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Plano Diário de Aula

Ano Lectivo: 2020/2021; Data: 27/JANEIRO; Nível: 2º Ciclo; Classe: 12ª; Turmas: EM12AT; Sala: 01/E01
ESCOLA: Instituto Técnico Lucrécio Dos Santos
Nome do Professor: Luís Maria
Disciplina: TECNOLOGIA ELECTROMECANICA
Unidade Temática #: ELECTRONICA DE POTENCIA
Tema: CONFIGURAÇÕES DO TRANSISTOR – EMISSOR COMUM
Tipo de Aula: CONTINUAÇÃO DA AULA ANTERIOR (TRANSISTOR BIPOLAR)
Tempo Lectivo:
Duração: 150 Minutos

OBJECTIVOS

GERAIS ESPECÍFICOS

1. Estudo do transístor bipolar No final da aula o aluno será capaz de:


(BJT).
 Saber desenhar o diagrama do circuito em EC e citar os nomes de cada terminal, tensão e
resistência;
 Saber desenhar uma curva hipotética da base e uma família de curvas do coletor, designando
seus dois eixos.

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Estrutura metodológica e
organizativa da aula/
TEMP
FASE DIDÁTICA CONTEÚDO DE ENSINO Meios de Ensino
O actividades do professor e dos
alunos

Motivação

Asseguramento do nível de  Resumo da aula anterior Elaboração conjunta, chuva de


10 Min  Quais são os modos de conectar um transístor ideias e perguntas
partida
BJT?
direcionadas

O que acontece se variar a tensão da base ou a


5 Min Pergunta motivacional Trabalho independente -------------------------
resistência da base? O que vai originar no coletor?

5 Min Orientação aos objectivos Explicar o que irão aprender no decorrer da aula. Exposição do professor ------------------------
Transístor Bipolar BJT
 Configuraçã o Emissor Comum.
Elaboração conjunta,
25 Min Tratamento didático da matéria  Curva da Base. ------------------------
Expositivo e Explicativo
 Curva do Coletor.
 Tensã o e Potencia do coletor.
Exercícios de aplicação referente a correntes no
Aplicação e sistematização da Elaboração conjunta e trabalho
35 Min transístor, Curva da base e tensão e potência do ------------------------
matéria independente
coletor.

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CONEXÃO EC

Existem três modos utilizados para conectar um transístor: em EC (emissor


comum), CC (coletor comum) ou BC (base comum). Neste capítulo, vamos nos
concentrar na conexão EC já que é a mais utilizada.

EMISSOR COMUM

Na Figura 7, o lado comum ou o terra de cada fonte de tensão está


conectado ao emissor. Por isso, o circuito é tratado por conexão em emissor
comum (EC). O circuito tem duas malhas. A da esquerda é a malha da base e a
da direita é a malha do coletor.

Figura 7 – Conexão EC: Circuito básico

Na malha da base, a fonte VBB polariza o díodo emissor diretamente com


RB como resistência de limitação de corrente. Variando VBB ou RB, podemos
variar a corrente da base. Variando a corrente da base podemos variar a corrente
do coletor. Em outras palavras, a corrente da base controla a corrente do coletor.
Isso é importante. Significa que uma corrente baixa controla uma corrente
alta (coletor).

Na malha do coletor, uma fonte de tensão VCC polariza reversamente o


díodo coletor com RC. A fonte de tensão VCC deve polarizar o díodo coletor
como mostrado; caso contrário o transístor não funcionará corretamente. Dito de
outra forma, o coletor deve ser positivo na Figura 7 para que possa coletar os
elétrons livres injetados na base.

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Na Figura a corrente da base circulando na malha da esquerda produz uma
tensão no resistor da base RB com a polaridade mostrada. De modo similar, a
corrente que circula no coletor na malha da direita produz uma tensão no resistor
do coletor RC com a polaridade mostrada.

Subscrito duplo

A notação com subscrito duplo é usada em circuitos com transístor. Quando


os subscritos são iguais, a tensão representa uma fonte (VBB e VCC). Quando os
subscritos são diferentes, a tensão é entre dois pontos do circuito (VBE e VEC).

Por exemplo, os subscritos de VBB são os mesmos, o que significa que


VBB é a fonte de tensão da base. De modo similar, VCC é a fonte de tensão do
coletor. Por outro lado, VBE é a tensão entre os pontos B e E, entre a base e o
emissor. Do mesmo modo, VEC é a tensão entre os pontos C e E, entre o coletor
e o emissor.

Subscritos simples

A notação com subscritos simples é utilizada para tensões nodais, isto é, a


tensão entre o terminal indicado pelo subscrito e o terra. Por exemplo, se
redesenharmos a Figura 7 com o terminal terra, obtemos a Figura 7a. A tensão
VB é a tensão entre a base e o terra, a tensão VE é a tensão entre o emissor e o
terra. (Neste circuito, VE é zero.)

Figura 7ª – Conexão EC: Circuito com o terra.

Podemos calcular a tensão com subscrito duplo de diferentes subscritos


simples, subtraindo suas tensões. Aqui estão três exemplos

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VEC = VC – VE

VBC = VC – VB

VBE = VB – VE

Visto que VE é zero neste circuito nesta conexão EC (Figura 7a), a tensão
fica simplificada:

VEC = VC

VBC = VC – VB

VBE = VB

CURVA DA BASE

Qual a aparência do gráfico de IB versus VBE? Ele se parece com a curva


de um díodo comum, conforme mostra a Figura 8. E por que não? Ela é a
polarização direta do díodo emissor, portanto devemos esperar ver o gráfico da
corrente versus tensão.

Figura 8 – Curva do díodo.

Aplicando a lei de Ohm no resistor da base na Figura 7a, obtemos esta


fórmula derivada:

V BB+ V BE
I B= (3)
RB

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Se usarmos um díodo ideal, VBE = 0. Com a segunda aproximação, VBE = 0,7
V.

Na maioria das vezes, a segunda aproximação é a melhor escolha entre a


rapidez ao usar o díodo ideal e a precisão de uma maior aproximação. Tudo o que
precisa lembrar para a segunda aproximação é de que VBE = 0,7 V, conforme
mostrado na Figura 8.

EXEMPLO

Use a segunda aproximação para calcular a corrente na base na Figura


abaixo. Qual a tensão no resistor da base? E a corrente no coletor se βcc = 200?

SOLUÇÃO

A fonte de alimentação da base de 2 V polariza o díodo emissor diretamente pela


resistência de limitação de corrente de 100 kΩ. Como a tensão no díodo emissor
é de 0,7 V, a tensão no resistor da base:

V BB−V BE =2V −0.7 V =1.3V

A corrente no resistor da base é:

V BB+ V BE 1.3 V
I B= = =13 μA
RB 100 KΩ

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CURVAS DO COLETOR

Já sabemos como calcular a corrente na base. Como VBB polariza


diretamente o díodo emissor, tudo o que precisamos fazer é calcular a corrente no
resistor da base RB. Agora, vamos voltar nossa atenção para a malha do coletor.

Podemos variar VBB e VCC na Figura 9 para produzir diferentes valores de


tensões e correntes no transístor. Se Fazer medições em IC e VEC, podemos
obter os dados para traçar o gráfico de IC versus VEC.

Por exemplo, suponhamos que você varie VBB até obter IB = 10 μA. Com
esse valor de corrente da base fixo, podemos agora variar e medir IC e VEC.
Traçando os dados, obtemos o gráfico mostrado na Figura 9a. (Obs.: Este gráfico
é do transístor 2N3904, muito usado como transístor de baixa potência. Com
outros transístores, os números podem variar, porém a forma da curva será
similar.)

Quando VEC for zero, o díodo coletor não estará reversamente polarizado.
É por isso que o gráfico mostra uma corrente no coletor de zero quando VEC é
zero. Quando VEC aumentar a partir de zero, a corrente no coletor aumentará
verticalmente. Quando VEC é de alguns décimos de Volt, a corrente no coletor
fica quase constante e igual a 1 mA.

Figura 9 – Circuito básico de um transístor.

Figura 9a – Curva do colector.

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A região de corrente constante na Figura 9a foi relatada anteriormente no
nosso estudo do funcionamento do transístor. Depois de o díodo coletor tornar-se
reversamente polarizado, ele captura todos os elétrons que chegam à camada de
depleção. Aumentar VEC não pode aumentar mais a corrente no coletor. Por
quê? Porque o coletor só pode capturar aqueles elétrons livres que o emissor
injetou na base. O número dos elétrons injetados depende apenas do circuito da
base e não do circuito do coletor. É por isso que a Figura 9a mostra uma corrente
constante no coletor entre um VEC de menos de 1 V a um VEC de mais de 40 V.

Se VEC for maior que 40 V, o díodo coletor atingirá a ruptura e o


funcionamento normal do transístor não mais acontecerá. O transístor não é
projetado para funcionar na região de ruptura. Por essa razão, um dos valores
nominais máximos que devemos observar em uma folha de dados de um
transístor é sua tensão de ruptura VEC (máx). Se o transístor atingir a ruptura, ele
será danificado.

TENSÃO E POTÊNCIA DO COLETOR

A lei das tensões de Kirchhoff afirma que a soma das tensões numa malha
fechada é igual a zero. Quando aplicada no circuito do coletor da Figura 9, a lei
das tensões de Kirchhoff fornece esta importante fórmula derivada:

V EC =V CC −I C ∗RC ( 4)

Ela informa que a tensão entre o emissor e o coletor é igual à tensão na


fonte de alimentação menos a tensão no resistor do coletor.

Na Figura 9, o transístor dissipa uma potência de aproximadamente:

P D=V EC∗I C (5)

A potência é a causa do aumento da temperatura na junção do díodo


coletor. Quanto maior a potência, maior a temperatura na junção. Os transístores
queimam quando a temperatura na junção está entre 150ºC e 200°C. Uma das
principais informações fornecidas pelas folhas de dados é a potência nominal
máxima PD (máx). A dissipação de potência máxima dada pela Equação 5 deve
ser menor que PD (máx). Caso contrário, o transístor será danificado.

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EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

1. O transístor da Figura tem βcc = 300. Calcule IB, IC, VEC e PD.

2. Usando o circuito anterior mude o valor de RB para 680 kΩ e repita


o exercício anterior.
3. A Figura abaixo mostra um circuito com transístor montado num
simulador MultiSim. Calcule o ganho de corrente do 2N4424.

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