Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Projeto 1º Ano - Contos Tradicionais-Nubia Com Alteração
Projeto 1º Ano - Contos Tradicionais-Nubia Com Alteração
Direção:
Coordenadora:
Professoras: Edileuza Saturniz
Séries: Ed. Infantil ao 3º ano
Projeto-Contos tradicionais
1º ano
Justificativa:
Ler e ouvir histórias são práticas que agradam a adultos e crianças! é
mesmo bom viajar pela imaginação de diferentes autores, com o jeito muito especial que
cada um deles tem de nos envolver em suas histórias cheias de aventuras, mistérios,
suspense ou encantamento.
Nesta II unidade, você e seus colegas lerão, conversarão sobre contos
tradicionais infantis que conhecem e ouvirão a leitura de outros, conhecidos e apreciados
por crianças do mundo todo.
Com as atividades propostas no projeto, as crianças darão um passo
para a percepção de elementos da linguagem escrita. Perceberão elementos
linguísticos e discursivos e avançarão com relação ao domínio das normas da Língua
Portuguesa. Terão também oportunidade de produzir algo com uma finalidade
sociocultural e vivenciar uma prática que ocorre normalmente fora da escola, como
escrever livros.
Esta proposta permite que os alunos trabalhem com contos
tradicionais, um tipo de texto que a maioria das crianças já conhece. Isso proporciona
uma situação favorável para se trabalhar com as normas da Língua Portuguesa; os
momentos adequados para ler, ouvir, falar e escrever; a utilização de diversos tipos
de registros (lista, livro); a linguagem escrita como forma de organização de
informações; a maneira culturalmente adequada para escrever.
Propósito:Ler contos tradicionais e produzir novas versões para confeccionar um livro para
ler em casa com seus familiares.
Objetivos:
1. Apropriar do gênero Contos tradicionais;
2. Identificar personagens, suas características e a sequência temporal do texto;
3. Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos constitutivos da
organização interna de um conto tradicional: situação inicial, desenvolvimento da
ação e situação final.
4. Comparar diferentes versões de um mesmo conto;
5. Recontar contos tradicionais, apropriando-se das características do texto-fonte.
6. Compreender o uso das variedades linguísticas para caracterizar os personagens;
7. Desenvolver a linguagem oral, a leitura e escrita de acordo com o gênero;
8. Compreender a organização do texto: Margem, parágrafo, título;
9. Apropriar do uso de elementos do discurso direto: Travessão, ponto parágrafo e dois
pontos:
10. Reescrever conto tradicional a partir de modelo, levando em conta o gênero e o seu
contexto de produção, ditando-o ao professor ou escrevendo de acordo com a
hipótese de escrita.
11. Revisar suas próprias produções “novas versões contos tradicionais”. No coletivo,
duplas e individual.
Material necessário: Papel oficio, lápis, caderno, data show, livros literários com contos
tradicionais;
Desenvolvimento:
1ºaula:
Od1: Levantamento do conhecimento prévio do aluno acerca dos contos, anotando as
impressões dos alunos no quadro:
1. O que são contos tradicionais?
2. Quais contos tradicionais vocês conhecem:
3. Quais personagens dos contos tradicionais vocês conhecem?
4. O que sabem sobre eles.
Essa conversa inicial é importante para as crianças compartilharem informações que ajudam
a compreender os contos.
Od2: Apresentar em slide imagens de alguns “Contos Tradicionais” para iniciar o trabalho
com o projeto;
1. Observe as imagens.
2. Você sabe a que contos elas pertencem?
3. Converse um pouco com seus colegas sobre elas.
Od3: Socialização das descobertas dos alunos, levantando novos questionamentos:
1. Como vocês identificaram quais histórias estavam sendo retratadas na imagem?
2. Quais as pistas levaram as descobertas?
3. Quais as características dos personagens vocês perceberam?
Od4: Para finalizar a aula a professora distribuirá cópias e fará uma leitura do conto João e
Maria para os alunos;
2º aula: Od1: Fazer uma retomada da aula anterior relembrando os alunos, o trabalho com
os contos tradicionais.
Od2:Distribuir cópias e fazer a leitura da 2ª versão de João e Maria e com o auxílio do
professor os alunos irão identificar, possíveis elementos constitutivos da organização interna
do conto tradicional: situação inicial, desenvolvimento da ação e situação final.
No momento da leitura fazer pausas nos pontos estratégicos para mostrar aos alunos a
organização e as características dos contos tradicionais.
Od3: Diagnóstico inicial: Produção coletiva na lousa de uma versão de João e Maria
baseado nas duas versões que eles ouviram na leitura feita pela professora;
Od4: Pedir um aluno para copiar no caderno o texto produzido por eles, em seguida
recolher para possíveis registros.
Escola:
Professor(a)_________________________________________
Aluno (a) ____________________________________________
Produza uma versão do conto de João e Maria da melhor forma possível, relembre as duas
versões que a professora leu para você e faça o seu texto:
____________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
3ª aula:Od1:A roda de conversa de hoje traz um desafio: será que você e seus colegas se
lembram do conto “João e Maria”, que ouviram nas aulas passadas? O texto que
produziram? Vamos fazer um reconto oral?
Od2: Agora que você e seus colegas recordaram e recontaram o conto “João e Maria”, é
hora de ler cada um dos trechos a seguir e analisar as principais diferenças entre eles.
Acompanhe a leitura feita por sua professora do início de duas versões diferentes de “João e
Maria”, sobre quem eram e onde viviam as personagens.
EM UMA PEQUENA CASA, PERTO DE UMA GRANDE FLORESTA, UM
POBRE LENHADOR VIVIA COM SEUS DOIS FILHOS – JOÃO E MARIA –
E COM SUA MULHER. A FAMÍLIA ERA MUITO POBRE E MUITAS VEZES
NÃO TINHA O QUE COMER. CERTA VEZ, A SITUAÇÃO FICOU AINDA
PIOR E FALTOUATÉ MESMO O PÃO PARA ALIMENTAR AS CRIANÇAS.
Od2: Agora, acompanhe a leitura feita por sua professora do final das versões, sobre o
reencontro do pai com os filhos e o tesouro que trouxeram.
Od3: Observem os dois trechos que finaliza a história de João e Maria, assim como, no
início o fim da história não muda o sentido mesmo mudando a forma como se escreve;
Nos trechos finais:
1. “Como é descrito o tesouro que João e Maria encontraram na casa da bruxa?”
2. “E o reencontro com o pai, é contado da mesma forma?”.
3. Escrever as respostas dos alunos na lousa.
4ª aula: Od1: Fazer uma retomada da aula anterior relembrando os alunos, o trabalho com
os contos tradicionais.
Od2: Produção coletiva de outra versão de João e Maria: Os alunos irão ditar para a
professora escrever na lousa ou no cartaz:
1. Como será o início do nosso conto?
2. Quais são os personagens que aparecem na história?
3. Não podemos esquecer que a história tem uma organização: situação inicial,
desenvolvimento da ação e situação final.
Od3: No momento da escrita coletiva a professora vai lendo os trechos escritos e
negociando melhorias se necessário; Perguntar-lhes:
1. “Como um escritor profissional escreveria essa parte?”. Outros desafios importantes:
não ser repetitivo, pontuar o texto e escrever ortograficamente.
2. Reler cada trecho do conto.
3. Discutir com o grupo algumas características e formas de organização como se dará
o desfecho e resolução do conflito do conto.
Od4: Após a escrita fixar o cartaz na parede se for na lousa pedir um aluno para escrever no
caderno para que a professora digite e o texto volte para sala no momento de revisão;
Od1: Realizar a leitura do texto exposto no cartaz e explicar aos alunos que deverão sugerir
alterações para melhorar o texto no que diz respeito a língua (ortografia de palavras; na
pontuação: dois-pontos, travessão, como o texto se arruma na folha se atentando para o
parágrafo, margem e título, ou seja, só fará revisão no que diz respeito a estes aspectos)
para que todos possam ler e apreciar. No momento da leitura e revisão a professora irá
explicar para os alunos qual a função da pontuação no texto;
Od2: Ler cada parágrafo fazendo com que reflitam sobre sua própria escrita e que sugiram
alterações. Indicar aquelas que foram pertinentes.
Od1: Fazer uma retomada das aulas anteriores pedindo que as crianças relembrem os
textos que já foram trabalhados, perguntar qual o gênero está sendo contemplado nessa
unidade e quais as características deste.
Od2: Questionamentos:
1. Você e seus colegas têm ouvido muitas histórias, não é mesmo?
2. Será que conseguem lembrar em quais delas aparecem lobos?
3. Conversem um pouco e depois digam os títulos de algumas. E como são os lobos de
cada história? fale sobre eles.
Od3:Hoje você e seus colegas ouvirão a leitura do conto “o lobo e os sete cabritinhos”, no
qual um lobo muito malvado aparece para aterrorizar uma família de cabritinhos.
Od4:Leitura feita pela professora do conto Os sete Cabritinhos com pausas estratégicas
para que os alunos participem levantando hipóteses. Após a primeira leitura entregar a
primeira versão do conto Os sete Cabritinhos para os alunos acompanhar a segunda leitura
feita pela professora. Neste momento os alunos irão grifar os personagens e suas
características, como cada personagem é descrito na história: Covarde, corajoso, medroso,
esperto, sistematizar os trechos que os alunos grifaram para que eles compreendam as
características dos personagens.
Od2: Ao listar os episódios do conto, com o auxílio da turma, procure evidenciar quanto este
momento, que antecede a produção pelas duplas, é importante, garantindo que nenhum
episódio seja esquecido quando estiverem reescrevendo o conto. Caso os alunos tenham
dificuldade de recuperar a sequência temporal dos acontecimentos, retome a leitura do
texto, para ajudá-los a rememorar.
Escola:
Professor(a)_________________________________________
Aluno(a) ____________________________________________
Produção de cartaz
Od1: Informar aos alunos que irão ouvir uma nova versão da história Os sete cabritinhos e
pedir que eles observem:
1. Os personagens são os mesmos?
2. A história conta a mesma coisa da outra?
3. Quais as diferenças e semelhanças entre elas?
4. Qual você mais gostou e por quê?
Od2: Distribuir cópias nas duplas para os alunos e fazer a leitura da 2ª versão de Os sete
cabritinhos no data show. Com o auxílio da professora os alunos irão identificar
personagens, suas características e a sequência temporal do texto; acompanhando e
grifando cada um desses elementos em seu texto.
No momento da leitura fazer pausas nos pontos estratégicos para grifar e mostrar aos
alunos a organização e as características dos contos tradicionais.
Od3: Após a leitura responder ao questionamento inicial e socializar as anotações feitas nas
duplas.
9ª aula: Produção em duplas
Od1: Organizar os alunos em duplas, previamente selecionadas pela professora para que
possa realizar a reescrita do texto os sete cabritinhos.
Od2: Relembrar com os alunos a história fazendo um reconto oral dos acontecimentos mais
importantes (sequência temporal) para que eles reescrevam com propriedade. Lembrá-los
também que a história tem toda uma organização (situação inicial, desenvolvimento da ação
e situação final).
Od3: Relembrar do cartaz que fizeram para usar como suporte no momento que estiverem
produzindo o texto.
Od4: Pedir que abram o caderno e comece a produção, um escreve e o outro dita e podem
revezar as funções na dupla. Enquanto isso a professora ficará circulando e apoiando as
duplas que estiverem com mais dificuldades.
10ª aula: Revisão da segunda versão-Característica dos personagens.
Od1: Formar as mesmas duplas novamente. Informar aos alunos que irão fazer uma revisão
do texto da aula anterior focando as características dos personagens vão analisar como eles
descreveram cada personagem na sua história.
Od2: A professora mostrará no data show dois trechos dos textos, nos quais os autores
experientes descrevem os personagens para que as crianças compreendam como podem
melhorar a sua escrita.
ERA UMA VEZ UMA CABRA, QUE MORAVA COM SEUS SETE CABRITINHOS EM UMA
LINDA CASINHA COM QUINTAL E JARDIM.
Od3: Iniciar a revisão pedindo que cada dupla faça a leitura do seu texto, grifando os
personagens para que depois volte relendo e verificando se caracterizaram cada
personagem e de que forma o fez.
Od4: Enquanto os alunos estão fazendo a atividade a professora circula na sala para ajudar
as duplas que mais necessitam de ajudam e apoie os que dão conta a qualificar ainda mais
seus textos.
Od5: Após a revisão a professora recolherá os textos para fazer uma segunda revisão em
casa e sugerir aos alunos o que podem seguir melhorando e validar o que eles já
conseguiram fazer para qualificar seus textos.
11º Aula: Analise de suas próprias escritas com notas da professora.
Od1: Informar aos alunos que a professora fez algumas sugestões para que eles possam
melhorar ainda mais seus textos:
Od2: Formar as mesmas duplas novamente e pedir que leiam o texto e as observações da
professora se tiverem alguma dúvida chame-a e se achar de acordo fazer a alteração
sugerida. A professora ficará à disposição da solicitação dos alunos para apoiá-los nesta
nova etapa de revisão.
Od3: Ao terminar a revisão farão a leitura do texto para ver como ficou a escrita final.
12º aula: Leitura da primeira versão de Chapeuzinho Vermelho;
Od1: Leitura feita pela professora da primeira versão de Chapeuzinho Vermelh.Distribuir
cópias do texto e com o auxílio da professora os alunos irão identificar, possíveis elementos
constitutivos da organização interna do conto tradicional: situação inicial, desenvolvimento
da ação e situação final.
No momento da leitura fazer pausas nos pontos estratégicos para mostrar aos alunos a
organização e as características dos contos tradicionais.
Od2: Após a leitura, junto com os estudantes fazer a análise do texto no data show, para
que eles percebam a organização interna do conto (início, meio e fim) tomando notas no
próprio texto. Intervenções:
1. Onde aparece no texto a situação inicial?
2. Como vocês conseguiram perceber?
3. Quais elementos nos mostram onde está o desenvolvimento da ação do texto (ápice
da história) o momento mais emocionante?
4. E a resolução do problema, desfecho da história, no qual tudo é resolvido (fim)?
Od3:Enquanto vão analisando vão tomando nota no próprio texto para que nos momentos
de produção possam recorrer ao material.
Od4: Coletivamente os alunos preencherão o roteiro, tendo a pró como escriba, a qual
escreverá em um cartaz, a fim de retomar nas aulas de produção individual:
ESCOLA
ALUNO:
Como é resolvido?
Od1: Organizar os alunos individualmente e propor que reescrevam o conto escolhido por ele, da
melhor maneira possível, construindo sua própria versão.
Od2: Pedir aos alunos que no momento da escrita saltem uma linha para que possam fazer a revisão na
aula seguinte sem precisar passar tudo a limpo, só os trechos que necessitarem de ajustes, passando a
limpo no final para edição.
Od3: Circular pela classe, ajudando os alunos com comentários que os ajudem a pensar sobre a
organização do texto. Oferecer ajuda aos alunos lembrando-os individualmente as ações implicadas em
uma produção textual; por exemplo: antes de começar a escrita
Propriamente dita, retomar o objetivo (terminar o conto), reler o último parágrafo e negociar as várias
ideias que surgirem, definindo a finalização do conto.
Perguntar-lhes:
“Como um escritor profissional escreveria essa parte?”.
Outros desafios importantes: não ser repetitivo, pontuar o texto e escrever ortograficamente.
Od4:A professora recolherá todos os textos escritos pelos alunos para análise
Od1: Selecionar dois ou três trechos (pequenos) do texto de um aluno para revisar coletivamente,
transcrevendo em cartaz de forma correta no quadro. Focar a ortografia (decidir a partir das escritas
anteriores dos alunos) de palavras, discurso direto: dois-pontos, travessão e ponto final, organização do
texto se atentando para o parágrafo, margem e título, ou seja, só fará revisão no que diz respeito a estes
aspectos notacionais.
Od2: Após a revisão coletiva realizar a leitura de como ficou o texto explicando para os alunosque
deverão fazer o mesmo com suas escritas na próxima aula.
17º aula:
Od1:Fazer uma retomada da aula de revisão coletiva focando alguns pontos importantes para o
melhoramento do texto do aluno. Focar pontos observado nas análises feita pela professora das escritas
das crianças.
Observação:As intervenções devem ser definidas/pensadas, após as análises do texto dos alunos,
portanto, a professora pode eleger os pontos mais críticos para fazer as intervenções individuais e
seguir ajudando todos os estudantes no momento da aula.
Od2:Disponibilizar os textos para que individualmente os alunos façam as revisões necessárias dos
aspectos estudados. A professora circulará na sala para fazer intervenções pontuais a cada aluno.
Od3: Recolher novamente o texto, analisar em casa como estão as produções dos alunos e escrever
sugestões de melhorias para que as crianças no momento da revisão final façam as alterações pré-
definidas pela professora, pontos que ainda precisam ser melhorados.
Od1: Comentar com a turma que é hora de olharem para o seu texto com muito cuidado a fim de
poderem melhorá-los o quanto puderem, de forma que o seu texto fique legível para que quando
levarem para casa e lerem para seus familiares todos consigam entender e se deleitar com as leituras.
Od2:Propor a revisão e a edição final do texto, neste momento o aluno fará os últimos ajustes no seu
texto, os quais já revisaram nas aulas anteriores e observem as notas da professora para decidir se
concordam com as sugestões ou descartam. Passar o texto a limpo para na próxima aula fazer as
ilustrações.
Od2: Organizar materiais para a ilustração: Hidrocor, lápis colorido, giz de cera réguas...
Od1: Decidir junto com os alunos como o livro será organizado (capa, dedicatória, ordem, listas de
alunos, agradecimentos)
Od2:Montar o livro e fazer uma cópia para cada aluno levar para sua casa e fazer leitura para os
familiares. Deixar um exemplar na biblioteca de classe.
Avaliação:Os alunos serão avaliados em todo o processo de produção dos contos (leituras, análises
produções-duplas, coletivo e individual) na participação direta e na contribuição com os colegas.
BRUXA MALVADA QUE FAZIA TEMPO ESTAVA DE OLHO NAS CRIANÇAS E TINHA
VELHA GRITAVA:
— JOÃO, PONHA O DEDO PARA FORA, PARA EU VER SE VOCÊ ESTÁ GORDINHO.
MAS JOÃO MOSTRAVA SÓ UM OSSINHO DE GALINHA QUE HAVIA GUARDADO,
E A VELHA PENSAVA QUE ERA O DEDO DELE. O TEMPO PASSOU E, COMO O
MENINO CONTINUAVA MAGRO, ELA RESOLVEU COMÊ-LO ASSIM MESMO.
— PRIMEIRO VAMOS ASSAR O PÃO – DISSE A BRUXA. QUANDO ELA CHEGOU
PERTO DO FORNO, MARIA A EMPURROU PARA DENTRO E FECHOU A PORTA.
SOLTOU JOÃO E, COMO NÃO TINHAM MAIS NADA A TEMER, COMEÇARAM A
VASCULHAR A CASA DA BRUXA. EM TODOS OS CANTOS HAVIA BAÚS CHEIOS
DE PEDRAS PRECIOSAS, COM AS QUAIS ENCHERAM OS BOLSOS.
— AGORA VAMOS SAIR DESTA FLORESTA ENFEITIÇADA – DISSE A MENINA.
DEPOIS DE ANDAREM POR ALGUMAS HORAS, OS IRMÃOS CHEGARAM ÀS
MARGENS DE UM GRANDE RIO, EM QUE AVISTARAM UM PATO BRANCO
NADANDO. O PATO OS AJUDOU A ATRAVESSAR O RIO.
DO OUTRO LADO, JOÃO E MARIA RECONHECIAM OS TRECHOS DA FLORESTA.
A CERTA ALTURA, AVISTARAM SUA CASA. ELES SE PUSERAM A CORRER,
ENTRARAM NA CASA E CAÍRAM NOS BRAÇOS DO PAI. O HOMEM NÃO TINHA
VIVIDO UM MINUTO DE ALEGRIA DEPOIS DE ABANDONAR OS FILHOS NA
FLORESTA, E A MULHER HAVIA MORRIDO.
MARIA SACUDIU SEU AVENTAL E AS PÉROLAS E PEDRAS PRECIOSAS ROLARAM
PELO CHÃO. JOÃO TIROU MUITAS OUTRAS DOS BOLSOS. ACABARAM-SE OS
PROBLEMAS, E ELES VIVERAM JUNTOS E FELIZES PARA SEMPRE.
ERA UMA VEZ UMA VELHA CABRA QUE TINHA SETE CABRITINHOS QUE ELA
AMAVA COMO SÓ UMA MÃE SABE AMAR SEUS FILHOS. UM DIA ELA PRECISOU
IR ATÉ A FLORESTA BUSCAR COMIDA PARA ELES. CHAMOU OS SETE E DISSE:
— MEUS QUERIDOS FILHINHOS, VOU ATÉ A FLORESTA. TRATEM DE TOMAR
MUITO CUIDADO COM O LOBO, OLHEM LÁ, PORQUE, SE ELE ENTRASSE NESTA
CASA, DEVORARIA VOCÊS TODOS E NÃO SOBRAVA NEM UM PELINHO. AQUELE
LOBO É BANDIDO E ESPERTALHÃO, SABE FAZER OS OUTROS PENSAREM QUE É
OUTRA PESSOA. MAS NÃO TEM ERRO. VOCÊS LOGO RECONHECEM PELA VOZ
ROUCA E PELAS PATAS PRETAS. OS CABRITINHOS RESPONDERAM:
— ESTÁ BEM, MÃEZINHA, VAMOS TOMAR MUITO CUIDADO, PODE SAIR SOSSEGADA.
A VELHA MÃE FEZ BÉÉÉ, CONCORDANDO, E FOI-SE EMBORA SEM SE PREOCUPAR.
LOGO EM SEGUIDA ALGUÉM BATEU NA PORTA DA CASA DOS CABRITINHOS,
GRITANDO:
— ABRAM, FILHINHOS QUERIDOS, É A MAMÃE QUE ESTÁ VOLTANDO COM UMA
LEMBRANÇA PARA CADA UM DE VOCÊS!
MAS, PELA VOZ ROUCA, OS CABRITINHOS VIRAM QUE ERA O LOBO.
— NÓS NÃO VAMOS ABRIR COISA NENHUMA – RESPONDERAM ELES.
— VOCÊ
NÃO É A NOSSA MÃE, QUE TEM UMA VOZ SUAVE E GENTIL. VOCÊ TEM VOZ
GROSSA, VOCÊ É O LOBO. OUVINDO AQUILO, O LOBO CORREU ATÉ O
MERCADINHO E COMPROU UM PEDAÇO BEM GRANDE DE GIZ, QUE ENGOLIU PARA
FICAR COM A VOZ SUAVE. EM SEGUIDA VOLTOU, BATEU NA PORTA DA CASA E
GRITOU:
— ABRAM, MEUS QUERIDOS FILHINHOS, É A MAMÃE QUE ESTÁ VOLTANDO COM
UMA LEMBRANÇA PARA CADA UM DE VOCÊS!
OS SETE CABRITINHOS
ERA UMA VEZ UMA CABRA, QUE MORAVA COM SEUS SETE CABRITINHOS EM UMA
LINDA CASINHA COM QUINTAL E JARDIM.
NA QUELA MANHÃ, ESTAVAM TODOS ASSISTINDO TELEVISÃO ANTES DE MAMÃE
SAIR PARA O MERCADO, FAZER COMPRAS:
A NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA DIZIA:
- CUIDADO: HÁ UM LOBO MAU SOLTO POR AÍ. FOI VISTO PELA ÚLTIMA VEZ FUGINDO
PARA PERTO DO RIO. TODOS ESTAMOS TRABALHANDO PARA CAÇÁ-LO, MAS ATÉ
AGORA ELE CONTINUA SOLTO. AS CRIANÇAS DEVEM FICAR EM CASA ATÉ QUE ELE
ESTEJA BEM PRESO.
- AH! LOGO HOJE QUE ÍAMOS COMEÇAR NOSSO CLUBE NOVINHO LÁ FORA!
MAMÃE CABRA NÃO QUIS SABER: FALOU SÉRIO COM SEUS SETE CABRITINHOS, E
TODOS ENTENDERAM MUITO BEM.
- ESTÁ BEM, ENTÃO. PODE CONFIAR EM NÓS. VAMOS FICAR BEM ATENTOS.
- NÃO VAMOS ABRIR NADA, SEU LOBO BOBO. A VOZ DA MAMÃE É SUAVE E MACIA,
SÓ VAMOS ABRIR PARA ELA!
ENTÃO O LOBO FICOU FURIOSO. TINHA QUE TER ALGUMA IDEIA AQUELES
CABRITINHOS SÓ IAM ABRIR PARA A MÃE, MAS COMO ENGANÁ-LOS? AHÁ! O LOBO
CORREU ATÉ A CONFEITARIA, ESCOLHEU A MELHOR TORTA DE MAÇÃ E MEL, QUE
ENGOLIU INTEIRINHA, QUERENDO ADOÇAR A VOZ.
TREINOU FALAR CANTADINHO COMO AS MÃES DOS OUTROS.
ENTÃO O LOBO TEVE OUTRA IDEIA, CORREU ATÉ O MOINHO E AFUNDOU AS PATAS
NA FARINHA BRANQUINHA, PARA ENGANAR OS TOLOS.
BATEU DE VOLTA NA PORTA, AINDA ADOÇANDO A VOZ, E NOVAMENTE FOI PARAR
COM A PATA NA JANELA: DESTA VEZ ELE ENCOLHEU BEM AS UNHAS:
OS CABRITINHOS FICARAM EM DÚVIDA, OLHARAM UNS PARA OS OUTROS, E
RESOLVERAM ABRIR A PORTA. PARA QUE?
ELES FICARAM APAVORADOS E QUISERAM SE ESCONDER. UM SALTOU PARA
DEBAIXO DA MESA, O SEGUNDO PARA DEBAIXO DA CAMA, O TERCEIRO PARA
DENTRO DO FOGÃO, O QUARTO FOI PARA A COZINHA, O QUINTO SE ESCONDEU
DENTRO DO ARMÁRIO, O SEXTO DENTRO DA BACIA DE LAVAR LOUÇA QUE ERA DE
PORCELANA, E O SÉTIMO DENTRO DA CAIXA DO RELÓGIO.
O LOBO FOI CAÇANDO UM POR UM, ENGOLINDO POR INTEIRO CADA CABRITINHO
DE TANTA FOME QUE ESTAVA. PERDEU A CONTA DE QUANTOS CABRITINHOS JÁ
TINHAM ENTRADO NAQUELE BARRIGÃO CHEIO, E FOI EMBORA, PENSANDO NÃO
TER DEIXADO SOBRAR NENHUM.
ESTAVA ENGANADO: APENAS O CABRITINHO PRETINHO NÃO FOI ENCONTRADO EM
SEU ESCONDERIJO:
O TIC-TAC TIC-TAC ATRAPALHOU O OUVIDO DO LOBO, QUE NÃO OUVIU O
CORAÇÃOZINHO ASSUSTADO QUE ESTAVA ESCONDIDO LÁ DENTRO.
QUANDO MAMÃE CABRA VIU A PORTA ABERTA, JÁ ENTROU ESPERANDO PELO
PIOR.
- O LOBO LEVOU TODOS OS MEUS FILHINHOS!
- TODOS, NÃO MAMÃE. EU AINDA ESTOU AQUI!
OS DOIS SE ABRAÇARAM MUITO, E DECIDIRAM IR ATRÁS DO LOBO, PARA VER SE
AINDA PODIAM SALVAR OS IRMÃOZINHOS.
CORRERAM EM DIREÇÃO AO RIO, ONDE SOUBERAM PELA TV QUE ERA O
ESCONDERIJO DELE. AO CHEGAREM PERTO, LOGO OUVIRAM UM SOM TERRÍVEL:
ROM… ROM… ROM… ERA O LOBO RONCANDO, DORMINDO SOB AS ÁRVORES NA
BEIRA DO RIO.
MAMÃE CABRA TEVE UMA IDEIA, E DISSE AO FILHO:
- NÃO FAÇA NENHUM BARULHO PARA NÃO ACORDAR O LOBO. CORRA COM TODA
SUA VELOCIDADE ATÉ LÁ EM CASA, E TRAGA A CESTA DE COSTURA DA MAMÃE:
VEJA QUE TENHA TESOURA, AGULHA E LINHAS.
Era uma vez, numa pequena cidade às margens da floresta, uma meninade
olhos negros e louros cabelos cacheados, tão graciosa quanto valiosa.Um dia, com um
retalho de tecido vermelho, sua mãe costurou para elauma curta capa com capuz; ficou uma
belezinha, combinando muito bem com oscabelos louros e os olhos negros da
menina.Daquele dia em diante, a menina não quis mais saber de vestir outra roupasenão
àquela e, com o tempo, os moradores da vila passaram a chamá-lade “Chapeuzinho
Vermelho”.Além da mãe, Chapeuzinho Vermelho só tinha uma avó bem velhinha, quenem
conseguia mais sair de casa. Morava numa casinha no interior da mata.De vez em quando
ia lá visitá-la com sua mãe, e sempre levavam algunsmantimentos.Um dia, a mãe da menina
preparou algumas broas das quais a avó gostavamuito, mas, quando acabou de assar os
quitutes, estava tão cansada quenão tinha mais ânimo para andar pela floresta e levá-las
para a velhinha.Então, chamou a filha:
— Chapeuzinho Vermelho, vá levar estas broinhas para a vovó. Ela gostarámuito. Disseram-
me que há alguns dias ela não passa bem e, com certeza, não tem vontade de cozinhar.
— Vou agora mesmo, mamãe.
— Tome cuidado, não pare para conversar com ninguém e vá direitinho,sem desviar do
caminho certo. Há muitos perigos na floresta!
— Tomarei cuidado, mamãe, não se preocupe.
A mãe arrumou as broas em um cesto e colocou também um pote de geleiae
um tablete de manteiga. A vovó gostava de comer as broinhas com manteigafresquinha e
geleia. Chapeuzinho Vermelho pegou o cesto e foi embora. A mata era cerrada eescura. No
meio das árvores somente se ouvia o chilrear de alguns pássarose, ao longe, o ruído dos
machados dos lenhadores. A menina ia por uma trilha quando, de repente, apareceu-lhe na
frente umlobo enorme, de pelo escuro e olhos brilhantes. Olhando para aquela linda menina,
o lobo pensou que ela devia ser maciae saborosa. Queria mesmo devorá-la num bocado só.
Mas não teve coragem, temendo os cortadores de lenha que poderiam ouvir os gritos da
vítima. Porisso, decidiu usar de astúcia.
— Bom dia, linda menina! — disse com voz doce.
— Bom dia! — respondeu Chapeuzinho Vermelho.
— Qual é seu nome?
Chapeuzinho Vermelho.
— Um nome bem certinho para você. Mas diga-me, Chapeuzinho Vermelho, onde está indo
assim tão só?
— Vou visitar minha avó, que não estámuito bem de saúde.
— Muito bem! E onde mora sua avó?
— Mais além, no interior da mata.
— Agora estou realmente satisfeito — resmungou o lobo. Estou até comvontade de tirar uma
soneca, antes de retomar meu caminho.
Voltou a se enfiar embaixo das cobertas, bem quentinho. Fechou os olhose, depois de
alguns minutos, já roncava. E como roncava! Uma britadeira teriafeito menos barulho.
Algumas horas mais tarde, um caçador passou em frente à casa da vovó,ouviu o barulho e
pensou: “Olha só como a velhinha ronca! Estará passando mal? Vou dar uma espiada.”.
Abriu a porta, chegou perto da cama e… quem ele viu? O lobo, que dormia como uma
pedra, com uma enorme barriga parecendo um grande balão!
O caçador ficou bem satisfeito. Há muito tempo estava procurando esse lobo, que já matara
muitas ovelhas e cordeirinhos.
— Afinal você está aqui, velho malandro! Sua carreira terminou. Já vai ver!
Enfiou os cartuchos na espingarda e estava pronto para atirar, mas então lhe pareceu que a
barriga do lobo estava se mexendo e pensou: “Aposto que este danado comeu a vovó, sem
nem ter o trabalho de mastigá-la! Se foi isso, talvez eu ainda possa salvá-la!”.
Guardou a espingarda, pegou a tesoura e, bem devagar, bem de leve, começou a cortar a
barriga do lobo ainda adormecido.
Na primeira tesourada, apareceu um pedaço de pano vermelho; na segunda, uma cabecinha
loura; na terceira, Chapeuzinho Vermelho pulou fora.
— Obrigada, senhor caçador, agradeço muito por ter me libertado. Estava tão apertado lá
dentro e tão escuro… Faça outro pequeno corte, por favor,assim poderá libertar minha avó,
que o lobo comeu antes de mim.
O caçador recomeçou seu trabalho com a tesoura, e da barriga do lobo saiu também a vovó,
um pouco estonteada, meio sufocada, mas viva.
— E agora? — perguntou o caçador. — Temos de castigar esse bicho como ele merece!
Chapeuzinho Vermelho foi correndo até a beira do córrego e apanhou uma grande
quantidade de pedras redondas e lisas. Entregou-as ao caçador, que arrumou tudo bem
direitinho dentro da barriga do lobo, antes de costurar os cortes que havia feito.
Em seguida, os três saíram da casa, esconderam-se entre as árvores e aguardaram.
Mais tarde, o lobo acordou com um peso estranho no estômago. Teria sido indigesta a
vovó? Pulou da cama e foi beber água no córrego, mas as pedras pesavam tanto que,
quando se abaixou, ele caiu na água e ficou preso no fundo do córrego.
O caçador foi embora contente e a vovó comeu com gosto as broinhas.
E Chapeuzinho Vermelho prometeu a si mesma nunca mais esquecer os conselhos da
mamãe: “Não pare para conversar com ninguém e vá em frente pelo seu caminho”.
Chapeuzinho Vermelho
Charles Perrault
Era uma vez uma menina que vivia numa aldeia; era a coisa mais linda que se podia
imaginar. Sua mãe era louca por ela, e a avó mais louca ainda. A boa velhinha mandou fazer
para ela um chapeuzinho vermelho, e esse chapéu assentou-lhe tão bem que a menina
passou a ser chamada por todo mundo de Chapeuzinho Vermelho.
Um dia, tendo feito alguns bolos, sua mãe disse-lhe:
— Vá ver como está passando a sua avó, pois fiquei sabendo que ela está um pouco
adoentada. Leve-lhe um bolo e este potezinho de manteiga. Chapeuzinho Vermelho partiu
logo para a casa da avó, que morava numa aldeia vizinha. Ao atravessar a floresta, ela
encontrou o senhor Lobo, que ficou louco de vontade de comê-la; não ousou fazer isso,
porém, por causa da presença de alguns lenhadores na floresta. Perguntou a ela aonde ia, e
a pobre menina, que ignorava ser perigoso parar para conversar com um lobo, respondeu:
— Vou à casa da minha avó, para levar-lhe um bolo e um potezinho de manteiga que
mamãe mandou.