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Módulo 1

Consulta psicológica
com crianças e
adolescentes

Diana Santos de Sousa


Psicóloga
dianasantosdesousa@gmail.com
facebook.com/dianasantosdesousapsi
Construção da relação terapêutica

Tratamento mais eficaz quanto


Século XX
mais afetuosa for a relação
médico-doente

(Pieta, 2014).
Construção da relação terapêutica
Transferência

Contratransferência (Pieta, 2014).


Construção da relação terapêutica
Transferência permi
te ao p
exper acient
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uta
(Pieta, 2014;
Contratransferência (Norcress &
Lambert, 2019).
Construção da relação terapêutica
Relativismo – natureza relativa, não absoluta de todos
os tipos de conhecimento;

Metamodelo da Contradição – complexidades e contradições são


componentes inevitáveis do conhecimento da
complementaridade
realidade;
paradigmática (MCP)

Integração – síntese de alto nível de abstração que


constitui uma totalidade integrativa de sistemas
opostos particulares
(Vasco, 2001,
2005b, citado por
Dias, 2008).
Construção da relação terapêutica

“estar” em terapia
+
Metamodelo da “quê” da terapia
complementaridade +
paradigmática (MCP)
“como” da terapia
+
“quando” da terapia
(Vasco, 2001,
2005b, citado por
Dias, 2008).
Construção da relação terapêutica
Fases:
1. Confiança, Motivação e Estruturação da Relação;
2. Aumentar a Consciência da Experiência e do Self;
Metamodelo da 3. Construção de Novos Significados Relativos à
Experiência e ao Self;
complementaridade
4. Regulação da Responsabilidade;
paradigmática (MCP)
5. Implementação de Acções Reparadoras;
6. Consolidação da Mudança;
7. Antecipação do Futuro e Prevenção da Recaída.

(Vasco, 2001,
2005b, citado por
Dias, 2008).
Construção da relação terapêutica

Relação terapêutica
psicólogo-criança/adolescente
(Maior diminuição de sintomatologia)
Consulta com crianças e
adolescentes

Relação terapêutica
psicólogo-pais
(Maior envolvimento e menos
desistências)
(Castro et al.,
2009)
Entrevista motivacional
Que dificuldades enfrentaste até
agora relacionadas com esse
Quais as tuas preocupações problema?
acerca do estado atual?

Desvantagens do
estado atual
O que achas que pode
O que achas que aconteceria se
preocupar as pessoas no caso
não mudasses nada no teu
de continuares com esse
comportamento?
comportamento?
(Miller & Rollnick,
2002)
Entrevista motivacional
Se pudesses fazer uma mudança no teu
comportamento imediata, como
O que gostarias que fosse magia, como as coisas seria melhores?
diferente na tua vida?

Vantagens da
mudança
Que vantagens poderia haver O facto de estares aqui pode indicar que
uma parte de ti, ainda que muito pequena,
se mudasses o teu
acha que é tempo de haver uma mudança.
comportamento? Que razões achas que pode haver para a
mudança?

(Miller & Rollnick,


2002)
Entrevista motivacional
Que qualidades tens que podem
O que te faz pensar que, se ajudar a fazer uma mudança?

decidires mudar, poderias fazê-


lo?
Otimismo acerca da
mudança

Em algum momento da tua vida fizeste uma


O que te encorajaria a mudar
mudança significativa assim? Como fizeste?
se o quisesses fazer?

(Miller & Rollnick,


2002)
Entrevista motivacional
Se não te preocupasses com o “como”,
Quão importante é para ti a o que gostarias que acontecesse?

mudança e quanto queres faze-la?


Intenção de mudar

Parece-me que te sentes preso


neste momento. O que teria de O que estarias disposto a fazer
mudar para não te sentires para mudar?
assim
(Miller & Rollnick,
2002)
Especificidades e desafios

Código de ética Desenvolvimento


e deontologia normativo
da Ordem dos vs.
Psicólogos Desenvolvimento
patológico
Portugueses
Especificidades e desafios

Consentimento Consentimento
informado informado
crianças/adolescentes pais/representantes
legais
Especificidades e desafios

Confidencialidade Relatórios de
avaliação
Principais pedidos

Internalização

Perturbações de ansiedade

Perturbações depressivas
Principais pedidos

Externalização
comportamento disruptivo

hiperatividade

delinquência
Bibliografia
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Volumes 1 Evidence-based Therapist Contributions (3rd ed.). New York: Oxford University Press.

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