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MATERIAIS - SOLO
Solo, do latim solum, o material da crosta terrestre, não consolidado, que
ordinariamente se distingue das rochas, de cuja decomposição em geral provêm, por
serem suas partículas desagregáveis pela simples agitação dentro da água
[Holanda, A. Buarque de].
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SOLO - ORIGEM
-Divididos em dois grandes grupos: Residuais e Transportados.
SOLOS RESIDUAIS
-Bastante comuns no Brasil, principalmente na região Centro-Sul, em função do
próprio clima.
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SOLOS RESIDUAIS
-Não existe um contato ou limite direto e brusco entre o solo e a rocha que o
originou.
-Passagem gradativa entre eles, separação de pelo menos duas faixas distintas;
aquela logo abaixo do solo propriamente dito, que é chamada de solo de alteração
de rocha, e uma outra acima da rocha, chamada de rocha alterada ou rocha
decomposta (Figura 1).
SOLOS RESIDUAIS
-Subdividido em maduro e jovem, segundo o grau de decomposição dos minerais.
-Material que não mostra nenhuma relação com a rocha que lhe deu origem. Não se
consegue observar restos da estrutura da rocha nem de seus minerais.
-As espessuras das quatro faixas descritas são variáveis e dependem das condições
climáticas e do tipo de rocha.
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SOLOS RESIDUAIS
-A ação intensa do intemperismo químico nas áreas de climas quentes e úmidos
provoca a decomposição profunda das rochas com a formação de solos residuais,
cujas propriedades dependem fundamentalmente da composição e tipo de rocha
existente na área.
-Não se deve imaginar que ocorra sempre uma decomposição contínua, homogênea
e total na faixa de solo (regolito). Isso porque em certas áreas das rochas pode haver
minerais mais resistentes à decomposição, fazendo com que essas áreas
permaneçam como blocos isolados.
SOLOS TRANSPORTADOS
-Os solos transportados formam geralmente depósitos mais inconsolidados e fofos
que os residuais, e com profundidade variável.
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SOLOS TRANSPORTADOS
-Solo de Aluvião: Os materiais sólidos que são transportados e arrastados pelas
águas e depositados nos momentos em que a corrente sofre uma diminuição na sua
velocidade constituem os solos aluvionares ou aluviões.
SOLOS TRANSPORTADOS
-Solos Eólicos: São de destaque, apenas os depósitos ao longo do litoral, onde
formam as dunas, não sendo comuns no Brasil.
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FASE SÓLIDA
-Constituída por partículas ou grãos de dimensões, forma e natureza química e
mineralógica variáveis, decorrentes da rocha de origem e dos fatores que intervieram
na formação do solo.
-Essas partículas podem estar soltas ou agrupadas, mantendo-se unidas pela ação
de colóides minerais ou orgânicos, que atuam como um cimento.
FASE LÍQUIDA
-A fase líquida não pode ser encarada de uma forma independente, porque a água
se apresenta nos solos sob diversos aspectos, com propriedades que podem variar
totalmente da água livre.
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FASE LÍQUIDA
d) Água capilar: é aquela que, nos solos de grãos finos, sobe pelos interstícios
capilares deixados pelas partículas sólidas, além do plano determinado pela água
livre. A capilaridade constitui uma das mais importantes manifestações da existência
das três fases: sólido, líquido e gás. A coesão e o fenômeno de contração das argilas
são explicados através da ação capilar existente nos solos;
FASE GASOSA
-Consiste nos vazios deixados pelas fases sólida e líquida, e é constituída por ar,
vapor d‘água e carbono combinado.
-A fase gasosa é muito importante nos estudos de consolidação dos aterros, quando
há necessidade de calcular as tensões neutras desenvolvidas, em função da
redução de volume da fase gasosa.
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TERMINOLOGIA PARA ROCHAS E SOLOS
-A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) elaborou a TB-3 Terminologia
de Rochas e Solos, ABNT NBR 6502:1995.
b) Areia: é a fração do solo que passa na peneira de 2,00 mm (nº 10) e é retida na
peneira de 0,075 mm (nº 200);
d) Areia fina: é a fração compreendida entre as peneiras de 0,42 mm (nº 40) e 0,075
mm (nº 200);
e) Silte: é a fração com tamanho de grãos entre a peneira de 0,075 mm (nº 200) e
0,005 mm;
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TERMINOLOGIA PARA ROCHAS E SOLOS
-Na natureza, os solos se apresentam, quase sempre, compostos de mais de uma
das frações acima definidas. Uma dada fração, nesses casos, pode influir de modo
marcante no comportamento geral dos solos (principalmente os naturais). Há
necessidade de levar em conta todas as propriedades, além da distribuição
granulométrica. Sob esse aspecto, então, empregam-se as seguintes denominações:
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TERMINOLOGIA PARA ROCHAS E SOLOS
-Com isso podemos um mesmo solo designado de duas maneiras diversas,
conforme o critério adotado:
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CARACTERÍSTICA DOS GRÃOS
GRANULOMETRIA (DNER - ME 051/94 E DNER - ME 080/94)
-A Tabela 2 abaixo, indica as aberturas das malhas das peneiras normais da ASTM
mais usadas nos laboratórios rodoviários.
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CARACTERÍSTICA DOS GRÃOS
GRANULOMETRIA (DNER - ME 051/94 E DNER - ME 080/94)
IP = LL - LP
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CARACTERÍSTICA DOS GRÃOS
LIMITES DE CONSISTÊNCIA
-Este índice define a zona em que o terreno se acha no estado plástico e, por ser
máximo para as argilas e mínimo para as areias, fornece um valioso critério para se
avaliar o caráter argiloso de um solo.
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CARACTERÍSTICA DOS GRÃOS
Ensaio do Limite de Plasticidade (DNER-ME 082/94)
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CARACTERÍSTICA DOS GRÃOS
Índice de Grupo
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CARACTERÍSTICA DOS GRÃOS
Ensaio de Compactação (NORMA DNIT 164/2013-ME)
-O ensaio original para determinação da umidade ótima e da massa específica
aparente seca máxima de um solo é o ensaio de Proctor, proposto em 1933, pelo
engenheiro americano que lhe deu o nome.
-Este ensaio, hoje em dia conhecido como ensaio normal de Proctor (ou AASHTO
Standard), padronizado pelo DNER, consiste em compactar uma amostra dentro de
um recipiente cilíndrico, com aproximadamente 1000 cm3, em três camadas
sucessivas, sob a ação de 25 golpes de um soquete, pesando 2,5 kg, caindo de 30
cm de altura.
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CARACTERÍSTICA DOS GRÃOS
Ensaio de Compactação (NORMA DNIT 164/2013-ME)
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CARACTERÍSTICA DOS GRÃOS
Ensaio de Compactação (DNER - ME 129/94)
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CARACTERÍSTICA DOS GRÃOS
Ensaio de Compactação (DNER - ME 129/94)
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CARACTERÍSTICA DOS GRÃOS
Índice de Suporte Califórnia (California Bearing Ratio) (DNER – ME 049/94)
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CARACTERÍSTICA DOS GRÃOS
Índice de Suporte Califórnia (California Bearing Ratio) (DNER – ME 049/94)
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CARACTERÍSTICA DOS GRÃOS
Índice de Suporte Califórnia (California Bearing Ratio) (DNER – ME 049/94)
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CARACTERÍSTICA DOS GRÃOS
Índice de Suporte Califórnia (California Bearing Ratio) (DNER – ME 049/94)
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CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Classificação TRB (Antigo HRB)
-As principais divisões são: solos de granulação grossa (mais de 50% em peso retido
na peneira nº 200), solos de granulação fina (mais de 50% em peso passando na
peneira nº 200) e solos altamente orgânicos (facilmente identificáveis pelo seu
aspecto).
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CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Sistema Unificado de Classificação de Solos (SUCS)
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CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Outras duas classificações:
-MCT;
-Classificação Resiliente.
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
-É a parte do projeto que analisa o comportamento dos elementos do solo no que se
refere diretamente à obra. Os estudos geotécnicos, de um modo geral podem ser
assim divididos:
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ESTUDOS GEOTÉCNICOS
-Os estudos geotécnicos para um Projeto de Pavimentação compreendem:
Reconhecimento do Subleito;
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Reconhecimento do subleito
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ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Reconhecimento do subleito
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Reconhecimento do subleito
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ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Reconhecimento do subleito
b) Realização dos ensaios já citados nas amostras das diversas camadas de solo
para um posterior traçado dos perfis de solos.
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Reconhecimento do subleito
-São usadas, na descrição das camadas de solos, combinações dos termos citados
como, por exemplo, pedregulho areno-siltoso, areia fina-argilosa, etc.
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ESTUDOS GEOTÉCNICOS
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Reconhecimento do subleito
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ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Reconhecimento do subleito
-Para fins de estudos estatísticos dos resultados dos ensaios realizados nas
amostras coletadas no subleito, as mesmas devem ser agrupadas em trechos com
extensão de 20 km ou menos, desde que julgados homogêneos dos pontos de vista
geológico e pedológico.
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Reconhecimento do subleito
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ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Reconhecimento do subleito
Com base na Tabela 26, é feita separadamente, para cada grupo de solos da
classificação TRB, uma análise estatística dos seguintes valores:
O DNIT tem utilizado o seguinte plano de amostragem para a análise estatística dos
resultados dos ensaios:
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Reconhecimento do subleito
-Chamando X1, X2, X3 ...., Xn, os valores individuais de qualquer uma das
características citadas, tem-se:
onde:
N = Número de amostras
X = valor individual
͞x =média aritmética
σ = desvio padrão
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ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Reconhecimento do subleito
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Reconhecimento do subleito
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ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Reconhecimento do subleito
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Estudo das Ocorrências de Materiais para Pavimentação
a) Prospecção Preliminar;
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ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Estudo das Ocorrências de Materiais para Pavimentação
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Estudo das Ocorrências de Materiais para Pavimentação
b) Coleta-se em cada furo e para cada camada, uma amostra suficiente para o
atendimento dos ensaios desejados. Anota-se as cotas de mudança de camadas,
adotando-se uma denominação expedita que as caracterize. Assim, o material
aparentemente imprestável, constituinte da camada superficial, será identificado com
o nome genérico de capa ou expurgo. Os outros materiais próprios para o uso, serão
identificados pela sua denominação corrente do lugar, como: cascalho, seixos, etc;
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ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Estudo das Ocorrências de Materiais para Pavimentação
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Estudo das Ocorrências de Materiais para Pavimentação
*Caso o Limite de Liquidez seja maior que 25% e/ou índice de plasticidade, maior
que 6, poderá o solo ser usado em base estabilizada, desde que apresente
Equivalente de Areia maior que 30%, satisfaça as condições de Índice Suporte
Califórnia e se enquadre nas faixas granulométricas citadas adiante.
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ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Estudo das Ocorrências de Materiais para Pavimentação
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Estudo das Ocorrências de Materiais para Pavimentação
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ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Estudo das Ocorrências de Materiais para Pavimentação
-No que se refere às pedreiras, será obedecido o que recomenda a Norma ABNT
6490/85 (NB-28/68), para "Reconhecimento e Amostragem para Fins de
Caracterização das Ocorrências de Rochas".
A coleta de amostras de rochas para serem submetidas aos ensaios correntes de:
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Estudo das Ocorrências de Materiais para Pavimentação
-Os resultados das sondagens e dos ensaios dos materiais das amostras das
ocorrências de solos e materiais granulares são apresentados através dos seguintes
elementos:
a) Boletim de Sondagem;
b) Quadro-resumo dos Resultados dos Ensaios;
c) Análise estatística dos Resultados (Figura 39);
d) Planta de Situação das Ocorrências (Figura 40);
e) Perfis de Sondagem típicos (Figura 41)
-Os resultados das sondagens e dos ensaios dos materiais rochosos (Pedreiras) são
também apresentados de maneira similar às ocorrências de solos e materiais
granulares, sendo apontado para cada pedreira a designação de P1, P2 etc... (Ver
Figura 40).
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ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Estudo das Ocorrências de Materiais para Pavimentação
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Estudo das Ocorrências de Materiais para Pavimentação
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ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Estudo das Ocorrências de Materiais para Pavimentação
BIBLIOGRAFIA
-MEDINA, J., 1997, Mecânica dos Pavimentos. 1ª edição, 380 p. Rio de Janeiro-RJ,
Editora UFRJ.
-Manual de pavimentação. 3.ed. – Rio de Janeiro, 2006. 274p. (IPR. Publ., 719).
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