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Marta Mesa
Ivette Garcia
Os jovens
Raúl Morcillo
Emílio Arenas Alice Ramos em Portugal,
hoje
Gloria Yanguas Evelia Murcia Álvarez
Os jovens
em Portugal,
hoje
Quem são,
que hábitos têm,
o que pensam
e o que sentem
ISBN: 978-989-9064-30-0
Depósito Legal n.º 491 880 /21
Introdução 7 Parte 2
Aspectos metodológicos básicos
Parte 1
Enquadramento teórico Jovens considerados na investigação 33
Capítulo 2
Principais resultados sobre
a família de origem 92
Capítulo 3
Principais resultados sobre
a formação dos jovens 104
Capítulo 4
Principais resultados sobre
o trabalho pago 120
Capítulo 6 Capítulo 10
Principais resultados sobre os Principais resultados sobre o
hábitos dos jovens 210 que sentem os jovens 364
Capítulo 7 Capítulo 11
Principais resultados sobre o Principais resultados sobre as «situações
que pensam os jovens 260 de vida» identificadas entre os jovens 410
Capítulo 8
Principais resultados sobre
a transição para a vida adulta 318
Neste livro, resumem-se os principais resultados da investigação «Os questões como o trabalho, a mobilidade, a maternidade ou a paterni-
jovens em Portugal, hoje», bem como as conclusões a que chegou a dade, a política, o meio ambiente, a pressão social que sentem, até que
equipa multidisciplinar que nela participou. ponto se sentem felizes, se sofreram alguma situação de discriminação,
etc.). É também pioneira pelas metodologias de análise utilizadas
A Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), tendo em conta a
pela PRM, que permitem compreender em profundidade não só as
profundidade e a relevância dos resultados obtidos na investigação
várias questões que foram colocadas aos jovens no questionário como
«As mulheres em Portugal, hoje», e indo ao encontro da sua missão
também o modo como estas se inter-relacionam, e até inferir respostas
de promover e aprofundar o conhecimento da sociedade portuguesa,
a questões a que os jovens não teriam conseguido responder caso lhes
considerou que seria da maior utilidade aprofundar o entendimento
tivesse sido colocada uma pergunta directa na altura da entrevista.
sobre quem são, o que pensam e como se sentem as mulheres e os
homens jovens em Portugal. Com esta investigação, a FFMS e a PRM esperam gerar um debate
construtivo e uma reflexão crítica sobre a situação e o papel dos
Tal como no estudo «As mulheres em Portugal, hoje», a investi-
jovens na sociedade portuguesa. Estamos convencidos de que só
gação «Os jovens em Portugal, hoje» foi conduzida por uma equipa
melhorando o contexto mental de todos os agentes envolvidos (os
de consultores e analistas da PRM Market Intelligence, liderada por
jovens, as famílias de origem, a comunidade educativa, etc.) conse-
Laura Sagnier. Para garantir que todas as especificidades dos jovens e
guiremos construir um futuro melhor para os jovens e, portanto,
da sociedade portuguesa seriam devidamente consideradas, a FFMS
um futuro melhor para Portugal.
contou com a consultoria de duas investigadoras externas: Alice Ramos
do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e Evelia A presente publicação encontra-se estruturada em quatro partes.
Alvarez do ISCTE. A parte 1 corresponde ao enquadramento teórico desta investigação:
um resumo elaborado pela Alice Ramos e a Evelia Alvarez dos princi-
«Os jovens em Portugal, hoje» é uma investigação pioneira, tanto pela
pais olhares e contributos da sociologia para a consolidação do estudo
amplitude da população-alvo que representa (2,2 milhões de jovens
da juventude em Portugal. Na parte 2, expõem-se os aspectos metodo-
entre os 15 e os 34 anos que residem em Portugal) como pela diversi-
lógicos básicos da investigação «Os jovens em Portugal, hoje». A parte
dade das temáticas investigadas (os valores e as formas de ser perante
3 corresponde às conclusões a que chegou a equipa multidisciplinar
a vida, a família de origem, os amigos e a pessoa parceira, a formação,
que nela participou e na parte 4 detalham-se os principais resultados
o trabalho pago, os hábitos que têm, o que pensam em relação a
da investigação estruturados em 11 capítulos. Cada um dos capítulos
Alice Ramos
Evelia Alvarez
O conceito de juventude tem sido largamente debatido pela teoria jovens ou grupos sociais de jovens, mas também, e principalmente,
sociológica ao ponto de podermos afirmar que o facto de a juventude as diferenças que entre eles existem» (Pais, 1990, p.140).
ser uma categoria social de definição complexa parece ser o único
Dois enfoques ou tendências principais têm sido utilizados pela
aspecto consensual (Pereira, 2007; Ferreira, 2009; Pappámikail, 2010).
sociologia na abordagem da juventude: o enfoque «geracionista» e o
Já em 1968, o sociólogo francês Pierre Bordieu afirmava que «a juven- enfoque «classista» (Pais, 1990; Pais, 2003).
tude é apenas uma palavra», sugerindo a manipulação a que o conceito
Na primeira perspectiva, a juventude é vista como um conjunto
de juventude estava sujeito e demonstrando a arbitrariedade das divi-
social de indivíduos que partilham a mesma fase da vida que, por isso,
sões etárias que, na sua opinião, apenas levam à negação da diversidade
formam um grupo etariamente identificado. A questão central desta
interna de gerações, faixas etárias e da própria juventude enquanto
corrente é a de identificar traços comuns e homogéneos que caracte-
realidade socialmente construída.
rizem esta fase da vida. A juventude assim concebida corresponde à
A partir deste momento, segundo José Machado Pais, a teoria socio- categoria estrutural de geração definida por critérios de idade e por
lógica viu-se crescentemente confrontada com a necessidade de oposição às outras gerações.
estabelecer rupturas com as concepções de juventude mais orto-
A segunda perspectiva, representada pela corrente «classista», concebe a
doxas, e até então dominantes, e começar a questionar e desconstruir
juventude como um conjunto social diversificado e entende que a repro-
o conceito para, seguidamente, o reconstruir. Ainda segundo Machado
dução social é necessariamente uma reprodução de género, de poder,
Pais, a questão central que se coloca à sociologia da juventude é a
de classe social ou de ‘raça’ e, portanto, as diferentes culturas juvenis
de «explorar não apenas as possíveis ou relativas similaridades entre
Já em 1987, realizou-se o inquérito «A Juventude Portuguesa: Este estudo viria a constituir a primeira base de dados longitudinal
Situações, Problemas, Aspirações», sob a coordenação de Madalena sobre a situação dos jovens em Portugal (lançada em 1997), e inaugura
Andrade, investigadora do Instituto de Ciências Sociais da a consolidação de uma «certa sociologia da juventude» (nas palavras
Universidade de Lisboa. Mais tarde, em 1996, foi criado o Observatório de Vitor Sérgio Ferreira), que tem José Machado Pais como principal
Permanente da Juventude (OPJ) através de um protocolo entre a referência. Esta sociologia da juventude apresenta a especificidade
Secretaria de Estado da Juventude e o Instituto de Ciências Sociais de enquadrar teoricamente o estudo da juventude nos referenciais da
(ICS-ULisboa), que deu origem a diversos estudos sobre a realidade sociologia do quotidiano, olhando para a juventude como categoria
da juventude portuguesa («Jovens Portugueses de Hoje: Resultados que se constrói histórica, social e politicamente.
Cronologia dos principais inquéritos à juventude portuguesa e estudos da Colecção de Juventude Portuguesa (1980-2000)
«Inquérito Nacional
à Juventude», Inquérito «A Juventude
realizado pelo Portuguesa: Situações,
Fundo de Apoio aos Inquérito do «Observatório Problemas, Aspirações»,
Organismos Juvenis Permanente sobre os Estudantes do Instituto de Ciências
(FAOJ). Universitários» (OPEU). Sociais (ICS). Colecção Estudos de Juventude (IPJ-ICS)
1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997-99
Alguns dos temas que a sociologia portuguesa tem estudado desde Em seguida, apresentam-se as principais áreas temáticas e questões
a sua emergência como corpo teórico permaneceram centrais nas sociais que têm sido estudadas pela sociologia da juventude a partir da
primeiras investigações sociológicas e perduraram na agenda científica década de ‘80, assim como as linhas de discussão centrais no âmbito de
da sociologia até aos dias de hoje. É o caso da sociologia da juventude, cada temática.
que, por isso, constitui um dos «domínios clássicos duradouros» da
sociologia (Machado 2017). Transições para a vida adulta
Os estudos sobre a juventude são, assim, uma linha de investigação Ser «adulto» ou abeirar a «velhice» já não será, de facto, equivalente à
que surge desde a primeira hora, com um enfoque particular nos estu- chegada de ciclos «instalados» da vida e à assunção de estatutos e papéis
dantes universitários, nas suas origens sociais, nas suas práticas e nas «permanentes» do ponto de vista psicológico, social e/ou económico
suas representações sociais. Esta temática ocupou sociólogos de dife- (Ferreira e Nunes, 2010, p.41)
rentes unidades de investigação por todo o país, desde o antigo GIS
Os estudos sobre as transições dos jovens para a vida adulta estiveram
(Gabinete de Investigações Sociais) fundado por Adérito Sedas Nunes
na agenda da sociologia desde os anos ‘80. Nesta época, a linearidade
e que posteriormente deu origem ao ICS-ULisboa até ao CIES-ISCTE
era o enfoque de partida na abordagem desta temática. A transição
(Centro de Investigação de Estudos de Sociologia do ISCTE), passando
consistia num processo formado por acontecimentos sucessivos na
pelo CESNova (Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova
vida dos jovens que, de forma gradual, os transportavam à adultícia.
de Lisboa), o CESUC (Centro de Estudos Sociais da Universidade de
Antes de mais, o fim do percurso escolar e a entrada no mercado de
Coimbra) e o ISFLUP (Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras
trabalho; a seguir, a saída da casa dos pais; depois, a iniciação na conju-
da Universidade do Porto) (Machado, 2017).
galidade; e, por fim, a estreia no terreno da parentalidade (Guerreiro,
Com a emergência dos grandes inquéritos e levantamentos estatísticos Abrantes e Pereira, 2007; Pappámikail, 2010; Pais, Bendit e Ferreira,
sobre juventude nos anos ‘80 e a posterior extensão desta temática a 2011; Vieira, 2016).
estudos de âmbito qualitativo, abre-se o caminho para temas que até ao
A chegada da modernidade tardia (etapa consagrada pela globalização
momento tinham sido abordados de forma residual. Inicia-se o interesse
das sociedades como resultado das mudanças sociais e tecnológicas
pelo estudo das condições de vida dos jovens, condutas de risco e proble-
iniciadas na década de ‘60) trouxe consigo uma série de mudanças
máticas sociais, culturas e práticas juvenis, para mencionar apenas alguns.
Embora a linha que separa contributos teóricos de contributos empí- Castells, M. «La apropiación de las tecnologías: Cultura juvenil en la era digi-
ricos seja, na grande maioria dos casos, difícil de traçar, apresentamos tal.» in Telos: Cuadernos de comunicación e innovación, (81), 2009, pp. 111-113
as referências bibliográficas de acordo com o papel principal que
Conde, I., «Cenários de práticas culturais em Portugal (1979-1995)»
desempenharam na construção do questionário que serviu de base ao
in Sociologia–Problemas e práticas, 23, 1997, pp. 117-188
presente estudo.
Costa, P. «Centros e margens: Produção e práticas culturais na Área
Referências de teor essencialmente teórico Metropolitana de Lisboa» in Análise Social, 2000, pp. 957-983
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dos Santos, 2016 velho problema social» in Dornelas, A., Oliveira, L., Veloso, L. & Guerreiro,
M. D. D. (orgs.), Portugal invisível, Lisboa, Editora Mundos Sociais, 2010,
Almeida, A. N. D., Guerreiro, M. D. D., Lobo, C., Torres, A. & Wall, K.,
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«Relações familiares: mudança e diversidade» in Portugal, que modernidade,
1998, pp. 45-78 Doutor, C. «Um olhar sociológico sobre os conceitos de juventude e de
práticas culturais: Perspetivas e reflexões» in Última Década (45), 2016,
Almeida, A. N. & Vieira, M. M., a escola em Portugal: Novos olhares, outros
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As políticas públicas para o emprego jovem. Policy Brief 2018 in Observatório
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português» in Mattoso, J. (Dir.), História da vida privada: Os nossos dias, Lisboa,
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Na pesquisa, os jovens começaram por responder a questões sobre Por último, baseando-nos em todas as informações recolhidas na
quem são e sobre quatro facetas da sua vida: pesquisa, que também inclui a percepção de felicidade, os jovens
foram classificados e estudados em profundidade do ponto de vista
1) a família de origem (mãe, pai, irmãos, irmãs, etc.); de quantas situações de vida diferentes estão a viver.
2) os amigos e a pessoa parceira;
3) a formação;
4) o trabalho pago.
FAMÍLIA
FORMAÇÃO
DE ORIGEM
TRANSIÇÃO
QUEM PARA A VIDA
SÃO ADULTA
AMIGOS
TRABALHO
E PESSOA QUANTAS
PAGO
PARCEIRA “SITUAÇÕES DE
VIDA” FORAM
IDENTIFICADAS
FASES DO ENTRE OS
QUE HÁBITOS TÊM CICLO DE VIDA JOVENS
DOS JOVENS
O QUE PENSAM
O QUE SENTEM
O tamanho total da amostra disponível nesta investigação é de Antes de iniciar as análises, atribuiu-se a cada participante um peso
4 904 jovens. adequado de modo a acertar a desproporção que havia na amostra
aos tamanhos reais que cada nível de cada variável ocupa na popu-
Na fase de concepção, foi decidido fixar quotas para quatro variáveis
lação total, segundo os dados disponíveis no INE/Pordata. No quadro
consideradas fundamentais nesta pesquisa: o sexo, a idade, o nível de
ao lado, pormenorizam-se as três fases do processo de ponderação da
escolaridade e a área geográfica de residência habitual. Nos quatro
amostra da investigação e os tamanhos populacionais dos jovens que
critérios, foi decidido distribuir a amostra de forma não proporcional,
correspondem a cada nível de cada uma das variáveis nucleares para o
de modo a garantir que, em cada nível de cada um destes crité-
desenho desta investigação.
rios, dispúnhamos do tamanho amostral suficiente para as análises
que se pretendiam realizar. No caso da idade e do nível de escola- Os jovens que fazem parte da amostra deste estudo foram recrutados a
ridade, as categorias em que as quotas foram fixadas são as que o partir do hub de painéis da CINT.
INE e a Pordata costumam empregar. Já no que diz respeito às áreas
geográficas, a equipa formada pela FFMS e as consultoras científicas As entrevistas foram realizadas durante o mês de Junho de 2020.
convidadas estipularam uma classificação ad hoc em dez áreas.
(1) Ver definição das áreas geográficas de Portugal continental na página seguinte. Nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa, a amostra foi distribuída por concelhos e no resto das
áreas de Portugal continental foi distribuída por distritos.
Varzim, Santo Tirso, Trofa, Valongo, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia
(II) (I)
VISEU (I) GUARDA
VISEU (II): Carregal do Sal, Castro Daire, Mangualde, Mortágua, Nelas,
AVEIRO AVEIRO (I)
Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, São Pedro
AVEIRO (II): Arouca, Espinho, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, (II) (I)
do Sul, Sátão, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu, Vouzela
São João da Madeira, Vale de Cambra VISEU (II)
AVEIRO
(III) GUARDA (II) GUARDA (II): Aguiar da Beira, Almeida, Celorico da Beira, Figueira de
Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas,
Centro Litoral Centro Meda, Pinhel, Sabugal, Seia, Trancoso
Litoral COIMBRA
Centro CASTELO BRANCO: Belmonte, Castelo Branco, Covilhã, Fundão,
AVEIRO (III): Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, CASTELO
Mealhada, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga, Vagos BRANCO Interior Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova, Sertã, Vila de
COIMBRA: Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da LEIRIA Rei, Vila Velha de Ródão
SANTARÉ SANTARÉM (I): Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento,
Foz, Góis, Lousã, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Oliveira do SANTARÉM (I)
M
Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua, Vila Nova Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila
LISBOA (III)
de Poiares LISBOA
PORTALEGRE Nova da Barquinha
(I) SANTARÉM
LEIRIA: Alcobaça, Alvaiázere, Ansião, Batalha, Bombarral, Caldas da (II)
LISBOA
Rainha, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, (II) Alentejo
Nazaré, Pedrógão Grande, Peniche, Pombal, Porto de Mós, Óbidos SETÚBAL
(I) ÉVORA LISBOA (III): Azambuja
LISBOA (I): Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Lourinhã, Sobral de Alentejo
SANTARÉM (II): Almeirim, Alpiarça, Benavente, Cartaxo, Chamusca,
Monte Agraço, Torres Vedras AM SETÚBAL
(II) Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém
Lisboa
PORTALEGRE: Alter do Chão, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo de
AM Lisboa BEJA Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Gavião, Marvão, Monforte, Nisa, Ponte de Sôr,
LISBOA (II): Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Odivelas, Oeiras, Portalegre, Sousel
Sintra, Vila Franca de Xira ÉVORA: Alandroal, Arraiolos, Borba, Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo,
SETÚBAL (I): Almada, Barreiro, Seixal, Setúbal, Alcochete, Moita, Montijo, FARO Mora, Mourão, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Vendas
Palmela, Sesimbra Novas, Viana do Alentejo, Vila Viçosa
Algarve SETÚBAL (II): Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines
Algarve BEJA: Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Barrancos, Beja, Castro Verde, Cuba,
Distrito de FARO Ferreira do Alentejo, Mértola, Moura, Odemira, Ourique, Serpa, Vidigueira
Durante as quatro fases da pesquisa, a equipa da PRM (com o apoio, Gostaríamos também de salientar que, como resultado das metodo-
sempre que necessário, da equipa de acompanhamento científico desta logias de trabalho utilizadas para garantir a qualidade e a coerência
investigação) garantiu a utilização de metodologias orientadas para a das respostas consideradas válidas para a análise, de entre um total
minimização dos erros de não-amostragem em que se pudesse incorrer de 5 619 questionários respondidos, 715 foram anulados: 196 entre
em cada uma das fases da investigação. as mulheres e 519 entre os homens (isto é, foi preciso anular quase o
triplo de questionários de homens jovens do que de mulheres jovens).
No quadro ao lado, apresenta-se um resumo detalhado das metodolo-
gias utilizadas e das considerações essenciais que foram tidas em conta Como consequência destes filtros exigidos pela metodologia utilizada,
em cada fase da investigação. ficaram garantidas a qualidade e a coerência dos 4 904 questionários
que fazem parte do arquivo de dados com o qual trabalhámos na fase
Uma das decisões tomadas na fase de concepção da investigação, da análise.
tendo em conta que alguns dos assuntos a tratar eram de natureza
muito íntima, foi a de aplicar os questionários pela Internet, utili-
zando a metodologia CAWI (Computer-Assisted Web Interviewing),
que permite maximizar o grau de sinceridade dos jovens quando estão
a responder. A duração média de resposta ao questionário foi de 34
minutos e 22 segundos entre os homens jovens e de 38 minutos e 11
segundos entre as mulheres jovens (isto é, as mulheres demoraram
mais quase quatro minutos a responder).
• Erros na definição dos objectivos • Erros de selecção da amostra (vs. a • Erros de não validação da coerência das
• Erros na definição do universo objecto de amostra desenhada) respostas dos entrevistados
Exemplos de
erros de não estudo • Erros de não resposta excessivamente alta • Erros de ponderação
amostragem • Erros de desenho da amostra • Erros de incapacidade de resposta • Erros na metodologia de análise de dados
a evitar em • Erros no desenho do inquérito (tipo de • Erros de resistência à resposta utilizada
cada fase perguntas, ordem das perguntas, • Erros de codificação • Erros de interpretação correcta dos resultados
linguagem,...) • Erros de transcrição dos dados
• Erros de supervisão,...
• Erros de comunicação dos resultados,...
• Sessões de trabalho juntamente com a • As entrevistas foram realizadas • Como passo prévio à realização das análises, a
equipa de acompanhamento científico utilizando a metodologia CAWI equipa de PRM validou a totalidade da base
desta investigação, para definir: (computer-assisted web interviewing), de dados, para detectar possíveis incoerências
- quais deviam ser as temáticas a para garantir a maior sinceridade nas respostas dos entrevistados a cada uma das
considerar (ver detalhe na página 35) e as possível por parte dos entrevistados. perguntas do inquérito.
informações a obter em cada temática;
- o desenho da amostra (ver detalhe na • A equipa da PRM acompanhou a • A equipa da PRM ponderou a amostra a valores
página 37). realização das entrevistas para garantir que populacionais, para garantir uma distribuição
as quotas amostrais fixadas foram cobertas igual à do universo total dos jovens objecto de
Metodologia • Revisão da linguagem e redacção das e para validar a qualidade das entrevistas, estudo, em termos geográficos, de
de trabalho perguntas do inquérito por um especialista feitas com um controlo duplo: escolaridade, de faixas etárias e de sexo (ver
utilizada para em língua portuguesa. - o tempo que o entrevistado demorou a detalhe na página 37).
minimizar os completar a entrevista;
erros de não • A versão do inquérito a aplicar às mulheres - a coerência das respostas do entrevistado • Sessões de trabalho juntamente com a equipa
amostragem jovens foi pré-testada para verificar a a perguntas-chave. de acompanhamento científico desta
compreensão das perguntas e a duração investigação para:
do inquérito (a duração média do mesmo Foi assim possível identificar e anular as - garantir a correcta compreensão e
foi de 38 minutos). entrevistas inválidas: interpretação de todos os resultados a que se
tinha chegado;
• A versão do inquérito a aplicar aos homens - validar as conclusões a que se tinha
Mulheres Homens
jovens foi pré-testada para verificar a chegado.
compreensão das perguntas e a duração Entrevistas
anuladas 196 519
do inquérito (a duração média do mesmo 17,5%
foi de 34 minutos).
% de entrevistas 7,4%
anuladas sobre total
realizadas de cada sexo
×3
Erros de amostragem em cada um dos níveis das variáveis que, durante a etapa de
análise desta investigação, se revelaram mais relevantes na vida dos jovens
Amostra total
na categoria
xxxx
+ x,x% Erro amostral (1)
Mulheres
2463 517 Têm trabalho pago
2928 Adolescentes 184
4.904 15 a 19 sob pressão
+ 2,0% + 4,4% + 1,8% + 7,4%
+ 1,4%
2441 1431 Adolescentes 379
Homens 20 a 24
+ 2,0% + 2,6% em conforto + 5,1%
1449 3193 Jovens 199
25 a 29 Têm companheiro/a à margem
+ 2,6% + 1,8% + 7,1%
Jovens
1507 1996 em
383
30 a 34 Vivem com companheiro/a
+ 2,6% + 2,2% vulnerabilidade + 5,1%
Jovens 627
Nível de escolaridade em conforto
mais alto completo + 4,0%
(1) Margem de erro para o cálculo de uma proporção no caso de máxima indeterminação (P=Q=50%) e para uma probabilidade de não ser superada de 95,5%.
Ter um nível de escolaridade mais elevado garante aos jovens, tanto pago ou, sentindo-se um pouco menos satisfeitos do que isso, nunca
às mulheres como aos homens, uma melhor posição de partida na lhes passou pela cabeça deixarem o seu trabalho ou chegaram a
grande maioria das áreas da vida. pensar nisso mas decidiram não o fazer).
No que respeita ao mercado de trabalho, este efeito positivo No que respeita às relações de casal, pode concluir-se que:
observa-se:
• Entre os jovens heterossexuais que vivem com companheiro/a,
• Na proporção dos jovens que, entre os que já finalizaram os estudos, quanto maior o nível de escolaridade, maior a proporção dos que
têm trabalho pago: são 54 % entre os que completaram até ao básico, antes de irem viver juntos falaram sobre como iam partilhar as
65 % entre os que completaram até ao ensino secundário ou pós- despesas comuns e da casa, as tarefas domésticas e também a
secundário e 80 % entre os que completaram o ensino superior. educação e o cuidado dos filhos, se um dia os tiverem.
• Nas áreas em que trabalham: os tipos de trabalhos que os jovens têm • Tanto entre as mulheres jovens que vivem com um homem como
são completamente diferentes entre os que completaram apenas o entre os homens jovens que vivem com uma mulher, os que se
ensino básico e os que continuaram a estudar até ao ensino superior. sentem satisfeitos ou muito satisfeitos com a relação com o/a compa-
• Nos rendimentos mensais líquidos que recebem: enquanto entre os nheiro/a é maior entre aqueles que completaram o ensino superior.
que têm menos formação não há praticamente jovens que ganhem • Também tanto para as mulheres jovens que vivem com um homem
mais de 767 euros líquidos por mês, entre os que têm mais formação, como para os homens jovens que vivem com uma mulher, é entre os
dois terços auferem mais do que esse valor. que têm nível de escolaridade mais elevado que ocorrem os valores
• Maior nível de escolaridade equivale também a vínculos contratuais máximos dos que se sentem realizados com a sua relação de casal:
mais estáveis. sentem-se satisfeitos ou muito satisfeitos com o/a companheiro/a
• No grau de realização com o seu trabalho pago quanto mais estudos, ou, sentindo-se um pouco menos satisfeitos do que isso, nunca lhes
mais os jovens se sentem realizados com o trabalho que desempe- passou pela cabeça terminarem a relação ou chegaram a pensar nisso
nham (sentem-se satisfeitos ou muito satisfeitos com o seu trabalho mas decidiram não o fazer.
A sétima situação avaliada («ter sucesso nas redes sociais») é a única Definiu-se como frentes da vida adulta as facetas da vida dos jovens
em que a pressão sentida pelos jovens não tem qualquer relação com o que, sendo a priori opcionais, implicam não só efeitos emocionais deri-
nível de escolaridade das mulheres ou dos homens. vados das relações interpessoais que se geram como também que o
jovem passará, de forma automática, a dispor de menos tempo livre
Além disso, a situação actual, em que há mais mulheres jovens do para si (higiene pessoal, desporto, TV, ouvir música, ler, etc.). As três
que homens jovens que tenham completado o ensino superior (30 % frentes da vida adulta consideradas são: a «frente do trabalho pago»,
nelas face a 19 % neles), parece ter alguns efeitos nas relações de a «frente da vida em casal» e a «frente dos filhos».
casal, sobretudo do ponto de vista das mulheres jovens: nas relações
amorosas fracassadas das mulheres jovens, há mais do dobro de casos Com base no dendrograma resultante da «Análise Cluster Hierárquica»
em que ela tinha um nível de escolaridade superior ao dele (35 % de realizada, pode concluir-se que, se quisermos criar duas faixas etárias
casos na última relação fracassada das mulheres face a 14 % na última que sejam o mais homogéneas possível relativamente ao que os jovens
relação fracassada dos homens). fazem e pensam, hoje em dia o limiar com maior poder diferenciador
está nos 25 anos, o que significa que os jovens entre 15 e 24 anos
Na vida dos jovens, há três momentos fundamentais que pouco têm actuam e pensam de uma forma muito diferente dos jovens a partir dos
a ver com a maioridade: os 20, os 25 e os 30 anos. À volta destes três 25 anos.
momentos do ciclo de vida, é altamente provável que se altere o que
os jovens fazem, pensam e sentem relativamente às várias facetas que Se quisermos criar três faixas etárias, o grupo com mais de 25 anos
serão essenciais na sua vida. Entre estes três momentos do ciclo de mantém-se intacto, e desdobra-se o grupo dos jovens entre 15 e 24
vida, o mais relevante é o que se situa em torno dos 25 anos. anos. Entre estes, as principais diferenças produzem-se a partir dos
20 anos, pelo que se dividem entre o grupo dos que têm entre 15 e
Entre os 2,2 milhões de jovens que esta investigação representa, 19 anos e o dos que têm entre 20 e 24 anos. E se pretendermos criar
na qual há jovens de todas as idades compreendidas entre os 15 e os quatro faixas etárias, então, desdobra-se o grupo dos jovens com 25
34 anos, realizámos uma análise multivariável denominada «Análise anos ou mais. Neste escalão, a idade decisiva é a dos 30 anos.
Cluster Hierárquica», com a qual se pretende identificar os limiares de
idade que definem segmentos de jovens semelhantes entre si, tendo Por conseguinte, as três idades fundamentais na vida dos jovens que
em conta, de forma conjunta, todos os critérios relacionados com os esta análise põe em evidência são os 20, 25 e 30 anos. Assume-se que,
seus hábitos, o que pensam, os seus valores e também a relação que consoante o tipo de vida de cada jovem e a idade em que incorporou
No caso dos homens jovens heterossexuais, a situação é a oposta: por E duas são distintas:
regra, nos três tipos de responsabilidades familiares associadas a viver
com uma mulher ou a ter filhos, a realidade que enfrentam é-lhes mais • Que ela tenha sentido de humor;
favorável do que as expectativas que tinham antes de enfrentarem as • Que ela tenha um bom aspecto físico.
ditas situações. Fazendo a leitura inversa, a característica com mais capacidade para
Nas relações mulher-homem, as características com maior capaci- gerar mulheres jovens insatisfeitas com o companheiro é:
dade de gerar mulheres que se sintam satisfeitas com o companheiro • Que ele não seja fiel.
não são exactamente as mesmas que têm a maior capacidade de gerar
homens que se sintam satisfeitos com a companheira. E as características que têm maior capacidade para gerar homens
jovens insatisfeitos com a companheira são três:
Segundo a avaliação que as mulheres jovens que vivem com um
homem (que equivalem a 18 % dos 2,2 milhões de jovens que esta • Que ela não seja fiel;
investigação representa) fizeram do seu companheiro, as caracterís- • Que ela não seja sincera;
ticas com mais capacidade para gerar mulheres jovens satisfeitas com o • Que ela não contribua para o pagamento das despesas comuns e da casa.
companheiro são quatro:
Em consequência, pode concluir-se que aquilo que as mulheres jovens
• Que ele co-participe na realização das tarefas domésticas; esperam do seu companheiro não é exactamente igual ao que os
• Que ele seja capaz de a escutar; homens jovens esperam da sua companheira. Por isso, a comunicação
• Que ele seja carinhoso e atencioso com ela; entre ambos é fundamental.
• Que lhe dedique o máximo de tempo possível.
O que as mulheres jovens precisam para se sentirem felizes com a sua
Segundo a avaliação que os homens jovens que vivem com uma mulher vida difere bastante do que os homens jovens precisam.
(que equivalem a 15 % dos 2,2 milhões de jovens que esta investigação
O limiar entre jovens felizes e infelizes com a vida situa-se em 8.
representa) fizeram da sua companheira, as características com mais
Chegámos a esta conclusão porque, entre os jovens cuja vida está
capacidade para gerar homens jovens satisfeitos com a companheira
de acordo com as expectativas que tinham criado, a felicidade com
são quatro. Duas delas são iguais às das mulheres:
a vida é próxima de 8,0 (em média, 7,5 na escala de 0 a 10 utilizada,
No que respeita ao «nível de empoderamento» dos jovens, 12 dos 40 A combinação de todos os parâmetros que caracterizam e deter-
critérios de classificação de partida contribuem para o definir: o nível minam a vida dos jovens deu lugar a dez situações de vida.
de escolaridade, as frentes da vida adulta que já incorporaram na sua
vida, o seu número de amigos, a situação económica, as experiên- Apesar de, no limite, cada jovem ser um mundo, pretendia-se estabe-
cias no estrangeiro, a relação com a actividade física, a relação com as lecer uma tipologia de jovens em que cada tipo representasse situações
bebidas alcoólicas, conduzirem ou não, a relação com a religião, o tipo de vida que fossem o mais semelhantes possível entre si e o mais dife-
de jovem que são segundo valores e formas de ser e até que ponto se rentes possível dos restantes tipos.
sentem felizes com a sua vida. Nesta dimensão do «nível de empode- Para tal, utilizou-se um método de análise multivariável chamado
ramento», pode também concluir-se que os homens jovens se sentem, «Cluster Não Hierárquica», em que o ponto de partida foram os 40
em geral, mais empoderados do que as mulheres jovens. critérios de classificação disponíveis na investigação relativamente a
O retrato-robô dos jovens mais empoderados que se obtém desta análise quem são os jovens, que hábitos têm, o que pensam e como se sentem.
diz-nos que estes: têm estudos superiores (já finalizados ou ainda em Perante os resultados deste processo de análise, a equipa que parti-
curso), são homens, são católicos praticantes, têm um círculo de amigos cipou na investigação considerou que a divisão em 10 tipos é a que
amplo, tiveram várias experiências no estrangeiro, praticam desporto melhor sintetiza as diferentes situações com as quais os jovens se
com frequência, têm uma situação económica confortável e, no que se podem defrontar ao longo da vida.
refere às frentes, ou têm «só trabalho pago» ou têm «trabalho pago e vida Duas destas situações encaixam-se na denominada Etapa I do ciclo de
em casal». Sentem-se felizes ou quase felizes com a sua vida. vida dos jovens (dos 15 aos 19 anos):
Já no que diz respeito ao retrato-robô dos jovens menos empode- • «Adolescentes sob pressão». São 9 %. Esta situação foi assim denomi-
rados, ficámos a saber que: não têm estudos superiores (estudaram até nada por incluir adolescentes que sentem dificuldades em lidar com
ao ensino básico ou secundário ou frequentam ainda o secundário), as exigências da sua vida, sentindo-se inseguros e discriminados. Idade
são mulheres, têm um círculo de amigos reduzido, tiveram poucas média: 18 anos. Felicidade média com a vida (numa escala de 0 a 10): 6,4.
ou nenhuma experiência no estrangeiro, não praticam desporto nem • «Adolescentes em conforto». É uma das três situações mais recor-
consomem álcool e têm uma situação económica precária. No que rentes: 14 % (quase o dobro dos que estão a viver na situação de
O QUE PENSAM
Pág. 262 a 317 Pág. 352 a 363
O QUE SENTEM
Pág. 366 a 409 Pág. 412 a 453
/63
Idade, sexo e orientação sexual
O mais habitual
Homem
heterossexual 45
De 30 a 34 anos 26
Mulher
heterossexual 40
Mulher 50
Mulher bissexual 6
De 25 a 29 anos 25
Heterossexual 85
Homen
homossexual 3
De 20 a 24 anos 24 Mulher
3
homossexual
Homem 50
Homen bissexual 2
De 15 a 19 anos 25 Bissexual 8
Homossexual 6 Homen assexual 0,8
Assexual 1
Idade
média 25 Mulher assexual 0,7
O mais habitual
ORIENTAÇÃO SEXUAL IDADE EM QUE TOMARAM CONSCIÊNCIA DA ORIENTAÇÃO SEXUAL IDADE EM QUE REVELARAM A ORIENTAÇÃO SEXUAL À FAMÍLIA
% de jovens % de jovens % de jovens
/67
Altura, peso e índice de massa corporal
O mais habitual
1,71 a 1,75 m 17 De 71 a 75 kg 11
1,66 a 1,70 m 20 De 66 a 70 kg 15
Até 1,55 m 5 De 50 a 55 kg 13
Peso baixo
(<18,5) 6
Menos de 50 kg 5
O mais habitual
ONDE VIVEM COM QUEM VIVEM (1) ONDE E COM QUEM VIVEM
% de jovens % de jovens % de jovens
Madrasta 1
Outros familiares 5
sozinhos 6
(1) Esta informação não foi perguntada aos jovens que partilham casa ou vivem numa residência estudantil ou universitária.
(2) Incluindo o entrevistado. Não inclui os jovens que vivem numa residência estudantil ou universitária.
/71
Situação económica
/73
Idade, sexo, orientação sexual e índice de massa • Os que completaram o «ensino superior» são os menos
corporal, por sexo e nível de escolaridade jovens (na sua grande maioria, 78 %, têm entre 25
anos e 34 anos; 28, em média), constituem o nível com
Quando comparamos o perfil das mulheres e o dos
a maior proporção de mulheres (61 %), com a maior
homens jovens nestas quatro características, podemos
proporção de heterossexuais (90 %) e também com
concluir que não há praticamente diferenças entre eles
a maior proporção de jovens com o índice de massa
no que respeita nem à idade nem ao índice de massa
corporal na categoria do «peso normal» (66 %).
corporal. Contudo, observam-se diferenças no que
respeita à orientação sexual: as mulheres jovens que se
declaram bissexuais são quatro vezes mais do que os
homens jovens.
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
SEXO MAIS ALTO COMPLETO
Ensino
secundário
Ensino ou pós- Ensino
Total jovens Mulheres Homens básico -secundário superior
(100%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (36%=100%) (40%=100%) (24%=100%)
Principais diferenças
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
SEXO MAIS ALTO COMPLETO
Ensino
secundário
Ensino ou pós- Ensino
Total jovens Mulheres Homens básico -secundário superior
(100%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (36%=100%) (40%=100%) (24%=100%)
Principais diferenças
Vivem em casa dos pais ou de outras pessoas da família 57% 56% 59% 70% 55% 42%
ONDE E COM Vivem na sua própria casa com companheiro/a 29% 32% 25% 18% 31% 41%
QUEM VIVEM Vivem na sua própria casa sozinhos 5% 5% 7% 6% 5% 7%
Partilham casa ou vivem numa residência estudantil 9% 7% 9% 6% 9% 10%
GRAU DE SEGURANÇA Total segurança (9-10) 41% 34% 49% 40% 42% 42%
PERCEBIDO QUANDO 7-8 33% 34% 31% 28% 34% 38%
ANDAM SOZINHOS NO
Pouca/nenhuma segurança (0-6) 26% 32% 20% 32% 24% 20%
BAIRRO DEPOIS DE
ESCURECER Grau de segurança médio 7,6 7,2 8,0 7,4 7,7 7,9
TÊM ALGUM TIPO DE Têm algum tipo de rendimento 68% 66% 69% 49% 71% 87%
RENDIMENTO Não têm rendimentos 32% 34% 31% 51% 29% 13%
Gastam até 60% dos rendimentos 25% 25% 25% 19% 22% 33%
PERCENTAGEM DOS 61% a 80% 26% 23% 29% 24% 24% 29%
RENDIMENTOS QUE 81% a 90% 21% 22% 20% 23% 23% 19%
GASTAM 91% a 100% 28% 30% 26% 34% 31% 19%
Base: Têm Percentagem média dos rendimentos que gastam 73% 74% 72% 77% 75% 68%
algum tipo de
rendimento
O rendimento actual permite viver confortavelmente 19% 18% 19% 16% 16% 25%
GRAU DE DIFICULDADE DA O rendimento actual dá para viver 42% 41% 43% 31% 43% 48%
SITUAÇÃO ECONÓMICA
É difícil viver com o rendimento actual 24% 26% 23% 30% 27% 18%
É muito difícil viver com o rendimento actual 15% 15% 15% 23% 14% 9%
/77
Relação com a religião
O mais habitual
PERTENCEM A ALGUMA RELIGIÃO OU TÊM ALGUMA FREQUÊNCIA COM QUE COSTUMAM PARTICIPAR EM SERVIÇOS RELIGIOSOS SEM
CRENÇA CONTAR COM OCASIÕES ESPECIAIS RELAÇÃO COM A RELIGIÃO
% de jovens % de jovens % de jovens
(1) Testemunhas de Jeová (1%), budista (0,7%), ortodoxa (0,7%), muçulmana (0,2%), judia (0,2%) e outras confissões cristãs (1,1%) e não cristãs (0,8%).
/79
Ranking de concordância com os valores avaliados
PERCENTAGEM DE JOVENS POR GRAU DE CONCORDÂNCIA COM CADA UM DOS DEZ VALORES AVALIADOS VALORES MÉDIOS POR SEXO
Mulheres As mulheres concordam mais
Homens Os homens concordam mais
Pessoa muito Pessoa Diferenças
Pessoa Valores mulheres vs.
parecida parecida exactamente 2 4 5 6
como eu médios 3 homens
comigo comigo
/81
Ranking de concordância com as formas de ser
perante a vida
PERCENTAGEM DE JOVENS POR GRAU DE CONCORDÂNCIA COM CADA UMA DAS SEIS QUESTÕES CONSIDERADAS VALORES MÉDIOS POR SEXO
Mulheres As mulheres concordam mais
Homens Os homens concordam mais
Pessoa
Diferenças
Pessoa Pessoa muito Valores mulheres vs.
parecida parecida exactamente 2 3 4 5 6
comigo comigo como eu médios homens
/83
Processo de obtenção da tipologia de jovens Utilizando o método de análise «Cluster não Hierárquica»,
segundo valores e formas de ser perante a vida com centros de gravidade livres, segundo a opinião rela-
tivamente às 16 questões consideradas, efectuou-se um
Para obter uma macrotipologia que permitisse repre-
processo de segmentação dos jovens em que se analisou
sentar fidedignamente os diferentes tipos de jovens
o resultado da solução com dois tipos, o resultado da
consoante os seus valores e as suas formas de ser perante
solução com três tipos e assim sucessivamente, até à
a vida, consideraram-se de forma conjunta as 16 ques-
solução com sete tipos. Em cada solução, pretendeu-
tões incluídas na investigação, após a atribuição de um
se que os jovens pertencentes a um determinado tipo
valor numérico a cada uma das seis opções de resposta
fossem o mais semelhantes possível entre si e, simultanea-
disponíveis na escala utilizada. Se a resposta foi «exacta-
mente, o mais diferentes possível dos jovens pertencentes
mente como eu», o valor atribuído foi de 6 pontos; se a
aos outros tipos no que diz respeito, única e exclusiva-
resposta foi «muito parecida comigo», o valor atribuído
mente, às 16 questões de valores e formas de ser perante
foi de 5; se a opção escolhida foi «parecida comigo»,
a vida consideradas nesta análise.
atribuiu-se o valor de 4; se a resposta foi «ligeiramente
parecida comigo», o valor atribuído foi de 3; no caso das Com base nos resultados de cada uma das soluções de
duas opções de resposta correspondentes a «discordo», segmentação obtidas, a equipa que participou na inves-
atribuíram-se 2 pontos para os que referiram «pouco pare- tigação considerou que a solução com seis tipos é a mais
cida comigo» e 1 ponto para os que declararam «não tem adequada.
nada a ver comigo».
DADOS DE BASE: INTENSIDADE DE ACORDO MÉDIA CALCULADA RESULTADO: TIPOLOGIA DE JOVENS SEGUNDO VALORES E FORMAS
PARA AS 16 QUESTÕES CONSIDERADAS PROCESSO DE ANÁLISE DE SER PERANTE A VIDA (1)
% de jovens
Escala utilizada
Não tem Pouco Ligeiramente Parecida Muito
Exactamente 100% dos jovens
nada a ver parecida parecida comigo parecida
como eu
comigo comigo comigo comigo
1 2 3 4 5 6 Segmentação em 2 tipos
Segmentação em 7 tipos
Tipo Tipo Tipo Tipo Tipo Tipo Tipo
1/7 2/7 3/7 4/7 5/7 6/7 7/7
(15%) (13%) (13%) (19%) (12%) (14%) (14%)
(1) Tipologia obtida através da análise cluster não hierárquica com centros de gravidade livres. Método: K-Means.
/85
Funções diferenciadoras que definem os seis • A Função 4, que tem uma capacidade explicativa de
tipos de jovens identificados segundo valores e 16 %, foi designada «Tradição». Esta função explica
formas de ser perante a vida muito bem as diferenças entre os tipos 1 e 6 (os mais
extremos na parte esquerda, que correspondem aos
Tendo por objectivo entender o que caracteriza e o que
«modernos») e o Tipo 4 (o mais extremo na parte
diferencia cada um dos seis tipos de jovens, efectuou-se
direita, que corresponde aos «tradicionais»).
uma análise discriminante. No gráfico ao lado, espe-
• A Função 5, que tem uma capacidade explicativa de
cificam-se as cinco funções diferenciadoras resultantes
13 %, foi designada «Alimentação saudável». Esta
da referida análise, bem como a posição que cada um
função explica muito bem as diferenças entre o Tipo 3
dos seis tipos ocupa em cada função.
(o mais extremo na parte esquerda, que corresponde
• A Função 1, que tem uma capacidade explicativa de aos que «tentam manter uma alimentação saudável e
mais de um terço das diferenças entre tipos (36 %), equilibrada») e o resto dos tipos, que se preocupam
foi designada «Segurança em si próprios». Esta função menos com a sua alimentação.
explica muito bem as diferenças entre os tipos 2 e 6 (os
mais extremos na parte esquerda, que correspondem
aos «inseguros») e os tipos 1, 4 e 5 (os mais extremos
na parte direita, que correspondem aos «confiantes»).
• A Função 2, que tem uma capacidade explicativa infe-
rior a um quinto (18 %) das diferenças entre tipos, foi
designada «Tendências de moda». Esta função explica
muito bem as diferenças entre os tipos 2 e 5 (os mais
extremos na parte esquerda, que correspondem aos
«não preocupados com a moda») e os tipos 1 e 3 (que
correspondem aos mais «preocupados com a moda»).
• A Função 3, que tem uma capacidade explicativa de
17 %, foi designada «Sociabilidade». Esta função explica
muito bem as diferenças entre o Tipo 2 (o mais extremo
na parte esquerda, que corresponde aos «solitários») e
os tipos 1 e 6 (que correspondem aos «sociáveis»).
POSIÇÃO QUE CADA UM DOS SEIS TIPOS IDENTIFICADOS OCUPA EM CADA FUNÇÃO DISCRIMINANTE (1)
Indica o tipo ou tipos que, em cada extremo de cada uma das funções, se diferencia mais dos restantes
Uma pessoa que costuma sentir-se -2 -1 0 1 2
insegura em encontros sociais Confiantes
1,5 T1
Função 1:
Inseguros T2 -1,6
Segurança em T3 -0,6
si próprios
1,1 T4
Poder explicativo: 36%
1,4 T5
T6 -1,6
O mais habitual
-2 -1 0 1 2 Uma pessoa que procura estar a
Não preocupados par das últimas tendências da
com a moda 1,3 T1 moda e renovar o guarda-roupa TIPOLOGIA DE JOVENS SEGUNDO
Função 2: VALORES E FORMAS DE SER (2)
T2 -1,0
Tendências de moda 1,0 T3 Preocupados % de jovens
com a moda
Poder explicativo: 18% 0,3 T4
T5 -1,2
T6 -0,1 Tipo 4:
Confiantes tradicionais 19
Acha que as pessoas devem -2 -1 0 1 2 Dá importância ao seu próprio
cumprir sempre as regras, mesmo visual
Função 3: quando ninguém está a ver 1,2 T1 Tipo 1:
Sociabilidade T2 -1,4 No tempo livre, prefere estar com Confiantes na moda 14
pessoas amigas a estar sozinha
Poder explicativo: 17% Solitários 0,1 T3
0,3 T4 Tipo 5:
Sociáveis
T5 -0,7 Confiantes solitários 16
0,9 T6
Tipo 3:
-2 -1 0 1 2 Tímidos na moda 17
Modernos Dá importância à tradição
T1 -0,9
Função 4: 0,1 T2 Tradicionais
Tradição 0,4 T3 Tipo 2:
19
Poder explicativo: 16% Inseguros solitários
1,4 T4
T5 -0,5
Tipo 6:
T6 -1,1 Inseguros modernos 15
Tenta manter uma alimentação -2 -1 0 1 2
Não preocupados
saudável e equilibrada 0,8 T1 com a alimentação
Função 5: T2 -0,1
Alimentação saudável Alimentação saudável T3 -1,7
Poder explicativo: 13% 0,6 T4
0,4 T5
T6 -0,1
(1) Funções obtidas através da análise discriminante (método directo) com base na opinião dos jovens nas 16 questões relativas a valores e formas de ser.
(2) Tipologia obtida através da análise cluster não hierárquica com centros de gravidade livres. Método: K-Means.
/87
Seis tipos de jovens segundo valores e formas • Os «Confiantes solitários» (Tipo 5) diferenciam-se
de ser perante a vida: quantos são, quais os seus dos outros dois tipos de jovens com confiança em si
valores e formas de ser próprios essencialmente pela sua atitude quanto às
questões relacionadas com a sociabilidade e com as
O gráfico ao lado especifica, para cada um dos seis tipos
tendências da moda, sendo os que menos as valorizam.
de jovens identificados, tanto a sua dimensão — isto
Apesar de não darem importância ao seu próprio
é, quantos jovens compõem cada tipo — como o valor
visual, são os que mais procuram ter uma alimentação
médio da concordância com cada uma das 16 questões
saudável e equilibrada.
relativas aos valores e formas de ser perante a vida.
• O que mais diferencia os designados «Tímidos na
Entre os seis tipos identificados, os mais numerosos moda» (Tipo 3) é, por um lado, a sua posição inter-
são o dos «Confiantes tradicionais» e o dos «Inseguros média quanto à segurança em si próprios e, por outro,
solitários». Os quatro tipos restantes têm dimensões o facto de serem os jovens que mais importância atri-
semelhantes. buem às tendências da moda, à renovação do vestuário
e a uma alimentação saudável e equilibrada.
• Os «Confiantes tradicionais» (Tipo 4) diferenciam- • Os «Inseguros solitários» (Tipo 2) são um dos dois
se dos restantes tipos fundamentalmente na questão tipos de jovens que costumam sentir-se mais inse-
relacionada com o facto de se sentirem inseguros em guros em encontros sociais. Também são os que mais
encontros sociais. A par do Tipo 1, este tipo de jovens preferem estar sozinhos a estar com pessoas amigas,
é o que está em maior desacordo com essa questão, daí pelo que, naturalmente, são os que menos se preo-
a etiqueta «Confiantes». Por outro lado, este é o tipo cupam com o seu próprio visual e com as tendências
em que os jovens dão mais importância à tradição. da moda.
• Os «Confiantes na moda» (Tipo 1) são muito seme- • Igualmente inseguros em encontros sociais, os jovens
lhantes aos jovens do Tipo 4 no que diz respeito às «Inseguros modernos» (Tipo 6) diferenciam-se dos
questões relacionadas com a segurança em si próprios. inseguros do Tipo 2 porque, por um lado, dão impor-
O que os diferencia são as questões relativas à impor- tância ao seu próprio visual e, por outro, não estão
tância que dão ao seu próprio visual, a manter-se a par nada preocupados com a tradição nem com o cumpri-
das últimas tendências da moda, a tratar bem de sim, mento de regras.
tudo isso sem ter em conta a tradição.
Uma pessoa que costuma sentir-se insegura em encontros sociais 2,1 2,1 2,6 4,1 4,7 4,8
Função 1: (2)
Segurança em Uma pessoa que consegue quase sempre atingir os objectivos O mais habitual
si próprios que se propõe alcançar 4,5 4,6 4,6 4,3 3,7 3,9
Poder explicativo: 36% Uma pessoa que gosta de surpresas e está sempre à procura de
coisas novas para fazer 4,6 4,8 4,8 4,2 4,0 4,0 TIPOLOGIA DE JOVENS SEGUNDO VALORES
E FORMAS DE SER (1)
Uma pessoa que dá importância a ter novas ideias e a ser criativa 4,9 5,1 5,2 4,4 4,6 4,3 % de jovens
Função 2: (2)
Tendências de moda Uma pessoa que procura estar a par das últimas tendências
da moda e ir renovando o guarda-roupa 3,3 4,3 1,8 4,3 2,1 3,1
Poder explicativo: 18%
Tipo 4:
Uma pessoa que dá importância ao seu próprio visual 4,6 5,2 3,8 4,5 3,4 4,7 Confiantes tradicionais 19
Uma pessoa que, nos seus tempos livres, prefere 4,5 4,2 3,3 4,1 3,0 4,0 Tipo 1:
Função 3: (2) estar com pessoas amigas a estar sozinha
Confiantes na moda 14
Sociabilidade
Uma pessoa que acha que as pessoas devem cumprir sempre 4,9 3,7 4,8 4,4 4,9 3,3
Poder explicativo: 17% as regras, mesmo quando ninguém está a ver Tipo 5:
Confiantes solitários 16
Uma pessoa para quem é importante tratar bem de si 5,0 5,3 4,8 4,4 4,2 4,8
Função 4: (2)
Tradição Uma pessoa que dá importância à tradição 4,8 2,5 2,8 3,9 3,6 2,6 Tipo 3:
Tímidos na moda 17
Poder explicativo: 16%
Uma pessoa que tenta manter uma alimentação saudável 3,9 4,2 4,5 4,4 3,1 3,5
e equilibrada
Tipo 2:
Uma pessoa que dá importância a viver num sítio Inseguros solitários
19
onde se sinta segura 5,4 5,3 5,4 4,7 5,4 5,4
Tipo 6:
Uma pessoa para quem é importante ser leal aos amigos 5,6 5,5 5,5 4,8 5,4 5,5 15
Função 5: (2) Inseguros modernos
Alimentação saudável
Poder explicativo: 13%
Uma pessoa para quem é importante que os outros a respeitem 5,4 5,5 5,4 4,6 5,2 5,2
Uma pessoa para quem é importante ter sucesso 4,9 5,3 4,8 4,3 4,4 4,6
Uma pessoa para quem é importante ouvir pessoas diferentes de si 4,8 4,9 5,0 4,2 4,7 4,4
(1) Tipologia obtida através da análise cluster não hierárquica com centros de gravidade livres. Método: K-Means.
(2) Funções obtidas através da análise discriminante (método directo) com base na opinião dos jovens nas 16 questões relativas a valores e formas de ser.
/89
Relação com a religião e tipologia de jovens No que respeita aos tipos de jovens segundo valores e
segundo valores e formas de ser, por sexo e nível formas de ser perante a vida, entre as mulheres jovens
de escolaridade há mais «Inseguros modernos» (19 % face a 11 %),
mais «Confiantes solitários» (17 % face a 14 %) e mais
Quer a religião quer o tipo de jovem segundo valores e
«Confiantes na moda» (15 % face a 12 %). A única tipo-
formas de ser perante a vida têm relação com o sexo e
logia que tem o mesmo tamanho entre as mulheres e os
com o nível de escolaridade.
homens é o dos «Inseguros solitários». Entre os homens,
No que respeita à religião, há um pouco mais de homens há mais «Confiantes tradicionais» e «Tímidos na moda».
jovens do que de mulheres jovens a participarem com
Quanto mais elevado o nível de escolaridade, maior o
frequência semanal em serviços religiosos (17 % face a
número de «Confiantes tradicionais» e de «Confiantes
11 %). Em consequência, há mais católicos não-prati-
solitários» e menor o número de «Inseguros modernos».
cantes entre as mulheres do que entre os homens (38 %
Os outros três tipos de jovens segundo valores e formas
face a 28 %).
de ser não têm relação com o nível de estudos.
Quanto mais elevado o nível de escolaridade, maior o
número de católicos não-praticantes e de agnósticos e
ateus.
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
SEXO MAIS ALTO COMPLETO
Ensino
secundário
Ensino ou pós- Ensino
Total jovens Mulheres Homens básico -secundário superior
(100%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (36%=100%) (40%=100%) (24%=100%)
Principais diferenças
FREQUÊNCIA COM QUE Participam 1 vez/semana ou mais 14% 11% 17% 18% 12% 12%
COSTUMAM PARTICIPAR Participam de 1 a 3 vezes/mês 11% 11% 10% 10% 10% 11%
EM SERVIÇOS RELIGIOSOS
SEM CONTAR COM Participam menos de 1 vez/mês 45% 48% 42% 42% 45% 51%
OCASIÕES ESPECIAIS Nunca participam em serviços religiosos 30% 30% 31% 30% 33% 26%
(1) Tipologia obtida através da análise cluster não hierárquica com centros de gravidade livres. Método: K-Means.
/91
Capítulo 2
Principais resultados sobre
a família de origem
O QUE PENSAM
Pág. 262 a 317 Pág. 352 a 363
O QUE SENTEM
Pág. 366 a 409 Pág. 412 a 453
/93
Relação com a família de origem
O mais habitual
Têm duas
mães 0,4 Base: Tem irmãos
(81%=100%)
Sentem-se
Têm dois pais 0,2 satisfeitos com a 44
mãe e com o pai 83
Sentem-se
satisfeitos com a 44
mãe e com o pai
Têm/tinha Sentem-se satisfeitos (80%=100%)
RELAÇÃO COM O PAI relação com a 93 só com a mãe ou só 26
mãe e o pai com o pai
% de jovens
Não se sentem Sentem-se satisfeitos
23 59
satisfeitos nem com a só com a mãe
23
O pai está vivo e mãe nem com o pai (79%=100%)
têm relação com ele 77 Sentem-se satisfeitos
só com o pai 7
51
Não podem / não
querem falar do pai 14
Sentem-se satisfeitos Não se sentem (76%=100%)
com ele/a 4 satisfeitos nem com a 26
A pai faleceu 9 Têm/tinha relação mãe nem com o pai
Não se sentem 32
só com um dos 7
progenitores satisfeitos com ele/a 3
Têm duas
mães 0,4
(1) Foram recalculados os que não podem ou não querem falar nem da mãe nem do pai (8%).
(2) Para efeitos desta classificação, foram considerados como satisfeitos os jovens que declaram uma satisfação com a mãe ou com o pai de 8, 9 ou 10, numa escala de 0 a 10.
Foram recalculados os que não podem ou não querem falar nem da mãe nem do pai (8%).
(3) Para efeitos desta classificação, foram considerados como satisfeitos os jovens que declaram uma satisfação com os irmãos de 8, 9 ou 10, numa escala de 0 a 10.
/95
Situação de casal dos pais
Jovens Jovens
15-24 25-34
anos anos
Não
satisfeitos
Satisfeitos Satisfeitos Satisfeitos nem com a
com a mãe e só com a só com o mãe nem
com o pai mãe pai com o pai
Sentem-se
satisfeitos com a 42 46
56 16 7 21 mãe e com o pai -4
Casados pela 60
igreja
Têm/tinha relação
93 55 15 4 26
com a mãe e o pai Sentem-se satisfeitos
só com a mãe 25 20
Casados pelo 38 21 8 33
civil 11
Sentem-se satisfeitos 7
só com o pai 8
Não casados 5
26 35 10 29 Não se sentem
Separados ou satisfeitos nem com a 27
divorciados 24 25
Têm/tinha relação mãe nem com o pai
só com um dos 7
progenitores
/97
Situação económica dos pais e partilha
das tarefas domésticas
Base: Os pais vivem juntos Base: Pelo menos um dos dois está vivo, mas
não vivem juntos
O mais habitual
O mais habitual
SITUAÇÃO DE CASAL E VITAL PARTILHA DAS TAREFAS SITUAÇÃO DE CASAL E VITAL
DOS PAIS SITUAÇÃO ECONÓMICA DOS PAIS DOMÉSTICAS ENTRE OS PAIS DOS PAIS SITUAÇÃO ECONÓMICA DA MÃE E DO PAI
% de jovens % de jovens % de jovens % de jovens % de jovens
MÃE PAI
(62%=100%) (62%=100%) (28%=100%) (22%=100%)
O rendimento actual
permite-lhe viver 12
O rendimento actual confortavelmente
permite-lhes viver 30 A mãe faz todas 26
confortavelmente ou quase todas 36
as tarefas
Os pais vivem juntos Os pais vivem juntos O rendimento
(estão vivos) 62 (estão vivos) 62 actual dá para viver 37
34
O rendimento 45 A mãe faz grande
actual dá para viver parte das tarefas 39 É difícil viver com o
rendimento actual 21
Os pais não Os pais não 17
vivem juntos 20 vivem juntos 20 É muito difícil viver
(estão vivos) (estão vivos) com o rendimento 15
É difícil viver com o A mãe e o pai
17 partilham as tarefas actual 9
Só a mãe está viva
8 rendimento actual
equilibradamente
19 Só a mãe está viva 8
Não sabem/
1 2 1 2
Só o pai está vivo É muito difícil viver Só o pai está vivo 15
O pai faz grande Não respondem 14
Os dois faleceram 7 com o rendimento 8 parte ou todas 2 Os dois faleceram 7
actual 4
Têm/tinha relação só A partilha varia Têm/tinha relação só
com um dos com um dos
progenitores progenitores
/99
Pessoa que desempenhou o papel mais
importante na educação do jovem e respectivo
nível de escolaridade
O mais habitual
PESSOA QUE DESEMPENHOU O PAPEL MAIS IMPORTANTE NÍVEL DE ESCOLARIDADE DA PESSOA QUE DESEMPENHOU O PAPEL MAIS IMPORTANTE NA EDUCAÇÃO
NA EDUCAÇÃO DO JOVEM DO JOVEM (1)
% de jovens % de jovens
20% Mãe 18 27 47 8
Um avô 2 A mãe não
desempenhou o
Uma irmã 2 papel mais
importante na Pai 16 25 51 8 Ensino
educação do jovem básico 46
Um irmão 1
Base: O pai é a pessoa que desempenhou o papel mais
importante na educação do jovem (7%=100%)
Outro familiar 1 Não podem/
Superior Secundário Básico querem falar Não podem/
Outra pessoa mas querem falar 9
não da família 1 Pai 11 25 54 10 dessa pessoa
Outra
pessoa 16 18 56 10
(1) No caso dos jovens em que a mãe e o pai tiveram o mesmo peso na educação, foi considerado o nível de escolaridade mais alto entre a mãe e o pai.
/101
Relação com a família de origem e pessoa • Entre os jovens que completaram o ensino superior,
que desempenhou o papel mais importante atinge-se o valor máximo dos que declararam que
na educação do jovem, por sexo e nível de na sua educação «a mãe e o pai participaram com o
escolaridade mesmo peso» (40 % face aos 30 % entre os jovens que
completaram até ao ensino básico).
Há pouca relação entre o sexo dos jovens e a relação
• Entre os jovens que completaram o ensino supe-
que têm com os pais, com os irmãos ou com a pessoa
rior, atinge-se o valor máximo daqueles cuja pessoa
que desempenhou o papel mais importante na sua
que desempenhou o papel mais importante na sua
educação.
educação também tinha ensino superior (24 % face a
Pelo contrário, há uma forte relação entre o nível de 18 % entre os jovens que completaram até ao ensino
escolaridade dos jovens e a maioria destas questões: básico).
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
SEXO MAIS ALTO COMPLETO
Ensino
secundário
Ensino ou pós- Ensino
Total jovens Mulheres Homens básico -secundário superior
Principais diferenças (100%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (36%=100%) (40%=100%) (24%=100%)
Sentem-se satisfeitos com a mãe e com o pai 44% 42% 46% 40% 44% 50%
RELAÇÃO COM
Sentem-se satisfeitos só com a mãe 23% 25% 20% 23% 22% 22%
OS PAIS (1)
Sentem-se satisfeitos só com o pai 7% 8% 7% 8% 8% 6%
Não se sentem satisfeitos nem com a mãe nem com o pai 26% 25% 27% 29% 26% 22%
Sentem-se satisfeitos com os irmãos 49% 48% 49% 48% 49% 49%
RELAÇÃO COM
Não se sentem satisfeitos com os irmãos 30% 32% 29% 33% 30% 28%
OS IRMÃOS (2)
São filhos únicos 21% 20% 22% 19% 21% 23%
SITUAÇÃO DE Vivem juntos e estão casados pela igreja 60% 59% 61% 56% 57% 70%
CASAL DOS PAIS Vivem juntos e estão casados pelo civil 11% 11% 11% 11% 12% 10%
(Base: Têm/tinham
relação com o pai Vivem juntos e não estão casados 5% 5% 5% 6% 5% 2%
e com a mãe) Não vivem juntos ou estão separados/divorciados 24% 25% 24% 27% 26% 18%
NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino superior 19% 20% 18% 18% 16% 24%
DA PESSOA QUE Ensino secundário ou pós-secundário 26% 28% 24% 27% 24% 28%
DESEMPENHOU O PAPEL
MAIS IMPORTANTE NA Ensino básico 46% 47% 47% 42% 53% 43%
EDUCAÇÃO DO JOVEM Não podem/não querem falar dessa pessoa 9% 5% 11% 13% 7% 4%
(1) Para efeitos desta classificação, foram considerados como satisfeitos os jovens que declaram uma satisfação com a mãe ou com o pai de 8, 9 ou 10, numa escala de 0 a 10.
Foram recalculados os que não podem ou não querem falar nem da mãe nem do pai (8%).
(2) Para efeitos desta classificação, foram considerados como satisfeitos os jovens que declaram uma satisfação com os irmãos de 8, 9 ou 10, numa escala de 0 a 10.
/103
Capítulo 3
Principais resultados sobre
a formação dos jovens
O QUE PENSAM
Pág. 262 a 317 Pág. 352 a 363
O QUE SENTEM
Pág. 366 a 409 Pág. 412 a 453
/105
Nível de escolaridade
Bacharelato 2
RELAÇÃO COM OS ESTUDOS NÍVEL DE ESCOLARIDADE MAIS ALTO COMPLETO
Pós-Secundário/ Ensino
% de jovens Cursos de Especialização 11 % de jovens
Tecnológica não superior secundário ou 46
pós-secundário
Secundário
(10.º, 11.º ou 12.º ano) 35
Ensino Ainda a 16 Já
superior 24 estudar 84 finalizaram
Básico - 3.º ciclo 16 os estudos
Ensino
básico 19
Já finalizaram Básico - 2.º ciclo 3
os estudos 58
Base: Ainda estão a estudar (42%=100%) Ensino Já
secundário ou Ainda a 33 67 finalizaram
NÍVEL DE ESCOLARIDADE EM QUE NÍVEL DE ESCOLARIDADE MAIS 40 estudar
pós-secundário os estudos
ESTÃO A ESTUDAR ALTO COMPLETO
% de jovens % de jovens
Doutoramento 1 Ensino
superior 9
41%
Ainda estão a 9
estudar 42 Mestrado estão a Ensino Ensino Ainda a 70 Já
estudar secundário ou 31 básico 36 30 finalizaram
estudar os estudos
Licenciatura 29 ensino pós-secundário
superior
Bacharelato 2
Pós-Secundário/
Cursos de Especialização 10
Tecnológica não superior
Secundário Ensino
(10.º, 11.º ou 12.º ano) 48 60
básico
Básico - 3.º ciclo 1
/107
Motivos para frequentar o ensino superior
Conseguir um melhor 67
posto de trabalho
Ter um salário melhor 54 Base: Estão a estudar no ensino básico ou secundário (25%=100%)
(1) Motivos sugeridos aos entrevistados. Entre eles, o entrevistado podia indicar todos os que quisesse.
(2) O entrevistado podia indicar um único motivo entre os sugeridos.
/109
Motivos por que não frequentam níveis
de escolaridade superiores
Outros motivos 4
(1) O entrevistado podia indicar um único motivo entre os sugeridos.
(2) O entrevistado podia indicar um único motivo entre os sugeridos. O motivo “Tiveram problemas de saúde/depressão” foi referido de forma espontânea.
/111
Motivos por que deixaram de estudar antes
de completarem o ensino superior, por sexo
Principais diferenças
Base: Já finalizaram os estudos e completaram até ao ensino básico (11%=100%) Base: Já finalizaram os estudos e completaram até ao ensino secundário (26%=100%)
PRINCIPAL MOTIVO PARA NÃO TEREM COMPLETADO O ENSINO SECUNDÁRIO (1) PRINCIPAL MOTIVO PARA NÃO TEREM COMPLETADO O ENSINO SUPERIOR (1)
% de jovens
O mais habitual
EXPERIÊNCIA DE TRABALHO NO ESTRANGEIRO
FÉRIAS NO ESTRANGEIRO ESTUDOS NO ESTRANGEIRO POR UM PERÍODO SUPERIOR A DOIS MESES TIPO DE EXPERIÊNCIA NO ESTRANGEIRO
% de jovens % de jovens % de jovens % de jovens
Nunca viajaram
de férias para o 29 Não têm experiência no
28
Só para trabalhar 1
mercado do trabalho
estrangeiro
Nunca foram ao estrangeiro 24
/115
Relação com a educação sexual em casa e na escola
(1) Para efeitos desta classificação, a educação sexual recebida foi considerada útil quando as respostas foram algo, muito ou bastante útil.
/117
Formação dos jovens, por sexo e nível de
escolaridade
RELAÇÃO COM Já finalizaram os estudos 58% 59% 56% 30% 67% 84%
OS ESTUDOS Ainda estão a estudar 42% 41% 44% 70% 33% 16%
Receberam educação sexual em casa e na escola e foi útil 32% 33% 30% 31% 33% 30%
RELAÇÃO COM A Só foi útil a educação sexual que receberam na escola 18% 19% 16% 18% 17% 17%
EDUCAÇÃO SEXUAL EM 15%
Só foi útil a educação sexual que receberam em casa 14% 14% 14% 13% 15%
CASA E NA ESCOLA (2)
A educação que receberam em casa e na escola não foi útil 27% 25% 30% 27% 28% 27%
Não receberam educação sexual nem em casa nem na escola 9% 9% 10% 10% 9% 11%
O QUE PENSAM
Pág. 262 a 317 Pág. 352 a 363
O QUE SENTEM
Pág. 366 a 409 Pág. 412 a 453
/121
Situação de trabalho
O mais habitual
26
Alguma vez tiveram 44%
Têm trabalho trabalho pago (1) 44
pago 50 Têm trabalho 50 72% Têm trabalho pago 50
pago Jovens com
experiência 68 18
no mercado
de trabalho
93%
(1) Tiveram algum emprego ou trabalho remunerado por um período de pelo menos 4 meses.
(2) Inclui: Incapacitados para o trabalho/reformados, A fazer trabalho doméstico, a cuidar de crianças ou de outras pessoas (sem remuneração) e desocupados (não
trabalham, não procuram emprego, não estudam e não estão em formação).
/123
Experiência no mercado de trabalho entre os que
têm trabalho pago e os que não têm
Principais diferenças
3 empregos 20 Não
trabalharam 86 83
43 no estrangeiro
Com 17 ou 18 25
anos 35
2 empregos 18
/125
Áreas em que trabalham, tipo de contrato
e rendimentos
50%
O mais habitual
Base: Trabalhadores por conta de outrem (86%=100%)
ÁREAS EM QUE TRABALHAM REGIME DE TRABALHO TIPO DE CONTRATO RENDIMENTOS MENSAIS LIQUIDOS
% de jovens % de jovens % de jovens % de jovens
/127
Situação perante o trabalho em função da área Há poucas diferenças entre os tipos de contrato dos
em que trabalham que estão empregados em diferentes tipos de trabalho.
Importa salientar o facto de os «contratos sem termo/efec-
Os jovens que mais habitualmente trabalham por conta
tivos (permanentes)» atingirem a percentagem máxima
de outrem são os que trabalham como «operários» (espe-
entre os jovens que trabalham em «funções administra-
cializados e não especializados) e os que desempenham
tivas, burocráticas e de secretariado» e entre os «operários
«funções administrativas, burocráticas e de secretariado».
especializados». E ainda o facto de os «operários não
No extremo oposto, os jovens que mais habitualmente especializados» atingirem os valores mais elevados tanto
trabalham por conta própria são os que desempenham para os «contratos com termo certo» (32 %) como para os
«funções superiores de administração e direcção» e os «contratos temporários através de agências de trabalho
que têm «profissões com formação superior ou auto- temporário» (9 %).
nomia criativa».
Os que auferem maiores rendimentos mensais líquidos
são os que têm «profissões com formação supe-
rior ou autonomia criativa» e os que desempenham
«funções superiores de administração e direcção».
Respectivamente, nestes dois tipos de trabalho, 50 % e
48 % dos jovens recebem mais de 950€ líquidos por mês.
50%
Profissões com
formação Funções Funções
Total jovens superior ou administrativas, superiores de
Valores máximos com trabalho autonomia Comércio e burocráticas e Prestação de Operário Operário não- administração
pago criativa vendas de secretariado serviços especializado especializado e direcção
Valores mínimos (100%=100%) (24%=100%) (19%=100%) (17%=100%) (15%=100%) (9%=100%) (7%=100%) (5%=100%)
REGIME DE Trabalhadores por conta própria 14% 20% 15% 6% 19% 6% 4% 26%
TRABALHO Trabalhadores por conta de outrem 86% 80% 85% 94% 81% 94% 96% 74%
Contrato sem termo/efectivo (permanente) 49% 50% 43% 56% 43% 60% 41% 44%
Contrato com termo certo 24% 25% 24% 24% 23% 18% 32% 18%
Contrato com termo incerto 12% 8% 16% 13% 12% 15% 9% 12%
Sem contrato de trabalho 3% 1% 5% 2% 8% 0% 4% 1%
TIPO DE Contrato temporário, através de agência de
CONTRATO trabalho temporário 3% 2% 5% 2% 3% 1% 9% 4%
(Base:
Trabalhadores por
Contrato para realização de estágio profissional 2% 5% 1% 2% 1% 4% 1% 3%
conta de outrem) Contrato de prestação de serviços 2% 3% 2% 1% 2% 0% 0% 6%
Ainda em período experimental 2% 1% 3% 0% 2% 0% 4% 10%
Recibos verdes 2% 3% 1% 0% 5% 0% 0% 2%
Outro tipo de contrato 1% 2% 0% 0% 1% 0% 0% 0%
/129
Realização dos jovens com o trabalho Entre os que declararam valores de satisfação com o seu
trabalho inferiores a 8, o mais habitual é terem pensado
Numa escala de 0 a 10, em que 0 significa «nada satis-
em deixar o trabalho, acabando por decidir não o fazer
feitos» e 10 significa «totalmente satisfeitos», o mais
(39 % dos casos).
comum é que os jovens se sintam pouco satisfeitos com
o seu trabalho pago (40 % referiram valores entre 0 e 6). Tomando em consideração estas duas informações rela-
Os 60 % restantes dividem-se em três partes com tama- tivas ao trabalho pago (a satisfação que os jovens sentem
nhos similares: 21 % sentem-se quase satisfeitos com o e a posição face a ele), classificámos os jovens em três
seu trabalho (referiram o valor 7 da escala), 16 % sentem- tipos: os «aborrecidos», porque não se sentem satisfeitos
se satisfeitos (referiram o valor 8 da escala, que o estudo no trabalho e todos os dias pensam em deixá-lo (23 %);
aponta como o limiar de satisfação dos jovens) e 23 % os «desiludidos», onde se incluem os jovens com satis-
sentem-se muito satisfeitos com o trabalho pago que fação de 0 a 6 que não pensam diariamente em deixar o
desempenham. Em média, o grau de satisfação dos jovens trabalho e os jovens com satisfação 7, que chegaram a
com o seu trabalho é de 6,8 (o que corresponde a 1,2 pensar em deixá-lo mas decidiram não o fazer; e os «reali-
pontos abaixo do limiar de satisfação dos jovens). zados» (48 %), onde se incluem todos os restantes.
50%
Escala utilizada
Nada Totalmente
satisfeitos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 satisfeitos
Base: Jovens não satisfeitos com o trabalho (0 a 7)
(61%=100%)
SATISFAÇÃO COM O TRABALHO POSIÇÃO RELATIVAMENTE AO TRABALHO GRAU DE REALIZAÇÃO COM O TRABALHO (1)
% de jovens % de jovens % de jovens
Grau de satisfação Grau de satisfação
médio com o médio com o
trabalho trabalho
7 21
Chegaram a pensar em
deixar o trabalho, mas 39 6,0
decidiram não o fazer
8 16
“Realizados” 8,6
com o trabalho 48
Jovens muito satisfeitos com
o trabalho 23 Nunca lhes passou pela
9-10 cabeça deixar o trabalho 23 6,2
(1) Classificaram-se como “aborrecidos” os jovens que pensam todos os dias em deixar o trabalho; “desiludidos” os jovens com satisfação 0-6 que não pensam
diariamente em deixar o trabalho e os jovens com satisfação 7 que chegaram a pensar em deixá-lo mas decidiram não o fazer.
/131
Há quanto tempo procuram emprego e o motivo
pelo qual ficaram desempregados
O mais habitual
TIPOLOGIA DOS JOVENS SEGUNDO A HÁ QUANTO TEMPO ESTÃO À SÍNTESE DA RELAÇÃO DOS JOVENS COM
SITUAÇÃO DE TRABALHO E DOS ESTUDOS PROCURA DE EMPREGO (1) MOTIVO PELO QUAL FICARAM DESEMPREGADOS (2) O MERCADO DE TRABALHO
% de jovens % de jovens % de jovens % de jovens
Mais de 2 anos 5
Desempregados desde o estado de emergência 38
Entre 1 e 2 anos 6
Decidiram voluntariamente deixar de trabalhar
Entre 6 meses por outros motivos pessoais 16
e 1 ano 17 (demiti-me, mudança de residência, etc.)
Têm trabalho pago 50 Têm trabalho pago 50
Não lhes renovaram o contrato 17
(1) Informação que corresponde aos desempregados que estão activamente à procura de emprego.
(2) O entrevistado podia indicar um único motivo entre os sugeridos. Os motivos “Deixaram o emprego para continuar os estudos” e “O emprego não era como esperado” foram referidos
de forma espontânea.
/133
Actividades laborais temporárias dos que nunca
tiveram trabalho pago
Já tiveram um
Fizeram algum trabalho Desempenharam
estágio 25 remunerado de 3 25 outras actividades 29
meses ou menos
Estão a fazer
um estágio 6
Não tiveram
SÍNTESE DA RELAÇÃO DOS JOVENS nenhum trabalho Não EXPERIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO
COM O MERCADO DE TRABALHO Nunca fizeram
69 remunerado de 3 75 desempenharam 71 E EM ACTIVIDADES LABORAIS TEMPORÁRIAS
nenhum estágio outras actividades
% de jovens meses ou menos % de jovens
Só outras actividades 12
(1) Estágio através de convénio com alguma instituição académica ou universidade, fosse ele remunerado ou não.
/135
Quantos jovens estão à procura de emprego
e percepção do grau de facilidade em consegui-lo
Base: Jovens que já tiveram trabalho pago ou nunca tiveram e já finalizaram os estudos (26%=100%)
Escala utilizada
Nada Muito
fácil 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 fácil
TIPOLOGIA DOS JOVENS
SEGUNDO A SITUAÇÃO SITUAÇÃO ACTUAL RELATIVAMENTE À PROCURA DE
DETRABALHO E DOS ESTUDOS EMPREGO PERCEPÇÃO DO GRAU DE FACILIDADE EM CONSEGUIR EMPREGO EM FUNÇÃO DA...
% de jovens % de jovens % de jovens
SITUAÇÃO ACTUAL EXPERIÊNCIA DE TRABALHO
Estão à espera
Não têm Estão de emprego, Não têm
trabalho pago e activamente à mas não trabalho pago
têm intenção de procura de activamente mas já tiveram Nunca tiveram
alguma vez trabalho pago
Estão activamente à procura Será muito fácil trabalhar emprego à procura
de emprego 53 conseguir emprego 5 6 3 5 4
(9-10)
Estão à espera de emprego, 7-8 14 11 17 14 15
mas não activamente à procura 29
Têm trabalho
pago 50 Estão à procura de estágio /
emprego part-time 1 24 20
5-6 26 27
30
Estão a tentar montar um
negócio próprio 1
Grau médio de
facilidade em 4,0 3,8 4,3 4,1 3,7
conseguir emprego
/137
Quantos jovens têm trabalho pago estando ainda
a estudar e o que os caracteriza
SITUAÇÃO PERANTE O TRABALHO DOS JOVENS QUE TÊM TRABALHO PAGO E AINDA
ESTÃO A ESTUDAR
(1) Têm trabalho
Principais diferenças Total jovens pago e ainda
com trabalho estão a
pago estudar
NÍVEL DE ESCOLARIDADE EM QUE ESTÃO A ESTUDAR (50%=100%) (11%=100%)
Doutoramento / Mestrado 10% 14%
Licenciatura / Bacharelato 31% 30%
Ensino básico, secundário ou pós-secundário 59% 56%
(1) O nível de escolaridade para o total dos jovens refere-se aos que ainda estão a estudar.
/139
Relação com o trabalho pago, por sexo e nível Há uma clara relação entre o nível de escolaridade dos
de escolaridade jovens e a sua relação com o trabalho pago:
Entre o sexo e a situação dos jovens no mercado de • Entre os jovens que já finalizaram os estudos,
trabalho, as principais relações são duas: os desempregados são 39 % entre os que comple-
taram até ao ensino básico e diminuem para menos
• Entre os jovens que estão desempregados, há mais
de metade (15 %) entre os que completaram o ensino
mulheres do que homens que decidiram voluntaria-
superior.
mente deixar de trabalhar para dedicarem mais tempo
• No que diz respeito à duração da procura de emprego:
à família ou por outros motivos pessoais (25 % face a
enquanto entre os jovens que completaram até ao
21 %) e mais que foram despedidas (10 % face a 6 %).
ensino básico, os desempregados recentes (há menos
• Enquanto entre as mulheres que estão desempregadas,
de 6 meses) são 64 %, entre os que completaram o
as recentes (há menos de 6 meses) são 68 %, entre os
ensino superior, os desempregados recentes chegam
homens que estão desempregados, os recentes chegam
aos 78 %, por se tratar do nível de escolaridade mais
aos 78 %, porque foram mais afectados pelo estado de
afectado pelo estado de emergência (45 %).
emergência (43 %).
• No que se refere à experiência laboral dos jovens que
nunca tiveram trabalho pago entre os que comple-
taram o ensino superior, a percentagem dos que nunca
desempenharam nenhuma actividade laboral tempo-
rária situa-se no seu valor mais baixo (17 % face aos
52 % entre os que completaram até ao ensino básico).
Têm trabalho pago e já finalizaram os estudos 39% 40% 39% 16% 44% 67%
Têm trabalho pago e ainda estão a estudar 11% 8% 13% 17% 8% 6%
Desempregados 14% 16% 13% 12% 17% 13%
OCUPAÇÃO ACTUAL
Estudantes que já tiveram trabalho 8% 7% 8% 10% 8% 3%
Estudantes que nunca tiveram trabalho 24% 25% 23% 43% 17% 7%
Já finalizaram os estudos e nunca tiveram trabalho 4% 4% 4% 2% 6% 4%
OCUPAÇÃO ACTUAL Têm trabalho pago 68% 67% 70% 54% 65% 80%
(Base: Já finalizaram Desempregados 25% 27% 22% 39% 26% 15%
os estudos) Nunca tiveram trabalho pago 7% 6% 8% 7% 9% 5%
Desempregados desde o estado de emergência 38% 35% 43% 33% 39% 45%
Decidiram voluntariamente deixar de trabalhar
(para dedicar mais tempo à família ou por outros motivos pessoais) 23% 25% 21% 25% 24% 22%
MOTIVO PELO QUAL Não lhes renovaram o contrato 17% 17% 16% 20% 15% 15%
FICARAM Tiveram de deixar de trabalhar por motivos de saúde 8% 7% 9% 10% 7% 4%
Base: DESEMPREGADOS (1)
Desempre- Foram despedidos 8% 10% 6% 8% 9% 5%
gados A empresa onde trabalhavam fechou 5% 6% 4% 4% 5% 8%
A empresa encontra-se em redução de pessoal 1% 0% 1% 0% 1% 1%
As principais diferenças entre as mulheres jovens e os • Entre os jovens que completaram até ao ensino básico
homens jovens que têm trabalho pago são duas: e os que completarem o ensino superior, as áreas em
que trabalham são muito distintas.
• As mulheres jovens trabalham mais em «funções admi-
• No que se refere aos rendimentos líquidos mensais,
nistrativas, burocráticas e de secretariado» (22 % face a
enquanto entre os que têm um menor nível de escola-
13 %) e também em «comércio e vendas» (24 % face a
ridade, não há praticamente jovens que ganhem mais
14 %), enquanto os homens jovens trabalham mais na
de 767€, entre os que têm um maior nível de esco-
categoria «operário» (especializado, semiespecializado
laridade, dois terços situam-se acima desse nível de
e não especializado).
rendimentos.
• As mulheres jovens auferem rendimentos mensais
• A um maior nível de escolaridade correspondem
líquidos inferiores aos dos homens jovens: 38 % das
também vínculos contratuais mais estáveis.
mulheres ganham mais de 767€ líquidos por mês face a
• Os jovens com nível de escolaridade mais elevado
50 % dos homens.
sentem-se mais «realizados» com o trabalho que
desempenham e também menos «aborrecidos».
50%
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
SEXO MAIS ALTO COMPLETO
Ensino
Total jovens secundário
Principais diferenças com trabalho Ensino ou pós- Ensino
pago Mulheres Homens básico -secundário superior
(100%=100%) (48%=100%) (52%=100%) (24%=100%) (41%=100%) (35%=100%)
REGIME DE Trabalhadores por conta própria 14% 13% 15% 18% 13% 13%
TRABALHO Trabalhadores por conta de outrem 86% 87% 85% 82% 87% 87%
ESTABILIDADE DO
VÍNCULO CONTRATUAL Empregados com vínculo contratual estável 49% 50% 48% 39% 51% 53%
(Base: Trabalhadores Empregados com vínculo contratual instável 51% 50% 52% 61% 49% 47%
por conta de outrem)
GRAU DE “Realizados” com o trabalho 48% 46% 49% 41% 49% 51%
REALIZAÇÃO COM O “Desiludidos” com o trabalho 29% 31% 28% 33% 29% 27%
TRABALHO
“Aborrecidos” com o trabalho 23% 23% 23% 26% 22% 22%
/143
Capítulo 5
Principais resultados sobre
os amigos e a pessoa parceira
O QUE PENSAM
Pág. 262 a 317 Pág. 352 a 363
O QUE SENTEM
Pág. 366 a 409 Pág. 412 a 453
/145
As amigas e os amigos mais chegados e Entre os jovens que esta investigação representa que
a frequência com que acontecem situações têm algum amigo ou amiga, 8 % referem que no seu
de violência física no círculo de bons amigos círculo de amigos acontecem situações de violência
física. Entre eles, 5 % referem que as situações de
Os jovens que fazem parte dos 2,2 milhões que esta
violência física ocorrem de forma pontual e 3 % que
investigação representa declararam ter mais amigos
sucedem com muita frequência.
do que amigas: em média, 3,7 amigos e 3,2 amigas.
De acordo com estes dados, o círculo de amizades é A percentagem de jovens que se deparam com situações
composto, em média, por sete pessoas. O mais habitual de violência física no seu círculo de bons amigos atinge
é terem mais do que cinco amigos (51 % dos casos). o valor máximo entre os jovens cujo círculo de bons
amigos é equilibrado em termos da presença de amigas
Conforme o sexo das amizades, verificamos que o grupo
e de amigos e tem o seu valor mínimo entre os jovens
de jovens cujo conjunto de amizades é essencialmente
cujo círculo de bons amigos é constituído sobretudo por
masculino (42 %) é ligeiramente superior ao dos jovens
amigas.
que têm um círculo de amizades com mais amigas do
que amigos (38 %). Os menos habituais são os jovens
com um círculo de amigos com número equivalente de
mulheres e de homens (20 %).
Sobretudo
Um/a 17 amigos 42
14 Dois/duas ou três 18
Nenhum/a 11 10 Um/a 4
Nenhum/a 4
/147
Círculo de bons amigos, por sexo e nível Já no que diz respeito ao nível de escolaridade, as dife-
de escolaridade renças são menores:
No que toca ao círculo de bons amigos, há muitas dife- • Quanto maior o nível de escolaridade, menor a
renças em função do sexo dos jovens: dimensão do círculo de amigos ou amigas mais
chegados (uma média de 7,2 entre os que completaram
• No que respeita à dimensão do círculo de amigos,
até ao ensino básico face a 6,7 entre os que comple-
os homens jovens costumam ter um círculo mais alar-
taram o ensino superior).
gado do que as mulheres jovens. Enquanto o círculo
• Entre os jovens que completaram o ensino superior,
de amizades dos homens é composto, em média, por
os que referem que no seu círculo de amizades nunca
8,4 pessoas, o das mulheres é composto, em média, por
acontecem situações de violência física superam em
5,6. Entre os homens jovens, 60 % têm um círculo de
quatro pontos os que completaram até ao ensino
bons amigos ou amigas constituído por seis ou mais
básico (95 % face a 91 %).
pessoas face a 41 % das mulheres jovens.
• No que respeita ao sexo predominante entre as
amizades, as mulheres jovens têm um círculo de
amizades com mais amigas do que amigos (59 %),
enquanto os homens jovens têm um círculo de
amizades sobretudo masculino (65 %). Tanto entre as
mulheres como entre os homens, o menos habitual
é existir um círculo de amigos com uma quantidade
equivalente de homens e mulheres (22 % entre as
mulheres jovens e 18 % entre os homens jovens).
• A violência física no círculo de amigos é quase três
vezes mais habitual entre os homens jovens do que
entre as mulheres jovens (11 % face a 4 %)
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
SEXO MAIS ALTO COMPLETO
Ensino
secundário
Ensino ou pós- Ensino
Principais diferenças Total jovens Mulheres Homens básico -secundário superior
(100%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (36%=100%) (40%=100%) (24%=100%)
Seis ou mais bons amigos/boas amigas 51% 41% 60% 52% 50% 50%
DIMENSÃO DO Quatro ou cinco 23% 26% 19% 19% 23% 27%
CÍRCULO DE AMIGOS De um/a a três 22% 29% 17% 25% 23% 20%
MAIS CHEGADOS / Não têm amigas nem amigos 4% 4% 4% 4% 4% 3%
BONS AMIGOS
N.º médio bons amigos/boas amigas 7,0 5,6 8,4 7,2 7,0 6,7
SEXO PREDOMINANTE Sobretudo amigas 38% 59% 17% 36% 36% 47%
ENTRE OS BONS AMIGOS Equilíbrio entre amigas e amigos 20% 22% 18% 18% 22% 19%
(Base: Têm amigos/as) Sobretudo amigos 42% 19% 65% 46% 42% 34%
/149
Situação de casal actual
O mais habitual
Idade
média
Vivem com o/a
companheiro/a 35 29
Têm companheiro/a
mas não vivem com 24 23
ele/a
Não têm
Não vivem com o/a Não têm companheiro 23
companheiro nem 39 41 nem companheira 39
companheira companheiro/a
/151
Experiência com as relações amorosas e última A principal causa da separação apontada pelos jovens
relação dos jovens que actualmente não têm é «a relação foi-se apagando pouco a pouco/distância»
nenhuma (56 %). Num segundo nível, são apontadas duas causas:
«as discussões eram constantes» (24 %) e «o/a compa-
Entre os 2,2 milhões de jovens que este estudo repre-
nheiro/a conheceu outra pessoa» (18 %). As causas
senta, quase um quarto não têm actualmente nenhuma
relacionadas com a «violência doméstica ou de género»
relação amorosa, mas já tiveram alguma no passado.
por parte do companheiro ou da companheira totalizam
Entre estes 24 % de jovens, o mais habitual é terem tido 9 %, sendo a mais frequente a «violência psicológica»; os
uma ou duas relações amorosas (em média, 2,4 relações que sofreram «violência física» ou «violência sexual» por
amorosas). parte do companheiro ou da companheira são 2 % e 1 %,
respectivamente.
No que respeita à última relação que tiveram, o mais
frequente é que essa relação tenha terminado há mais No que respeita à homogeneidade em relação ao nível
de dois anos (em 27 % dos casos) ou há menos de seis de escolaridade na última relação amorosa, o mais habi-
meses (29 %). tual entre estes jovens (50 % dos casos) é que os dois
tivessem o mesmo nível de escolaridade.
O mais habitual
(1) Causas sugeridas aos entrevistados. Entre elas, o entrevistado podia indicar até um máximo de quatro respostas.
(2) Para esta análise não foram considerados o 1,2% dos jovens não heterossexuais.
/153
A infidelidade entre os jovens
Já foram infiéis 11
/155
O que os jovens que não têm companheiro/a Quando se tem em conta não só quantos jovens refe-
valorizam na pessoa parceira ideal riram cada aspecto, mas também o ranking em que os
mencionaram (atribuindo 1000 pontos ao aspecto citado
Foi pedido aos 39 % de jovens que hoje não têm compa-
em primeiro lugar, 600 ao que foi referido em segundo,
nheiro/a que definissem a sua «pessoa parceira ideal»
300 ao que foi mencionado em terceiro e 0 aos que não
tendo em conta dez aspectos. Destes, os que surgem
foram referidos), e calculando, a partir da soma de todos
nos dois primeiros lugares, com grau de importância
os pontos obtidos, a preponderância de cada aspecto,
similar, são a «sinceridade» e a «fidelidade»; para 28 % e
os dois aspectos já referidos continuam a ser os que os
32 % dos jovens, respectivamente, estes aspectos são os
jovens mais valorizam na «pessoa parceira ideal», com
mais importantes na «pessoa parceira ideal». Se tivermos
25 % cada.
em consideração, além do aspecto citado pelos jovens
em primeiro lugar, as alusões na segunda e na terceira Num segundo nível, preocupa-os o «carinho e atenção»
posições, vemos que estes continuam a ser os aspectos e o «sentido de humor/capacidade para me fazer rir».
globalmente mais referidos: foram citados numa das
três primeiras posições por 63 % e 59 % dos jovens, Os restantes seis aspectos considerados são bastante
respectivamente. menos importantes na «pessoa parceira ideal» dos
jovens.
39%
Pessoa parceira
IDEAL
RANKING DE RELEVÂNCIA DECLARADO DE CADA UM DOS DEZ PONTUAÇÃO MÉDIA CALCULADA PARA
ASPECTOS CONSIDERADOS CADA ASPECTO PESO PERCENTUAL DE CADA ASPECTO NA PESSOA PARCEIRA IDEAL
% de jovens que citam cada aspecto em cada lugar As respostas dadas Cita em 1.º lugar: 1000 pontos
foram ponderadas Cita em 2.º lugar: 600 pontos
em função dos Cita em 3.º lugar: 300 pontos
seguintes critérios:
Não cita: 0 pontos Importância de 10% ou mais
3
Aspecto físico 2 6 11 54 Aspecto físico 3%
O mais habitual
DETALHE DA SITUAÇÃO DE CASAL POR SEXO SITUAÇÃO DE CASAL SEGUNDO A ORIENTAÇÃO SEXUAL
% de jovens % de jovens
% de jovens que
Mulheres Homens se declaram
(50%=100%) (50%=100%) heterossexuais
Vivem com uma mulher 3 Vivem com um homem 2 Homens que vivem com uma mulher 15 95
Têm companheira Têm uma relação Mulheres com companheiro
mas não vivem com ela 2 aberta ou poliamorosa 2 que não vivem juntos 12 85
/159
Experiência com as relações amorosas e com Já no que diz respeito ao nível de escolaridade, as principais
a última relação dos jovens que hoje não têm diferenças são:
nenhuma, por sexo e nível de escolaridade
• Devido à idade dos jovens, quanto mais elevado o
O sexo dos jovens acarreta muitas diferenças na maioria nível de escolaridade, maior a percentagem dos que
das questões relacionadas com este tema: têm uma relação amorosa e dos que vivem com o/a
companheiro/a.
• Há mais mulheres jovens que vivem com o/a
• Na última relação amorosa, os jovens cujo nível
companheiro/a e mais homens jovens que não têm
de escolaridade é o ensino básico experimentaram
companheiro/a.
«violência física, sexual ou psicológica» em quase o
• Entre os que actualmente não têm uma relação
dobro das situações do que os jovens cujo nível de
amorosa, os homens tiveram um maior número de
escolaridade é o ensino superior (11 % face a 7 %).
relações amorosas: em média 2,6 face a 2,2 entre as
mulheres.
• Na última relação amorosa, as mulheres jovens experi-
mentaram «violência física, sexual ou psicológica» em
mais do dobro de situações do que os homens jovens
(13 % face a 6 %).
• No que respeita à homogeneidade do casal relativa-
mente ao nível de escolaridade, este parece ser um
problema maior para as mulheres do que para os
homens, já que entre as relações amorosas fracassadas
das mulheres há mais do dobro de casos em que ela
tinha um nível de escolaridade superior ao dele (35 %
nas mulheres face a 14 % nos homens).
Vivem com o/a companheiro/a 35% 38% 32% 25% 36% 47%
SITUAÇÃO Têm companheiro/a mas não vivem com ele/a 24% 26% 23% 23% 26% 24%
DE CASAL Não têm companheiro/a 39% 34% 43% 50% 36% 27%
Têm uma relação aberta ou poliamorosa 2% 2% 2% 2% 2% 2%
Têm actualmente uma relação amorosa 59% 64% 55% 48% 62% 71%
HISTÓRICO DAS Não têm actualmente uma relação amorosa mas já tiveram alguma 24% 20% 27% 27% 24% 20%
RELAÇÕES
AMOROSAS Nunca tiveram uma relação amorosa 15% 14% 16% 23% 12% 7%
Têm uma relação aberta ou poliamorosa 2% 2% 2% 2% 2% 2%
HOMOGENEIDADE Ela tinha um nível de escolaridade superior ao dele 23% 35% 14% 15% 24% 33%
EM RELAÇÃO AO Os dois tinham o mesmo nível de escolaridade 50% 43% 55% 54% 50% 44%
NÍVEL DE Ele tinha um nível de escolaridade superior ao dela 17% 13% 20% 17% 20% 15%
ESCOLARIDADE (2) Não sabem / Não respondem 10% 9% 11% 14% 6% 8%
(1) Causas sugeridas aos entrevistados. Entre elas, o entrevistado podia indicar até um máximo de quatro respostas.
(2) Para esta análise não foram considerados o 1,2% dos jovens não heterossexuais.
/161
Experiência com as relações sexuais e motivos Já no que diz respeito ao nível de escolaridade, as principais
dos que nunca as tiveram, por sexo e nível diferenças são:
de escolaridade
• Como seria de esperar tendo em conta a idade dos
O sexo dos jovens não implica nenhuma diferença no jovens, quanto mais alto o nível de escolaridade, maior
que respeita aos que já tiveram relações sexuais nem a percentagem dos que já tiveram relações amorosas e
tão-pouco no que respeita à idade média da primeira sexuais (passa de 69 % entre os que completaram até
relação sexual: 17 anos em ambos os casos. ao ensino básico para 90 % entre os que completaram
o ensino superior) e também maior o número de jovens
Contudo, o sexo dos jovens implica muitas diferenças
que tiveram relações sexuais com seis pessoas ou mais.
nas seguintes questões:
• Entre os que já tiveram alguma relação amorosa,
• Nas suas relações amorosas, os homens jovens foram observa-se que a um maior nível de escolaridade
mais infiéis do que as mulheres: numa proporção que é corresponde uma menor tendência para a infidelidade.
quase o dobro (14 % face a 8 %). • Em relação à idade média com que tiveram a primeira
• Entre os 85 % de jovens que já tiveram relações relação sexual, há dois anos de diferença entre os
sexuais, os homens tiveram um maior número de jovens que tinham completado o ensino superior
experiências sexuais do que as mulheres: em média, (18 anos) e os que só tinham completado o ensino
as mulheres estiveram com 4 pessoas face a 5,3 entre básico (16 anos).
os homens.
• No que respeita à atitude relativamente às relações
sexuais, dos 15 % de jovens que até hoje nunca as
tiveram, é mais frequente as mulheres não saberem
ou não quererem responder sobre o motivo (12 % de
mulheres face a 8 % entre os homens), ao passo que é
mais frequente os homens referirem que «ainda não
surgiu a ocasião, mas que quando surgir as terão» (52 %
de homens face a 41 % de mulheres).
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
SEXO MAIS ALTO COMPLETO
Ensino
secundário
Ensino ou pós- Ensino
Total jovens Mulheres Homens básico -secundário superior
Principais diferenças
(100%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (36%=100%) (40%=100%) (24%=100%)
TIVERAM Já tiveram relações sexuais 85% 85% 85% 75% 89% 94%
RELAÇÕES SEXUAIS Nunca tiveram relações sexuais 15% 15% 15% 25% 11% 6%
SÍNTESE DA Já tiveram relações amorosas e sexuais 80% 81% 79% 69% 84% 90%
EXPERIÊNCIA EM Tiveram relações amorosas mas não sexuais 5% 5% 5% 8% 4% 2%
RELAÇÕES AMOROSAS Tiveram relações sexuais mas não amorosas 5% 4% 6% 6% 5% 4%
E SEXUAIS Nunca tiveram relações amorosas nem sexuais 10% 10% 10% 17% 7% 4%
ATITUDE Ainda não surgiu a ocasião, mas quando surgir terão relações sexuais 46% 41% 52% 46% 49% 46%
RELATIVAMENTE ÀS Esperam ter relações sexuais quando tiverem uma relação estável 32% 34% 30% 35% 28% 25%
RELAÇÕES SEXUAIS (1) Não terão relações sexuais enquanto não estiverem casados 7% 8% 6% 6% 8% 10%
(Base: Nunca tiveram
relações sexuais) Não querem ter relações sexuais nunca 5% 5% 4% 6% 3% 4%
Não sabem / Não respondem 10% 12% 8% 7% 12% 15%
Nestas três questões, o sexo dos jovens acarreta • Entre os jovens que completaram o ensino superior,
diferenças: uma percentagem um pouco maior declarou que ter
companheiro ou companheira é importante ou muito
• Há mais homens jovens do que mulheres jovens a
importante para se sentirem felizes (67 % face a 60 %
declarar que, para eles, ter companheiro ou compa-
entre os que completaram até ao ensino básico).
nheira é importante ou muito importante para se
• No que respeita ao que os jovens que não têm compa-
sentirem felizes (70 % face a 53 %).
nheiro/a valorizam na pessoa parceira ideal, só há
• Tanto para as mulheres como para os homens,
dois aspectos cuja relevância tem relação com o nível
a relação amorosa ideal passa por ter um companheiro
de escolaridade: «sinceridade» e «carinho e atenção».
ou uma companheira única: 87 % no caso das mulheres
A importância destes dois aspectos na pessoa parceira
jovens e 85 % no caso dos homens jovens. As relações
ideal diminui à medida que o nível de escolaridade
poliamorosas são mais idealizadas pelos homens jovens
aumenta (diminui, respectivamente, de 26 % para 23 %
(4 % face a 1 %). Quer entre as mulheres, quer entre os
e de 16 % para 12 %), em favor do «sentido de humor
homens, 3 % consideram que o ideal é não ter compa-
/ capacidade para me fazer rir» e «capacidade para
nheiro ou companheira.
manter uma conversa interessante».
• Quanto aos aspectos que os jovens que não têm
companheiro/a valorizam na pessoa parceira ideal,
a única diferença entre as mulheres e os homens
verifica-se nas últimas posições do ranking: os homens
valorizam ligeiramente mais o «aspecto físico» do/a
companheiro/a (4 % face a 1 %).
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
SEXO MAIS ALTO COMPLETO
Ensino
secundário
Principais diferenças Ensino ou pós- Ensino
Total jovens Mulheres Homens básico -secundário superior
(100%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (36%=100%) (40%=100%) (24%=100%)
Acham que é muito importante (9-10) 30% 24% 36% 32% 29% 30%
60% 61% 67%
GRAU DE 7-8 32% 29% 34% 28% 32% 37%
IMPORTÂNCIA DE TER 5-6 30% 20%
25% 26% 25% 22%
COMPANHEIRO/A
PARA SER FELIZ Acham que não é importante (0-4) 13% 17% 10% 14% 14% 11%
Importância média 6,9 6,5 7,4 6,9 6,9 7,1
/165
Homogeneidade do casal
Total Total
Mulheres Homens jovens Mulheres Homens jovens
Ela é mais 6 anos ou mais 1
velha do 5 3
Entre 2 e 5 anos 8
que ele
11 10
Ela tem um nível de
escolaridade 35 32 34
superior ao dele
Têm a mesma idade ou 1
ano de diferença 39
44
50
Total Total
Mulheres Homens jovens Mulheres Homens jovens
Ela ganha mais
do que ele 16 21 18
(1) Para efeitos desta classificação, foram considerados quatro níveis de escolaridade: doutoramento/mestrado, licenciatura/bacharelato, ensino secundário/pós-secundário e ensino básico.
(2) A comparação de rendimentos entre os membros do casal considera tanto os do trabalho actual como os do último trabalho para aqueles que não trabalham mas já trabalharam.
/167
Vida sexual com o/a companheiro/a
O mais habitual
FREQUÊNCIA COM QUE COSTUMAM TER RELAÇÕES SEXUAIS COM FREQUÊNCIA COM QUE COSTUMAM ATINGIR O ORGASMO COM
O/A COMPANHEIRO/A O/A COMPANHEIRO/A (1)
% de jovens % de jovens
Total Total
Mulheres Homens jovens Mulheres Homens jovens
Atingem o orgasmo
Mais de 2 vezes / 35
semana 37 35 36 sempre
(10 vezes em cada 10)
48
Jovens 63
heterossexuais
que vivem com Atingem o orgasmo
2 vezes / semana 19 20 19 quase sempre 25
companheiro/a (8/9 vezes em cada 10)
31% 19
1 vez / semana 15 15 15 6 ou 7 vezes 7
4 ou 5 vezes 8 13 5
2-3 vezes / mês 10 10 10 3 8
De 0 a 3 vezes 8
1 vez / mês ou menos 7 8 8 8 5
Não sabem / 1
Não sabem /
12 12 12 Não respondem 17 12 15
Não respondem
Total Total
Mulheres Homens jovens Mulheres Homens jovens
Atingem o orgasmo
Mais de 2 vezes /
semana 27 28 28 sempre 26
(10 vezes em cada 10)
41
57
Jovens heterossexuais Atingem o orgasmo
que têm companheiro/a 2 vezes / semana 22 15 18 quase sempre 25
mas não vivem (8/9 vezes em cada 10)
com ele/a
16 21
17 6 ou 7 vezes 9
21% 1 vez / semana 18
10 4 ou 5 vezes 8 18 6
2-3 vezes / mês 6 8
5 5 De 0 a 3 vezes 8 8
1 vez / mês ou menos 5 3
Nunca / Quase nunca 7 10 9 7 5
Não sabem /
24 1
Não sabem / Não respondem 19
Não respondem 15 16 15 14
(1) Aos jovens que não responderam à frequência com que costumam ter relações sexuais, não lhes foi perguntado o número de vezes em que atingem o orgasmo.
/169
Frequência das relações sexuais e número
de orgasmos que garantem a satisfação
dos jovens nessas relações
Nada Totalmente
satisfeitos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 satisfeitos
ATÉ QUE PONTO SE SENTEM SATISFEITOS COM AS RELAÇÃO ENTRE ATÉ QUE PONTO SE SENTEM SATISFEITOS COM AS RELAÇÕES
RELAÇÕES SEXUAIS COM O/A COMPANHEIRO/A SEXUAIS COM O/A COMPANHEIRO/A E COMO SÃO ESSAS RELAÇÕES
% de jovens
/171
Que parte das despesas comuns e da casa paga
cada um dos membros do casal, segundo a
opinião das mulheres e dos homens
€
O mais habitual
Contribuição dela
Contribuição dele
Não sabem/ 11
Não respondem
/173
Como partilham os membros do casal a realização
das tarefas domésticas, segundo a opinião das
mulheres e dos homens
46
Contribuição dele
Ela e ele fazem
Ele NÃO faz NADA o mesmo 33
(0 ou 1 vez em 10) 4 73% 6% 21%
(1) A contribuição da ajuda remunerada foi desconsiderada para efeitos desta tipologia.
/175
Como partilham a mãe e o pai o cuidado e a
educação dos filhos, segundo a opinião das
mulheres e dos homens
O mais habitual
DISTRIBUIÇÃO DO CUIDADO E EDUCAÇÃO DOS FILHOS ENTRE A MÃE E O PAI
% de jovens
% média de vezes em que cada
Distribuição média pessoa realiza as tarefas dos filhos
Familiares
ou ajuda
Contribuição dela remunerada
(1) A contribuição da ajuda remunerada foi desconsiderada para efeitos desta tipologia. Para efeitos desta análise, foram considerados os casais com filhos.
/177
Expectativas dos jovens heterossexuais, mulheres No que toca ao cuidado e educação dos filhos, as expec-
vs. homens, na partilha das responsabilidades tativas das mulheres jovens heterossexuais são um
familiares se algum dia no futuro se encontrarem pouco mais equitativas do que no caso das tarefas
nessa situação domésticas: as que assumem que, se no futuro tiverem
um filho com o seu companheiro, elas farão mais do que
Ao contrário da partilha das despesas comuns e da casa,
o pai no que se refere ao cuidado e educação dos filhos
que tanto as mulheres como os homens que não vivem
são 23 %. Entre os homens jovens heterossexuais, os que
com ninguém consideram que será equitativa, quanto à
partilham essa mesma expectativa são 15 % (quase os
partilha das tarefas domésticas e do cuidado e educação
mesmos que nas tarefas domésticas).
dos filhos, as expectativas não são nem equitativas, nem
iguais entre mulheres e homens. Contudo esta situação agrava-se entre as mulheres
jovens que já estão a viver com o companheiro e não
No caso das tarefas domésticas, quase um terço das
têm filhos: 37 % assumem que, se no futuro tiverem um
mulheres jovens heterossexuais que não vivem com
filho com o companheiro actual, elas farão mais do que
ninguém (30 %) assumem que, se no futuro viverem com
eles no respectivo cuidado e educação.
o seu companheiro, elas farão mais tarefas domésticas
do que eles. Entre os homens jovens heterossexuais, Importa salientar que a expectativa de uma partilha
apenas 16 % imaginam que serão elas a realizar mais equilibrada tanto nas «tarefas domésticas» como «no
tarefas domésticas que eles. cuidado e educação dos filhos» é, no caso dos homens,
superior ao que as mulheres imaginam.
€
COMO ACHAM QUE SERIA A PARTILHA DAS COMO ACHAM QUE SERIA A PARTILHA DAS COMO ACHAM QUE SERIA A PARTILHA DO COMO ACHAM QUE SERIA A PARTILHA DO
DESPESAS COMUNS E DA CASA SE VIVESSEM TAREFAS DOMÉSTICAS SE VIVESSEM COM CUIDADO E DA EDUCAÇÃO DOS FILHOS CUIDADO E DA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
COM UM/A COMPANHEIRO/A UM/A COMPANHEIRO/A SE TIVESSEM FILHOS SE TIVESSEM FILHOS
% de jovens % de jovens % de jovens % de jovens
os dois 76
pagariam o 85
mesmo 61 66 70
os dois
os dois fariam o
fariam o 55 65 os dois
mesmo fariam o
mesmo 51
mesmo
8 5
ele pagaria 13 ele faria ele faria ele faria 6
mais 4 mais 2 0 mais 1
mais
Não sabem 13 15 12 14 Não sabem 11 11
Não sabem 10 10 Não sabem
/179
Realidade vs. expectativas na partilha das
responsabilidades familiares para mulheres e
homens heterossexuais
REALIDADE (1) EXPECTATIVAS (2) REALIDADE (1) EXPECTATIVAS (2) REALIDADE (3) EXPECTATIVAS (4)
Ela paga/ 1
pagaria mais 10
35 31
40%
63 69
Os dois fazem/
fariam o mesmo 37
Os dois fazem/
Ela paga/ fariam o mesmo 22
pagaria menos 19
4 Ela faz/faria menos 4 2 Ela faz/faria menos 2 0
REALIDADE (1) EXPECTATIVAS (2) REALIDADE (1) EXPECTATIVAS (2) REALIDADE (3) EXPECTATIVAS (4)
Ele paga/ 5 1
pagaria menos 17
19
Ele faz/faria menos 34 Ele faz/faria menos 37
Ele paga/
pagaria mais 24
15 Ele faz/faria mais 13 Ele faz/faria mais 17
9 6
(1) REALIDADE: analisada entre os jovens heterossexuais que vivem com companheiro/a. Os que não sabem responder foram recalculados.
(2) EXPECTATIVAS: analisadas entre os jovens heterossexuais que não têm companheiro/a ou não vivem com ele/a. Os que não sabem responder foram recalculados.
(3) REALIDADE: analisada entre os jovens com filhos. Os que não sabem responder foram recalculados.
(4) EXPECTATIVAS: analisadas entre os jovens heterossexuais que não têm filhos mas querem ter no futuro. Os que não sabem responder foram recalculados.
/181
Realidade vs. expectativas na concordância sobre A partir destes resultados, conclui-se também que a
a partilha das responsabilidades familiares para «partilha das tarefas domésticas» é a questão mais
mulheres e homens heterossexuais esquecida, já que, tanto para as mulheres como para os
homens e tanto na realidade como nas expectativas,
Quanto a falar previamente sobre a partilha dos três tipos
é aquela de que menos se fala ou de que menos se acha
de tarefas familiares associadas a viver com um/a compa-
que se falaria: os jovens que falaram previamente de
nheiro/a ou a ter filhos antes de irem viver juntos, não
como iriam partilhá-las são 57 % das mulheres e 62 %
há consenso entre o que as mulheres e os homens jovens
dos homens, e aqueles que imaginam que falariam
acham que fariam. Entre as mulheres, o que gera maior
dessa partilha antes de irem viver juntos são 71 % das
consenso é «falariam da partilha das despesas comuns e
mulheres e 64 % dos homens.
da casa» (85 %), enquanto, entre os homens, o que mais
consenso gera é «falariam da partilha das tarefas ligadas à Por último, importa salientar que a discrepância entre
educação e cuidado dos filhos» (81 %). as expectativas e a realidade, em relação aos três tipos
de responsabilidades familiares, é sempre maior entre as
Importa também salientar que a realidade dos casais que
mulheres jovens heterossexuais do que entre os homens
antes de irem viver juntos falaram destas questões é, nos
jovens heterossexuais.
três tipos de responsabilidades familiares, e tanto entre
as mulheres como entre os homens, sempre inferior às
expectativas dos que ainda não se encontraram nessas
situações.
REALIDADE (1) EXPECTATIVAS (2) REALIDADE (1) EXPECTATIVAS (2) REALIDADE (3) EXPECTATIVAS (4)
40%
Não falaram/
Não falaram/ falariam sobre isso 43 Não falaram/ 41
falariam sobre isso 34 29
falariam sobre isso
15 21
REALIDADE (1) EXPECTATIVAS (2) REALIDADE (1) EXPECTATIVAS (2) REALIDADE (3) EXPECTATIVAS (4)
45%
(1) REALIDADE: analisada entre os jovens heterossexuais que vivem com companheiro/a. Os que não sabem responder foram recalculados.
(2) EXPECTATIVAS: analisadas entre os jovens heterossexuais que não têm companheiro/a ou não vivem com ele/a. Os que não sabem responder foram recalculados.
(3) REALIDADE: analisada entre os jovens com filhos. Os que não sabem responder foram recalculados.
(4) EXPECTATIVAS: analisadas entre os jovens heterossexuais que não têm filhos mas querem ter no futuro. Os que não sabem responder foram recalculados.
/183
Realidade vs. expectativas em relação à ajuda
remunerada para a realização das tarefas
domésticas
29% 57%
QUE TIPO DE AJUDA TÊM PARA A PARTE DAS TAREFAS DOMÉSTICAS QUE A ACHAM QUE TERÃO AJUDA REMUNERADA PARA A REALIZAÇÃO DAS TAREFAS
REALIZAÇÃO DAS TAREFAS DOMÉSTICAS AJUDA SUPORTA DOMÉSTICAS EM FUNÇÃO DE SE TER AJUDA REMUNERADA NA CASA ONDE VIVEM
% de jovens % de jovens
Total de jovens que Ajuda remunerada na casa
Base: Têm ajuda remunerada (9%=100%) vivem em casa dos dos pais ou de familiares
pais ou de outros
% média de vezes em que as familiares Têm ajuda Não têm ajuda
tarefas domésticas são realizadas (100%=100%) (23%=100%) (77%=100%)
por algum membro do casal
Têm ajuda remunerada 9
76
Têm apoio de algum 4 23
familiar/amigo/vizinho Acham que terão 31
ajuda remunerada
24 59
18
% média de vezes em que as
tarefas domésticas são realizadas
por algum familiar/amigo/vizinho
/185
Realização dos jovens com a relação de casal Combinando as duas informações relativas ao/à compa-
nheiro/a (a satisfação que sentem e a posição face a ele/a)
Na escala de 0 a 10 utilizada, em que 0 significa «nada
classificámos os jovens que têm companheiro/a em três
satisfeitos» e 10 significa «totalmente satisfeitos»,
categorias: os que «se arrependem» da sua relação de casal,
o mais comum é que os jovens se sintam muito satis-
porque não se sentem satisfeitos com a relação e todos
feitos com o/a companheiro/a (66 % referiram os
os dias pensam em deixá-la (3 %), os «desiludidos» (13 %),
valores 9 ou 10). Os 34 % restantes dividem-se em três
onde se incluem tanto os jovens com satisfação de 0 a 6
partes: 15 % sentem-se satisfeitos com o/a companhei-
que não pensam diariamente em acabar a relação como
ro/a (referiram o valor 8 da escala, que o estudo aponta
também os jovens com satisfação 7 que chegaram a pensar
como o limiar da satisfação dos jovens), 9 % sentem-se
em acabá-la mas decidiram não o fazer, e os 84 % restantes,
quase satisfeitos (referiram o valor 7 da escala) e 10 %
que foram classificados como «realizados» com a sua
sentem-se insatisfeitos ou pouco satisfeitos com o/a
relação de casal.
companheiro/a (referiram valores entre 0 e 6). Em média,
o grau de satisfação dos jovens com o/a companheiro/a Entre as mulheres jovens, a proporção das que se
é de 8,7 (ou seja, 0,7 pontos acima do limiar de satis- sentem «desiludidas» na sua relação de casal é ligeira-
fação dos jovens). mente superior à dos homens (16 % face a 13 %).
59%
Escala utilizada
Nada Totalmente
satisfeitos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 satisfeitos
Base: Jovens com satisfação 0 a 7 (19%=100%)
SATISFAÇÃO COM O/A COMPANHEIRO/A POSIÇÃO RELATIVA À RELAÇÃO ACTUAL GRAU DE REALIZAÇÃO COM A RELAÇÃO DE CASAL (1)
% de jovens % de jovens % de jovens
Grau de
satisfação médio
com o/a
Jovens pouco satisfeitos companheiro/a Mulheres Homens
Todos os dias pensam em “Arrependidos” da
com o/a companheiro/a terminar a relação e, quando 3 3 4
(0-6) 10 puderem, assim o farão 5 relação de casal
Todos os dias pensam em 4,5 “Desiludidos” com a 13 16 13
7 9 terminar a relação, mas 14 relação de casal
duvidam muito que o façam
Terminaram a relação, mas 5,9
8 15 voltaram a estar juntos/as 9
Chegaram a pensar em
terminar a relação, mas 53 6,2 “Realizados” com a
decidiram não o fazer
relação de casal 84 81 83
Jovens muito satisfeitos
com o/a companheiro/a 66
(9-10)
(1) Classificaram-se como “arrependidos” os jovens que pensam todos os dias em deixar a relação; “desiludidos” os jovens com satisfação 0-6 que não pensam diariamente
em deixar a relação e os jovens com satisfação 7 que terminaram a relação mas voltaram ou que chegaram a pensar em terminar mas decidiram não o fazer.
/187
Realização das mulheres e os homens com a Entre os homens jovens heterossexuais que vivem com
relação de casal por nível de escolaridade a companheira, aqueles que completaram o ensino
superior não só se sentem mais satisfeitos com a compa-
Tanto entre as mulheres jovens heterossexuais que vivem
nheira (85 % declararam valores de satisfação de 8 ou
com o/a companheiro/a como entre os homens jovens
mais face a 80 % entre os que deixaram de estudar
heterossexuais que vivem com a/o companheira/o, o nível
quando atingiram o ensino básico ou o secundário),
de escolaridade contribui para que os jovens se sintam
como também se sentem mais «realizados» com a
mais realizados com a sua relação de casal.
relação de casal (89 % face a 85 %).
Entre as mulheres jovens heterossexuais que vivem
Entre as mulheres que completaram apenas o ensino
com o companheiro, aquelas que completaram o
básico ou secundário, atinge-se o valor máximo dos
ensino superior não só se sentem mais satisfeitas com
jovens que se sentem «desiludidos» com a relação de
o companheiro (81 % declararam valores de satisfação
casal (17 %), enquanto o valor mínimo ocorre entre os
de 8 ou mais face a 76 % entre as que deixaram de
homens que completaram o ensino superior (10 %).
estudar quando atingiram o ensino básico ou o secun-
dário), como também se sentem mais «realizadas» com a
relação de casal (84 % face a 78 %).
8 13 18
7 10 “Desiludidas” com a
Pouco satisfeitas com o 12 relação de casal 17
14 14
companheiro (0-6) 7 “Arrependidas” da
relação de casal 5 2
Grau de satisfação médio 8,5 8,7
com o companheiro
8 12 17
7 9 “Desiludidos” com a
Pouco satisfeitos com a 8 relação de casal 11
companheira (0-6) 11 7 10
“Arrependidos” da 4 1
relação de casal
Grau de satisfação médio 8,8 8,9
com a companheira
/189
Principal motivo dos jovens que já pensaram em
terminar a relação actual para não o terem feito
59%
Base: Jovens com satisfação 0 a 7 (19%=100%)
Base: Todos os dias pensam em terminar a relação (19%=100%) (1)
SATISFAÇÃO COM O/A COMPANHEIRO/A POSIÇÃO RELATIVA À RELAÇÃO ACTUAL Por motivos económicos 5
% de jovens % de jovens Por medo de perder
amigos comuns 1
Jovens pouco satisfeitos Por outros motivos 3
com o/a companheiro/a
(0-6) 10 Todos os dias pensam em
terminar a relação 19 Não sabem / Não respondem 8
7 9
Terminaram a relação, mas
voltaram a estar juntos/as 9 Base: Chegaram a pensar em terminar a relação, mas decidiram não o fazer (53%=100%)
8 15
PRINCIPAL MOTIVO PARA NÃO TEREM TERMINADO A RELAÇÃO (3)
% de jovens
Jovens que pensaram
em terminar a relação
mas não o fizeram Mulheres Homens
Chegaram a pensar em Porque já investiram muito
terminar a relação, mas 53 tempo na relação 32 28 39
decidiram não o fazer
Jovens muito satisfeitos Por causa dos filhos 18 16 21
com o/a companheiro/a 66
(9-10) Porque têm medo de
ficar sozinhos 6 7 5
Para não desiludir a
Nunca lhes passou família e os amigos 4 5 3
pela cabeça terminar 19
a relação Por motivos económicos 2 3 2
Por medo de perder
amigos comuns 2 1 4
Porque ainda amam/gostam
do/a companheiro/a 6 8 4
1) a fidelidade;
2) a sinceridade;
3) o respeito pela sua privacidade;
4) o sentido de humor/capacidade para os/as fazer rir;
5) o aspecto físico.
RANKING DAS CARACTERÍSTICAS AVALIADAS DO/A COMPANHEIRO/A EM FUNÇÃO DO GRAU DE SATISFAÇÃO DOS JOVENS
Muito satisfeitos
Nada Totalmente
7 8 (9-10) satisfeitos satisfeitos
Fidelidade 7 4 9 80 9,2
Sinceridade 11 7 15 67 8,8
Características com
Capacidade para os/as ouvir/escutar 17 11 17 55 8,3 que os jovens se
sentem, em média,
menos satisfeitos
O tempo que partilha com eles/as 18 13 16 53 8,2 com o/a
companheiro/a
Pouco satisfeitos
(0-6)
/193
Avaliação média que as mulheres e os homens
fizeram do/a companheiro/a e da relação entre
ambos
Principais diferenças
Mulheres As mulheres sentem-se mais satisfeitas
Diferenças
mulheres vs.
7 8 9 10 homens
/195
Síntese da avaliação que os jovens heterossexuais Nestas seis características, cerca de dois terços ou mais
que vivem com companheiro/a fizeram dele/a e dos jovens declararam que se sentem muito satisfeitos,
da relação entre ambos sendo poucos os que manifestaram sentir-se pouco ou
nada satisfeitos. Nas seis, a felicidade média dos jovens
Entre os jovens heterossexuais que vivem com o/a
com o/a companheiro/a situa-se acima de 8,6, que é a
companheiro/a (31 % dos 2,2 milhões de jovens que
satisfação média com o/a companheiro/a com quem
este estudo representa), das 12 características avaliadas
vivem.
do/a companheiro/a e da relação entre ambos (as dez
avaliadas para todos os jovens mais as duas relativas à No extremo oposto, são três os aspectos em relação
partilha das tarefas inerentes a viverem juntos), há seis aos quais, em geral, os jovens que vivem com o/a
com as quais os jovens se sentem, em geral, muito companheiro/a se sentem menos satisfeitos. Entre
satisfeitos: estes, o que ocupa a última posição no ranking e conta
com uma percentagem muitíssimo elevada de jovens
1) a fidelidade;
pouco ou nada satisfeitos (26 %) é a «forma como
2) a sinceridade;
partilham as tarefas domésticas». A seguir, à seme-
3) a forma como partilham o pagamento das despesas
lhança do que acontece no conjunto dos jovens que
comuns e da casa:
têm companheiro/a, também ocupam as últimas posi-
4) o respeito pela sua privacidade;
ções do ranking de satisfação dos jovens o «tempo que
5) o sentido de humor/capacidade para os/as fazer rir;
partilham» e a «capacidade para os/as ouvir/escutar».
6) o aspecto físico.
RANKING DAS CARACTERÍSTICAS AVALIADAS DO/A COMPANHEIRO/A EM FUNÇÃO DO GRAU DE SATISFAÇÃO DOS JOVENS
Muito satisfeitos
Nada Totalmente
7 8 (9-10) satisfeitos satisfeitos
Fidelidade 7 4 9 80 9,2
Sinceridade 11 7 15 67 8,7
/197
Avaliação média que as mulheres e os homens Há três características em que as mulheres avaliaram
heterossexuais que vivem com companheiro/a pior os seus companheiros do que os homens avaliaram
fizeram dele/a e da relação entre ambos as suas companheiras. Entre estas, ocupa uma posição
destacada a «forma como partilham as tarefas domés-
Entre os jovens heterossexuais que vivem com o/a
ticas»: as mulheres avaliam os seus companheiros 0,9
companheiro/a (31 % dos 2,2 milhões de jovens que
pontos pior do que os homens avaliam as suas compa-
este estudo representa), há bastantes diferenças entre
nheiras. As outras duas características em que os
a avaliação que as mulheres fazem do companheiro e a
homens avaliaram melhor as suas companheiras do
avaliação que os homens fazem da companheira.
que as mulheres avaliaram os seus companheiros são: a
Em quatro das 12 características avaliadas, os homens «capacidade para os/as ouvir/escutar» e o «tempo que
avaliaram pior as suas companheiras do que as mulheres partilham».
avaliaram os seus companheiros, sendo que as duas em
As únicas características em que a avaliação média é
que a diferença é maior são: o «respeito pela sua priva-
idêntica entre as mulheres e os homens são: a «fide-
cidade» e o «sentido de humor/capacidade para os/
lidade», a «forma como partilham o pagamento das
as fazer rir» (respectivamente, os homens avaliam as
despesas comuns e da casa» e a «capacidade para manter
companheiras 0,5 e 0,3 pontos abaixo da avaliação dos
uma conversa interessante».
companheiros feita pelas mulheres).
Principais diferenças
Mulheres As mulheres sentem-se mais satisfeitas
Diferenças
mulheres vs.
7 8 9 10 homens
/199
Síntese da avaliação que os jovens heterossexuais No extremo oposto, são três os aspectos em relação aos
com filhos fizeram do/a companheiro/a e da quais, em geral, os jovens heterossexuais que têm filhos
relação entre ambos se sentem menos satisfeitos. Entre estes, o que ocupa
a última posição no ranking e conta com uma percen-
Entre os jovens heterossexuais que têm filhos (15 % dos
tagem muitíssimo elevada de jovens pouco ou nada
2,2 milhões de jovens que este estudo representa), das 13
satisfeitos (30 %) é a «forma como partilham as tarefas
características avaliadas do/a companheiro/a e da relação
domésticas». A seguir, à semelhança do que acontece
entre ambos (as dez avaliadas para todos os jovens mais
para o conjunto dos jovens que têm companheiro/a ou
as três relativas à partilha das tarefas inerentes ao facto
que vivem juntos, também ocupam as últimas posições
de viverem juntos e terem filhos), só há duas em relação
do ranking de satisfação dos jovens o «tempo que parti-
às quais os jovens se sentem, em geral, muito satisfeitos: a
lham» e a «capacidade para os/as ouvir/escutar».
«fidelidade» e a «forma como partilham o pagamento das
despesas comuns e da casa».
RANKING DAS CARACTERÍSTICAS AVALIADAS DO/A COMPANHEIRO/A EM FUNÇÃO DO GRAU DE SATISFAÇÃO DOS JOVENS
Muito satisfeitos
Nada Totalmente
7 8 (9-10) satisfeitos satisfeitos
Fidelidade 9 5 10 76 8,9
Pouco satisfeitos
(0-6)
/201
Avaliação média que as mulheres e os homens Nas restantes nove características, as mulheres
heterossexuais com filhos fizeram do/a avaliaram pior os companheiros e pais dos seus filhos do
companheiro/a e da relação entre ambos que os homens avaliaram as companheiras e mães dos
seus filhos.
Entre os jovens heterossexuais que têm filhos (15 %
dos 2,2 milhões de jovens que este estudo repre- Entre estas, as duas que ocupam uma posição destacada
senta), há bastantes diferenças entre a avaliação que as são a «forma como partilham as tarefas domésticas»
mulheres fazem do pai dos seus filhos e a avaliação que e a «forma como partilham a educação e cuidado dos
os homens fazem da mãe dos seus filhos. filhos», em que as mulheres avaliaram os companheiros,
respectivamente, 1,1 e 0,9 pontos pior do que os
Em quatro das 13 características avaliadas, os homens
homens avaliaram as companheiras.
avaliaram pior as mães dos seus filhos do que as
mulheres avaliaram os pais dos seus, registando-se Outras duas características em que os homens avaliaram
a diferença maior no que diz respeito às «relações muito melhor as companheiras do que as mulheres
sexuais» (os homens avaliaram as companheiras e mães avaliaram os companheiros foram: a «capacidade para
dos seus filhos 0,4 pontos abaixo do que as mulheres os/as ouvir/escutar» e o «tempo que partilham».
avaliaram os companheiros e pais dos seus filhos).
Principais diferenças
Mulheres As mulheres sentem-se mais satisfeitas
Diferenças
mulheres vs.
7 8 9 10 homens
/203
Efeito da convivência na avaliação média que as
mulheres e os homens heterossexuais fizeram
do/a companheiro/a e da relação entre ambos
Respeito pela sua privacidade 8,8 9,1 -0,3 Sinceridade 8,8 8,9 -0,1
Carinho e atenção 8,2 8,8 -0,6 Respeito pela sua privacidade 8,3 8,8 -0,5
/205
Características do/a companheiro/a que mais Segundo a avaliação que os homens jovens que vivem
contribuem para a satisfação conjugal dos jovens com uma mulher (15 % dos 2,2 milhões de jovens que
esta investigação representa) fizeram da sua compa-
Segundo a avaliação que as mulheres jovens que vivem
nheira, as características com mais capacidade para
com um homem (18 % dos 2,2 milhões de jovens que
gerar homens jovens satisfeitos com a companheira com
esta investigação representa) fizeram do seu compa-
quem vivem são quatro. Duas delas são iguais às das
nheiro, as características com mais capacidade para gerar
mulheres:
mulheres jovens satisfeitas com o companheiro com
quem vivem são quatro: • Que ela co-participe na realização das tarefas
domésticas.
• Que ele co-participe na realização das tarefas
• Que ela seja carinhosa e atenciosa com ele.
domésticas.
• Que ele tenha capacidade para a escutar. E duas são distintas:
• Que ele seja carinhoso e atencioso com ela.
• Que lhe dedique o máximo de tempo possível. • Que ela tenha sentido de humor.
• Que ela tenha um bom aspecto físico.
RANKING DE CARACTERÍSTICAS DO COMPANHEIRO SEGUNDO A SUA CAPACIDADE DE TORNAR AS MULHERES MUITO SATISFEITAS COM A RELAÇÃO DE CASAL
Em quanto aumenta a percentagem de mulheres “muito satisfeitas” com o companheiro entre as que se sentem satisfeitas com ele nessa característica
RANKING DE CARACTERÍSTICAS DA COMPANHEIRA SEGUNDO A SUA CAPACIDADE DE TORNAR OS HOMENS MUITO SATISFEITOS COM A RELAÇÃO DE CASAL
Em quanto aumenta a percentagem de homens “muito satisfeitos” com a companheira entre os que se sentem satisfeitos com ela nessa característica
35% 34% 32% 31% 30% 30% 30% 29% 29% 29% 25% 20%
Homens que
vivem com
uma mulher Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa
avaliação avaliação avaliação avaliação avaliação na avaliação avaliação avaliação avaliação avaliação avaliação avaliação
15% na partilha no sentido no carinho e no aspecto capacidade na capaci- na partilha no respeito nas no tempo na na
das tarefas de humor atenção físico para manter dade para pagamento pela sua relações que sinceridade fidelidade
domésticas conversa o escutar das despesas privacidade sexuais partilham
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º
/207
Características do/a companheiro/a que mais
contribuem para a pouca satisfação conjugal dos
jovens
RANKING DE CARACTERÍSTICAS DO COMPANHEIRO SEGUNDO A SUA CAPACIDADE DE TORNAR AS MULHERES POUCO SATISFEITAS COM A RELAÇÃO DE CASAL
Em quanto aumenta a percentagem de mulheres “pouco satisfeitas” com o companheiro entre as que não se sentem satisfeitas com ele nessa característica (0 a 6)
144%
111% 111% 114% 120% 121% 124%
83% 92%
60% 73%
56%
Mulheres que
vivem com
um homem Má Má Má Má Má Má Má Má Má Má Má Má
avaliação avaliação avaliação na avaliação avaliação avaliação avaliação avaliação avaliação avaliação avaliação avaliação
18% na partilha no tempo capacidade no aspecto no carinho e nas na partilha no respeito na na no sentido na
das tarefas que para a físico atenção relações pagamento pela sua sinceridade capacidade de humor fidelidade
domésticas partilham escutar sexuais das despesas privacidade para manter
conversa
12.º 11.º 10.º 9.º 8.º 7.º 6.º 5.º 4.º 3.º 2.º 1.º
Característica
com muita
influência para
gerar mulheres
pouco satisfeitas
com o
companheiro
RANKING DE CARACTERÍSTICAS DA COMPANHEIRA SEGUNDO A SUA CAPACIDADE DE TORNAR OS HOMENS POUCO SATISFEITOS COM A RELAÇÃO DE CASAL
Em quanto aumenta a percentagem de homens “pouco satisfeitos” com a companheira entre os que não se sentem satisfeitos com ela nessa característica (0 a 6)
268%
186%
138%
110% 114% 116% 117% 119% 119% 121% 122%
101%
Homens que
vivem com
uma mulher
Má Má Má Má Má Má Má Má Má Má Má Má
15% avaliação avaliação avaliação avaliação avaliação avaliação avaliação avaliação na avaliação avaliação avaliação avaliação
na no respeito na partilha no carinho e no tempo no aspecto no sentido capacidade nas na partilha na na
capacidade pela sua das tarefas atenção que físico de humor para o relações pagamento sinceridade fidelidade
para manter privacidade domésticas partilham escutar sexuais das despesas
conversa
12.º 11.º 10.º 9.º 8.º 7.º 6.º 5.º 4.º 3.º 2.º 1.º
Características com muita influência
para gerar homens pouco satisfeitos
com a companheira
/209
Capítulo 6
Principais resultados sobre
os hábitos dos jovens
O QUE PENSAM
Pág. 262 a 317 Pág. 352 a 363
O QUE SENTEM
Pág. 366 a 409 Pág. 412 a 453
/211
Como distribuem as 24 horas nos dias úteis
e qualidade do sono
O mais habitual
DISTRIBUIÇÃO DAS 24 HORAS DO DIA NOS DIAS ÚTEIS / 2.ª A 6.ª-FEIRA QUALIDADE DO SONO
% de jovens
x Percentagem de horas por categoria
y [x:xx] [horas:minutos]
z N.º médio de horas
que dormem
[horas:minutos]
Tempo fora Tempo a
de casa dormir
[8:14] 34 31 [7:22] Dormem bem e não lhes
custa acordar de manhã 32 7:38
24
horas
35
Tempo em casa
acordados Dormem bem mas custa-lhes
muito acordar de manhã 42 7:30
[8:24]
/213
Como as mulheres e os homens distribuem
as 24 horas nos dias úteis
O mais habitual
MULHERES HOMENS
(50%=100%) (50%=100%)
35 35
Tempo em casa Tempo em casa
acordada acordado
[8:24] [8:24]
/215
Número de horas que dormem, qualidade
do sono e distribuição do tempo, por sexo e nível
de escolaridade
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
SEXO MAIS ALTO COMPLETO
Ensino
secundário
Ensino ou pós- Ensino
Principais diferenças Total jovens Mulheres Homens básico -secundário superior
(100%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (36%=100%) (40%=100%) (24%=100%)
/217
Regimes de alimentação específicos que seguem A segunda maior inter-relação entre regimes de alimen-
e relação com as intervenções no corpo por tação ocorre entre a alimentação «pescetariana» e a
razões estéticas «vegetariana»: dos jovens que seguem uma alimentação
«pescetariana», mais de um terço (37 %) também segue
Entre os 2,2 milhões de jovens que este estudo repre-
uma alimentação «vegetariana».
senta, os que seguem algum regime de alimentação
específico não chegam a uma quinta parte (17 %). Entre Os que já fizeram alguma intervenção no corpo por
eles, 13 % seguem um único regime de alimentação razões estéticas (tatuagens, piercings, dilatadores
específico e 4 % seguem dois ou mais regimes. ou cirurgia plástica) são pouco mais de um terço
(37 %). Entre eles, 3 % já tiraram, deixaram de usar ou
Os regimes de alimentação específicos mais habituais
desfizeram.
entre os jovens são: «sem lactose» e «vegetariana»
(seguidos por 8 % e 5 % dos jovens, respectivamente). Entre os jovens que até ao momento não fizeram
nenhuma intervenção no seu corpo por razões estéticas,
A maior inter-relação entre regimes de alimentação
a percentagem dos que declaram que nunca o farão
ocorre entre a alimentação «sem glúten» e a «sem
supera a dos que admitem fazê-lo no futuro (37 % face
lactose»: dos jovens que seguem uma alimentação «sem
a 26 %).
glúten», mais de metade (51 %) também segue uma
alimentação «sem lactose».
N.º médio de
regimes que 1,6 1,8 2,1 2,3
seguem
4 ou 5 vezes por
semana 13
Praticam desporto ou
actividades físicas 65
1 vez/semana ou mais
Praticam desporto ou 2 ou 3 vezes por
89 semana 32
alguma actividade física
/221
Relação com as bebidas alcoólicas
Já consumiram,
Já consumiram, mas agora não 17
18 Já consumiram,
mas agora não mas agora não 25 RELAÇÃO COM AS BEBIDAS ALCOÓLICAS
Nunca % de jovens
Nunca consumiram 31 Nunca
consumiram 26
consumiram 18
Consumidores frequentes de
2 ou mais tipos de bebidas 19 Consumidores
alcoólicas frequentes de
Base: Consomem cerveja Base: Consomem vinho Base: Consomem outras algum tipo de
(56%=100%) (52%=100%) bebidas (57%=100%) bebida alcoólica
Consumidores frequentes de 35%
Consumidores 1 tipo de bebida alcoólica 16
Consumidores frequentes de
Consumidores frequentes de outras bebidas 23 Consumidores de 3 ou mais tipos
frequentes de vinho 40 (1 vez por de bebidas alcoólicas mas 12
cerveja 50 (1 vez por semana ou mais) nenhum de forma frequente
(1 vez por semana ou mais)
semana ou mais) Ocasionais Consumidores de 1 ou 2 tipos
(1 a 3 vezes 37 de bebidas alcoólicas mas 24
por mês) nenhum de forma frequente
Ocasionais
Ocasionais (1 a 3 vezes 34
(1 a 3 vezes por mês)
31
por mês)
Esporádicos Não consumidores de
Esporádicos (Menos de 1 40 bebidas alcoólicas 29
Esporádicos
(Menos de 1 (Menos de 1 26 vez por mês)
19 vez por mês)
vez por mês)
/223
Relação com o consumo de tabaco, marijuana ou Quando a relação presente, passada e também a
haxixe e drogas duras intenção futura são tidas em consideração, vemos que,
dos 2,2 milhões de jovens que este estudo representa,
A grande maioria dos 2,2 milhões de jovens que este
os que alguma vez consumiram marijuana ou haxixe são
estudo representa não é fumadora de tabaco na actua-
quase um terço (32 %).
lidade (76 %). Declararam-se fumadores menos de um
quarto dos jovens (24 %). Praticamente todos os jovens que este estudo repre-
senta declararam que não consomem drogas duras
A percentagem de jovens que já fumaram e que
(97 %). Declararam-se consumidores apenas 3 % dos
deixaram de fumar é praticamente igual à dos actuais
jovens.
fumadores (23 %).
Entre os que não consomem drogas duras, o mais habi-
Entre os fumadores, identificaram-se três tipos: os
tual é não as consumirem porque acham que é errado
«fumadores severos» (fumam 16 cigarros por dia ou
(47 %), seguido, a curta distância, pelos que não as
mais) são 3 %; os «fumadores moderados» (fumam entre
consomem porque não lhes interessa (44 %).
6 e 15 cigarros por dia) são 11 % e os «fumadores leves»
(fumam até 5 cigarros por dia) são 10 %. Quando a relação presente, passada e também a
intenção futura são tidas em consideração, vemos que,
A grande maioria não consome marijuana nem haxixe
dos jovens que este estudo representa, os que alguma
(89 %). Declararam-se fumadores destas substâncias
vez consumiram drogas duras são 9 %.
11 % dos jovens.
RELAÇÃO ACTUAL COM O TABACO (1) RELAÇÃO COM MARIJUANA OU HAXIXE RELAÇÃO COM AS DROGAS DURAS *
% de jovens % de jovens % de jovens
FREQUÊNCIA COM QUE COSTUMAM TOMAR FREQUÊNCIA COM QUE COSTUMAM TOMAR
MEDICAMENTOS PARA DISTÚRBIOS DO SONO MEDICAMENTOS PARA A ANSIEDADE OU DEPRESSÃO SÍNTESE DA RELAÇÃO COM OS DOIS TIPOS DE MEDICAMENTOS
% de jovens % de jovens % de jovens
Nunca tomaram
Nunca tomaram medicamentos para a 74
medicamentos para 70 ansiedade ou depressão Nunca tomaram nenhum
distúrbios do sono destes dois tipos de 61
medicamentos
/227
Inter-relação entre os tipos de drogas
e medicamentos que consomem
Tomam
Bebem outras medicam.
Bebem Bebem bebidas Tomam distúrbios
cerveja 1 vinho alcoólicas Fumam Consomem medicam. do sono
vez/sem. 1 vez/sem. 1vez/sem. Fumam marijuana drogas ansiedade/ 1vez/sem.
ou mais ou mais ou mais tabaco ou haxixe duras depressão ou mais Total
(28%=100%) (21%=100%) (13%=100%) (24%=100%) (11%=100%) (3%=100%) (8%=100%) (6%=100%) (100%=100%)
Bebem cerveja 1 vez/semana
ou mais 100 75 73 47
47 51 56
56 26 34 28
/229
Alimentação, intervenções no corpo por razões
estéticas e actividade física, por sexo e nível
de escolaridade
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
SEXO MAIS ALTO COMPLETO
Ensino
secundário
Ensino ou pós- Ensino
Principais diferenças Total jovens Mulheres Homens básico -secundário superior
(100%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (36%=100%) (40%=100%) (24%=100%)
Já fizeram intervenções no corpo e ainda têm 34% 45% 22% 30% 39% 31%
INTERVENÇÕES NO CORPO Fizeram mas tiraram / deixaram de usar 3% 3% 3% 3% 3% 3%
POR RAZÕES ESTÉTICAS
(tatuagens, piercings, Ainda não fizeram mas admitem fazer no futuro 26% 25% 27% 26% 26% 26%
dilatadores ou cirurgia Não fizeram e nunca farão 37% 27% 48% 41% 32% 40%
plástica)
Praticam actividade física 1 vez/semana ou mais 65% 59% 72% 71% 60% 67%
Praticam de 1 a 3 vezes/mês 13% 13% 13% 12% 14% 13%
RELAÇÃO COM A
ACTIVIDADE FÍSICA Praticam menos de 1 vez/mês 11% 13% 9% 8% 14% 11%
Nunca praticam actividade física 11% 15% 6% 9% 12% 9%
/231
Relação com as drogas e medicamentos, por sexo No que respeita a estas questões, o nível de escolaridade
e nível de escolaridade também implica algumas diferenças:
No que respeita ao consumo de drogas e medicamentos, • Quanto mais elevado o nível de escolaridade, maior o
o sexo dos jovens faz muita diferença: consumo de bebidas alcoólicas: entre os que comple-
taram apenas o ensino básico, 27 % consomem
• Os homens jovens são mais consumidores de «bebidas
frequentemente algum tipo de bebidas alcoólicas,
alcoólicas» do que as mulheres jovens (45 % dos
ao passo que entre os que completaram o ensino supe-
homens consomem frequentemente pelo menos um
rior a percentagem é de 42 %.
dos três tipos de bebidas alcoólicas face a 26 % das
• O consumo de cigarros também tem relação com
mulheres).
o nível de escolaridade: quanto mais elevado é este
• Entre os homens, há mais fumadores de cigarros
último, menor a quantidade de «fumadores severos» e
tanto severos como moderados (16 % face a 12 % das
maior a de «não-fumadores».
mulheres).
• O consumo de medicamentos para distúrbios de sono
• No que respeita às drogas ilícitas, também há mais
também tem relação com o nível de escolaridade: entre
consumidores entre os homens do que entre as
os que completaram o básico, 73 % nunca tomaram este
mulheres, tanto relativamente a marijuana ou haxixe
tipo de medicamentos face aos 66 % dos jovens que
(8 % das mulheres face a 14 % dos homens), como rela-
completaram o ensino superior. A relação com os medi-
tivamente a drogas duras (2 % das mulheres face a 5 %
camentos para a ansiedade ou depressão é mais subtil.
dos homens).
• No que toca ao consumo de medicamentos, a situação
inverte-se: as mulheres jovens consomem-nos mais
do que os homens jovens. 36 % das mulheres jovens
já tomaram alguma vez «medicamentos para distúr-
bios do sono» face a 24 % dos homens jovens. 34 %
das mulheres jovens já tomaram alguma vez «medica-
mentos para a ansiedade ou depressão» face a 19 %
dos homens jovens.
Consumidores frequentes de 2 ou mais tipos 19% 12% 26% 14% 22% 24%
Consumidores frequentes de 1 tipo 16% 14% 19% 13% 18% 18%
Consumidores de 3 ou mais tipos mas nenhum
RELAÇÃO COM de forma frequente 12% 11% 12% 9% 12% 16%
AS BEBIDAS Consumidores de 1 ou 2 tipos mas nenhum de
ALCOÓLICAS forma frequente 24% 29% 20% 24% 25% 22%
Não consumidores de bebidas alcoólicas 29% 34% 23% 40% 23% 20%
Consumidores 3% 2% 5% 3% 3% 2%
Já consumiram mas não o fazem há muito tempo 2% 1% 2% 1% 2% 2%
RELAÇÃO COM Experimentaram mas nunca regularmente 4% 3% 4% 3% 5% 4%
AS DROGAS Nunca consumiram porque não lhes interessa 44% 48% 40% 39% 46% 49%
DURAS
Nunca consumiram porque acham que é errado 47% 46% 49% 54% 44% 43%
/233
Autonomia dos jovens na utilização da Internet
e frequência com que a utilizam
O mais habitual
4,1 a 5 horas/dia 11
Utilizam internet de 26
3,1 a 5 horas/dia
De 18 a 34 anos 93 Têm liberdade total 92 3,1 a 4 horas/dia 15
2,1 a 3 horas/dia 17
Utilizam internet de
1,1 a 3 horas/dia 33
1,1 a 2 horas/dia 16
(1) A utilização da internet inclui todos os aparelhos (computadores, tablets ou smartphones), todas as finalidades (trabalhar, estudar ou procurar informação)
e a partir de qualquer lugar (casa, trabalho ou qualquer outro local).
/235
Relação com as redes sociais
O mais habitual
Base: Utilizam as redes sociais Base: Não utilizam as redes sociais
(97%=100%) (3%=100%)
21 % dos jovens declararam que costumam apostar Pode ainda concluir-se que quase um quarto dos jovens
online. Isto significa que a grande maioria dos jovens objecto deste estudo (23 %) já tiveram alguma relação
não costuma apostar online (79 %). Entre os jovens que com alguma app de relacionamentos.
costumam apostar online, o mais habitual é só apostarem
de forma pontual (ocorre em 11 % dos casos).
O mais habitual
/239
Hábitos digitais, por sexo e nível de escolaridade Além disso, o nível de escolaridade também tem estreita
relação com os hábitos digitais dos jovens:
No que respeita aos hábitos digitais, há grandes dife-
renças segundo o sexo dos jovens: • Quanto mais elevado o nível de escolaridade, mais
horas diárias de utilização da Internet.
• As mulheres jovens têm mais relação do que os
• Quanto mais elevado o nível de escolaridade, menos
homens jovens tanto com a Internet como com as
horas diárias de utilização das redes sociais.
redes sociais. Em consequência, também estão ligadas
• O número de pessoas a quem os jovens estão ligados
a mais pessoas nas redes sociais (49 % das mulheres
nas redes sociais também tem relação com o nível de
estão ligadas a mais de 500 pessoas nas redes sociais
escolaridade: quanto mais elevado este último, menor
face a 38 % dos homens).
o número de jovens com nenhum contacto ou com até
• Entre os homens, a relação com os jogos de compu-
cem contactos.
tador, consola ou telemóvel é muito mais estreita do
• Contudo, nem o hábito de fazer apostas online nem a
que entre as mulheres. Por um lado, há mais do triplo
utilização do Tinder ou outras app. de relacionamentos
de mulheres jovens que não jogam (24 % face a 7 %
tem relação com o nível de escolaridade dos jovens.
entre os homens jovens). Por outro, entre os joga-
dores, a frequência e utilização também dispara entre
os homens (26 % dos homens jogam mais de três horas
por dia face a 11 % das mulheres).
• No que respeita às apostas online, também há mais
homens que apostam todos os dias ou com alguma
frequência (15 % face a 5 % das mulheres) e que apostam
só de forma pontual (16 % face a 7 % das mulheres).
• Também há mais homens que utilizam o Tinder ou
outras app. de relacionamentos todos os dias ou com
alguma frequência (9 % face a 3 % das mulheres) e que
as utilizam só de forma pontual (8 % face a 3 % das
mulheres).
Utilizam internet mais de 5 horas/dia 26% 28% 24% 23% 24% 33%
Utilizam internet de 3,1 a 5 horas/dia 26% 27% 24% 26% 26% 25%
RELAÇÃO COM A Utilizam internet de 1,1 a 3 horas/dia 33% 31% 36% 32% 35% 32%
INTERNET
Utilizam internet até 1 hora/dia 15% 14% 16% 19% 15% 10%
Utilizam redes sociais mais de 3 horas/dia 29% 33% 24% 34% 29% 21%
Utilizam redes sociais de 1,1 a 3 horas/dia 41% 42% 40% 37% 41% 47%
RELAÇÃO COM AS
Utilizam redes sociais até 1 hora/dia 27% 24% 32% 27% 27% 29%
REDES SOCIAIS
Não utilizam redes sociais 3% 1% 4% 2% 3% 3%
RELAÇÃO COM OS
Jogam de 1,1 a 3 horas/dia 29% 21% 37% 30% 31% 25%
JOGOS DE COMPU- Jogam até 1 hora/dia 31% 35% 25% 28% 30% 35%
TADOR / CONSOLA / Jogam mas não diariamente 6% 9% 5% 6% 7% 7%
TELEMÓVEL
Não jogam no computador / consola / telemóvel 15% 24% 7% 12% 13% 23%
/241
Que métodos de protecção ou contracepção
costumam usar nas relações sexuais
FREQUÊNCIA COM QUE COSTUMAM MÉTODOS DE PROTECÇÃO OU CONTRACEPÇÃO QUE RELAÇÃO COM OS MÉTODOS DE
TER RELAÇÕES SEXUAIS COSTUMAM USAR Mais do que 1 vez PROTECÇÃO OU CONTRACEPÇÃO
44
% de jovens % de jovens % de jovens
Preservativo masculino 46
Mais de 2
vezes / semana 23 Uma vez 12 Usam métodos de
Pílula 43 protecção e nunca
têm relações sem 35
Métodos naturais protecção
Costu- (coito interrompido, 5
mam ter Ogino-Knaus...) Nunca 44
relações 1 ou 2
25
sexuais vezes / semana Implante 3 Costumam usar
algum método
81
Dispositivo intrauterino
(DIU) 3 Usam métodos de
Menos de 1 protecção mas
vez / semana 18 Base: Não costumam usar nenhum método
ocasionalmente têm 45
Anel vaginal 2 (19%=100%)
relações sem protecção
PRINCIPAL MOTIVO POR QUE NÃO USAM
Preservativo feminino ou
Não costumam ter interno 2 QUALQUER MÉTODO DE PROTECÇÃO (1)
relações sexuais 20 % de jovens Não usam protecção
Espermicida 1 porque desejam ter 6
Não estão preocupados um filho
Não costumam com a gravidez 33
Não sabem / usar nenhum 19 Não usam protecção 14
Não respondem 14 Adesivo transdérmico 1 método por outros motivos (2)
Porque desejam ter um filho 31
Contracepção cirúrgica 1 Confiam no/a companheiro/a 14
Não estão preocupados com
Barreira de látex bucal 1 o VIH ou doenças sexualmente 10
transmissíveis
A pessoa com que têm 4
Nenhum método 19 relações já os usa
Têm uma relação
homossexual 3
Outros motivos 5
(1) O entrevistado podia indicar um único motivo entre os sugeridos. Os motivos “Confiam no/a companheiro/a” e “Têm uma relação homossexual” foram referidos de forma espontânea.
(2) Incluí: Não estão preocupados com a gravidez, confiam no/a companheiro/a, não estão preocupados com o VIH ou outras doenças, a pessoa com que têm relações já os usa, têm uma
relação homossexual e outros motivos.
/243
Que métodos de protecção ou contracepção
costumam usar nas relações sexuais os jovens que
têm companheiro/a e os que não têm
Têm companheiro/a
RELAÇÃO COM OS Usam métodos de protecção e nunca têm relações sem 35% 43% 33% 37% 31%
MÉTODOS DE Usam métodos de protecção mas ocasionalmente têm relações sem 45% 49% 44% 47% 42%
PROTECÇÃO OU Não usam métodos de protecção porque desejam ter um filho 6% 1% 8% 1% 11%
CONTRACEPÇÃO
Não usam métodos de protecção por outros motivos (1) 14% 7% 15% 15% 16%
(1) Incluí: Não estão preocupados com a gravidez, confiam no/a companheiro/a, não estão preocupados com o VIH ou outras doenças, a pessoa com que têm relações já os usa, têm uma
relação homossexual e outros motivos.
/245
Hábitos em relação à masturbação, ao sexting e Entre os jovens que declararam que não costumam ver A prostituição é muito residual entre os jovens. Apenas
ao consumo de pornografia e prostituição pornografia, há dois motivos referidos em percentagens 4 % declararam que costumam recorrer à prostituição.
similares: «já o fizeram em algumas ocasiões, mas não
Entre os 2,2 milhões de jovens que este estudo repre- Entre os 88 % de jovens que declararam que nunca
regularmente» (26 %) e «nunca viram porque não lhes
senta, os que declararam que costumam masturbar-se recorreram à prostituição, a principal razão foi a falta de
interessa» (14 %).
são mais de metade (55 %). O resto divide-se entre os interesse (61 %).
que declararam que não se masturbam (26 %) e os que Mais de dois terços dos jovens objecto deste estudo
não sabem ou não querem responder (19 %). (68 %) já viram pornografia pelo menos uma vez. Apenas 7 % dos jovens objecto deste estudo já recor-
reram à prostituição pelo menos uma vez na vida.
Entre os jovens que costumam masturbar-se, o mais Pouco mais de um quinto declararam que fazem sexting
habitual é masturbarem-se uma vez por semana ou mais (21 %). Entre os jovens que declararam que fazem
(ocorre em 38 % dos casos). No extremo oposto, os que sexting, o mais habitual é que apenas o façam de forma
se masturbam menos de uma vez por mês são 5 %. pontual (11 % dos casos). No extremo oposto, os que
fazem sexting todos ou quase todos os dias são 3 %.
Entre os jovens que não costumam masturbar-se,
o motivo mais referido para não o fazerem é que actual- Entre os jovens que não costumam fazer sexting,
mente «não se masturbam, mas já o fizeram» (15 %). o motivo mais referido para não o fazerem foi a falta de
interesse (69 % deles).
A maioria dos jovens objecto deste estudo (70 %) já se
masturbaram em algum momento da sua vida. Quase metade dos jovens objecto deste estudo (47 %) já
fizeram sexting pelo menos uma vez.
Mais de dois quintos declararam que costumam ver
pornografia (42 %). Entre os jovens que costumam ver
pornografia, o mais habitual é que o façam uma vez por
semana ou mais (27 % dos casos). No extremo oposto,
os que declararam que vêem pornografia menos de uma
vez por mês são 4 %.
/247
Inter-relação entre as práticas sexuais, o consumo
de pornografia e de prostituição
RELAÇÃO DA MASTURBAÇÃO COM AS OUTRAS PRÁTICAS RELAÇÃO DO CONSUMO DE PORNOGRAFIA COM AS OUTRAS PRÁTICAS
% de jovens % de jovens
Base: Masturbam-se 1 vez/ semana ou mais Base: Vêem pornografia 1 vez/semana ou mais
(38%=100%) (27%=100%)
RELAÇÃO DO SEXTING COM AS OUTRAS PRÁTICAS RELAÇÃO DO CONSUMO DE PROSTITUIÇÃO COM AS OUTRAS PRÁTICAS
% de jovens % de jovens
Não recorrem à 91
Recorrem à prostituição 9 prostituição Fazem sexting 48
Não fazem sexting 68
Não sabem/
Não respondem 11 Não sabem/
5
Não respondem
/249
Práticas sexuais e consumo de pornografia e em termos de consumo actual (1 % entre elas face a 7 %
prostituição, por sexo e nível de escolaridade entre eles) como em termos de terem tido alguma expe-
riência no passado (1 % entre elas face a 5 % entre eles).
No que respeita às práticas sexuais e ao consumo
de pornografia e prostituição, há grandes diferenças O nível de escolaridade também tem estreita relação
consoante o sexo dos jovens: com a maioria destas questões:
• Há mais mulheres do que homens que «nunca têm rela- • Quanto mais elevado o nível de escolaridade, maior a
ções sexuais sem algum método de protecção ou de percentagem dos que têm relações e dos que nunca
contracepção» (40 % face a 31 %). as têm sem usar algum método de protecção ou
• Entre os homens, a relação com a masturbação é muito contracepção.
mais estreita do que entre as mulheres. Por um lado, • Os que nunca fizeram sexting diminuem com a subida
há mais do triplo de mulheres que nunca se mastur- do nível de escolaridade.
baram (19 % face a 5 % entre os homens). Por outro, • A um nível de escolaridade mais elevado corresponde
entre os que se masturbam, a frequência também é maior percentagem de jovens que declararam que
muito maior entre os homens (54 % masturbam-se uma nunca recorreram à prostituição: 86 % entre os que
vez por semana ou mais face a 22 % das mulheres). completaram apenas o ensino básico face a 91 % entre
• No que respeita à relação com o sexting, também há os que finalizaram o ensino superior.
mais utilizadores entre os homens (24 % face a 17 % • Contudo, nem a masturbação nem o consumo de
das mulheres). pornografia têm relação significativa com o nível de
• Entre os homens, a relação com o consumo de porno- escolaridade dos jovens.
grafia é muito mais estreita do que entre as mulheres.
Por um lado, há acima de cinco vezes mais mulheres
que nunca viram pornografia (31 % face a 6 % dos
homens). Por outro, entre os que costumam ver porno-
grafia, a frequência também é muito maior entre os
homens (44 % vêem uma vez por semana ou mais face
a 9 % das mulheres).
• A relação dos homens jovens com a prostituição
também é mais estreita do que a das mulheres, tanto
RELAÇÃO COM OS Usam protecção e nunca têm relações sem 35% 40% 31% 30% 34% 43%
MÉTODOS DE Usam protecção mas ocasionalmente têm relações sem 45% 41% 49% 46% 47% 40%
PROTECÇÃO
(Base: Costumam ter Não usam protecção porque desejam ter um filho 6% 7% 5% 6% 7% 6%
relações sexuais) Não usam protecção por outros motivos (1) 14% 12% 15% 18% 12% 11%
O mais habitual
COM QUEM TIPO DE ACTIVIDADES QUE FAZEM SÍNTESE DE COM QUEM E EM QUE OCUPAM O TEMPO LIVRE
Companheiro/a Sozinho/a
Actividades
25 “digitais”/TV Companheiro/a 25
41 55 (com o
Ler, passear,
cinema, etc. 26 33%=100% smartphone,
computador,
tablet, consola,
etc. )
Com os pais / outros familiares 24
Companheiro/a
15
Com
19 19 Sozinho: actividades “digitais”/TV
amigos Sozinho/a 19
25
Com os pais / 33 Fazer
desporto Com amigos: passear, tomar um
outros familiares café, jantar, ver filmes ou séries, jogos 10
de mesa, jogos de computador, etc.
Base: Não têm companheiro/a (39%=100%) 24 Sozinho: ler, passear, cinema, etc. 8
18
Sozinho/a Com os pais/ Com
outros amigos Passear, tomar Sozinho: fazer desporto 6
familiares um café, jantar,
45 ver filmes ou
58
séries, jogos de 18%=100% 24 Sair à noite Com amigos: sair à noite
Com os pais / mesa, jogos de 5
outros 31 computador,
familiares etc.
18 Com amigos: fazer desporto 3
24
Fazer
desporto
Com amigos
/253
Sete tipos de jovens, segundo com quem e em Os dois tipos mais habituais entre os 2,2 milhões de
que ocupam o tempo livre: quantos são e o que os jovens que este estudo representa são os «companhei-
caracteriza ro/a heavy» (que receberam este nome porque destinam
a maior parte do seu tempo livre, 62 %, ao/à companhei-
Para obter uma macrotipologia que permita representar
ro/a) e os «companheiro/a light» (que receberam este
bem os diferentes tipos de jovens que existem consoante
nome porque destinam 33 % do seu tempo livre ao/à
o que fazem durante o seu tempo livre, considerou-se de
companheiro/a).
forma conjunta a proporção do tempo livre que o jovem
destina às oito combinações disponíveis no estudo em Os dois tipos de jovens menos habituais são os
relação a com quem e em que tipo de actividades ocupam «desporto» (que receberam este nome porque destinam
o seu tempo livre. 31 % do seu tempo livre ao desporto, muito acima da
média de 9 % que o desporto ocupa no tempo livre do
A metodologia empregue foi a análise cluster não-hie-
conjunto total dos jovens) e os «sozinho» (que receberam
rárquica com centros de gravidade livres e método
este nome porque estão sozinhos a maior parte do seu
K-Means. Pretendeu-se com isso que os jovens perten-
tempo livre, 60 %).
centes a um determinado tipo fossem o mais possível
semelhantes entre si e, no entanto, o mais possível dife-
rentes dos jovens que pertencem aos outros tipos no
que diz respeito única e exclusivamente ao que fazem
no tempo livre.
Com os pais /
Companheiro/a 62 Companheiro/a 33 outros familiares 55
Com os pais / Com os pais / Sozinho: actividades
outros familiares 14 outros familiares 21 “digitais”/TV 13
Com amigos: Com amigos:
passear, café, jantar, Sozinho: actividades passear, café, jantar,
7 “digitais”/TV 14 8
O mais habitual ver filmes, jogos, etc. ver filmes, jogos, etc.
Com amigos:
Sozinho: actividades passear, café, jantar, Sozinho: ler, passear,
“digitais”/TV 7 10 cinema, etc. 6
TIPOLOGIA DE JOVENS SEGUNDO ver filmes, jogos, etc.
COM QUEM E EM QUE OCUPAM Sozinho: ler, passear, Sozinho: ler, passear,
cinema, etc. 4 cinema, etc. 7 Companheiro/a 5
O TEMPO LIVRE (1)
Com amigos: sair Sozinho: fazer Sozinho: fazer
% de jovens à noite 2 desporto 6 desporto 5
Sozinho: fazer Com amigos: sair Com amigos: sair
Tipo desporto 2 à noite 5 à noite 4
“Companheiro/a 24
heavy” Com amigos: fazer 2 Com amigos: fazer Com amigos: fazer
desporto desporto 4 desporto 4
Tipo
“Companheiro/a 23
light” TIPO “ACTIVIDADES DIGITAIS / TV” TIPO “AMIGOS” TIPO “DESPORTO” TIPO “SOZINHO”
(1) Tipologia obtida através da análise cluster não hierárquica com centros de gravidade livres. Método: K-Means.
/255
Hábitos em relação às saídas à noite
IDADE COM QUE COMEÇARAM A PERCENTAGEM DO TEMPO LIVRE QUE TIPOLOGIA DE JOVENS SEGUNDO A FREQUÊNCIA COM
SAIR À NOITE PASSAM À NOITE COM AMIGOS QUE FICAM EMBRIAGADOS
% de jovens % de jovens % de jovens
/257
Tempo livre, por sexo e nível de escolaridade homens passam mais de 5 % do tempo livre com
amigos/as à noite face a 30 % das mulheres.
No que respeita aos hábitos e às preferências no tempo
• Há mais homens do que mulheres a ficarem embria-
livre, há grandes diferenças consoante o sexo dos jovens:
gados pelo menos uma vez por mês (25 % face a 17 %).
• Há mais mulheres do que homens a pertencer aos dois
O nível de escolaridade tem igualmente estreita relação
tipos que ocupam uma grande parte do seu tempo
com a maioria destas questões:
livre com o/a companheiro/a («companheiro heavy» e
«companheiro light»). Já os homens jovens pertencem • Quanto mais elevado o nível de escolaridade, maior a
mais aos tipos de «actividades digitais / TV», «amigos» quantidade de jovens que ocupam uma grande parte do
e «desporto». Os tipos «família» e «sozinho» são os seu tempo livre com o/a companheiro/a (tipos «compa-
únicos com representação similar entre elas e eles. nheiro heavy» e «companheiro light»). Os tipos que
• No que respeita às actividades de eleição para passar diminuem com o aumento do nível de escolaridade são:
o tempo livre, duas são preferidas pelos homens mais «amigos», «família» e «actividades digitais / TV». Os tipos
do que pelas mulheres: «jogar jogos na consola ou no que se mantêm bastante estáveis com a escolaridade são:
computador» (43 % entre os homens face a 10 % entre «sozinho» e «desporto».
as mulheres) e «praticar actividade física ou desportos • Com as únicas excepções de «sair à noite», «tratar do
de equipa» (26 % entre os homens face a 13 % entre animal de estimação» e «praticar actividades artís-
as mulheres). As principais actividades que interessam ticas», o resto das actividades que os jovens preferem
mais às mulheres do que aos homens são: «passear / ir para passar o seu tempo livre têm estreita relação com
à praia» (44 % entre as mulheres face a 24 % entre os o nível de escolaridade.
homens) e «tomar café, cerveja ou almoçar com amigos» • Quanto mais elevado o nível de escolaridade, menor a
(44 % entre as mulheres face a 34 % entre os homens). quantidade de jovens que declararam ter começado a
• Entre os homens jovens, há uma maior percen- sair à noite com 15 anos ou menos.
tagem que começou a sair à noite antes dos 16 anos, • A frequência com que os jovens ficam embriagados
enquanto entre as mulheres aumenta a percentagem não tem nenhuma relação com o nível de escolaridade
das que começaram a sair aos 18 anos. dos jovens.
• Os homens jovens passam mais tempo livre à noite
com amigos/as do que as mulheres jovens: 38 % dos
TIPOLOGIA DE JOVENS
Tipo “Família” 15% 16% 14% 19% 14% 11%
SEGUNDO COM QUEM E EM Tipo “Actividades digitais / TV” 13% 12% 15% 16% 14% 9%
QUE OCUPAM O TEMPO LIVRE Tipo “Amigos” 13% 11% 14% 18% 11% 8%
Tipo “Desporto” 6% 4% 8% 8% 6% 5%
Tipo “Sozinho” 6% 7% 5% 5% 5% 7%
Ver filmes ou séries (TV, internet ou cinema) 43% 47% 39% 39% 42% 51%
Tomar café, cerveja ou almoçar com amigos 39% 44% 34% 29% 43% 48%
Passear / Ir à praia 34% 44% 24% 29% 34% 40%
Jogar jogos na consola ou no computador 27% 10% 43% 32% 27% 18%
Praticar actividade física ou desportos de equipa 19% 13% 26% 18% 19% 22%
ACTIVIDADES QUE PREFEREM
PARA PASSAR O TEMPO Ouvir rádio/música 19% 21% 17% 24% 17% 13%
LIVRE (1) Utilizar as redes sociais 17% 19% 15% 21% 16% 12%
Sair à noite 14% 13% 15% 13% 17% 10%
Ler livros, revistas ou jornais (online ou em papel) 14% 17% 10% 10% 12% 20%
Tratar do animal de estimação 13% 16% 10% 13% 14% 13%
Praticar actividades artísticas 10% 12% 7% 11% 9% 8%
18 a 34 anos 24% 25% 22% 15% 27% 29%
IDADE COM QUE 16 ou 17 anos 37% 37% 37% 32% 40% 41%
COMEÇARAM A SAIR
À NOITE 15 anos ou menos 34% 32% 36% 43% 30% 28%
Ainda nunca saíram à noite 5% 6% 5% 10% 3% 2%
Mais de 5% do tempo livre 34% 30% 38% 37% 35% 28%
PERCENTAGEM DO TEMPO
LIVRE QUE PASSAM À NOITE De 0,1% a 5% do tempo livre 38% 40% 37% 33% 38% 45%
COM AMIGOS Não costumam sair à noite com amigos 28% 30% 25% 30% 27% 27%
(Base: Já saíram à noite)
% média do tempo livre à noite com amigos 5,3% 4,5% 6,1% 5,9% 5,5% 4,2%
(1) Foram detalhadas as actividades referidas por pelo menos 10% do total dos jovens.
/259
Capítulo 7
Principais resultados sobre
o que pensam os jovens
O QUE PENSAM
Pág. 262 a 317 Pág. 352 a 363
O QUE SENTEM
Pág. 366 a 409 Pág. 412 a 453
/261
Atitude perante a mobilidade em Portugal
e para o estrangeiro
De certeza De certeza
que não 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 que sim
25
7-8 26 27
28 27
7-8 30
22
5-6 21 20
5-6 20 21
20
2-4 14 14
2-4 12 12 14
12
7 De certeza que não iriam 9 11 7
0-1 6 4 viver para o estrangeiro
0-1
Disponibilidade Disponibilidade
média 6,9 6,8 7,0 média 6,4 6,2 6,6
/263
Grau de concordância com três afirmações acerca Em duas das três afirmações acerca do mercado de
do mercado de trabalho e da importância de trabalho consideradas, há poucas diferenças entre
descontar para a segurança social, de modo a ter mulheres e homens. Contudo, no que respeita à afir-
acesso à reforma mação «se não precisasse de dinheiro para viver, nunca
trabalharia», os homens jovens concordam mais do que
Quase todos os jovens concordam com a afirmação
as mulheres jovens: entre eles, o valor médio situa-se
«Para quem está agora a entrar no mercado de trabalho,
perto de «concordo um pouco», enquanto entre elas o
há cada vez menos oportunidades de arranjar emprego».
valor médio se situa próximo de «discordo um pouco».
Tomando em consideração o grau de concordância com
Pode assim concluir-se que as mulheres jovens valorizam
esta afirmação e calculando o valor médio na escala de
mais do que os homens jovens as vantagens não-remu-
1 a 6 pontos utilizada (em que 1 equivalia a «discordo
neratórias do trabalho pago.
totalmente» e 6 equivalia a «concordo totalmente»),
o resultado médio é de 4,5, isto é, situa-se entre No que respeita ao grau de importância de «descontar
«concordo um pouco» e «concordo muito». para a segurança social de modo a ter acesso à reforma»,
as mulheres atribuem-lhe quase um ponto mais de
Nas outras duas afirmações consideradas, o nível de
importância do que os homens (7,7 face a 7,0 na escala
consenso entre os jovens já não é tão evidente. Ambos
de 0 a 10 utilizada, em que 0 equivalia a «nada impor-
os valores médios se situam entre o valor 3 («discordo
tante» e 10 equivalia a «muito importante»).
um pouco») e o valor 4 («concordo um pouco»).
Escala utilizada
Discordo Discordo Discordo Concordo Concordo Concordo
totalmente muito um pouco um pouco muito totalmente
1 2 3 4 5 6
PERCENTAGEM DE JOVENS POR GRAU DE CONCORDÂNCIA COM CADA AFIRMAÇÃO VALORES MÉDIOS POR SEXO
Mulheres As mulheres concordam mais
Homens Os homens concordam mais Diferenças
Concordo Valores mulheres vs.
Concordo Concordo
médios 2 3 4 5 6 homens
um pouco muito totalmente
Escala utilizada
Nada Muito
importante 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 importante
PERCENTAGEM DE JOVENS POR GRAU EM QUE ACHAM QUE É IMPORTANTE GRAU DE IMPORTÂNCIA MÉDIO POR SEXO
Mulheres As mulheres acham que é mais importante
Grau de Homens Os homens acham que é mais importante Diferenças
importância mulheres vs.
Muito 4 5 6 7 8 homens
importante médio
2-4 5-6 7-8 (9-10)
/265
O que os jovens valorizam no «emprego ideal»
Ter uma boa relação com colegas Ter um trabalho útil à sociedade e
e superiores 4 9 13 26 127 8%
em que possa ajudar os outros
Ter um trabalho útil à sociedade e Ter uma boa relação com colegas
em que possa ajudar os outros 9 7 8 24 158 7%
e superiores
EMPREGO
IDEAL
Principais diferenças
JOVENS SEM EXPERIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO (28%=100%) JOVENS COM EXPERIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO (72%=100%)
/269
Atitude em relação a mobilidade e ao trabalho, Independentemente do nível de escolaridade dos
por nível de escolaridade jovens, os dois aspectos mais relevantes no que diz
respeito ao «emprego ideal» são os mesmos: «ter um
Entre os jovens que completaram o ensino superior,
bom salário» e «poder conciliar bem o trabalho e a
há maior disponibilidade de mobilidade em Portugal
vida pessoal». Os únicos aspectos cuja relevância varia
do que entre os que completaram até ao ensino básico,
em função do nível de escolaridade são: «poder conci-
enquanto relativamente à disponibilidade de mobilidade
liar bem o trabalho e a vida pessoal», cuja relevância
para o estrangeiro se verifica a situação inversa.
aumenta à medida que aumenta o nível de escolari-
Os jovens que completaram até ao ensino básico têm dade, possivelmente devido à idade dos jovens; «ter
uma atitude perante o mercado de trabalho muito mais uma boa relação com colegas e superiores» e «ter
negativa do que os que completaram o ensino supe- um trabalho com responsabilidade», cuja relevância
rior: têm piores expectativas em relação à entrada no diminui com o aumento do nível de escolaridade.
mercado de trabalho, são os menos dispostos a aceitar
um trabalho mal pago e os que mais concordam com «se
não precisasse de dinheiro para viver, nunca trabalharia».
Disponibilidade muito alta de mobilidade em Portugal (9-10) 34% 35% 34% 31%
60% 62% 65%
7-8 28% 25% 28% 34%
DISPONIBILIDADE DE
MOBILIDADE EM 5-6 20% 20% 20% 20%
PORTUGAL 0-4 18% 20% 18% 15%
Disponibilidade média 6,9 6,9 6,9 7,0
De certeza que sim, iriam viver para o estrangeiro (9-10) 30% 33% 29% 26%
DISPONIBILIDADE DE 7-8 26% 25% 25% 27%
MOBILIDADE PARA O
5-6 21% 21% 22% 22%
ESTRANGEIRO
0-4 23% 21% 24% 25%
Disponibilidade média 6,4 6,7 6,4 6,3
/271
Grau de concordância com quatro afirmações
acerca da maternidade/paternidade
Escala utilizada
Discordo Discordo Discordo Concordo Concordo Concordo
totalmente muito um pouco um pouco muito totalmente
1 2 3 4 5 6
PERCENTAGEM DE JOVENS POR GRAU DE CONCORDÂNCIA COM CADA AFIRMAÇÃO VALORES MÉDIOS POR SEXO
Mulheres As mulheres concordam mais
Homens Os homens concordam mais
Diferenças
Valores mulheres vs.
Concordo Concordo Concordo médios 2 3 4 5 6 homens
um pouco muito totalmente
/273
Quantos filhos têm e quantos gostariam de ter
O mais habitual
N.º médio de
filhos que têm 1,4
/275
Motivos pelos quais os jovens não pensam em ter
mais filhos ou não os querem ter
Base: Não pensam em ter mais filhos (7%=100%) Base: Não querem ter filhos (7%=100%)
O mais habitual
(1) Aos jovens entre os 15 e os 17 anos não lhes foram perguntadas estas informações.
(2) Situações sugeridas aos entrevistados. Entre elas, o entrevistado podia indicar todas as que quisesse.
/279
Grau de centralidade da maternidade/
paternidade
(1) Para efeitos desta classificação, em cada caso foi considerada a frase que correspondia ao seu género.
/281
Quantas/os mães/pais se sentem realizadas/os Combinando a satisfação por terem tido filhos com
com a maternidade/paternidade o arrependimento por os terem tido, classificámos os
jovens segundo o grau de realização com a parentali-
Se classificarmos os jovens que têm filhos em função de
dade. O grupo mais numeroso é o dos que chamámos
quão satisfeitos se declararam com o facto de terem tido
«mães/pais realizadas/os», que abrange 79 % dos jovens
filhos, podemos concluir que a grande maioria (82 %) se
(voltariam a tê-los e sentem-se muito satisfeitos por
sente muito satisfeita por ter tido filhos, 8 % se sentem
terem tido filhos). O seguinte grupo mais numeroso
satisfeitos, 5 % quase satisfeitos e 5 % pouco satisfeitos.
é o dos que denominámos «mães/pais desiludidas/
Questionados sobre se teriam tido filhos sabendo o que os» (14 %), que voltariam a ter filhos apesar de não se
sabem hoje, 7 % dos jovens com filhos responderam que sentirem muito satisfeitos por os terem tido. O grupo
não. Designámos estes jovens como «mães/pais arre- mais reduzido é o de «mães/pais arrependidas/os».
pendidos». Entre eles, o grau de satisfação médio com Juntando estes dois últimos grupos, podemos concluir
o facto de terem tido filhos é de 8,0, ou seja, um ponto que os jovens que não se sentem absolutamente reali-
e meio abaixo da satisfação média com os filhos dos zados com a sua parentalidade e estão arrependidos ou
jovens que não se arrependem de terem sido mães/pais. simplesmente desiludidos são pouco mais de um em
cada cinco: 21 % dos que tiveram filhos.
16%
Escala utilizada
Nada Totalmente
satisfeitos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 satisfeitos
ATÉ QUE PONTO SE SENTEM SATISFEITOS COM SABENDO O QUE SABEM HOJE, TERIAM TIDO GRAU DE REALIZAÇÃO COM A MATERNIDADE/
O FACTO DE TEREM TIDO FILHOS FILHOS PATERNIDADE
% de jovens % de jovens % de jovens
Grau de satisfação
médio com o facto
Jovens pouco satisfeitos de terem tido filhos
por terem tido filhos (0-6) Sabendo o que Mães/pais “arrependidas/os”
5 sabem hoje, não (Não teriam tido filhos)
5 7 8,0 (1) 7
7 teriam tido filhos Mães/pais “desiludidas/os” 21%
8 8 (Voltariam a ter filhos apesar de
14
não estarem muito satisfeitos
por terem sido mães/pais)
16%
Muito Pouco
orientados Orientados orientados Muito Não muito Muito Não muito
para a para a para a orientadas orientadas orientados orientados
Total jovens maternidade/ maternidade/ maternidade/ para a para a para a para a
com filhos paternidade paternidade paternidade maternidade maternidade paternidade paternidade
(100%=100%) (61%=100%) (30%=100%) (9%=100%) (37%=100%) (25%=100%) (20%=100%) (18%=100%)
Mães/pais “arrependidas/os”
(Não teriam tido filhos) 7 5 2 6
8 4 9
Mães/pais “desiludidas/os” 4 15 14
(Voltariam a ter filhos apesar de
14 5
não estarem muito satisfeitos
por terem sido mães/pais) 24
23 35
48
Mães/pais “realizadas/os” 91 94
(Voltariam a ter filhos e 86
estão muito satisfeitos por 79
terem sido mães/pais) 68
63 59
37
Total mães/pais
“não realizadas/os” 21% 9% 32% 63% 6% 37% 14% 41%
/285
Qual acham que é a melhor maneira de a mãe do pai: «trabalharem os dois a tempo inteiro, contando
e o pai usufruírem da licença parental e de com ajuda para o cuidado das crianças» (42 %) ou
conciliarem a vida familiar com a vida profissional «trabalharem os dois a meio tempo» (25 %). Contudo,
a terceira não é equilibrada no que respeita ao efeito da
Quando os jovens são questionados sobre qual consi-
criança sobre o casal: «a mãe trabalhar a meio tempo e o
deram ser, teoricamente, a melhor maneira de a mãe e o
pai trabalhar a tempo inteiro» (23 %). Importa salientar
pai usufruírem da licença parental, as respostas mais habi-
que em 32 % das opções a preferência implica que o
tuais são duas, apesar de a primeira opção ser preferida
cuidado do filho afecte mais a vida profissional da mãe
por quase o dobro dos jovens do que a segunda: «mãe
face a 1 % em que a preferência implica que o cuidado
e pai deviam dividir ao meio o tempo da licença paga»
do filho afecte mais a vida profissional do pai.
(60 %) e «a mãe devia ficar com a maior parte do tempo
da licença paga e o pai apenas com uma parte» (34 %). Nesta questão, os 16 % que já têm filhos valorizam
bastante menos a opção de «trabalharem os dois a tempo
Nesta questão, os 16 % de jovens que já têm filhos valo-
inteiro, contando com ajuda para o cuidado das crianças»
rizam bastante menos a opção de «mãe e pai deviam
(36 % face a 43 % dos que não têm filhos). Em contra-
dividir ao meio o tempo da licença paga» (47 % face a
partida, valorizam mais a opção «a mãe trabalhar a meio
63 % dos que não têm filhos). Em contrapartida, valo-
tempo e o pai trabalhar a tempo inteiro» (32 % face a
rizam mais a opção «a mãe devia ficar com a maior
21 % dos que não têm filhos). Entre os que têm filhos,
parte do tempo da licença paga e o pai apenas com uma
as mulheres valorizam mais do que os homens a opção de
parte» (43 % face a 33 % dos que não têm filhos). Entre
«a mãe trabalhar a meio tempo e o pai trabalhar a tempo
os que têm filhos, as mulheres valorizam mais do que os
inteiro» (35 % nelas face a 28 % neles).
homens a opção de «mãe e pai deviam dividir ao meio o
tempo da licença paga» (52 % nelas face a 41 % neles).
QUAL ACHAM QUE É A MELHOR MANEIRA DE A MÃE E O PAI USUFRUÍREM DA LICENÇA PARENTAL
% de jovens Principais diferenças
O mais habitual entre mulheres e homens
Têm filhos
QUAL ACHAM QUE É A MELHOR MANEIRA DE A MÃE E O PAI CONCILIAREM A VIDA FAMILIAR COM A VIDA PROFISSIONAL
% de jovens
A mãe ficar em casa e o pai trabalhar
a tempo inteiro 9 8 13 11% 17%
/287
Relação com a maternidade/paternidade, Em relação à melhor maneira de os pais usufruírem da
por sexo e nível de escolaridade licença parental, os valores máximos de «a mãe e o pai
deviam dividir ao meio o tempo» são atingidos entre as
No que respeita aos jovens que têm filhos e aos que têm
mulheres jovens (68 %) face a 52 % dos homens, e entre
intenção de os ter, não há muitas diferenças nem segundo
os jovens que completaram até o ensino básico (66 %
o sexo do jovem nem segundo o nível de escolaridade.
face a 58 % entre os que concluíram o ensino superior).
Um pouco mais de mulheres jovens do que de homens
jovens declararam que não querem ter filhos (8 % face a No que respeita à melhor maneira de a mãe e o pai
6 %) e há ligeiramente mais jovens que não os querem ter conciliarem a vida familiar com a profissional, as opções
entre os que completaram até ao ensino básico (8 % face em que a preferência implica que o cuidado do filho
a 6 % dos que completaram o ensino superior). afecte mais a vida profissional da mãe atingem os
valores máximos entre os homens (38 %) e entre os
Já no que diz respeito ao grau de centralidade da
jovens com um nível de escolaridade mais baixo.
maternidade/paternidade nas suas vidas, há dife-
renças nos dois critérios. No que respeita ao sexo dos
jovens, as mulheres têm posições mais extremas (entre
elas, há uma maior proporção tanto de «muito orien-
tadas» como de «pouco orientadas»), enquanto entre
os homens jovens são mais habituais os que se encon-
tram numa posição intermédia («orientados»). No que
respeita ao nível de escolaridade, quanto mais elevado
este é, menor a proporção de jovens «muito orientados»
e maior a proporção tanto de «orientados» como de
«pouco orientados».
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
SEXO MAIS ALTO COMPLETO
Ensino
secundário
Ensino ou pós- Ensino
Total jovens Mulheres Homens básico -secundário superior
Principais diferenças (100%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (36%=100%) (40%=100%) (24%=100%)
Discordo Concordo Gosto muito de crianças 5,0 5,1 4,8 5,0 5,0 4,9
totalmente totalmente
1 2 3 4 5 6
Ser mãe é o que de melhor pode acontecer a
uma mulher 4,6 4,4 4,7 4,7 4,6 4,3
VALOR MÉDIO DE Ser pai é o que de melhor pode acontecer a
CONCORDÂNCIA um homem 4,5 4,3 4,7 4,6 4,5 4,3
Uma criança pequena pode sofrer se a mãe
trabalhar fora de casa 3,9 3,7 4,0 4,1 3,8 3,6
Muito orientados para a maternidade/paternidade 28% 29% 26% 33% 29% 19%
GRAU DE CENTRALIDADE
DA MATERNIDADE/ Orientados para a maternidade/paternidade 41% 38% 44% 37% 41% 45%
PATERNIDADE
Pouco orientados para a maternidade/paternidade 31% 33% 30% 30% 30% 36%
/289
Atitude em relação à maternidade/paternidade, Nem o sexo nem o nível de escolaridade afecta significa-
por sexo e nível de escolaridade tivamente a situação de casal em que se imaginam a ter
filhos os que gostariam de os ter.
Entre os jovens que têm filhos, os que se sentem mais
«realizados com a maternidade/paternidade» são as Já no que diz respeito às situações em que se imaginam
mulheres e os jovens com um nível de escolaridade mais a ter filhos, as mulheres estão muito mais abertas tanto
baixo. à adopção de uma criança (46 % face a 31 %) como a
ter filhos biológicos com doador/a (22 % face a 17 %).
Entre os jovens que não querem ter filhos, há dois
Há também uma forte relação entre o nível de escola-
motivos que as mulheres referem mais do que os
ridade e a abertura dos jovens face ao modo de terem
homens: «não têm instinto/não gostam da materni-
os filhos: entre os que completaram o ensino superior
dade/paternidade» (40 % nelas face a 30 % neles) e «não
atingem-se os valores máximos de permeabilidade em
gostam de crianças» (12 % nelas face a 9 % neles). Entre
todas as situações.
os homens, há o dobro que não sabem ou não querem
identificar as razões para não quererem ter filhos.
GRAU DE REALIZAÇÃO Mães/pais “realizadas/os” 79% 82% 74% 82% 75% 80%
COM A MATERNIDADE/
PATERNIDADE Mães/pais “desiludidas/os” 14% 11% 18% 12% 16% 15%
(Base: Têm filhos) Mães/pais “arrependidas/os” 7% 7% 8% 6% 9% 5%
n=57
Não gostam da maternidade/paternidade / Sem instinto 35% 40% 30% -- 38% 44%
Não querem renunciar à sua vida / à sua felicidade 19% 19% 18% -- 14% 20%
PRINCIPAL MOTIVO Não gostam de crianças 10% 12% 9% -- 13% 11%
PELO QUAL NÃO
QUEREM TER FILHOS (1) Não querem renunciar à sua carreira profissional 9% 9% 8% -- 7% 8%
(Base: Não querem ter) Por questões fisiológicas 2% 1% 3% -- 3% 2%
Outros motivos 5% 5% 5% -- 5% 4%
Não sabem / Não respondem 20% 14% 27% -- 20% 11%
n=55
Já têm os que queriam ter 45% 44% 46% -- 38% 49%
PRINCIPAL MOTIVO
A situação económica não lhes permite 38% 39% 37% -- 37% 21%
PELO QUAL NÃO
PENSAM EM TER MAIS Separaram-se e não encontraram companheiro/a
FILHOS (2) adequado/a 4% 3% 6% -- 6% 1%
(Base: Têm filhos e não
Já não conseguem dar conta dos que têm 3% 2% 4% -- 5% 6%
pensam em ter mais)
A relação de casal não atravessa um bom momento 2% 2% 2% -- 1% 5%
Filhos biológicos dos dois 97% 97% 97% 96% 97% 98%
Adoptando uma criança 38% 46% 31% 35% 38% 41%
Filhos biológicos seus (aceitariam dador de esperma) 8% 17% -- 6% 7% 12%
Filhos biológicos seus (aceitariam dadora de óvulos) 8% -- 15% 5% 9% 8%
Filhos biológicos da companheira (com dador de esperma) 7% 5% 10% 7% 7% 7%
20% 22% 17% 17% 20% 22%
Filhos biológicos do companheiro (com dadora de óvulos) 7% 12% 2% 7% 6% 9%
SITUAÇÕES NAS 6% 5% 6% 4% 5% 8%
Barriga de aluguer
QUAIS SE IMAGINAM
A TER FILHOS (3) Na sua barriga com dador de esperma e de óvulos 5% 9% -- 3% 4% 7%
(Base: Gostavam
de ter filhos) Só com companheiro/a estável e só se forem filhos
biológicos dos dois 52% 44% 59% 55% 52% 49%
Só com companheiro/a estável mas aceitariam
outras opções 37% 44% 32% 35% 37% 41%
Mesmo sem companheiro/a estável, quando lhes
pareça que chegou o momento 11% 12% 9% 10% 11% 10%
(1) O entrevistado podia indicar um único motivo entre os sugeridos.
(2) O entrevistado podia indicar um único motivo entre os sugeridos. Foram detalhados os motivos referidos por pelo menos 2% do total dos jovens.
(3) Situações sugeridas aos entrevistados. Entre elas, o entrevistado podia indicar todas as que quisesse.
/291
Atitude dos maiores de 18 anos perante o voto, No que respeita à afirmação «Em democracia, todos os
em função da frequência com que exercem o votos são importantes», o grau de concordância entre
direito de voto os jovens com 18 anos ou mais é ainda maior: 89 % refe-
riram algum dos três valores de concordância e o grau de
Entre os jovens que já atingiram a maioridade, o mais
concordância médio é de 5,1 (situando-se entre o valor 5,
habitual é votarem sempre que há eleições (53 %).
«concordo muito», e o valor 6, «concordo totalmente»).
Os que nunca votam são casos excepcionais (14 %).
Em ambas as afirmações, há uma estreita relação entre
Na escala de 1 a 6 pontos utilizada, em que 1 equi-
o grau de concordância com a afirmação e a frequência
valia a «discordo totalmente» e 6 equivalia a «concordo
com que os jovens exercem o direito de voto: entre
totalmente», quase todos os jovens com 18 anos ou
os jovens que vão às urnas sempre que há eleições,
mais concordam que «Quem não vota também não tem
o grau de concordância com estas afirmações atinge os
direito a queixar-se dos que governam» (74 %). O grau
valores máximos, enquanto entre os que nunca votam a
de concordância médio (4,4) situa-se entre o valor 4
concordância diminui bastante, apesar de os jovens em
(«concordo um pouco») e o valor 5 («concordo muito»).
desacordo nunca superarem os que estão de acordo.
93%
Escala utilizada
Discordo Discordo Discordo Concordo Concordo Concordo
totalmente muito um pouco um pouco muito totalmente
1 2 3 4 5 6
GRAU DE CONCORDÂNCIA COM CADA AFIRMAÇÃO, SEGUNDO A FREQUÊNCIA COM QUE EXERCEM O DIREITO DE VOTO
% de jovens
FREQUÊNCIA COM QUE EXERCEM Concordo Concordo Concordo Valores Concordo Concordo Concordo Valores
um pouco muito totalmente médios um pouco muito totalmente médios
O DIREITO DE VOTO
% de jovens Total jovens
18 a 34 anos 8 6 12 21 18 35 4,4 32 6 14 20 55 5,1
(100%=100%)
Votam sempre
que há eleições 5 3 8 19 20 45 4,8 213 11 20 63 5,4
(53%=100%)
Votam em poucas
Votam na maioria eleições 11 12 19 21 14 23 3,9 33 8 21 20 45 4,9
das eleições 21 (12%=100%)
Votam em poucas
eleições 12
Nunca votam
(14%=100%) 23 9 14 23 10 21 3,5 8 5 8 19 18 42 4,6
Nunca votam 14
Discordo Discordo Discordo Discordo Discordo Discordo
totalmente muito um pouco totalmente muito um pouco
/293
Participação em acções sociais e políticas
O mais habitual
NÚMERO DE ACÇÕES SOCIAIS E
POLÍTICAS EM QUE PARTICIPARAM
ACÇÕES SOCIAIS E POLÍTICAS EM QUE PARTICIPARAM DURANTE O ÚLTIMO ANO E INTERRELAÇÃO ENTRE ELAS (1) DURANTE O ÚLTIMO ANO
% de jovens % de jovens
Percentagem de jovens que Inter-relação mais habitual
participaram em cada acção entre
os que participaram em cada acção 2.ª inter-relação mais habitual
A B C D E G H I
Assinar uma Volunta- Assoc. Manifes- Fundos para F Colab. Colab. com Contactar
petição riado juvenil tação activ.social Boicote paróquia partido político um político
(40%=100%) (16%=100%) (12%=100%) (10%=100%) (9%=100%) (8%=100%) (7%=100%) (5%=100%) (5%=100%)
(1) Opções de resposta sugeridas aos entrevistados. Entre elas, o entrevistado podia indicar todas as que quisesse.
/295
Atitude dos jovens perante questões climáticas No que respeita às formas que consideram mais eficazes
e ambientais para prevenir as alterações climáticas, as duas com
maior número de adeptos são «fazer reciclagem de
A atitude dos jovens perante as questões climáticas e
resíduos» (71 %) e «usar energias renováveis» (69 %).
ambientais tem sido avaliada segundo três indicadores.
O ranking de preferência das formas de prevenção das
O primeiro faz referência ao grau em que os jovens alterações climáticas é idêntico entre os jovens que se
sentem que têm a responsabilidade de tentar reduzir sentem mais e menos responsáveis. Entre eles, o único
as alterações climáticas. Este foi medido utilizando aspecto que sofre pequenas alterações é a intensidade
uma escala de 11 pontos, entre 0 e 10, em que 0 equi- da preferência.
valia a «não sinto nenhuma responsabilidade de tentar
Entre os 59 % de jovens que têm carta de condução
reduzir as alterações climáticas» e 10 equivalia a «sinto
e costumam conduzir, a influência das alterações
muita responsabilidade de tentar reduzi-las». Entre os
climáticas na frequência com que conduzem não é
2,2 milhões de jovens que este estudo representa, o mais
homogénea. O mais habitual são os jovens que declaram
habitual é sentirem-se responsáveis por tentar reduzir
que estas têm «alguma influência» (34 %), seguido
as alterações climáticas (64 % referiram valores acima de
a curta distância pelos que reconhecem que a sua
6). Em segundo lugar, o mais habitual é situarem-se num
influência é «pouca» (29 %) ou «nenhuma» (25 %).
ponto intermédio (26 % referiram os valores 5 ou 6) e
o menos habitual é situarem-se do lado dos que não se
sentem responsáveis (10 % referiram valores abaixo de 5).
Nenhuma Muita
responsabilidade 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 responsabilidade
(1) Formas sugeridas aos entrevistados. Entre elas, o entrevistado podia indicar até um máximo de três respostas.
/297
Atitude em relação à política, por sexo e nível O nível de escolaridade também tem estreita relação com
de escolaridade estas questões:
No que respeita à relação com a política, há grandes • A um nível mais elevado de escolaridade corresponde
diferenças segundo o sexo dos jovens: um maior interesse na política e a mais jovens que
declararam ter opinião sobre a sua posição política.
• Os homens jovens mostraram um pouco mais de
• À medida que aumenta o nível de escolaridade também
interesse na política do que as mulheres: na escala utili-
aumenta a frequência com que os jovens exercem
zada, 27 % das mulheres referiram valores acima de 6
o seu direito de voto: os jovens que declararam que
face a 34 % dos homens.
votam sempre que há eleições são 42 % entre os que
• Também há disparidade entre os que declararam que
completaram até ao ensino básico e 64 % entre os que
têm opinião sobre a sua posição política: 78 % das
completaram o ensino superior.
mulheres face a 84 % dos homens.
• A conclusão anterior é lógica, porque entre os que
• Contudo, entre os jovens com 18 anos ou mais, é mais
completaram o ensino superior atingem-se os valores
frequente as mulheres exercerem o seu direito de voto
máximos de concordância tanto com a afirmação «Em
sempre que há eleições do que os homens: 56 % face a
democracia, todos os votos são importantes» como
49 %.
com a afirmação «Quem não vota também não tem
• No que respeita à posição política dos jovens, tanto nas
direito a queixar-se dos que governam».
mulheres como nos homens, a posição intermédia entre
• No que respeita à posição política dos jovens, conclui-
a esquerda e a direita é a mais habitual. Contudo, há um
se que a um nível mais elevado de escolaridade
pouco mais de mulheres no extremo da esquerda (33 %
corresponde uma menor posição intermédia, em favor
face a 26 % dos homens), enquanto entre os homens há
de uma maior proporção de jovens que se situam no
um pouco mais no extremo da direita (35 % face a 26 %
extremo da esquerda.
das mulheres).
• A percepção do funcionamento da democracia em
• Há ligeiramente mais homens do que mulheres a
Portugal é tanto mais positiva quanto mais elevado é o
acharem que actualmente a democracia em Portugal
nível de escolaridade dos jovens.
funciona bem ou muito bem (40 % face a 37 %).
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
SEXO MAIS ALTO COMPLETO
Ensino
secundário
Ensino ou pós- Ensino
Total jovens Mulheres Homens básico -secundário superior
Principais diferenças (100%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (36%=100%) (40%=100%) (24%=100%)
TÊM OPINIÃO SOBRE Têm opinião 87% 84% 90% 85% 86% 91%
A SUA POSIÇÃO
POLÍTICA Não têm opinião 13% 16% 10% 15% 14% 9%
Votam sempre que há eleições 53% 56% 49% 42% 53% 64%
FREQUÊNCIA COM
QUE EXERCEM O Votam na maioria das eleições 21% 21% 21% 16% 23% 24%
DIREITO DE VOTO
Votam em poucas eleições 12% 11% 14% 14% 14% 8%
Nunca votam 14% 12% 16% 28% 10% 4%
Base: Têm
18 a 34 anos
POSIÇÃO POLÍTICA Direita (6-10) 30% 26% 35% 31% 28% 33%
(Base: Têm opinião
sobre a sua posição Posição intermédia (5) 40% 41% 39% 44% 42% 33%
política) Esquerda (0-4) 30% 33% 26% 25% 30% 34%
Discordo Concordo
totalmente
totalmente
Em democracia, todos os votos são importantes 5,1 5,3 4,9 5,0 5,1 5,3
1 2 3 4 5 6
Quem não vota também não tem
VALOR MÉDIO DE direito a queixar-se dos que governam 4,4 4,5 4,3 4,3 4,3 4,5
CONCORDÂNCIA
/299
Participação em acções sociais e políticas e meios • Quanto mais elevado o nível de escolaridade, maior
preferidos para se informarem, por sexo e nível a primeira preferência pela «imprensa digital» (passa
de escolaridade de 19 % de adeptos entre os que completaram até ao
ensino básico para 32 % entre os que completaram o
No que respeita às acções sociais e políticas em que os
superior), em detrimento das «redes sociais» (passam
jovens participaram no último ano:
de 24 % de adeptos entre os que completaram o
• Praticamente não há diferenças entre o tipo de acções ensino básico para 12 % entre os que completaram o
em que participaram as mulheres e os homens, com superior).
excepção de «assinar uma petição» (fizeram-no 48 %
das mulheres face a 33 % dos homens) e «colaborar
com associações de voluntariado» (fizeram-no 18 %
das mulheres face a 14 % dos homens).
• Quanto mais elevado o nível de escolaridade, maior a
participação dos jovens em acções sociais e políticas.
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
SEXO MAIS ALTO COMPLETO
Ensino
secundário
Ensino ou pós- Ensino
Total jovens Mulheres Homens básico -secundário superior
Principais diferenças (100%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (36%=100%) (40%=100%) (24%=100%)
/301
Atitude em relação ao meio ambiente, por sexo e Quanto mais elevado o nível de escolaridade, maior a
nível de escolaridade sensibilidade em relação ao meio ambiente, tanto no que
respeita ao grau em que os jovens se sentem responsá-
No que respeita à atitude perante o meio ambiente,
veis por tentar reduzir as alterações climáticas, como
as mulheres jovens estão algo mais sensibilizadas do que
pela quantidade de formas de as prevenir que consi-
os homens jovens:
deram eficazes. As formas de prevenção que têm mais
• Entre as mulheres jovens, a proporção das que se adeptos consoante o nível de escolaridade são «usar
sentem responsáveis por tentar reduzir as alterações energias renováveis» (de 64 % de adeptos entre os que
climáticas é superior à dos homens (69 % das mulheres completaram apenas o ensino básico passa para 73 %
referiram valores acima de 6 face a 61 % no caso dos entre os que completaram o ensino superior) e «reduzir o
homens). consumo de carne» (passa de 20 % entre os primeiros para
• Com a excepção de «escolher viagens que não incluam 25 % entre os últimos).
avião» (3 % nelas face a 6 % neles), todas as outras
formas de prevenir as alterações climáticas foram
mais referidas pelas mulheres do que pelos homens.
Sobretudo a de «fazer reciclagem de resíduos»: acham
que são eficazes 75 % das mulheres jovens face a 66 %
dos homens jovens.
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
SEXO MAIS ALTO COMPLETO
Ensino
secundário
Ensino ou pós- Ensino
Total jovens Mulheres Homens básico -secundário superior
Principais diferenças (100%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (36%=100%) (40%=100%) (24%=100%)
Sentem que têm muita responsabilidade (9-10) 33% 38% 29% 30% 34% 37%
69% 61% 58% 64% 75%
GRAU EM QUE SENTEM A 7-8 31% 31% 32% 28% 30% 38%
RESPONSABILIDADE DE
5-6 26% 23% 28% 28% 28% 19%
TENTAR REDUZIR AS
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS 2-4 7% 6% 7% 9% 6% 4%
Nenhuma responsabilidade (0-1) 3% 2% 4% 5% 2% 2%
MEDIDA EM QUE AS Muita influência 12% 10% 13% 13% 11% 11%
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
TÊM INFLUÊNCIA NA Alguma influência 34% 36% 33% 34% 34% 35%
FREQUÊNCIA COM QUE Pouca influência 29% 29% 30% 28% 30% 29%
CONDUZEM
(Base: Costumam conduzir) Nenhuma influência 25% 25% 24% 24% 25% 24%
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1 2 3 4 5 6
As gerações mais velhas comportam-se como
VALOR MÉDIO DE se o planeta não tivesse limites 3,7 3,7 3,8 3,7 3,7 3,8
CONCORDÂNCIA
/303
Até que ponto acham que se justifica cada uma O ranking das situações segundo o grau em que os
das situações controversas avaliadas jovens acham que elas se justificam é idêntico entre as
mulheres e os homens. Contudo, a intensidade de justi-
Para avaliar junto dos jovens as oito situações contro-
ficação oscila bastante em função do sexo dos jovens.
versas consideradas na investigação, foi decidido utilizar
Há cinco situações que as mulheres acham que se justi-
uma escala de 11 pontos, entre 0 e 10, onde 0 equivalia a
ficam num maior número de casos do que os homens.
«acha que nunca se justifica» e 10 equivalia a «acha que
Entre estas, aquelas em que a diferença é maior são três,
se justifica sempre».
todas relacionadas com a maternidade: a «inseminação
Entre os 2,2 milhões de jovens que este estudo repre- artificial ou fertilização in vitro», a «barriga de aluguer» e
senta, há três destas situações que a maioria dos jovens o «aborto».
acha que se justificam sempre ou quase sempre: a «inse-
A única situação que as mulheres acham que se justifica
minação artificial ou fertilização in vitro» (71 % referiram
em menos casos do que os homens é a «violência por
valores acima de 6), a «eutanásia» (60 %) e a «barriga de
motivos políticos (tortura, censura, etc.)».
aluguer» (54 %).
Escala utilizada
Nunca se Justifica-se
justifica 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 sempre
PERCENTAGEM DE JOVENS POR GRAU EM QUE ACHAM QUE SE JUSTIFICA CADA SITUAÇÃO INTENSIDADE DE JUSTIFICAÇÃO MÉDIA POR SEXO
Mulheres As mulheres as justificam mais
Intensidade de Homens Os homens as justificam mais Diferenças
Justifica-se justificação mulheres vs.
sempre média 0 2 4 6 8 10 homens
5-6 7-8 9-10
/305
Inter-relação entre as situações controversas que
os jovens acham que se justificam sempre
Escala utilizada
Nunca se Justifica-se
justifica 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 sempre
QUE OUTRAS SITUAÇÕES CONTROVERSAS ACHAM QUE SE JUSTIFICAM OS QUE JUSTIFICAM CADA SITUAÇÃO
Percentagem de jovens que acham que cada
Inter-relações superiores a 33%
situação controversa se justifica sempre (9-10) entre
os que justificam sempre (9-10) cada situação
Justifica-se sempre...
Violência por
Inseminação Barriga Pena de Não pagar motivos
artificial ou FIV Eutanásia de aluguer Aborto morte impostos Suicídio políticos Total
(46%=100%) (34%=100%) (27%=100%) (22%=100%) (13%=100%) (10%=100%) (7%=100%) (3%=100%) (100%=100%)
Inseminação artificial ou
fertilização in vitro 100 72 86 77 66 54 74 60 46
Barriga de aluguer 51
51 51 100 61
61 45
45 42
42 66 56 27
Aborto 37 48 51
51 100 41
42 34 65 59 22
Justifica-se
sempre...
Pena de morte 20 26 22 25 100 30 46 52 13
Suicídio 10 14 16 19 22 22 100 43 7
/307
Atitude perante as relações mulher-homem Quando olhamos para as diferenças entre mulheres
e homens jovens nestas questões, verificamos que,
Para avaliar a atitude dos jovens perante as relações
com excepção da afirmação «Não faz mal bisbilhotar
mulher-homem, foram definidas cinco afirmações. Cada
o telemóvel do/a companheiro/a», em que o grau de
uma delas foi avaliada numa escala de seis pontos, entre
concordância médio é quase igual, nas outras quatro
1 e 6, em que 1 equivalia a «discordo totalmente» e 6
afirmações há grandes diferenças.
equivalia a «concordo totalmente».
Até o ranking das afirmações segundo o grau de concor-
Das cinco afirmações consideradas, a que gera menor
dância dos jovens não é igual entre mulheres e homens.
consenso entre os jovens (pois a percentagem de jovens
A afirmação que entre os homens ocupa a primeira
que discordam(53 %) é quase igual à dos jovens que
posição do ranking de concordância é: «Em Portugal,
concordam (47 %)) é: «A maior parte dos homens não
as mulheres têm as mesmas oportunidades do que os
aceita muito bem que a companheira contribua com
homens». Neste caso, o grau de concordância médio deles
mais dinheiro do que ele para o orçamento familiar.»
é de 3,6 (entre o valor 3, «discordo um pouco», e o valor
No extremo oposto, as duas afirmações que geram 4 «concordo um pouco»), 0,9 pontos acima do grau de
maior consenso entre os jovens são: «Algumas situações concordância médio entre as mulheres (o qual se situa
de violência contra as mulheres são culpa delas próprias» entre «discordo muito» e «discordo um pouco»).
e «Não faz mal bisbilhotar o telemóvel do/a compa-
A outra afirmação em que há grande desacordo entre
nheiro/a». A grande maioria dos jovens discorda muito
mulheres e homens é: «O ciúme é uma prova de amor»,
ou totalmente destas afirmações. Respectivamente,
que obtém maior concordância por parte dos homens.
os jovens que concordam com estas afirmações, seja no
valor 4, 5 ou 6, são apenas 13 % e 17 %.
PERCENTAGEM DE JOVENS POR GRAU DE CONCORDÂNCIA COM CADA AFIRMAÇÃO VALORES MÉDIOS POR SEXO
Mulheres As mulheres concordam mais
Homens Os homens concordam mais
Diferenças
Valores mulheres vs.
Discordo Discordo Discordo Concordo Concordo Concordo médios 1 2 3 4 5 homens
totalmente muito um pouco um pouco muito totalmente
/309
Definição e quantificação do grau da atitude A partir da criação de um índice que considera as
machista dos jovens respostas dos jovens a estas quatro afirmações —
oscilando, portanto, entre os valores 4 (caso tenham
Ao analisar a inter-relação entre as afirmações com as
referido «discordo totalmente» nas quatro) e 24 (caso
quais as mulheres e os homens concordam, em todas
tenham referido «concordo totalmente» nas quatro)
as quatro avaliadas sobre as relações mulher-homem,
—, foram definidos três graus de atitude machista: os
observa-se uma maior inter-relação entre os homens
jovens com «atitude machista» (aqueles com o valor do
jovens do que entre as mulheres jovens. A máxima inter
índice entre 11 e 24), os jovens com «atitude neutra»
-relação ocorre entre os homens que concordam (um
(aqueles com o valor do índice entre 8 e 10) e os jovens
pouco, muito ou totalmente) com a afirmação «Algumas
com «atitude não-machista» (aqueles com o valor do
situações de violência contra as mulheres são culpa delas
índice entre 4 e 7).
próprias» e a afirmação «Em Portugal, as mulheres têm
as mesmas oportunidades que os homens», já que 69 % A conclusão desta análise é que, entre os homens, o mais
dos que concordam com a primeira afirmação também habitual (que ocorre em quase metade dos homens
concordam com a segunda. jovens) são os que mostram uma atitude machista
(47 %), enquanto entre as mulheres o mais habitual
Entre as mulheres, a máxima inter-relação ocorre entre
são as que mostram uma atitude não-machista (43 %).
as que concordam (um pouco, muito ou totalmente)
Contudo, segundo o resultado desta classificação,
com a afirmação «Não faz mal bisbilhotar o telemóvel
quase uma em cada quatro mulheres (24 %) mostra uma
do/a companheiro/a» e a afirmação «O ciúme é uma
atitude machista.
prova de amor», já que 49 % das que concordam com a
primeira afirmação também concordam com a segunda.
O mais habitual
INTER-RELAÇÃO ENTRE AS AFIRMAÇÕES PERANTE AS RELAÇÕES MULHER-HOMEM COM AS QUAIS AS
MULHERES E OS HOMENS JOVENS CONCORDAM GRAU DA ATITUDE MACHISTA DOS JOVENS
% de jovens
Inter-relação mais habitual % de mulheres ou homens que concordam (4, 5 ou 6) Escala de pontos de concordância computada:
com cada afirmação entre as/os que concordam
Segunda inter-relação mais habitual com cada afirmação Discordam Concordam
totalmente 4 5 6 7 8 9 10 … 20 21 22 23 24 totalmente
As mulheres têm Algumas situações com as 4 frases com as 4 frases
as mesmas O ciúme é Não faz mal de violencia são
oportunidades do uma prova bisbilhotar o culpa das
que os homens de amor telemóvel mulheres
(24%=100%) (23%=100%) (15%=100%) (9%=100%)
/311
Evolução da atitude machista dos jovens e relação
com o nível de escolaridade
HOMENS MULHERES
15 a 24 25 a 34 15 a 24 25 a 34
anos anos anos anos
Atitude 23
machista 25
Atitude 45
machista 51 +2
+6 Atitude 34
neutra 33
IDADE
Atitude 33
neutra 32
Atitude 43
não machista 42
Atitude 22
não machista 17
Ensino Ensino
secundário secundário
Ensino ou pós- Ensino Ensino ou pós- Ensino
básico -secundário superior básico -secundário superior
14
Atitude 25
machista 31
38
Atitude 46
machista 54 -6 -9
34
-8
-8 34
Atitude 32
NÍVEL DE ESCOLARIDADE neutra
MAIS ALTO COMPLETO 34
33
Atitude
neutra 31
52
Atitude 41
não machista 37
28
Atitude 21
não machista 15
/313
Atitude perante a imigração e outros grupos sociais Quando olhamos para as diferenças entre mulheres e
homens nestas questões, verificamos que, com excepção
Para avaliar a atitude dos jovens perante a imigração e
da afirmação «Não gostaria de ter como vizinho alguém
outros grupos sociais, foram definidas seis afirmações.
alcoólico ou toxicodependente», em que o grau de
Cada uma delas foi avaliada numa escala de seis pontos,
concordância médio é quase igual, nas outras cinco
entre 1 e 6, em que 1 equivalia a «discordo totalmente»
afirmações as diferenças de atitude entre as mulheres
e 6 equivalia a «concordo totalmente».
e os homens jovens são enormes. As mulheres jovens
Das seis afirmações consideradas, a que gera menor mostram-se muito mais tolerantes do que os homens
consenso entre os jovens é: «Os imigrantes são uma jovens tanto com a imigração quanto com homossexuais
sobrecarga para a segurança social»: 63 % dos jovens e pessoas de raças ou religiões diferentes das suas.
posicionam-se do lado do discordo e 37 % posicionam-
se do lado do concordo.
Escala utilizada
Discordo Discordo Discordo Concordo Concordo Concordo
totalmente muito um pouco um pouco muito totalmente
1 2 3 4 5 6
PERCENTAGEM DE JOVENS POR GRAU DE CONCORDÂNCIA COM CADA AFIRMAÇÃO VALORES MÉDIOS POR SEXO
Diferenças
Valores 1 2 3 4 5 mulheres vs.
Discordo Discordo Discordo Concordo Concordo Concordo
totalmente muito um pouco um pouco muito totalmente médios homens
Os imigrantes são uma sobrecarga 3,2
para a segurança social 24 16 23 23 7 7 2,9 2,7 -0,5
Diferenças
OUTROS GRUPOS SOCIAIS Discordo Concordo Concordo Concordo
Valores 1 2 3 4 5 mulheres vs.
um pouco um pouco muito totalmente médios homens
Não gostaria de ter como vizinho
alguém alcoólico ou toxicodependente 9 7 13 28 17 26 4,1 4,1 4,2 -0,1
/315
Atitude em relação às questões controversas, por
nível de escolaridade
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
MAIS ALTO COMPLETO
Ensino
secundário ou Diferenças
Ensino pós- Ensino ensino superior vs.
Principais diferenças Total jovens básico -secundário superior ensino básico
(100%=100%) (36%=100%) (40%=100%) (24%=100%)
Nunca se Justifica-se
justifica sempre Inseminação artificial ou fertilização in vitro 7,6 7,2 7,7 7,9 +0,7
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Eutanásia 6,7 6,4 6,9 7,0 +0,6
Barriga de aluguer 6,4 6,3 6,4 6,7 +0,4
VALOR MÉDIO EM QUE Aborto 5,8 5,5 5,8 6,1 +0,6
ACHAM QUE SE JUSTIFICA
CADA SITUAÇÃO Pena de morte 4,3 4,4 4,5 3,9 -0,5
Não pagar impostos se tiver oportunidade 3,5 3,8 3,5 3,0 -0,8
Suicídio 2,9 3,2 2,8 2,7 -0,5
Violência por motivos políticos (tortura, censura, etc.) 1,4 1,8 1,4 1,0 -0,8
Discordo Concordo A maior parte dos homens não aceita muito bem que
totalmente totalmente
a companheira contribua com mais dinheiro do que
1 2 3 4 5 6
ele para o orçamento familiar 3,2 3,1 3,1 3,2 +0,1
Em Portugal, as mulheres têm as mesmas oportunidades
do que os homens 3,2 3,4 3,2 3,0 -0,4
VALOR MÉDIO DE
CONCORDÂNCIA COM O ciúme é uma prova de amor 2,6 3,0 2,6 2,2 -0,8
AFIRMAÇÕES SOBRE
RELAÇÕES MULHER-HOMEM Não faz mal bisbilhotar o telemóvel do/a
companheiro/a 2,1 2,2 2,1 1,9 -0,3
Algumas situações de violência contra as mulheres são
culpa delas próprias 1,8 1,9 1,8 1,5 -0,4
VALOR MÉDIO DE Os imigrantes são uma sobrecarga para a segurança social 2,9 3,0 2,9 2,8 -0,2
CONCORDÂNCIA COM
AFIRMAÇÕES SOBRE Os imigrantes tiram trabalho aos portugueses 2,8 3,0 2,7 2,5 -0,5
IMIGRAÇÃO Os imigrantes contribuem para o aumento da criminalidade 2,6 2,7 2,5 2,4 -0,3
/317
Capítulo 8
Principais resultados sobre
a transição para a vida adulta
O QUE PENSAM
Pág. 262 a 317 Pág. 352 a 363
O QUE SENTEM
Pág. 366 a 409 Pág. 412 a 453
/319
Que critérios consideram mais importantes para é mais valorizado na segunda ou terceira opção «ter um
que uma pessoa possa ser considerada adulta emprego a tempo inteiro» (referido por 54 %) e «tornar-
se menos centrado em si próprio e dedicar mais atenção
Dos dez critérios entre os quais se pediu aos jovens
aos outros» (referido por 33 %).
que identificassem o que consideram ser mais impor-
tante para que uma pessoa possa ser considerada adulta, Entre os 23 % de jovens que consideram que para que
o referido em primeiro lugar por um maior número de uma pessoa possa ser considerada adulta o mais impor-
jovens é «ser financeiramente independente» (43 %). tante é «ter 18 anos», o que é mais valorizado em
Quando, além de se considerar o critério citado em segundo lugar é «ser financeiramente independente»
primeiro lugar, tomamos em consideração as alusões (referido por 62 %) e, em terceiro lugar, «terminar os
na segunda e na terceira posições, este continua a ser o estudos» (referido por 31 %).
critério mais referido do conjunto total: foi citado numa
das três posições por 77 % dos jovens. Entre os jovens que acham que para que uma pessoa
possa ser considerada adulta o mais importante é
Num segundo nível, os jovens também consideram que «tornar-se menos centrado em si próprio», ou «poder
para que uma pessoa possa ser considerada adulta é votar», ou «terminar os estudos», ou «casar/viver
importante «ter um emprego a tempo inteiro» e «ter 18 com o/a companheiro/a», o que é mais valorizado em
anos» (foram referidos numa das três posições por 45 % segundo ou terceiro lugar é muito similar: «ser finan-
e 43 % dos jovens, respectivamente). ceiramente independente» e «ter um emprego a tempo
inteiro».
No extremo oposto, dos dez critérios avaliados, os que
os jovens consideram menos relevantes para que uma
pessoa possa ser considerada adulta são «ter iniciado a
vida sexual», «ter filhos» e «ter carta de condução».
Ter um emprego a
Ter 18 anos 23 29 - 24 24 30 30 18 7 20 18 45
tempo inteiro
Tornar-se menos
centrado sobre si
próprio e dedicar mais 11 33
33 19 - 18 20 22 9 Ter 18 anos 23 11 9 43
atenção aos outros
Tornar-se menos
Ter um emprego a 54 37 39 43 37 centrado sobre si
tempo inteiro 7 54 28 37 - 39 43 37 próprio e dedicar mais 11 11 11 33
atenção aos outros
Poder votar 7 15 27 20 8 - 19 12 Terminar os estudos 3 10 13 26
Terminar os estudos 3 26 31
31 19 21 15 - 5 Poder votar 7 7 9 23
Ter filhos 1 7 2 5 11 12 4 39
39 Ter filhos 8
(1) Critérios sugeridos aos entrevistados. Entre eles, o entrevistado podia indicar 3 no máximo, especificando o que achava mais importante em 1º lugar, no 2º e no 3º.
/321
Contribuição dos jovens que vivem em casa
dos pais ou de outras pessoas da família para o
pagamento de despesas
Ser financeiramente
1.º
independente 43 23 11 77
Despesas de alimentação, 76
Contribuem para o higiene e limpeza
pagamento de 31 Idade média
despesas da família Despesas próprias (a minha quando
Vivem em casa dos pais 71 É tudo pago por eles 45 começaram a
própria roupa, etc.)
ou de outras pessoas da 57 pagar estas
família despesas
Despesas de serviços
(electricidade, água, gás, etc.) 51
18
Pagam só uma parte 13
Renda/empréstimo 22 destas despesas
Não contribuem para
o pagamento de 69 Outras despesas 1
Vivem na sua própria casa despesas da família
com companheiro/a 29
Não pagam nada
destas despesas 41
Vivem na sua própria
casa sozinhos 5
Partilham casa ou vivem 9
numa residência Não têm telemóvel 1
/323
Quantos jovens já cumprem o segundo critério
que acham mais importante para que uma pessoa
possa ser considerada adulta e idade com que se
tem o primeiro trabalho pago
2.º
Ter um emprego a
tempo inteiro 7 20 18 45
Ensino
secundário ou Ensino
Mulheres Homens Ensino básico pós-secundário superior
(48%=100%) (52%=100%) (23%=100%) (41%=100%) (36%=100%)
25 anos ou
5 6
mais 14
22 15
21 anos
24 anos 4 ou mais 33
Têm trabalho
50 28
pago 23 anos 6 27 56
20
29
22 anos 6 19 ou 20
anos 20
21 anos 7
29 35
20 anos 9 16
20 18 anos 25
Não têm 19 anos 11
trabalho pago 50 50
17
18 anos 27
17 anos 29 24
ou menos 22
17 anos ou 11
menos 25
/325
Quantos jovens já cumprem os critérios No que respeita à relação com a carta de condução,
relacionados com a maioridade a grande maioria dos jovens tem-na (66 %). E, entre
estes, a maioria costuma conduzir.
Os três critérios relacionados com a maioridade («ter
18 anos», «poder votar» e «ter carta de condução») O principal motivo para que 7 % dos jovens que têm carta
ocupam, respectivamente, a terceira, a sexta e a oitava de condução não costumem conduzir é o facto de não
posição no ranking de critérios que os jovens consideram terem veículo próprio (40 % dos casos). Num segundo
importantes para que uma pessoa possa ser considerada nível, com mais de 10 % de respostas, são também
adulta. Cada um deles foi referido em primeiro, segundo referidos: por «medo/insegurança» (21 %), porque «conse-
ou terceiro lugar de importância por 43 %, 23 % e 13 % guem ir a pé a todos os lugares» (16 %) e porque «há
dos jovens, respectivamente. outros meios de transporte mais cómodos» (12 %).
Dos 2,2 milhões de jovens que este estudo representa, Há 15 % de jovens que não têm carta de condução.
praticamente todos (93 %) já têm 18 anos e, portanto, Os dois principais motivos para não a terem (com pesos
podem votar. muito similares) são: «não têm dinheiro para a pagar»
(40 %) e «ainda não tiveram tempo de ir à escola de
Contudo, nem todos os que já alcançaram a maiori-
condução» (34 %).
dade exercem sempre o direito de voto: são pouco mais
de metade (53 %) os que declaram que votam sempre
que há eleições e 21 % os que declaram que votam na
maioria das eleições.
Outros motivos 7
INTENÇÃO DE FREQUENTAR O
RELAÇÃO COM OS ESTUDOS NÍVEL DE ESCOLARIDADE EM QUE ESTÃO A ESTUDAR ENSINO SUPERIOR
% de jovens % de jovens % de jovens
Doutoramento 1
Mestrado 9
Já finalizaram Licenciatura 29
os estudos 58
Bacharelato 2 Têm intenção de
77
frequentar o ensino
Pós-Secundário/ superior
Cursos de Especialização 10
Tecnológica não superior
Secundário
(10.º, 11.º ou 12.º ano) 48
/329
Quantos jovens já cumprem o sétimo critério
que acham mais importante para que uma pessoa
possa ser considerada adulta
SITUAÇÃO DE CASAL EM FUNÇÃO DE ONDE E COM QUANTIFICAÇÃO DOS JOVENS QUE VIVEM COM
ONDE E COM QUEM VIVEM QUEM VIVEM COMPANHEIRO/A NA PRÓPRIA CASA
% de jovens % de jovens % de jovens
Vivem em casa Partilham
dos pais ou de casa ou
outras pessoas vivem numa
da família residência
(57%=100%) (9%=100%)
Vivem com o/a
companheiro/a 9
14
Vivem na sua própria casa
com companheiro/a 29
Têm companheiro/a
Vivem em casa dos pais ou
57
mas não vivem com 35 Vivem com o/a companheiro/a
de outras pessoas da família ele/a 32 em casa dos pais ou de familiares 5
Vivem com o/a companheiro/a 1
partilhando casa ou em residência
/331
Idade com que os que vivem na sua própria casa
saíram de casa dos pais
O mais habitual
Ensino
secundário ou Ensino
Mulheres Homens Ensino básico pós-secundário superior
(53%=100%) (47%=100%) (26%=100%) (41%=100%) (33%=100%)
30 anos ou mais 5 5 4 3 4 7
9
De 25 a 29 anos 22 23 22 21
19
Vivem em casa dos pais 35
ou de outras pessoas da 57
família
De 20 a 24 anos 26
29 37 Em casa dos pais 84
33
41
28
O mais habitual
Base: Jovens que vivem na sua Base: Jovens que partilham casa ou vivem numa residência
própria casa com companheiro/a ou universitária (9%=100%) Base: Jovens que vivem em casa dos pais ou de familiares (57%=100%)
sozinhos (34%=100%)
Idade ideal
IDADE EM QUE PENSAM QUE TERÃO IDADE EM QUE PENSAM QUE IRÃO
IDADE COM QUE SAÍRAM IDADE COM QUE SAÍRAM DE CASA DISPONIBILIDADE PARA VIVER IDADE IDEAL PARA SE SAIR DE SAIR DEFINITIVAMENTE DE CASA
DEFINITIVAMENTE DE CASA DOS PAIS DOS PAIS PELA PRIMEIRA VEZ NUMA CASA NÃO PARTILHADA CASA DOS PAIS DOS PAIS
% de jovens % de jovens % de jovens % de jovens % de jovens
30 anos ou mais
5 1
30 anos ou mais De 25 a 29 anos 6 30 anos ou mais 6
30 anos ou mais 14
De 25 a 29 anos 22 30 anos ou mais 28 De 25 a 29 anos 21
De 20 a 24 anos 24
De 25 a 29 anos 24
De 20 a 24 anos 24
De 20 a 24 anos 29 De 25 a 29 anos 30
De 20 a 24 anos 23
Menos de 20 anos 6
De 15 a 19 anos 59 Menos de 20 anos 4
De 20 a 24 anos 15 Não têm intenção de
De 15 a 19 anos 29 sair de casa dos pais 8
Menos de 20 5 Acham que não há
anos uma idade ideal 43
Não sabem /
Não sabem / Não respondem 27
Não sabem / Não respondem
22
Não respondem 15 Não sabem / 10
Não respondem
Idade média em Idade média em Idade média em que Idade média ideal Idade média com
que saíram de 22 anos que saíram de 20 anos terão disponibilidade 27 anos para sair de casa 24 anos que irão sair de 25 anos
casa dos pais (1) casa dos pais (1) para viver numa casa dos pais casa dos pais (1)
não partilhada (1)
Base: Superaram a idade ideal para se sair de casa dos pais (16%=100%)
Gostavam de ter filhos 56 IDADE COM QUE GOSTARIAM DE TER O PRIMEIRO FILHO OS QUE GOSTAVAM DE TÊ-LOS OU QUE AINDA NÃO DECIDIRAM
% de jovens
35 anos ou mais 10 8 12 7 10 14
22
30 a 34 anos 32 30 31
33
Ainda não decidiram 17 42
Não sabem/
Não respondem 19 17 21 20 19 18
O mais habitual
Base: Já tiveram relações sexuais (85%=100%) Base: Nunca tiveram relações sexuais
(15%=100%)
IDADE COM QUE TIVERAM A PRIMEIRA RELAÇÃO NÚMERO DE PESSOAS COM QUEM TIVERAM
TIVERAM RELAÇÕES SEXUAIS SEXUAL RELAÇÕES SEXUAIS IDADE DO JOVEM
% de jovens % de jovens % de jovens % de jovens
21 anos ou mais 8
De 30 a 34 anos 4
De 25 a 29 anos 10
6 pessoas ou mais 21
23 ou 24 anos 6
De 18 a 20 anos 25
21 ou 22 anos 9
Idade média em N.º médio de
que tiveram a
4 ou 5 pessoas 14 pessoas com
primeira relação quem tiveram 20 anos 8
Já tiveram sexual relações
relações sexuais 85 19 anos 12
De 16 a 17 anos 28 17 2 ou 3 pessoas 22 4,6
18 anos 25
De 10 a 15 anos 21 1 pessoa 27
17 anos 11
Idade média 20
/341
O que definimos como frentes da vida adulta e Os quatro tipos menos numerosos são: os dos jovens que As principais diferenças entre as mulheres e os homens
quantos jovens já as incorporaram na sua vida só têm a frente «vida em casal» (5 %), os dos que têm as encontram-se nos quatro tipos que costumam ser menos
duas frentes «vida em casal» e «filhos» (4 %), os dos que numerosos entre os jovens.
Definiram-se como frentes as facetas da vida dos jovens
têm as duas frentes «trabalho pago» e «filhos» (1 %) e os
que, sendo a priori opcionais, implicam não só um Enquanto entre os homens esses quatro tipos têm
jovens que só têm a frente «filhos» (1 %).
conjunto de efeitos emocionais derivados das relações pouquíssima presença, entre as mulheres dois deles
interpessoais, como também que o jovem passe, de forma Tanto entre as mulheres como entre os homens, o tipo têm presença muito superior à dos outros dois. Os mais
automática, a dispor de menos tempo livre para si. mais habitual é o dos que não incorporaram nenhuma abundantes e com pesos semelhantes são os das
das três frentes na sua vida (são 38 % no caso delas e mulheres que não têm a frente do «trabalho pago»:
As três frentes consideradas são: a «frente do trabalho
40 % no caso deles). as que só têm a frente «vida em casal» (7 %) e as que
pago», a «frente da vida em casal» e a «frente dos filhos».
têm as duas frentes «vida em casal» e «filhos» (6 %).
A seguir, o tipo mais abundante também tanto entre as Os outros dois tipos são muito reduzidos: têm as duas
Segundo as frentes que incorporaram na sua vida,
mulheres como entre os homens é o dos jovens que só frentes «trabalho pago» e «filhos» (2 %) e só têm a frente
definiram-se oito tipos de jovens, sendo o tipo mais
têm a frente «trabalho pago» (21 % das mulheres face a «filhos» (1 %).
habitual o dos jovens que não incorporaram nenhuma
25 % dos homens).
das três frentes na sua vida (40 %).
Os tipos mais abundantes que se seguem, também em
A seguir, o tipo mais abundante é o dos jovens que só
ambos os casos, são: os que têm as duas frentes «trabalho
têm a frente «trabalho pago» (23 %).
pago» e «vida em casal» (15 % das mulheres e 16 % dos
Os tipos mais abundantes que se seguem são os dos homens) e os que têm as três frentes «trabalho pago»,
jovens que têm as seguintes combinações: os que têm «vida em casal» e «filhos» (10 % tanto entre elas como
as duas frentes, «trabalho pago» e «vida em casal» (16 %) entre eles).
e os que têm as três frentes «trabalho pago», «vida em
casal» e «filhos» (10 %).
TÊM TRABALHO PAGO SITUAÇÃO DE CASAL TIPOLOGIA DE JOVENS SEGUNDO AS FRENTES DA VIDA ADULTA QUE JÁ INCORPORARAM NA SUA VIDA
% de jovens % de jovens % de jovens
O mais habitual Principais diferenças
Vivem com
companheiro/a 35
Têm trabalho Total jovens Mulheres Homens
pago 50 (100%=100%) (50%=100%) (50%=100%)
Têm Trabalho pago
companheiro/a 3 frentes Vida em casal 10 10 10
mas não vivem 24 Filhos
com ele/a
Trabalho pago
Vida em casal 16 15 16
Não têm Não têm
trabalho pago 50 companheiro/a 39
2 frentes Vida em casal
Têm uma Filhos 4 6 1
relação aberta 2
ou poliamorosa
Trabalho pago
Filhos 1 2 2
TÊM FILHOS
% de jovens
Só
trabalho pago 23 21 25
Têm filhos 16
Estão à espera 4 Só
do 1.º filho 1 frente
vida em casal 5 7 5
Só filhos 1 1 1
Não têm
filhos 80
Nenhuma
destas Nenhuma frente 40 38 40
3 frentes
/343
Como é que as frentes afectam a distribuição
do tempo nos dias úteis, nas quatro tipologias,
segundo as frentes com maior presença entre os
jovens
NENHUMA FRENTE SÓ TRABALHO PAGO TRABALHO PAGO / VIDA EM CASAL TRABALHO PAGO / VIDA EM CASAL/ FILHOS
(40%=100%) (23%=100%) (16%=100%) (10%=100%)
36 33 34 35
Tempo em casa Tempo em casa Tempo em casa Tempo em casa
acordados acordados acordados acordados
[8:30] [7:58] [8:02] [8:27]
Tempo livre para si Tempo livre para si Tempo livre para si Tempo livre para si
(higiene pessoal, TV, ouvir (higiene pessoal, TV, ouvir (higiene pessoal, TV, ouvir (higiene pessoal, TV, ouvir
música, ler, etc.) música, ler, etc.) música, ler, etc.) música, ler, etc.)
[4:02] [3:29] [3:12] [1:33]
47 44 41 18
Cuidado de Cuidado de Tarefas
adultos (pais, avós adultos (pais, avós domésticas
6 Cuidado de
Cuidado de [8:30] ou outros depend.) 8 [7:58] ou outros depend.) [8:02]
filhos [3:19] 40 [8:27] 25 [2:06]
adultos (pais, avós 8 Tarefas [0:40] Tarefas [0:32] Tarefas
ou outros depend.) 21 domésticas 24 domésticas 19 31 domésticas
[0:45] 17 Tempo de 1 Tempo de
24 [1:51] Tempo de 7 [1:56] trabalho 3 [2:31] 5 11 estudo [0:03]
trabalho [1:35]
Tempo de Cuidado de Tempo de
[1:21] Tempo de Tempo de
estudo estudo estudo adultos (pais, avós trabalho [1:00]
ou outros depend.)
[1:52] [0:33] [0:12] [0:26]
/345
Como é que as frentes «vida em casal» e «filhos» Pela sua parte, os homens jovens que já incorporaram as
afectam a distribuição do tempo das mulheres e três frentes na sua vida dispõem para si próprios, por dia
dos homens e em casa, de quase sete horas para dormir (18 minutos
menos do que quando não tinham filhos) e de quase
O efeito de incorporar na sua vida as duas frentes do
duas horas de tempo livre para si (uma hora e 18 minutos
«trabalho pago» e da «vida em casal» não é igual para as
menos do que quando não tinham filhos). O cuidado e
mulheres jovens e para os homens jovens: elas destinam
educação dos filhos ocupa 37 % do tempo em que estão
às tarefas domésticas, diariamente, mais 42 minutos do
em casa acordados (isto é, cerca de três horas por dia).
que eles.
O efeito de incorporar a frente dos «filhos» torna ainda
Também não o é a incorporação da frente dos «filhos»: as
mais desequilibrada a situação das mulheres jovens face
mulheres que já incorporaram as três frentes na sua vida
à dos homens jovens na partilha das tarefas familiares:
– «trabalho pago», «vida em casal» e «filhos» – dispõem
elas destinam às tarefas domésticas e ao cuidado dos
para si próprias, por dia e em casa, de sete horas para
filhos, diariamente, mais 48 minutos do que eles e têm
dormir (24 minutos menos do que quando não tinham
42 minutos menos do que eles de tempo livre para si em
filhos) e de apenas uma hora e 12 minutos de tempo
casa acordadas.
livre para si (duas horas menos do que quando não
tinham filhos). A causa principal desta diminuição no
tempo para si encontra-se no cuidado e educação dos
filhos: 43 % do tempo que as mulheres jovens estão em
casa acordadas (isto é, quase três horas e meia por dia).
DIFERENÇAS DIFERENÇAS
MULHERES MULHERES
MULHERES HOMENS VS. HOMENS MULHERES HOMENS VS. HOMENS
Tempo a dormir Tempo a dormir Tempo a Tempo a dormir Tempo a dormir Tempo a
dormir dormir
[7:24] [7:12] [7:00] [6:54]
[+0:12] [+0:06]
Tempo fora Tempo fora Tempo fora
36 31
Tempo fora 37 de casa 36 35 29
de casa de casa 30 Tempo fora 29 de casa Tempo fora
[8:36] 24 24 de casa [8:42] 24 [8:30] 24 de casa
[8:48] [-0:12] [+0:12]
horas horas horas horas
33 33 35 36
Tempo Tempo em casa Tempo
Tempo em casa Tempo em casa em casa Tempo em casa em casa
acordada acordado acordado acordada acordado acordado
[8:00] [8:00] [=] [8:18] [8:36] [-0,18]
Tempo livre para si Tempo livre para si Tempo livre para si Tempo livre para si
(higiene pessoal, TV, ouvir (higiene pessoal, TV, ouvir Tempo livre (higiene pessoal, TV, ouvir (higiene pessoal, TV, ouvir Tempo livre
música, ler, etc.) música, ler, etc.) para si música, ler, etc.) música, ler, etc.) para si
[3:12] [3:12] [=] [1:12] [1:54] [-0,42]
Cuidado de Cuidado de
41 Cuidado de adultos [0:24] 14 adultos [0:30] 22
adultos [0:42] 41 Cuidado
Tempo de 4 Tarefas 6 Cuidado
Cuidado de de adultos Tempo de de adultos
adultos [0:18] 8 trabalho [0:54] 9 30 domésticas trabalho [1:06] 13 Tarefas
4 [-0:24] domésticas [-0:06]
[8:00] [8:00] [8:18] [2:24] [8:36] 21
Tempo de Tempo de 1 [1:48]
Tempo de 17 trabalho [1:42] 21 Trabalho/ estudo [0:06] Trabalho/
trabalho [1:24] Cuidado de
2 36 3 27 estudo filhos [3:24] 43 Cuidado de 37
estudo
Tempo de Tempo de [-0:18] [-0:18]
estudo [0:12] filhos [3:12]
estudo [0:12]
Tarefas Tarefas Tarefas Total tarefas domésticas Total tarefas domésticas Tarefas
domésticas domésticas domésticas domésticas
e cuidado de filhos e cuidado de filhos e filhos
[2:54] [2:12] [+0:42] [5:48] [5:00] [+0:48]
/347
Como é que as frentes afectam o que as mulheres
e os homens valorizam no «emprego ideal»
EMPREGO
IDEAL
TRABALHO PAGO
TRABALHO PAGO VIDA EM CASAL
NENHUMA FRENTE SÓ TRABALHO PAGO VIDA EM CASAL FILHOS
Poder conciliar bem o trabalho e a vida pessoal 19% 20% 26% 28%
Poder conciliar bem o trabalho e a vida pessoal 14% 17% 19% 21%
/349
Capítulo 9
Principais resultados
sobre as fases do ciclo
de vida dos jovens
O QUE PENSAM
Pág. 262 a 317 Pág. 352 a 363
O QUE SENTEM
Pág. 366 a 409 Pág. 412 a 453
/351
Limiares de idade que definem segmentos Se quisermos criar três faixas etárias, o grupo com mais
homogéneos de jovens com base em vários critérios de 25 anos mantém-se intacto, e desdobra-se o grupo
de classificação de forma conjunta dos jovens entre os 15 e os 24 anos. Entre estes, as prin-
cipais diferenças produzem-se a partir dos 20 anos, pelo
Entre os 2,2 milhões de jovens que esta investigação
que se dividem em dois: o grupo dos que têm entre 15 e
representa, na qual há jovens de todas as idades
19 anos e o dos que têm entre 20 e 24 anos.
compreendidas entre os 15 e os 34 anos, realizámos
uma análise multivariável denominada «Análise Cluster Se quisermos criar quatro faixas etárias, então,
Hierárquica», com a qual se pretende identificar quais desdobra-se o grupo dos jovens com 25 anos ou mais.
os limiares de idade que definem segmentos de jovens Neste escalão, a idade decisiva é a dos 30 anos.
que sejam parecidos com base no que fazem e pensam,
tendo em conta, de forma conjunta, todos os crité- Por conseguinte, as três idades fundamentais na vida
rios relacionados com os hábitos que têm, o que dos jovens que esta análise põe em evidência são os 20,
pensam, os seus valores e também com a relação que os 25 e os 30 anos. Assume-se que, consoante o tipo de
têm com cada uma das três frentes identificadas nesta vida que cada jovem teve e a idade em que acrescentou
investigação. à sua vida cada uma das frentes, os limiares de idade
podem oscilar em um, dois ou talvez três anos, para cima
Com base nos resultados do dendrograma resultante, ou para baixo.
pode concluir-se que, se quisermos criar duas faixas
etárias que sejam o mais homogéneas possível relativa-
mente ao que os jovens fazem e pensam, hoje em dia o
limiar com maior poder diferenciador está nos 25 anos,
o que significa que os jovens entre os 15 e os 24 anos
actuam e pensam de uma forma muito diferente dos
jovens a partir de 25 anos.
/353
Limiares de idade que definem segmentos E quando a análise é aplicada com o objectivo de iden-
homogéneos de jovens com base num único tificar os limiares de idade com base exclusivamente na
critério de classificação relação que têm com cada uma das três frentes identifi-
cadas nesta investigação, as três idades fundamentais na
Quando a análise multivariável denominada «Análise
vida dos jovens que esta análise põe em evidência são os
Cluster Hierárquica» é aplicada com o objectivo de iden-
20, os 25 e os 30 anos.
tificar os limiares de idade que definem segmentos de
jovens que sejam parecidos com base exclusivamente Com base na comparação dos resultados dos três
nos hábitos que têm, as três idades fundamentais na dendrogramas resultantes destas análises, pode concluir-
vida dos jovens que esta análise põe em evidência são os se que o único limiar que se repete nas três situações é
18, os 25 e os 30 anos. o dos 25 anos. Também se pode concluir que, em termos
de hábitos, os jovens com 18 e 19 anos são mais pare-
Quando a análise é aplicada com o objectivo de iden-
cidos com os que têm 20 e 21 anos do que com os que
tificar os limiares de idade que definem segmentos de
ainda não atingiram a maioridade. E que, em termos do
jovens que sejam parecidos com base exclusivamente no
que pensam e dos seus valores, os jovens com 30 e 31
que pensam e nos seus valores, as três idades fundamen-
anos são mais parecidos com os que têm 28 e 29 anos do
tais na vida dos jovens que esta análise põe em evidência
que com os que têm 32 anos ou mais.
são os 20, os 25 e os 32 anos.
Rescaled Distance Cluster Combine (1) Rescaled Distance Cluster Combine (1) Rescaled Distance Cluster Combine (1)
25 20 15 10 5 0 25 20 15 10 5 0 25 20 15 10 5 0
/355
Limiares de idade que definem segmentos Com base na comparação dos resultados dos dois
homogéneos de mulheres e homens com base em dendrogramas resultantes da análise das mulheres
vários critérios de classificação de forma conjunta jovens face à dos homens jovens, pode concluir-se que
o único limiar que se repete nas mulheres e nos homens
Quando a análise multivariável denominada «Análise
é o dos 24 ou 25 anos. Também se pode concluir que
Cluster Hierárquica» é aplicada com o objectivo de iden-
o ciclo de vida das mulheres entre os 15 e os 34 anos é
tificar os limiares de idade que definem segmentos de
mais simples no que respeita ao número de fases do que
mulheres jovens que sejam parecidas com base no que
o ciclo dos homens nessa mesma faixa etária, pois o das
fazem e pensam, tendo em conta, de forma conjunta,
mulheres tem três fases e o dos homens, quatro.
todos os critérios relacionados com os hábitos que têm,
o que pensam, os seus valores e também com a relação Da análise resultante pode ainda concluir-se que o que
que têm com cada uma das três frentes identificadas os homens com 24 anos fazem e pensam é parecido com
nesta investigação, as duas idades fundamentais na vida o que as mulheres fazem e pensam aos 20 anos. E que o
das mulheres jovens que esta análise põe em evidência que os homens fazem e pensam com 30 anos é parecido
são os 20 e os 25 anos. com o que as mulheres fazem e pensam com 25 anos.
Portanto, há um desfasamento de quatro anos na tran-
Quando a análise é aplicada com o objectivo de iden-
sição da primeira fase para a segunda e um desfasamento
tificar os limiares de idade que definem segmentos de
de cinco anos na transição da segunda fase para a terceira.
homens jovens que sejam parecidos com base no que
fazem e pensam, tendo em conta, também de forma
conjunta, todos os critérios relacionados com os hábitos
que têm, o que pensam, os seus valores e ainda com a
relação que têm com cada uma das três frentes identi-
ficadas nesta investigação, as três idades fundamentais
na vida dos homens jovens que esta análise põe em
evidência são os 18, os 24 e os 30 anos.
MULHERES
Rescaled Distance Cluster Combine (1) Rescaled Distance Cluster Combine (1)
25 20 15 10 5 0 25 20 15 10 5 0 25
anos 3.ª
34 anos 34 anos 25 fase 34
33 anos 31 anos 20
anos
32 anos 33 anos 2.ª
20 fase 24
31 anos 32 anos
30 anos 30 anos 1.ª
30
anos 15 fase 19
28 anos 29 anos
29 anos 28 anos
27 anos 27 anos
26 anos 26 anos
25 anos 25 anos HOMENS
25
24 anos anos 24 anos
24
23 anos 23 anos anos 30
anos
22 anos 3.ª
22 anos fase
24 30 34
21 anos 21 anos anos 2.ª
18 24 fase 29
20 anos 20 anos
20 anos 1.ª
19 anos anos
19 anos 18 fase 23
18 anos 18 anos
18 15 17
17 anos 17 anos anos
As mulheres As mulheres
15-16 anos 15-16 anos entram na 2.ª fase entram na 3.ª fase
quatro anos antes cinco anos antes
dos homens dos homens
/357
Quais acham que são os critérios mais importantes Os dois critérios que ao longo do ciclo de vida vão
para que uma pessoa possa ser considerada adulta perdendo relevância na definição de «pessoa adulta»
em cada fase do ciclo de vida dos jovens são «ter 18 anos» (passa de 51 % de referências entre os
jovens que se encontram na primeira fase do ciclo de
Dos dez critérios que se pediu aos jovens que classifi-
vida para 36 % de referências entre os que já estão na
cassem de acordo com o grau de importância para que
quarta) e «terminar os estudos» (passa de 39 % de refe-
uma pessoa possa ser considerada adulta, o que ocupa a
rências na primeira fase do ciclo de vida para 19 % entre
primeira posição do ranking (tendo em conta as alusões
os que já estão na quarta).
na primeira, na segunda e na terceira posições), nas
quatro fases do ciclo de vida, e com uma percentagem No extremo oposto, o único critério que ao longo do
de menções parecida, é «ser financeiramente indepen- ciclo de vida vai ganhando relevância na definição de
dente» (oscila entre 75 % na primeira fase e 79 % na «pessoa adulta» é «tornar-se menos centrado sobre si
terceira e na quarta). próprio e dedicar maior atenção aos outros» (passa de
27 % de referências entre os jovens que se encontram
Os restantes critérios não são tão estáveis no tempo,
na primeira fase do ciclo de vida para 39 % de referên-
isto é, a ideia que os jovens têm do que é uma «pessoa
cias entre os que já estão na quarta). De facto, ocupa
adulta» não é estática, antes varia à medida que o jovem
a terceira posição no ranking de importância entre os
avança na idade.
jovens com entre 30 e 34 anos.
RANKING DE IMPORTÂNCIA DECLARADO DE CADA UM DOS DEZ CRITÉRIOS CONSIDERADOS EM CADA FASE DO CICLO DE VIDA
15 16 17 18 19 21 22 23 24 26 27 28 29 31 32 33 34
Ter 18 anos 29 51 23 45 19 39 21 36
Terminar os estudos 4 39 4 26 3 21 2 19
Poder votar 7 23 9 28 7 21 6 20
Ter filhos 6 6 8 10
/359
Que frentes são mais habituais em cada fase do
ciclo de vida dos jovens
15 16 17 18 19 21 22 23 24 26 27 28 29 31 32 33 34
Vivem com
companheiro/a 4 20 50 65
Têm filhos 0 5 17 42
Trabalho pago
3 frentes Vida em casal 0 2 9 28
Filhos
Trabalho pago 3 9 29 23
Vida em casal
Vida em casal
2 frentes Filhos 0 1 5 8
Trabalho pago
Filhos 0 1 2 4
Só
Trabalho pago 13 28 31 19
Só
1 frente Vida em casal 1 8 7 6
Só filhos 0 1 1 2
Nenhuma frente 83 50 16 10
/361
Evolução da partilha e do acordo sobre a partilha No que diz respeito à evolução na «partilha do cuidado
dos três tipos de responsabilidades familiares e educação dos filhos», conclui-se que esta também
entre os jovens heterossexuais que vivem com o/a melhora, no sentido em que cada vez há mais casais com
companheiro/a filhos na situação em que «os dois fazem o mesmo» (mais
13 pontos). Contudo, nos casais mais jovens com filhos,
Comparando os jovens que agora têm entre 15 e 24
em que a mãe ou o pai têm entre 15 e 24 anos, as mães
anos com os que já passaram a barreira dos 25 anos,
fazem mais do que os pais, numa proporção que é ainda
verifica-se que há uma evolução positiva na «partilha
superior à das tarefas domésticas: 54 % dos casos.
das despesas comuns e da casa», no sentido em que
aumentam o número de casais (mais 5 pontos) na Quando olhamos para a evolução na percentagem de
situação em que «os dois pagam o mesmo». casais que acordaram, antes de irem viver juntos, como
iriam partilhar cada um destes três tipos de responsa-
A evolução na «partilha das tarefas domésticas»
bilidades familiares, verifica-se que também há uma
também melhora, visto que há cada vez mais casais
evolução favorável nos três casos. Contudo, a questão
(mais 11 pontos) na situação em que «os dois fazem o
de que menos se fala, e também aquela que melhorou
mesmo». Contudo, nos casais mais jovens, em que um
menos entre os casais destas duas faixas etárias, é o
dos membros do casal tem entre 15 e 24 anos, 39 % das
«cuidado e educação dos filhos», justamente aquela em
mulheres jovens fazem «mais tarefas domésticas do que
que a situação das mães jovens é mais desfavorável face
o companheiro».
à dos pais jovens.
15 34 15 34 15 34
Falaram sobre
Falaram sobre como partilhar as
como partilhar as 57 tarefas ligadas à 61
CONCOR- Falaram sobre 65 tarefas domésticas 69 educação dos filhos 67
DÂNCIA como partilhar as 78 antes de irem viver antes de os ter
despesas antes de juntos +12 +6
SOBRE A irem viver juntos +13
PARTILHA
% de jovens
O QUE PENSAM
Pág. 262 a 317 Pág. 352 a 363
O QUE SENTEM
Pág. 366 a 409 Pág. 412 a 453
/365
Até que ponto os jovens sentem pressão para ser No extremo oposto, há duas situações em que a maioria
de uma determinada maneira dos jovens sentiu pouca ou nenhuma pressão: «ter
sucesso nas redes sociais» (obter comentários positivos
Para avaliar junto dos jovens até que ponto sentem
ou likes, ter muitos seguidores/contactos…) e «vir a ter
pressão nas sete situações aqui definidas, foi decidido
filhos» (em 69 % e 48 % dos casos, respectivamente,
utilizar uma escala de 11 pontos, entre 0 e 10, em que 0
foram referidos valores abaixo de 5).
equivalia a «não sinto nenhuma pressão» e 10 equivalia a
«sinto muita pressão». O ranking das situações segundo o grau em que os
jovens declaram sentir pressão é idêntico entre as
Entre os 2,2 milhões de jovens que este estudo repre-
mulheres e os homens. Contudo, a intensidade da
senta, a situação em que mais jovens referiram ter
pressão sentida oscila em função do sexo dos jovens.
sentido bastante ou muita pressão envolve «ter sucesso
Em quatro das situações consideradas, as mulheres
no trabalho ou nos estudos» (69 % referiram valores de
sentem-se mais pressionadas do que os homens: «ter
7 ou mais), uma situação que ocupa a primeira posição
sucesso no trabalho ou nos estudos», «não desiludir os
no ranking da pressão experimentada pelos jovens.
meus pais/a minha família», «ser fisicamente atractiva» e
A segunda posição é ocupada por «não desiludir os meus «mostrar-me sempre bem-disposta».
pais/a minha família».
Escala utilizada
Nenhuma Muita
pressão 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 pressão
PERCENTAGEM DE JOVENS POR GRAU EM QUE SENTEM PRESSÃO DA FAMÍLIA, DOS AMIGOS, DOS PROFESSORES
OU DA SOCIEDADE EM GERAL PARA SEREM DE UMA DETERMINADA MANEIRA GRAU DE PRESSÃO MÉDIO POR SEXO
Mulheres As mulheres sentem-se mais pressionadas
Homens Os homens sentem-se mais pressionados
Muita
Grau de Diferenças
pressão 0 2 4 6 8 10 mulheres vs.
pressão homens
5-6 7-8 9-10 médio
Ter sucesso no trabalho ou nos estudos 8 7,1 Pressão 6,8 7,5 +0,7
7 16 32 37 alta
/367
Quantos jovens se sentiram discriminados
por cada uma das quatro situações
Total Total
jovens Mulheres Homens jovens Mulheres Homens
(100%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (100%=100%) (50%=100%) (50%=100%)
Sentiram-se 6
Sentiram-se discriminados 20
discriminados pela 38 33 pelo sexo 34
aparência física 42
Total Total 39
jovens Mulheres Homens jovens Mulheres Homens
(100%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (100%=100%) (50%=100%) (50%=100%)
Sentiram-se
Sentiram-se
11 discriminados pela 7 8 5
discriminados 14 17 orientação sexual
pela idade x 1,6
Nunca se sentiram 58
x 1,5 discriminados por
nenhuma destas 46
4 situações 35
Nunca se sentiram
Nunca se sentiram discriminados pela 95
89 orientação sexual 93 92
discriminados pela 86 83
idade
/369
Quantos jovens sofreram situações de assédio
ou violência
MULHERES
(50%=100%)
Violência psicológica
nas suas relações de intimidade 23
Violência sexual
nas suas relações de intimidade 6 Sofreram 32
alguma situação 42
de assédio ou
violência 53
x 1,7
HOMENS
(50%=100%)
Violência física
nas suas relações de intimidade 4
Violência sexual
nas suas relações de intimidade 2
/371
Tipos de assédio ou violência que sofreram Quando os três tipos de situações de «violência física
e contextos em que os sofreram ou sexual» são analisados de forma conjunta, verifica-se
que 19 % dos jovens declararam tê-la sofrido pelo menos
Ao analisar de forma conjunta os três tipos de situações
uma vez. Neste tipo de violência, alcança-se a maior
de «violência psicológica» considerados na investigação,
diferença entre as mulheres e os homens: 30 % entre elas
verifica-se que, dos 2,2 milhões de jovens que esta
face a 8 % entre eles (portanto, quase quatro vezes mais
investigação representa, 36 % declararam que sofreram
entre as mulheres).
situações de «violência psicológica» pelo menos uma
vez. Contudo, neste tipo de violência há uma enorme Quando os três tipos de situações relativas à «violência
diferença segundo o sexo dos jovens: 43 % entre as nas relações de intimidade» são analisados de forma
mulheres face a 29 % entre os homens (portanto, quase conjunta, verifica-se que também 19 % dos jovens decla-
o dobro entre as mulheres). raram tê-la sofrido pelo menos uma vez. Neste tipo de
violência, alcança-se a segunda maior diferença entre as
A seguinte situação mais habitual entre os jovens ocorre
mulheres e os homens: 26 % entre elas face a 12 % entre
quando os três tipos de situações relativas à «violência
eles (portanto, mais do dobro entre as mulheres).
fora do âmbito da sua intimidade» são analisados de
forma conjunta: 35 % dos jovens declararam tê-la sofrido
pelo menos uma vez. Neste tipo de violência, alcança-
se a terceira maior diferença entre as mulheres e os
homens: 44 % entre elas face a 26 % entre eles (portanto,
quase o dobro entre as mulheres).
x 1,5
Nunca sofreram 85
Nunca sofreram violência física/ 75
64 sexual 66
violência 58
psicológica 53
/373
Situações de violência doméstica que sofreram
com o/a companheiro/a actual
59%
SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA QUE SOFRERAM COM SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA QUE AS MULHERES SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA QUE OS HOMENS
O/A COMPANHEIRO/A ACTUAL SOFRERAM COM O/A COMPANHEIRO/A ACTUAL SOFRERAM COM O/A COMPANHEIRO/A ACTUAL
% de jovens % de jovens % de jovens
Não sofreram nenhum tipo Não sofreram nenhum tipo Não sofreram nenhum tipo
de violência doméstica 95 de violência doméstica 94 de violência doméstica 96
Sofreram
0,4 4,2% Sofreram
0,4 5,0% Sofreram
0,1 3,2%
violência sexual violência sexual violência sexual
Jovens que não vivem Mulheres que não vivem Homens que não vivem
com companheiro/a 3,4% com companheiro/a 4,7% com companheiro/a 2,0%
/375
Quantas mulheres e quantos homens jovens 5 % dos jovens sofreram «transtornos de alimentação».
passaram por cada uma destas quatro situações Neste caso, verifica-se a máxima diferença entre as
de «fragilidade» mulheres jovens e os homens jovens de entre as quatro
situações de «fragilidade» consideradas: 8 % no caso
Das quatro situações de «fragilidade» consideradas
delas face a 2 % no caso deles (portanto, quatro vezes
neste estudo, a dos jovens que «tentaram acabar com
mais entre as mulheres jovens).
a sua vida ou pensaram nisso» é a mais habitual: acon-
teceu a quase um quarto (23 %) dos 2,2 milhões aqui No que respeita às mulheres jovens que «ficaram grávidas
representados. Entre as mulheres jovens, a situação é sem o desejar» são 5 % face a 3 % de homens jovens que
ainda pior do que entre os homens jovens: 29 % no caso «engravidaram involuntariamente uma mulher» (portanto,
delas face a 17 % no caso deles (portanto, quase o dobro quase o dobro entre as mulheres jovens).
entre as mulheres jovens).
TENTARAM ACABAR COM A SUA VIDA OU PENSARAM NISSO INFLIGIRAM LESÕES NO SEU CORPO DE FORMA INTENCIONAL
% de jovens % de jovens
Total Total
jovens Mulheres Homens jovens Mulheres Homens
(100%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (100%=100%) (50%=100%) (50%=100%)
Infligiram lesões
Tentaram no seu corpo de 12 8
acabar com a 17 16
sua vida ou 23 29
forma
intencional
pensaram nisso
x 2,0
x 1,7
Nunca infligiram
Nunca tentaram lesões no seu
88 92
acabar com a 83 corpo de forma 84
sua vida nem 77 71 intencional
pensaram nisso
Total Total
jovens Mulheres Homens jovens Mulheres Homens
Sofreram (100%=100%) (50%=100%) (50%=100%) Ficaram grávidas (100%=100%) (50%=100%) (50%=100%)
transtornos de 5 8 2 sem o desejar / 4 5 3
alimentação Engravidaram
(anorexia ou
bulimia) x 4,0 involuntariamente x 1,7
uma mulher
Nunca ficaram
Nunca sofreram grávidas sem o
transtornos de 95 92 98 desejar / 96 95 97
alimentação Engravidaram
involuntariamente
uma mulher
/377
Inter-relação entre as 15 situações
de discriminação, de assédio ou violência
e de «fragilidade» sofridas pelos jovens
Discriminados pela
aparência física 100 49 49 43 52 53 63 56 53 53 54 58 58 68 45 38
SITUAÇÕES DE DISCRIMINAÇÃO
Discriminadas por
serem mulheres 22 100 45 24 28 0 29 35 49 34 38 30 35 44 21 17
Discriminados
pela idade 18 37 100 24 22 41 24 27 26 27 23 23 23 25 19 14
Discriminados
pela etnia 9 11 13 100 11 16 12 11 11 12 15 13 12 13 16 7
Discriminados pela
orientação sexual 9 11 10 10 100 12 13 13 12 9 14 14 20 22 4 7
Discriminados por
serem homens 4 0 9 6 5 100 5 6 2 5 4 5 5 2 4 3
Assédio moral num ou mais
dos locais onde estudaram 39 41 40 38 46 40 100 46 45 45 44 44 46 46 27 24
SITUAÇÕES DE ASSÉDIO
/379
Pressão social, situações em que se sentiram de escolaridade nem com o sexo dos jovens. O cenário entre as completaram até ao ensino básico face às que
discriminados e transtornos que sofreram, em que se atinge o valor médio mais elevado em termos completaram o ensino superior (21 % face a 10 %). As que
por idade e nível de escolaridade entre mulheres da pressão experimentada ocorre entre as mulheres que sofreram «transtornos de alimentação» são quase o dobro
e homens completaram o ensino superior, relativamente a «ter entre as que completaram até ao ensino básico face às
sucesso no trabalho ou nos estudos». que completaram o ensino superior (12 % face a 7 %).
Longe de melhorar com o passar do tempo, tanto nas
mulheres como nos homens observa-se uma situação Das seis situações de discriminação avaliadas, há duas nas Entre os homens jovens, a única das quatro situações
bastante mais delicada na década dos mais jovens (de quais, tanto entre as mulheres como entre os homens, de «fragilidade» que tem relação com o nível de esco-
15 a 24 anos) do que na década dos mais velhos (de 25 a o nível de escolaridade contribui para diminuir a proporção laridade é a dos que «infligiram lesões no seu corpo de
34 anos). Na grande maioria das situações consideradas, dos jovens que se sentem discriminados: «a aparência forma intencional». Os homens que «infligiram lesões
os valores máximos verificam-se entre os mais jovens, física» e «a etnia». Além disso, e só no caso das mulheres, no seu corpo de forma intencional» são o dobro entre
e, entre eles, a posição das mulheres é bastante mais o nível de escolaridade também contribui para diminuir os que completaram até ao ensino básico face aos que
frágil do que a dos homens. A única situação em que se a percentagem das que se sentem discriminadas pela sua completaram o ensino superior (10 % face a 5 %).
observa uma evolução favorável, tanto nelas como neles, «orientação sexual». Em síntese, entre as mulheres que
é: «ficaram grávidas sem o desejar» ou «engravidaram completaram até ao ensino básico, a grande maioria (74 %)
involuntariamente uma mulher». sentiu-se discriminada por pelo menos uma das situações
consideradas, enquanto, entre as mulheres que comple-
No que se refere à relação destas questões com o nível
taram o ensino superior, esse número diminui em dez
de escolaridade, observa-se que, em seis das sete situa-
pontos (64 %).
ções em que a pressão que os jovens sentem foi avaliada,
os valores máximos, na escala de 11 pontos, entre 0 e Entre as mulheres, com excepção das que «ficaram
10, em que 0 equivalia a «não sinto nenhuma pressão» grávidas sem o desejar» (cujo valor é estável), nas outras
e 10 equivalia a «sinto muita pressão», dão-se entre os três situações de «fragilidade» consideradas, um nível
jovens (tanto mulheres como homens) que comple- mais elevado de escolaridade contribui para diminuir a
taram o ensino superior. Nessas seis situações, acontece proporção de jovens que enfrentaram essas situações.
também que a pressão que as mulheres com estudos As que «tentaram acabar com a sua vida ou pensaram
superiores sentem é maior do que a que sentem os nisso» são mais do dobro entre as que completaram até
homens com estudos superiores. A única excepção é ao ensino básico face às que completaram o ensino supe-
«ter sucesso nas redes sociais», em que a pressão que os rior (41 % face a 19 %). Também as que «infligiram lesões
jovens sentem não tem nenhuma relação nem com o nível no seu corpo de forma intencional» são mais do dobro
Principais diferenças
Mulheres Homens
15 34 Completaram 15 34 Completaram
Nenhuma Muita
25 anos ensino 25 anos ensino
pressão pressão
Completaram secundário Completaram Completaram secundário Completaram
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 15 a 24 25 a 34 ensino ou pós- ensino 15 a 24 25 a 34 ensino ou pós- ensino
anos anos básico -secundário superior anos anos básico -secundário superior
GRAU MÉDIO EM QUE SENTEM PRESSÃO PARA SEREM (48%=100%) (48%=100%) (32%=100%) (38%=100%) (30%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (41%=100%) (40%=100%) (19%=100%)
DE UMA DETERMINADA MANEIRA
Ter sucesso no trabalho ou nos estudos 8,1 6,9 7,8 7,1 7,6 7,1 6,4 6,7 6,7 7,1
Não desiludir os pais / a família 7,3 6,4 6,7 6,6 7,2 6,6 5,6 5,9 6,1 6,6
Ser fisicamente atractivo 6,2 5,5 5,7 5,6 6,1 5,4 4,8 5,0 5,0 5,4
Mostrar-se sempre bem-disposto 6,0 5,6 5,5 5,6 6,1 5,3 5,1 5,1 5,1 5,5
Ter sucesso nas relações amorosas 5,5 5,1 5,1 5,1 5,8 5,4 5,0 5,2 5,0 5,6
Vir a ter filhos 4,0 4,9 3,6 4,2 5,6 4,2 4,3 3,9 4,2 5,0
Ter sucesso nas redes sociais 3,0 2,5 2,8 2,6 2,9 3,0 2,5 2,8 2,8 2,7
Já se sentiram discriminados 73% 65% 74% 68% 64% 51% 47% 50% 49% 48%
Nunca se sentiram discriminados 27% 35% 26% 32% 36% 49% 53% 50% 51% 52%
/381
Situações de assédio ou violência que sofreram, No que diz respeito ao efeito do nível de escolaridade, Entre os homens, a única situação de assédio ou
por idade e nível de escolaridade entre mulheres entre as mulheres, com excepção das que sofreram violência que tem alguma relação com o nível de esco-
e homens «assédio físico ou sexual fora do âmbito da sua intimi- laridade é o «assédio moral no local de trabalho». Nesta
dade» (cujo valor é estável), nas outras cinco situações situação, o nível de estudos tem entre os homens o
O passar do tempo parece estar a afectar de forma dife-
de assédio ou violência consideradas neste estudo, mesmo efeito que nas mulheres: entre os homens
rente a evolução das situações de assédio ou violência
há estreita relação entre a percentagem de mulheres que que completaram o ensino superior, quase duplica a
enfrentadas pelas mulheres e pelos homens. Entre as
as sofreram e o nível de escolaridade que têm. proporção dos que sofreram «assédio moral no local de
mulheres, observa-se uma situação bastante mais deli-
trabalho» face ao que se verifica entre os que comple-
cada na década das mais jovens (de 15 a 24 anos) do As situações em que um nível mais elevado de escolari- taram até ao ensino básico (passa de 6 % para 10 %).
que na década das mais velhas (de 25 a 34 anos) tanto dade contribui para diminuir a proporção das mulheres
no «assédio moral num ou mais locais onde estudaram» jovens que enfrentaram essas situações são: o «assédio No que diz respeito às situações de violência domés-
como no «assédio físico ou sexual fora do âmbito da moral no local de estudos», a «violência psicológica nas tica sofridas com o/a companheiro/a actual, tanto nas
sua intimidade» e também nas situações de violência suas relações de intimidade» e a «violência física ou mulheres como nos homens, um nível mais elevado
que sofreram com o/a companheiro/a actual. Também sexual nas suas relações de intimidade». de escolaridade contribui para diminuir a proporção
nas restantes situações, o passar do tempo contribui de jovens que enfrentaram essas situações. Contudo,
para aumentar o número de mulheres jovens que as No extremo oposto, há uma situação em que um nível em todos os níveis de escolaridade, a proporção de
enfrentaram. Já entre os homens, não há praticamente mais elevado de escolaridade contribui para aumentar mulheres que sofrem «violência doméstica com o seu
diferenças resultantes do passar do tempo na proporção a proporção das mulheres jovens que enfrentaram essa parceiro ou parceira» é superior à que ocorre entre os
dos que as sofreram, com excepção do «assédio moral situação: o «assédio moral no local de trabalho duplica homens com a sua parceira ou parceiro: a máxima dife-
nos locais de trabalho» e do número dos que sofreram entre as mulheres que completaram o ensino superior rença por sexo ocorre entre os que completaram até ao
alguma situação de violência com a/o companheira/o face às que completaram até ao básico (passa de 9 % ensino básico (8 % nelas face a 4 % nos homens).
actual, que vai aumentando com o passar do tempo. para 18 %).
Mulheres Homens
15 34 15 34
Completaram Completaram
25 anos ensino 25 anos ensino
Completaram secundário Completaram Completaram secundário Completaram
Principais diferenças 15 a 24 25 a 34 ensino ou pós- ensino 15 a 24 25 a 34 ensino ou pós- ensino
anos anos básico -secundário superior anos anos básico -secundário superior
(48%=100%) (48%=100%) (32%=100%) (38%=100%) (30%=100%) (50%=100%) (50%=100%) (41%=100%) (40%=100%) (19%=100%)
Sofreram alguma situação de assédio ou violência 54% 52% 54% 53% 51% 29% 35% 31% 33% 30%
Nunca sofreram assédio ou violência 42% 44% 42% 42% 46% 63% 59% 61% 59% 66%
Preferem não responder 4% 4% 4% 5% 3% 8% 6% 8% 8% 4%
/383
Cenários com uma maior proporção de jovens Da árvore de segmentação resultante desta análise,
que «tentaram acabar com a sua vida ou também podemos concluir que:
pensaram nisso»
• Os jovens que tentaram acabar com a vida ou
Recorremos ao método de análise multivariável CHAID pensaram nisso em maior proporção são aqueles em
(Chi-Square Automatic Interaction Detector) para iden- que se conjugam as seguintes situações:
tificar os cenários em que se maximiza e minimiza a 1) não se sentem satisfeitos com a relação que têm
percentagem de jovens que «tentaram acabar com a sua com os dois progenitores;
vida ou pensaram nisso» (23 %). 2) são homossexuais, bissexuais ou assexuais;
3) os seus valores e forma de ser pertencem a uma das
Tendo em vista os resultados desta análise, podemos
duas tipologias de inseguros («inseguros solitários»
concluir que, entre as variáveis de classificação de que
ou «inseguros modernos»).
dispúnhamos relativamente a quem são os jovens e à
Trata-se de 5 % dos jovens, de entre os quais a
relação que têm com a sua família de origem:
percentagem daqueles que tentaram acabar com a
• O que mais contribui para que os jovens tentem vida ou pensaram nisso dispara para 62 %.
acabar com a vida ou pensem nisso é a relação que • No extremo oposto, os jovens que tentaram acabar
têm com os pais. Entre os jovens que «têm relação com a vida ou pensaram nisso em menor proporção são
com a mãe e com o pai e se sentem satisfeitos com os aqueles em que se conjugam as seguintes situações:
dois», a percentagem dos que tentaram acabar com a 1) sentem-se satisfeitos com a relação que têm com os
vida ou pensaram nisso é metade da dos jovens que se dois progenitores;
encontram nas outras situações, isto é, entre os que se 2) os seus valores e forma de ser pertencem a uma das
sentem satisfeitos só com a mãe, só com o pai ou que quatro tipologias dos não inseguros;
não se sentem satisfeitos com nenhum deles (31 % nos 3) têm um índice de massa corporal nos pontos
primeiros face a 15 % nos segundos). centrais da escala («peso normal» ou «excesso de
• Os factores mais influentes num segundo nível são dife- peso»).
rentes nos dois tipos de jovens que a análise identificou, São 28 % dos jovens, de entre os quais a percen-
consoante a relação que os jovens têm com os pais. tagem daqueles que tentaram acabar com a vida ou
pensaram nisso cai para 11 %.
Sentem-se satisfeitos só com a mãe ou só com o pai Sentem-se satisfeitos com a mãe
Não se sentem satisfeitos nem com a mãe nem com o pai e com o pai
31% 15%
Tipo 2: Inseguros T4: Confiantes tradicionais Tipo 2: Inseguros T4: Confiantes tradicionais Ateus, indiferentes, Católicos
solitários T1: Confiantes na moda solitários T1: Confiantes na moda agnósticos, crentes praticantes Peso baixo Peso normal
Tipo 6: Inseguros T5: Confiantes solitários Tipo 6: Inseguros T5: Confiantes solitários sem religião, crentes Católicos Obesidade Excesso de peso
modernos T3: Tímidos na moda modernos T3: Tímidos na moda noutras religiões não praticantes
ORIENTAÇÃO SEXUAL
Homossexuais
Bissexuais Heterossexuais
Assexuais
27% 9%
Sentem-se satisfeitos só com a mãe ou só com o pai Sentem-se satisfeitos com a mãe
Mulheres Homens Não se sentem satisfeitos nem com a mãe nem com o pai e com o pai
Ranking 1.º 3.º 2.º 7.º 4.º 6.º 5.º 8.º 9.º
% de jovens 6% 3% 2% 3% 21% 25% 5% 25% 10%
(1) Árvore identificada através do método de análise Chi-Square Automatic Interaction Detector (CHAID). Definiu-se que o limite da dimensão do segmento mais reduzido fosse de 2% (o que
equivale a uma amostra de aproximadamente 50 casos).
/387
Cenários com uma maior proporção de jovens Da árvore de segmentação resultante desta análise,
que «sofreram transtornos de alimentação» também podemos concluir que:
Recorremos ao método de análise multivariável CHAID • Os jovens que sofreram de transtornos de alimen-
(Chi-Square Automatic Interaction Detector) para iden- tação numa maior proporção são aqueles em que se
tificar os cenários em que se maximiza e minimiza a conjugam as seguintes situações:
percentagem de jovens que «sofreram transtornos de 1) são mulheres;
alimentação» (5 %). 2) homossexuais, bissexuais ou assexuais;
3) têm como nível de escolaridade o ensino básico.
Tendo em vista os resultados desta análise, podemos
Trata-se de 5 % dos jovens, de entre os quais a
concluir que, entre as variáveis de classificação de que
percentagem dos que sofreram transtornos de
dispúnhamos relativamente a quem são os jovens e à
alimentação dispara para 21 %.
relação que têm com a sua família de origem:
• No extremo oposto, os jovens que sofreram trans-
• O que mais contribui para que os jovens sofram trans- tornos de alimentação numa proporção inferior
tornos de alimentação é o facto de serem mulheres são aqueles em que que se conjugam as seguintes
ou homens: a percentagem de mulheres que sofreram situações:
transtornos de alimentação é quase o quádruplo da 1) são homens;
dos homens (8 % face a 2 %). 2) são heterossexuais;
• O factor mais influente num segundo nível é o mesmo 3) sentem-se satisfeitos com a relação que têm tanto
para as mulheres e para os homens: a orientação sexual com a mãe como com o pai.
dos jovens. E a tendência que se observa também é Trata-se de 22 % dos jovens, de entre os quais a
igual: entre os jovens que se declararam homossexuais, percentagem dos que sofreram transtornos de
bissexuais ou assexuais, os que sofreram transtornos alimentação cai para 1 %.
de alimentação aumentam significativamente face
aos que se declararam heterossexuais (mais do que
duplicam entre as mulheres e mais do que triplicam
entre os homens).
SEXO
Mulheres Homens
8% 2%
ORIENTAÇÃO ORIENTAÇÃO
SEXUAL SEXUAL
Homossexuais Homossexuais
Bissexuais Heterossexuais Bissexuais Heterossexuais
Assexuais Assexuais
15% 7% 7% 2%
(1) Árvore identificada através do método de análise Chi-Square Automatic Interaction Detector (CHAID). Definiu-se que o limite da dimensão do segmento mais reduzido fosse de 2% (o que
equivale a uma amostra de aproximadamente 50 casos).
/389
Até que ponto se cumpriram as expectativas que entre os jovens que declararam que as suas expectativas
os jovens tinham relativamente à vida e grau de foram cumpridas, a felicidade se situa, em média, em 7,5.
felicidade com a mesma
Se, considerando este limiar de felicidade, classificarmos
O mais comum é que o grau de cumprimento das expec- todos os jovens em função do que declararam sobre
tativas que os jovens tinham relativamente à vida se o grau de felicidade que sentem com a vida, podemos
situe nos níveis «abaixo» ou «muito abaixo» das expecta- concluir que dois quintos (40 %) se sentem felizes ou
tivas: acontece a 38 % dos jovens. O segundo caso mais muito felizes, pouco mais de um quarto (26 %) quase
comum é o dos jovens que consideram que a sua vida está felizes e pouco mais de um terço (34 %) pouco felizes
a cumprir as expectativas que tinham imaginado: acon- com a sua vida.
tece a 36 % dos jovens. O menos habitual (23 %) é o caso
dos que manifestaram que a sua vida «ultrapassou» as
expectativas ou «está muito para além» das expectativas.
Os restantes 3 % declaram que não criaram nenhuma
expectativa sobre como seria a sua vida.
GRAU MÉDIO
GRAU DE CUMPRIMENTO DAS FELICIDADE MÉDIA COM A VIDA EM FUNÇÃO DO GRAU DE TIPOLOGIA DE JOVENS EM FUNÇÃO DO DE FELICIDADE
EXPECTATIVAS COM A VIDA CUMPRIMENTO DAS EXPECTATIVAS GRAU DE FELICIDADE COM A VIDA COM A VIDA
% de jovens % de jovens
Nada felizes Muito felizes
Escala utilizada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Muito para além
das expectativas 5 Jovens cuja vida está muito para
além das suas expectativas
8,6 Jovens MUITO FELIZES
Ultrapassou as 23% com a vida 21
expectativas
18 (9-10)
Abaixo das
expectativas 33 Jovens cuja vida está muito
38% 4,6 Jovens POUCO FELIZES
abaixo das suas expectativas com a vida 34
(0-6)
Muito abaixo das
expectativas 5 Jovens que não tinham nenhuma
Não tinha nenhuma 3 expectativa relativamente à vida 7,2
expectativa
/391
Até que ponto se cumpriram as expectativas que
tinham relativamente à vida e grau de felicidade
com a mesma, consoante o sexo dos jovens
/393
Ranking de satisfação dos jovens com as facetas Das facetas da vida dos jovens que foram analisadas,
da vida aquela com que os jovens se sentem menos satisfeitos
é o aspecto físico: 52 % manifestaram valores entre 0 e
Entre as 12 facetas da vida dos jovens que foram anali-
6, o que a investigação aponta como uma clara insatis-
sadas, há cinco com as quais os jovens se sentem,
fação com o mesmo; dois em cada cinco jovens (21 %)
em média, satisfeitos; cinco com as quais se sentem,
declararam o valor 7, que apreendemos ser sinónimo de
em média, quase satisfeitos e duas com as quais se
se sentirem quase satisfeitos, e pouco mais de um quarto
sentem, em média, pouco satisfeitos.
(27 %) referiram valores entre 8 e 10, o que equivale a
Os filhos ocupam a primeira posição neste ranking de manifestar que se sentem satisfeitos com o aspecto físico.
satisfação, já que a grande maioria (82 %) dos jovens que
Numa situação muito similar à do aspecto físico,
os tiveram declararam os valores de satisfação máximos
encontra-se o trabalho pago: é a penúltima no ranking
da escala, 9 ou 10, e apenas 4 % se sentem pouco satis-
de satisfação dos jovens com as facetas da vida, com
feitos com os filhos.
dois em cada cinco jovens que têm trabalho pago a
O/a companheiro/a ocupa a segunda posição no ranking declararem-se pouco satisfeitos com ele.
de satisfação dos jovens.
Os filhos 4 6 8 82 9,4
As amigas 13 15 20 52 8,4
A mãe 19 12 14 55 8,2
8,0
Os irmãos 24 14 15 47 7,8
O pai 30 14 12 44 7,4
Os estudos 35 19 18 28 7,1
7,0
O trabalho pago 40 21 16 23 6,8
Facetas com que os jovens se
sentem, em média, pouco satisfeitos
O aspecto físico 52 21 15 12 6,2
Quase
Pouco satisfeitos Satisfeitos
satisfeitos
(0-6) (8)
(7)
(1) Cada faceta foi analisada entre os jovens por ela afectados.
/395
Ranking de satisfação das mulheres e dos homens Já o aspecto físico, tanto no caso das mulheres como
com as facetas da vida no caso dos homens, é a faceta com que os jovens se
sentem menos satisfeitos e que, portanto, ocupa a
As principais diferenças entre mulheres e homens rela-
última posição do ranking. Contudo, as mulheres jovens
tivamente à satisfação com as 12 facetas da vida que
sentem-se ainda menos felizes com o aspecto físico do
foram analisadas ocorrem em três delas, por ordem
que os homens jovens (menos 3 décimas).
decrescente de diferença: o tempo livre de que dispõem
para si, as amigas e o aspecto físico. Na comparação deste ranking por sexo, importa também
salientar a posição que ocupa a satisfação dos jovens
No que se refere ao tempo livre de que dispõem para si,
com o pai: apesar de as mulheres jovens se sentirem,
o desfasamento médio de satisfação entre as mulheres e
em média, 2 décimas menos felizes com o pai do que os
os homens atinge o valor máximo (4 décimas), situando
homens jovens, entre elas, o pai ocupa a sétima posição
esta faceta numa posição muito diferente no ranking
no ranking face à nona posição que ocupa no dos
das mulheres e no dos homens (décima nas mulheres e
homens jovens.
sétima nos homens).
Nada Totalmente
satisfeitos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 satisfeitos
Facetas da vida dos jovens em que um terço ou mais se sentem pouco satisfeitos
GRAU DE SATISFAÇÃO MÉDIO DAS MULHERES E
RANKING DAS FACETAS AVALIADAS SOBRE A VIDA DOS JOVENS CONSOANTE O SEXO (1) DOS HOMENS COM AS FACETAS DA VIDA
% de jovens
Mulheres Homens
As mulheres sentem-se mais satisfeitas
MULHERES HOMENS
Os homens sentem-se mais satisfeitos
(50%=100%) (50%=100%)
Diferenças
Muito satisfeitos Muito satisfeitos 5 6 7 8 9 10 mulheres
vs. homens
(9-10) (9-10)
O/A O/A
10 8 16 66 11 9 15 65 8,7 8,8 +0,1
companheiro/a companheiro/a
O trabalho O trabalho
pago 40 22 17 21 pago 39 21 16 24 6,8 6,9 -0,1
(1) Cada faceta foi analisada entre os jovens por ela afectados.
/397
Síntese do grau de influência do nível de A única faceta em que os jovens com menor nível de
escolaridade na felicidade dos jovens com a vida instrução se sentem mais satisfeitos do que os que têm
em geral e na satisfação com cada uma das facetas ensino superior é a do «tempo livre de que dispõem
da vida para si».
(1) Diferenças medidas numa escala de 0 a 10. Cada faceta foi analisada entre os jovens por ela afectados.
/399
Síntese do grau de influência da idade na
felicidade dos jovens com a vida em geral e na
satisfação com cada uma das facetas da vida
15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos Satisfação com o trabalho pago A idade não afecta 0,0 (3)
(25%=100%) (24%=100%) (25%=100%) (26%=100%)
(1) Diferenças medidas numa escala de 0 a 10. Cada faceta foi analisada entre os jovens por ela afectados.
(2) Diferença calculada entre o nível de idade “25 a 29 anos” e o nível “30 a 34 anos”, por não existir amostra suficiente nos níveis anteriores.
(3) Diferença calculada entre o nível de idade “20 a 24 anos” e o nível “30 a 34 anos”, por não existir amostra suficiente no nível anterior.
/401
Em que facetas da vida e com que intensidade evolui
a satisfação dos jovens ao longo do ciclo de vida
Escala utilizada
Facetas em que se sentem satisfeitos (pelo menos 8, que foi identificado como o limiar de satisfação dos jovens)
Nada Totalmente Facetas em que se sentem pouco satisfeitos (abaixo de 7, que foi identificado como o limiar da não satisfação dos jovens)
satisfeitos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 satisfeitos
5 6 7 8 9 10 5 6 7 8 9 10 5 6 7 8 9 10 5 6 7 8 9 10
9 FACTORES RELEVANTES NA
MATRIZ DE CORRELAÇÕES ENTRE AS 12 FACETAS EM QUE FOI AVALIADO O GRAU DE FELICIDADE DOS JOVENS E OS 9 FACTORES IDENTIFICADOS (1) AVALIAÇÃO DA FELICIDADE
Satisfação com os amigos 0,84 0,08 0,19 0,08 0,09 0,05 0,11 0,17 0,10
AMIGAS E AMIGOS
Satisfação com as amigas 0,84 0,11 0,18 0,09 0,09 0,10 0,11 0,07 0,16
Satisfação com o aspecto físico 0,04 0,88 0,09 -0,03 0,09 0,10 0,08 0,03 0,09
ASPECTO FÍSICO E BEM-ESTAR
Satisfação com a saúde 0,14 0,83 0,09 0,19 0,06 0,06 0,10 0,11 -0,01
Satisfação com a relação com a mãe 0,21 0,08 0,82 0,07 0,01 0,08 0,08 0,07 0,30
MÃE E IRMÃOS
Satisfação com a relação com os irmãos 0,23 0,16 0,73 0,32 0,17 0,04 0,08 0,16 -0,03
Satisfação com a relação com o pai 0,13 0,13 0,24 0,90 0,09 0,10 0,05 0,06 0,17 PAI
Satisfação com o TRABALHO PAGO 0,15 0,14 0,11 0,09 0,94 0,14 0,12 0,09 0,07 TRABALHO PAGO
Satisfação com os ESTUDOS 0,11 0,15 0,08 0,09 0,13 0,95 0,07 0,10 0,08 ESTUDOS
Satisfação com o tempo livre de que dispõem para si 0,18 0,16 0,11 0,05 0,12 0,07 0,94 0,12 0,08 TEMPO LIVRE
Satisfação com o/a COMPANHEIRO/A 0,22 0,13 0,17 0,07 0,10 0,12 0,13 0,91 0,17 COMPANHEIRO/A
Satisfação com os FILHOS 0,27 0,08 0,24 0,20 0,08 0,10 0,09 0,19 0,84 FILHOS
50%
Situações em que as mulheres se sentem felizes com a vida (pelo menos 8, que foi identificado como o limiar da felicidade das mulheres)
Situações em que as mulheres se sentem pouco felizes com a vida (abaixo de 7, que foi identificado como o limiar da não felicidade das mulheres)
Satisfação com o
ASPECTO FÍSICO E BEM-ESTAR
Satisfação com o Satisfação com o Satisfação com o Satisfação com o Satisfação com o Satisfação com o
Satisfação com a Satisfação com a
TEMPO LIVRE TRABALHO PAGO / TRABALHO PAGO / TRABALHO PAGO / TRABALHO PAGO / TRABALHO PAGO /
MÃE/IRMÃOS MÃE/IRMÃOS
ESTUDOS ESTUDOS ESTUDOS ESTUDOS ESTUDOS
10-9 8-7 0-6 10-9 / 0-6 10-9 Não trabalha/ 8-7 0-6 10-9 8-7/0-6 10-9 / 0-6 10-9 / 0-6 10-9 / 0-6 10-9 / 0-6
não estuda
8-7 Não trabalha/
não estuda
Não trabalha/
não estuda 8-7 Não trabalha/
não estuda 8-7 Não trabalha/
não estuda 8-7 8-7
8,8 8,4 8,0 7,8 7,7 6,6 8,3 7,9 7,6 7,2 7,9 7,1 7,2 6,5 7,6 6,4 6,2 5,3 5,9 4,7
5% 3% 2% 2% 5% 2% 4% 7% 5% 3% 1% 7% 10% 7% 6% 7% 4% 2% 11% 7%
1.º 2.º 4.º 7.º 8.º 14.º 3.º 5.º 9º 11º 5º 13.º 11.º 15.º 9.º 16.º 17.º 19.º 18.º 20.º
(1) Árvore identificada através do método de análise Automatic Interaction Detector (AID). Definiu-se que o limite da dimensão do segmento mais reduzido fosse de 2% (o que equivale a uma
amostra de aproximadamente 50 casos).
/407
Cenários em que se maximiza ou se minimiza a • Num segundo nível, nos três cenários de satisfação com Da árvore de segmentação resultante desta análise,
felicidade dos homens jovens com a vida o «aspecto físico e bem-estar» identificados, o que mais também podemos concluir que, entre os 19 cenários de
influencia a felicidade dos homens jovens com a vida é vida identificados, há cinco em que os homens jovens se
Para identificar em que cenários a felicidade dos homens
o grau de satisfação com a ocupação principal do jovem: sentem felizes com a vida, seis em que se sentem quase
jovens com a vida se maximiza e em quais se minimiza,
a satisfação com os «estudos» para os jovens que ainda felizes e oito em que se sentem pouco felizes com a
recorremos ao método de análise multivariável denomi-
estão a estudar e com o «trabalho pago» para os que vida. De entre eles:
nado AID (Automatic Interaction Detector).
estão activos no mercado de trabalho.
• As facetas da vida dos homens jovens que, num • Os mais felizes com a vida são os jovens que se sentem
Tendo em vista os resultados, podemos concluir que,
terceiro nível, têm maior capacidade de influenciar a muito satisfeitos com as duas facetas que mais influen-
de entre todas as facetas da vida dos homens jovens de
sua felicidade diferem consoante os cenários identi- ciam a felicidade dos homens jovens com a vida (o
que dispúnhamos na investigação:
ficados no nível anterior. Contudo, o que se repete «aspecto físico e bem-estar» e o «trabalho pago ou os
• O «aspecto físico e bem-estar» é o que mais afecta a num maior número de cenários é a «satisfação com o estudos») e que também se sentem muito satisfeitos
felicidade dos homens jovens com a sua vida. A insa- pai». Entre os que não se sentem satisfeitos com o pai, com o «tempo livre de que dispõem para si». Trata-se
tisfação com o «aspecto físico e bem-estar» é o que a felicidade com a vida é, em média, cerca de um ponto de 6 % dos homens jovens e a sua felicidade com a vida
afecta mais negativamente a sua felicidade com a vida inferior à dos que se sentem satisfeitos ou muito satis- é de 9,3, em média.
(retira mais de um ponto, 11 décimas, à felicidade média feitos com o pai. • No extremo oposto, os menos felizes com a vida
do conjunto dos homens jovens com a vida, situando- são os homens que não se sentem satisfeitos com o
se no valor 6,0). No outro extremo, sentirem-se muito «aspecto físico e bem-estar», que já terminaram de
satisfeitos com o «aspecto físico e bem-estar» afecta de estudar mas não têm «trabalho pago», e/ou não têm
forma muito positiva a sua felicidade com a vida (acres- amigos/as ou não se sentem satisfeitos com os/as
centa 1,3 pontos à felicidade média do conjunto dos amigos/as que têm. Trata-se de 2 % dos homens jovens
homens jovens com a vida, situando-se no valor 8,4). e a sua felicidade com a vida é de 3,8, em média.
50%
Situações em que os homens se sentem felizes com a vida (pelo menos 8, que foi identificado como o limiar da felicidade dos homens)
Situações em que os homens se sentem pouco felizes com a vida (abaixo de 7, que foi identificado como o limiar da não felicidade dos homens)
Satisfação com o
ASPECTO FÍSICO E BEM-ESTAR
10-9 8-7 / 0-6 10-9 8-7 0-6 10-9 8-7 0-6 Não trabalha /
Não estuda
Não trabalha / Não trabalha /
Não estuda Não estuda
Satisfação com o Satisfação com o Satisfação com o Satisfação com o Satisfação com o Satisfação com a/o Satisfação com a/o Satisfação com
TEMPO LIVRE PAI TEMPO LIVRE PAI PAI COMPANHEIRA/O COMPANHEIRA/O os/as AMIGOS/AS
10-9 8-7 0-6 10-9 8-7 10-9 8-7 10-9 8-7 0-6 10-9 / 0-6 10-9 / 0-6 10-9 / 0-6 10-9 / 0-6
0-6 0-6 8-7 Não tem
8-7 companheiro/a Não tem
8-7 companheiro/a 8-7 Não tem
amigos/as
9,3 8,6 7,8 8,4 7,7 8,3 7,9 8,1 7,3 6,9 7,1 6,2 7,5 6,8 6,3 6,6 5,2 5,7 3,8
6% 1% 1% 7% 6% 4% 5% 7% 5% 5% 11% 8% 4% 5% 4% 5% 9% 5% 2%
1.º 2.º 7.º 3.º 8.º 4.º 6.º 5.º 10.º 12.º 11.º 16.º 9.º 13.º 15.º 14.º 18.º 17.º 19.º
(1) Árvore identificada através do método de análise Automatic Interaction Detector (AID). Definiu-se que o limite da dimensão do segmento mais reduzido fosse de 2% (o que equivale a uma
amostra de aproximadamente 50 casos).
/409
Capítulo 11
Principais resultados sobre
as «situações de vida»
identificadas entre os jovens
O QUE PENSAM
Pág. 262 a 317 Pág. 352 a 363
O QUE SENTEM
Pág. 366 a 409 Pág. 412 a 453
/411
Dos 40 critérios de classificação que definem os
jovens, os mais determinantes na sua vida são a
idade e o «nível de empoderamento»
Jovem 1
Jovem 2
Jovem 3
20-24 anos
Jovem 4
Adoles-
15-19 anos
Jovens
… centes adultos
…
40 critérios de classificação que 25-29 anos
resumem:
…
- Quem são
… 30-34 anos
- Valores e atitudes perante a vida
…
- Formação
…
- Hábitos que têm
…
- Frentes da vida adulta
…
- Felicidade com a vida
…
…
…
…
Jovem 4904
Jovens menos
empoderados
(1) Método de análise: Análise de homogeneidade com base nos 40 critérios de classificação que resumem quem são, que hábitos têm, o que pensam e como se sentem os jovens.
/413
12 critérios correlacionados com o «nível No quadrante superior estão representados os jovens
de empoderamento» «mais empoderados». Estes são maioritariamente
homens, com estudos superiores (já finalizados ou
Dos 40 critérios de classificação disponíveis no estudo
ainda em curso), católicos praticantes, com experiência
relativamente a quem são os jovens, que hábitos têm,
no estrangeiro, com um grande círculo de amigos,
o que pensam e como se sentem, os 12 que estão mais
que praticam desporto de forma frequente e têm uma
correlacionados com a dimensão vertical resultante da
situação económica confortável. São também os jovens
«Análise de Homogeneidades» são: o nível de escolari-
mais felizes.
dade, as frentes da vida adulta que já incorporaram na
sua vida, o número de amigos que têm, a sua relação No quadrante inferior estão representados os jovens
com a actividade física, a sua relação com as bebidas «menos empoderados». Trata-se maioritariamente de
alcoólicas, as experiências que tiveram no estran- mulheres, com um nível de escolaridade baixo (estu-
geiro, a situação económica, se conduzem ou não, a sua daram até ao ensino básico ou secundário ou estão ainda
relação com a religião, o tipo de jovens que são segundo a frequentar o secundário), que já incorporaram alguma
valores e formas de ser e até que ponto declaram que frente na sua vida (filhos ou vida em casal), que têm
se sentem felizes. Nesta dimensão do «nível de empo- um círculo de amigos reduzido, pouca experiência no
deramento», pode também concluir-se que os homens estrangeiro e uma situação económica precária. Também
jovens se sentem, em geral, mais empoderados do que as não praticam desporto nem consomem álcool. São os
mulheres jovens. jovens mais inseguros e menos felizes.
0-1 amigos
Nunca praticam
desporto
Finalizaram
estudos no
Jovens ensino básico
menos Vida em casal
empode-
rados Filhos
(1) Método de análise: Análise de homogeneidade com base nos 40 critérios de classificação que resumem quem são, que hábitos têm, o que pensam e como se sentem os jovens.
/415
Quantas situações de vida foram identificadas Com base na análise dos resultados de cada uma destas
entre os 2,2 milhões de jovens que esta soluções de segmentação considerou-se que a solução
investigação representa em dez tipos é a que melhor sintetiza as diferentes
situações em que os jovens se podem encontrar ao
Apesar de, no limite, cada jovem ser um mundo,
longo da vida.
pretendia-se identificar tipos de jovens que represen-
tassem situações de vida que fossem o mais semelhantes Destas dez situações, as que reúnem o maior número de
possível entre si e o mais diferentes possível das situa- jovens são três, todas elas com 14 % do conjunto total
ções de vida dos jovens dos restantes tipos. dos jovens: os «Adolescentes em conforto», os «Casais à
tona» e os «Casais em conforto».
Para tal, utilizou-se um método de análise multivariável
chamado «Cluster Não Hierárquica», em que o ponto de No extremo oposto, as situações que incluem o
partida foram todos os critérios de que dispomos nesta menor número de jovens são duas, ambas com 4 % dos
investigação sobre quem são os jovens, que hábitos têm, jovens: os «Jovens à margem» e as «Mães e pais em
o que pensam e como se sentem. Ao todo, foram utili- vulnerabilidade».
zados 40 critérios de segmentação.
As restantes cinco situações contemplam entre 9 % e
Com base na posição que cada um dos 4904 jovens 12 % dos jovens.
entrevistados ocupa em cada nível de cada um destes
40 critérios, efectuou-se um processo de segmentação
entre cinco e 12 tipos.
5 situações de vida
?
6 situações de vida
? ? 20%
7 situações de vida
19% 8% 13% 24% 16% Adolescentes
sob pressão
Adolescentes
9
14
+ + + +
em conforto
15% 19% 13% 13% 20% 15% 5%
Jovens à margem 4
Jovens em 9
8 situações de vida vulnerabilidade
?
16% 11% 16% 17% 12% 4% 14% 10% Jovens em conforto 12
?
15% 11% 11% 4% 13% 10% 13% 6% 17% em vulnerabilidade
Casais à tona 14
10 situações de vida
12 situações de vida
(1) Em cada solução, a tipologia foi obtida através de uma análise cluster não hierárquica com centros de gravidade livres (método: K-Means) com base nos 40 critérios de classificação que
resumem quem são, que hábitos têm, o que pensam e como se sentem os jovens.
/417
Quem são os jovens que estão a viver cada situação Nas três etapas do ciclo de vida dos jovens, observa-se
uma relação muito clara entre o seu nível de empode-
Na tabela ao lado, as dez situações de vida dos jovens
ramento e a relação que têm com a actividade física:
estão ordenadas consoante as três etapas do ciclo de vida
a proporção dos jovens que praticam actividade física
identificadas. E, em cada etapa, as situações estão orde-
uma vez por semana ou mais é mínima entre os menos
nadas por ordem crescente do nível de empoderamento
empoderados de cada uma das três etapas identificadas
dos jovens. A única excepção é a posição ocupada pelos
(68 % nos «Adolescentes sob pressão», 35 % nos «Jovens
«Jovens à tona», que estão colocados na primeira posição
à margem» e 23 % nas «Mães e pais em vulnerabilidade»)
da terceira etapa porque são os mais jovens dessa etapa,
e atinge os valores máximos entre os mais empoderados
e não por terem o nível de empoderamento mais baixo (a
de cada etapa (80 % nos «Adolescentes em conforto»,
sua idade média é de 27 anos face à idade média de 29 ou
82 % nos «Jovens em conforto» e 85 % nos «Jovens
30 anos nas outras quatro situações).
adultos em conforto»).
Nas três etapas, a proporção de mulheres face à dos
Também o índice de massa corporal tem relação com o
homens diminui consoante o nível de empoderamento, isto
nível de empoderamento dos jovens que estão a viver
é, em cada etapa, a proporção das mulheres é a mais alta
cada uma das três etapas do ciclo de vida: à medida
nas situações com menor nível de empoderamento e a mais
que aumenta o nível de empoderamento, diminui a
baixa nas situações com o maior nível de empoderamento.
proporção dos jovens com obesidade e aumenta a
Em apenas três situações a proporção de mulheres é igual
proporção dos jovens com peso normal.
à dos homens: na dos «Jovens em vulnerabilidade», na dos
«Jovens à tona» e na dos «Casais em conforto». Quanto maior o nível de empoderamento dos jovens,
maior a proporção dos que têm seis ou mais bons
Nas três etapas, a proporção dos que já completaram
amigos/boas amigas e maior o número médio de bons
ou dos que estão a estudar no ensino superior aumenta
amigos que têm.
consoante o nível de empoderamento, isto é, em cada
etapa, a proporção dos jovens que completaram o
ensino superior ou que estão a frequentá-lo é mais alta
nas situações com o maior nível de empoderamento
e é mais baixa nas situações com o menor nível de
empoderamento.
Mulheres 50% 83% 33% 75% 55% 26% 45% 89% 62% 52% 25%
SEXO
Homens 50% 17% 67% 25% 45% 74% 55% 11% 38% 48% 75%
RELAÇÃO COM Já finalizaram os estudos 58% 5% 3% 72% 45% 23% 75% 93% 95% 96% 90%
OS ESTUDOS Ainda estão a estudar 42% 95% 97% 28% 55% 77% 25% 7% 5% 4% 10%
n=19 n=21
NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino superior 35% -- -- 17% 18% 28% 40% 0% 19% 48% 74%
COMPLETO QUE
COMPLETARAM Ensino secundário ou pós-secundário 46% -- -- 57% 72% 61% 44% 23% 51% 45% 23%
(Base: Já finalizaram) Ensino básico 19% -- -- 26% 10% 11% 16% 77% 30% 7% 3%
n=50 n=8 n=25 n=29 n=65
NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino superior 41% 15% 28% -- 39% 70% 63% -- -- -- --
EM QUE ESTÃO A ESTUDAR Ensino secundário ou pós-secundário 58% 84% 71% -- 59% 29% 34% -- -- -- --
(Base: Ainda a estudar) Ensino básico 1% 1% 1% -- 2% 1% 3% -- -- -- --
Praticam 1 vez/semana ou mais 65% 68% 80% 35% 62% 82% 69% 23% 41% 66% 85%
Praticam de 1 a 3 vezes/mês 13% 10% 10% 17% 15% 12% 14% 9% 17% 15% 9%
RELAÇÃO COM A
Praticam menos de 1 vez/mês 11% 11% 7% 20% 13% 4% 9% 20% 20% 13% 4%
ACTIVIDADE FÍSICA
Nunca praticam actividade física 11% 11% 3% 28% 10% 2% 8% 48% 22% 6% 2%
IMC médio 24,0 22,2 22,3 25,0 24,5 22,9 24,0 25,8 25,5 24,6 24,2
Seis ou mais bons amigos/boas amigas 51% 47% 72% 20% 38% 74% 56% 14% 28% 45% 72%
DIMENSÃO DO Quatro ou cinco 23% 24% 15% 18% 27% 18% 25% 18% 26% 28% 23%
CÍRCULO DE AMIGOS De um/a a três 22% 25% 12% 48% 31% 8% 17% 52% 39% 24% 5%
MAIS CHEGADOS / Não têm amigas nem amigos 4% 4% 1% 14% 4% 0% 2% 16% 7% 3% 0%
BONS AMIGOS
N.º médio bons amigos/boas amigas 7,0 6,1 8,7 3,9 6,1 10,0 7,3 3,0 4,8 6,1 9,4
/419
Família de origem, religião, valores e formas No que se refere à religião, nas três etapas do ciclo de
de ser dos jovens que estão a viver cada situação vida, há uma forte correlação entre o nível de empodera-
mento dos jovens e, por um lado, a frequência com que
Observa-se uma relação muito clara com o «nível de
costumam participar em serviços religiosos e, por outro,
empoderamento» dos jovens em todas as questões que
a proporção dos que se declaram católicos praticantes,
têm a ver com a relação com os pais e com a pessoa que
ateus ou agnósticos. Entre os jovens mais empoderados,
desempenhou o papel mais importante na educação dos
aumenta a proporção tanto dos católicos praticantes
jovens:
como dos que se declaram ateus ou agnósticos.
• A relação dos jovens com os pais. Neste sentido,
No que respeita aos valores e formas de ser, também nas
conclui-se que, nas três etapas do ciclo de vida, quanto
três etapas do ciclo de vida há forte correlação entre o
maior é o nível de empoderamento, maior é também
nível de empoderamento dos jovens e as duas tipologias
a proporção dos jovens que se «sentem satisfeitos
dos «Jovens inseguros» (sejam solitários ou modernos):
tanto com o pai como com a mãe»: é entre os jovens
à medida que aumenta o nível de empoderamento,
mais empoderados das três etapas do ciclo de vida
diminui a proporção dos dois tipos de jovens inseguros.
que se verificam os valores máximos dos jovens que se
sentem satisfeitos com os dois progenitores.
• O nível de escolaridade da pessoa com o papel mais
importante na educação dos jovens. Neste sentido,
conclui-se que, nas três etapas do ciclo de vida dos
jovens, quanto maior é o nível de escolaridade da
pessoa mais importante na educação dos jovens, maior
é o nível de empoderamento dos jovens.
Sentem-se satisfeitos com a mãe e o pai 44% 36% 43% 28% 31% 51% 44% 43% 43% 53% 51%
RELAÇÃO COM Sentem-se satisfeitos só com a mãe 23% 25% 30% 21% 29% 18% 21% 18% 22% 18% 20%
OS PAIS (1) Sentem-se satisfeitos só com o pai 7% 8% 5% 6% 8% 9% 7% 6% 7% 7% 10%
Não satisfeitos nem com a mãe nem o pai 26% 31% 22% 45% 32% 22% 28% 33% 28% 22% 19%
NÍVEL DE ESCOLARI- Ensino superior 19% 27% 31% 14% 18% 23% 19% 3% 7% 12% 26%
DADE DA PESSOA
Ensino secundário ou pós-secundário 26% 39% 27% 16% 24% 35% 27% 11% 21% 24% 23%
COM O PAPEL MAIS
IMPORTANTE NA Ensino básico 46% 22% 28% 61% 48% 33% 46% 78% 67% 59% 45%
EDUCAÇÃO Não podem/não querem falar dela 9% 12% 14% 9% 10% 9% 8% 8% 5% 5% 6%
FREQUÊNCIA COM QUE Participam 1 vez/semana ou mais 14% 11% 16% 10% 14% 20% 14% 6% 13% 11% 19%
COSTUMAM PARTICIPAR Participam de 1 a 3 vezes/mês 11% 9% 10% 9% 8% 14% 10% 3% 8% 11% 17%
EM SERVIÇOS RELIGIOSOS
SEM CONTAR COM Participam menos de 1 vez/mês 45% 46% 42% 34% 47% 40% 43% 60% 51% 50% 42%
OCASIÕES ESPECIAIS Nunca participam em serviços religiosos 30% 34% 32% 47% 31% 26% 33% 31% 28% 28% 22%
Católicos praticantes 18% 12% 21% 12% 15% 25% 16% 7% 14% 16% 30%
Católicos não praticantes 32% 31% 26% 26% 34% 22% 29% 52% 42% 42% 27%
Evangélicos/protestantes 3% 5% 2% 5% 3% 1% 4% 3% 3% 4% 1%
RELAÇÃO COM A Crentes noutras religiões 5% 7% 4% 5% 6% 3% 6% 5% 6% 4% 2%
RELIGIÃO
Ateus 13% 13% 16% 13% 12% 19% 15% 2% 6% 12% 16%
Indiferentes 12% 21% 13% 24% 12% 10% 14% 16% 11% 7% 5%
Agnósticos 9% 6% 11% 6% 10% 12% 10% 4% 5% 7% 14%
Crentes sem religião 8% 5% 7% 9% 8% 8% 6% 11% 13% 8% 5%
Tipo 4: Confiantes tradicionais 19% 8% 12% 12% 10% 21% 22% 26% 21% 29% 28%
Tipo 1: Confiantes na moda 14% 12% 20% 6% 14% 18% 13% 10% 8% 12% 17%
TIPOLOGIA DE JOVENS Tipo 5: Confiantes solitários 16% 9% 16% 8% 17% 17% 18% 10% 16% 18% 16%
SEGUNDO VALORES E
FORMAS DE SER (1) Tipo 3: Tímidos na moda 17% 9% 19% 4% 14% 24% 15% 8% 16% 18% 27%
Tipo 2: Inseguros solitários 19% 29% 13% 44% 24% 10% 17% 32% 28% 15% 6%
Tipo 6: Inseguros modernos 15% 33% 20% 26% 21% 10% 15% 14% 11% 8% 6%
(1) Tipologia obtida através da análise cluster não hierárquica com centros de gravidade livres. Método: K-Means.
/421
Frentes e outras responsabilidades que têm os • Os «Jovens à margem» caracterizam-se por terem a • Com excepção dos «Jovens à tona», nas outras quatro
jovens que estão a viver cada situação segunda maior proporção de jovens desempregados situações praticamente nenhum vive em casa dos pais
(38 %) e a máxima percentagem de jovens que já fina- ou de outros familiares.
As duas situações dos jovens na primeira etapa do ciclo
lizaram os estudos e nunca tiveram trabalho pago • Também com excepção dos «Jovens à tona», nas outras
de vida são muito marcadas pela falta de responsabili-
(16 %). Entre eles, atinge-se também a máxima percen- quatro situações praticamente todos têm pelo menos
dades no que toca às frentes:
tagem de jovens cuja única frente é a «vida em casal». uma frente nas suas vidas.
• Praticamente todos vivem em casa dos pais ou de • Os «Jovens em vulnerabilidade» caracterizam-se por • Observa-se uma clara correlação entre a presença de
outros familiares: 97 % dos «Adolescentes sob pressão» terem a segunda maior proporção tanto de jovens filhos na vida dos jovens e o seu nível de empodera-
e 94 % dos «Adolescentes em conforto». com trabalho pago que ainda estão a estudar (23 %) mento. Quanto menor é o nível de empoderamento
• A ocupação actual da grande maioria é serem estu- como de jovens que já finalizaram os estudos e nunca dos jovens, maior é a presença de filhos: entre as
dantes que nunca tiveram trabalho pago: 83 % dos tiveram trabalho pago (11 %). Entre eles, atinge-se «Mães e pais em vulnerabilidade», os que têm filhos
«Adolescentes sob pressão» e 68 % dos «Adolescentes também uma das maiores percentagens de jovens que atingem o valor máximo (69 %) enquanto entre os
em conforto». partilham casa ou vivem numa residência (14 %) e de «Jovens adultos em conforto», os que têm filhos
• Praticamente todos pertencem à tipologia dos que jovens que vivem na sua própria casa sozinhos (10 %). reduzem-se a 20 %.
«não têm nenhuma frente»: 93 % dos «Adolescentes • Os «Jovens em conforto» caracterizam-se por terem
sob pressão» e 92 % dos «Adolescentes em conforto». a maior proporção de jovens com trabalho pago
que ainda estão a estudar (27 %) e a segunda maior
As três situações dos jovens na segunda etapa do ciclo proporção de estudantes que já tiveram trabalho pago
de vida só são homogéneas no que diz respeito aos tipos pelo menos uma vez (15 %).
de combinações de frentes com que se deparam: ou «não
têm nenhuma frente» ou têm «só trabalho pago». No As cinco situações dos jovens na terceira etapa do ciclo
que respeita a onde e com quem vivem e à sua ocupação de vida são muito marcadas pela presença de respon-
actual, são bastante diferentes: sabilidades no que se refere tanto a onde e com quem
vivem como às frentes:
FRENTES
Etapa I do ciclo vital Etapa II do ciclo vital Etapa III do ciclo vital
Situações em que cada categoria tem os valores máximos Adoles- Adoles- Jovens Mães e pais Jovens
centes centes em Jovens em vulne- Jovens em Jovens em vulne- Casais Casais em adultos
Situações em que cada categoria tem os valores mínimos Total jovens sob pressão conforto à margem rabilidade conforto à tona rabilidade à tona conforto em conforto
(100%=100%) (9%=100%) (14%=100%) (4%=100%) (9%=100%) (12%=100%) (11%=100%) (4%=100%) (14%=100%) (14%=100%) (9%=100%)
Vivem em casa dos pais ou de outros familiares 57% 97% 94% 77% 68% 80% 68% 21% 26% 15% 31%
ONDE E COM Vivem na sua própria casa com companheiro/a 29% 0% 0% 12% 8% 3% 11% 73% 60% 73% 48%
QUEM VIVEM Vivem na sua própria casa sozinhos 5% 1% 1% 4% 10% 4% 9% 1% 7% 7% 8%
Partilham casa ou vivem numa residência 9% 2% 5% 7% 14% 13% 12% 5% 7% 5% 13%
Estudantes que nunca tiveram trabalho 24% 83% 68% 9% 20% 35% 4% 1% 0% 0% 0%
Estudantes que já tiveram trabalho 8% 7% 21% 9% 12% 15% 7% 1% 0% 0% 1%
OCUPAÇÃO Têm trabalho pago e finalizaram os estudos 39% 0% 0% 18% 13% 8% 43% 35% 71% 89% 86%
ACTUAL Têm trabalho pago e ainda estão a estudar 11% 5% 8% 10% 23% 27% 14% 5% 5% 3% 9%
Desempregados: activamente à procura 9% 2% 0% 25% 13% 6% 16% 32% 14% 4% 3%
Desempregados: não activamente à procura 5% 0% 1% 13% 8% 5% 10% 21% 7% 3% 1%
Já finalizaram estudos e nunca tiveram trabalho 4% 3% 2% 16% 11% 4% 6% 5% 3% 1% 0%
Vivem com companheiro/a 35% 2% 1% 23% 16% 9% 18% 79% 71% 78% 56%
SITUAÇÃO DE Têm companheiro/a mas não vivem com ele/a 24% 32% 29% 20% 35% 42% 33% 7% 11% 9% 22%
CASAL Não têm companheiro/a 39% 64% 68% 55% 46% 47% 46% 14% 17% 12% 20%
Têm uma relação aberta ou poliamorosa 2% 2% 2% 2% 3% 2% 3% 0% 1% 1% 2%
Trabalho pago / Vida em casal / Filhos 10% 0% 0% 0% 2% 1% 1% 19% 25% 29% 16%
TIPOLOGIA DE Trabalho pago / Vida em casal 16% 1% 1% 4% 6% 4% 7% 10% 29% 43% 35%
JOVENS Vida em casal / Filhos 4% 0% 0% 3% 1% 0% 1% 42% 8% 3% 1%
SEGUNDO AS
Trabalho pago / Filhos 1% 0% 0% 0% 1% 1% 3% 3% 4% 2% 3%
FRENTES DA VIDA
ADULTA QUE JÁ Só trabalho pago 23% 5% 7% 23% 27% 29% 46% 8% 18% 19% 41%
INCORPORARAM Só vida em casal 5% 1% 0% 17% 8% 4% 8% 9% 9% 4% 4%
NA SUA VIDA
Só filhos 1% 0% 0% 2% 1% 1% 2% 5% 2% 0% 0%
Nenhuma frente 40% 93% 92% 51% 54% 60% 32% 4% 5% 0% 0%
/423
Situação económica e formação complementar • O tipo de escola que frequentaram. Neste sentido,
aos estudos dos jovens que estão a viver cada conclui-se que, nas três etapas do ciclo de vida, é entre
situação os jovens menos empoderados que se verificam os
valores máximos dos jovens que «sempre frequentaram
Nas etapas II e III do ciclo de vida dos jovens, observa-se
o ensino público».
uma relação muito clara entre o «nível de empodera-
mento» e todas as questões que têm a ver com a sua No que respeita à proporção dos jovens que têm carta
situação económica: de condução e costumam conduzir, observa-se uma
relação directa tanto com a idade como com o seu nível
• Os que têm algum tipo de rendimento. Neste sentido,
de empoderamento: atinge o valor máximo entre os
conclui-se que, entre os jovens mais empoderados das
jovens cuja vida se encontra na situação dos «Jovens
etapas vitais II e III, verificam-se os valores máximos
adultos em conforto» (95 %) e o mínimo entre os
dos jovens que «têm algum tipo de rendimento».
«Adolescentes sob pressão» (3 %).
• A percentagem média dos rendimentos que gastam
aqueles que têm rendimentos. Neste sentido, conclui-se No que respeita ao tipo de experiências vividas pelos
que, na Etapa III do ciclo de vida dos jovens, é entre os jovens no estrangeiro, a primeira conclusão que se pode
jovens menos empoderados (as «Mães e pais em vulne- tirar é que a percentagem dos jovens que nunca foram
rabilidade») que se verificam os valores máximos da ao estrangeiro tem relação tanto com as três etapas
percentagem média dos rendimentos que gastam. Há 19 do ciclo de vida dos jovens como com o seu «nível de
pontos de diferença entre o valor médio gasto pelos empoderamento». Em consequência, a maior percen-
jovens na situação de «Mães e pais em vulnerabilidade» tagem de jovens que nunca foram ao estrangeiro ocorre
face à situação dos «Jovens adultos em conforto». entre os «Mães e pais em vulnerabilidade» (são 54 %)
• O grau de dificuldade percebido da sua situação e, no extremo oposto, a menor percentagem ocorre
económica. Nas situações de vida em que os jovens se entre os «Jovens adultos em conforto» (são 4 %). Para
sentem mais empoderados, aumenta a proporção dos além disso, observa-se que na Etapa III do ciclo de vida
que declaram que o rendimento actual dá para viver ou dos jovens, o tipo de experiências vividas pelos jovens
até para viver confortavelmente. no estrangeiro aumenta quanto maior é o seu nível de
empoderamento.
SITUAÇÃO ECONÓMICA E
FORMAÇÃO COMPLEMENTAR
AOS ESTUDOS
Etapa I do ciclo vital Etapa II do ciclo vital Etapa III do ciclo vital
Situações em que cada categoria tem os valores máximos
Adoles- Adoles- Jovens Mães e pais Jovens
Situações em que cada categoria tem os valores mínimos centes centes em Jovens em vulne- Jovens em Jovens em vulne- Casais Casais em adultos
Total jovens sob pressão conforto à margem rabilidade conforto à tona rabilidade à tona conforto em conforto
(100%=100%) (9%=100%) (14%=100%) (4%=100%) (9%=100%) (12%=100%) (11%=100%) (4%=100%) (14%=100%) (14%=100%) (9%=100%)
TÊM ALGUM TIPO Têm algum tipo de rendimento 68% 15% 12% 40% 64% 59% 83% 78% 94% 100% 100%
DE RENDIMENTO Não têm rendimentos 32% 85% 88% 60% 36% 41% 17% 22% 6% 0% 0%
n=22 n=39
GRAU DE Permite viver confortavelmente 19% -- -- 6% 13% 19% 14% 6% 16% 24% 29%
DIFICULDADE DA O rendimento actual dá para viver 42% -- -- 23% 33% 48% 38% 24% 33% 52% 57%
SITUAÇÃO
rendimentos
É difícil viver com o rendimento actual 24% -- -- 46% 30% 20% 29% 39% 32% 18% 10%
Base: Têm
ECONÓMICA
É muito difícil viver com o rendimento actual 15% -- -- 25% 24% 13% 19% 31% 19% 6% 4%
PERCENTAGEM
DOS RENDIMENTOS Percentagem média 73% -- -- 66% 70% 65% 69% 88% 80% 76% 69%
QUE GASTAM
TIPOS DE Sempre no ensino público 70% 69% 65% 73% 70% 67% 68% 87% 75% 69% 69%
ESCOLA QUE No ensino público e no ensino privado 27% 29% 31% 26% 28% 28% 29% 12% 23% 28% 27%
FREQUENTARAM Sempre no ensino privado 3% 2% 4% 1% 2% 5% 3% 1% 2% 3% 4%
Têm carta e costumam conduzir 59% 3% 23% 30% 47% 62% 75% 45% 78% 92% 95%
TÊM CARTA Têm carta mas não costumam conduzir 7% 3% 5% 13% 11% 9% 9% 6% 6% 4% 3%
CONDUÇÃO
Estão a preparar-se para ter a carta 12% 26% 34% 9% 16% 17% 6% 6% 4% 1% 1%
Não têm carta de condução 22% 68% 38% 48% 26% 12% 10% 43% 12% 3% 1%
/425
Relação com as drogas e medicamentos dos • O consumo de tabaco entre os jovens também O consumo de drogas duras comporta-se de uma forma
jovens que estão a viver cada situação aumenta com o avançar da idade. Na Etapa I, o mais similar à marijuana ou haxixe, pois não tem relação signi-
habitual é nunca terem fumado. Na Etapa II, a maioria ficativa com a etapa do ciclo de vida dos jovens, mas
A relação dos jovens com o consumo de bebidas alcoó-
nunca fumou, mas aumenta a proporção dos que sim com o seu nível de empoderamento. Neste sentido,
licas e de tabaco tem uma forte relação não só com
não fumam mas já fumaram e dos fumadores leves. também alcança os valores máximos nas situações das
a etapa do ciclo de vida em que se encontram como
Já na Etapa III, os que nunca fumaram deixam de ser etapas II e III, que incluem os jovens mais empode-
também com o seu nível de empoderamento:
a maioria. Nesta terceira etapa, ao contrário do que rados (6 % dos «Jovens em conforto» e 6 % dos «Jovens
• O consumo frequente de bebidas alcoólicas aumenta ocorre no consumo de bebidas alcoólicas, o valor adultos em conforto») e os «Jovens à tona» (5 %).
à medida que os jovens vão ficando mais velhos e máximo dos fumadores severos ou moderados ocorre
entre os jovens menos empoderados (é de 40 % entre O consumo de medicamentos para os distúrbios do sono
passam de uma etapa de vida para outra. No entanto,
as «Mães e pais em vulnerabilidade») e o valor mínimo, não parece ter relação significativa nem com a etapa
esse consumo também aumenta em todas as etapas
entre os jovens mais empoderados (12 % dos «Jovens do ciclo de vida dos jovens nem com o seu nível de
do ciclo de vida, com o nível de empoderamento
adultos em conforto»). empoderamento.
dos jovens. Em consequência, nas três etapas do
ciclo de vida, os valores máximos de consumidores A relação dos jovens com os medicamentos para a
A relação dos jovens com a marijuana ou haxixe não tem
frequentes de pelo menos um tipo de bebidas alcoó- ansiedade ou a depressão também não tem relação
relação significativa com a etapa do ciclo de vida dos
licas ocorrem entre os jovens mais empoderados: 19 % significativa com a etapa do ciclo de vida dos jovens.
jovens. Contudo, tem relação com o seu nível de empo-
dos «Adolescentes em conforto», 56 % dos «Jovens em Contudo, tem relação com o seu nível de empodera-
deramento. O consumo de marijuana ou haxixe alcança
conforto» e 74 % dos «Jovens adultos em conforto». mento. O consumo de medicamentos para a ansiedade
os valores máximos nas situações das etapas II e III, que
incluem os jovens mais empoderados (23 % dos «Jovens ou depressão alcança os valores máximos nas situações
em conforto» e 16 % dos «Jovens adultos em conforto») e das etapas II e III, que incluem os jovens menos empode-
também os «Jovens à tona» (14 %). rados: 28 % dos «Jovens à margem» e 21 % das «Mães e
pais em vulnerabilidade».
RELAÇÃO COM AS
DROGAS E MEDICAMENTOS
Etapa I do ciclo vital Etapa II do ciclo vital Etapa III do ciclo vital
Situações em que cada categoria tem os valores máximos Adoles- Adoles- Jovens Mães e pais Jovens
centes centes em Jovens em vulne- Jovens em Jovens em vulne- Casais Casais em adultos
Situações em que cada categoria tem os valores mínimos Total jovens sob pressão conforto à margem rabilidade conforto à tona rabilidade à tona conforto em conforto
(100%=100%) (9%=100%) (14%=100%) (4%=100%) (9%=100%) (12%=100%) (11%=100%) (4%=100%) (14%=100%) (14%=100%) (9%=100%)
Consumidores frequentes de 2 ou mais tipos 19% 4% 8% 2% 11% 29% 20% 13% 14% 28% 53%
Consumidores frequentes de 1 tipo 16% 6% 11% 8% 13% 27% 18% 14% 14% 21% 21%
RELAÇÃO COM Consumidores 3 ou mais tipos mas nenhum frequente 12% 2% 14% 16% 10% 10% 15% 6% 13% 15% 13%
AS BEBIDAS Consumidores 1 ou 2 tipos mas nenhum frequente 24% 30% 32% 29% 30% 17% 27% 15% 28% 21% 8%
ALCOÓLICAS Não consumidores de bebidas alcoólicas 29% 58% 35% 45% 36% 17% 20% 52% 31% 15% 5%
Consumidores 3% 2% 1% 2% 2% 6% 5% 1% 3% 2% 6%
Já consumiram mas não o fazem há muito tempo 2% 1% 1% 0% 2% 3% 1% 0% 1% 2% 3%
RELAÇÃO COM Experimentaram mas nunca regularmente 4% 1% 2% 3% 5% 6% 5% 5% 3% 4% 6%
AS DROGAS Nunca consumiram porque não lhes interessa 44% 41% 45% 46% 43% 43% 45% 49% 40% 46% 47%
DURAS
Nunca consumiram porque acham que é errado 47% 55% 51% 49% 48% 42% 44% 45% 53% 46% 38%
/427
Situações em que se sentiram discriminados e Há duas situações em que metade dos jovens passaram No que diz respeito à violência que sofreram com o/a
relação com as situações de assédio ou violência por alguma das quatro situações de «fragilidade» consi- companheiro/a actual, as duas situações em que mais
dos jovens que estão a viver cada situação deradas: 50 % dos «Adolescentes sob pressão» e 51 % jovens declaram estar a sofrê-la coincidem com as
dos «Jovens à margem». No extremo oposto, a situação duas que integram os jovens menos empoderados das
O número de jovens que se sentiram discriminados pela
em que menos jovens passaram por alguma das quatro etapas II e III. Entre os «Jovens à margem» ocorre o valor
aparência física, por serem mulheres, pela idade, pela
situações de «fragilidade» consideradas é a dos «Jovens máximo (7,6 %) e entre as «Mães e pais em vulnerabili-
etnia, pela orientação sexual, por serem homens ou por
adultos em conforto»: 16 %. dade» o segundo valor mais elevado (6,3 %).
outro motivo é maior entre os jovens que se encon-
tram na Etapa I do ciclo de vida do que entre os que já Nas três etapas do ciclo de vida dos jovens, há uma forte
estão na Etapa III. Contudo, nas três etapas, à medida relação entre se ter sofrido alguma situação de assédio
que aumenta o nível de empoderamento dos jovens, ou violência e o nível de empoderamento. Nas situações
observa-se uma tendência decrescente da proporção em que os jovens têm um maior nível de empodera-
dos que se sentiram discriminados. Há duas situações mento, diminui a proporção dos que sofreram alguma
em que a grande maioria dos jovens se sentiu discrimi- situação de assédio ou violência. As situações em que
nada: 72 % dos «Adolescentes sob pressão» e 75 % dos mais jovens sofreram algum tipo de assédio ou violência
«Jovens à margem». No extremo oposto, a situação em são as duas que integram os jovens menos empoderados
que menos jovens se sentiram discriminados foi na dos das etapas II e III. Entre os «Jovens à margem» ocorre
«Jovens adultos em conforto»: 48 %. o valor máximo dos que declaram ter experimentado
alguma situação de assédio ou violência (60 %), sendo a
A percentagem de jovens que sofreram alguma situação
violência que referem mais habitual o «assédio moral em
de «fragilidade» é maior entre os jovens que se encontram
locais onde estudaram». Entre as «Mães e pais em vulne-
na Etapa I do ciclo de vida do que entre os que já estão na
rabilidade» ocorre o segundo valor mais elevado: mais
Etapa III. Contudo, nas três etapas, à medida que aumenta
de metade (56 %) declaram ter experimentado alguma
o nível de empoderamento dos jovens, observa-se uma
situação de assédio ou violência, sendo a mais habitual a
tendência decrescente na proporção dos que passaram
«violência psicológica nas suas relações de intimidade».
por alguma destas quatro situações de «fragilidade».
No extremo oposto, a situação em que menos jovens
declaram ter sofrido alguma situação de assédio ou
violência é a dos «Jovens adultos em conforto», apesar de
afectar quase um terço dos jovens nesta situação (32 %).
DISCRIMINAÇÃO,
ASSÉDIO E VIOLÊNCIA Etapa I do ciclo vital Etapa II do ciclo vital Etapa III do ciclo vital
Adoles- Adoles- Jovens Mães e pais Jovens
Situações em que cada categoria tem os valores máximos centes centes em Jovens em vulne- Jovens em Jovens em vulne- Casais Casais em adultos
Total jovens sob pressão conforto à margem rabilidade conforto à tona rabilidade à tona conforto em conforto
Situações em que cada categoria tem os valores mínimos (100%=100%) (9%=100%) (14%=100%) (4%=100%) (9%=100%) (12%=100%) (11%=100%) (4%=100%) (14%=100%) (14%=100%) (9%=100%)
Pela aparência física 38% 42% 36% 51% 44% 34% 39% 47% 42% 30% 26%
Por ser mulher 17% 34% 16% 23% 21% 11% 16% 15% 14% 15% 10%
Pela idade 14% 14% 18% 16% 22% 17% 13% 9% 8% 11% 13%
Pela etnia 7% 12% 9% 14% 9% 6% 9% 5% 5% 5% 6%
SITUAÇÕES EM
QUE SE SENTIRAM Pela orientação sexual 7% 12% 7% 7% 12% 8% 6% 4% 4% 4% 4%
DISCRIMINADOS Por ser homem 3% 1% 3% 4% 4% 3% 5% 0% 2% 1% 5%
Já se sentiram discriminados em alguma situação 59% 72% 59% 75% 64% 56% 62% 64% 58% 50% 48%
Nunca se sentiram discriminados 41% 28% 41% 25% 36% 44% 38% 36% 42% 50% 52%
Tentaram acabar com a sua vida ou pensaram nisso 23% 41% 21% 46% 34% 19% 19% 27% 27% 13% 8%
Infligiram lesões no seu corpo de forma intencional 12% 28% 12% 24% 18% 8% 11% 9% 10% 5% 5%
SITUAÇÕES DE Sofreram transtornos de alimentação 5% 11% 4% 8% 7% 4% 6% 3% 5% 3% 4%
“FRAGILIDADE” Ficaram grávidas sem o desejar / Engravidaram
QUE SOFRERAM involuntariamente uma mulher 4% 0% 1% 6% 2% 2% 4% 14% 8% 5% 4%
Passaram por alguma destas 4 situações de “fragilidade” 31% 50% 26% 51% 41% 26% 30% 41% 37% 20% 16%
Nunca passaram por nenhuma destas 4 situações 69% 50% 74% 49% 59% 74% 70% 59% 63% 80% 84%
Assédio moral em locais onde estudaram 24% 29% 24% 37% 31% 22% 23% 22% 24% 17% 17%
Violência psicológica nas suas relações de intimidade 16% 14% 13% 27% 21% 12% 19% 30% 19% 15% 11%
Assédio físico ou sexual fora do âmbito da intimidade 13% 25% 9% 16% 18% 10% 14% 15% 13% 10% 9%
SITUAÇÕES DE Assédio moral em locais onde trabalharam 10% 1% 1% 17% 12% 4% 14% 17% 18% 14% 12%
ASSÉDIO OU
VIOLÊNCIA QUE Violência física nas suas relações de intimidade 7% 4% 4% 12% 11% 3% 7% 21% 9% 5% 4%
SOFRERAM Violência sexual nas suas relações de intimidade 4% 4% 3% 4% 6% 3% 4% 8% 5% 2% 2%
Sofreram alguma situação de assédio ou violência 42% 47% 35% 60% 52% 36% 45% 56% 48% 37% 32%
Nunca sofreram assédio ou violência 52% 48% 59% 34% 40% 58% 51% 39% 47% 57% 64%
Preferem não responder 6% 5% 6% 6% 8% 6% 4% 5% 5% 6% 4%
VIOLÊNCIA QUE (Base: Têm companheiro/a)
n=63
SOFRERAM COM O/A Sofreram algum tipo de violência com o/a
COMPANHEIRO/A companheiro/a actual 4,2% -- 3,2% 7,6% 6,0% 3,2% 3,5% 6,3% 5,5% 3,0% 2,1%
ACTUAL
/429
Até que ponto se sentem satisfeitos os jovens que • Em consequência, é lógico que a situação com um
estão a viver cada situação maior número de facetas em que a satisfação dos
jovens atinge os valores máximos seja a dos «Jovens
A grande maioria das questões relativas à felicidade e
adultos em conforto»: em nove das 12 facetas da vida
ao grau de satisfação dos jovens tem muita relação com
consideradas, verifica-se o valor médio mais elevado.
o seu nível de empoderamento e alguma relação com a
No extremo oposto, a situação com um maior número
etapa do ciclo de vida:
de facetas em que a satisfação dos jovens atinge os
• A felicidade com a vida comporta-se totalmente em valores mínimos é a dos «Jovens à margem»: em nove
linha com as expectativas. Nas três etapas do ciclo das 12 facetas da vida consideradas, verifica-se o valor
de vida dos jovens, os valores mínimos dos que se médio mais baixo.
sentem pouco felizes com a vida ocorrem nas situa-
Olhando para o futuro, os jovens na situação de «Mães e
ções que incluem os jovens mais empoderados, sendo
pais em vulnerabilidade» são os que mais acreditam que
que, além disso, estes vão diminuindo com o passar do
a sua vida será pior como consequência da COVID-19.
tempo: sentem-se pouco felizes com a sua vida 32 %
dos «Adolescentes em conforto», 22 % dos «Jovens em
conforto» e 14 % dos «Jovens adultos em conforto».
Etapa I do ciclo vital Etapa II do ciclo vital Etapa III do ciclo vital
Situações em que cada categoria tem os valores máximos Adoles- Adoles- Jovens Mães e pais Jovens
centes centes em Jovens em vulne- Jovens em Jovens em vulne- Casais Casais em adultos
Situações em que cada categoria tem os valores mínimos Total jovens sob pressão conforto à margem rabilidade conforto à tona rabilidade à tona conforto em conforto
(100%=100%) (9%=100%) (14%=100%) (4%=100%) (9%=100%) (12%=100%) (11%=100%) (4%=100%) (14%=100%) (14%=100%) (9%=100%)
Jovens MUITO FELIZES com a vida (9-10) 21% 14% 18% 0% 21% 18% 18% 34% 25% 27% 25%
TIPOLOGIA DE Jovens FELIZES com a vida (8) 19% 10% 21% 8% 12% 27% 16% 7% 16% 27% 33%
JOVENS EM
FUNÇÃO DO GRAU Jovens QUASE FELIZES com a vida (7) 26% 24% 29% 16% 22% 33% 27% 16% 23% 27% 28%
DE FELICIDADE COM Jovens POUCO FELIZES com a vida (0-6) 34% 52% 32% 76% 45% 22% 39% 43% 36% 19% 14%
A VIDA
Grau médio de felicidade com a vida 7,0 6,4 7,0 5,0 6,7 7,3 6,8 7,1 7,1 7,6 7,7
EXPECTATIVAS DA Acham que a sua vida será melhor 19% 17% 16% 19% 23% 20% 22% 19% 19% 18% 20%
SUA VIDA PENSANDO
NAS CONSEQUÊN- Acham que a sua vida será igual 53% 53% 54% 49% 51% 54% 49% 44% 53% 58% 49%
CIAS DA COVID-19 Acham que a sua vida será pior 28% 30% 30% 32% 26% 26% 28% 38% 28% 24% 31%
(1) Cada faceta foi analisada entre os jovens por ela afectados.
/431
O que mais diferencia os jovens que estão a viver Considerando o seu «nível de empoderamento», estes vida muito diferentes. O ciclo de vida dos jovens mais
cada uma das dez situações de vida identificadas jovens foram baptizados como: «Jovens à margem» empoderados inicia-se sendo eles «Adolescentes em
(os menos empoderados), «Jovens em vulnerabili- conforto», para depois serem «Jovens em conforto»
Em resumo, e como já vimos nas páginas anteriores,
dade» (com um nível de empoderamento médio) e e, a partir dos 25 anos, tornarem-se «Jovens à tona»,
como resultado da «Análise de homogeneidades», o que
«Jovens em conforto» (os mais empoderados). Importa «Jovens adultos em conforto» ou «Casais em conforto».
mais diferencia as dez situações de vida identificadas
salientar que a distância entre o nível de empodera-
entre os jovens é a «idade» (eixo horizontal) e o «nível Já o ciclo de vida dos jovens menos empoderados inicia-
mento dos «Jovens em conforto» face aos «Jovens à
de empoderamento» (eixo vertical). se sendo eles «Adolescentes sob pressão», para depois
margem» é muito maior da que, na etapa de vida ante-
rior, separava os «Adolescentes em conforto» dos serem «Jovens à margem» ou «Jovens em vulnerabilidade»
Da análise da proximidade entre a posição que ocupam,
«Adolescentes sob pressão». e, a partir dos 25 anos, tornarem-se, com bastante proba-
no espaço destas duas dimensões, o centro de gravidade
• Entre os 25 e os 34 anos, as situações de vida dos bilidade, «Mães e pais em vulnerabilidade» ou «Casais à
dos jovens que estão a viver cada uma das dez situa-
jovens tornam-se mais variadas, sendo nesta etapa tona» e, com menor probabilidade, «Jovens à tona».
ções de vida identificadas e os níveis das três variáveis
que são mais diferenciadoras entre os 40 critérios de cinco. Uma delas, a dos «Jovens à tona», inclui os mais
segmentação considerados como ponto de partida desta jovens dos que se encontram nesta terceira etapa de
análise, pode concluir-se o seguinte: vida. Estes jovens caracterizam-se por terem um nível
de empoderamento médio e por estarem a iniciar a
• Das dez situações identificadas, há duas muito etapa adulta, pelo que ainda têm de tomar muitas
próximas do centro de gravidade dos jovens que se decisões relevantes. As outras quatro situações, por
encontram na primeira etapa da sua vida, a dos 15 aos ordem crescente de empoderamento, foram bapti-
19 anos. Estas duas situações estão, além disso, muito zadas como: «Mães e pais em vulnerabilidade» (os
próximas dos jovens que frequentam o ensino secun- menos empoderados), «Casais à tona» (com um nível
dário. Considerando o seu «nível de empoderamento», de empoderamento baixo), «Casais em conforto» (com
estes jovens foram baptizados como: «Adolescentes um nível de empoderamento médio) e «Jovens adultos
sob pressão» (os menos empoderados) e «Adolescentes em conforto» (os mais empoderados).
em conforto» (os mais empoderados).
• Na segunda etapa de vida dos jovens, a dos 20 aos 24 Da análise destas dez situações, pode concluir-se que a
anos, são três as situações que os representam. Estas vida dos jovens tem forte relação com o nível de empo-
três situações estão muito próximas dos jovens que deramento que eles atingem nas primeiras etapas da
ainda não incorporaram «nenhuma frente» na sua vida. sua vida. Desta forma, identificam-se dois ciclos de
POSIÇÃO QUE OCUPA CADA SITUAÇÃO DE VIDA NO ESPAÇO DAS DUAS DIMENSÕES IDENTIFICADAS (1)
Jovens
em conforto
(12%) Jovens adultos
Estão a estudar em conforto
mestrado ou (9%)
doutoramento
Estão a estudar
bacharelato ou
licenciatura
Trabalho pago
Trabalho pago30-34 anos Vida em casal
Filhos Filhos
Jovens em Só vida Finalizaram
vulnerabilidade em casal estudos
ensino
no
(9%) secundário
Adolescentes Só filhos
sob pressão
(9%)
Casais à tona
(14%)
Finalizaram
estudos no
Jovens à ensino básico
margem Vida em casal
(4%) Filhos
Mães e pais em
vulnerabilidade
(4%)
(1) Método de análise: Análise de homogeneidade com base nos 40 critérios de classificação que resumem quem são, que hábitos têm, o que pensam e como se sentem os jovens.
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Quem são, que hábitos têm, o que pensam e • Nenhum tem filhos. É uma das duas situações em que de 6,4, a segunda situação em que os jovens se sentem
como se sentem os jovens cuja vida se encontra há maior proporção dos que não querem ter filhos menos felizes com a vida.
na situação «Adolescentes sob pressão» (17 %) ou que ainda não decidiram (27 %). Contudo, • Alcançam-se os valores mais elevados dos que
mais de metade (55 %) declaram que gostariam de os ter. tentaram acabar com a sua vida ou pensaram nisso
Esta situação foi assim chamada por contemplar os
• Têm um estilo de vida saudável: na sua maioria (68 %), (41 %), que infligiram lesões no seu corpo de forma
adolescentes que sentem dificuldades em lidar com as
praticam alguma actividade física uma vez por semana intencional (28 %) ou que sofreram transtornos de
exigências da sua vida: sentem-se inseguros e discrimi-
ou mais, não fumam tabaco (92 %) e não consomem alimentação (11 %).
nados. Dos quase 2,2 milhões de jovens que este estudo
bebidas alcoólicas ou fazem-no menos de uma vez
representa, 9 % estão a viver esta situação.
por semana (88 %). Quase todos declaram que nunca Jovens mais empoderados
QUEMEstas
SÃO, QUE
são as HÁBITOS
características TÊM,que
essenciais Odefinem
QUE PENSAM
os E COMO
consumiram nemSE SENTEM
canábis OSduras.
nem drogas JOVENS
CUJA «Adolescentes
VIDA SE ENCONTRA NAque
sob pressão» e a vida SITUAÇÃO
estão a viver: “ADOLESCENTES
• É a situação em que SOB PRESSÃO”
mais se utilizam as redes sociais
(56 % utilizam-nas mais de três horas por dia). Adolescentes
sob pressão
• São os mais jovens. Quase todos (91 %) têm entre 15 e • A abertura à mudança destes adolescentes reflecte-se
19 anos. Em média, têm 18 anos. no facto de ser o segmento em que mais jovens acham Jovens menos empoderados
• É uma das situações com maior presença de mulheres que se justifica a «inseminação artificial/fertilização in
(83 %) e a situação com mais bissexuais (22 %). vitro», a «eutanásia», a «barriga de aluguer» o «aborto»
• Quase todos moram em casa dos pais ou de outros e também o «suicídio».
familiares. • É uma das duas situações em que os jovens estão a
• Quase todos estão ainda a estudar no ensino secun- sofrer mais, visto que sentem muita pressão para serem
dário ou pós-secundário. de uma determinada maneira: «nos estudos», para «não
• É a situação em que há uma maior proporção de jovens desiludir os pais», para «ser fisicamente atractivo» e
com formas de ser e valores do tipo dos «Inseguros para «ter sucesso nas relações».
modernos» (33 % face a 15 % no conjunto dos jovens), • Na sua maioria (72 %), sentiram-se discriminados,
sendo que os dois tipos de inseguros representam 62 % sobretudo por serem mulheres (34 %), pela sua etnia
desta situação. (12 %) ou pela sua orientação sexual (12 %).
• Ainda não incorporaram frentes da vida adulta nas suas
Ilustração da
• A proporção dos que declararam não se sentirem
vidas e, portanto, é uma das situações em que dispõem situação
felizes com a vida ultrapassa a do conjunto dos jovens
de mais tempo livre para si, mas também para dormir. “Adolescentes sob a felicidade com a vida é
(52 % face a 34 %). Em média,
• Um terço têm companheira/o, mas não vivem juntos. pressão”
CUJA quase
VIDA SE ENCONTRA NA SITUAÇÃO “ADOLESCENTES EM CONFORTO” por
em conforto
(80 %), praticam alguma actividade física uma vez
2,2 milhões de jovens que este estudo representa,
semana ou mais, não fumam tabaco (91 %), têm pouca
14 % estão a viver nesta situação (quase o dobro dos que
relação com as bebidas alcoólicas, já que ou são consu-
estão a viver na situação dos «Adolescentes sob pressão»).
midores não frequentes (46 %) ou não consomem (35 %). Jovens menos empoderados
Estas são as características essenciais que definem os Quase nenhum destes jovens consumiu drogas duras.
«Adolescentes em conforto» e a vida que estão a viver: • É a situação em que mais jovens se estão a preparar
para ter a carta de condução (34 %), e a grande maioria
• São os segundos mais jovens. Quase todos (81 %) têm já foi ao estrangeiro (58 % só de férias).
entre 15 e 19 anos. Em média, têm 19 anos. • Os jovens nesta situação têm um dos mais amplos
• É a terceira situação com maior presença de homens círculos de amigos chegados: 72 % têm seis ou mais.
(67 %). • É uma das duas situações em que destinam mais tempo
• Quase todos estes jovens moram em casa dos pais ou a jogos, seja no computador, na consola ou no tele-
de outros familiares (94 %). móvel (28 % jogam mais de três horas por dia face aos
• Quase todos estão ainda a estudar, a maioria no ensino 19 % no conjunto total dos jovens).
secundário ou pós-secundário (71 %) e a minoria no • À semelhança de outras situações com elevada
ensino superior (28 %).
Ilustração da
presença de homens, os que se masturbam e vêem
• No que diz respeito à religião, é uma das situações com situação
pornografia uma vez por semana ou mais atingem
mais católicos praticantes (21 %) e também mais ateus “Adolescentes
os valores máximosem (48 % e 37 %, respectivamente).
ou agnósticos (27 %). conforto”
Entre os que já têm relações sexuais, alcança-se o valor
• Ainda não incorporaram frentes da vida adulta nas máximo dos que nunca as têm sem protecção (46 %).
suas vidas e, portanto, é uma das situações em que • Contudo, a aproximação à maioridade parece não lhes
dispõem de mais tempo livre para si. São os que mais ser fácil, visto que a proporção dos que declararam que
QUEM SÃO,
de outrosQUE HÁBITOS
familiares (77 %). TÊM, O QUE PENSAMmais E COMO SE SENTEM OS JOVENS
de três horas por dia e fazem uma utilização
CUJA • Entre
VIDAestes SE jovens,
ENCONTRA NA maior
ocorre a segunda SITUAÇÃO
proporção “JOVENS À das
intensiva MARGEM”
redes sociais e dos jogos. É uma das
de desemprego (38 %, sendo que 66 % destes
Jovens à
margem
os que ainda estão a estudar, a maioria (61 %) frequenta o passear cães, babysitting, etc.
ensino básico, secundário ou pós-secundário. • Entre estes jovens, ocorre a segunda maior proporção Jovens menos empoderados
• Um terço destes jovens nunca foram ao estrangeiro. de jovens que já finalizaram os estudos e nunca tiveram
• Apesar de a maioria (68 %) morar ainda em casa dos trabalho pago (11 %) e uma das mas altas proporções de
pais ou de algum familiar, 14 % partilham casa ou desemprego (21 %, sendo que 63 % destes desempre-
vivem numa residência e 10 % vivem sozinhos na sua gados estão activamente à procura de emprego).
própria casa.
Ilustração da
situação
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Quem são, que hábitos têm, o que pensam e os que ainda estão a estudar, dois terços frequentam • Quase metade não têm companheiro (46 %) e um terço
como se sentem os jovens cuja vida se encontra o ensino superior. (33 %) têm companheiro/a mas não vivem juntos.
na situação «Jovens à tona» • Tal como na situação dos «Jovens em vulnerabilidade», • Entre os que já tiveram alguma relação amorosa (87 %),
apesar de na sua maioria (68 %) morarem ainda em casa atinge-se a proporção maior dos que já foram infiéis
Esta situação foi assim chamada por contemplar os
dos pais ou de algum familiar, 20 % já estão a viver na (15 %).
jovens que estão a dar os primeiros passos na vida
sua própria casa (metade com o companheiro e a outra • Nesta situação, a proporção dos que declararam que não
adulta. Porém, ainda que comecem a ter alguns rendi-
metade sozinhos) e 12 % partilham casa ou vivem se sentem felizes com a sua vida é quase o dobro da dos
mentos, a sua situação económica é bastante precária.
numa residência. que se declararam felizes (66 % face a 34 %). Em média,
Dos quase 2,2 milhões de jovens que este estudo repre-
• Na sua quase totalidade (83 %), declararam ter algum a felicidade com a vida entre estes jovens é de 6,8.
senta, 11 % estão a viver nesta situação.
tipo de rendimento. Contudo, a maioria (80 %) não é
Estas são as características essenciais que definem os financeiramente independente. Dos que têm rendi- Jovens mais empoderados
QUEM«Jovens
SÃO,à QUE tona» eHÁBITOS TÊM,
a vida que estão O QUE PENSAMmentos,
a viver: E COMO SE SENTEM
quase metade OSdifícil
declaram ser JOVENS
ou muito
CUJA VIDA SE ENCONTRA NA SITUAÇÃO “JOVENS À TONA”
Jovens à
difícil viver com o rendimento actual. tona
• É uma das três situações equilibradas no que respeita à • Na sua maioria (68 %), já incorporaram pelo menos
proporção de mulheres e de homens. uma frente da vida adulta, sendo que maioritariamente
• A idade não é uma questão determinante nesta situação, apenas incorporaram uma: só trabalho pago (46 %), Jovens menos empoderados
dado que nela se incluem jovens de todas as idades só vida em casal (8 %) ou só filhos (2 %).
entre os 20 e os 34 anos. Em média, têm 27 anos. • É uma das situações em que há uma maior proporção
• As formas de ser e os valores não são uma questão tanto de jovens que estão desempregados (26 %, sendo
determinante nesta situação, dado que nela se incluem que 62 % destes desempregados estão activamente
jovens de todas as tipologias. Os dois tipos de jovens à procura de emprego) como de jovens que já finali-
inseguros representam 32 %, uma proporção muito zaram os estudos e nunca tiveram trabalho pago (6 %).
similar à do conjunto total dos jovens. • Entre os escassíssimos 10 % de jovens nesta situação
• À semelhança do que acontece na situação dos que nunca tiveram trabalho pago, a grande maioria
«Jovens à margem», a maioria (75 %) já terminou os (77 %) já teve pelo menos uma actividade laboral
estudos. Contudo, ao contrário destes, entre os que temporária: estágio, trabalho de três meses ou menos
os terminaram, 40 % concluíram o ensino superior, ou actividade como dar explicações, passear cães, baby-
a terceira situação com o valor mais elevado. E, entre
Ilustração
sitting, etc. da
situação
“Jovens
à tona”
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Quem são, que hábitos têm, o que pensam e • As formas de ser e os valores não são uma questão ter um sono agitado, pesadelos ou que acordam a meio
como se sentem os jovens cuja vida se encontra determinante nesta situação, dado que nela se incluem da noite ou muito cedo de manhã.
na situação «Mães e pais em vulnerabilidade» jovens de todos os tipos. Contudo, os dois tipos de • É a situação em que se atinge o valor máximo de
jovens inseguros representam 46 % desta situação, mulheres que ficaram grávidas sem o desejarem (14 %
Esta situação foi assim chamada por contemplar os
muito acima tanto dos 34 % no conjunto total dos face a 4 % no conjunto total dos jovens).
jovens cuja vida está muito centrada na maternidade ou
jovens como dos valores nas restantes situações dos • No que respeita à felicidade com a vida, esta é uma
na paternidade. É uma das duas situações menos recor-
jovens adultos. situação de extremos: por um lado, alcança-se o valor
rentes: dos quase 2,2 milhões de jovens que este estudo
• É a situação em que há uma maior proporção de máximo dos jovens que se sentem muito felizes com
representa, apenas 4 % estão a viver nesta situação.
desempregados: 53 %, sendo que 60 % destes desem- a sua vida (34 %); por outro lado, também se alcança
Estas são as características essenciais que definem o pregados estão activamente à procura de emprego. um dos valores mais elevados de jovens que se sentem
grupo de «Mães e pais em vulnerabilidade» e a vida que • Os que têm filhos totalizam 69 % dos jovens nesta pouco ou nada felizes (43 %). A felicidade média é de
estão a viver: situação. As tipologias de frentes da vida adulta que 7,1. Das 12 facetas da vida avaliadas, a única que, nesta
melhor representam esta situação são a «Vida em situação, obtém o valor máximo de felicidade é a dos
• É a situação com a maior presença de mulheres (89 %). casal/Filhos» (42 %) e a «Só filhos» (5 %). Ambas filhos (9,5).
• Na sua quase totalidade, já ultrapassaram a barreira atingem os valores máximos nesta situação.
dos 24 anos. Em média, têm 29 anos. • É a situação em que os jovens têm menos tempo Jovens mais empoderados
QUEM• É
SÃO, QUE
a situação comHÁBITOS TÊM,deOjovens
a maior proporção QUEcom PENSAMpara E COMO
dormir: em SE SENTEM
média, não chegam OSa dormir
JOVENSsete
CUJA VIDA SE(23 %
obesidade ENCONTRA NAo SITUAÇÃO
face a 10 % entre “MÃES
conjunto total dos E PAIS
horas por dia. EM VULNERABILIDADE”
Também é a situação em que os jovens
jovens). passam mais tempo em casa acordados. Apesar disso,
• Têm um nível de escolaridade baixo. Praticamente são os que têm menos tempo livre para si (em média,
Mães e pais em
todos já finalizaram os estudos (93 %) e, entre estes, duas horas e 24 minutos), porque é a situação em que vulnerabilidade
Ilustração da
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Quem são, que hábitos têm, o que pensam e para viver, mas não confortavelmente. Declaram que
como se sentem os jovens cuja vida se encontra gastam, em média, 80 % dos seus rendimentos. Jovens mais empoderados
QUEMsituação
SÃO, QUE HÁBITOS TÊM,
«Casais em conforto»
O QUE PENSAM E COMO SE SENTEM OS JOVENS
• No que respeita às frentes da vida adulta que já incor-
CUJA VIDA SE ENCONTRA NA SITUAÇÃO “CASAIS EM
poraram nasCONFORTO”
suas vidas, o que os define é que quase
Casais em
conforto
(96 %), e também aquela em que se atinge a percen- • Os que têm filhos são a minoria (20 %); contudo,
CUJA tagem
VIDAmáximaSE ENCONTRA NA SITUAÇÃO “JOVENS
dos que foram ao estrangeiro para
ADULTOS EM CONFORTO”
os jovens nesta situação são orientados para a pater-
estudar (39 %). nidade/maternidade, já que 6 % estão à espera do
• Na sua maioria, já saíram de casa dos pais para morar primeiro filho e 58 % declaram que gostariam de ter
Jovens menos empoderados
na própria casa (56 %) ou para partilhar casa ou morar filhos no futuro (73 % dos que ainda não os têm).
numa residência (13 %) e fazem-no sem problemas, já • Têm um estilo de vida aparentemente saudável, já que
que quase todos (86 %) declaram que o rendimento 85 % praticam alguma actividade física uma vez por
actual dá para viver bem ou confortavelmente. semana ou mais e não fumam tabaco (70 %) ou são
• Nesta situação, os dois tipos que têm valores e formas fumadores leves (18 %). Contudo, é umas das situações
de ser de insegurança praticamente não existem. em que há maior relação com as bebidas alcoólicas:
Economia Instituições
O Cadastro e a Propriedade Benefícios do Ensino Superior Droga e Propinas: Avaliações Justiça Económica em Portugal: Juízes na Europa: Formação, selecção,
Rústica em Portugal Coordenado por Hugo Figueiredo de impacto legislativo Produção de prova promoção e avaliação
Coordenado por Rodrigo e Miguel Portela; 2017. Coordenado por Ricardo Coordenado por Mariana Coordenado por Carlos
Sarmento de Beires; 2013. Diversificação e Crescimento Gonçalves; 2012. França Gouveia, Nuno Garoupa, Gómez Ligüerre; 2015.
da Economia Portuguesa Pedro Magalhães; 2012. Limitação de Mandatos: O impacto
Custos e Preços na Saúde: Justiça Económica em Portugal:
Passado, presente e futuro Coordenado por Leonor Sopas; 2018. A citação do réu no processo civil Justiça Económica em Portugal: nas finanças locais e na participação
Coordenado por Carlos Costa; 2013. Dinâmica Empresarial e Desigualdade Coordenado por Mariana Recuperação do IVA eleitoral
Coordenado por Rui Baptista; 2018. França Gouveia, Nuno Garoupa, Coordenado por Mariana Coordenado por Francisco
25 anos de Portugal Europeu:
Pedro Magalhães; 2012. França Gouveia, Nuno Garoupa, Veiga e Linda Veiga; 2017.
A economia, a sociedade e os fundos Encerramento de Multinacionais: Pedro Magalhães; 2012. O Estado por Dentro: Uma etnografia
estruturais O capital que fica Justiça Económica em Portugal:
Coordenado por Augusto Coordenado por Pedro de Faria; 2018. Factos e números Justiça Económica em Portugal: do poder e da administração pública
Mateus; 2013. Coordenado por Mariana Síntese e propostas em Portugal
GDP‑linked bonds in the França Gouveia, Nuno Garoupa, Coordenado por Mariana Coordenado por Daniel
Que economia queremos? Portuguese Economy Pedro Magalhães; 2012. França Gouveia, Nuno Garoupa, Seabra Lopes; 2017.
Coordenado por João Ferrão; 2014. Coordenado por Gonçalo Pina, 2020. Pedro Magalhães; 2012. O Impacto Económico dos Fundos
A Economia do Futuro: A visão Justiça Económica em Portugal:
Features of Portuguese International Gestão processual e oralidade Segredo de Justiça Europeus: A experiência
de cidadãos, empresários e autarcas
Trade: a Firm‑level Perspective Coordenado por Mariana Coordenado por Fernando dos municípios portugueses
Coordenado por João Ferrão; 2014.
Coordenado por João Amador; 2020. França Gouveia, Nuno Garoupa, Gascón Inchausti; 2013. Coordenado por José Tavares; 2017.
Três Décadas de Portugal Europeu: Pedro Magalhães; 2012.
Financial Constraints and Business Feitura das Leis: Portugal e a Europa Orçamento, Economia e Democracia:
Balanço e perspectivas
Dynamics: Lessons from the 2008 Justiça Económica em Portugal: Meios Coordenado por João Caupers, Uma proposta de arquitetura
Coordenado por Augusto
‑2013 Recession de resolução alternativa de litígios Marta Tavares de Almeida institucional
Mateus; 2015.
Coordenado por Carlos Carreira, Coordenado por Mariana e Pierre Guibentif; 2014. Coordenado por Abel M. Mateus; 2018.
Empresas Privadas e Municípios: Paulino Teixeira, Ernesto Nieto França Gouveia, Nuno Garoupa, Portugal nas Decisões Europeias Instituições e Qualidade
Dinâmicas e desempenhos ‑Carrillo e João Eira; 2021. Pedro Magalhães; 2012. Coordenado por Alexander da Democracia: Cultura política
Coordenado por José Tavares; 2016.
Transport systems in Portugal Analysis Justiça Económica em Portugal: Trechsel, Richard Rose; 2014. na Europa do Sul
Investimento em Infra‑Estruturas of efficiency and regional impact Novo modelo processual Coordenado por Tiago Fernandes; 2019.
Valores, Qualidade Institucional
em Portugal Carlos Oliveira Cruz, Álvaro Costa, Coordenado por Mariana e Desenvolvimento em Portugal Os Tribunais e a Crise Económica
Coordenado por Alfredo Joaquim Miranda Sarmento, Vítor Faria França Gouveia, Nuno Garoupa, Coordenado por Alejandro Portes e Financeira: Uma análise ao processo
Marvão Pereira; 2016. e Sousa e João Fragoso Januário, 2021. Pedro Magalhães; 2012. e M. Margarida Marques; 2015. decisório em contexto de crise
Do Made in ao Created In: Um Novo Justiça Económica em Portugal: económico‑financeira
O Ministério Público na Europa
Paradigma para a Economia Portuguesa O sistema judiciário Patrícia André, Teresa Violante
Coordenado por José Martín
Coordenado por Fernando Alexandre; Coordenado por Mariana e Maria Inês Gameiro; 2019.
Pastor, Pedro Garcia Marques
2021 França Gouveia, Nuno Garoupa, e Luís Eloy Azevedo; 2015.
Pedro Magalhães; 2012.
Sociedade
Como se aprende a ler? Inquérito à Fecundidade 2013 O Multimédia no Ensino das Ciências Porque melhoraram os resultados Os jovens em Portugal, hoje: Quem
Coordenado por Isabel Leite; 2010. INE e FFMS; 2014. Coordenado por João Paiva; 2015. do PISA em Portugal? são, que hábitos têm, o que pensam
A Ciência na Educação Pré‑Escolar O Quinto Compromisso: Estudo longitudinal e comparado e o que sentem
Fazer contas ensina a pensar?
Coordenado por Maria Lúcia Desenvolvimento de um sistema (2000–2015) Coordenado por Laura Sagnier
Coordenado por António Bivar; 2010.
Santos, Maria Filomena Gaspar, de garantia de desempenho Coordenado por Anália Torres; 2018. e Alex Morell; 2021.
Desigualdade Económica em Portugal
Sofia Saraiva Santos; 2014. educativo em Portugal Igualdade de Género ao Longo da Vida:
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Dinâmicas Demográficas Coordenado por Margaret Portugal no contexto europeu
Rodrigues; 2012.
e Envelhecimento da População E. Raymond; 2015. Coordenado por Anália Torres; 2018.
Projecções 2030 e o Futuro
Portuguesa (1950–2011): Desigualdade do Rendimento As mulheres em Portugal, Hoje:
Coordenado por Maria
Evolução e perspectivas e Pobreza em Portugal: Quem são, o que pensam e como
Filomena Mendes e Maria
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Leston Bandeira; 2014. de ajustamento Coordenado por Laura Sagnier
Envelhecimento Activo em Portugal: Coordenado por Carlos e Alex Morell; 2019.
Ensino da Leitura no 1.º Ciclo
Trabalho, reforma, lazer e redes sociais Farinha Rodrigues; 2016.
do Ensino Básico: Crenças, Financial and Social Sustainability
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conhecimentos e formação Determinantes da Fecundidade of the Portuguese Pension System
Villaverde Cabral; 2013.
dos professores em Portugal Coordenado por Amílcar
Escolas para o Século xxi: Liberdade Coordenado por João A. Lopes; 2014. Coordenado por Maria Moreira; 2019.
e autonomia na educação Filomena Mendes; 2016.
Ciência e Tecnologia em Portugal: Identidades Religiosas e Dinâmica
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Métricas e impacto (1995–2012) Será a repetição de ano benéfica Social na Área Metropolitana
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Informação e Saúde Vieira e Carlos Fiolhais; 2014. Coordenado por Luís Coordenado por Alfredo
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Mortalidade Infantil em Portugal:
Literatura e Ensino do Português Evolução dos indicadores e factores Justiça entre Gerações: Perspectivas A evolução da ciência em Portugal
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Bernardes e Rui Afonso Mateus; 2013. Coordenado por Xavier Barreto Coordenado por Jorge Pereira da Silva Elizabeth Vieira, João Mesquita, Jorge
Processos de Envelhecimento e José Pedro Correia; 2014. e Gonçalo Almeida Ribeiro; 2017. Silva, Raquel Vasconcelos, Joana Torres,
em Portugal: Usos do tempo, Os Tempos na Escola: Migrações e Sustentabilidade Sylwia Bugla, Fernando Silva, Ester
redes sociais e condições de vida Estudo comparativo da carga horária Demográfica: Perspectivas Serrão e Nuno Ferrand; 2019.
Coordenado por Manuel em Portugal e noutros países de evolução da sociedade e economia A pobreza em Portugal:
Villaverde Cabral; 2013. Coordenado por Maria Isabel Festas; portuguesas Trajetos e quotidianos
Que ciência se aprende na escola? 2014. Coordenado por João Peixoto; 2017. Coordenado por Fernando
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Afonso; 2013. Coordenado por António Granado Coordenado por Teresa
e José Vítor Malheiros; 2015. Bago d’Uva; 2017.