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RESUMO
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INTRODUÇÃO
CONTROLE MOTOR
É o nome dado às funções da mente e do corpo, as quais se unem para governar a postura
e o movimento, ou seja, estuda como os movimentos são produzidos e controlados, em diferentes
níveis pelo sistema nervoso central na interação com o sistema osteomuscular.
O Ser Humano planeja e controla suas ações, assim como o SNC produz respostas e
padrões motores coordenados, através de duas vertentes, a periférica e a centralista.
Para desempenhar com sucesso a grande variedade de habilidades motoras que utilizamos
em nossa vida diária, precisamos coordenar o funcionamento conjunto de vários músculos e
articulações. O desempenho de habilidades motoras tem outra característica geral importante,
além da coordenação do corpo e dos membros.
A maioria das teorias que tentam explicar como o sistema nervoso controla o movimento
coordenado, incorpora dois sistemas básicos de controle, um circuito aberto e outro fechado, os
quais são baseados em modelos de controle de engenharia mecânica, que além de fornecer uma
descrição do processo de controle do movimento humano complexo, e descrevem também as
diferentes formas utilizadas pelo Sistema Nervoso Central para iniciar e controlar uma ação.
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O controle motor está intimamente relacionado com as funções sensorial, perceptiva e
motora. A função sensorial é um componente crítico do controle motor, pois este proporciona o
feedback necessário usado na monitoração do desempenho. O sistema de controle motor pode ser
em alça fechada, também chamada de servomecanismo ou ainda servoalça, ou seja, ‘’um sistema
de controle empregando o feedback, uma referência de correção, computação do erro e
subseqüente correção, para a manutenção de um desejado estado do ambiente’’ (SCHIMIDT,
1982). Os olhos, as orelhas, o aparelho vestibular, os músculos, os proprioceptores tendíneos e
articulares, assim como os receptores de tato são fontes de feedback empregadas na monitoração
do movimento.
A função precípua do sistema de controle motor em alça fechada é a monitoração dos
estados constantes, como a postura e o equilíbrio, e o controle de movimentos lentos, ou
movimentos que exigem alto grau de precisão. A informação do feedback é também essencial
para o aprendizado de novas tarefas motoras.
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pelo esforço causado por um movimento voluntário, por medicamentos ou ainda pelo estado do
Sistema Nervoso Central.
As teorias que descrevem o controle do movimento coordenado diferem de acordo com
os aspectos centrais e ambientais de um sistema de controle, essas teorias fornecem as bases para
compreendermos como controlar as habilidades motoras complexas. A propriocepção e a visão
são elementos importantes nas teorias do controle motor.
EXPLICAÇÃO NEUROFISIOLÓGICA
A realização de uma habilidade motora exige que o Sistema Nervoso Central controle as
características espaciais, temporais e quantitativas, transformando uma intenção abstrata em
atividade muscular adaptada à situação.
Quando um indivíduo interpreta uma situação e elabora uma intenção, ativa os centros
como o córtex associativo frontal e parietal, gânglios da base e cerebelo envolvidos nos
programas motores, até os núcleos motores que ativarão os grupos musculares para a realizar o
gesto adaptado.
SISTEMA PIRAMIDAL
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bulbo formam os tratos córtico-espinhais e descem pelo funículo lateral na substância branca da
medula.
Ao nível do bulbo, cerca de 80% das fibras da via piramidal cruzam para o outro lado do
tronco encefálico (na decussação das pirâmides) e descem no quadrante póstero-lateral da
medula (trato córtico-espinhal lateral). Um número menor de fibras que não cruzam no bulbo
(trato córtico-espinhal anterior) desce no quadrante ântero-lateral da medula, mas essas fibras
não chegam a alcançar a medula lombar, terminando nos diversos níveis segmentares mais altos,
quando então cruzam para o lado oposto.
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Na face medial de cada hemisfério cerebral observa-se um anel cortical contínuo
constituído pelo giro do cíngulo, giro para-hipocampal, e hipocampo. Este anel constitui o lobo
límbico.
O sistema límbico pode ser conceituado como um sistema relacionado com a regulação
dos processos emocionais e do sistema nervoso autônomo constituído pelo lobo límbico e pelas
estruturas subcorticais a ele relacionadas. As estruturas componentes corticai são: Giro do
cíngulo, giro para-hipocampal e hipocampo. E as estruturas componentes subcorticais são: Corpo
amigdalóide, área septal, núcleos mamilares, núcleos anteriores do tálamo, núcleos habenulares .
* Modelo Reflexo – Este tem suas origens no modelo de Sherrington. Apresenta uma
visão perifericalista, na qual o controle motor vem das partes periféricas do sistema nervoso, ou
seja, ele supõe que os impulsos sensoriais aferentes são pré-requisitos necessários para a
produção motora eferente – para a execução do movimento voluntário, todo trajeto sensorial da
periferia para o centro deve estar funcionando. No modelo reflexo a meta do sistema nervoso é
controlar a ativação muscular. Os impulsos sensoriais controlam o rendimento motor; o
movimento é a soma dos reflexos; as sensações são necessárias para o movimento, porém
experiências mostram que animais com perdas dos impulsos aferentes demonstram ter
movimentos coordenados.
*Modelo Hierárquico – Em 1932, o neurologista Dr. Humglings Jackson, foi o primeiro
articulador deste modelo, que representa-o de cima para baixo do controle motor. Este modelo
defende uma visão centralista, onde os centros superiores contêm todas as informações
necessárias para o movimento podendo ou não usar o Feedback interno ou externo para regular o
movimento. Não há comunicação entre os níveis, eles funcionam como subordinados,
executando comandos gerados pelos centros superiores; há a separação de atos voluntários e
reflexos.
*Modelo de Sistemas – Processado por Nicole Bernistein, em 1932. De acordo com o
mesmo, os movimentos não são perifericamente ou centralmente dirigidos, emergem como um
resultado de uma interação entre muitos sistemas, cada um contribuindo para aspectos diferentes
de controle motor.
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Os movimentos normais são coordenados não por causa de padrões de ativação muscular
prescrito por trajetos sensoriais ou por programas centrais, mas devido a estratégias de ação que
emergem da interação dos sistemas. O termo sistemas é usado para descrever a relação entre
vários centros do cérebro e da medula espinhal trabalhando junto com uso de Feedback.
Uma vantagem clínica dos modelos de sistemas é que ele pode contribuir para a
flexibilidade e adaptabilidade do comportamento motor em uma variedade de condições
ambientais. Os sistemas interativos controlam o comportamento para alcançar os objetivos das
atividades; mecanismos adaptativos e antecipatórios e estratégias normais para limitar a
liberdade.
REFLEXOS E REAÇÕES
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*Reações de Equilíbrio - servem para a manutenção do equilíbrio em resposta a
alterações no centro de gravidade e/ou base de sustentação do corpo. As reações de equilíbrio
podem também ser testadas mediante a alteração da posição do paciente através de movimentos
voluntários, ou por deslocamento manual.
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também ativa os receptores articulares, o que aumenta a facilitação dos músculos estabilizadores
em torno das articulações. Os critérios para um adequado controle da estabilidade são:
capacidade de manutenção da postura, sem apoio; a capacidade de sustentação da postura por um
período adequado e a capacidade de controle de postura, o que fica evidenciado por uma
quantidade mínima de oscilação postural.
APRENDIZAGEM MOTORA
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- Fase Inicial ou autônoma, onde os movimentos se tornam refinados ou altamente
coordenados.
A Predominância dos mecanismos de processamento sensorial varia segundo o estágio do
aprendizado. No estágio inicial, a demonstração visual pode contribuir para a aprendizagem
geral. Durante o estágio intermediário, o movimento é concretizado através da concentração do
feedback. E no último estágio, ocorre o refinamento da tarefa motora mais automático e mais
cognitivo.
O Conhecimento de cada um desses fatores permite ao terapeuta a estruturação
apropriada do ambiente terapêutico e da interação entre seu paciente.
COORDENAÇÃO MOTORA
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espacial, o controle óculo-motor e a consciência corporal têm papel importante na elaboração do
plano e na execução do movimento pelo Sistema Nervoso Central, a atenção pode influenciar no
controle motor por estar associada ao estado de vigília e ao feedback constante do gesto.
Próximo do primeiro ano de idade, como a criança já tem mais destreza e começa a andar,
ela passa a se interessar ainda mais por atividades com movimentos. Nessa faixa etária, ela
começa a tentar encaixar e empilhar objetos. Com dois anos, ela pode ser apresentada à
atividades como circular a mão, desenhar, amassar papéis, colagens com bolinhas de papel e
pintura a dedo, entre outras, auxiliam no desenvolvimento cognitivo e na coordenação motora
fina.
A partir dos 4 anos, atividades que envolvam algum tipo de raciocínio começam a
fascinar as crianças, enquanto as brincadeiras como pular corda, descer no escorregador, subir no
trepa-trepa do playground são benéficas à coordenação motora grossa. As habilidades de
coordenação motora e de equilíbrio devem ser avaliadas e desenvolvidas basicamente na
infância, pois a aprendizagem motora posterior vai necessitar destas habilidades básicas numa
fase adulta.
Na adolescência, idade compreendida entre os 10 até os 20 anos ou mais, o
comportamento motor esperado é caracterizado pela fase de habilidades motoras especializadas.
Depois que crianças alcançam o estágio maduro de um padrão motor fundamental, poucas
alterações ocorrem. As mudanças ocorrem na precisão, na exatidão e no controle motor, porém
não no padrão motor. O início da adolescência é marcado pela transição e a combinação dos
padrões motores maduros. Nesta fase as crianças começam a enfatizar a precisão e a habilidade
de desempenho em jogos e movimentos relacionados aos esportes. A habilidade e a competência
são limitadas. A segunda fase da adolescência é marcada pela autoconsciência dos recursos
físicos e pessoais e suas limitações, e por isso concentra-se em determinados esportes. A ênfase
está na melhora da competência.
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COORDENAÇÃO MOTORA FINA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FONSECA, Vitor da. Da filogênese à ontogênese da motricidade. Porto Alegre: Artes Médicas,
1988. 309 pp.
ROSA NETO, Francisco. Manual de avaliação motora. Porto Alegre: Artmed, 2002. 136 p.
SCHMIDT, Richard A.,; WRISBERG, Craig A.. Aprendizagem e performance motora: uma
abordagem da aprendizagem baseada no problema. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001. 352 p.
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