Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
propostas
Introdução
1
em um Hospital de Custódia e Tratamento, é nossa obrigação avaliar as
condições de atendimento e propor medidas que assegurem ao paciente um
atendimento moderno, digno, baseado em evidências científicas, distante de
posturas ideológicas e, o mais possível, do sistema carcerário. Acreditamos ainda
que seja papel da Associação Brasileira de Psiquiatria, que vem tomando esta
iniciativa há 44 anos desestigmatizar a doença mental, em especial aquela que
acomete o cidadão que se colocou em conflito com a Lei. Este é o nosso
compromisso e dele não nos afastaremos um milímetro sequer.
2
na progressão de regime e tantas outras situações onde o conhecimento
profundo destes pacientes se fizer necessário.
Panorama atual
3
Foi elaborado um protocolo e enviado um questionário a cada instituição
previamente à visita do Grupo. Como as respostas foram dadas de forma muito
heterogênea, o Grupo optou por apresentar os resultados de seu trabalho com
base não só em uma análise individual, bem como, procurando unificar os
problemas mais prevalentes e, portanto julgando os mais importantes.
4
Estrutura arquitetônica
Recursos humanos
5
Além disso, a volta do interno à sociedade é dificultada pela falta de
integração entre os estabelecimentos de saúde e os Hospitais de Custódia, sendo
imperioso lembrar que essa população está excluída de um direito garantido
pela Constituição: o acesso ao Sistema Único de Saúde. Não há
acompanhamento, nem continuidade do tratamento iniciado nas instituições, o
que aumenta as chances de recaída e faz com que os mesmos pacientes
retornem aos HCTPs.
Conclusões e sugestões
Estrutura arquitetônica
Recursos humanos
6
Reinserção social e acompanhamento terapêutico
Considerações finais
A ABP está, como sempre esteve, à disposição para, com sua expertise,
ajudar no que se refere às condições de trabalho do psiquiatra e o respeito aos
direitos do paciente.
7
Sugerimos dessa forma a criação de ambulatórios ligados aos HCTPs
para continuidade do tratamento dos ex-internos. Ao ser encaminhado para tais
ambulatórios é necessário que o HCTP envie um relatório sobre o tratamento
que fora efetuado no paciente e o grau de melhora. A continuidade do
tratamento deve ser realizada por psiquiatras forense, uma vez que esses estão
acostumados a lidar com pacientes que cometeram delitos, contribuindo dessa
maneira para a melhor orientação terapêutica. Assim como, os HCTPs
mantenham tais pacientes abrigados em residências terapêuticas ou pensões
protegidas, reservado este recurso para os casos em que os pacientes não
tiverem suporte familiar ou social, inviabilizando que seu tratamento possa se
dar em ambulatório especializado.
8
O trabalho não foi de fiscalização nem obedeceu metodologia rígida de
pesquisa, portanto o que esperamos é que, de alguma forma, este relatório seja
uma ferramenta a mais para a transformação da triste realidade de nossos
pacientes e que estes possam, finalmente, ter uma assistência digna e que
abranja todas as possibilidades terapêuticas que a moderna ciência coloca a
nosso alcance.
.
O Grupo de Trabalho para o Estudo das Políticas Referentes à Psiquiatria
Forense da ABP é formado além de seu Coordenador por:
Miguel Chalub
Professor Adjunto de Psiquiatria e Psicopatologia da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Médico Psiquiatra Forense do
Hospital de Custódia e Tratamento Heitor Carrilho do Estado do Rio de Janeiro
(Manicômio Judiciário).