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Trabalho de Geomorfologia - Processos Exogenos.
Trabalho de Geomorfologia - Processos Exogenos.
(Licenciatura em Geologia)
Universidade Rovuma
Nampula
2021
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(Licenciatura em Geologia)
Universidade Rovuma
Nampula
2021
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Índice
Resumo:...........................................................................................................................................3
1. Objectivo..................................................................................................................................4
2. Metodologia..............................................................................................................................5
Introdução........................................................................................................................................5
Conclusão......................................................................................................................................19
Referências bibliográficas.............................................................................................................20
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Resumo:
A conjunção dos processos endógenos, presentes durante toda a evolução da história geológica
da Terra, ocasiona a dinâmica da litosfera e, consequentemente, a formação das cadeias de
montanhas, das fossas oceânicas, do deslocamento de porções continentais e das actividades
magmáticas em grandes extensões da crosta terrestre.
Os processos exógenos correspondem aos processos que actuam no exterior da Terra. Nas mais
diversas paisagens do mundo é possível reconhecer a presença dos agentes exógenos no relevo.
O trabalho destes agentes é denominado de erosão. Os principais agentes erosivos do relevo são:
a água (que pode agir no desgaste do relevo de diferentes formas, através das chuvas, glaciações,
rios, mares); o vento e a própria acção do ser humano.
A acção das águas pode gerar o desgaste no relevo de diferentes formas, através das chuvas,
gelo, rios, mares. Os processos de erosão glacial ocorrem sob as massas de gelo. Este tipo de
erosão pode ser definido como envolvendo a incorporação e remoção, pelas geleiras, de
partículas ou detritos do assoalho sobre o qual elas se movem. De modo geral, ocorrem três
processos principais de erosão glacial: abrasão; remoção e acção da água no degelo.
A acção do vento fica registrada tanto nas formas de relevo como nos fragmentos trabalhados
pela acção eólica, seja de forma destrutiva (erosão) ou de forma construtiva e/ou acumulativa
(sedimentação).
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1. Objectivo.
1.1. Objectivo Geral.
Conhecer os processos exógenos e seus efeitos na formação do relevo.
1.2. Objectivo Especifico.
Conhecer os principais processos exógenos da formação do relevo;
Conhecer os seus efeitos no relevo;
Conhecer os tipos de relevo e como actuam;
2. Metodologia.
Introdução
Neste presente trabalho, que tem como tema, Processos exógenos e seus efeitos no relevo,
iremos abordar alguns fundamentos conceituais, que tem a ver com a erosão e denudação. E
dentro disso, citamos como referenciais importantes de alguns actores que culminaram na defesa
do tema acima citado. Por último, vamos falar dos tipos e formas de relevo que actuam nos
processos exógenos.
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Os processos exógenos correspondem aos processos que actuam no exterior da Terra. Sem
dúvida, nas mais diversas paisagens do mundo é possível reconhecer a presença dos agentes
exógenos no relevo. O trabalho destes agentes é denominado de erosão.
Antes de verificarmos os tipos e formas de erosão é preciso deixar claro o conceito de erosão e
denudação. Vejamos:
O termo denudação (do latim = denudare = descobrir) por muito tempo tem sido empregado na
Geomorfologia como sendo a remoção do material solto resultante do processo de
intemperismo das rochas, oriundo da acção dos diferentes processos erosivos.
(BIGARELLA, 2003). A denudação, consiste no desgaste das formas de relevo mais salientes
devido à acção dos agentes erosivos, ou seja, ocasionará acentuadamente a exposição das
estruturas rochosas.
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Para conseguir entender a diferença entre a erosão e a denudação, é necessário nos lembrar que, a
erosão refere-se aos processos de desgastes da superfície e a denudação consiste nas
consequências deste desgaste.
No que se refere à cronologia dos eventos denudacionais, segundo Bigarella (2003), diz respeito
tanto aos geomorfólogos como aos geógrafos, geólogos, estratígrafos e pedólogos, uma vez que
se torna necessário correlacionar as diversas superfícies ou níveis de erosão com seus depósitos
correlativos. “A cronologia da denudação depende da obtenção de muitos dados relativos aos
depósitos correlativos associados, bem como da aplicação de metodologia apropriada”.
(BIGARELLA, 2003, p. 908).
A erosão pode ser considerada normal ou natural e acelerada. A erosão normal é menos
evidente, sendo percebida apenas com o decorrer do tempo e efectua-se dentro das
condições naturais do ambiente. Já a erosão acelerada consiste na remoção de grande massa
de material, a curto prazo, ocasionando sulcos mais ou menos profundos na superfície do
terreno, destruindo o solo no meio rural e as propriedades na área urbana, além de afectar
as obras de engenharia de modo geral. (BIGARELLA, 2003). É importante destacar que na
erosão acelerada existe a interferência antrópica, bem como as mudanças climáticas, que fazem
com que ocorra o aumento da intensidade erosiva.
A erosão inicia com a desagregação das rochas em virtude do intemperismo (processos que
geram a destruição física e a decomposição química dos minerais em decorrência da acção dos
agentes climáticos e biológicos). Os sedimentos que se formam são posteriormente transportados
para áreas mais baixas pelos próprios mecanismos naturais em movimento (vento, chuvas, rios
etc.). Esses sedimentos são depositados nas partes mais baixas da superfície, nas quais se
acumulam.
Os principais agentes erosivos são: a água (que pode agir no desgaste do relevo de diferentes
formas, através das chuvas, rios, mares); glaciações; vento e a própria acção do ser humano.
A acção das águas pode gerar o desgaste no relevo de diferentes formas, através da água das
chuvas, dos rios e dos mares. A saber:
Erosão de Voçorocas: podemos dizer que este tipo de erosão é a mais complexa e
destrutiva. Corresponde ao produto da acção combinada das águas do escoamento
superficial e subterrâneo, apresentando grande porte e formas variadas. As voçorocas são
verdadeiras “crateras”, possuindo paredes laterais íngremes e, em geral, fundo chato,
ocorrendo fluxo de água no seu interior durante os eventos chuvosos.
Acerca da erosão pluvial, é importante destacar também que parte das águas das chuvas que
caem sobre a superfície da Terra infiltra-se no subsolo, formando a água subterrânea. Essa água
subterrânea realiza um trabalho de erosão no subsolo, modelando formas bem características,
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principalmente em terrenos constituídos por rochas de fácil dissolução. O calcário é uma delas, e
as regiões onde ele é trabalhado pelas águas formam um relevo típico denominado karst (nome
emprestado de uma região da Croácia). Sem dúvida, as cavernas são as mais belas formações
desse relevo, que possui vários outros aspectos característicos, como os lapiás (formas
superficiais) e as dolinas (depressões).
A erosão fluvial corresponde à erosão ocasionada pela ação das águas dos rios sobre a superfície
terrestre. As águas dos rios, durante o seu percurso, retiram, transportam e depositam
materiais, ocasionando a “construção” e/ou destruição de suas respectivas margens.
É evidente que o trabalho de construção e/ou destruição realizado pela erosão fluvial depende de
alguns factores, como a natureza da rocha, a declividade do terreno, a velocidade do fluxo
das águas e a força da correnteza.
Os vales fluviais são considerados um dos mais significativos testemunhos do trabalho erosivo
fluvial. Não podemos deixar de ressaltar que este processo erosivo de formação dos vales
fluviais levou bilhões e/ou milhões de anos para ocorrer.
Os exemplos mais comuns desse tipo de formação são os vales em V e os cânions, a exemplo do
Grand Canyon, nos Estados Unidos (Figura 2). Para ter uma ideia, o cânion exemplificado foi
escavado pelas forças das águas do rio Colorado, sendo que, entre o ponto mais alto do rio e sua
foz há um desnível de aproximadamente 2.400 metros, cuja extensão é de cerca de 500 km e
varia de 7 a 30 km de borda a borda. Sua idade é de aproximadamente 13 milhões de anos. A
ilustração a seguir explica como se forma um cânion.
1 1. Ao correr, os rios
carregam partículas das
suas margens. Quanto
maior o desnível do
percurso e dependendo da
composição do solo, mais
sedimentos a água levará
embora.
2 2. Se o terreno, desde a
nascente até um
determinado ponto do
curso, é subitamente
elevado por um
movimento da crosta, o
rio ganha velocidade.
3 3. A força e a turbulência
da corrente escavam o
leito no sentido vertical,
carregando todo tipo de
material que estiver no
caminho, Formam-se.
É importante destacar que não são todos os vales que apresentam a forma de “garganta”, como
os cânions. Os vales também podem ser encontrados em forma de vale em calha, vale normal e
vale assimétrico. Ao observar a figura a seguir você perceberá a diferença entre eles.
Podemos dizer que o mar também forma e/ou transforma as paisagens litorâneas. A erosão
marinha pode ser construtiva e também destrutiva. Assim, o trabalho de construção do relevo,
bem como de destruição, realizado pelo mar nas áreas litorâneas, chama-se de erosão marinha.
Quando as ondas quebram nas partes em que o continente avança sobre o mar, arrancam
fragmentos das rochas, fazendo com que as paredes rochosas desmoronem, num processo
erosivo de destruição (abrasão).
Um exemplo típico de formas resultantes da abrasão marinha, são as falésias (costas altas e
abruptas). O esquema a seguir ilustra a formação de uma falésia. Observe-o.
Os processos de erosão glacial ocorrem sob as massas de gelo. Este tipo de erosão pode ser
definido como envolvendo a incorporação e remoção, pelas geleiras, de partículas ou detritos do
assoalho sobre o qual elas se movem. De modo geral, ocorrem três processos principais de
erosão glacial: abrasão; remoção e acção da água no degelo. Vejamos cada um deles, segundo de
Campos e Santos (2001, p. 223):
Água de degelo – duas são as maneiras pelas quais a água do degelo glacial produz erosão:
Os vales e os circos glaciais são as estruturas mais impressionantes esculpidas pelo gelo. Vales
glaciais formaram-se devido à canalização das geleiras ao longo de depressões topográficas,
modificando-as. A acção abrasiva do gelo resulta em modificação do perfil dos vales fluviais de
V para vales glaciais de U.
A acção do vento fica registrada tanto nas formas de relevo como nos fragmentos trabalhados
pela acção eólica, seja de forma destrutiva (erosão) ou de forma construtiva e/ou acumulativa
(sedimentação ou deposição).
Os dois processos erosivos que correspondem à actividade eólica são: a deflação e abrasão.
Segundo Sígolo (2001, p. 252), “na deflação a remoção de areia e poeira da superfície pode
produzir depressões no deserto, chamadas bacias de deflação, podendo chegar a níveis mais
baixos do que o nível do mar”. De acordo com o mesmo autor, deflação também pode produzir
os chamados pavimentos desérticos (figura a seguir (esquerda)), caracterizados por extensas
superfícies exibindo cascalho ou o substrato rochoso, expostas pela remoção dos sedimentos
finos. Se o nível topográfico no deserto sofrer um rebaixamento por esse mecanismo até atingir a
zona subsaturada ou saturada em água, podem originar-se os chamados oásis (figura a seguir).
Por causa dos constantes impactos de diferentes partículas em movimento (areia fina, média ou
mesmo grossa) entre si e com materiais estacionados, geralmente maiores (seixos, blocos etc.),
ocorre um intenso processo de desgaste e polimento de todos esses materiais. (SÍGOLO, 2001).
Este processo denomina-se abrasão eólica. É importante ressaltar que o vento, isoladamente, não
produz qualquer efeito abrasivo sobre materiais rochosos. Apenas quando transporta areia e
poeira é que exerce papel erosivo. A abrasão produzida pelo vento assemelha-se ao processo de
jateamento e polimento com areia, utilizado na indústria para limpar, polir ou decorar diversos
objectos.
Segundo Sígolo (2001), a acção erosiva do vento produz outras formas de registo, como os
yardangs, que se assemelham a cascos de barcos virados, formados pela acção abrasiva eólica
sobre materiais relativamente frágeis, como sedimentos e rochas sedimentares pouco
consolidadas. Representam formas de abrasão importantes em diferentes áreas desérticas, tais
como a Bacia do Lut, no sudoeste do Irã, e Atacama, no Chile.
Embora os ventifactos (seixos que apresentam duas ou mais faces planas desenvolvidas pela
acção da abrasão eólica) sejam raros, outras formas erosivas são encontradas, muitas delas
conjugadas à actividade pluvial. Quando assim ocorrem, as acções erosivas eólica e pluvial
podem produzir formas específicas no relevo, como, por exemplo, nos arenitos do Subgrupo
Itararé em Vila Velha, Paraná. Observe a imagem a seguir.
Dunas – são formadas por uma deposição contínua, apresentam-se como grandes
elevações de areia, podendo ser estacionárias (fixas) ou migratórias (móveis). As formas
de dunas mais comuns são as dunas transversais, barcanas, parabólicas, estrela e
longitudinais.
Mares de areia – é empregado em desertos para grandes áreas cobertas de areia, a
exemplo da Arábia Saudita, com cerca de 1.000.000 km² da superfície actualmente
cobertos por areia. Gigantescas áreas com dunas também ocorrem na Austrália e Ásia. As
extensas coberturas de areia no Norte da África são conhecidas como ergs. (SÍGOLO,
2001).
Loess – sedimentos muito finos, quase sempre amarelados, e muito férteis, constituídos
por quartzo, argila e calcário. Sua área de ocorrência mais conhecida é a da China
meridional.
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Conclusão
Para terminar a presente abordagem cuja temática fora processos exógenos e seus efeitos no
relevo, importa realçar que a temática que parece simples, mas que ao debruça-la, seu
entendimento consagra-se complexo, na perspectiva de responder aos objectivos previamente
traçados, o trabalho conclui que, os processos exógenos que acontecem na superfície da crosta
terrestre e modelam a diversidade de formas, ou seja, que são os responsáveis pela esculturação
do relevo, desencadeiam-se pelos agentes morfogenéticos exógenos e referem-se à interacção de
forças da natureza, envolvendo a atmosfera, hidrosfera e a superfície terrestre com forte actuação
da energia emitida pelo sol e pela força da gravidade.
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Referências bibliográficas
SOUZA, Arildo João & MÜLLER, Rosimar Bizello • Geomorfologia: Centro Universitário
Leonardo da Vinci – Indaial: Grupo UNIASSELVI, 2010.
SÍGOLO, B. J. Processos Eólicos - a acção dos ventos. In: TEIXEIRA, W. et al. (Orgs).
Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Texto, 2001.