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história
Resumo
A Administração Escolar sofreu as influências da expansão da nossa
sociedade e da racionalização do trabalho. Com o passar do tempo, no
contexto da democratização da sociedade, as novas exigências das
relações de trabalho requerem formação diferenciada dos trabalhadores,
mas, principalmente, dos gestores.
No final da primeira República, no início da Era Vargas, a sociedade passou
por uma crise de agroexportação. A partir desse momento, o que marca a
política é as novas formas de produção e de conflitos sociais colocam a
educação como pro-pulsora do progresso e da integração social, visando a
adaptação dos cidadãos às formas de reestruturação do trabalho.
A sociedade depositava na escola as expectativas de superação dos
problemas sociais. É necessário compreender que a escola começa a
atender as demandas do mercado.
A formação do pedagogo ganha destaque no Brasil a partir de 1964. Assim,
a atuação do pedagogo consistia em direcionar e controlar o processo
escolar. A figura do profissional técnico foi rompida com a profissionalização
do pedagogo, deixando de ser um especialista para ser o pedagogo
unitário.
O modelo de produção taylorista/fordista influenciou muito a área da
educação, pois, do mesmo modo que se exigia dos operários nas fábricas
e/ou indústrias, exigia-se dos professores nas escolas. Esse modelo era
baseado na padronização do método de trabalho e das ferramentas
utilizadas, tendo como finalidade atender às demandas educacionais de
trabalhadores e dirigentes, definindo os limites entre ações intelectuais e
instrumentais, determinando as funções de cada um no processo.
Com a Reforma Universitária de 1968, o planejamento e a execução na
escola ficam a cargo do pedagogo-especialista, sendo esse o responsável
pelo planejamento, controle e avaliação
Na escola, havia os profissionais que pensavam e os que executavam as
tarefas propostas, isto é, cada um realizava a sua função de forma
fragmentada, não interferindo na função do outro. Dessa forma, com a
incorporação do modo organizacional taylorista/fordista, a escola consolida
uma função reprodutora da sociedade capitalista. A partir dos princípios
toyotistas, um diferente tipo de profissional chega à escola, em função do
novo método flexível de organização, gestão e trabalho.
O professor passa a ser visto como parceiro da escola, podendo dar sua
opinião, suas ideias e sugestões em relação aos quesitos administrativos e
pedagógicos de sua escola.
A democratização do Estado para a administração da educação manteve as
características de centralização, controle e fiscalização. Para esses
quesitos, sustenta-se a necessidade de gerenciamento da educação por
profissionais capacitados, competentes e eficientes. A gestão da educação
e da escola passa a ser caracterizada com a visão da democracia, da
descentralização, da autonomia e da participação.
Aos administradores escolares, é conferida a importância estratégica como
construtores do movimento democrático. O trabalho dos gestores escolares
tem se revelado tanto como fortalecedor de ações que buscam a garantia
dos direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes quanto como
inibidor de iniciativas inovadoras, reforçando a internalização das estruturas
sociais vigentes. É preciso ter consciência que as forças econômicas e
sociais, assim como as ferramentas políticas e intelectuais, são construídas
nas relações, tendo as elites dominantes como ponto de apoio às
aspirações e expectativas de determinados grupos.