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A Voz

A voz é um dos maiores instrumentos de comunicação


Ao ouvir uma voz, se pode imediatamente perceber se é uma
criança, um adulto ou um idoso, bem como seu sexo. Isso acontece
por que o aparelho fonador, composto pela laringe, e pregas vocais
são responsável pela produção da voz, cada pessoa tem uma
estrutura diferente de acordo com a idade e gênero.
Vários são os fatores que influenciam na emissão da voz
como por exemplo o fator social, em cada região existe um padrão
vocal, onde aparecem as inflexões, o ritmo, a velocidade o
vocabulário, e muitos outros elementos que caracterizam o
indivíduo e a sua região.
Para o ator é fundamental que ele conheça seus recursos
vocais, como sua extensão vocal, até onde vão seus agudo e seus
graves, sua classificação para baixo( grave), barítono (médios) e
tenor (agudos), e outros elementos como ritmo, velocidade,
inflexões, entre outros.
A fala é determinante para indicar o estado do emissor, pois
cada situação vai transformar esses fatores acima citado, de acordo
com o seu estado emocional, isto acontece inconscientemente para
todos os indivíduos mas para o ator essas mudanças deverão ser
conscientes. O ator tem a capacidade e treino para passar
imediatamente de um estado para outro, sem sofrer nenhuma forma
de sofrimento interior do ator criador. Imagine um acontecimento em
um dia e em outra cena o ator personagem já se encontra há um
mês depois. Essa transformação deverá ser feita em alguns
minutos ou segundos e o ator personagem deverá estar em outra
fase de sua emoção claramente visível sem resquícios da outra.
O trabalho vocal deve ser estudado minunciosamente pelo
ator e diretor para envolver o público na interpretação do
personagem apresentado.
Como fazer para conseguir essa consciência vocal?
É necessário que o ator tenha consciência de quais ações
dramáticas ele deve identificar no texto e em suas falas nos
momentos em que seu personagem age na situação dentro da
cena.
Uma cena é subdividida em situações e momentos, e as
cenas fazem parte de um ato. Dependendo texto, esse poderá ter
um ou mais atos, chegando a acontecer até cinco atos em um
espetáculo.
A ação dramática é determinada por um verbo de ação que é
o detonador da interpretação da emoção, onde o ator criador não
precisa sofrer a emoção e sim identifica-la e após usá-la para que o
ator personagem que execute a ação aparecendo a emoção.
Que se emociona é o ator personagem e o público o ator
criador não sente nenhuma emoção expressa na cena, só conduz
as ações conscientemente.
Outro elemento importante para emissão da emoção pela voz
é o corpo, a postura corporal também é um forte indicador da ação
dramática que esta sendo interpretada pelo ator criador, fazendo
com que o ator personagem passe ao espectador a verdade que
esse espera que apareça na cena.
Quanto mais real fica a interpretação mais verossímil fica a
quem está observando.
O espetáculo tem que criar expectativa ao espectador, essa é
a função dos olhos do diretor e a do trabalho do ator.
Ao ouvir uma voz, se pode imediatamente perceber se é uma
criança, um adulto ou um idoso, bem como seu sexo. Isso acontece
por que o aparelho fonador, composto pela laringe, e pregas vocais
são responsável pela produção da voz, cada pessoa tem uma
estrutura diferente de acordo com a idade e gênero.
Nilton Filho, diretor de teatro

A voz é um dos maiores instrumentos de comunicação


Ao ouvir uma voz, se pode imediatamente perceber se é uma criança, um adulto ou um idoso, bem como seu sexo.
Isso acontece por que o aparelho fonador, composto pela laringe, e pregas vocais são responsável pela produção da
voz, cada pessoa tem uma estrutura diferente de acordo com a idade e gênero.
Vários são os fatores que influenciam na emissão da voz como por exemplo o fator social, em cada região existe um
padrão vocal, onde aparecem as inflexões, o ritmo, a velocidade o vocabulário, e muitos outros elementos que
caracterizam o indivíduo e a sua região.
Para o ator é fundamental que ele conheça seus recursos vocais, como sua extensão vocal, até onde vão seus agudo e
seus graves, sua classificação para baixo( grave), barítono (médios) e tenor (agudos), e outros elementos como ritmo,
velocidade, inflexões, entre outros.
A fala é determinante para indicar o estado do emissor, pois cada situação vai transformar esses fatores acima citado,
de acordo com o seu estado emocional, isto acontece inconscientemente para todos os indivíduos mas para o ator
essas mudanças deverão ser conscientes. O ator tem a capacidade e treino para passar imediatamente de um estado
para outro, sem sofrer nenhuma forma de sofrimento interior do ator criador. Imagine um acontecimento em um dia e
em outra cena o ator personagem já se encontra há um mês depois. Essa transformação deverá ser feita em alguns
minutos ou segundos e o ator personagem deverá estar em outra fase de sua emoção claramente visível sem
resquícios da outra.
O trabalho vocal deve ser estudado minunciosamente pelo ator e diretor para envolver o público na interpretação do
personagem apresentado.
Como fazer para conseguir essa consciência vocal?
É necessário que o ator tenha consciência de quais ações dramáticas ele deve identificar no texto e em suas falas nos
momentos em que seu personagem age na situação dentro da cena.
Uma cena é subdividida em situações e momentos, e as cenas fazem parte de um ato. Dependendo texto, esse poderá
ter um ou mais atos, chegando a acontecer até cinco atos em um espetáculo.
A ação dramática é determinada por um verbo de ação que é o detonador da interpretação da emoção, onde o ator
criador não precisa sofrer a emoção e sim identifica-la e após usá-la para que o ator personagem que execute a ação
aparecendo a emoção.
Que se emociona é o ator personagem e o público o ator criador não sente nenhuma emoção expressa na cena, só
conduz as ações conscientemente.
Outro elemento importante para emissão da emoção pela voz é o corpo, a postura corporal também é um forte
indicador da ação dramática que esta sendo interpretada pelo ator criador, fazendo com que o ator personagem passe
ao espectador a verdade que esse espera que apareça na cena.
Quanto mais real fica a interpretação mais verossímil fica a quem está observando.
O espetáculo tem que criar expectativa ao espectador, essa é a função dos olhos do diretor e a do trabalho do ator.

Roberto Amorim de Medeiros, psicanalista

O processo de estruturação que nos leva a tornar-nos sujeitos de uma


cultura, e que começa desde o nascimento, implica que um outro nos
convoque pela fala. Os cuidados puramente corporais com o bebê não
levam a bom termo o processo de desenvolvimento se não vierem
acompanhados da conversa que o adulto envolve o bebê desde os primeiros
dias, mesmo sem ele compreender o sentido das palavras (SPITZ, 1961).
Trata-se da pulsão invocante (LACAN, 1964), cujo papel é trazer o infans à
vida, convocá-lo a participar do laço social. O que faz isso, no início, não
são os sentidos da palavra, mas o ato de fala, a melodia (prosódia) da voz
que se endereça ao bebê.
Parece claro que, posteriormente, a voz transmite outros sentidos quando
acompanhada do reconhecimento da palavra, dos seus significados e das
expressões faciais. Nesse momento o sujeito já está inserido na cultura.
Para nós ocidentais há uma certa universalidade no ato de falar em voz
muito alta para repreender e em um tom muito baixo para acolher. Porém
em outras culturas pode se dar o inverso.
Não obstante, no início da década o pesquisador sueco Petry Laukka
descobriu que, mesmo emitidas em línguas diferentes, há um certo
universalismo de reconhecimento das seguintes emoções por meio da voz:
o nojo foi a mais bem reconhecida (63%), seguida pela raiva e pelo medo
(57%), tristeza (56%), surpresa negativa (53%) e desprezo (44%). A aflição
(33%) foi frequentemente confundida com medo e tristeza. Outra confusão
comum foi entre vergonha (21%) e culpa (20%).
Enfim, a transmissão de emoções por meio da voz é culturalmente
determinada e carrega consigo a produção cultural de séculos. Os modelos
imaginários (aqueles que fazem para determinada pessoas construir uma
imagem do locutor de rádio que não conhece pessoalmente) são produzidos
por uma boa dose cultural compartilhada e alguma dose subjetiva, pessoal,
de quem escuta. Os efeitos emocionais (acolhimento/rejeição,
confiança/inconfiabilidade, beleza/feiúra, juventude/velhice) que se buscam
possuem os estereótipos dentro de uma cultura e podem ser produzidos por
imagens timbrísticas, de ritmo, altura, peculiares. Entretanto, os efeitos que
causam em cada pessoa são difíceis de serem controlados, pois há naquele
que escuta os efeitos de sua subjetividade em relação aos estímulos da voz
do outro

Jason Bermingham, Locutor

As you know, the big thing the past few years has been the almost
obsessive desire to make technology more human. Take Google's new
voice generating AI as an example: https://qz.com/1165775/googles-voice-
generating-ai-is-now-indistinguishable-from-humans/ However, there is a
large community who thinks differently, and I am one of the members of
this group. My personal belief is that instead of making computer voice
assistants more human, we should be endeavoring to create a new kind of
voice for technological devices. This voice would sound different than a
human voice in that it would be harder to determine a gender, making it
neither male nor female, but instead somewhere between the two registers.
The point of the voice is to assist and therefore the communication would
need to be natural and clear. The purpose of the voice would be to allow
the user to access information easily without a keyboard. We would ask for
something and then receive something. So I don't think we would need to
work hard to create a "human" identity for the service. Instead we could
work to develop a voice that belongs only to the service. A voice that is
neither completely masculine or completely feminine. Nor completely
human. However, I worry that if I write about this, I may be moving away
from what the client is looking for. What do you think? Should I just stick
to the "let's make this thing sound as much like a human being as
possible"? Or would it be OK if I discussed the idea of doing something a
little different than most voice assistants out there?

Jason Bermingham, Locutor Como você sabe, o grande sucesso


dos últimos anos foi o desejo quase obsessivo de tornar a
tecnologia mais humana. Pegue a nova voz da Google gerando AI
como um exemplo: https://qz.com/1165775/googles-voice-
generating-ai-is-now-indistinguishable-from-humans/ No entanto,
existe uma grande comunidade que pensa de forma diferente, e Eu
sou um dos membros desse grupo. Minha crença pessoal é que,
em vez de tornar os assistentes de voz do computador mais
humanos, devemos estar tentando criar um novo tipo de voz para
dispositivos tecnológicos. Essa voz soaria diferente de uma voz
humana na medida em que seria mais difícil determinar um gênero,
tornando-o masculino ou feminino, mas em algum lugar entre os
dois registros. O objetivo da voz é ajudar e, portanto, a
comunicação precisa ser natural e clara. O objetivo da voz seria
permitir que o usuário acessasse as informações facilmente sem
um teclado. Pedimos algo e depois recebemos algo. Então eu não
acho que precisamos trabalhar duro para criar uma identidade
"humana" para o serviço. Em vez disso, podemos trabalhar para
desenvolver uma voz que pertence apenas ao serviço. Uma voz
que não é completamente masculina ou completamente feminina.
Nem completamente humano. No entanto, eu me preocupo que, se
eu escrever sobre isso, posso estar me afastando do que o cliente
está procurando. O que você acha? Devo apenas ficar com "vamos
fazer com que isso pareça tão parecido com um ser humano quanto
possível"? Ou seria bom se eu discuti a idéia de fazer algo um
pouco diferente da maioria dos assistentes de voz lá fora?

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