre da patrulha; 
- Apresentar no final de cada atividade um relatório de todos os gastos. Deverá haver faturas e
recibos para comprovar os respetivos gastos.
- Dinamizar e ter ideias para a patrulha angariar dinheiro para atividades e material; 
- Estar sempre em contacto com os outros cargos para saber as despesas que eles têm,
nomeadamente o cozinheiro e o guarda material; 
- Guardar num cofre o dinheiro da patrulha; 
- Saber sempre quanto dinheiro tem a patrulha e, regularmente, apresentar à patrulha e à
chefia um relatório das despesas; 
- Procurar ter noções das melhores formas de poupar dinheiro e também como mantê-lo
(banco, certificados, etc.).

Ideias para angariar fundos para a patrulha:

- Fazer trabalhos manuais para vender (anilhas, quadros de nos, molduras, porta canetas,
marcadores de livros, cadernos, etc.); 
- Ajudar pessoas nos trabalhos de campo e em casa; 
- Tomar conta de animais na ausência dos donos; 
- Fazer festas e feiras; 
- Vender autocolantes;

No seu dossier de cargo deve ter:

- Mapa das quotas - Onde se regista o dia-a-dia das reuniões, os elementos presentes e os que
pagaram quotas. 
- Relatórios - Fichas indicativas de todas as despesas feitas, onde, quando e porquê. Serve para
as atividades assim como para apresentar no final de cada mês ou trimestre.

Ficha de Cargo de Secretário

O secretário deve ser uma pessoa muito organizada com gosto por escrever e ler, e deve
organizar e manter organizados todos os documentos, ficheiros e dossiers da patrulha.

As suas funções são: 

 Redigir as atas das reuniões e conselhos da patrulha ou garantir que sejam redigidas; 

 Apresentar os programas das atividades; 

 Redigir os relatórios que devem ser originais criativos e divertidos. Porém nesta tarefa
toda a patrulha deve participar na sua elaboração que deve ser feita ao longo da
atividade;

 Organizar o Tally da patrulha; 

 Tratar da correspondência da Patrulha, podendo criar um endereço de correio


eletrónico para esta; 

 Anotar as presenças dos elementos nas reuniões e atividades; 


 Organizar toda a documentação relativa às atividades; 

 Assinar em conjunto com o guia as atas das reuniões e conselhos de patrulha.

Para se organizar o Secretário deve ter: 

 Livros de atas onde se registam as atas das reuniões e conselhos de Patrulha;

 Tally, um livro onde constam todos os dados referentes a patrulha, podendo ter fotos
e desenhos, textos dos elementos, testemunhos de antigos elementos da patrulha,
"memórias das atividades", e uma espécie de diário secreto a que só os elementos da
patrulha têm acesso;

 Dossier de programas e relatórios;

 Álbum de fotografias;

 Livro de atividades onde devem ficar guardadas todas as informações relativas as


atividades que a patrulha realizou, os contactos que fez, imagens e folhetos do local,
informações da fauna e flora ou outros, transportes que utilizou com horários e preços
entre outros;

 Mapa de presenças com fichas onde constam as presenças às reuniões e conselhos de


patrulha e se vem de uniforme ou não; 

 Ficheiro da Patrulha - Fichas onde constam todos os dados e contactos dos elementos
da Patrulha, como o nome, morada, telefone, endereço eletrónico entre outros.

Ficha de Cargo: Cozinheiro

O cozinheiro e quem zela pela boa alimentação da sua patrulha. Deve gostar de cozinhar, estar
sempre bem informado sobre a cozinha e os alimentos e sobre os elementos da sua patrulha e
os seus gostos.

As suas funções são: 

- Saber quais as melhores maneiras de cozinhar em campo em fogueira, forno e fogão;


- Aprender a cozinhar sempre novas receitas e ensina-las ao resto da patrulha;
- Saber preparar refeições completas, saudáveis e equilibradas, dizer quais os seus
ingredientes e quantidades necessárias para todos; 
- Saber quais as melhores ementas em função do tipo de atividade para refeições ligeiras para
montanha, para caminhadas, para bicicleta, atividades náuticas, etc. ;
- Distribuir a comida pelos elementos antes das atividades, organizar o seu transporte e
garantir que ela chega lá; 
- Ser o responsável pela cozinha em campo e adequá-la ao tipo de atividade, assim como pela
dispensa, conservação e higiene dos alimentos; 
- Organizar e atualizar o livro de receitas da patrulha; 
- Conhecer os preços dos alimentos e propor os gastos de alimentação para cada atividade,
assim como locais para comprá-la; 
- Conhecer os gostos dos elementos todos assim como as alergias e afins, e ser justo tentando
fazer refeições que agradem a todos; 
- Organizar um lanche durante as reuniões; 
- Distribuir e garantir a conservação dos alimentos no final das atividades.

O seu dossier deve ter:

- Receitas - todas as receitas que conhece ou deseja experimentar, com toda a informação
possível sobre elas como ingredientes, preparação, etc.; 
- Ficha de gostos com as comidas favoritas de cada elemento da patrulha, as que menos gosta,
se e alérgico a alguma coisa, e também os seus dotes de cozinheiro, aquilo que ele sabe fazer
para poder ensinar ao cozinheiro e aos outros; 
- Manual de cozinha - toda a documentação sabre alimentação saudável, cozinha em campo e
noutras situações, cozinha selvagem, fogueiras, etc.

Ficha de Cargo de Guarda Material

O guarda Material e responsável pela organização, aquisição e manutenção do material todo


que a patrulha tem ou utiliza em reuniões e em atividades.

As suas funções são: 

- Fazer um inventário com todo o material da patrulha e mantê-lo atualizado, controlando a


sua utilização; 
- Manter o material limpo e em bom estado; 
- Saber usar muito bem todos os materiais, conhecer as regras de segurança e manutenção a
ter com cada um e ensiná-las à patrulha; 
- Conhecer as melhores maneiras de guardar o material em condições na sede ou em campo,
assim como transportá-lo; 
- Conhecer e fazer a lista de material necessário para as atividades e organizar a divisão e a
compra do mesmo; 
- Dividir o material pela patrulha no inicio da atividade e recolhê-lo e arrumá-lo no final; 
- Em caso de se estragar ou perder algo, devera investigar o que aconteceu e repará-lo o mais
depressa possível; 
- Conhecer locais e preços de onde se pode adquirir material e propor a sua compra quando
ache necessário; 
- Apresentar um relatório, no final do ano, dos custos que a patrulha teve em material, do que
se estragou ou perdeu e o que é necessário comprar; 
- Organizar um dossier onde arquiva toda a documentação relativa ao material, assim como
contactos e locais úteis onde este se pode comprar ou reparar.

Manual de Utilização: 

Deve explicar as principais regras de utilização do material e conservação em campo e na sede.


Este manual deve estar no armário do material, mas cada elemento deve ter um no seu
caderno de escoteiro.

Relatório:

Onde se regista as condições do material antes e depois da atividade e, mensalmente ou


anualmente, as aquisições, perdas e estragos que houve com o material da patrulha.

Material de Patrulha

Material de campo:

- Tenda para 4 a 6 pessoas com prumos e estacas. Tapete de chão e duplos tetos;
- Candeeiro a petróleo, a gás ou a pilhas;
- Panos impermeáveis para toldos os elementos;
- Panos de chão para resguardos e latrinas; 
- Sacos de lona para transporte de material.

Utensílios: 

- Dois machados com resguardo;


- Pá ou enxada; 
- Picareta; 
- Serra ou serrão para madeira; 
- Trado; 
- Lima triangular;
- Pedra de afiar; 
- Pedra de óleo; 
- Maço de madeira ou borracha dura; 
- Rolos de sisal; 
- Ferramentas diversas como pontas diferentes para o trado, martelo, fita métrica, alicate
universal, arame, espias e cordas, formão, grosa, etc.

Material de cozinha: 

- Cantina completa;
- Duas frigideiras;
- Baldes de lona ou bidões para água; 
- Faca de cozinha;
- Concha;
- Escumadeira; 
- Garfo de fritar; 
- Duas colheres de madeira; 
- Abre-latas;
- Saca-rolhas; 
- Pegas; 
- Várias caixas de plástico para acondicionar farinha, café, açúcar, sal, etc.; 
- Fogão a álcool ou gás; 
- Toalha de mesa; 
- Sacos de lona para transporte; 
- Diversos: alguidares para lavagem, fósforos, jornais, palha-de-aço, esfregões, panos da loiça,
etc.

Material de higiene e saúde:

- Papel higiénico;
- Saboneteira com sabão;
- Alguidar de Plástico ou lona; 
- Sacos para o lixo.

Primeiros socorros: 

- Bolsa, bornal ou caixa;


- Agua oxigenada; 
- Álcool a 70°;
- Solução de iodopovidona; 
- Desinfetante cutâneo de base alcoólico;
- Algodão, ligaduras e compressas esterilizadas e simples; 
- Gaze gorda;
- Gaze iodada; 
- Tesoura, pinça, alfinetes de dama, agulhas e linhas;
- Suturas adesivas;
- Termómetro;
- Adesivos e pensos rápidos [diversos) 
- Alguns medicamentos: analgésicos, antipiréticos, anti-inflamatórios, antidiarreicos,
protetores gástricos, antieméticos e anti-histamínicos.

Material Técnico: 

- Cartas topográficas e bolsa de proteção;


- Bússolas; 
- Duplo decímetro, compasso de bicos e curvímetro; 
- Lápis preto e de cores;
- Prancha de desenho, papel e pioneses; 
- Grelha para panorâmicas;
- Cordas e espias;
- Bandeirolas de sinalização; 
- Chave de Código Morse;
- Diversos: apito, apara-lápis, x-ato, transferidor, régua de milésimos.

Material para Fogos de Conselho: 

- Tecidos de cores diversas; 


- Fios para fabricar barbas, bigodes e cabeleiras;
- Cartão e papel para mascaras;
- Caixa de maquilhagem (batons, lápis, base, tintas faciais…); 
- Caixa de costura (agulhas, linhas, botões, alfinetes…); 
- Instrumentos musicais: flautas, pandeiretas, harmónicas, tambor, guitarra, etc.;
- Agrafador.

Material para especialização: 

Exemplos
- Espeleologia - Capacetes, escadas, candeeiros... 
- Montanhismo - Cordas, Pitons, martelos, mosquetões ... 
- Mergulho - Garrafa, coletes, barbatanas, mascaras, cintos...

Material para jogos: 

Este é constituído em função dos jogos que mais gostam e da idade dos participantes. Grande
parte deste material também pode ser fabricada, pelos próprios elementos. 
- Jogos de pista: Lápis de cores, giz, carvão, papelinhos de carnaval, areia ou gesso, vassoura,
seixos, sapatos com pregos ou bengala ferrada… 
- Jogo de prisão: Bandeirolas, lenços, números de cartão ou tecido, cartolinas… 
- Jogos noturnos: apitos, lanternas, bandas refletoras, relógio despertador… 
- Jogos desportivos: Bolas grandes e pequenas, corda para tração, bandeirolas para marcações,
rede de voleibol...

 
Património do canto:

- Mesa e bancos;
- Armários Prateleiras;
- Quadros;
- Arca ou Baú;
- Vareiro;
- Painel; 
- Candeeiro; 
- Rádios;
- Varas;
- Bandeirolas; 
- Diversos: Livro, material de escritório, pequenas ferramentas, recordações, prémios...

Princípios Chave do Sistema de Patrulhas

No Método Escotista o Sistema de Patrulhas desempenha um papel fundamental. A Patrulha


é a unidade base de trabalho deste método e é nas Patrulhas que os jovens aprendem e
desempenham desde cedo diferentes níveis de autonomia e responsabilidade.

Este sistema baseia-se assim nos seguintes aspectos:

 Todos os elementos de uma Patrulha têm um cargo;

 Todos os cargos se ajudam, a Patrulha funciona em conjunto; 

 Quando se distribuem as tarefas todos participam, todos colaboram, divertem-se mais


e o resultado é melhor;

 É importante programar o que se vai fazer, isso faz com a atividade decorra melhor.

 
 

Os cargos: 

 Os cargos não são estanques, há tarefas que podem ser de mais do que um cargo,
desde que a patrulha defina a quem pertence essa tarefa;

 Quando há novas tarefas é necessário reajustar e atribuir a um dos cargos;

 A pessoa deve escolher um cargo relacionado com o que gosta de fazer;

 Todos os cargos se ajudam, a Patrulha funciona em conjunto.

Liderança e Motivação

Aqui ficam as dicas principais para poderes ser melhor líder: 

- O Líder Democrático é o que tem melhores resultados (porque tem o esforço e a ideia de
mais pessoas);

- Se o líder for democrático todos contribuem e todos se sentem mais satisfeitos;

- O Líder tem que partilhar a sua Liderança, ou seja, tem que deixar que a decisão tomada se
forme no grupo e não parta de si; 

- O Líder participa e ajuda a executar todas as decisões do grupo;

- A patrulha tem de confiar no seu Líder e este tem que ser digno da sua confiança;

- O anárquico e o autocrático impedem que a patrulha se desenvolva e criam conflitos,


acabando por perder o respeito e a confiança dos elementos;
- Se o guia para a patrulha se senta, se o guia se senta a patrulha dorme.

Estilos de Liderança 

Anárquico 

É um líder silencioso e pouco ativo. Não toma iniciativa em dar qualquer diretriz. Quando
solicitado responde "tu é que sabes". Não se preocupa com

as tarefas da patrulha nem colabora nelas. Mantém sempre uma atitude amistosa, nunca se
descontrolando. 

Autocrático 

É um líder determinado que sabe sempre o que é melhor para cada um. Dá instruções
específicas a cada um e acompanha o seu correto cumprimento. Não dá ouvidos a qualquer
sugestão do grupo, ignorando ou sobrepondo a uma diretiva sua. Tem uma atitude ríspida e
um tom de voz alto. 

Democrático 

É um líder que respeita os vários elementos do grupo. Propõe a tarefa e define a estratégia a
partir das sugestões dadas. Sempre que solicitado, devolve a pergunta ao grupo. Ex: Vocês o
que é que acham? 

Está atento à tarefa e à realização de cada um, acompanhando individualmente caso seja
necessário. Tem uma atitude de confiança e compreensiva.

Conselho de Guias

O que é? 

O Conselho de guias é um órgão decisor e coordenador da vida e atividades da patrulha e da


Tribo. Poderá também ser um espaço de formação, instrução escotista, de debate e troca de
ideias. 

Sendo tão velho como o próprio movimento escotista, foi uma ideia do próprio Baden-Powell. 

Para que serve? 


O Conselho de Guias serve para as patrulhas, através do seu guia, apresentarem,
coordenarem, e discutirem assuntos relacionados com os problemas e atividades da patrulha e
da Tribo. É no Conselho de Guias que os guias devem apresentar os seus programas de
formação e atividades, expor os problemas relacionados com a vida da patrulha e dos seus
elementos, assim como partilhar experiências e métodos utilizados, para desta forma
contribuírem para o crescimento e evolução das outras patrulhas e da Tribo. E também no
Conselho de guias que os guias deverão pedir ajuda aos outros guias e aos Dirigentes quando
tiverem dificuldades em resolver algum problema. 

Quem assiste? 

No Conselho de Guias estão presentes apenas os representantes das patrulhas: o guia e o


subguia, assim como os Chefes de Tribo, podendo estar presente o Chefe de Grupo. 

Quando e onde se faz? 

O Conselho de Guias deverá realizar-se pelo menos uma vez por mês, podendo ter uma
periodicidade diferente consoante as necessidades do grupo. Poderá e deverá também
acontecer em atividades e, neste caso, diariamente. 

É comum que este aconteça na sede do grupo, logo imediatamente a seguir ao fim das
reuniões de patrulha. No entanto, qualquer hora e qualquer espaço diferente poderão ser
lugar para acontecer o Conselho de Guias. É tudo uma questão de imaginação e bom
planeamento com todos. 

Como funciona? 

O Conselho de Guias é tarefa dos escoteiros e não dos chefes. Os chefes estarão presentes
apenas para esclarecer, ajudar ou aconselhar os escoteiros nas suas decisões. 

Para que o Conselho de Guias funcione bem tem de existir um "presidente" ou "coordenador"
do Conselho de Guias. Este será sempre um guia de patrulha eleito por os demais guias, tendo
como responsabilidades: 

 - Preparar a abertura e encerramento da reunião; 

 - Convocar os restantes guias para os Conselhos de guias; 

 - Recolher as ordens de trabalhos dos outros guias e organizar a ordem de trabalhos da


reunião; 

 - Liderar o Conselho de Guias. 

Para além desta função deverá existir uma outra igualmente importante: o secretário do
Conselho de Guias. 
Poderá ser escolhido por eleição ou escolhido diretamente pelo próprio guia. Este tem como
função fazer um esboço da ata do conselho, contendo a descrição da reunião e as decisões
tomadas. 

Esta ata deverá ser posteriormente escrita pelo secretário, para ser lida, aprovada e assinada
por todos os presentes, no Conselho de Guias seguinte. 

Estes cargos deverão ser rotativos 

A tua voz é a voz da patrulha. 

Estar presente num Conselho de Guias é muito mais do que estar numa reunião com
escoteiros e dares a tua opinião sobre algum assunto ou tema. É preciso não esquecer que
cada guia representa uma patrulha, com elementos próprios e opiniões diferentes. Por isso,
são funções do guia, falar sobre questões que sejam pertinentes para os restantes elementos.
Se a tua patrulha tem alguma coisa a dizer ao grupo, alguma proposta ou projeto interessante
a propor, ou, algum assunto que precise de ser esclarecido, é função do guia, levar essas
questões a Conselho de Guias. És a voz de todos os teus elementos. 

O Conselho de Guias também é uma patrulha. 

No Movimento Escotista chamamos a um grupo de rapazes e/ou raparigas, mesmo pata


tenras, uma patrulha. 

Então o que dizer de um grupo de rapazes e/ou raparigas que são. Todos guias ou subguias? 

Serão também uma patrulha? Claro que sim. Não melhor ou pior do que as outras, mas uma
patrulha diferente, com responsabilidades acrescidas e um espírito que deverá ser um
exemplo para todos. 

Uma patrulha onde não que é qualquer um que entra.

E como qualquer patrulha, deverá ter uma mística e rituais próprios, simbologias que só ela
conhece. 

O guia de Tribo tem uma responsabilidade acrescida neste campo pois é ele que tem a função
de preparar as aberturas do Conselho de guias ou de, pelo menos, delegar esta
responsabilidade num outro guia pertencente ao Conselho de guias, num momento de maior
aperto ou menor inspiração. 

Tudo o que se passa dentro desta patrulha deve permanecer secreto. As decisões do conselho
de guias são secretas. Este sigilo é um privilégio apenas de alguns. Somente as decisões
respeitantes a todo o grupo deverão ser transmitidas em Conselho de Tribo ou pelos guias às
patrulhas. Tudo o resto deverá ficar no secretismo do Conselho. 

Se um pata tenra mais curioso quiser saber demais apenas terás de lhe dizer que com esforço
e empenho, um dia também ele será guia, e nessa altura ficará a saber. 
Organização de atividades de Patrulha

Existem diferentes tipos de atividades. Cada tipo de atividade tem características próprias e
exigências próprias na sua organização. 

São exemplos de atividades: 

 Acampamentos;

 Canoagem;

 Corridas de orientação; 

 Expedições pedestres;

 Expedições de bicicleta; 

 Expedições náuticas;

 Expedições fotográficas; 

 Mini estudos etnográficos em aldeias;

 Jogos de simulação de situações reais; 

 Teatro;

 Exercícios de treino de proteção civil;

 Role Plays (jogos de desempenho de papeis - personagens); 

 Montanhismo;

 Cinema de animação; 

 Radioamadorismo;

 Atividades de sobrevivência;

 Edição de Jornais;

 Programas em vídeo (audiovisuais);

 Teatro de fantoches;

 Visitas de estudo.

Normalmente as atividades de patrulha são organizadas pela patrulha, sendo as atividades de


Tribo organizadas ao nível global da Tribo, pelo Conselho de Guias ou em sistema de Aventura
na Tribo de Escoteiros e em sistema de Expedição na Tribo de Exploradores. 
O papel dos Dirigentes é muito importante no acompanhamento, por isso deverás partilhar
todos os passos da preparação com o teu Dirigente, colocando-lhe as questões e as dúvidas
que tiveres. 

Quando organizas uma atividade - independentemente da sua dimensão - deves preocupar-te


com vários aspetos. De qualquer forma, deves garantir que distribuis estas preocupações por
todos os elementos da tua patrulha, e que cada um deles ficará com responsabilidades na
organização da atividade. 

Aspetos a considerar: 

Local 

 Tem as condições para o tipo de atividade que pretendem? 

 A quem se pede autorização para utilizar? 

 Como se chega lá? Que transportes temos? 

 Temos água potável? 

 Como podemos tomar banho? 

 Que alternativas temos em caso de muito mau tempo? 

Programa 

 Que vamos fazer na atividade? 

 Quem fica responsável pelas várias partes do Programa?

Segurança 

 - O material de primeiros socorros está em condições? 

 - Quais os meios de socorro que temos próximo da atividade (guardar o nº de telefone


dos bombeiros, da GNR, etc.)? 

 - Todos os elementos estão inscritos no Grupo e com o seguro em dia? 

Custo 

 Quanto custará a atividade? 

 Teremos de fazer uma atividade de recolha de fundos? 

Material 
 Qual a lista de material necessária para a atividade? 

 Quem fará a requisição de material? 

Calendarização 

 Quando vamos realizar a atividade? 

 Compatível com o programa de Grupo e de Tribo? 

 É conveniente à maioria dos elementos da patrulha? 

Transporte 

 Qual o melhor meio de transporte? 

 Temos necessidades especiais de transporte de algum material (canoas, bicicletas,


etc.)? 

Alimentação 

 Qual é a ementa? 

 Onde podemos comprar alimentos? Ou temos de levar tudo ao princípio? 

 Temos condições para guardar a comida?

Planificar Reuniões de Patrulha

Para cumprir as suas funções, o Guia tem ao seu alcance uma ferramenta muito importante:
planificação. Planificar não é mais do que organizar com antecedência. Como diz o provérbio:
“se não sabes para onde vais, nunca vais saber se lá chegaste". A planificação permite-nos
saber "se já lá chegámos", ou o que ainda falta!

Planificar é importante porque permite ao Guia:

1. Organizar- pode saber com antecedência o que vai ter que fazer;

2. Distribuir responsabilidades- sabendo de antemão o que se vai fazer, não é necessário


fazer tudo sozinho, pode-se partilhar responsabilidades com os restantes elementos
da patrulha;
3. Motivar os elementos- se tiveres responsabilidades distribuídas, todos os elementos
se vão sentir mais participativos na patrulha, logo mais envolvidos e com maior
espírito;

4. Apoiar a Tribo e os Dirigentes - Se tiveres a tua patrulha "organizada" vai ser mais fácil
manteres os dirigentes informados e as tarefas da tua patrulha em ordem.

Interessa não esquecer que é importante fazer os escoteiros participarem em todas as etapas
da aventura, tal qual a dinâmica de projeto, sem lhes tirar o sabor a mistério e inesperado -
fatores essenciais para a maioria das atividades da Tribo.

Planificação das reuniões de patrulha

O dia-a-dia da patrulha é passado nas reuniões de patrulha. E aqui que semanalmente o Guia
pode perceber como vai a sua patrulha, quais os assuntos a tratar e é aqui que se podem
motivar os elementos.

No caso da Tribo de Escoteiros, o Guia deverá procurar planificar com duas reuniões de
avanço. No caso da Tribo de Exploradores, o Guia poderá ter um mês planificado, para saber o
que vai acontecer ao longo desse período.

Quantas vezes o Guia não vê os seus elementos a desaparecer, sem saber porquê.  No
entanto, se olhar para as reuniões, são sempre momentos chatos, sem qualquer objetivo e
sem muita dinâmica.

É ao Guia que compete dirigir a reunião de patrulha. "Dirigir" não significa "mandar na
reunião" ou "ter que fazer tudo na reunião". Significa, antes de mais, organizar a reunião.

As reuniões devem ocorrer de preferência ao ar livre, como a maior parte das atividades
escotistas. Se não for possível ser toda ao ar livre, dever

ás evitar a todo o custo que a reunião seja toda dentro da sede. Faz um jogo no exterior ou
marquem umas quantas reuniões em sítios engraçados.

As reuniões têm momentos muito diversos, abordando assuntos diferentes:

 Informações (assuntos pendentes, informações da chefia, informações para a próxima


atividade);

 Tesouraria (cobrança quotas, atividades de recolha de fundos);

 Registos (atas, relatórios, presenças);

 Formação (provas, técnica especifica para uma atividade);

 Material (verificação, conservação, requisições);

 Animação (divertimento, atividade, canção);

 Jogo (Jogo do Kim, futebolada, seguir pistas, etc);

 Planificação (atividades de patrulha, bivaques, etc);


 Cerimónias (investiduras de cargo, receção ou despedida de um elemento).

Progresso, formação e o papel do Guia de Patrulha

O que é o progresso e para que serve?

O progresso escotista pretende dar a cada escoteiro um conjunto de capacidades e


ensinamentos para o dia-a-dia e para a vida.

É progressivo porque pretende, passo a passo, aumentar os conhecimentos, melhorando os já


existentes ou dando outros. Por outro lado, atribui a pouco e pouco mais responsabilidades.

No escotismo não se aprende só a partir do progresso escotista. Aprende-se também através


das reuniões, das caminhadas, dos acampamentos, dos trabalhos, dos Fogos de Conselho, das
animações, dos jogos, dos bivaques, etc.

A patrulha deve realizar atividades onde o progresso possa estar presente e de acordo com as
necessidades, dificuldades e interesses dos diferentes elementos da patrulha.

Quem é responsável pela formação dos escoteiros?

O Guia de Patrulha é o responsável por instruir os seus elementos. Pode fazê-lo nas reuniões
de patrulha ou nas atividades desenvolvidas pela patrulha ou Tribo.

O Guia é responsável pela patrulha até na formação de cada elemento.

O Guia de Patrulha tem que conhecer todos os seus elementos, as suas dificuldades,
necessidades e interesses. Só assim pode instruir e ajudar os seus elementos a superar as
dificuldades que têm em algumas provas.

Assim, o Guia de Patrulha deve de ser o elemento com mais progresso da patrulha. Tem de
estar sempre um passo à frente dos seus elementos, devendo saber para si e para ensinar aos
outros.

Deve procurar aperfeiçoar aquilo que sabe e que já ensinou, tentando aprender sempre o mais
possível.

Quando tem dificuldades ou necessita de ajuda deve solicitar aos seus dirigentes.

Aspetos importante que o Guia de Patrulha ter em conta quando instrui os seus elementos.
Quando vai instruir, o Guia de Patrulha deve saber exatamente aquilo que pretende ensinar e
o resultado que pretende obter.

Deve fazer uma lista de verificação das necessidades formativas dos seus elementos, bem
como da instrução que estes necessitam, por exemplo, para a realização de uma atividade,
caminhada, acampamento, inter-patrulhas.

Assim, tem de se certificar que tem os conhecimentos necessários ou se deve pedir ajuda.

Métodos e técnicas que o Guia de Patrulha pode utilizar para instruir os seus elementos:

 As sessões de instrução podem ter duas partes: uma primeira teórica e outra prática;

 Nunca devem de ser só teóricas. Isto porque aprendemos melhor quando praticamos e
experimentamos e o método Escotismo passa por isso mesmo, "aprender fazendo"; 

 A forma de ensinar tem de ser prática, original e atraente;

 Assim, para se explicar uma prova podemos ensinar de várias maneiras: simulações,
jogos, canções, animações, representações, prática.

Exemplos práticos que se podem utilizar para dar instrução:

Lenda de S. Jorge - para se ensinar esta prova pode-se fazer uma dramatização com a
patrulha, podendo apresentá-la num Fogo de Conselho, o que vai facilitar a compreensão e a
memorização da história.

Nós - a forma mais fácil será aplicar na prática. Por exemplo, durante um bivaque de
pioneirismo, antes de um acampamento, pode-se exemplificar e fazer o nó em simultâneo
com todos os elementos da patrulha e de seguida aplicar a utilização desse mesmo nó. Pode-
se ainda fazer um concurso entre os elementos das patrulhas, podendo avaliar-se a rapidez,
destreza, quem consegue fazer atrás das costas, etc.

Sinais de pista - pode-se fazer um jogo com a Tribo. Combina-se entre os diferentes Guias da
Patrulhas, em que as patrulhas, à indicação do Guia, têm de construir o sinal de pista com os
corpos de todos elementos.

Conhecer a utilização do lenço de escoteiro em primeiros socorros - pode-se idealizar uma


catástrofe ou um acidente em que alguns dos elementos da patrulha precisam de ser
socorridos e os restantes elementos aplicam os primeiros socorros utilizando o lenço dos
escoteiros.

Conhecer a constituição, objetivos e fundamento dos Organismos Mundiais e Regionais do


Escotismo - Pode-se combinar com todos os elementos da patrulha uma reunião de Patrulha
em casa de um dos elementos, onde se possa fazer uma pesquisa na Internet sobre este
assunto.

Existem mil e uma formas de ensinar e se ser criativo na instrução dos elementos da patrulha.
Por isso, Guia põe a tua imaginação a funcionar!
Simbologia da Patrulha

Para sua organização, cada patrulha deverá dispor de algumas "ferramentas" que facilitam o
bom funcionamento e espírito da patrulha.

Canto de patrulha

Deve ser construído tendo em conta, não só a mística relacionada com o animal totem da
patrulha, mas também tendo em conta a sua funcionalidade. Um canto de patrulha organizado
deve ter lugar para arrumação de: 
- Material de atividades;
- Dossiers de patrulha;
- Varas de escoteiro;
- Recordações.

Arquivo

Se queres que a tua patrulha faça "história" no grupo deves considerar de extrema
importância a organização do dossier ou dossiers de patrulha onde ficarão todos os registos de
atividade da tua patrulha. Nenhum pormenor deve ser deixado ao acaso. Eis alguns exemplos
de itens que podem existir nos dossiers. Vais ver que facilita muito o trabalho da patrulha:
- Programação de reuniões; 
- Fichas com nome, morada, telefone dos elementos; 
- Programas;
- Relatórios;
- Mapas de presença; 
- Projetos de patrulha; 
- Secretaria com atas e relatórios; 
- Tesouraria com receitas e despesas das atividades, projetos de angariação de fundos, 
orçamentos de atividades; 
- Intendência com horários e preços de transportes, material de atividades; 
- Cancioneiro;
- Jogos e animações; 
- Provas;
- Correspondência; 
- Locais de acampamento.

Mística

É importante guardar registos da mística da patrulha. Chama-se "tally" ao caderno de honra de


uma patrulha. Todas devem ter um. Eis algumas coisas que devem ficar registadas: 
- História da patrulha com data de fundação, elementos fundadores, escolha do animal totem,
grito e lema; 
- Locais secretos da patrulha; 
- Cerimónias;
- Gritos;
- Rituais; 
- Mensagens pessoais de elementos que saem, chefes, outras patrulhas.

Totens de Patrulha

Baden Powell dizia que cada Patrulha num Grupo deveria ter o nome de um animal e que era
bom critério escolher apenas animais e aves que se possam encontrar na região.

Baden Powell achava também que "Cada escoteiro deve saber desenhar sumariamente o
animal da patrulha e servir-se do desenho como assinatura."

Aqui ficam os desenhos feitos pelo próprio BP, de todos os animais que escolheu como
possíveis para uma patrulha.

  

Antílope Morcego Urso


Jacaré Texugo
Azul escuro e Azul claro e Castanho e
Verde e caqui Lilás e branco
branco preto preto

Alcaravão Búfalo
Castor Melro Touro
Cinzento e Vermelho e
Azul e amarelo Preto e caqui Vermelho
verde branco
Cão de Fila Tetraz Gato Gralha Cobra Capelo

Azul claro e Castanho e Cinzento e Preto e Alaranjado e


castanho cinzento castanho vermelho preto

Galo Galeirão
Corvo Marinho Cuco Maçarico
Vermelho e Púrpura e
Preto e cinzento Cinzento Verde
castanho cinzento

Rola Elefante Falcão


Águia Raposa
Cinzento e Púrpura e Castanho e
Verde e preto Verde
branco branco alaranjado

Tarâmbola
Ganso-Patola Cerceta Lagópode
Dourada Açor
Amarelo e azul Castanho e Castanho claro
Alaranjado e Cor de rosa
escuro verde e escuro
cinzento

Hipopótamo Hiena
Garça Cavalo Cão
Cor de rosa e Amarelo e
Cinzento Preto e branco Alaranjado
preto branco

Chacal Canguru Francelho Guarda Rios Leão


Cinzento e Vermelho e Azul escuro e Amarelo e
Azul de alcião
preto cinzento verde vermelho

Esmerilhão Mangusto Lontra


Noitibó Mocho
Azul escuro e Castanho e Castanho e
Preto e amarelo Azul
castanho alaranjado branco

Pelicano Pinguim
Pantera Pavão Pavoncino
Cinzento e Branco e
Amarelo Verde e azul Verde e branco
roxo alaranjado

Tadorna Papagaio do
Faisão Coati
Castanho e mar Carneiro
Castanho e cinzento Preto e
Cinzento e Castanho
amarelo castanho
  amarelo

Cobra
Rinoceronte Gaivota Foca
Cascavel Corvo
Azul escuro e Azul claro e Vermelho e
Cor de rosa e Preto
alaranjado escarlate preto
branco

Esquilo
Squa Narceja Gazela
Veado
Cinzento e
Azul escuro e Azul escuro e Escarlate e
vermelho Roxo e preto
caqui escarlate amarelo
escuro
Estorninho Cartaxo Petrel Cisne
Cegonha
Preto e Castanho e Azul escuro e Azul escuro e
Azul e branco
amarelo preto cinzento cinzento

Noitibó
Andorinhão Tigre Morsa Americano Pato Marreco

Azul escuro Roxo Branco e caqui Amarelo e Caqui


castanho

Javali
Lobo Galinhola Pica-pau Pombo Bravo
Cinzento e cor
Amarelo e preto Castanho e lilás Verde e roxo Azul e cinzento
de rosa

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