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Alteração no consumo alimentar de docentes pós pandemia Covid-19 de

um Centro Universitário em São Luís1

Luciana Silva Alvarez2

Ananda da Silva Araújo Nascimento3

1. INTRODUÇÃO

De acordo com a OPAS (2020), o SARS-CoV-19 chegou ao Brasil em fevereiro


de 2020 e em março do mesmo ano a Organização Mundial de Saúde anunciou a
pandemia do novo coronavírus, em meio a tantas incertezas de um vírus que se
propagava de forma rápida e fácil, o isolamento social foi apontado pelo Ministério da
Saúde pela portaria de nº 356 como primordial para que houvessem um menor
número de infectados no país (DIÁRIO OFICAL DA UNIÃO, 2020). Diante disso, vários
estabelecimentos como bares, academia, restaurantes foram fechados e os que
possuíam a opção de delivery poderiam funcionar dessa maneira, é perceptível que
esse novo normal mudou a rotina dos brasileiros e junto com isso a alimentação dos
mesmos (STELEE et.al ,2020).

Um fator analisado foi a fechamento de lanchonete de fast-food e street-food


poderia gerar um menor consumo de ultraprocessados e alimentos menos fritos, isso
devido ao fato de como as pessoas estariam em casa teriam mais tempo para preparar
as suas refeições já que a rotina atribulada mudou devido ao isolamento social. O
consumo de alimentos saudáveis gera um salto positivo para a nutrição pois o sistema
imunológico está diretamente ligado com alimentações porque é através dele que
consegue os macronutrientes e micronutrientes necessários para seu bom
funcionamento. (STELEE et.al, 2020). O Conselho Federal de Nutricionistas falou
sobre a importância da alimentação em meio ao quadro pandêmico atual onde falou
sobre refeições balanceadas e ricas em nutrientes, aconselhou também a população
a fugir de receitas milagrosas que envolvem alimentos e terapia nutricional (CFN,
2020).

A controvérsia, o fato de não poder trabalhar resulta em uma diminuição de


renda, e isso torna-se um fator preocupante pois os indivíduos acabam optando por

1
2º Check do Paper apresentado à disciplina de Avaliação Nutricional, do Centro de Ensino Superior Dom Bosco
2
Aluna do 3º período, do curso de Nutrição, da UNDB
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Professora, Mestra, Orientadora
opções mais baratas e que podem acabar possuindo um baixo valor nutritivo e isso
acaba resultando em uma serie de consequências aos indivíduos como a contração
de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) e esse grupo de doença incluem
obesidade, diabetes, a hipertensão (LIMA, 2020). Segundo a OPAS (2020), uma boa
nutrição significa um bom estado de saúde e longevidade. Em virtude disso, destaca-
se a importância da alimentação saudável pois além de ser um dos grandes
indicadores de qualidade de vida, é um grande fortalecedor do sistema imunológico
(MARATOYA et.al., 2020). Por isso, é inegável a necessidade de estudo sobre o
consumo alimentar na vida dos indivíduos durante a pandemia do novo coronavírus,
tendo em vista que não há uma data concreta de quando irá passar e dados fidedignos
sobre o impacto do vírus nos parâmetros voltados a nutrição (STELEE et.al., 2020).
Nesse contexto, questiona-se: Quais as alterações sofridas no consumo alimentar de
docentes de um Centro Universitário em São Luís durante e pós a pandemia do SARS-
CoV-19?

Considera-se essa pesquisa de suma importância pois a alimentação é um fator


de promoção a saúde e ela pode ser usada como estratégia essencial no processo
saúde-doença-cuidado, além disso a educação nutricional está vinculada informação
e ela influência nas escolhas dos indivíduos (SANTOS,2005). Além disso, um
consumo alimentar adequado durante a pandemia do Covid-19 pode ajudar no
combate da doença pois através da alimentação o sistema imunológico é fortificado e
por consequência auxilia em melhoras clínicas do paciente, e ainda para indivíduos
que não contraíram a doença um sistema imune forte pode resultar em uma não
contração ou diminuição dos sintomas causados pelo vírus. (MINISTÉRIO DA
SAÚDE,2020)

Justifica-se necessário abordar sobre consumo alimentar durante a pandemia


do Covid-19 pois ainda não possuem muitos trabalhos voltados para a área de
nutrição, até mesmo pelo fato de que a pandemia é recente e ainda está presente na
vida das pessoas. Além disso, acredita-se que essa informação possa influenciar de
forma positiva na vida dos leitores do presente artigo pois possuindo informações
sobre a alimentação e sistema imune como aliados possam melhorar, caso
necessário, seus hábitos alimentares e ainda a busca pelo saber de onde aquele
alimento vem até chegar a sua mesa.

2. METODOLOGIA
Esse artigo cientifico usa a técnica de documentação direta por meio de uma
pesquisa de campo com caráter descritivo qualitativo, utilizou-se de artigos das bases
eletrônicas SciELO, Google Acadêmico e Google para pesquisa de portarias. A busca
foi feita através de artigos que abordam temas relacionados a consumo alimentar,
imunologia e Covid-19, sendo descartados todos aqueles que não possuem relação
com dois dos critérios, além disso foram artigos publicados em língua portuguesa a
partir do ano de 2005 até 2020. Quanto as amostras para estudo inicial foram
escolhidos quatro artigos que estão relacionados ao tema, realizando uma análise
descritiva. O artigo traz como base analisar como a pandemia do Covid-19 influenciou
no consumo alimentar de docentes de um Centro Universitário em São Luís, e como
esse consumo pode auxiliar ou dificultar as defesas do organismo, além disso tem
como fim informar os leitores a importância da alimentação para o sistema
imunológico. Foram utilizados os descritores: Consumo de Alimentos, Infecções por
Coronavírus, Dieta Saudável, Sistema Imunitário.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. O que é COVID-19?. Brasília, DF, 2020. Disponível


em: https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#o-que-e-covid Acesso em: 21
de ago 2020.
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO (Brasília). Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 356, DE
11 DE MARÇO DE 2020. 2020. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-
/portaria-n-356-de-11-de-marco-de-2020-247538346 . Acesso em: 01 out. 2020.
LIMA JÚNIOR, Luiz Cézar. Alimentação Saudável e Exercícios Físicos em Meio a
Pandemia da Covid-19. Revista Boca, Boa Vista, v. 3, n. 9, p. 1-11, 2020.
Disponível em: https://revista.ufrr.br/boca/article/view/LimaJunior/3080 .Acesso em:
01 out. 2020.
Ministério da Saúde. Recomendações de alimentação e COVID-19. Brasília,DF:
Ministério da Saúde, 2020. 26 p. Disponível em: https://irp-
cdn.multiscreensite.com/63a687e5/files/uploaded/Recomendacoes_de_Alimentacao
_COVID-19.pdf. Acesso em: 21 ago. 2020.
MORATOYA, Elsie Estela et al. Mudanças no padrão de consumo alimentar no
Brasil e no mundo. Revista de Política agrícola, v. 22, n. 1, p. 72-84, 2013.
Disponível em: https://seer.sede.embrapa.br/index.php/RPA/article/view/283/242
Acesso em: 20 de ago 2020
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (Brasília) (org.). OMS afirma que
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https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6120:oms
-afirma-que-covid-19-e-agora-caracterizada-como-pandemia&Itemid=812. Acesso
em: 01 out. 2020
SANTOS, Ligia Amparo da Silva. Educação alimentar e nutricional no contexto da
promoção de práticas alimentares saudáveis. Revista de nutrição, v. 18, n. 5, p.
681-692, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-
52732005000500011&script=sci_arttext Acesso em: 21 ago 2020
STEELE, Eurídice Martínez et al. Mudanças na alimentação na coorte NutriNet Brasil
na vigência da COVID-19. Disponível
em:https://preprints.scielo.org/index.php/scielo/preprint/view/1015 Acesso em: 20 de
ago 2020.

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