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1. Introdução............................................................................................................................2
1.2. Objectivos.....................................................................................................................3
2. Hipóteses de Enzenberger...................................................................................................4
3. Marxismo Ecológico............................................................................................................6
5. Conclusão..........................................................................................................................14
6. Referências bibliográficas.................................................................................................15
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1. Introdução
Neste presente trabalho que surge no âmbito da disciplina de 2222 com intuito de
desenvolver aspectos relacionados com as hipóteses de Enzensberger, o Marxismo Ecológico
e Paradigma dos problemas ambientais.
Desta feita, o estilo de vida e a organização social que emergiu na Europa a partir do
século XVII e que se difundiu em termos mundiais, traduzem o conceito de modernidade. Na
modernidade, o ritmo das mudanças sociais passou a ser extremo. Contudo, como bem
ressalta Anthony Giddens, ao mesmo tempo em que as instituições sociais modernas
oportunizaram que populações humanas desfrutassem de uma vida com maior conforto,
também geraram muitos efeitos indesejáveis, tais como: submissão dos homens à disciplina
de um trabalho maçante e repetitivo; potencial destrutivo de larga escala em relação ao meio
ambiente; uso arbitrário do poder político (totalitarismos); e a industrialização da guerra. Em
outras palavras: um mundo carregado e perigoso.
A atual crise em que a sociedade está vivenciando desde a metade do século XX é fruto de
um descontrolado processo de exploração, agressão, obsessão por parte do ser humano em
relação ao meio natural e a si mesmo. A definição exata para a gênese da crise ambiental é
difícil de definir, mas acredita-se que ela tenha tido sua origem a partir da Revolução
Industrial e Científica, onde o mundo passa a ser encarado como uma máquina, reduzido a
uma linguagem matemática.
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Este trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica acerca das discussões em relação as
hipóteses de Enzensberger; Marxismo Ecológico e finalmente Paradigma dos problemas
ambientais. Tal pesquisa foi realizada no período de Março data 21 a Março data 27 de 2019,
tendo como bases teóricas diversos debates em relação à contribuição do entendimento das
mudanças de paradigmas no atual contexto socio ambiental.
1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo Geral
Compreender as Hipóteses de Enzensberger, Marxismo ecológico e paradigmas dos
problemas ambientais,
1.2.1.1. Objectivos específicos
Conhecer, analisar e interpretar as visões da ética ambiental em relação à crise
ambiental e as mudanças de paradigmas;
Descrever as mudanças dos paradigmas nos problemas ambientais;
Identificar factores que condicionam o Marxismo ecológico.
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2. Hipóteses de Enzenberger
Mas Enzenberger pôde concluir também que os actores sociais diretamente vinculados na
desordem global da biosfera ficaram camuflados sob o manto do “homem genérico e
abstrato”, uma vez que diante desta nova pauta ambiental a humanidade como um todo estaria
comprometida com as causas da interferência na dinâmica da biosfera, e assim diluiu-se a
responsabilidade social pelos danos ambientais globais, tendo como resultado, um
esvaziamento político daquilo que poderia conter um alto teor crítico.
É preciso que fique claro que assumir o enfoque da resolução de problemas ambientais
locais, orientado pragmaticamente a partir da perspectiva de uma atividade-fim, pode
produzir, como num passe de mágica, o mesmo efeito do “desaparecimento” dos atores
sociais e dos condicionantes que propiciaram o surgimento do problema ambiental tido como
objeto didático de enfrentamento.
Ver os fins, e não os meios, oculta todo o processo que derivou nos fins, e se o único fim
visível é a degradação da natureza, omite-se as verdadeiras causas e seus respectivos
responsáveis pelo desequilíbrio da relação da sociedade contemporânea com a natureza. A
tônica do discurso educativo favorecendo a esfera da ação, em detrimento da reflexão,
concentra esforços no caráter corretivo, em detrimento do preventivo. Decorre que, se o fluxo
civilizacional da atualidade não é sustentabilista, a ação humana busca apenas conformá-lo,
ao invés de substituí-lo. Essa implicação ideológica presente nesta prática pedagógica é uma
armadilha que o educador ambiental deve evitar a todo custo.
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Poeta alemão, Hans Magnus Enzensberger (1929) é considerado um dos mais importantes
intelectuais do pós-guerra da Alemanha e tem um discurso que pode ser classificado como
fortemente à esquerda. Apesar de a primeira edição do livro ter mais de 30 anos, as críticas
são bastante actuais.
Inicia tecendo considerações da origem da disciplina Ecologia, que surgiu em 1868 como
uma subdisciplina da Zoologia, aumentando rapidamente em complexidade e alcance quando
passou a investigar um animal específico: o homem. A partir daí tratada como Ecologia
Humana, transformou-se em disciplina híbrida, adotando categorias e métodos tanto das
ciências naturais com das humanas. Segundo o autor, tem ela pretensão de uma totalidade
para a qual não está habilitada. No limite, portanto todos podem se considerar ecologistas.
O livro afirma que o motivo de a Ecologia ter ficado tão popular em tão pouco tempo está
na hipótese central de que “as sociedades industriais produzem contradições ecológicas que
deverão conduzi-las à ruína em um tempo previsível”. Sendo esta uma teoria da catástrofe,
difere das anteriores, lineares e monocausais, por considerar a interdependência dos diversos
sistemas ecossociais. Isso implica um grau de sinergia antes subestimado entre as variáveis,
como o aumento explosivo da população mundial, esgotamento das fontes de energia e de
matérias-prima não renováveis, limitações na produção de alimentos, aquecimento global etc..
Diante de tal teoria, o autor apresenta três perguntas provocativas: qual o momento da
catástrofe? São claras as contribuições de cada fator para tal evento? E qual o significado de
uma catástrofe?
Segue a obra tratando do movimento ecológico, alegando que os pensamentos dos grupos
que o formam são “um caos nebuloso carente de conceitos”. Identifica alguns atores
importantes para as questões ambientais, sendo o mais importante o formado pelos
tecnocratas do aparato estatal e das indústrias, indivíduos que, segundo o autor, ainda que
pragmáticos, seriam amorais e lacaios das classes dominantes.
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3. Marxismo Ecológico
Neste escrito o grupo pretende mostrar que as afirmações marxistas acerca das
relações sociais do homem com a natureza podem ser usadas para uma melhor compreensão
dos problemas ecológicos contemporâneos.
Reformar o Marxismo num ponto tão central e ao mesmo tempo preservar suas
conquistas não é fácil. Como sempre ocorre nas revoluções paradigmáticas, dois caminhos
estão abertos para nós.
O Grupo sugeriria imediatamente que apenas a segunda opção provará finalmente ser
satisfatória, embora eu ainda tenha que encontrar um persuasivo esquema global. Então me
concentrarei numa crítica da primeira alternativa, revendo alguns problemas que devem ser
resolvidos a fim de se ir além da tríade marxista do “anti capitalismo, revolução proletária,
comunismo”. Quando eles finalmente reconheceram a realidade, os grupos marxistas pós-
1968 tomaram o caminho reformista. Parecia suficiente reconhecer várias “frentes
secundárias” fora da produção capitalista, e incorporar os respectivos movimentos sociais à
luta do proletariado contra o capital e pelo comunismo. A fim de conservar o paradigma
Marxista, foi necessário mostrar:
Em seu sentido mais amplo, a ecologia política centra-se naquelas contradições entre o
indivíduo e a coletividade, que se aplicam ao meio-ambiente (que ao mesmo tempo a
condição e o produto de todas as nossas atividades). Um engarrafamento numa rota de férias é
um excelente exemplo de uma crise local de tipo ecológico:
A teoria marxista fornece um bom ponto de partida. Porém, como as lutas ecológicas
começam a obrigar os indivíduos a considerarem os custos externos de seus comportamentos,
os preços se distanciam cada vez mais das relações de valor, ou seja, do “tempo de trabalho
socialmente necessário”. Esta discrepância pode ser tratada da perspectiva de Marx, mas sob a
condição de que sua teoria da forma valor – “a linguagem que as mercadorias falam” – seja
considerada seriamente.
O primeiro passo de Marx é “a transformação dos valores em preços” (o que está bem
distante da proposição dos problemas insolúveis que alguns, na década de 70, clamavam ter
encontrado). Pode-se expandir a fórmula da transformação ao se considerar o aluguel, os
tributos sociais, as taxas ecológicas, etc. Mas, então, logo se compreende que aquilo que a
mercadoria está nos dizendo não é tanto a quantidade de trabalho que ela contém, mas mais
propriamente as taxas ecológicas que podem ou não refletir a proteção social que os
produtores podem ou não usufruir, e assim por diante.
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Em síntese, o que uma mercadoria expressa hoje – e o que, assim espero, irá
crescentemente nos dizer amanhã – é o grau de interesse que a sociedade tem no bem-estar de
seus membros e a sabedoria que demonstra na administração da herança comum da
humanidade. Estamos nos dirigindo, com efeito, para uma noção de “valor sustentável”.
Como pode um tal índice governar, por sua vez, as condições sob as quais ocorre a produção?
O mercado certamente não bastará, a menos que seja pressionado pelas leis – apoiadas pelo
senso de responsabilidade dos cidadãos, produtores e consumidores
Hoje a vida esta submersa numa crise obscura, na qual os homens subjugam a sua própria
condição de “humanos” e partem para uma relação de desordem para consigo e seu
semelhante e com o meio natural, sem manter obrigações com o futuro, e privilegiando os
prazeres efêmeros vindo do capitalismo, do egoísmo e do narcisismo.
Desta forma Capra (1982, p.11) ratifica que: É uma crise complexa, multidimensional,
cujas facetas afetam todos os aspectos de nossa vida – a saúde e o modo de vida, a qualidade
do meio ambiente e das relações sociais, da economia, tecnologia e política. É uma crise de
dimensões intelectuais, morais e espirituais, uma crise de escala e premência sem precedentes
em toda história da humanidade. Pela primeira vez, temos que nos defrontar com a real
ameaça de extinção da raça humana e de toda a vida no planeta.
Desta feita, seguindo a linha de pensamento de Capra pode-se identificar que os grandes
acontecimentos são estágios inicias para mudanças significativas, ou seja, uma fase de
transição, de profunda transformação sociocultural. Como por exemplo, a formação dos
primeiros núcleos urbanos, devido o advento da agricultura no início do período neolítico, a
ascensão do cristianismo na época da queda do império romano e na transição da Idade Média
para a Idade Científica, possibilitando a Revolução Industrial. “Especificamente, a nossa
transformação pode ser mais dramática, porque hoje as mudanças são mais velozes, amplas, o
globo inteiro está ligado e as coisas podem ser feitas mais rapidamente...” (PELIZZOLI,
2002, p. 55).
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Para muitos autores como, Leonardo Boff, a educação (ambiental) exerce um papel
importante nesse processo de combate a crise, em defesa do desenvolvimento sustentável,
além de semeadora das práticas da ética, assim como avaliadora dos hábitos de consumo
(alfabetização ecológica). Onde se pode promover a compreensão das questões de maneira
mais dinâmica e multi e interdisciplinar. No que tange esses aspectos, é preciso ter em mente
a seguinte ideia, tudo está incontestavelmente interligado, tudo faz parte de um único sistema,
onde, as partes em conjunto e harmonia formam o todo, e esse último por sua vez forma um
novo sistema ainda mais complexo.
Ainda hoje, a competição, exploração e dominação dos recursos naturais são ditadores do
modelo de desenvolvimento adotados pelas nações em ascensão no cenário político e
econômico mundial. Alicerçados a falta da prática de humanidade, favorece ao agravamento
dos problemas oriundos da atual crise ambiental. Superpopulação, exploração dos mais
pobres, fome, desemprego, consumo de drogas, violência, analfabetismo, degradação do meio
ambiente, entre outros acontecimentos, são poucas as causas que podem ser enumeradas
dentre os catastróficos resultados que já ameaçam a manutenção da vida no planeta Terra.
As injustiças contra a vida se justificam pelo abuso do equilíbrio da natureza, assim como
da sociedade. Em detrimento das boas relações, o ser humano exercita a cobiça, a inveja, a
maldade e o egoísmo e sepulta no mais profundo de seu coração as práticas virtuosas que
sustentam a conduta ética dos homens.
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5. Conclusão
6. Referências bibliográficas
MARXISMO e ecologia: entrevista com Paul Burkett. In: As Vinhas da Ira.
Disponível em: <http://asvinhasdaira.wordpress.com/2007/07/25/marxismo-
eecologia-entrevista-com-paul-burkett/>. Acesso em: 25 Março 2019.
LAKATOS, E.M; MARCONI, M.A. Metodologia do trabalho científico. São Paulo:
Atlas, 2009
Enzensberger, H. M. (2003 [1970]). Elementos para uma Teoria dos Meios de
Comunicação, pp. 1-119. São Paulo: Conrad Livros, 2003 [1970]. ISBN 85-8719-
362-7.
Schumpeter, Joseph A. 1908 Das Wesen und der Hauptinhalt der theoretischen
Nationalökonomie (Leipzig: Dunker & Humblot).
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO.
Nosso Futuro Comum. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1991.
PELIZZOLI, M.L. Correntes da ética ambiental. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002
CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação. São Paulo: Cultrix, 1982.
ENZENBERGER, H.-M. Une critique de l’écologie politique. In: ROSE, H. et al.
L’idéologie de/dans la science. Paris: Seuil. 1977.