Você está na página 1de 91

2015

Libras no Contexto
Educacional: metodologias e
adaptações curriculares.

Professora Formadora:
Andréia Aparecida Celestino Nunes
Formação Permanente - SEMED
4
Diretoria de Avaliação, Estatística e Formação
Secretaria Municipal de Educação de Palmas – To.

Curso de formação na área de Educação Especial e


Inclusão.

Elaborada e organizada por


Andréia Aparecida Celestino Nunes – Pedagoga /Professora Formadora.

2013

5
Apresentação

Caro cursista,

Esta capacitação tem como objetivo proporcionar a você educador uma


reflexão acerca do processo de alfabetização, aquisição da leitura e da escrita as
pessoas com surdez, buscaremos identificar através de estudos bibliográficos,
algumas prováveis causas que dificultam o processo de alfabetização na língua
portuguesa para esse aluno, levando em consideração as linguagens e o bilinguismo,
as fases de aquisição da língua escrita, o ambiente escolar e o papel do professor
como agente transformador e mediador na construção do conhecimento.

Primeiramente, estudaremos algumas abordagens teóricas sobre os aspectos


históricos da educação de surdos e as leis: legislação educacional brasileira, conceito
da deficiência auditiva e os tipos, causas e principais graus de surdez, a línguas e
linguagens, bilinguismo na educação do surdo e outras tendências pedagógicas para
educação de surdos, letramento, língua Brasileira de Sinais, a língua portuguesa e
suas fases de aquisição pelo surdo, o ambiente na escola e o papel do professor, e
por fim o momento didático pedagógico.

Iremos possibilitar também, por meio de aulas práticas a confecção de


materiais pedagógicos que servirão de suporte nas aulas de língua portuguesa,
permitindo ao aluno surdo uma maior compreensão tanto da Libras quanto da Língua
Portuguesa.

Em sequências estudaremos a Libras na teoria e na prática, tais como:


parâmetros, alfabeto digital, calendário, alguns pronomes, advérbios, verbos, adjetivos
e sinais usados no cotidiano escolar. Enfim, esse curso servirá de base para que
possamos repensar e analisar qual o tipo de professor que queremos ser e como
podemos mudar a vida da pessoa surda.

Entendemos caro cursista, que esse formato de estudo contribuirá para


estabelecer a comunicação entre o sujeito surdo e o sujeito ouvinte.

Tenha um bom estudo!

Profª. Andréia Aparecida Celestino Nunes.

6
Sumário
Introdução............................................................................................................9
EDUCAÇÃO DE SURDO E AS LEIS: LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL
BRASILEIRA.......................................................................................................13
Objetivos: ............................................................................................................................... 13
Introdução: ............................................................................................................................. 13
Leis recentes no Brasil a educação de surdos ................................................................ 15

DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SUAS CAUSAS....................................................17


Objetivos: ............................................................................................................... 17
Introdução: ............................................................................................................................. 17
Causas da Deficiência Auditiva .......................................................................................... 17
Tipos de Surdez.................................................................................................................... 18
Principais Distúrbios Auditivos ........................................................................................... 20
Aparelho Auditivo ................................................................................................................. 21
 Próteses auditivas convencionais. ............................................................................. 21
 Próteses auditivas retroauriculares. .......................................................................... 22
 Próteses auditivas intra-aurais. .................................................................................. 22
AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO DO SURDO...................24
Objetivos: ............................................................................................................................... 24
Introdução: ............................................................................................................................. 24
Oralismo ................................................................................................................................. 24
A Comunicação Total........................................................................................................... 25
O Bilinguísmo na Educação do Surdo .............................................................................. 26

LÍNGUAS E LINGUAGENS................................................................................30
Objetivos: ............................................................................................................................... 30
Introdução: ............................................................................................................................. 30
Letramento............................................................................................................................. 32
A Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS........................................................................... 34
A Língua Portuguesa e Suas Fases de Aquisição Pelo Surdo ..................................... 36
O AMBIENTE ESCOLAR...................................................................................40
Objetivos: ............................................................................................................................... 40
Introdução: ............................................................................................................................. 40
O Papel do Professor na Aprendizagem do Aluno Surdo .............................................. 41
Momento Didático Pedagógico .......................................................................................... 41
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................43
HORA DE PRATICAR!........................................................................................45
7
Configurações de Mão.................................................................................................... 46
Alfabeto Manual de Libras .................................................................................................. 47

SINAIS RELACIONADOS AO AMBIENTE ESCOLAR – ASSUNTOS


ESCOLARES.....................................................................................................48
DISCIPLINAS................................................................................................................54
DIAS DA SEMANA.............................................................................................57
MESES DO ANO..........................................................................................................60
FAMÍLIA E CONDIÇÃO CIVIL....................................................................................63
NATUREZA....................................................................................................................68
ANTÔNIMOS.................................................................................................................72
FRUTAS.........................................................................................................................87

8
Introdução

Com o foco na inclusão de alunos com deficiência auditiva que, por sua
vez, tem muitas dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita,
abordaremos questões relacionadas a esse segmento da população escolar
por meio desta pesquisa, elaborada através de estudos bibliográficos.
Falaremos sobre as dificuldades na alfabetização do aluno surdo, que foram
considerados por muitos anos, incapazes de aprender devido a sua dificuldade
de se comunicar e de interagir com os seus pares.

Os estudos para a aprendizagem da leitura e escrita à criança surda têm


apontado para uma proposta bilíngue como sendo mais adequada para
alfabetização, associando a língua de sinais com a língua portuguesa, tendo
em vista que considera a língua de sinais como língua natural e parte desse
pressuposto para o ensino da língua escrita. Com essa proposta, espera-se
que o aluno surdo tenha melhor desempenho na aquisição da escrita e leitura.

Para que o aluno surdo não encontre tantas dificuldades na


aprendizagem da leitura e escrita, seria ideal o domínio da sua língua materna,
LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) podendo assim, aprender a língua do seu
país, a língua portuguesa na modalidade escrita. E junto, com a aprendizagem
das duas línguas, o desenvolvimento cognitivo, afetivo, sociocultural das
crianças, fazendo com que o professor perceba que essas aprendizagens não
dependem da audição, mas sim do desenvolvimento espontâneo da sua língua,
pois a língua de sinais propicia o desenvolvimento linguístico e cognitivo da
criança surda, facilita o processo de aprendizagem, serve de apoio para a
leitura e compreensão do mundo que a rodeia. Esse desenvolvimento garante
também o convívio humanizado em toda a sociedade e que não haja
preconceito e sim respeito pela sua condição e identidade surda, podendo
garantir que esse aluno surdo possa conviver e aprender a língua dentro de
uma escola regular de ensino.

Para tanto, propomos com essa formação identificar, discutir e


revalorizar questões básicas, proporcionando aos professores, alternativas
para superar as dificuldades encontradas na sala de aula com relação à

9
alfabetização de alunos surdos, percebendo o tipo de abordagem que está
sendo empregada para a solução do problema. Essa formação e estudo aqui
apresentado têm como objetivo levar o professor à práxis, proporcionando além
de uma abordagem bilingue, o estudo e prática da Libras, por meio de oficinas,
estudo dos sinais e seus significados, podendo assim ensinar a LIBRAS é
possibilitar ao aluno surdo uma maior compreensão do que está sendo
ensinado tanto por meio da sua língua materna- Libras (L1) quanto da língua
portuguesa (L2), fazendo com que o educando surdo aprenda e seja incluído
na vida social como um sujeito participativo.

Pois sabemos que, a educação especial dentro de uma perspectiva


inclusiva é uma realidade e as escolas, ao receber esses alunos especiais, tem
que se preparar para oferecer suporte pedagógico adequado para atender às
especificidades de cada aluno com deficiência que ingressa na rede regular de
educação. Porém, muitos professores não estão encarando a inclusão como
uma realidade permanente dentro dessas escolas. Pois nem sempre o que
acontece dentro da sala de aula condiz com os cumprimentos das diretrizes
que norteiam à educação inclusiva, sendo que os professores acabam não
tento a capacitação adequada para o atendimento da pessoa com surdez. E
como consequência desse despreparo na sua formação, o aprendizado não
ocorre de maneira satisfatória, e a frustração acontecerá tanto por parte do
aluno que não aprendeu; do professor que não soube como ensinar; e da
família que quer ver o seu filho aprender a língua portuguesa para poder
desenvolver e compreender os conteúdos curriculares, e interagir com meio
onde vive.

Desta forma, compreendemos que por meio da Língua Brasileira de


Sinais (Libras) os alunos surdos terão mais possibilidades para aprender a
língua portuguesa, desde que sejam oferecidos a eles os recursos necessários
e um ambiente propício.

A dificuldade na comunicação é um problema básico da pessoa surda,


que tem dificuldade ou impossibilidade de aquisição da língua por meio da
audição e, consequentemente, ficam desprovidos da comunicação. Por esse
motivo, as propostas educacionais voltadas para o sujeito surdo têm como

10
prioridade dar condições de desenvolvimento a suas capacidades
comunicativas. Constata-se que muitos surdos, ao término do ensino
fundamental, não são capazes de ler satisfatoriamente e não conseguem ter
um domínio adequado dos conteúdos escolares e isso impede a sua
continuação nos estudos.

Foram as dificuldades de aprendizagem da língua portuguesa pelos


alunos surdos que motivaram esse estudo, tendo o bilinguismo como proposta
de ensino que propõe tornar acessível às crianças surdas duas línguas no
contexto escolar; a Língua Portuguesa (L2) e a Língua Brasileira de Sinais (L1)

Permitindo-nos pensar na importância da alfabetização do aluno surdo


na escola regular, usando uma concepção bilíngue, centrada no ensinamento
da Libras (L1) com primeira língua, a sua língua natural materna e a Língua
Portuguesa (L2) na modalidade escrita como língua de instrução, buscando, no
mínimo, amenizar com esse modelo de educação a grande dificuldade de
aprendizagem da Língua Portuguesa pelo alunado surdo, objetivando a
comunicação com os seus pares de maneira a facilitar a sua interação com o
conhecimento e com o meio em que está inserido, de acordo com o
pensamento de Menezes e Ramos (2000, p.17): “A comunicação caracteriza a
vida social nas situações mais simples ou mais complicadas da vida de cada
um, de cada comunidade e de todo mundo”

É por meio da linguagem que ocorre a comunicação entre os povos,


essa interação através do diálogo possibilita à raça humana evoluir em todos
os aspectos, tanto relacional como cientifico e tecnológico, utilizando se de
vários códigos linguísticos, aprendendo desde os primeiros momentos de vida
a usar o diálogo como meio de expressar os sentimentos. O homem usa para
expressar conhecimentos e ideias todos os tipos de recursos para se fazer
entendido, tais como gestos, expressões corporais, desenho e, no caso da
pessoa surda, a língua de sinais a qual tenta expressar de maneira clara todas
as mensagens que o surdo deseja transmitir.

Com esta definição, entende-se que o desenvolvimento é o processo


pelo qual o sujeito e suas características se constroem por meio das relações
que estabelecem com o ambiente físico e social, tanto no seio familiar quanto

11
no escolar. E, com Isso, o grau de conhecimento de uma criança vai
aumentando à medida que são valorizados os seus conhecimentos prévios,
cuja origem é da educação informal desde o nascimento e acrescentados ao
longo de suas vidas. Compete então à educação sistematizada valorizar esses
conhecimentos, estimulando a apreensão de novas informações e ampliando
gradativamente o seu repertório. Os estímulos que a criança recebe do mundo
externo é que a beneficia na construção de seu mundo interno, passando
assim a criança desde cedo a ter as primeiras noções de regras, valores e
afetiva.

Portanto, é dever da escola criar condições que facilitem a integração


das crianças surdas no ambiente escolar, pois o desenvolvimento cognitivo
depende de um estado de espírito. Talvez seja essa fragilidade um dos fatores
que geram dificuldades na aprendizagem, pois a comunidade escolar é
formada por diferentes grupos sociais, os quais convivem entre si com hábitos,
crenças e valores distintos. O educador deve agir como mediador, ajudando e
dando suporte na aprendizagem de todos os alunos, levando-os a evoluir nos
seus conhecimentos e usando essa aprendizagem para participar de maneira
integral dentro da sua comunidade.

12
EDUCAÇÃO DE SURDO E AS LEIS: LEGISLAÇÃO
EDUCACIONAL BRASILEIRA

Objetivos:

Desejamos que, ao final deste estudo, você cursista seja capaz de:

Compreender dentro de aspectos históricos como se deu o processo de


educação da pessoa surda, e as leis vigentes que amparam os seus direitos
até os dias atuais.

Introdução:

Antes de falarmos sobre a educação de surdos no Brasil vamos voltar na


história até o séc.XV onde os surdos eram vistos como pessoas sem alma,
amaldiçoadas, Guarinello (2007, pag. 19,20) relata que: ”os surdos eram
considerados seres castigados pelos deuses. por quase toda a Idade Média se
pensava que os surdos não fossem educáveis, ou que fossem incapazes.
(Guarinello,2007) afirma que para o filosofo Aristóteles (384-322 a.C.). diz que,
para atingir a consciência humana, tudo deveria penetrar por um dos órgãos do
sentido, sendo para ele a audição o sentido mais importante. Aristóteles
afirmava que os surdos não podiam ser treináveis perdurando esse
posicionamento por longos anos.
No início do século XVI os estudiosos começam admitir que os
deficientes auditivos poderiam aprender por meio de metodologias de ensino.
Vários pedagogos se propuseram a trabalhar com pessoas surdas,
apresentando diferentes resultados obtidas com essa prática pedagógica. A
finalidade era encontrar um meio no qual os surdos pudessem se desenvolver
intelectualmente, adquirindo uma maneira de comunicação com o mundo
ouvinte. Com isso, imaginaram que a melhor maneira de fazê-lo seria levar o
surdo a adquirir a língua falada, sendo uma das alternativas para oralizá-lo.
Um renomado pedagogo alemão e professor de surdo o estudioso
Heinicke desenvolveu um método de educação para o surdo, porém, o seu

13
método não ficou conhecido, exceto por seu filho. Ele afirmava que, devido a
tantas dificuldades que passará não pretendia dividir suas conquistas com
ninguém, com isso ficando difícil a metodologia usada naquela época. Por esse
motivo, muitos trabalhos desenvolvidos se perderam durante a história sem
serem noticiados.
Em uma família nobre quando nascia um filho surdo, os pais
contratavam professores para que o filho não fosse privado da fala.
O espanhol Pedro Ponce de Leon, monge beneditino que em geral era
reconhecido como o primeiro professor de surdos, ensinava geralmente filhas
de nobres, as alunas era ensinadas a fala, ler e escrever, já que sem a fala
eram proibidas de receber heranças sendo perante as leis desprovidas de
direitos.
Na tentativa de educar o deficiente auditivo, os próprios professores
criaram o alfabeto digital. Leon, para alcançar o seu objetivo recorria aos outros
sentidos, a tatos e a visão, além da leitura e da escrita.
Os gestualistas, por sua vez, eram mais tolerantes diante das
dificuldades dos surdos com a língua falada e foram capazes de ver que eles
desenvolviam uma linguagem que, ainda que diferente da oral era mais eficaz
para a comunicação.
O francês e abade Charles M. De L’Epée um representante importante
dos gestualistas foi o primeiro a estudar uma língua de sinais usada por surdos,
com características linguísticas. O seu ponto de partida foi às observações
feitas analisando grupos de surdos, percebendo que eles desenvolviam um tipo
de comunicação amparada no canal viso-gestual, assim L’EPée buscou
desenvolver um método educacional apoiado na linguagem de sinais da
comunidade de surdos.
A proposta educativa defendia que o educador aprendesse tais sinais para que
se comunicasse com os surdos, e, por meio desta forma de comunicação, os
ensinasse a língua falada e escrita.
Para Del L’Epée, a linguagem de sinais era concebida como a língua
natural dos surdos sendo o veículo mais adequado para desenvolver o
pensamento e sua comunicação, e o domínio de uma língua oral ou gestual era
concebido como um instrumento para o sucesso de seus objetivos e não como
um fim em sim mesmo. Havia diferença entre a linguagem e a fala, e a

14
necessidade de um desenvolvimento pleno de linguagem para o
desenvolvimento normal dos sujeitos.
Em 1878 foi realizado em Paris, o Congresso Internacional sobre a
instrução e a forma de educação do surdo, sendo debatido a ideia de que falar
era melhor do que os sinais, porém os sinais eram importantes para as
crianças poder se comunicar, nesse congresso o surdo passou a ter direitos de
assinar documentos, mais a verdadeira integração social ainda estava distante
da realidade.
Mais de dez anos se passaram e em 1880, foi realizado o II Congresso
Internacional, em Milão, sendo considerando um marco histórico, devido à
reviravolta na educação para os surdos. O congresso foi preparado por uma
maioria oralista com o firme propósito de dar forças de lei às suas proposições
no que dizia respeito à surdez e à educação de surdos. Assim ficou
estabelecido que o melhor método para a educação e comunicação do surdo
era o oralista onde os surdos precisavam adquirir a fala.
Com o decorrer dos anos, nada mudava diante da proposta educativa
para a pessoa surda, prevalecia à educação oralista. Entretanto, com o
desagrado com a tendência oralista, surgiram novas propostas pedagógicas, e
quase um século depois uma nova tendência surgiu nos anos 70 do século XX:
a Comunicação Total que será discutida com mais detalhes no decorrer dessa
formação.

Leis recentes no Brasil a educação de surdos

O surdo no Brasil tem sofrido grandes discriminações no decorrer da sua


existência, atualmente essa realidade tende a se converter, garantindo ao
surdo e demais pessoas com deficiência a dignidade humana, o que nos
explica melhor a LDB 9.394/96 e as inovações trazidas pelo Decreto 3.956 /
2001. Legislação Educação Brasileiro, Leis de Diretrizes e Bases que rege a
educação. LDB 9.9394/96. Prevê que:

De acordo com a LDB 9.394/96, os sistemas escolares devem assegurar


a matrícula de todo e qualquer aluno, organizando-se para o atendimento aos

15
educando com necessidades educacionais especiais nas classes comuns,
independentemente das necessidades especiais que apresentem.

Consta também na LEI nº10. 436, Em 24 de abril de 2002, que foi


sancionada pelo então presidente da República Fernando Henrique Cardoso,
que é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua
Brasileira de Sinais – Libras e outros recursos a ela associados. Entende-se
como Língua Brasileira de Sinais Libras a forma de comunicação e expressão,
em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura
gramatical própria, constitui um esquema linguístico das comunidades de
pessoas surdas no Brasil.

E por fim:

Decreto Nº 5626, DE 22 De Dezembro de 2005. Regulamenta a Lei


10.436, de 24 de Abril de 2002, que Dispõe Sobre a Língua Brasileira de Sinais
- Libras, e o Artigo 18 da Lei 10.098, de 19 de Dezembro de 2000.

Deste modo explicitamos, portanto com base na Legislação Brasileira,


por meio da lei de Diretrizes e Bases da Educação, que prevê a inclusão de
pessoas com necessidades educacionais especiais, em salas de aulas
regulares de ensino. Isso representa o cumprimento das leis vigentes, que tem
como principio a igualdade de direitos para todos.

16
DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SUAS CAUSAS

Objetivos:

Desejamos que, ao final deste estudo, você cursista seja capaz de:

Reconhecer quais são as principais causas da deficiência auditiva e os


principais tipos de próteses auditivas utilizadas para a amplificação sonora para
que o deficiente auditivo possa usar a sua audição remanescente de forma
mais satisfatória.

Introdução:

O que é surdez?

O que é nascer ou ser surpreendido com o silêncio?

Inserido no art.70 do capítulo IX das disposições finais do Decreto nº 5.296, de


2004, considera Deficiência Auditiva como a perda parcial ou total do som,
devido a problemas que afetam o aparelho aditivo.
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p.25), a
deficiência auditiva ocorre em todas as pessoas que apresentam surdez total
ou parcial, congênita ou adquirida, causando prejuízos na aquisição da
linguagem.

Causas da Deficiência Auditiva

De acordo com Moura (1997), a deficiência auditiva pode acontecer


antes, durante e depois do nascimento do indivíduo.
Antes do nascimento (pré-natal) a mãe deve fazer um mapeamento genético
do seu parceiro, visto que pode ocorrer um casamento consanguíneo, além de
questões hereditárias, anomalias cromossômicas e enzimáticas, doenças

17
infecciosas, como sífilis, toxoplasmose, herpes vaginal e rubéola, a principal
causadora de casos de surdez.
As causas perinatais correspondem à falta de oxigenação no parto,
traumatismo craniano, infecções como sarampo, meningite, caxumba,
encefalite, exposição prolongada a tons de elevada intensidade.
A importância de saber os tipos e causas de surdez está em permitir que
ocorra uma detecção precoce, para que se faça um diagnóstico o mais cedo
possível. São muito comuns os casos em que a mãe suspeita que seu filho
tenha algo diferente apenas quando é dado o resultado de algum exame,
quando se percebe que a criança tem uma perda auditiva.
Pode demorar três, quatro anos para que a mãe perceba e busque ajuda
o que significa perder um longo tempo no qual esta criança poderia ter sido
estimulada. Sabe-se a diferença que existe entre uma criança receber
estimulação precoce e ser estimulada tardiamente.
No Brasil, a deficiência auditiva tem sido detectada muito tardiamente,
dificultando a qualidade de vida da criança surda.

Tipos de Surdez

Como foi já foi abordado, a surdez seria a redução ou falta total da


capacidade de ouvir, considerando que há vários graus de perda. O volume ou
intensidade dos sons é medido por unidades chamadas decibéis (dB), de tal
sorte que verifica-se a partir da perda auditiva em decibéis, a existência de
diferentes graus de surdez. O grupo dos parcialmente surdos engloba os
sujeitos com surdez leve e os com surdez moderada.

18
Citaremos os tipos de surdez conforme quadro abaixo:

Tipos de surdez Intensidade do som para Implicação para a


percepção aquisição de fala e da
escrita.

Surdez leve Perda auditiva de 25 até Essa perda impede a


40 dB. percepção perfeita de
todos os fonemas da
palavra, mas não impede
a aquisição normal da
linguagem. Pode, no
entanto, causar algum
problema articulatório ou
dificuldade na leitura
e/ou escrita.
Esses limites se
A surdez moderada Perda auditiva entre 41 e encontram no nível da
70 dB percepção da palavra,
sendo necessária uma
voz de certa intensidade
para que seja claramente
percebida.

Há ainda o grupo dos


Surdez severa Perda auditiva entre 71 e que abrange os
90 dB. indivíduos com surdez
severa e os com surdez
profunda. Considerado
surdo.

19
Pode perceber sons
Surdez profunda altos como, por exemplo,
Perda auditiva superior a
a turbina de um avião,
90 dB
um tiro de canhão e as
vibrações de um
amplificador de som. A
pessoa confia mais da
sua visão do que na
audição para processar
informações.
Considerado surdo

As pessoas com perda aditiva são consideradas deficientes auditivos e as


pessoas com perda auditiva severa ou profunda são consideradas surdas ou
chamadas de surdos. Lembrando que a audição normal a pessoa ouve bem o
tique- taque de um despertador o som de um aparelho vibrando, sendo de até
24 decibéis.

Principais Distúrbios Auditivos

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p. 25),


existem quatro tipos de distúrbios, sendo eles: deficiência auditiva condutiva,
sensório-neural, mista e por fim deficiência auditiva, central, disfunção auditiva
central ou surdez central.

Agora vamos discorrer de cada uma de forma mais detalhada.


Deficiência Auditiva Condutiva: é qualquer interferência na transmissão
do som desde o conduto auditivo externo até a orelha interna (cóclea) que tem
a capacidade de funcionamento normal, porém não é estimulada pela vibração
sonora. Essa estimulação poderá ocorrer com o aumento da intensidade do
estímulo sonoro. A maioria das deficiências auditivas condutivas poderá ser
sanada através de tratamentos clínicos ou cirúrgicos.
Deficiência Sensório - Neural: ocorre quando há uma impossibilidade de
recepção o som por lesão das células do cóclea ou do nervo auditivo. Os

20
limiares por condução óssea e por condução aérea, alterados, são
aproximadamente iguais. Por meio de métodos especial de avaliação podem-
se diferenciar as lesão das células ciliadas da cóclea e do nervo auditivo. Esse
tipo de deficiência é irreversível.
Deficiência Auditiva Mista: ocorre quando há uma alteração na condução
do som até o órgão terminal sensorial associada á lesão do órgão sensorial ou
do nervo auditivo. O audiograma mostra, geralmente, limiares de condução
óssea abaixo dos níveis normais, embora com comprometimento menos
intenso do que nos limiares de condução aérea.
E por último a Deficiência Auditiva Central, Disfunção ou Surdez Central
que se manifesta por diferentes graus de dificuldade na compreensão das
informações sonoras. Essa deficiência decorre de alterações nos mecanismos
de processamento da informação sonora no tronco cerebral (Sistema Nervoso
Central).

Aparelho Auditivo

O aparelho auditivo é um sistema miniaturizado, que amplifica os sons


captados no ambiente. Katz (1991) afirma que a função da prótese auditiva é
ampliar os sons a um determinado grau e de um modo que permita que um
indivíduo com perda auditiva utilize sua audição remanescente de modo
efetivo.
Basicamente, a prótese auditiva é composta por um microfone, um amplificador
e um receptor (alto-falante). O primeiro microfone capta o som do meio
ambiente e o transforma em uma onda elétrica equivalente, o amplificador
aumenta a intensidade do som e o receptor transforma o sinal elétrico em onda
sonora.
Quanto ao seu local de uso, elas podem ser classificadas em:
 Próteses auditivas convencionais: seus componentes estão
localizados em uma caixa presa na roupa do usuário, que se conecta
por um fio que vai até o molde acoplado à sua orelha. É um tipo de
prótese pouco utilizada nos dias de hoje.

21
 Próteses auditivas retroauriculares: de acordo com Almeida e Iorio
(2003), essas próteses têm seus componentes colocados em uma
pequena caixa em forma de vírgula, que se adapta através do pavilhão
auricular. Um tubo em forma de gancho acopla o receptor ao molde
auricular.
 Próteses auditivas intra-aurais: seus componentes são montados em
uma concha feita a partir da impressão da orelha do indivíduo que a
usará. Foi com a miniaturização dos componentes eletrônicos que
surgiram esses tipos de prótese. Conforme ela ocupa a parte do meato
acústico externo, pode ser subdividida em intra-auricular (ocupa parte do
meato acústico externo e a concha); intracanal (ocupa o meato acústico
externo sem invadir a concha); microcanal (ocupa a parte mais profunda
do meato acústico externo).

Existem três tipos de prótese auditiva segundo o tipo de processamento


de sinal: analógica, programável ou digitalmente programável, ou digital. O
objetivo primeiro ao se usar uma prótese auditiva é a amplificação do som de
maneira adequada e que atenda o usuário. Essa amplificação, contudo, não se
restringe aos sinais de fala, mas incluem, também, os sons ambientais, os
sinais de perigo (como alarmes contra incêndio) e de alerta (campainhas de
porta ou telefone), bem como sons que melhoram a qualidade de vida do
indivíduo (música, canto dos pássaros e outros). Além disso, é o instrumento
utilizado para facilitar a educação e o desenvolvimento psicossocial e
intelectual do deficiente auditivo (ALMEIDA; IORIO, 2003).
O médico otorrinolaringologista deve ser consultado antes que uma
pessoa comece a usar aparelho auditivo, pois existem doenças otológicas
progressivas e sistêmicas, que devem ser tratadas ou descartadas para que se
evite danos adicionais à saúde. Depois de verificada a necessidade do uso de
prótese auditiva, o fonoaudiólogo desempenhará sua função de selecioná-la e
adaptá-la. É importante salientar que o fonoaudiólogo é o profissional habilitado
para desempenhar essa função.
Toda pessoa que apresenta uma perda de audição que já está causando
dificuldades de linguagem e comunicação é considerada um candidato a testar
uma prótese auditiva. Observa-se que perdas auditivas severas e profundas
22
dificultam o uso de prótese, porém, qualquer melhora na habilidade de
comunicação será sempre benéfica ao portador de deficiência auditiva.
Um ano na vida do deficiente auditivo sem prótese auditiva é um ano no qual a
criança não tem a oportunidade de experimentar todas as interações que
dependem da audição com consequente prejuízo em sua qualidade de vida e
de sua família (ALMEIDA; IORIO, 2003, p. 92).
Para uma boa aceitação e proveito da prótese auditiva, é necessário, entre
outros fatores, que haja uma escolha adequada do aparelho por um
profissional especializado, além do acompanhamento de um fonoaudiólogo.

23
AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO DO
SURDO

Objetivos:

Desejamos que, ao final deste estudo, você cursista seja capaz de:

Conhecer quais foram os processos de inclusão e tendências pedagógicas


implantadas e testadas ao longo da escolarização da pessoa surda até chegar
aos dias de hoje.

Introdução:

Está na hora de estudarmos sobre as tendências pedagógicas que fizeram

parte da educação da pessoa surda no mundo, tendo como foco da discussão

os prós e contras de cada método de aprendizagem utilizado no processo de

escolarização das crianças.

Oralismo

Como já foi relatados nos nossos estudos anteriores no II Congresso


Internacional e Milão na Itália prevalecendo a tendência oralista na educação
do surdo. Essa tendência pedagógica enfatizava que já que o surdo não
poderia ouvir a língua falada, seria possível ler com os olhos, desenvolvendo,
assim, a leitura labial e a articulação das palavras. Lembrando que foram os
ouvintes quem tomou as decisões no congresso de Milão, os surdos não
puderam opinar.
O oralismo defendia a ideia de que o deficiente auditivo deveria superar
a surdez, falando e se comportando como se não fosse surdo. O argumento
era o de que, com a oralização imposta aos surdos, eles seriam mais aceitos
diante a sociedade, porém, tal ideia não foi acatada nem absolvida por outros
pedagogos. Os alunos inseridos nas instituições de ensino para surdos eram
obrigados a oralizar, e os pais não tinham chances de buscar outras opções

24
para os seus filhos. Os surdos eram proibidos de usar a sua língua natural, a
sinalizada. E com esse ocorrido o fracasso educacional do aluno surdo foi
visível na época.

A Comunicação Total

Essa tendência educacional consistia na prática de usar sinais, leitura


orofacial, amplificação e alfabeto digital para que os estudantes surdos
pudessem se expressar do jeito que preferissem, e possibilitar as crianças o
desenvolvimento de uma comunicação real com seus familiares e professores.

Com a Comunicação Total podia se utilizar tanto sinais


retirados da língua de sinais usada pela comunidade
surda quanto os sinais gramaticais modificados e
marcadores para elementos presentes na língua falada,
mas não na língua de sinais. Dessa forma, tudo o que
era falado podia ser acompanhado por elementos
visuais que o representavam, o que facilitaria a
aquisição da língua oral e, ppp posteriormente, da
leitura e da escrita (MOURA, 1997, p. 12).

Com esta tendência houve um contato com sinais, o qual era proibido pelo

oralismo, método esse que propiciou ao surdo aprender a língua de sinais, que

foi construída e desirmanada entre os alunos usuários ou seja surdo e pelos

professores era usado de forma mista, na língua oral e de sinais.

Depois da Comunicação Total, surgiu à educação bilíngue, proposta que


defende a ideia de que a língua de sinais era língua natural dos surdos, que,
mesmo sem ouvir, o surdo pode desenvolver uma língua viso-gestual,
aprofundaremos nessa proposta de ensino decorrer dos nossos estudos.

25
O Bilinguismo na Educação do Surdo

Estudos destacam que o surdo necessita de ser bilíngue, para viver e


exercer os seus direitos com cidadão, e que ele deve aprender e ser proficiente
em duas línguas distintas. Porém Santana (2007) enfatiza que não há
necessidade ter proficiente em duas línguas nem em todos os contextos. Há,
assim, sob essa perspectiva, definição mais abrangente, tanto com relação à
segunda língua quanto à competência para se bilíngue.

De acordo com Salles et al (apud Cristal, 1997,p.80):

O bilinguismo é um fenômeno complexo, que envolve questões como


grau de proficiência, regularidade e a frequência de uso, além de
aspectos funcionais associados às condições de uso, como pressões
sociais ou interesses pessoal.

Ressalta também que são vários os fatores que podem contribuir para
que uma pessoa seja bilíngue citamos alguns dos fatores relevantes para a
nossa pesquisa que são eles: desejo de identificação cultural por um grupo
étnico ou social; exigência do sistema educacional. No caso do surdo
entendemos que pelo fato da Língua de sinais ser uma língua minoritária se faz
necessário que o surdo adquira outra língua como, por exemplo, a língua
portuguesa na modalidade escrita.

Estudaremos a proposta bilíngue para a educação do surdo, onde, o


surdo adquire a língua de sinais e a língua portuguesa na sua forma escrita.
Essa proposta educacional propõe que sejam ensinadas as duas línguas no
contexto educacional, a língua de sinais como língua natural e primeira língua
do surdo, e secundariamente a língua do grupo ouvinte, no nosso caso, a
língua portuguesa. Ressaltamos que a língua de sinais é hoje avaliada como
sendo a mais adequada à pessoa surda, por ter como acesso de comunicação
o canal viso-gestual, pois é adquirida de forma natural e rápida pelos surdos,
proporcionando assim, o acesso à linguagem, e consequentemente uma
melhor eficácia na comunicação.

26
Santana (2007) ressalta que no Brasil, o regulamento do bilinguismo
continua mergulhado em controvérsia. Isso porque não se discute o que
realmente significa, de fato, ser bilíngue para o surdo. Talvez porque para ser
bilíngue exige condutas sociais de interação com o meio em que vive e não
somente a aprendizagem de duas línguas.

Em outros países há uma definição mais exata no que diz respeito à


educação bilíngue para os surdos, já no Brasil, essa definição não fica clara
com relação em qual a modalidade de língua o surdo deverá ser bilíngue.
Existe proposta de bilinguismo que defende a libras e a língua portuguesa na
modalidade escrita, e há também, quem defenda o uso da língua de sinais e a
língua portuguesa falada.

Relata Santana (2007, p.168) que:

O fato de o surdo ser ou não ser bilíngüe, em alguns momentos,


parece afastar-se de uma questão social e aproximar-se de uma
definição feita a priori pelos pais, fonoaudiólogos, professores da
escola especial. Nesse caso, o bilinguismo é desejável e
recomendável e ocorre após um laudo médico e a constatação da
surdez. No caso de surdos de pais ouvintes a L2 pode ser tanto na
modalidade oral, pelas tentativas de oralização e protetização
precoce, quanto à língua de sinais, adquirida tardiamente pela falta
de interlocutores.

Usando não a forma oral, mas a escrita da língua portuguesa como


proposta e alternativa bilíngue, os surdos não são mais obrigados a aprender a
língua oral, sendo a oralidade nos dias de hoje opcional, se o surdo e a sua
família acharem que deve aprender a oralizar eles buscarão meios para tal.

Hoje os pais que optam em buscar uma abordagem bilíngue são muitas
vezes orientados pelos seus médicos, pois os pais acreditam que eles possam
indicar e decidir o que seja melhor para o seu filho, a respeito de como se deve
ocorrer a aquisição da língua por seu filho. Há famílias também, que sonham
com a possibilidade que seu filho possa adquirir a fala, por receio de que ele
sofra preconceitos e segregação social pela falta da audição recorre à cirurgia
de implante coclear e aparelhos aditivos mais sofisticados. Porém em muitos
casos esses procedimentos não surtem os efeitos desejados.

27
Nos dias atuais a crianças surdas tem o direito ao aprendizado de duas
línguas distintas. E o seu aprendizado, e conseguintemente a apropriação do
conhecimento educacional devem possibilitar ao surdo o desenvolvimento da
linguagem que inclua a prática e a conquista da Língua Portuguesa e a
aquisição da Língua Brasileira de Sinais. Rinaldi (1997).

Reforçamos que, a relação de aprendizagem usando a proposta bilíngue


é a mais adequada para o seu desenvolvimento cognitivo, Santana (apud Brito,
1992) afirma que, dada a função que faz uma ponte entre diária desempenha
nos processos de aquisição da escrita, é na linguagem de sinais que o surdo
poderá apoiar- se para efetuar a leitura da escrita das palavras. Explica
também, que a “fala” para os surdos é a língua de sinais, e com o seu uso, será
mais fácil externar os seus pensamentos sendo muito importante para explicar
um texto, interpretar e relatar as suas vivências com relação aos
conhecimentos por ele adquiridos tanto na escola como em outros ambientes
de aprendizagem.

Para Quadros e Schmidt (2006, p.18):

As diferentes formas de proporcionar a educação bilíngue a uma


criança em uma escola dependem de decisões político-pedagógicas.
Ao optar- se em oferecer uma educação bilíngue, escola está
assumindo uma política linguísticas em que duas línguas passarão a
co-existir no espaço escolar.

Ficando entendido que, as duas línguas no contexto educacional são de


fundamental importância para que o aluno possa desenvolver as suas
atividades escolares. Sendo que a tantos a sua língua materna quanto na
Língua Portuguesa na sua forma escrita o aluno surdo poderá se faz entendido.
Santana (2007) comenta que, por meio da língua de sinais o discente surdo
possui a liberdade de obter um maior desenvolvimento cognitivo, social e
emocional.

Peixoto (apud Santana, 2007p. 195 - 196) diz que:

28
Estudando as interfaces da Libras e português escrito, afirma que a
língua de sinais constitui um apoio, um lugar de reflexão e de
atribuição de sentido do texto escrito, nó qual a palavra escrita é o
resultado de um diálogo entre os elementos e aas características dos
dois sistemas da língua. Parte-se de um sinal para chegar a uma
palavra, o que faz a criança buscar significantes nessa língua para
chegar à escrita.

Quadros (2002, p.18-19) destaca que para proporcionar uma educação


bilíngue em uma escola regular vai haver dependência das políticas
pedagógicas, pois ao preferir uma educação bilíngue, a escola estará optando
por uma política linguista em que ocorrerá o ensino de duas línguas que
passarão a co-existir no espaço escolar. Independentemente das políticas
públicas de cada região e estado, e que para acontecer uma educação
bilíngue, a escola precisará de professores bilíngues. O professor que assumir
esse papel necessitará aprender a língua de sinais.

Entendemos que, se o professor se capacitar para atender o alunado


surdo, ele irá proporcionar uma aprendizagem satisfatória e de qualidade,
possibilitando ao surdo uma educação que o respeite em sua peculiaridade e
especificidade linguística, visando uma maior interação social, de forma
autônoma fundamentada em uma formação íntegra e de respeito à sua
diversidade. Quadros (1997) afirma que as pessoas surdas possuem o direito
de serem ensinadas em língua de sinais, pois se a língua oral é adquirida de
forma sistematizada e natural pelos ouvintes, pode ser dizer que a língua de
sinais é uma língua natural adquirida de forma espontânea pela pessoa surda
em contato com pessoas que usam essa língua.

É de fundamental importância que os professores que trabalham com os


surdos possam desempenhar o seu papel de mediador do conhecimento e que
aprendam as especificidades da Libras , visando a construção significativa da
aprendizagem. Acreditamos que por meio de uma proposta educacional
bilíngue os conteúdos sejam transmitidos de maneira satisfatória tanto na libras
quanto na Língua Portuguesa.

29
LÍNGUAS E LINGUAGENS

Objetivos:

Desejamos que, ao final deste estudo, você cursista seja capaz de:

Compreender qual a importância da língua para um povo, e que, onde houve


integração e comunicação haverá um a língua, seja ela oral ou sinalizada. E
também discutir e perceber o quanto a LIBRAS é importante para a pessoa
surda e qual é o seu papel na comunicação e integração do povo surdo sendo
de suma relevância social. E por fim, entender como ocorre, e quais as
dificuldades do aluno surdo na aquisição e compreensão da Língua Portuguesa
na modalidade escrita.

Introdução:

A língua é parte integrante e primordial para a comunicação e convívio


em sociedade, e por meio da língua que um povo se manifesta de maneira
discursiva, viabilizando o compartilhamento do conhecimento de uma dada
sociedade. O Rinaldi (1997) destaca também que a língua seria qualquer
sistema organizado de símbolos linguísticos, de sinais de que valem os
indivíduos para se comunicar. Salles et al (2002,p.80) explicam que, “a língua
em funcionamento está intrinsecamente ligada à dinâmica das relações sociais,
a língua é instrumento de ação social”. Fromkim,Rodman(1993,p 25-6)citados
por Salles et al (2002) enfatiza que:

Onde houve ser humano, haverá língua(s); não há língua primitiva -


todas as línguas são igualmente capazes de expressar qualquer
ideia; Qualquer criança normal, nascida em qualquer lugar do mundo,
de qualquer origem racial, geográfica ou econômica, é capaz de
aprender qualquer língua à qual é exposta.

O aluno surdo além de aprender a sua língua natural, língua está que é
usada como qualquer outra língua oral-auditiva, como ferramenta de interação
social e afirmação cultural de um povo. Ele também necessitará como cidadão
que convive em uma sociedade ouvinte de aprender outra língua, sua língua de

30
instrução no caso do surdo brasileiro a língua portuguesa. Vários são os
paradigmas de aprendizagem usados na tentativa de fazer com que o surdo
aprenda a língua oral- auditiva do seu país.

De acordo Salles et al(2002,p.82):

Essas questões são retomadas e aprofundadas em uma perspectiva


aplicada, na discussão acerca de abordagens, métodos e técnicas a
serem adotados no ensino da língua portuguesa para surdos. Em
particular, é apontado que a abordagem interacionista configura-se
como mais adequada, pois propõe o trabalho com a língua em uso,
enfatizando interações contextualizadas voltadas para o
desenvolvimento da competência comunicativa do aprendiz.

Ao pesquisarmos sobre a língua e a linguagem, estamos também


tratando da sociedade, pois a linguagem e a sociedade estão intrinsecamente
ligadas entre si. Rinaldi (1997) fala que a linguagem é a utilização de sinais, ou
utilização oral (fala) ou escrita de uma língua. No caso da língua de sinais o
nome dado ao seu sistema de escrita é o SignWriting, esse sistema possibilita
a escrita dos sinais.
A linguística é a área do conhecimento científico que estuda a linguagem
verbal, da sua estrutura sintática, semântica e fonológica e tem como finalidade
o estudo da linguagem.
Segundo Karnopp (2005, p.31):

A linguística é o estudo científico das línguas naturais e humanas e


as pesquisas realizadas nesta área incluem tanto as línguas orais
quanto as línguas de sinais. (...) essa é a área que se preocupa com
natureza da linguagem e de comunicação humana, procurando
desvendar a complexidade das línguas e as diferentes formas de
comunicação. A linguística busca resposta para problemas
relacionados à linguagem, tais como: Qual a natureza da linguagem
humana? Como a comunicação se constitui? Quais os princípios que
determinam a habilidade dos seres humanos em produzir e
compreender uma língua?

Alterações significativas e evidentes aconteceram sobre a forma de


perceber a linguagem humana. Esses estudos, nas últimas décadas,
repercutiram sobre a produção científica acerca das línguas orais, com também
fizeram impulsionar o interesse pelas línguas de sinais.

31
Quadros (apud Lyons, 1987) define linguagem como um sistema de
comunicação da espécie humana, natural ou artificial, empregando qualquer
forma de interação seja ela visual ou gestual e incluindo a própria língua, pois a
língua é o meio e o fim da interação social, cultural e cientifica da comunidade.

E para ocorrer essa linguagem de inserção na leitura de mundo, devemos


nos conscientizar de que nenhum ser humano é igual ao outro. E o mesmo
ocorre com as pessoas com deficiência. E que para ocorrer essa leitura de
mundo temos que ter as ferramentas adequadas para que a aprendizagem
aconteça.

Letramento

O letramento pode ser definido como um conjunto de práticas sociais


que usam a escrita enquanto sistema simbólico em contextos específicos e
com objetivos específicos. É a forma como as pessoas utilizam a língua escrita
e as práticas sociais de leitura e de escrita nos diferentes ambientes de
convivência.

O letramento traduz uma condição do sujeito e faz com que ele consiga
adquira conhecimento de mundo podendo interagir com o meio através do
conhecimento da leitura e da escrita, usando esse conhecimento para interagir
e mudar o meio que está inserido.

Rinaldi (1998, p147) ressalta que:

Nos termos de Paulo Freire, ”a leitura de mundo precede a leitura da


escrita”, Nesse sentido, as palavras e as outras estruturas do
Português só serão efetivamente apreendidas pelos surdos
brasileiros se, anteriormente sua linguagem permitir eu ele estruture
seu conhecimento e suas experiências. Como raramente o surdo
pode fazer essa leitura de mundo através da fala do Português, é
imprescindível que outra fala seja intermediadora nesse processo: a
Língua Brasileira de Sinais.

Letramento é o estado ou condição daquele que não sabe só ler e


escrever, e sim, daquele que usa a leitura e a escrita para a construção e

32
apropriação do conhecimento mudando o seu lugar social, se tornado um ser
letrado.

(Soares, 1998, p.36-37)

Os alunos surdos se transformam em pessoas letradas a partir da sua


vivência com o mundo da escrita e principalmente da compreensão da leitura, e
para que isso ocorra o uso da sua língua natural, a língua de sinais como ponte
para conhecimento se faz necessário.

Para Quadros (2006 p.17-8):

Letramento nas crianças surdas, enquanto processo, faz sentido se


significado por meio da língua de sinais brasileira, a língua usada na
escola para a aquisição das línguas, para aprender por meio dessa
língua e para aprender sobre as línguas, a língua portuguesa,
portanto, será a segunda língua da criança surda sendo significativa
pela criança na sua forma escrita com suas funções sociais
representadas no contexto brasileiro. Nessa perspectiva, caracteriza-
se aqui o contexto bilíngue da criança surda.

A pessoa letrada é reconhecida não como um sujeito que decifra o


código linguístico mais aquela que busca no conhecimento condições de
inserção no meio social. O letramento faz com que o sujeito em todos os
âmbitos da sociedade evolua e use a escrita e a leitura como conhecimento de
mundo, e com esse conhecimento o individuo sobre saia como sujeito social
em todas as áreas do conhecimento: cultural, político, econômico, cognitivo,
linguístico, tanto para o seu grupo como para ele como sujeito desse grupo.

Salles et al (2002)discorrem que, o letramento é portanto condição e


ponto de partida na aquisição da língua oral pelo surdo, o que remete ao
processo psicolinguístico da alfabetização e a explicação e construção das
referências culturais da comunidade letrada. Relatam também que se a
segunda língua de aprendizagem do surdo for a língua portuguesa na sua
modalidade escrita ficará mais fácil a aprendizagem e a sua inserção no mundo
da leitura e da escrita, cabendo ao educador mais atenção as estratégias e
metodologias usadas para tal.

33
Para buscar esse conhecimento e ser letrada a escola é o mais importante
espaço social de letramento. No entanto, nem sempre ela oferece variadas
formas de práticas sociais de leitura. Sua ênfase é na alfabetização como
processo de aquisição de códigos (alfabéticos e números), processo
geralmente concebido em termos de uma competência individual necessária
para o sucesso e promoção na escola (Kleiman, 1995).

Sabe-se que nos contextos onde se lê e se franquia material de leitura, há


maior participação e interesse desses alunos por material escrito, sejam livros,
revistas, jornais ou gibis. Aguçando e despertando o seu interesse pelo
conhecimento de mundo.

Sabemos que quando o educando encontra oportunidades de se tornar um


cidadão letrado usufruindo de vivências dentro de um ambiente formal de
leitura e escrita ele consegue se beneficiar do conhecimento usando no seu
meio social, tornado assim, uma pessoa letrada e ativa sendo capaz de
transformar a sociedade que está inserida.

A Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

Baseada na cultura visual dos surdos, e oferecendo um amplo universo


de representações de mundo, a língua de sinais é a língua natural das
comunidades surdas. E o que diferencia a Libras de outras línguas é a sua
modalidade visual- espacial. O usuário da desta língua usa as mãos e o corpo
para se comunicar, expressando seus sentimentos e opiniões. Portanto,
quando uma pessoa entra em contato com uma Língua de Sinais irá aprender
outra língua qualquer como espanhol, italiano etc.. Para Felipe, (1997.48-49):

A LIBRAS, como toda língua de sinais, é uma língua de modalidade


gestual-visual porque utiliza, como canal ou meio de comunicação,
movimentos gestuais e expressões faciais que são percebidos pela
visão; portanto, diferencia da Língua Portuguesa que é uma língua da
modalidade oral-auditiva por utilizar, como canal ou meio de
Comunicação, sons articulados que são percebidos pelos ouvidos. Mas
as diferenças não estão somente na utilização de canais diferentes,
estão também nas estruturas gramaticais de cada língua.

34
A falta de um sentido no caso a audição, os falantes da língua de sinais
usa outro canal de comunicação que não é o da fala ou oral- auditiva, e sim, o
canal- visual espacial. Salles et al (2002, p.83) citando a estudiosa e pioneira
da Língua Brasileira de Sinas, Lucinda Ferreira Brito (1995 p.11) salienta que:

“o canal vísuo- espacial pode não ser o preferido pela maioria dos
seres humanos para o desenvolvimento da linguagem, posto que a
maioria das línguas naturais são orais- auditivas, porém é uma
alternativa que releva a força e a importância da manifestação da
faculdade de linguagem das pessoas.”

A língua de sinais é formada a partir da combinação de movimentos das


mãos com um formato e em um determinado lugar que é tocado em alguma
parte do corpo ou em um espaço em frente ao corpo. Esses movimentos são
chamados de parâmetros: falaremos sobre esses parâmetros da língua de
sinais nos nossos estudos específicos da Libras.

Os surdos no Brasil, que frequentam uma comunidade surda


usam a Libras para se comunicar. Más ainda têm pessoas que acreditam que a
Libras é o português sinalizado, na qual os sinais e a mímica servem para
substituir as palavras. E ainda, que a Libras é um tipo de linguagem que não
tem estrutura, muito menos gramática própria.

Estudos mostram que as línguas de sinais são também, línguas complexas e


expressivas como qualquer uma das várias línguas orais. Elas expressam
ideias sutis, complexas e abstratas. Os seus usuários podem discutir qualquer
assunto que deseja: política, leis, literatura, enfim, todos os assuntos que uma
pessoa dita “normal” e oral possa discutir. Com isso garimpando e
conquistando seus direitos constitucionalmente adquiridos.

Nas mãos de seus mestres, a Língua de Sinais é extraordinariamente


bela e expressiva, um veículo para atingir a mente dos Surdos com
facilidade e rapidez, e para permitir-lhes comunicar-se; um veículo
para o qual nem a ciência nem a arte produziu um substituto à altura.
Aqueles que não a entendem falham ao perceber suas
potencialidades para os Surdos, sua poderosa influência sobre o
moral e a felicidade social daqueles que são privados da audição, e
seu admirável poder de conduzir o pensamento a mentes que, de
outro modo, estariam em perpétua escuridão. Tampouco podem

35
avaliar o poder que ela tem sobre os Surdos. Enquanto houver dois
surdos sobre a face da Terra e eles se encontrarem, haverá sinais.

J. Schuyler Long (1910). The Sign Language

Na busca de seus direitos como cidadão os surdos reivindicaram e


conseguiram que a Libras fosse reconhecida como língua oficial conquistando
o direito de usá-la, e também de difundi-la na sociedade por meio de cursos de
formação. Explanaremos com mais afinco na LIBRAS tanto na sua gramática,
prática e estrutura na nossa próxima apostila direcionado especificamente para
o estudo da Língua brasileira de Sinais.

A Língua Portuguesa e Suas Fases de Aquisição Pelo Surdo

A Língua Portuguesa é a segunda língua dos surdos no Brasil, ela é


considerada por lei a língua de instrução do povo surdo e essa não pode ser
substituída pela Libras (Língua Brasileira de Sinais).A língua portuguesa é
derivada do latim e chegou ao Brasil pelos nossos colonizadores, os
portugueses. E é através da leitura e escrita que a Língua Portuguesa é
difundida e usada pelos falantes de sua nação.

Para Salles et al.(2002 p.26):

A vitalidade de uma língua, contrariamente aos recursos naturais,


depende de sua utilização efetiva tanto em escala nacional, quanto
em escala mundial. Quanto mais uma língua é utilizada, mais ela é
viva e, inversamente, quanto menos é utilizada, mais é ameaçada de
extinção. Assim sendo, é o uso social da língua que determina seu
grau de revitalização.

A leitura e a escrita são meios utilizados pela sociedade para se


comunicar, difundindo informações e construindo conhecimento, e está
diretamente relacionado com o meio que vive. Entendemos que não é
importante, apenas, o que se aprende num contexto de leitura e escrita, mas
como usamos esses conhecimentos em nossas práticas sociais.

Segundo Soares, (2000, p.48):

36
Ler é um conjunto de habilidades e comportamentos que se
estendem desde simplesmente e codificar sílabas ou palavras até ler
Grande Sertão Veredas de Guimarães Rosa... uma pessoa pode ser
capaz de ler um bilhete, ou uma história em quadrinhos, e não ser
capaz de ler um romance, um editorial de jornal. Assim: ler é um
conjunto de habilidades, comportamentos, conhecimentos que
compõem um longo e complexo continuum.

Para Souza, (1997, p. 59) A escrita é um elemento que depende da


interpretação do outro uma vez que, sendo língua (gem), tem na opacidade
uma de suas características constitutivas. Mais do que buscar na escola o
aumento e memorização de vocabulário, a escrita e a leitura exige a
construção de um espaço dialógico de inserção. Só adquire significado se
for um elo da cadeia de enunciados nos quais o sujeito também se constitui.

A leitura deve ser uma das principais preocupações no ensino de


português como segunda língua para surdos, tendo em vista que constitui uma
etapa fundamental para a aprendizagem da escrita. Nesse processo, o
professor deve considerar como importante a língua de sinais, como um
instrumento no ensino do português. Aconselha-se que, ao conduzir o aprendiz
à língua de ouvintes, deve-se situá-lo dentro do contexto valendo-se da sua
língua materna (L1), que, no caso em discussão, é a Libras. É nessa língua
que deve ser dada uma visão a priori do assunto, mesmo que geral.

É por meio dela que se faz a leitura do mundo para depois se passar à
leitura da palavra em língua portuguesa. A língua de sinais deverá ser sempre
contemplada como língua por excelência de instrução em qualquer disciplina,
especialmente na de língua portuguesa, o que coloca o processo
ensino/aprendizagem numa perspectiva bilíngue.

É por meio de grafemas (letras) e não de fomenas (som), que o aluno


surdo aprende a lingua portuguesa.

Para Santana (2007, p.196):

A língua de sinais tem uma estrutura diferente do português,não é


fonêmica, como a oral,nem alfabética,como a escrita.Ou seja,”bola”,
tanto na língua de sinais quanto na fala ou na escrita do surdo,pode
representar um “bloco cristalizado”, e [(b+o=bo) + (l+a=la)].A

37
segmentação das palavras orais ou escritas para o surdo não tem
significado.O conjunto e o contexto são mais importantes.a memória
visual pode ser depois evocada no momento da produção de um
texto escrito.A segmentação da escrita,a correspondência fonema /
grafema, torna-se uma questão de memória visual e não auditiva.

Sabemos o quanto é essencial o aprendizado da língua de sinais para a


aquisição da escrita da língua portuguesa, porque ela permite um parâmetro
entre as mesmas.

Segundo Quadros (apud brochado, 2002) o português é a língua alvo e apresentará


inúmeros carcteristicas para a sua aquisição. Os surdos apresentarão não mais uma
sistema da primeira língua(Libras). Foi dado o nome a este estágio de aquisição da
língua portuguesa de Interlíngua. As interlínguas são divididas em três fases distintas,
de hipótese e tentativas de acertos para a aquisição da Lingua Portuguesa. Não
podemos deixar de ressaltar que pressupõe que o aluno já saiba a Lingua de Sinais.

Para Quadros e Schimidt,citado por (Brochado,2002):

A segunda língua apresentará vários estágios de interlíngua, isto é,


no processo de aquisição do português, as crianças surdas
apresentarão um sistema que não mais representa a primeira língua,
mas ainda não representa a língua alvo. Apesar disso, estes estágios
da interlíngua apresentam características de um sistema lingüístico
com regras próprias e vai em direção à segunda língua. A interlíngua
não é caótica e desorganizada, mas apresenta sim hipóteses e regras
que começam a delinear uma outra língua que já não é mais a
primeira língua daquele que está no processo de aquisição da
segunda língua. Na produção textual dos alunos surdos fluentes na
língua de sinais, observa-se esse processo.

De acordo com Quadros e Schimidt,(apud Brochado,2003,


p.34,5,6),Estágios de interlíngua em crianças surdas são:

Interlíngua I (IL1): neste estágio observam o emprego predominante


de estratégias a tranferência da língua de sinais(L1), para escrita da
língua portuguesa(L2),desses informantes caracteriza- se por:
predominio de contruções frasais sintéticas;estrutura frasal muito
semelhante a língua de sinais brasileira (L1), apresentando poucas
características do português (L2)[...]predomínio de palavras de
conteúdo de palavras de conteúdo (substantivos,adjetivos,
verbos);[...]uso de verbos preferencialmente, no
infinitivo;[...]sematicamente, ser possível estabelecer sentido para o
texto.Interlingua II (IL2) neste estágio constatamos na ecrita de
alguns alunos uma intensa mescla das duas línguas, em que se
observa o emprego dde estruturas línguísticas da língua brasileira de

38
sinais e o uso indiscriminado de elementos da língua portuguesa,
na tentativa de apropria-se da língua alvo.Emprego, muitas vezes
desordenado da contituinte da L1 e da L2, como pode notar:
justaposição intensa de elementos da L1 e da L2;frases e palavras
sustapostas confusas,não resultam em efeitos de sentidos
comunicativo;[...]Interlíngua III (IL3)Neste estágio os alunos
demonstram na sua estrutura o emprego predominante da gramática
da língua portuguesa em todos os níveis, principalmente, no
sintático.[...]estrutura frasal na ordem direta do potrtuguês; [...]uso
consistente de artigos definidos e, algumas vezes, do
infinitivo;[...]emprego de verbos de ligação ser, estar e ficar com maior
ferquência”

Cabe ao professor conhecer um que fase da interlíngua o aluno se


encontra para que possa buscar atividades que aprofundem o seu
conhecimento do aluno na Língua Portuguesa.

39
O AMBIENTE ESCOLAR

Objetivos:

Desejamos que, ao final deste estudo, você cursista seja capaz de:

Possibilitar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva um ambiente de


aprendizagem buscando um espaço propício para uma alfabetização
significativa tanto na Libras quanto na Língua Portuguesa.

Introdução:

Com a inclusão de pessoas surdas nas escolas regulares, surgem


também outros olhares, esses voltados para as mudanças e adaptações em
busca de uma educação de qualidade para todos.

A educação dos alunos surdos é um dos grandes desafios que demanda


pesquisas constantes, discussões e trocas de experiências entre profissionais
de diversas áreas. As pessoas com surdez enfrentam diversos obstáculos
decorrentes da perda auditiva, a comunicação é a principal. Desse modo,
interagi com os seus pares não é uma tarefa das mais fáceis para o sujeito
surdo. Para que essa integração aconteça é preciso engajamento de todos que
fazem parte deste processo: escola e principalmente à família.

Para que de fato a criança com deficiência auditiva/surdez seja incluída


na escola regular será preciso uma boa preparação tanto da comunidade
escolar, quanto do aluno. Somente colocá-lo na sala de aula não contribui em
nada para a sua formação e inclusão. Honora (2008, P. 41).

Dessa forma o professor deverá buscar adaptações e metodologias que


viabilize o aprendizado e que esse conhecimento seja realmente relevante no
desenvolvimento cognitivo do surdo, suprindo as sua necessidades
educacionais.

40
O Papel do Professor na Aprendizagem do Aluno Surdo

O mundo moderno exige cada vez mais mudanças nas funções


atribuídas ao professor, espera-se um que uma posição que vai além da
transmissão de conteúdos, valorizando a diversidade e a aceitação das
diferenças.

A realidade, que ocorre com a maioria dos professores, é o fato de não


estar devidamente preparado para trabalhar com o aluno surdo na escola
regular.

A proposta de Perrenoud (2002) para a qualificação do educador é


baseada na dinamização do sentido do trabalho escolar em favor de uma
prática diferenciada envolvendo os professores em situações de movimento,
estimulando as falas de suas ações pedagógicas.

Será necessário ao professor rever os métodos tradicionais de ensino


especialmente em se tratando de alunos com surdez, compreender a
aprendizagem como um processo social que esta intimamente ligada às ações
de facilitação e mediação, respeitando o desenvolvimento de cada aluno.

Momento Didático Pedagógico

A organização didática desse espaço de conhecimento e saber implica o


uso de muitos materiais visuais de todos os tipos e alusão que possam
colaborar com o aprendizado de todos os conteúdos e disciplinas do currículo
em estudo na sala de aula regular.

O autor Rinaldi (1997) fala que, a prática pedagógica estimula e fomenta


as atividades lúdicas induzindo na criança à ação, à descoberta e à
participação ativa no seu ambiente físico e social.

Quando o professor oferece materiais e didática diferenciada ao aluno


surdo faz com que ele busque a compreensão do enunciado do que se
pretende ensinar. O conhecimento transmitido para o aluno surdo deve ser

41
sistematizado e gradativo tal qual é passado para as outras crianças que
possui a audição. Só a metodologia precisa ser modificada, devendo oferecer
como suporte pedagógico matérias lúdicos tanto impressos (imagens), quanto
concretos possibilitando ao aluno a abstração de significados de elementos
morfológicos da Língua Portuguesa.

Além de materiais impressos e concretos, o uso das TIC (Tecnologias


de Informação e Comunicação) fazem uma grande diferença no aprendizado
do surdo. Pois já e sabido que o surdo contemporâneo tem um fascínio natural
pelo computador e que essa ferramenta surgiu como uma grande facilitadora
da aprendizagem tanto da língua portuguesa quanto a libras.

Rinaldi (1998) observa que os professores poderá proporcionar ao aluno


surdo um lugar na sala onde ele possa observar a face do aluno, prestando
atenção na claridade da do ambiente não atrapalhe na visibilidade. O autor fala
também que a companhia de um colega ouvinte, com bom desempenho
educacional, para sentar-se próximo a ele.

O posicionamento na sala de aula é importante, o lugar ideal do assento


do aluno surdo é a primeira fila e deve se sentar na carteira do meio, essas
regras de posicionamento devem ser cumpridas para que seja garantida a
leitura labial e para que o professor possa falar o mais perto possível, além de
evitar a falta de atenção do aluno. (Honora, 2008).

O professor de modo natural deve explicar para a turma como o aluno


surdo aprende, tomando cuidado para não discriminá-lo e nem passar uma
mensagem de “coitado” e incapaz. Cabendo ao professor incentivá-lo a
participar de todas as atividades escolares como: festas, danças, ”canto”,
interagindo socialmente com os outros colegas.

A partir de agora cabe ao professor adaptar as suas práticas buscando


caminhos para a construção do conhecimento, já que o desafio da inclusão é
proporcionar ao aluno uma educação igualitária, mesmo na diferença.

42
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Caros cursistas no decorrer das reflexões, percebe-se que o processo


de aquisição da Língua Portuguesa pelas pessoas surdas ainda é um enigma,
e de que em nada se diferencia da alfabetização do ouvinte, deixando claro
que o surdo precisa de pistas auditivas e visuais para articular e ajudar na
construção do conhecimento.

Temos a consciência de que não é uma tarefa das mais fáceis, pois com
a falta da audição, a alfabetização se torna mais demorada, já que o surdo é
um ser visual e deste modo aprende através de grafemas e não de fonemas.

Desse modo, não é sempre que o aluno surdo consegue compreender o


que está sendo explicado através da escrita e da oralidade pelo professor
regente. Não é por uma questão de inteligência e sim pela complexidade
estrutural da Língua Portuguesa. Além das dificuldades na aquisição do
Português, na Libras o professor também encontra dificuldades em interpretar
e ensinar o que está sendo proposto nas aulas, já que a maioria dos
professores e dos alunos surdos não dominam a Libras.

Enfim no decorrer da nossa prática educativa aprenderemos como lidar


com diversas situações, dificuldades e desafios que envolvem a inclusão de
alunos com deficiência auditiva na escola regular. No entanto como
perseverantes, temos que superar os percalços e seguir à diante, buscando
melhorias, porque as condições ideais nunca chegam juntas, mas em partes, e
a nossa contribuição se torna decisiva nesse processo de conquistas e
superações.

Dessa maneira, concordando com Barbosa (2008) a inclusão de alunos


surdos na rede regular de ensino não significa apenas criar vagas e oferecer
recursos materiais, requer que a igualdade de oportunidades seja oferecida a
todos os alunos, sem distinção, por uma escola inclusiva, confiando em
professores capacitados e realmente comprometidos com uma educação de
fato para todos.

43
Para Fernandes (2002), o grande desafio da qualidade para o docente,
é ser capaz de motivar, estimular e acreditar em expectativas cada vez mais
altas em relação ao ser humano, e de considerar a transitoriedade das
dificuldades e dilemas cotidianos que todos passamos.

Consideramos a motivação e a perseverança, uma força propulsora que


internamente acionada a conduta do ser humano. Por isso, o papel do
professor ativo e motivado com sua práxis e levar o conhecimento e a
comunicação ao aluno surdo promovendo a inclusão de maneira satisfatória a
sua aprendizagem, buscando integrar, estimular e inseri-lo no convívio diário
com a aprendizagem, a comunicação, e sua inclusão e interação diariamente
no contexto escolar.

44
HORA DE PRATICAR!

Esta apostila foi separada em teorias e práticas do ensino e uso da


LIBRAS. Lembrando que para aprimorar, e realmente aprender
essa língua, será necessário treino e determinação.
Então vamos lá!

45
Configurações de Mão

46
Alfabeto Manual de Libras

47
SINAIS RELACIONADOS AO AMBIENTE
ESCOLAR – ASSUNTOS ESCOLARES

48
BORRACHA BIBLIOTECA APANTADOR ALUNO(A)

MATRÍCULA APROVADO REPROVADO ESCOLA

FORMAÇÃO CURSO PROVA (1) PROVA (2)

DICIONÁRIO NEGATIVO – MENOS SUBTRAIR POCENTAGEM

49
MULTIPLICAR DIVISÃO (1) DIVISÃO (2) ADIÇÃO

PAPEL LIVRO RÉGUA

FURADOR DE PAPEL COMPASSO CARIMBO TESOURA

CARTEIRA DE ESTUDANTE DITADO BROCHURÃO CALCULADORA

50
ENVELOPE DISCIPLINA LÁPIS

CANETA BLOCO DE PAPEL PINCEL

MOCHILA DUREX MICROSCÓPIO CÓPIA - XEROX

DIPLONA UNIFORME

51
COLA QUENTE COLA REDAÇÃO MESA

CADEIRA CADERNO PROFESSOR

APOSTILA DE LIBRAS AVALIAÇÃO

SECRETARIA DIRETOR (A)

52
QUADRO BRANCO QUADRO

PRLOBLEMA DE MATEMÁTICA SÉRIE GIZ

53
DISCIPLINAS

54
Observação: a partir dessa página o nome indicando o significado do sinal
estará abaixo da figura.

ESTUDOS SOCIAIS CIÊNCIAS MATEMÁTICA QUÍMICA

BIOLOGIA QUÍMICA HISTÓRIA

PORTUGUÊS MÚSIC A LÍGUAS

LITERATURA GRAMÁTICA

55
)

INGLÊS EDUCAÇÃO FÍSICA ARTES

56
DIAS DA SEMANA

57
DOMINGO SEGUNDA - FEIRA TERÇA - FEIRA

QUARTA – FEIRA QUINTA- FEIRA SEXTA- FEIRA

SÁBADO

58
DIAS

UM DIA DOIS DIAS TRÊS DIAS

UM DIA DIAS
QUATRO DOIS DIAS
CINCO DIAS TRÊSDIAS
SEIS DIAS

QUATRO DIAS CINCO DIAS DEZ DIAS

DEZ DIAS VINTE DIAS D–I–A-S

59
MESES DO ANO

60
MÊS JANEIRO FEVEREIRO- 1ou
mão esquerda dedo indicador para cima e para baixo, mão
direita aberta cobrindo o rosto - sinal de máscara.

FEVEREIRO -2 MARÇO – variação M-Ç-O ABRIL

M-A-I-O ou sinal de Maria JUNHO JULHO

61
VARIAÇÃO – SOMENTE MÃO SINAL DE PRAZER

AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO

NOVEMRO - VARIAÇÃO –OBS: Mais usado é o Sinal de N balançando.

DEZEMBRO

62
FAMÍLIA E CONDIÇÃO CIVIL

FAMÍLIA
63
FAMÍLIA PARENTE HOMEM MULHER

ESPOSO ESPOSA FILHO FILHO(a) ADOTIVO

PAI (1) PAI (2) MÃE MÃE (2)

IRMÃ JOVEM- ADOLESCENTE ADULTO MENINOS (AS)

64
CRIANÇA BEBÊ GÊMEOS (1) GÊMEOS(2)

GÊMEOS PRIMO VOVÓ BISAVÓ

NETO (A) MADRASTO PADRASTO VIÚVO (A)

65
NOIVO(A) SOBRINHO MADRINHA

PADRINHO NAMORAR AMIGO

CASADO (A) UNIÃO ESTÁVEL

66
AMANTE CUNHADO(A) FICANTE

GENRO CASAMENTO NORA

ENTEADO

67
NATUREZA

68
ÁRVORE IPÊ FLOR CAJUEIRO

MACIEIRA MANGUEIRA BANANEIRA GOIABEIRA

LARANJEIRA RAIZ BROTAR – NASCER GALHO

TERRA AREIA PLANTA PRAIA

69
AR PURO POLUIÇÃO MONTANHA RIO

PLANETA – MUNDO PEDRA LAGOA CORRENTEZA

POLUIÇÃO DO RIO

70
JARDIM CACHOEIRA

PÉTALA

71
ANTÔNIMOS

72
VAZIO – 1 VAZIO -2 CHEIO

PESADO LEVE

AMIGO INIMIGO

DIFÍCIL FÁCIL

73
MEDO CORAGEM

DOENTE SAUDÁVEL – SAÚDE

LISO ÁSPERO

BAIXO ALTO

74
BOM MAL

CARO 01 CARO 02 BARATO

MUITO POUCO 01 POUCO 02

MUITOS LIMPO 01 LIMPO 02

SUJO

75
QUENTE FRIO

GRANDE PEQUENO

IGNORANTE INTELIGENTE

HUMILDE TRISTE

76
MUITO TRISTE- DEPRIMIDO

CONTENTE

FELIZ

77
COMPRIDO CURTO

RÁDIDO LIGEIRO- RÁPIDO DEVAGAR

DEVAGAR -2 DEVAGAR -3 SIM

NÃO -1 NÃO -2

78
BONITO FEIO

SORTE AZAR

BARULHO -1 BARULHO - 2 SILÊNCIO

APARECER DESAPARECER

79
GORDO MAGRO

FORTE FRACO

DURO MOLE

ANTES DEPOIS

80
EDUCADO MAL EDUCADO

PRESO LIVRE = LIBERDADE

FEDOR CHEIRO BOM

PERTO LONGE LONGE - 1

81
GUERRA PAZ

VELHO NOVO

NERVOSO CALMO(A)

MELHOR PIOR

82
POBRE RICO – 1 RICO -2 MUITO RICO

ESCURO CLARO

POSSÍVE IMPOSSÍVEL

VERDADE -1 VERDADE -2 MENTIRA

83
PRI

PRIMEIRO -1 PRIMEIRO 2 ÚLTIMO

ATRÁS FRENTE

CERTO -1 CERTO ERRADO

PERFEIRO – 1 PERFEI-2RO IMPERFEITO

84
ADIANTADO ATRASADO

MOLHANDO SECO

CALOR FRIO

ADOLESCENTE PESSOA DE MEIA IDADE OU SINAL DE GRANDE - ADULTO

85
AMARGO DOCE

IGUAL -1 IGUAL 2 DIFERENTE - 1 DIFERENTE - 2

METIDO ORGULHOSO SIMPLES

86
FRUTAS

87
MELANCIA MELÃO MEXERICA GOIABA

CEREJA JABUTICABA CAQUI MAÇA

BANANA ABACATE ABACAXI LIMÃO

MARACUJÁ
88
MAMÃO PÊRA UVA LARANJA

MANGA AMEIXA FIGO

CAJÚ OU CAJÚ

89
SALADA DE FRUTA

KIWI

90
CAROS CURSISTA NÃO
TERMINAMOS AQUI!

NO DECORRER DO NOSSO CURSO


OUTROS SINAIS SERÃO ANEXADOS A
ESSA APOSTILA... BOM ESTUDO!

91
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, A.V. O papel dos cursos de capacitação para a promoção da


educação inclusiva do aluno surdo. 2008. Pesquisa de conclusão de Pós-
Graduação.

BRASIL, Secretaria de Educação Especial. Deficiência auditiva. (Organizado por


Giuseppe Rinaldi) et al. Séries atualidades pedagógicas. Brasília: MEC/SEESP, 1997.

_______,Ministério da Educação e do Desporto. Lei n.º 9.394 de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional, 20 de dezembro de 1996. Disponível em <
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf > acesso em 02 de fevereiro de 2013.

______,Ministério da Educação e do Desporto. (Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002;


decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005). Disponível em <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10436.htm > Acesso em 20 de
fevereiro de 2013.

_______, Secretaria de Educação Especial. Ensino de Língua Portuguesa para


Surdos. Caminhos para prática pedagógica volume 02. Programa Nacional de Apoio a
Educação de Surdos. Disponível em
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lpvol2.pdf>. Acesso em 01 de março de
2013.

FELIPE, Tânia A. Libras em Contexto. Curso Básico. Brasília: MEC/SEESP, 2007.

FERNANDES, Maria Nilza de Oliveira. Líder-educador: Novas formas de


gerenciamento. Petrópolis: Vozes, 2001.

FERREIRA, Fabiana Carcelen Martins. Deficiente Auditivo. Disponível em


<http://www.crda.com.br/tccdoc/54.pdf > Acesso em 10 fevereiro de 2013.

IMAGENS: SINAIS EM LIBRAS. FELIPE, Tânia A. Libras em Contexto. Curso


Básico. Brasília: MEC/SEESP, 2007.

GOLDFELD, M. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva


sóciointracionista. Plexus, 1997.

GUARINELLO,Ana Cristina.O papel do outro na escrita de sujeitos surdos. São


Paulo:Plexus 2007.

92
HONORA, Márcia.;FRIZANCO,E.L.Mary. Ciranda da Inclusão, Esclarecendo as
Deficiências. Ed. Ciranda Cultural. SP.

HONORA, Márcia.;FRIZANCO, E. L.Mary.(rev) SARUTA, Flaviana B.da Silveira. Livro


Ilustrado de Língua Brasileira de Sinais – Desvendando a comunicação usada pelas
pessoas com surdez. São Paulo: Ciranda da Inclusão, 2010.

KARNOPP. Lodenir.: B.KLEIN. Madalena. A Língua na Educação dos Surdos.


Secretaria de Educação. Departamento Pedagógico. Divisão de Educação Especial.
Vol 1 e vol 2. Porto Alegre 2005.

NASCIMENTO, Márcia M do.:RAFFA, Ivete.Inclusão Social :primeiros


passos.2ª Ed. São Paulo: Rieel,2011.

NIENDICKER, C.; ZYCH, A.C. As Interações do Aluno Surdo em Sala de Aula.

Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de 2008. ISSN 1980-6116

Disponível em< http://www.unicentro.br > Ciências Humanas acesso 20 dezembro de


2010.

QUADROS, Ronice Muller de. Educação de Surdos: a aquisição da linguagem.


Porto Alegre: Artmed, 1997.

QUADROS, Ronice Muller de.;SCHMIDT,Magali L.P. Idéias para ensinar português


para alunos surdos.Brasília: MEC,2006.

SANTANA, Ana Paula; Surdez e Linguagem: aspectos e implicações


neurolinguísticas. São Paulo: Plexus, 2007.

SILVA, R, Andrea; Trevizanutto,Luciana,C.Letramento e surdez: a língua de sinais


como mediadora na compreensão da língua escrita. Disponível em
<http://www.fae.unicamp.br/etd/include/getdoc.php?id=767&article=254&mode=pdf>
acesso em 10 de fevereiro de 2013.

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: autêntica,


2000.

SOUZA, R M; VELSQUEZ, R. C; SIQUEIRA, R. A escrita nas diferenças.In: Anais do


Seminário Desafios e Possibilidades na Educação Bilíngüe para Surdos. Rio de
Janeiro: Instituto Nacional de Surdos: MEC. 21 a 23 de julho de 1997.

93
SOUZA Vinícius costa. Sign WebMessage: um ambiente para comunicação via
Web baseado na escrita da Língua Brasileira de Sinais. Disponível em
<http://www.unisinos.br/inf/images/stories/Inf/50tc_vinicius_souza.pdf >

Acesso dia 09 de fevereiro de 2013.

94

Você também pode gostar