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ESCOLA DE MÚSICA
Disciplina: História da Música
Professor: Agostinho Lima
Alguns autores segmentam a história da música Grega em algumas fases. São os casos
de Robertson (1982) e Subirá (1976), em cujas obras esta música é estudada a partir de sua
fase da poesia épica, que é compreendida como ocorrente entre os séculos VIII e VII a.C. Na
qual principal característica da música seria a declamação em estilo recitativo de poemas
épicos que narram trabalhos divinos e heróicos onde utilizam o acompanhamento da lira. A
prática musical era realizada por bardos profissionais que usavam de melodias-tipo (nomoi),
como acompanhamento musical da declamação e por coros mistos de amadores que,
acompanhando-se por um citarista, executavam hinos aos deuses.
Da fase da poesia lírica, assim denominada pelo costume que, pressupõe-se, havia de
se cantar poemas ao som da lira, tal como a se criar a música juntamente com o poema. É a
fase dos poetas-músicos com Arquíloco de Paros, Tirteo, Alceo, etc.
E a época das tragédias e comédias. As tragédias – espetáculos dramático-musicais
em homenagem a Dionísio que combinavam a poesia, a dança e a música – eram
representadas em anfiteatros por cantores, atores e dançarinos. A melodia da música se
baseava no poema e o rítmo no número de sílabas. Ésquilo (autor de Los Persas), Eurípides
(autor de Orestes) e Sófocles foram os grandes dramaturgos desta época (século VI/V a.C.).
A origem da tragédia pode residir no Ditirambo, um nomos cantado e dançado com
acompanhamento do aulo, em homenagem a Dionísio.
Autores como Andrade (1980) entendem que a última fase da música grega pode ser
compreendida como ocorrendo a partir do século IV a.C. Nesta fase as principais
características da música são o gosto por formas sofisticadas e populares; o início da
separação entre o instrumentista e o autor, com o primeiro tendendo à busca do virtuosismo; a
música passa a ter mais função de entretenimento, e perde sua “orientação religiosa-social”
(ANDRADE, 1980). E a unidade musical entre canção, poesia, prática instrumental, dança e
oratória começa a se desfazer.
O tetracorde consistia na unidade do sistema musical. Este é ordenado de modo
descendente e formado por quatro notas em um intervalo de quarta que era reconhecido pelos
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gregos como um intervalo consonante, o diatessarão. Deste tetracorde se constituíam as
escalas e, conforme a colocação interna dos intervalos, eram obtidos modelos escalares como
o Diatônico – o mais usado e ao qual se atribuía um caráter austero; o Cromático, ao qual se
atribuía um caráter feminino e o Enarmônico, caracterizado pela utilização do quarto de tom,
sendo mais usado na música vocal.
“Até o fim dos teus dias, vive despreocupado. Que nada te atormente. A vida é demasiado
breve, e o tempo cobra seu tributo”.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Mário de. Pequena História da Música. São Paulo: Martins. 1980.
ROBERTSON, A e Stevens. Historia General de la Música. Madrid: Alpuerto. 1982
SUBIRÁ, José. História de La Música. Madri: Aral. 1976.
GROUT, Donald e Claude Palisca. História da Música Ocidental. Lisboa: Gradiva. 1995.