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FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO

FACULDADE DE DIREITO

Credenciada pela Portaria MEC n.º 3.640, de 17/10/2005 – DOU de 20/10/2005. 

CURSO DE DIREITO - BACHARELADO

Reconhecido pela Portaria MEC n.º 444, de 1º de novembro de 2011 – DOU de 3/11/2011.

Disciplina: Sociedade e Crime Professor: Thais T. Rodrigues

Aluno Vinícius A. C. Coelho Data : 09/06/2020

TEXTOS:

 RUSCHE, Georg.; KIRSCHEIMER, Otto. Punição e Estrutura Social. Rio de Janeiro: Revan, 2004 pp. 17-22 (no portal é o
arquivo: RUSCHE KIRSCHEIMER – prisão 10)
 MIRALLES. Teresa. O Controle Formal. O cárcere. In: BERGALLI, Roberto et alli. O pensamento criminológico II: Estado e
Controle. Rio de Janeiro: Revan, 2015. pg. 137 a 175. (no portal é o o arquivo: MIRALLES – prisão 33)
 WACQUANT, Loic. Prisões da Miséria. Rio de janeiro : Zahar, 2001. pp. 96-119. (no portal é o arquivo: WACQUANT – prisão
14)
 FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 2001. pp. 63-86 (no portal éo arquivo: FOUCAULT – prisão -13)

QUESTÕES: podem ser respondidas como uma dissertação ou cada questão separadamente.
a. Apresente os argumentos que sustentam a relação do nascimento da prisão com problemas
econômicos e sociais, como, entre outros, a escassez de mão de obra, a partir do sec. XVII e XVIII.

b. Quais são os principais argumentos apresentados sobre a ressocialização como uma finalidade da
pena?

c. Como o trabalho corresponde a um elemento central da segregação como forma de punição?

a) Ao passo que a escassez de força de trabalho estrangeira obrigava os proprietários a pagar salários que seu
nível de vida acabava por ser inferior ao de seus próprios trabalhadores, bem como a falta de mão de obra
especializada estava muito grande, a criação das casas de correção, para eliminar os vagabundos e mendigos, foi o
primeiro passo para a criação das prisões, pois nelas havia a segregação das pessoas ditas como indesejáveis, o
modelo físico, estruturalmente falando, é o mesmo da prisão, no sentido em que toda a atividade é feita dentro da
casa de correção, com guardas nas pontas, vigiando a atividade, e uma sede administrativa.

b) O cárcere ressocializador baseia-se numa inabalável disciplina e a única coisa esperada do apenado é a
submissão, que é determinante da normalidade ou anormalidade do seu comportamento, e, por conseguinte,
reduzirá ou aumentará sua punição, tanto em termos quantitativos, quanto em qualitativos.

Observa-se que um preso é identificado como de bom caráter quando mostra sua capacidade de obediência
e submissão à autoridade. Analisada essa submissão, pode-se afirmar que há grande chance de que ela possa ter
efeito, também, na sociedade, isto é, o preso se submetendo às leis, normas e condutas sociais, necessárias ao
convívio social, sendo, dessa forma, reinserido na sociedade. Bem diferente do que acontencia na época em que a
prisão só servia para punir o infrator, como um castigo.

A disciplina é a principal base da condição de ressocializado.

c) Para segregrar as pessoas da sociedade em busca de trabalho transformou-se o que a pessoa faz, no que ela
trabalha, em crime. Pois a falta de mão de obra “especializada”, bem como a falta de pessoas com vontade de se
especializar nas casas de correção, fez com que fossem criadas leis para que essas pessoas, os drogados por
exemplo, fossem obrigados à se “especializar”.

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