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HISTÓRIA DOS TAMBORES

Os tambores surgiram desde as mais remotas eras da humanidade, num


período onde o fogo foi descoberto. Com a evolução do homem primitivo, ao
caçar, começou a utilizar as peles dos animais na fabricação de roupas e
outros objetos.

Os primeiros tambores eram feitos de pedaços de troncos ocos e tocados com


as mãos, galhos ou ossos de animais. Ao esticarem a pele sobre o tronco, eles
perceberam que o som produzido era mais potente. Acreditava-se que este
som, era o choro do animal morto, passaram então a consagrar a morte de sua
caça com gratidão, surgindo os primeiros princípios da manifestação religiosa
do homem e a origem dos tambores.

Pela forma simples de construção, tipos diferentes de tambores existem em


praticamente todas as civilizações conhecidas. A variedade de formatos,
tamanhos e elementos decorativos dependem dos materiais encontrados em
cada região e dizem muito sobre a cultura que os produziu.

Os períodos de inverno eram longos, por isso, os homens permaneciam dentro


das cavernas e esse tempo era utilizado na preparação de utensílios e na
realização de cerimônias religiosas, danças e na comunicação entre povos
tribais.

Ao realizar essas cerimônias ao toque do tambor, os homens primitivos


perceberam que as batidas do coração se uniam com as batidas do coração da
Mãe Terra, criando um ritmo comum que emanava da terra levando o grupo
ao estado de “transe” (frenesi) de consciência alterada.

A música e a dança sempre foram determinantes na comunicação entre os


homens com os Deuses. Alguns historiadores e antropólogos destacam a ideia
de que a maneira utilizada para se chegar aos conhecimentos místicos nas
religiões primitivas, eram provocados pelo toque do tambor. Esse instrumento
seria então o responsável pela comunicação entre o homem e as Divindades –
seres responsáveis pelo comando da Natureza em nosso Planeta.

O tambor também era tocado em volta da fogueira para contar as histórias das
caçadas vitoriosas. O uso do tambor produzia uma frequência energética
elevada, por isso, também eram usadas em curas, orações e viagens a outras
dimensões.

O tambor é considerado a canoa ou cavalo dos xamãs, pois proporciona uma


forma segura de voltar ao corpo. É o mapa que nos guia a diversos estados de
consciência, pois facilita a conexão do nosso mundo interior. Está associado à
direção sul, ao elemento terra, às criaturas de quatro patas, ao Arquétipo do
Curador e a qualidade da cura.

O tambor conecta o coração da pessoa que cultiva a jornada, formando uma


conexão profunda na energia e confiança onde a pessoa realiza jornadas bem-
sucedidas, pois o tambor proporciona acesso aos padrões de força vital que
existem dentro e fora de nós (SAMS,1990).

Os tambores são o início de tudo e representaram um papel muito importante,


pois é utilizado para enviar e receber mensagens espirituais e é essencial na
preservação da tradição oral. Aquele que toca o tambor é um orador e um
comunicador de mensagens sagradas.

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