Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NA PANDEMIA COVID – 19
ANALGESIA
Deverão ser utilizadas as escalas BPS ou CPOT para titulação dos analgésicos.
Sempre deverá ser iniciada a menor dose efetiva possível da droga escolhida.
SEDAÇÃO
A escolha do sedativo deve sempre levar em consideração o objetivo desejado
da sedação: Paciente calmo, confortável, cooperativo e comunicativo, exceto quando
indicada sedação profunda.
Assim como nas considerações feitas para analgesia deve-se utilizar uma escala
para titulação da sedação; a escala recomendada é a escala de RASS – anexo 4.
A sedação profunda deverá ser mantida pelo menos até a suspensão do BNM.
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES
Recomendações
Dose inicial
0,01 a 0,05mg/kg 0,3 a 0,6mg/kg/h 1mcg/kg em 10 min 0,5mg/kg
Início de ação (min.)
2a5 <1 a 2 5 a 10 ≤1
Dose de manutenção
0,02 a 0,1mg/kg/h 0,3 a 3mg/kg/h 0,2 a 0,7mcg/kg/h 0,3 a 1mg/kg/h
Dose (mL/h) 50 – 79 kg 50kg: 1 a 5 50kg: 1,5 a 15 50kg: 2,5 a 8,7 50kg: 3 a 10
60kg: 1,2 a 6 60kg: 1,8 a 18 60kg: 3 a 10,5 60kg: 3,6 a 12
70kg:1,4 a 7 70kg: 2,1 a 21 70kg:3,5 a 12,2 70kg: 4,2 a 14
Dose (mL/h) 80 -109 kg 80kg:1,6 a 8 80kg: 2,4 a 24 80kg: 4 a 14 80kg: 4,8 a 16
90kg: 1,8 a 9 90kg: 2,7 a 27 90kg: 4,5 a 15,7 90kg: 5,4 a 18
100kg: 2 a 10 100kg: 3 a 30 100kg: 5 a 17,5 100kg: 6 a 20
Dose (mL/h) 110 – 139 kg 110kg: 2,2 a 11 110kg: 3,3 a 33 110kg: 5,5 a 19,2 110kg: 6,6 a 22
120kg: 2,4 a 12 120kg: 3,6 a 36 120kg: 6 a 21 120kg: 7,2 a 24
130kg: 2,6 a 13 130kg: 3,9 a 39 130kg: 6,5 a 22,7 130kg: 7,8 a 26
Dose (mL/h) 140 - 160kg 140kg: 2,8 a 14 140 kg: 4,2 a 42 140kg: 7 a 24,5 140kg: 8,4 a 28
150kg: 3 a 15 150kg: 4,5 a 45 150kg: 7,5 a 26,2 150kg: 9 a 30
160kg: 3,2 a 16 160kg: 4,8 a 48 160kg: 8 a 28 160kg: 9,6 a 32
Disfunção renal Nenhum ajuste requerido. Há acúmulo de
metabólitos. Nenhum ajuste requerido. Titular dose de Nenhum ajuste requerido. Titular dose de acordo
Não há informação
Titular dose de acordo com a resposta acordo com a resposta terapêutica. com a resposta terapêutica.
terapêutica.
Disfunção hepática Nenhum ajuste requerido. Há acúmulo de
metabólitos. Nenhum ajuste requerido. Titular dose de Nenhum ajuste requerido. Titular dose de acordo
Não há informação
Titular dose de acordo com a resposta acordo com a resposta terapêutica. com a resposta terapêutica.
terapêutica.
Obesidade Nenhum ajuste requerido. Há acúmulo de
metabólitos.
Não há informação Ajuste não é necessário Não há informação
Titular dose de acordo com a resposta
terapêutica.
Reação adversa à medicamento (RAM)
Bradipneia, náuseas, hipotensão e agitação Hipotensão, bradicardia, náuseas, boca seca e Hipertensão, taquicardia, anafilaxia, diplopia,
Hipotensão e hipertrigliceridemia
paradoxal hipoxia alucinações e delirium
Disfunção hepática Reduzir a dose em 50%. Nenhum ajuste requerido. Titular dose de acordo com a Administrar 75% da dose habitual
Titular dose de acordo com a resposta terapêutica. resposta terapêutica.
Tabela 3 – Analgesia: Opiáceos Fortes - Uso em Bomba de Infusão Contínua - Apresentação, Posologia
Morfina Fentanil Remifentanil Alfentanil Sufentanil
Indicação Analgesia Analgesia/anestesia Analgesia/anestesia Analgesia/anestesia Analgesia/anestesia
Apresentação 2mg/2mL e 10mg/mL 500mcg/10mL 2mg/2mL 2,5mg/5mL 50mcg/mL
Diluentes compatíveis SF 0,9% ▼ SF 0,9% SF 0,9% ▼ SF 0,9% ▼ SF 0,9%
ou SG 5% (máx: 2mg/mL) ou SG 5% ou SG 5% (máx.:0,4mg/mL) ou SG 5%
Concentração 10 ampolas de 10mg em 90mL 2 ampolas em 80mL 1 ampola em 38mL 0,05mg/mL (50mcg/mL) 4 ampolas em 230mL 2 ampolas
(1mg/mL) (10mcg/mL) (40mcg/mL) em 98 mL (1mcg/mL)
Dose inicial 2 a 10 mg 1 a 2mcg/kg até 1,5mcg/kg (0,5mcg/kg costuma ser 5 mg divididos em período de 10 min Não há recomendações de doses para
suficiente) pacientes críticos em
VM.
Início de ação (Min) 5 a 10 <1a2 1a3 <5 1a3
Dose de manutenção 2 a 4mg a cada 1-2h (intermitente) 0,7 a 10mcg/kg/h 0,5 a 15mcg/kg/h 2mg/hora (~30mcg/kg/hora) Doses de Infusão contínua recomendada em
ou 2 a 30mg/hora (infusão) ou até 0,5 a 10mg/hora foram utilizadas cirurgias longas: 0,3 a 0,9mcg/kg/hora.
0,07 a 0,5mg/kg/h em ensaios clínicos (Maior risco de RAM acima de
0,6mcg/Kg/h) Infusão máx
1mcg/kg/hora
Dose (mL/h) 50 – 79 kg 50kg: 3,5 a 25 50kg: 3,5 a 50 50kg: 0,5 a 15 50kg: 37,5 50kg: 15 a 45
60kg: 4,2 a 30 60kg: 4,2 a 60 60kg: 0,6 a 18 60kg: 45 60kg: 18 a 54
70kg: 4,9 a 35 70kg: 4,9 a 70 70kg: 0,7 a 21 70kg: 52,5 70kg: 21 a 63
Dose (mL/h) 80 -109 kg 80kg: 5,6 a 40 80kg: 5,6 a 80 80kg: 0,8 a 24 80kg: 60 80kg: 24 a 72
90kg: 6,3 a 45 90kg: 6,3 a 90 90kg: 0,9 a 27 90kg: 67,5 90kg: 27 a 81
100kg: 7 a 50 100kg: 7 a 100 100kg: 1 a 30 100kg: 75 100kg: 30 a 90
Dose (mL/h) 110 – 139 kg 110kg: 7,7 a 55 110kg: 7,7 a 110 110kg: 1,1 a 33 110kg: 82,5 110kg: 33 a 99
120kg: 8,4 a 60 120kg: 8,4 a 120 120kg: 1,2 a 36 120kg: 90 120kg: 36 a 108
130kg: 9,1 a 65 130kg: 9,1 a 130 130kg: 1,3 a 39 130kg: 97,5 130kg: 39 a 117
Dose (mL/h) 140 - 160kg 140kg: 9,8 a 70 140kg: 9,8 a 140 140kg: 1,4 a 42 140kg: 105 140kg: 42 a 126
150kg: 10,5 a 75 150kg: 10,5 a 150 150kg: 1,5 a 45 150kg: 112,5 150kg: 45 a 135
160kg: 11,2 a 80 160kg: 11,2 a 160 160kg: 1,6 a 48 160kg: 120 160kg: 48 a 144
Disfunção renal Nenhum ajuste requerido. Há acúmulo Considerar fazer 75% da dose sem Ajuste não necessário Ajuste não necessário Nenhum ajuste requerido. Titular dose
de metabólitos. ClCr 10 - 50mL/min. de acordo com a resposta terapêutica.
Titular dose de acordo com a resposta Considerar fazer 50% da dose se
terapêutica. ClCr < 10mL/min
Disfunção hepática Nenhum ajuste requerido. Há acúmulo Nenhum ajuste requerido. Titular Ajuste não necessário Nenhum ajuste requerido. Titular dose Nenhum ajuste requerido. Titular dose
de metabólitos. dose de acordo com a resposta de acordo com a resposta terapêutica. de acordo com a resposta terapêutica.
Titular dose de acordo com a resposta terapêutica.
terapêutica.
Obesidade Usar com cautela na obesidade mórbida. Usar com cautela na obesidade Sobrepeso >30%: calcular dose com Sobrepeso >20%: calcular dose com Sobrepeso >20%: calcular dose com
mórbida. base no peso ideal. base no peso ideal. base no peso ideal.
Reação adversa à medicamento (RAM) Hipotensão, prurido, dependência, Bradicardia e dependência Dor e desconforto se interrupção abrupta. Hipertensão, bradicardia, taquicardia, Hipotensão, náusea, cefaleia, prurido e
broncospasmo e liberação de Nefrotoxicidade pelo excipiente glicina náusea e vômito e apneia. tontura.
histamina
Tabela 4 – Analgesia: Analgésicos Comuns, Opiáceos Fortes e Fracos – Uso Intermitente – Apresentação, Posologia
Dipirona Paracetamol Codeína Tramal Metadona Morfina
50 a 100mg/cp
10mg/cp
Apresentação 500mg a 1g/cp 500 a 750mg/cp 30 a 60mg/cp 50mg/ml 0,2mg/ml
10mg/ml (1amp=1ml)
Dor – 2,5 a 10mg 4/4h
Desmame de
opióide – 10mg
50 a 100mg de 6/6 a
Dose de manutenção 500 a 1g de 6/6h 500 a 750mg 8/8h 30 a 60mg de 6/6h 6/6h ou de 8/8h – 0,5 a 1mg/kg de 4/4h
8/8h
evoluindo redução
da dose e intervalo
a cada 24-48h
Dose máxima 4g/d 4g/dia 360mg/d 8mg/kg ou 400mg/d 120mg/d Não há dose máxima
Hipotensão, prurido,
Reação adversa à medicamento Prurido, anafilaxia, anemia Reações alérgicas, insuficiência
Náuseas, prurido, hipotensão Náuseas, prurido, hipotensão Hipotensão, prurido, constipação dependência, broncospasmo e
(RAM) aplástica hepática
liberação de histamina
25 a 100mg VO a cada 6
Ataque: 0,5 – 10mg IM ou EV – repetir até 0,5 – 5mg/dia –
0,25mg/kg/dia VO - ou 8 horas
3 vezes a cada 20 minutos dose deve ser
Doses Habituais 25-50mg/d IM 25 a 100mg de 8/8h dose deve ser dividida
dividida em 12 em
em 12 em 12 horas 25 a 100mg IM repetidas
Manutenção: 2 - 10mg IM ou EV 6/6h 12 horas
dentro 1 a 4h - até
controle dos sintomas
100mg/d
Dose máxima 100mg 1200mg/dia 5mg de 12 em 12 horas 40mg/dia 2g/dia
0,5 ampola 6/6h IM
Concentração
5 ampolas em 250ml
Dose: 0,06 - 0,1mg/kg 5 amp em 250mL (1mg/ml) 5 amp em 250ml (1mg/ml)
(0,2mg/ml)
Disfunção hepática
Pode aumentar a vida da concentração
Nenhum ajuste requerido. Titular dose de Nenhum ajuste requerido. Titular dose de acordo com a
plasmática e do volume de distribuição Prolongamento da ação em doses > 6ug/kg
acordo com a resposta terapêutica. resposta terapêutica.
corporal (aprox 50%)
Obesidade
Visto necessidade de altas vazões em
Nenhum ajuste requerido. Visto necessidade de altas vazões em pacientes Visto necessidade de altas vazões em pacientes
pacientes obesos, sugerimos dobrar a
Titular dose de acordo com a resposta obesos, sugerimos dobrar a concentração sugerida para obesos, sugerimos dobrar a concentração
concentração sugerida para redução de
terapêutica. redução de volume infundido. sugerida para redução de volume infundido.
volume infundido.
1. Devlin JW, Skrobik Y, Gélinas C, et al. Clinical practice guidelines for the
preven- tion and management of pain, agitation/ sedation, delirium, immobility,
and sleep disruption in adult patients in the ICU. Crit Care Med
2018;46(9):e825-e873.
2. Girard TD, Kress JP, Fuchs BD, et al. Efficacy and safety of a paired sedation
and ventilator weaning protocol for me- chanically ventilated patients in
intensive care (Awakening and Breathing Con- trolled trial): a randomised
controlled trial. Lancet 2008;371:126-34.
3. Kress JP, Pohlman AS, O’Connor MF, Hall JB. Daily interruption of sedative
in- fusions in critically ill patients undergo- ing mechanical ventilation. N Engl J
Med 2000;342:1471-7.
4. Strøm T, Martinussen T, Toft P. A pro- tocol of no sedation for critically ill pa-
tients receiving mechanical ventilation: a randomised trial. Lancet
2010;375:475- 80.
5. Sessler CN, Gosnell MS, Grap MJ, et al. The Richmond Agitation-Sedation
Scale: validity and reliability in adult in- tensive care unit patients. Am J Respir
Crit Care Med 2002;166:1338-44.
6. Barr J, Fraser GL, Puntillo K, et al. Clinical practice guidelines for the man-
agement of pain, agitation, and delirium in adult patients in the intensive care
unit. Crit Care Med 2013;41:263-306.
7. Ely EW, Margolin R, Francis J, et al. Evaluation of delirium in critically ill pa-
tients: validation of the Confusion As- sessment Method for the Intensive Care
Unit (CAM-ICU). Crit Care Med 2001;29: 1370-9.
8. Shehabi Y, Howe BD, Bellomo R, et al. Early sedation with dexmedetomidine
in critically ill patients. N Engl J Med 2019; 380:2506-17.
9. Toft P, Olsen HT, Jørgensen HK, et al. Non-sedation versus sedation with a
daily wake-up trial in critically ill patients re- ceiving mechanical ventilation
(NONSEDA Trial): study protocol for a randomised controlled trial. Trials
2014;15:499.
10. Hanne T. Olsen, M.D., Helene K. Nedergaard, M.D., Ph.D. et al. Nonsedation or
light sedation in critically Ill, mechanically ventilated patients . NEJM.org. ,
February 2020