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CÁLCULO 1 - 12º ED - GEORGE THOMAS - Notação Sigma e Limites de Somas Finitas
CÁLCULO 1 - 12º ED - GEORGE THOMAS - Notação Sigma e Limites de Somas Finitas
~ ak = a 1 + a2 + a3 + · · · + an- l + an ·
k= I
e
100
f (1) + / ( 2) + / ( 3) + · · · + f (100) = ~ f (i) .
i= 1
O limite inferior do somatório não tem de ser 1; pode ser um número inteiro qualquer.
EXEMPLO 1
Solução A fórmula que gera os termos muda conforme o limite inferior do somató-
rio, mas os termos gerados permanecem os mesmos. Normalmente é mais simples
começar com k = O ou k = 1, mas pode-se começar com qualquer número inteiro.
4
Começando com k = O: 1+ 3 +5+7+9= L
k=O
(2k + 1)
5
Começando com k = 1: 1+ 3 +5+7+9= L
k=I
(2k - 1)
6
Começando com k = 2: 1+ 3 + 5 + 7 + 9 = L(2k - 3)
k=2
l
Começando com k = - 3: 1+ 3 + 5 + 7 + 9 = L
k=- 3
(2k + 7)
= (1 + 2 + 3) + ( 12 + 22 + 32 )
Termos reagrupados
Quatro regras desse tipo são apresentadas a seguir. Uma prova de sua validade pode
ser obtida por meio de indução matemática (veja o Apêndice 2).
n
LC
k=I
= n·c (e é qualquer
valor constante)
4. Regra do valor constante:
3 3 3
(e) L<k + 4) = Lk + L4
k= l k= l k= l
Regra da son1a
Carl Friedrich Gauss Ao longo dos anos, as pessoas descobriram uma variedade de fórmulas para
(1777-1855)
• os valores de somas finitas. As mais famosas delas são a fórmula para a soma dos
primeiros n inteiros (comenta-se que Gauss a descobriu quando tinha 8 anos) e as
fórmulas para a soma dos quadrados e cubos dos primeiros n inteiros.
Ík = n(n + 1).
k= l 2
Solução A fórmula nos diz que a soma dos quatro primeiros inteiros é
(4)(5)
2
= 10.
A adição confirma a previsão:
1 +2+ 3 +4= 10.
Para demonstrar a fórmula de um modo geral, podemos escrever os termos da soma
duas vezes, uma para a frente e outra para trás.
1 + 2 + 3 + + n
n + (n - 1) + (n - 2) + + l
Se somarmos os dois termos na primeira coluna, temos 1 + n = n + 1. Da mesma forma,
se somarmos os dois termos da segunda coluna, temos 2 + (n - 1) = n + l. A soma de
dois termos em qualquer coluna resulta sempre em n + l. Quando somamos as n colu-
nas, obtemos n termos, cada um igual a n + 1, em um total de n(n + 1). Uma vez que
isso é o dobro da quantidade desejada, a soma dos primeiros n inteiros é (n)(n + 1)/2.
n(n + 1) (2 n + 1)
Primeiros n quadrados: 6
Cada subintervalo tem largura 1/n. A função l - x 2 é decrescente em [O, 1], e seu
menor valor em cada subintervalo ocorre na extremidade direita desse subintervalo.
Assim, constrói-se uma soma inferior com retângulos cuja altura no subintervalo
[(k - 1)/n, k/n] é f(k/n) = 1 - (k/n) 2 , o que resulta na soma
n l n k2
= k2-n-2,
=1
-
k= 1 n
3 Regra da diferença
1 1 n
= n ·n - 3L,k2 Regra do valor constante e da 1nulti-
n k= I plicação por constante
1
_ (1-)
n3
(n)(n + 1)(2n
6
+ 1)
S01na dos priineiros n quadrados
3 2
2n +
= 1 - ------ 3n + -n Nun1erador expandido
6n 3
Obtemos uma expressão para a soma inferior que vale para qualquer n. Con-
siderando o limite dessa expressão quando n ~ oo, vemos que as somas inferiores
convergem quando o número de subintervalos aumenta e a largura desses subinter-
valos tende a zero:
lim ( 1 - 2n 3 + 3n 2 + n) = 1 - 2 = 2 .
n~oo 6n 3 6 3
Somas de Riemann
BIOGRAFIA HISTÓRICA O matemático alemão Bernhard Riemann promoveu a precisão da teoria dos
Georg Friedrich Bernhard Riemann n1 limites de aproximações finitas. Agora, introduziremos o conceito de soma de Rie-
(1826- 1866) ~ mann, que é fundamental para a teoria da integral definida, a ser estudada na pró-
xima seção.
Começaremos com uma função arbitrária f definida em um intervalo fechado
[a, b]. Assim como a função traçada na Figura 5.8, / pode ter valores negativos e
positivos. Subdividimos o intervalo [a, b] em subintervalos, não necessariamente da
mesma largura ( ou extensão), e formamos somas da mesma maneira que fizemos
com as aproximações finitas na Seção 5 .1. Para tanto, escolhemos n - l pontos
{xi, x 2 , x 3, ••• , x 11_ 1} entre a e b que satisfazem
a < x1 < x2 < ··· <x11 _ 1 < b.
Capítulo 5 Integração 299
y Para tornar a notação consistente, indicamos a como x 0 e b como xn, de forma que
Oa b X
é chamado partição de [a, b].
A partição P divide [a, b] em n subintervalos fechados
[x 0 , x 1], [x p x 2 ], ... , [xn- 1' xn].
O primeiro desses subintervalos é [x0, x 1] , o segundo [x 1, x 2 ] e o k-ésimo subinter-
FIGURA 5.8 Função contínua típica
valo de Pé [x1c- 1, xk], sendo k um número inteiro entre 1 e n.
y = f(x) ao longo de um intervalo fechado
[a, b]. k-ésimo subintervalo
- - - + - - - - - - t - - - + - - - - - --1 - - - --+-1- - - - - - + - - - - - + - ----+) X
x0 =a x1 X 11 =b
y
Y = f (x)
1
k-ésimo retângulo 1
1
1
1
1
1
e, c2 ' ck e,,
-+------.-----e- ----,------41-------.--------,--+--+-....,_:..:......L...._---'----'---'-'+------'- - - -~ x
O x0 =a 1
xI x2 xk x,,_, XII= b
1
1
1
1
FIGURA 5.9 Os retângulos aproxi1nam a região que fica entre o gráfico da função
y = f(x) e o eixo x. A Figura 5.8 foi aumentada para realçar a partição de [a, b] e a
seleção de pontos ck que produzem os retângulos.
300 Cálculo
Sp = 22 J(ck) tixk.
k= l
Sn = ~ (a +
f='i.f k b -n ª) (b - ª)
• n ·
Podemos obter fórmulas semelhantes se, em vez disso, escolhermos ck como a ex-
y tremidade esquerda, ou o ponto médio, de cada subintervalo.
Nos casos em que os subintervalos têm largura igual a tix = (b - a)/n, podemos
torná-los mais estreitos ao simplesmente aumentarmos o número n. Quando a parti-
ção tiver subintervalos de larguras variadas, podemos garantir que todas elas sejam
estreitas por meio do controle da largura do subintervalo mais largo (mais longo).
Definimos a norma de uma partição P, escrita como IIPII, como a maior de todas as
larguras dos subintervalos. Se IIP II for um número pequeno, então todos os subinter-
valos da partição P são estreitos. Vejamos um exemplo dessas ideias.
(a)
EXEMPLO 6 O conjuntoP = {O; 0,2; 0,6; 1; 1,5; 2} é uma partição de [O, 2]. Exis-
tem cinco subintervalos de P: [O; 0,2], [0,2; 0,6], [0,6; 1], [1; 1,5] e [1 ,5; 2]:
y
" - ... -
t
f
1
~
--,
~
_
1~~X1,I~- ~ X2-"' ~-~X3-,--- ~X4--~- ~ X 5 - ~
_,___ _...___ _ _ __.__ _ _ ___,__ _ _ _ _____.,..___ _ _ _ __.__ _ X
'\
y = j(x) O 0,2 0,6 1 1,5 2
~
Os comprimentos dos subintervalos são tix 1 = 0,2, tix2 = 0,4, tix3 = 0,4, lix4 = 0,5
-
o ai b,X e tix5 = 0,5. O comprimento do subintervalo mais longo é de 0,5, logo a norma da par-
i
tição é IIP II = 0,5. Neste exemplo, existem dois subintervalos com esse comprimento.
\
,
' Qualquer soma de Riemann associada a uma partição de um intervalo fechado
-"" -~ [a, b] define retângulos que aproximam a região entre o gráfico de uma função con-
(b)
tínua f e o eixo x. Partições cuja norma tende a zero levam a conjuntos de retângulos
FIGURA 5.10 Curva da Figura 5.9 com
que aproximam a região com uma precisão cada vez maior, tal como sugerido pela
retângulos obtidos de partições mais
Figura 5 .1O. Veremos na próxima seção que, se a função / é contínua no intervalo
finas de [a, b]. Partições mais finas criam
conjuntos de retângulos com bases mais fechado [a, b ], então não importa como escolhemos a partição P e os pontos ck em
estreitas que aproximam a região entre a seus subintervalos para construir uma soma de Riemann, a aproximação sempre
curva de f e o eixo x com precisão cada chegará a um valor limite único quando a largura dos subintervalos, controlada pela
vez maior. norma da partição, tender a zero.
Exercidos 5.2
Notação sigma 7. Qual das seguintes alternativas expressa 1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 32
em notação sigma?
Escreva as somas nos Exercícios 1-6 sem a notação sigma. Em se-
guida, calcule-as. 6 5 4
2
ª· L 2k- 1
k;:: 1
b. L 2k e. L 2k+ 1
5 k=O k=- 1
6k
t. Lk + 1
k ;:: 1
4. L sen k7r
k ;:: 1 8. Qual das seguintes alternativas expressa 1 - 2 + 4 - 8 + 16 - 32
3 3 en1 notação sigma?
~ k - 1
2. "' 5. L (- l)k+t sen 7r
k;:: 1 k k;:: I k 6 3
4 4 ª· L C-2)k-1 e. L (- 1)k+ ' 2k+ 2
3. L
k=l
cos k7r 6. L c- 1)k cos k7r
k;:: l
k;:: 1 k;:::-2
Capítulo 5 Integração 301
5 k3 ( 5 )3
10. Qual das fór1nulas a seguir não equivale às outras duas?
24. L (k
k= I
2
- 5) 27.
fi 225 + fik
L
4
( 2
3
L (k + I ) 2
-1
Lk 2
5
L k(3k + 5) 7 )2 7 k3
a.
k= I
k - I) b.
k= - 1
e.
k= -3
25.
k= I
28. ( L k
k= 1
- L -
k= l 4
Expresse as somas nos Exercícios 11-16 em notação sigma. A forma 7 500 264
de sua resposta dependerá de sua escolha quanto ao limite inferior 29. ª· k=L3
l
b. L7
k= l
e. L10
k= 3
do somatório.
36 17 71
11. 1 + 2+3+4 + 5 + 6 3o. ª· Lk
k=9
b. L k2
k= 3
e.
k=
L18k(k - 1)
12. 1 + 4 + 9 + 16
1 1 1 1 n n li
13 · 2 + 4 + 8 + 16
31. ª· k=L4l b. LC
k= I
e. L <k - 1)
k= I
14. 2 + 4 + 6 + 8 + 10
1 1 l
15· 1 - 2 + 3 - 4 + 5
l 32. a. L
11
k= l
(1
n + 2n) e. L2
n
k= I
li k
1 2 3 4 5
16· - 5 + 5 - 5 + 5 - 5 Somas de Riemann
Nos Exercícios 33-36, faça o gráfico de cada função f(x) no inter-
Valores de somas finitas valo dado. Divida o intervalo em quatro subintervalos de co1npri-
11 n mento igual. Em seguida, adicione os retângulos associados com
17. Suponha que L ª k = - 5 e L bk = 6. Determine os valores de
k= l k= l
a soma de Riemann Lk=1/(ck) ll:ck ao esboço, dado que ck seja (a) a
extremidade esquerda, (b) a extremidade direita e (e) o ponto médio
li li
a. L 3ak
do k-és imo subintervalo. (Faça um esboço para cada conjunto de
d. L <ªk - bk)
k= I k= I retângulos.)
~ bk
li
33. f(x) =x2 - 1, [O, 2] 35. f(x) = sen x, [-1r, 7T]
b~ -
• k= I 6
e. L
k= I
(bk - 2ak)
34. /(x) = -x2, [O, l ] 36. /(x)=senx + l , [-1r,7r]
n 37. Determine a norma da partição P = {O; 1,2; 1,5; 2,3; 2,6; 3 }.
e. L <ªk + bk)
k= l 38. Determine a norma da partição P = {-2; - 1,6; -0,5; O; 0,8; 1}.
li li
Limites de somas de Riemann
18. Suponha que L ª k = O e L bk = 1. Determine os valores de
k=1 k= 1
Para as funções nos Exercícios 39-46, determine a fórmula para a
li li
soma de Riemann obtida dividindo o intervalo [a, b] em n subin-
a. L 8ak e. L Cªk + 1)
k= I k= I tervalos iguais e usando a extremidade direita para cada ck. Depois,
li n tome o limite dessas somas quando n ~ oo para calcular a área sob
b. L 25obk d.L (bk- 1) a curva ao longo de [a, b].
k= I k=1
Calcule as somas nos Exercícios 19-32. 39. f (x) = 1 - x 2 ao longo do intervalo [O, 1].
10 10 10 40. f(x) = 2x ao longo do intervalo [O, 3].
19. ª· L k
k= 1
b. L"2
k= I
e. L k3
k=1
41. f(x) = x 2 + 1 ao longo do intervalo [O, 3].
13 42. f(x) = 3x2 ao longo do intervalo [O, 1].
13 13 13
43. f(x) = x + x 2 ao longo do intervalo [O, 1].
20. a. L k
k= I
b. L"2
k= I
e. L k3
k=1 44. f(x) = 3x + 2~2 ao longo do intervalo [O, 1].
7 5 7Tk 45. f(x) = 2x3 ao longo do intervalo [O, l].
21. L <-2k)
k= l
22. fi 15 46. f(x) =x2 - x 3 ao longo do intervalo [- 1, O].
A integral definida
5.3
Na Seção 5.2, investigamos o limite de uma soma finita para a função definida
em um intervalo fechado [a, b] com n subintervalos de mesma largura (ou com-
primento), (b - a)/n. Nesta seção, examinaremos o limite de somas de Riemann
mais gerais quando a norma das partições de [a, b] tende a zero. Para as somas de
Riemann gerais, os subintervalos das partições não precisam ter a mesma largura.
O processo de limite leva, então, à definição de integral definida de uma função ao
longo de um intervalo fechado [a, b].