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O CAPITALISMO
TARDIO
CONTRIBUIÇ)í.O À REVISÃO CRÍTICA DA FORMAÇÃO E
DO DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA BRASILEIRA
Prefacio.
Luiz Gonzaga d2 Mrllo B<lliu;:zo
editora brasiliense
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ISBN: 85-11-09010-X
Primeira edição. 1982
sa edição, 1991
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IMPRESSO NO BRASIL
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pelos escaninhos do entendimento daqueles
que, como quase todos nós, receberam a
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mesma formação."
Lord Keynes
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lndice
Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
CONCLUSÃO 175
BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . .. .. .. . . .. . . . . . . . . .. . . . . . 178
Prefácio
Este é um livro que ganhou fama, antes mesmo de ser publi
cado. Desde 1975 quando João Manuel aprese ntou O Capitalismo
Tardio c om o tese de doutoramento, a s cópias xerografadas circu
lam pelo Brasil inteiro, cada vez menos legíveis pela incessante
reprodução. O autor, como de hábito , ignorou sistematicamente o
sucesso de seu trabalho clandestino e desdenhou os elogios. Absor
veu as objeções com o mesmo rigor com que costuma avaliar os
méri!os de sua própria obra. Por isso desapontou os críticos com
o silêncio e suportou os ap elos para publicar o livro, com o desa
pego dos que já estão pensando novas questões. A distância que
João Manuel guarda em relaçiío a seus trabalh o s tenninados é
proporcional à intimidade que mantém com o pen s amento vivo e
questionado r.
O CAPITALISMO TARDIO 21
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(IS) Todas as dificuldades decorrentes da introdução das classes
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sociais no corpo teórico cepalino aparecem, em cheio, no con
ceito de marginalidade social, que deveria reter a especüicidade
maior da estrutura de cl ·. t;.aJ.Ueticanas .
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Capítulo I
AS RAÍZES DO CAPITALISMO RETARDATÁRIO
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compulsório . Isto, no máximo, como sublinhou F. Navais,
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38 JOÃO MANUEL CARDOSO DE MELLO
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48 JOÃO MANUEL CARDOSO D E MELLO
período iniciaL que se enr:er ra. digamos, entre 1930 e 1 9 4�) ' '6'
(28) Cf. 'P. SANTI, "El debate sobre el imperialismo em los clasicos
del Marxismo", em R. BANFI et alü, op. cit., pp. 40/4 1 .
(29) Para a exportação de capitais britânieos entre 1 8 8 0 e 1 900, cf.
RIPPY, op. cit. e STONE, op. cit.
O CAPITALISMO TARDIO 53
·l
café eram objeto de propriedade ou posse. Requerer-se-ia,
portanto, capital-dinheiro para adquiri-la, e despesas de vulto
para a confirmação dos direitos dos que estivessem munidos
de títulos ou para validação da posse. <34>
...
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(32) Cf. Maria Sylvia Carvalho FRANCO, Homens Livres na Ordem
. Escravocrata, São Paulo, Instituto de Estudos Brasileiros, 1 969,
i.R p. 169.
(33) Ver sobre o assunto: C. FURTADO, Formação Econômica do
Brasil, S. Paulo, F..ditora Nacional, 1 1 .' edição, 1971, p. 114; Caio
PRADO Jr., Fonnação do Brasil Contemporâneo, 4.' edição, São
Paulo , Brasiliense, 1953, pp. 72 e segs .
(34) Cf. S. STEIN, op. cit., pp. 14 e segs. e P. MONBEIG, "As estru·
turas agrárias da faixa pioneira paulista", em Novos estudos de
Geografia Humana Brasileira, São Paulo, Difusão Européia do
Livro , 1957, pp. 108/1 10.
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56 JOÃO MANUEL CARDOSO DE M ELLO '
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58 JOÃO MANUEL CARDOSO DE MELLO
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a ser atingida. Vale dizer, manter o nível da produção ou
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crescer significava nada mais nada menos que, coeteris
paribus, co rt ar a taxa de lucro da economia cafeeira. Uma
vez que não se poderia esperar que cada emp res ário ca feeiro
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� reduzisse sua taxa de lucro para assegurar a acum.u1 ação d a
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cializado na cri ação , o que ocorreria quando os preços dos
escravos se elevassem de modo a tornar esta atividade
lucrativa. Que 8 empresa cafeeíra pudesse suportar ou não
(45) Cf. Maria Sylvia CARVALHO FRANCO, Op. cit., pp. 171/172 e 176.
(46) Cf. S. STEIN, Op. cit., p. 36.
O CAPITALISMO TARDIO 69
(48) Cf. para preços de escravos: S . STEIN, Op. cit., p. 269; para a
marcha do café: S. MILLIET, Roteiro do Café e Outros Ensaios,
edição definitiva, S. Paulo, BIPA, 7/75.
(49) Sobre o cultivo predatório, Cf., por exemplo, S. STEIN, Op. cit.;
sobre a elevada taxa de exploração , Emília VIOTI'I DA COSTA'
Op. cit.
(S O) Para importações e preços de escravos, ver S. STEIN, Op. cit.;
para custos de transportes, Emília VIOTTI DA COSTA, Op. cit.;
para a marcha do café, S. MILLIET, Op. cit.
O CAPITALISMO TARDIO 71
(55 ) Cf. Emília Viotti da Costa, Op. cit., pp. 173 e segs. e S. STEIN,
Op. cit.
O CAPITALISMO TARDIO 73
(56) Cf., por exemplo, Nícia Villela LUZ, A Luta pela Industrialização
do Brasil, S . Paulo , Difusão Européia do Livro, 1961, pp. 13 e segs.
(57) Cf. C. FURTADO, Op. cit., pp. 99/100.
74 JOÃO MANUEL CARDOSO DE MELLO
i
I
medida em que a indústria capitalista dos países centrais
avançasse no processo de concentração, aumentando seguida-
I
76 JOÃO MANUEL CARDOSO D E MELLO
d epreciação) .
A. conclusão
in evitável a crise da economia mercantil�
c;
(62 > Cf. Maria Sylvia CARVALHO FRANCO, Op. cit., p. 12.
O CAPITALISMO TARDIO 79
I
plantados tornaram-se adultos) nossa p rodução foi
de 5,5 milhões de sacas ". (7 1)
(75) Cf. R. SIMONSEN, Op. cit., passim e S. STEIN, Op. cit., passim.
(76) Cf. M. HALL. The Origins of Mass Imigration in Brazil (1871/
1914 ) , University Microfilm, 1972, p. 8 .
O CAPITALISMO TARDIO 85
por esbulhados.08l
Capítul o II
RETARDATÁRIA
A IN DU STRIALIZAÇÃO
!
que, uma vez " o cupados '· (Furtado diz, um tanto descuida
damente, ' " uma vez esgotada a substituição de importações " ,
j
1969, p. 54; O. SUNKEL e P. PAZ, El Subdesarrollo Latino-Ameri
cano y la Teoria dei Desarrollo, México, Siglo XXI, 1 970, p. 355;
C. FURTADO, Formação Econômica da América Latina, R. de Ja
neiro, Lia Editor, 1970, p. 123 e segs. (Os grifos dos textos de
l
Castro e SW1kel e Paz são meus, JMCM)
(2) Cf. C. FURTADO , Op. cit., p. 134.
92 JOÃO MANUEL CARDOSO D E MELLO
c a pitalis mo (9l .
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98 JOÃO MANUEL CARDOSO D E MELLO
(16) Cf. sobre este ponto D. LANDES, The Unbound Prometheu.s, Cam
bridge, Cambridge University Press, 1969, capítulo 5.
1 04 JOÃO MANUEL CARDOSO DE MELLO
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108 J OÃO MANUEL CARDOSO DE M ELLO
A re cu p e r aç ã o
da ec onomia p romov id a obj etívamente
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1 16 J OÃO MANUEL CARDOSO DE MELLO
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118 JOÃO MANUEL CARDOSO DE MELLO
m anda industrwis
cado
nte ollgo polizados e o mer
cado s indu stria is são fort eme
. As dific ulda des de
nte com peti tivo
de trab alho é acen tuad ame
de cres cim ento
de acum ulaç ão e
sust enta ção da mes ma taxa
1961 advinham tanto do efeito desa
verificadas entre 1956 e
rçõe s dinâ mica s entr e a estru
celer ador quan to das desp ropo
de de produção subu tiliza da.
tura de dem anda e a capa cida
stria lizaç ão pesa da configura um ciclo
Em sum a, a indu
pree nde dois momento s: o de
de acum ulaç ão e, por isto, com
e o de depr essão , entr
e 1962 e
expa nsão , entr e 1956 e 1961 ,
tes por uma qued a das
1967 . A depr essã o man ifest a-se an
uma defla ção gene raliz ada de
taxa s de cresc imen to que por
dos
do ao cará ter oligopolizado
preç os e salá rios, tant o devi
prep onde rânc ia da emp resa
merc ados indu stria is, com forte
a do alto peso do investimento
inter naci onal , quanto por caus
mar mínimo de inve rsõe s.
públ ico, que asseg uram um pata
fim e a autodeterminação
A indu stria lizaç ão cheg ara ao
asse gura da. Pouco importava
do capit al estava, dora vant e,
capaz de realizar as prom essas
que não tivesse se mos trado
uído.
que, mitic amen te, lhe havi am atrib
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de Imlustrialização Pesada. Contentar-me-ei, apenas em
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a fase de Industrialização Restringida, cuj o esclarecimento
impõe, penso, uma grande labuta de pesquisa.
Em razão da hegemonia do capital cafeeiro, o movi
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men o da e on mi brasileira entre 1888 e 1932 é imprimido,
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em ultima mstanc1a , pela acumulação cafeeira. Daí decorrem
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duas observações:
O CAPITALISMO TARDIO 123
1884 50 500
1886 80 400
1888 50 30ú
1890 50 300
1895 90 600
1898 90 68()
--�-----------------
Preços Preços
Ano Externo3 Internos
(3t) Cf. C. FURTADO, Op. cit., capítulos XXVIII, XXIX e XXX. Para
as importações por tipo de bens, há indicações conclusivas em
VILLELA e SUZIGAN, Op. cit., pp. 112 e 129; para a produção
interna e importações de tecidos, ver: A. FISHLOW, "Origens e
conseqüências da substituição de importações no Brasil ", em
Estudos Econômicos, vol. 2, n.o 6, p. 10.
1 30 JOÃO MANUEL CARDOSO DE MELtO
(32) Para uma descrição da política tarifária ver: Nidia Vilela LUZ,
A Luta pela Industrialização dQ Brasil, S. Paulo, Difusão Euro
péia do Livro, 1961, capítulos IV e V, passim. Para a proporção
das tarifas sobre as importações, ver FISHLOW, Op. cit., p. 16.
(33) Cf. para a dívida externa e finanças públicas, A. VILLELA e W.
SUZIGAN, Op. cit., pp. 102 e s egs . e p. 451.
O CAPITALISMO TARDIO 131
ceiro do E s t a do .
E concluía:
" Convicto de que a intervenção oficial só poderia
aumentar nossos males, o Governo deixou que a pro
dução de café se reduzisse por seleção natural , deter
minando-se, assim, a liquidação e a eliminação dos
que não tinham condições de vida, ficando ela nas
mãos dos mais fortes e dos mais bem organizados
para a luta " . <35>
Este o caminho encontrado para a crise cafeeira. Para fa
zer frente à desesperadora situação das finanças públicas, res
tabeleceu-se, de um lado, a tarifa-ouro, exigindo-se. 1 0 % do
valor dos impostos à importação em espécie, subindo esta
percentagem 5 % ao ano até que se estabilizasse o câmbio; e,
de outro, incrementou-se a carga tributária incidente sobre
liz ada a produção me rca ntil , a crise exp andir-·se-ia pelo resto
da economia, a tingindo o segmento urbano do complexo ex
portad or, especialmente o sistema bancário. e d aí se propa
gando ao setor industrial e a agricultura comercial de
alimentos e matérias-prim a s . A demanda de impo rtações se
re d uz i ria afetando a recei t a pú bl i ca e p r ov oc a n do novo co rte
,
Salários Monetários
(em mil réis)
1898 90 680
1899 85 650
1901 65 500
1904 60 450
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138 JOÃO MANUEL CARDOSO D E MELLO
1
curto. Em apenas dois anos (1890-9 1 ) , foram emitidos
I
O CAPITAUSMO TARDIO 1 45
., (55) Cf. Nícia Vilela LUZ, Op. cit., pp. 107 e segs.
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1 48 JOÃO MAN U EL CARDOSO DE MELLO
f c1s1va.
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De fato, como era de se esperar, entre 1 898 e 1 905,
fluxos migratórios decaem significativamente, não so
I
mente. porque uma economia em crise não exercia qualquer
atração mas, também, porque os fatores de expulsão haviam
se enfraquecido, e os de desvio estavam fortalecidos, com a re
cuperação e expansão das economias italiana, argentina e nor
te-americana. Após 1 905, reativa-se a imigração , registrando
se a entrada bruta de 9 9 5 . 0 0 0 pessoas, entre 1 9 05 e 1 9 1 3 , das
quais 6 8 0 .000 entre 1 909 e 1 9 1 3 (69 % ) . O incremento dos
fluxos imigratórios foi possível, em última instância, devido
ao ex t ra o r din á r i o crescimento da oferta no mercado inter
.
n a cional do traba lho , a i n da que não sej a m en os verdade q u e
,
n o s valemos, em vários a n o s ( 1 908, 1909, 1 9 1 1 e 1 9 1 2 ) , do
decréscimo dos fluxos migratórios p ara os Est ados U ni d o s (S?l
,
posiÇ[lo d o capital industrial. Tenho em mente n ã o apenas
sua pos sív el a b s orç ã o p a rciaL causada pelo ac résc im o de
investimento públ ico , m as também, p e la demanda engen
-
drada pelo substancial c r es ci m e nto da agricultu ra mercantil
.
de alimentos. Conforme já sublinhamos devidamen t e , a
.
exp ansão cafeeira dos anos 90 se fizera reco rr end o s e à im
portação m aciça de al i m en tos U m a vez em crise, o com"
plexo c afeeiro m anteve, e n t r etanto, a capacidade de Dcumu
lação em níve i s muito mais baixos q u e ()S ç,r: 1 e:: riores pon'• m
n a d a ciesp re z J v e i s . Foí possível, p o r isto Ji v e r .s i f i c é.! r a pro
d u ç ã o , ingress a n d o - s 0 f i rm emente na producõo de alimentos,
que cresce a tal ponto que. já n a Primeira Grande G u e r r a .
é r a m o s exportadores, ainda que não muito significativamente.
Em suma : graças ao crescimento vegetativo da popula
ção ativa e. à imigração em massa, houve oferta de força de
trabalho suficiente para amparar a expansão do setor indus
trial, do investimento público e da agricultura mercantil de
alimentos. A própria expansão da agricultura de alimentos,
por sua vez, estimula a acumulação industrial e o investi-
1901 56,8
1902 3 1 ,7
1903 38,0
1904 4 1 ,3
1905 62,3
1906 66, 1
1907 93,0
1908 96,4
1909 102,9
1910 1 1 8,7
1911 153,6
1 9 12 205,3
1
produção nacional .
Fica deste modo esclarecido como a Primeira Guerra l
.j
Mundial contribuiu para a recuperação da c!.'ise industria]
de 1 9 1 3 / 14 e a posterior expansão da produção, que se fez
absorvendo capacidade p r od ut i v a gerada anteriormente. A
p ressão da demanda interna e externa sobre a capac idade
instalada por alimentos, conjugada à elevação dos preços de
import a çã o gera fortes pressões inflacionárias, que, sancio
,
: Di:
158 JOÃO MANUEL CARDOSO D E MELLO
quase a metade dos custos de produção da " zona nova ' ' e
cerca de um ter ço da " z ona velha " ; com isto, os preços
internacionais mantíverarn-se em 1. 928 e 1 9 2 9 , p a ra o que
contribuiu a rela tivamente reduzida safra de 192 8 / 2 9 .
E m sum a , a s condições favoráveis nos me.rcados exter
nos e a " política de defesa p ermanent e " explicam por que,
apesar do aumento da ofert a , os preços internacionais sobem
para 1 7 , 5 cents p o r libra, em 1924. , e se mantêm até 1929
em t o rno de 2 0 / 2 1 cents. Os preços internos, no entanto,
até 1926, têm um a evolução um pouco menos espetacula r ,
desde que a t a x a cam bial se valorizou, devido ao aumento
das e xport aç õ e s e R a celeração da entrada de capitais ex
ternos. Para impedir que isto continuassé" tJcorrendo, fo �
cri ada a Caixa de Estabilização, que ope.raria nc's m e s mos
moldes ela C a i xa de Conversão . f\ wxa de câmbio foi des
valorizada em 2 0 % , em 1 926, e sustentao2 em torno de 40
mil réis a l ib r a , até o colapso de 2 9 .
Analisadas as condições d e acumulação e realização a
qu.e esteve sujeita a economia cafeeira, é possível concluir:
os preços internos mantêm-se elevados de 1 9 19 a 1921,
cres cem até 1925, permanecendo num nível apenas ligeira-
I
.·
1 68 JOÃO MANUEL CARDOSO DE MELLO
I
ção da moeda, contribuindo para agravar a crise .
Como a depreciação da moeda era menor que a
queda de preços, pois estava influenciada por outros
f ato r e s, era claro que se chegaria a u m ponto em
que o prejuízo acarretado aos produtores de café
!
•
seria suficientemente. grande para que estes aban
l d o n assem as plantações. Somente então s e restabe
leceria o equilíbrio entre a oferta e a p r o c u r a do
p r o duto ' ' . m)
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r� -.-, �.l:
1)1}
Bibliografia