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Pós-Graduação em

Neurociências, Educação e
Desenvolvimento Infantil

NEUROCIÊNCIA E
TRANSTORNO DE
CONDUTA
Com Kalina Michalska e Thiago Wendt Viola

A conduta humana não é desvinculada da


realidade humana.

Juarez Tavares
Conheça
c o livro da disciplina
-
CONHEÇA SEUS PROFESSORES 3

Conheça os professores da disciplina.​

EMENTA DA DISCIPLINA 4

Veja a descrição da ementa da disciplina. ​

BIBLIOGRAFIA BÁSICA 5

Veja as referências principais de leitura da disciplina.​

O QUE COMPÕE O MAPA DA AULA? 6

Confira como funciona o mapa da aula.

MAPA DA AULA 7

Veja as principais ideias e ensinamentos vistos ao longo da aula.

ARTIGOS 31

Nesta página, você encontra links de artigos científicos, informativos e vídeos


sugeridos pelo professor PUCRS.

RESUMO DA DISCIPLINA 32

Relembre os principais conceitos da disciplina.​

AVALIAÇÃO 33

Veja as informações sobre o teste da disciplina.​

2
Conheça
c seus professores

-
KALINA MICHALSKA
Professora Convidada

Neurocientista do desenvolvimento na University of California


Riverside, com formação em psicologia do desenvolvimento e
psicopatologia pediátrica. Realiza pesquisas concentrando-se
amplamente na compreensão das diferenças individuais nas reações
emocionais das crianças a ameaças e desafios sociais, tanto
na juventude com desenvolvimento típico quanto na juventude,
com transtornos de desenvolvimento, como ansiedade social e
problemas de comportamento perturbador. Grande parte dessa
pesquisa adota uma abordagem multimodal e integra imagens
de ressonância magnética funcional (fMRI), medidas fisiológicas
e comportamentais. É apaixonada por desenvolvimento infantil,
pesquisa quantitativa, política científica e defesa da pesquisa.
Proficiente em uma ampla variedade de programas de software,
estatísticas e ferramentas de bioinformática. • 15 anos de
experiência em Pesquisa Básica e Aplicada • Docente / Professor
do Ensino Superior • Proficiente com o software de imagem cerebral:
SPM12, AFNI • Proficiente com os pacotes estatísticos: SPSS, SAS,
SQL e R • Teste A / B e multivariado - CI, teste t, chi ^ 2 • Modelagem
Preditiva / Estrutural - regressão, modelagem multilinear, análise
fatorial, SEM, modelagem linear hierárquica • Forte experiência em
liderança e gestão de equipe • Extremamente interessado na
defesa da pesquisa translacional.

THIAGO WENDT VIOLA


Professor PUCRS

Possui Doutorado (2018) e Mestrado (2015) em Ciências


Médicas na área de Pediatria e Saúde da Criança pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Realizou doutorado sanduíche no laboratório Cognitive
Neuroepigenetics do Departamento de Neurobiology and
Behavior da University of California, Irvine (EUA). Atualmente
realiza Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em
Ciências da Saúde na área de Neurociências da Escola de
Medicina da PUCRS, com financiamento do National Institutes
of Health (NIH). Sua área de atuação é focada na investigação
epigenética e estudos de varredura genômica na área da
neuropsiquiatria. Tem experiência em pesquisa com humanos
e com modelos animais, pois seu foco sempre foi a pesquisa
translacional em desenvolvimento.

3
Ementa da Disciplina
Estudo, a partir da perspectiva da neurociência, sobre transtornos de conduta.
Reflexão sobre os comportamentos agressivos, desafiadores e antissocial e seus
impactos no desenvolvimento infantil.

4
Bibliografia básica
a

-
As publicações destacadas têm acesso gratuito.

Bibliografia básica
Kamers, Michele; Mariotto, Rosa Maria Marini; Volto (2015). Por uma nova
psicopatologia da infância e da adolescência. São Paulo: Escuta.

Andrade, Paulo; Do Prado, Paulo. (2003). Psicologia e Neurociência cognitivas:


Alguns avanços recentes e implicações para a educação. Interação em Psicologia, 7.

Borsa, Juliane Callegaro; Bandeira, Denise Ruschell (Orgs.) (2014). Comportamento


Agressivo na Infância: Da teoria à prática. Porto Alegre: Casa do Psicólogo.

Bibliografia complementar
BENETTI, Sílvia Pereira da Cruz et al. Adolescência e saúde mental: revisão de artigos
brasileiros publicados em periódicos nacionais. Cad. Saúde Pública [online]. 2007,
vol.23, n.6 [cited 2020-09-12], pp.1273-1282.

Dalgalarrondo, Paulo. (2011). Evolução do cérebro: sistema nervoso, psicologia e


psicopatologia sob a perspectiva evolucionista. Porto Alegre: Artmed.

Facion, Jose Raimundo. (2013) Transtornos do Desenvolvimento e do


Comportamento. Curitiba: InterSaberes (Série Inclusão Escolar)

CODEA, Janaina de Souza Marinho Teles; BERESFORD, Heron. O adolescente com


transtorno de conduta: um estudo filosófico no âmbito da psicologia educacional e
esportiva. Psicol. Esc. Educ. (Impr.) [online]. 2004, vol.8, n.1 [cited 2020-09-12], pp.67-
74.

RODRIGUES, Carolina Innocente; SOUSA, Maria do Carmo; CARMO, João dos Santos.
Transtorno de conduta/TDAH e aprendizagem da Matemática: um estudo de caso.
Psicol. Esc. Educ. (Impr.) [online]. 2010, vol.14, n.2 [cited 2020-09-12], pp.193-201.

5
o o
O que compõe

s
Mapa da Aula?
MAPA DA AULA
São os capítulos da aula, demarcam
momentos importantes da disciplina,
servindo como o norte para o seu FUNDAMENTOS
aprendizado.
Conteúdos essenciais sem os quais
você pode ter dificuldade em
compreender a matéria. Especialmente
importante para alunos de outras
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
áreas, ou que precisam relembrar
assuntos e conceitos. Se você estiver
Questões objetivas que buscam
por dentro dos conceitos básicos dessa
reforçar pontos centrais da disciplina,
disciplina, pode tranquilamente pular
aproximando você do conteúdo de
os fundamentos.
forma prática e exercitando a reflexão
sobre os temas discutidos.​
CURIOSIDADES
Apresentação de figuras públicas
e profissionais de referência
PALAVRAS-CHAVE mencionados pelo(a) professor(a),
além de fatos e informações que dizem
Conceituação de termos técnicos, respeito à conteúdos da disciplina.
expressões, siglas e palavras específicas
do campo da disciplina citados durante
a videoaula. DESTAQUES
Frases dos professores, que resumem
sua visão sobre um assunto ou
VÍDEOS situação.​

Assista novamente aos conteúdos


expostos pelos professores em vídeo.
Aqui você também poderá encontrar ENTRETENIMENTO
vídeos mencionados em sala de aula.
Lembre-se que a diversificação de Inserções de conteúdos da equipe de
estímulos sensoriais na hora do estudo design educacional para tornar a sua
otimiza seu aprendizado. ​ experiência mais agradável e significar
o conhecimento da aula.​

CASE
Neste item você relembra o case
analisado em aula pelo professor. ​
LEITURAS INDICADAS
A jornada de aprendizagem não
termina ao fim de uma disciplina. Ela
MOMENTO DINÂMICA segue até onde a sua curiosidade
alcança. Aqui você encontra uma lista
Aqui você encontra a descrição
de indicações de leitura. São artigos e
detalhada da dinâmica realizada pelo
livros sobre temas abordados em aula.​
professor em sala de aula com os alunos. ​

6
Mapa da Aula
Os tempos marcam os principais momentos das videoaulas.

AULA 1 • PARTE 1

Pesquisa 02:33

A professora Kalina contextualiza como


funcionam as pesquisas e experimentos de
sua equipe. Ela explica que seu programa
de pesquisa observa crianças para analisar
traços de personalidade desde cedo na 04:21 Transtorno de conduta
infância, incluindo ansiedade e inibição
Transtorno de conduta é um distúrbio de
de comportamento. Kalina diz que tem
desenvolvimento neurológico caracterizada
interesse em entender como estes traços
por um padrão de comportamento
de personalidade impactam as respostas
repetitivo e persistente, em que os direitos
cerebrais, a estrutura cerebral e o
básicos de terceiros ou as principais
funcionamento do cérebro.
normas ou regras sociais apropriadas à
idade são violados, incluindo:

• Agressão a pessoas ou animais;

Os transtornos de 05:14 • Destruição de propriedade;


neurodesenvolvimento são
• Fraude ou roubo;
condições originadas na infância.
• Violação grave de regras ou normas
sociais.

06:28
A evidência que temos
de que o transtorno de
conduta é um transtorno do
neurodesenvolvimento inclui ele
ser moderadamente hereditário.

Conceituar transtorno de 07:29


conduta como um transtorno do
neurodesenvolvimento é importante
porque tem implicações para a
justiça juvenil, a prisão e o sistema
educacional.

7
PALAVRAS-CHAVE
11:31

Transtorno desafiador opositivo:


Transtorno infantil caracterizado por
padrão recorrente de comportamento
desafiador e desobediente em relação
a figuras de autoridade. A causa exata
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
é desconhecida, mas o transtorno
provavelmente advém de uma
combinação de fatores genéticos e Qual das ações abaixo é um
ambientais. exemplo de transtorno de conduta?

Agressão a pessoas ou animais.

Diagnóstico 13:25 Destruição de propriedade.

O diagnóstico é manifestado pela presença de,


Fraude ou roubo.
pelo menos, 3 dos 15 seguintes critérios nos
últimos 12 meses, com pelo menos 1 critério
Todas as alternativas.
presente nos últimos 6 meses.

Agressão a pessoas ou animais

• Com frequência intimidam ou ameaçam


outros; iniciam brigas com contato físico; já
utilizou armas que podem apresentar sérios
danos aos outros; foi fisicamente cruel com
19:17
animais; foi fisicamente cruel com pessoas; Pesquisas sugerem que o
Roubou e confrontou a vítima; Forçou alguém transtorno de conduta, na
a atividades sexuais. verdade, pode não ser um
transtorno exclusivamente
Destruição de propriedade
específico, mas fazer parte de um
• Se envolveu com incêndio deliberadamente espectro mais amplo.
com a intenção de causar sérios danos;
deliberadamente destruiu a propriedade dos
demais.

Fraude ou roubo PALAVRAS-CHAVE


26:11
• Invadiu a casa, construção ou carro de
alguém; mente com frequência para conseguir Transtorno de conduta com
emoções pró-sociais limitadas:
vantagens ou evitar obrigações; roubou itens
Este especificador do transtorno
de valor não trivial sem confrontar a vítima.
de conduta está presente em
Violação grave de regras ou normas sociais
indivíduos que possuem padrões
de comportamento com empatia
Resposta desta página: alternativa 4.

• Muitas vezes sai à noite, apesar das proibições limitada e pouca ou nenhuma
dos pais, iniciando antes dos 13 anos; fugiu de preocupação com os sentimentos,
desejos e bem-estar dos demais.
casa ao menos duas vezes; costuma faltar à
Pessoas com o transtorno
escola, iniciando antes dos 13 anos. apresentam falta de remorso,
A perturbação do comportamento causa prejuízo
culpa, empatia, preocupação com
desempenho e também deficiência
clinicamente significativo no funcionamento
de afeto.
social, acadêmico ou ocupacional. Se o indivíduo
tem 18 anos de idade ou mais, os critérios não são
atendidos para transtorno de personalidade anti-
social.

8
AULA 1 • PARTE 2

Motivações pró-sociais 00:53

O que motiva o comportamento pró-


social? Uma das motivações são os motivos
altruístas, isto é. o foco nos outros e a
preocupação com seu bem-estar.

A empatia também é um dos fatores que


motiva o comportamento pró-social, e ela
04:40
é uma resposta emocional às condições ou Para entender como a variação
estado de outra pessoa. Para ter empatia, é ocorre e suas consequências,
necessário identificar as emoções dos outros, é importante adotar uma
e também compreender que o outro (e não abordagem multimétodo.
si próprio) está em necessidade.

Além disso, compaixão e seguir princípios


morais e a consciência também são 11:51 Desenvolvimento
fatores importantes para a existência do
comportamento pró-social. • Bebês se envolvem em formas
rudimentares de avaliação social;

• A compreensão das crianças sobre a


cognição interna dos outros muda ao
longo da infância;
Neurodesenvolvimento 30:20
• Regiões cerebrais centrais para essas
Nesta parte da aula, a professora aborda o capacidades passam por mudanças de
neurodesenvolvimento e a relação com o desenvolvimento;
desenvolvimento da empatia, demonstrando
• Abordagem de desenvolvimento nos
a estrutura cerebral e as principais
permite ver como os componentes
funções relacionadas com a empatia.Um
interagem, de maneiras não possíveis
processo importante neste contexto é
em adultos.
a correspondência afetiva, que envolve
estruturas límbicas, paralímbicas e o córtex
somatossensorial.

37:35
Para ter a perspectiva de
outra pessoa, para entendê-
la, temos que inibir a nossa
(perspectiva).

9
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Qual opção abaixo é um fator que
motiva o comportamento pró-
social?

Altruísmo.

Empatia.

Princípios morais.

Todas as alternativas.

AULA 1 • PARTE 3

Empatia e inibição 01:52

Existe uma associação entre o


desenvolvimento da resposta inibitória e a
maturação do córtex pré-frontal em crianças.
Pesquisa de desenvolvimento mostrou que
o controle inibitório é um fator capacitador 06:05 Estudos fMRI
crucial para a teoria da mente, que
São apresentados estudos de imagem
possibilita compreender as crenças, desejos
por ressônancia magnética funcional
e intenções das demais pessoas.
(fMRI) visando perceber características
A empatia deve envolver pelo menos um da empatia. Uma das questões analisadas
mínimo de diferenciação entre si e o outro, é se a intencionalidade da ação modula
para compreender que é outra pessoa que a resposta empática do indivíduo; outro
está passando pela situação, não aquela questionamento é se existe uma vantagem
que está sentindo empatia. Alguns dos feminina nas trajetórias de resposta
mecanismos da empatia são: empática relacionadas à idade.

• Resposta automática - o modo de


percepção/ ação da empatia.
Resposta desta página: alternativa 4.

• A percepção da dor como ferramenta de 14:57


Essas regiões do cérebro estão
modelo de investigação. operando juntas, elas estão
mais conectadas quando a dor
é causada intencionalmente.

10
Resposta desta página: alternativa 1.

Há mudanças de desenvolvimento 22:38


no neurodesenvolvimento da
empatia, vemos uma mudança.

26:46
Empatia é uma forma de inibir
o comportamento agressivo.

Desenvolvimento atípico do cérebro 29:28

Comparado a indivíduos com


desenvolvimento típico, jovens com
transtorno de conduta apresentam déficits
em:

• Empatia afetiva; 34:52


Crianças com transtorno de
• Reconhecimento de emoções através de conduta não são particularmente
expressão facial e vocal; afetadas pela punição. Portanto,
quando os punimos, não apenas
• Resposta à ameaça; não os ajudamos, mas tornamos
• Tomada de decisão; as coisas ainda piores.

• Aprendizagem por reforço.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Qual é um dos intuítos da utilização
da teoria da mente?

Compreender crenças, desejos e


emoções de outras pessoas.

Entender a capacidade racional de


cada pessoa.

Facilitar que outras pessoas com-


preendam suas crenças e desejos.

Nenhuma das alternativas.

11
AULA 1 • PARTE 4

Parece haver algumas diferenças 06:40


entre meninas e meninos na maneira
como respondem às outras pessoas.

07:23
Acho que podemos usar
informações sobre diferenças
de gênero para pensar sobre
transtorno de conduta.

Dilatação da pupila 11:38

Abordado as diferenças em respostas


autônomas do corpo, a professora fala
sobre a dilatação das pupilas, observada
em estudos realizados. Sem os traços de
agressividade, não foi percebida diferença
14:02 Estrutura do cérebro
na dilatação. Mas em crianças com
comportamento agressivo, nas meninas,
A professora apresenta resultados de
observou-se a diminuição da dilatação
diversos estudos sobre a estrutura cerebral,
da pupila. Nos meninos com traços de
salientando que é importante não utilizar
agressividade, ocorrou o aumento da
apenas estudos individuais, com amostras
dilatação da pupila.
muito menores, mas sim olhar estudos
que incorporam muitas descobertas
diferentes.Em um dos estudos percebeu-
se diferenças no cérebro de meninos e
Existe uma associação entre 27:23 meninas, na parte do lobo temporal, que é
capacidade empática diminuída a estrutura responsável pelo gerenciamento
e agressão. da memória. Também percebeu-se menor
estrutura cerebral com aumento dos
sintomas de transtorno de conduta, em
meninas. No entanto, com os meninos com
os sintomas do transtorno de conduta não
Crianças com transtorno de 37:46 teve esta relação com redução da estrutura
conduta são menos capazes de cerebral. Isto pode indicar, explica a
aprender sobre recompensas e professora, que enquanto meninas têm com
sobre como tomar decisões. menor frequência o transtorno de conduta,
ele pode ser mais severo nelas do que em
meninos.

12
AULA 2 • PARTE 1

A origem dos déficits 02:14

Após uma breve retomada dos conteúdos


vistos na primeira aula, a professora Kalina
Michalska inicia a segunda aula comentando
que as anormalidades no cérebro, por
frequentemente serem conceitualizadas 04:18
Transtorno de conduta não é
como algo biológico, as pessoas presumem um construto unificado.
que sempre é algo herdado, ou seja, que se
trata de algo inato e não pode ser mudado.

Portanto, a professora sugere a reflexão


do quão hereditárias realmente são essas
anormalidades no cérebro, o quanto 05:48 Gêmeos idênticos que possuem
aspectos sociais e ambientais têm impacto
o mesmo perfil genético, nem
nisso e se há espaço para melhoria e
sempre apresentam o mesmo
esforços para intervenção e prevenção.
perfil de transtorno de conduta.
Sobre a hereditariedade do transtorno de
conduta, a professora apresenta as seguintes
informações:

• Estudos com irmãos gêmeos apontam


06:04 Influências ambientais
que aproximadamente 40-50% dos
transtornos de conduta podem ser A professora traz um estudo que
atribuídos a causas genéticas; aponta que o transtorno de conduta
• Dois fatores genéticos diferentes que reflete tanto a natureza (genes) quanto
contribuem para o transtorno de conduta a criação (fatores ambientais), e que
são rule-breaking (quebra de regras) e aproximadamente metade da variação
overt agression (agressão evidente); nos transtornos de conduta diz respeito
a criação, ou seja, aspectos advindos da
• Transtorno de conduta não é um família, do ambiente, da cultura, etc.
construto unificado, ou seja, é composto
por uma variedade de construtos Kalina complementa que esses fatores
diferentes; ambientais são os aspectos que mais
podemos modificar e ter como alvo nas
• É importante levar o desenvolvimento em intervenções.
consideração. Os genes têm um impacto
diferente dependendo do estágio de vida Entre os fatores ambientais que podem
e de desenvolvimento que a criança está. influenciar o desenvolvimento ou evolução
do transtorno da conduta, a professora cita
• As contribuições genéticas para o os fatores pré-natais, perinatais, familiares
transtorno de conduta aumentam da e de vizinhança.
infância para a adultez. A professora
ressalta que a proporção da influência
genética x ambiental muda.

06:35 As diferenças individuais, no


transtorno de conduta, não são
destino biológico.

13
Medidas disciplinares severas 07:33
e inconsistentes são fator de
risco para o transtorno de
conduta.
08:07 Uma variedade de fatores
ambientais cumprem papéis
proporcionalmente diferentes
dependendo do estágio da vida
Influências ambientais (continuação) 08:56 de uma criança.

• Entre os fatores de risco pré-natais que


podem contribuir para o transtorno de
conduta, a professora cita o fumo por
13:15 Ao invés de focar nas crianças e
parte da mãe, uso de álcool, uso de
drogas e estresse durante a gravidez.
pensar que elas são inatamente
más, nós podemos considerar o
• Entre os fatores perinatais, estão que há na vida dessas crianças
complicações obstétricas, psicopatologia que podemos apoiar.
parental, desnutrição e exposição a
metais pesados. Ainda, a professora
cita que complicações obstétricas
somadas a uma rejeição maternal no 13:55 Genes podem influenciar o ambiente
início da vida estão relacionadas com o
desenvolvimento de comportamentos Kalina destaca que os genes e o ambiente
sérios de violência. não operam separadamente, e explica que
os genes podem influenciar o ambiente,
dando o exemplo que o perfil genético
de uma criança pode impactar na forma
como as pessoas irão responder a seus
O ambiente nunca é uma medida 16:48 comportamentos.
puramente de ambiente. Também
é uma medida de genes e de Diversas medidas consideradas “de
natureza. ambiente” são determinadas geneticamente,
ou seja, os mesmos genes podem impactar
o ambiente e a personalidade (ou a
personalidade através do ambiente). Um
exemplo é que se analisarmos um conjunto
A criança que está inserida em um 22:26 de genes que são implicados em transtorno
ambiente mais seguro, mais estável de conduta, esses podem ser os mesmos
e mais previsível, isso vai ter um genes que estão relacionados à paternidade
efeito cumulativo com o tempo, negligente ou abusiva.
então o efeito ambiental vai mudar
no decorrer da sua vida. Outro exemplo é se pensarmos no caso
em que um conjunto de genes resulta no
transtorno de conduta. Isso faz com que
faz com que a criança se comporte de
determinada maneira durante sua vida,
algo que, por sua vez, aumenta o risco de
Quando medimos diferenças 25:01 determinados eventos de vida. Ou seja,
individuais em coisas como um adulto com histórico de transtorno de
temperamento, traços emocionais conduta tem mais chances de brigar com
e fatores de personalidade, eles seu parceiro e se divorciar — o divórcio, se
refletem variações na estrutura e analisarmos, pode ser interpretado como
no funcionamento do cérebro. um fator ambiental, mas teve origem na
personalidade da criança.

14
O que nos faz geneticamente diferentes? 25:25
Resposta desta página: alternativa 2.

A professora explica que o aspecto que nos


faz geneticamente diferentes, e impacta em
coisas como altura e transtornos de conduta,
por exemplo, são os alelos, que representam
variações de um gene. Kalina explica
26:53 A maioria dos genes não
que todos temos a mesma quantidade diferem entre os indivíduos, [...]
de genes, e que um gene pode ter dois apenas os alelos que diferem.
diferentes alelos, ou seja, duas variações de
um gene. São esses diferentes alelos que
resultam em diferentes traços fenotípicos,
ou seja, diferentes comportamentos,
diferentes transtornos, diferentes sintomas 36:50 Maus tratos afetam as crianças,
de transtorno, cor de cabelo e dos olhos, mas não afetam as crianças da
altura, peso, impulsividade, atenção, déficit, mesma forma. Afeta algumas
depressão, ansiedade, etc. mais do que outras.
A professora ressalta que é possível entender
que a predisposição genética de um alelo
é apenas expressada em determinados
ambientes, ou tem mais ou menos chances 37:05
de serem expressadas em determinados
A maioria das estratégias de
ambientes. Isso significa que não é porque
prevenção e intervenção efetivas
o indivíduo tem genes específicos, que ele
que vemos para transtorno de
terá necessariamente distúrbio de conduta.
conduta focam na parentalidade e
É a combinação dos genes e do tipo de
fatores familiares.
ambiente de criação que vão aumentar essas
chances de desenvolvimento de transtorno.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Avalie as afirmações e responda quais
estão corretas.

I. Os genes e o ambiente operam


separadamente.

II. Os genes podem influenciar o


ambiente.

III. Os mesmos genes podem impactar


o ambiente e a personalidade.

I e II estão corretas.

II e III estão corretas.

I e III estão corretas.

Todas estão corretas.

15
AULA 2 • PARTE 2

Influências genéticas 00:00

Diversos estudos sobre hereditariedade


do transtornos de conduta sugerem que
na arquitetura genética, no perfil genético
do transtorno de conduta da maioria dos 02:18 Pais podem transmitir para os
indivíduos, não é o caso de haver diferença seus filhos um risco genético,
em apenas um alelo. É mais provável que uma predisposição genética para
exista uma variedade de diferenças em transtorno de conduta, e esse
alelos, ou seja, envolve o efeito cumulativo mesmo risco genético também
de diferentes variações genéticas. poderá resultar em um ambiente
Entre as diferentes influências genéticas no de criação abusivo.
transtorno de conduta, a professora cita:

• Correlação passiva: ocorre quando a


LEITURAS INDICADAS
criança herda variação genética, que 09:25
também contribui para o ambiente A professora cita o artigo de Moffitt e Caspi,
criado pelos pais. Ou seja, o perfil intitulado “Role of genotype in the cycle
genético da criança e seu ambiente of violence in maltreated children”, que
estão correlacionados. A professora busca responder a questão de se os genes
dá exemplo de genes que aumentam o interagem com os maus tratos. O trabalho
risco de psicopatologias e de genes que original pode ser adquirido clicando aqui.
aumentam o risco dos pais cometerem
maus tratos com a criança. Nesse
exemplo, os genes estão correlacionados,
sendo um deles genético, e outro 14:16 O comportamento antissocial é
ambiental. maior em casas que existem maus
• Correlação ativa: ocorre quando os tratos, para crianças com perfil
genes da criança a predispõe a procurar genético de maior risco, e menor
outros ambientes. Algumas crianças em crianças que sofrem maus
podem ter uma predisposição a correr tratos, mas que possuem um
riscos e à impulsividade. Ou seja, seu perfil genético de menor risco.
perfil genético procura determinados
ambientes. Nesse caso, o efeito de seus
genes impacta diretamente suas escolhas
de amizade e ambientes que frequenta. 15:18 Ativação da amígdala

• Correlação evocativa: ocorre quando A professora comenta que crianças que


os genes de uma criança a predispõe a apresentam traços insensíveis e sem emoção
se comportar de determinada maneira, possuem menor ativação da amígdala.
o que evoca determinadas influências Diferentes estudos apontam que esses traços,
ambientais. Por exemplo, uma criança como falta de empatia, culpa e remorso, estão
pode ser pouco amigável, impulsiva, relacionados à menor resposta da amígdala
ter a tendência a mentir, e esses frente a expressões de medo.
comportamentos evocam reações de
outras pessoas. Dado esse tratamento A professora comenta que altos níveis de
negativo que o comportamento da ansiedade, por outro lado, estão tipicamente
criança evoca dos pais, o risco da mesma associados a uma maior resposta da amígdala.
desenvolver transtorno de conduta
aumenta.

16
Crianças com ansiedade apresentam 18:35
uma maior resposta da amígdala.

22:34 Histórico de trauma

É possível se perguntar se o histórico de


trauma em um indivíduo afeta a resposta
da amígdala a expressões de medo.
O histórico de trauma é importante A professora apresenta a dinâmica de
31:32
de coletar, primeiro de tudo, e estudos em que crianças que apresentam
também modera a associação entre traços insensíveis e sem emoção tinham
o processamento do medo pela a tarefa de analisar expressões faciais de
amígdala e traços insensíveis e sem medo que variam em intensidade, desde
emoção. uma expressão neutra, até a expressão com
maior medo.

Além da reatividade a emoções, outra


maneira de avaliar se o trauma afeta a
resposta da amígdala do indivíduo, Kalina
Tanto os fatores emocionais quanto 36:45 comenta, é analisando seus objetivos
os fatores sociais são influenciados
sociais e as suas interações com seus pares.
não apenas pelo perfil biológico,
mas também pelo perfil ambiental. Na sequência, a professora apresenta
estudos de Harma Meffert, James Blair
e colegas, realizado com crianças com
traços insensíveis e sem emoção, mas que
apresentam diferentes níveis de trauma.
É importante avaliar não apenas 37:06 Os resultados do estudo apontam que
comportamentos e sintomas, mas diferentemente do que pode-se pensar,
também o ambiente e o trauma crianças com alto nível de trauma parecem
em particular. apresentar maior resposta da amígdala,
apesar de parecerem mais insensíveis e
sem emoção, enquanto que a patofisiologia
típica dos traços insensíveis e sem emoção
é primariamente vista em crianças com
VÍDEO menores níveis de trauma.
38:55
Dr. Steve Suomi: Gene by
Environment

44:09 O comportamento parental


é transmitido, por um lado,
geneticamente, mas também
comportamentalmente.

44:17 Os comportamentos que os


pais têm são transmitidos a uma
Dr. Steve Suomi, do National
geração, afetam a expressão
Institute of Child Health and Human
Development, discute sobre a criação genética, e podem ser vistos nas
materna em primatas. gerações subsequentes.

17
Parentalidade e problemas de conduta 44:43

Sabemos que a parentalidade negativa afeta


diretamente o desenvolvimento e persistência
de problemas de conduta. Inconsistência,
falta de disciplina, falta de monitoramento, 46:16 Parentalidade positiva é
punições severas, são aspectos que independente da parentalidade
aumentam o risco de problemas de conduta e negativa e também tem
transtorno de conduta, a professora destaca. impacto protetivo em
problemas de conduta.
A parentalidade positiva, diferente do que
pode-se pensar, não é exatamente o oposto
de parentalidade negativa, uma vez que
ambos podem ter efeitos independentes.
Aspectos como elogios, entusiasmo,
consistência e envolvimento são dimensões
da parentalidade que são independentes uma
das outras.

Ou seja, você pode ver um pai que é alto


em parentalidade negativa e baixo em
parentalidade positiva, mas também pode
ver um pai que é alto em ambos, entre outras
combinações. Esses componentes estão
frequentemente relacionados, mas tanto a
parentalidade negativa quanto a positiva
podem ser observadas separadamente.

AULA 2 • PARTE 3

Parentalidade positiva 00:00

Nesta parte da aula, a professora Kalina segue


comentando sobre como a variação genética
da criança modera a associação entre a
parentalidade e os transtornos de conduta, 11:40 Só focar no que é negativo
com enfoque no impacto da parentalidade
provém apenas um cenário
positiva, ou seja, em identificar quem tem
incompleto.
maior probabilidade de se beneficiar de
fatores protetivos e positivos. A professora
apresenta os resultados de uma pesquisa
feita com garotos de diferentes etnias e
idades entre 6 e 9 anos, sendo que alguns 12:25
É uma mudança em como
apresentavam transtorno do déficit de atenção
pensamos sobre o risco.
com hiperatividade e outros não, expostos a
Porque não é mais sobre o
diferentes níveis de parentalidade positiva.
risco. É, na verdade, influência
Os resultados desses estudos apontam que ao ambiente.
os altos níveis de reforço positivo advindos da
parentalidade positiva refletem em menores
níveis de problemas de conduta nas crianças.

18
Neurociência da parentalidade materna 18:03

É possível observar que a parentalidade


materna pode afetar o desenvolvimento do
cérebro de uma criança.

Quando mulheres se tornam mães, a 22:27 As áreas [do cérebro] que estão
professora explica que acontece uma envolvidas com a emoção e
mudança em seu neurocircuito que a empatia, que são elevadas
habilita o afeto e comportamentos de em mães que recém tiveram
parentalidade, ou seja, é possível observar um filho, também possuem
ativação em estruturas de recompensa, uma elevada quantidade de
regulação emocional e cognição social. receptores de ocitocina.
Todas essas regiões do cérebro possuem
elevada quantidade de receptores de
ocitocina.

A professora observa que existem 25:28 Ocitocina é um neurotransmissor


variações individuais na forma como as
que tem efeito no corpo, e
mães respondem a seus filhos, e através de
também tem efeito no cérebro.
estudos, buscou entender se o polimorfismo
na genética está associado com essas
variações na parentalidade materna, assim
como nas respostas neurais a estímulos
das crianças que estão relacionados com a 28:22 Existem sugestões de que a
maternidade.
ocitocina, em humanos, afeta
Para tanto, foram realizados estudos o processamento cerebral em
de observação em que eram analisados estruturas do cérebro que estão
aspectos de parentalidade positiva e envolvidas na cognição social.
negativa na interação das mães com seus
filhos, de 4 a 6 anos de idade, em diferentes
atividades. Esses comportamentos positivos
e negativos observados das mães eram
categorizados por assistentes de pesquisa
que não tinham conhecimento prévio se 46:33 A ativação cerebral pode, às
a mães envolvidas no estudo possuíam vezes, depender do status de
parentalidade positiva ou negativa, e polimorfismo do receptor de
também se as crianças possuíam transtorno ocitocina.
de conduta ou não, de modo a evitar o viés.

Os dados apresentaram que as diferenças


nos receptores de ocitocina estão
associados com diferenças nas respostas
50:25 Variação no polimorfismo do
do cérebro, que por sua vez, estão
associadas com a regulação das emoções e, receptor da ocitocina afeta
também, com a parentalidade positiva. Os a parentalidade positiva, e
receptores de estrogênio estão envolvidos também afeta respostas neurais
em parentalidade negativa e, assim como a estímulos da criança.
os receptores de ocitocina, também nas
respostas neurais a estímulos da criança.

19
Pares 52:08

Enquanto a parentalidade possui maior


efeito na infância, os pares, que aqui
podem ser entendidos como semelhantes e
contemplam amigos, por exemplo, possuem
54:10 Crianças com transtorno de
maior impacto nos estágios mais avançados
da infância e do desenvolvimento. conduta são comprometidas na
maneira como interagem com
Adolescentes são mais impactados por seus outras crianças.
pares do que crianças, a professora aponta,
e, portanto, esses pares podem representar
fatores de risco para o transtorno de
conduta.

Além disso, Kalina destaca que o 57:10 Quando uma criança é agressiva,
comportamento agressivo da criança com ela é rejeitada, rejeição leva a
transtorno de conduta frequentemente mais agressão, que leva a mais
resulta em rejeição por parte de seus rejeição, que leva a problemas
pares, o que pode agravar a situação antissociais.
de isolamento e de comportamento
antissocial. Outro objeto de análise é
como as habilidades sociais impactam
nessa rejeição, uma vez que existe uma
tendência de crianças com comportamento
agressivo, porém com boas habilidades,
de não sofrerem rejeição por seus
comportamentos.

AULA 2 • PARTE 4

Pares (continuação) 00:00

A professora segue apresentando


resultados de estudos, que comprovam que
crianças com maiores índices de agressão
tendem a serem rejeitadas — o que as 03:44 Se você analisar os marcadores
coloca em risco para mais comportamentos neurais, o contexto, os marcadores
agressivos e antissociais, Kalina destaca. As genéticos, você verá que nem
crianças com maiores habilidades sociais, todos os comportamentos vêm do
no entanto, tendem a ser populares e mesmo lugar.
sofrerem menos rejeição, diferentemente
das crianças que apresentam agressividade
e baixas habilidades sociais.

20
Informações do cérebro, informações 03:59
genéticas, informações fisiológicas
e contexto ambiental nos fornecem
pistas de onde intervir.

04:12 Intervenções

Ao pensarmos em intervenções, é
fundamental refletir sobre como podemos
usar essas informações do cérebro,
As crianças que apresentam 04:28 genéticas, fisiológicas e de contexto
problemas de conduta cedo são ambiental de forma efetiva nos esforços
as que nos preocupamos mais. de intervenção. A professora comenta
que é importante analisar a trajetória de
desenvolvimento, mas ressalta que a maior
parte das trajetórias crônicas começam
Dependendo se a criança está 07:28 cedo na infância.
demonstrando traços insensíveis
Os tratamentos mais efetivos para a
ou não, dependendo de qual
prevenção do comportamento disruptivo,
estágio da infância ela está, [...]
de acordo com Kalina, começam na pré-
poderemos focar em aspectos
escola. Além disso, atuar preventivamente
diferentes de tratamento de
a nível dos pais, através de aprendizagem
intervenção.
social, também se mostra efetivo, uma vez
que existem fortes evidências da influência
dos pais nos comportamentos das crianças.

Ainda, a professora cita a importância


Perguntas 1 e 2 11:52 de compreender princípios de
desenvolvimento, ou seja, entender qual
A partir dessa parte da aula, a professora
influência é mais efetiva em cada estágio
Kalina responde perguntas sobre o material
de desenvolvimento irá ajudar nos esforços
apresentando e como ele pode ser aplicado
de intervenção.
no dia a dia.
É importante, também, analisar a presença
Quando é possível começar a detectar os
de comorbidades, uma vez que elas
primeiros sinais de traços insensíveis e
mudam a intervenção conforme vemos
sem emoção em crianças?
ansiedade, transtorno do déficit de atenção
A professora responde que é possível com hiperatividade, entre outros traços.
detectar a partir de 3, 4 anos, mas que
existe um estigma atrelado, que torna o
processo desafiador.
15:24 Garotas tendem a sofrer maiores
A professora é questionada sobre a
diferença entre os sexos no caso de traços consequências de possuírem traços
insensíveis e sem emoção, se a prevalência insensíveis e sem emoção.
é semelhante a como é no transtorno de
conduta.

A professora responde que embora existam


poucos dados, é possível identificar que
traços insensíveis e sem emoção são mais
prevalentes em meninos, mas se destacam
mais em meninas, uma vez que é menos
esperado.

21
Pergunta 3 15:38

A professora é questionada sobre as


dificuldades que as crianças podem ter
com aprendizado de reforço, de modo que
17:53 A punição é [uma forma]
não lidam bem com punição.
menos provável de causar
A professora explica que quando mudança em comportamento.
aprendemos sobre o mundo, aprendemos
sobre as coisas que são desejáveis e
recompensadoras, e que facilmente
aprendemos as ações necessárias para
19:48 Perguntas 4 e 5
chegar no que é desejável e não desejável
para nós. Crianças com transtorno de A professora é questionada se existe
conduta são menos sensíveis à punição e um estudo longitudinal que demonstra
têm menor chance de entender as ações que quando realiza-se intervenções com
que levam à punição. transtorno de conduta, é possível detectar,
nos marcadores neuropsicológicos,
A professora comenta também sobre a
alguma espécie de mudança após a
forma como a punição de uma criança que
intervenção.
apresenta um comportamento agressivo faz
com que ela tenha dificuldade de entender A professora responde que estudos
a associação entre a ação e a punição. referente a isso estão sendo realizados, e
Nesse cenário, a professora sugere entender que existe sugestões de que é possível ver
os objetivos dessa criança e coisas que ela mudança nos marcadores neurológicos,
se importa, seja respeito, poder, validação, mas que a pergunta é se essas mudanças
de modo a traçar objetivos sociais que são duradouras.
sirvam de incentivo para essa criança,
substituindo a punição. A professora é questionada se existe um
aspecto específico da teoria da mente e
da cognição social que é mais afetado
no transtorno de conduta, como um
Mesmo que você obtenha apenas 21:26 marcador específico desse transtorno, em
mudança imediata na neuroativação, comparação com outros transtornos de
isso irá levar a mudanças no desenvolvimento.
comportamento social.
A professora comenta sobre um estudo
que contrasta crianças autistas e crianças
com transtorno de conduta, mostrando
Pergunta 6 25:44 que crianças autistas tinham maior
dificuldade de se colocar na perspectiva
Os tratamentos envolvendo o sistema de outra criança, ou seja, a diferença
ocitocinérgico pode ser promissor em é que crianças com autismo tem mais
transtornos de conduta, seja para as problemas com aspectos cognitivos de
crianças ou para os seus pais? assumir a perspectiva de alguém, e menos
Semelhante ao tratamento farmacológico, problemas com aspectos emocionais. Essas
mesmo que, momentamente, seja possível crianças podem não entender o porquê
impulsionar a habilidade de reconhecimento outra pessoa está chorando, mas elas são
de emoções de uma criança, esses efeitos, afetadas por isso, ou seja, conseguem
embora durem pouco, dão à criança a sentir. Já as crianças com transtorno de
experiência de como é poder ser capaz de conduta conseguem compreender que algo
reconhecer emoções. Isso, possivelmente, machuca outra pessoa, mas são menos
pode levar a criança a melhores interações
sociais, que, por sua vez, tem um impacto
no reconhecimento das emoções.

22
AULA 3 • PARTE 1

03:32 Diferenciação
Temos como exemplo de agressividade,
uma criança que empurra a outra tentando
chegar mais rápido em outro lugar. A
PALAVRAS-CHAVE violência pode ser exemplificada como um
12:01
menino que dá um soco em seu colega.
Um comportamento agressivo reativo,
Suzane von Richthofen: Filha do
engenheiro Manfred Albert von em resposta a algo que aconteceu com
Richthofen e da psiquiatra Marísia von essa criança, nomeamos como conduta
Richthofen ficou conhecida por ser agressiva reativa hostil, que está mais
condenada a 39 anos de prisão pelo associada a algo impulsivo, emocional,
assassinato dos próprios pais. como por exemplo, empurrar após ter
sido empurrado. O que já foi arquitetado
e planejado é nomeado como conduta
agressiva instrumental.

Teorias e modelos 14:54

Bandura defende que o comportamento


agressivo na infância pode ser aprendido
sem necessariamente ela experienciar
alguma situação, apenas observando CURIOSIDADE
15:34
modelos – cuidadores, irmãos, etc. Para
isso, existe um viés cognitivo, no qual diz Albert Bandura
que a criança precisa ter um componente
atencional para conseguir escutar formas
de interação social próximas a ela, retendo
isso em sistemas de memória. Isso leva à
prática reprodutiva. Quando ela percebe
que há algo motivacional, que reforça
positivamente o comportamento, finaliza
essa aprendizagem. Essa abordagem é
chamada de Aprendizagem Social. Psicólogo canadense e professor de
psicologia social na Universidade de Stanford.
A Teoria do Cognitivismo Neo- Ele aponta que o estado mental interno
associacionista, de Leonard Berkowitz, daquele que está aprendendo desempenha
procura entender as condutas agressivas um papel fundamental no processo de
através do contexto. Em primeiro lugar, absorção de conhecimento. Assim, a
existe objetos, eventos ou interações aprendizagem social acontece a partir da
que antecedem esse comportamento. As interação entre a mente do aprendiz e o
experiências desagradáveis podem ser ambiente ao seu redor.
ampliadas devido a outros fatores, como
uma lembrança, um sentimento ou até
mesmo a temperatura. O surgimento de
emoções negativas passam a influenciar 26:39
Um comportamento, a forma de
cada vez mais os processamentos mentais,
interação que a criança enxerga e
resultando em reações de luta ou fuga. observa, tem uma tendência a ser
reproduzida.

23
31:06
Quanto mais tempo a criança
é exposta a determinado tipo
de programação de tv, maiores
as chances de ela apresentar
PALAVRAS-CHAVE determinado desfecho
37:00 educacional.

Leonard Berkowitz: Psicólogo social


estadunidense mais conhecido por
suas pesquisas sobre altruísmo e
agressão humana. Ele originou o
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
modelo de neoassociação cognitiva
do comportamento agressivo, criado Assinale a alternativa correta sobre
para ajudar a explicar os casos de
como as crianças podem aprender
agressão pelos quais a hipótese de
comportamento agressivos em
frustração-agressão não poderia
explicar. relação a Teoria de Aprendizagem
social:

Através de programas de televisão

Através da observação de modelos


EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Através de reforço positivo para um
A agressividade instrumental é:
comportamento agressivo

Resultado de provocação
Todas as alternativas estão corretas

Devido a pouco processamento


cognitivo

Premeditada

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Impulsionada pelo contexto
A teoria do cognitivismo neo-
associacionista foi importante para
compreender qual agressão?

Reativa

Instrumental
Resposta desta página: alternativa 4, 3 e 1.

Violenta

Psicológica

24
AULA 3 • PARTE 2

00:00 Teorias II
A Teoria de Scripts Mentais, de Huesmann,
entende que a conduta agressiva possui
um script mental acionado, ou seja,
PALAVRAS-CHAVE experiências ou observações foram
13:14
aprendidas que geram um roteiro de
comportamento quando a situação se
Twitch: Serviço de streaming de
vídeo ao vivo que se concentra em repetir, podendo se generalizar para
videogames, incluindo transmissões outros contextos. Existe uma memória que
de competições de esportes vai sendo consolidadas e os scripts são
eletrônicos. recuperados mais fortemente quando se
tem um estado emocional que o favorece.
Isso pode ser modulado através da
intervenção ambiental, ou seja, os limites
contextuais – sem ser punitivo – diminuem
o script.
Crianças com transtorno de conduta 13:56
são rejeitadas, numa grande parte, O Modelo Geral da Agressão, proposto por
e isso retroalimenta o ciclo de Anderson & Bushman, unifica as teorias
agressividade. vistas anteriormente, complexando-as. A
teoria possui uma explicação do porquê
uma conduta agressiva acontece em
determinada situação e em segundo, quais
são os fatores que estão por trás dessa
conduta que manipulam a probabilidade
CURIOSIDADE
de acontecer. Abrange fatores pessoais,
14:56
contextuais e rotas – estados afetivos
Sistema nervoso simpático e processamento cognitivo. Isso se
retroalimenta com a excitação, que está
associada a resposta fisiológica autonômica
(sistema nervoso simpático).

É parte do sistema nervoso autônomo e


ajusta o organismo para suportar situações
de perigo, esforço intenso, stress físico
e psíquico. Atua ao nível dos diferentes
aparelhos do organismo, desencadeando
alterações diversas.

25
CURIOSIDADE

Resposta desta página: alternativa 1.


20:15
Córtex pré-frontal ventromedial

TDAH e conduta 25:01

Existem modificadores biológicos que


podem aumentar ou diminuir as chances de
uma conduta agressiva, como o Transtorno
Déficit de Atenção e Hiperatividade. O
TDAH é um transtorno do desenvolvimento
associado a um atraso de maturação da
região cortical pré-frontal ventromedial,
responsável pela resolução da tomada
de decisão, da regulação emocional e do
controle inibitório. Crianças com TDAH e
transtorno de conduta tendem a serem mais
agressivas e reativas.

Está localizado no lobo frontal na parte


É muito frequente a comorbidade 25:25 inferior dos hemisférios cerebrais e implica
de transtorno de conduta com no processamento de risco e medo ,
transtorno de déficit de atenção e pois é crítico na regulação da atividade
hiperatividade. da amígdala em humanos. Ele também
desempenha um papel na inibição de
respostas emocionais, no processo de
tomada de decisão e autocontrole, assim
como tem envolvido na avaliação cognitiva
da moralidade.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Assinale a alternativa correta em


relação ao comportamento agressivo
segundo o Modelo Geral da Agressão:

Há fatores situacionais e distanciais

Apenas fatores situacionais


influenciam o comportamento
agressivo

Fatores biológicos são os


desencadeadores

Somente há fatores distanciais

26
Resposta desta página: alternativa 2.
AULA 3 • PARTE 3

Personalidade 00:19

O modelo Big Five define personalidade


como um conjunto do padrão com que
nos comportamos, como pensamos
CURIOSIDADE
e processamos informação, o que 08:32
acaba influenciando como interagimos
Neuroticismo
socialmente. Pesquisas concluíram que
traços de personalidade podem predizer É uma tendência a experimentar facilmente
comportamentos futuros. Os cinco fatores emoções negativas ante eventos comuns
do modelo são: extroversão, neuroticismo, da vida. Indivíduos com baixa pontuação
socialização (agradabilidade), realização no neuroticismo tendem a ser mais
(conscienciosidade) e abertura à experiência. estáveis emocionalmente e menos reativos
ao estresse. Ao tratar com aqueles que
Há uma correlação entre uma alta sofrem o neuroticismo, a pessoa deve ser
pontuação em algum dos 5 grandes fatores solidária e encorajadora, oferecer ajuda
e grandes traços callous-unemotional. O quando necessário e procurar entender as
desenvolvimento de perfis de personalidade dificuldades que podem estar ocorrendo. As
ajudam a identificar maiores níveis de pessoas com níveis altos de neuroticismo
transtorno de conduta. tendem a se sair melhor em ambientes que
lhes ofereçam segurança e proteção.

PALAVRAS-CHAVE
16:06

Narcisista: As características de
personalidade incluem opinião
muito elevada sobre si mesmo,
necessidade de admiração, crença de
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
que as outras pessoas são inferiores
e falta de empatia. Apresentam
Qual das alternativas abaixo não
hipersensibilidade a crítica e
apresenta um dos fatores de
insultos (reais ou imaginados) e não
conseguem lidar bem com derrotas,
personalidade do modelo Big Five?
frustrações e rejeições — logo não têm
maturidade emocional. Dessa forma, Extroversão
quando contrariados, podem reagir
com raiva, irritação e nervosismo.
Inteligência

Sociabilização

Abertura à experiência

27
34:12 Fatores de risco ambientais
Fatores de risco ambientais estão presentes
no período gestacional, perinatal e pós-
natal aumentam o risco de a criança ter
CURIOSIDADE transtorno de conduta.
35:10
Os maus-tratos na infância possuem dois
Cortisol
tipos de ocorrência: excesso de disciplina,
levando a abuso emocional, físico e/ou
sexual; negligência de cuidados básicos.
80% desses maus-tratos são perpetrados
por pais ou responsáveis. Os fatores de
risco são a pobreza, problemas de saúde
mental, baixa escolaridade dos cuidadores,
abuso de álcool e drogas, pais que foram
maltratados na infância, descontrole
familiar, etc. As médias dos escores de
negligência são maiores em países com PIB
baixo.
Hormônio produzido pelas glândulas A exposição aos maus-tratos na infância
suprarrenais, que estão localizadas acima gera prejuízos não somente na condição
dos rins. Sua função é ajudar o organismo clínica e no neurodesenvolvimento, mas
a controlar o estresse, reduzir inflamações, também na performance acadêmica. Ou
contribuir para o funcionamento do sistema seja, negligência aumenta as chances
imune e manter os níveis de açúcar no de necessidade de reforço educacional,
sangue constantes, assim como a pressão de repetência, de menores notas, baixa
arterial. autoestima e maior agressividade e
Os níveis de cortisol no sangue variam suspensão.
durante o dia porque estão relacionados
com a atividade diária e a serotonina, que
é responsável pela sensação de prazer e de
42:58
bem-estar. O cortisol alto no sangue pode Exigir da criança saber, entender
originar sintomas como perda de massa e compreender questões que vão
muscular, aumento de peso ou diminuição de além do seu nível maturacional
testosterona ou ser indicativo de problemas, também é negligência.
como a Síndrome de Cushing, por exemplo.
Já o cortisol baixo pode originar sintomas
de depressão, cansaço ou fraqueza ou ser
indicativo de problemas, como a Doença de
53:55
Addison. O PIB pode influenciar a
variação ao redor do mundo
das estimativas de negligência
física com que as crianças são
PALAVRAS-CHAVE expostas.
01:02:39

Neurotípica: Pessoas que não tem


prejuízos cognitivos, nem transtornos
mentais.

Buffer: Em tradução livre,


amortecedor.

28
AULA 3 • PARTE 4

00:48
A dor física vai aumentar a
ativação da amigdala, em uma
resposta simpática, começando a
impulsionar as chances para uma
conduta agressiva.
Uso de substância 04:50

Álcool e tabaco são as primeiras


experimentadas pelos adolescentes,
cada vez mais precocemente, segundo
levantamentos epidemiológicos. Há relação
PALAVRAS-CHAVE
09:08
entre o transtorno de conduta, maus-
tratos na infância e o uso de substâncias na Síndrome de abstinência: Sintomas
adolescência. mentais e físicos que ocorrem após
a interrupção ou diminuição no
Há uma relação de mediação na qual um consumo de uma substância que
fator influencia o outro, que influencia um causa dependência. Os sintomas
desfecho final. O transtorno de conduta podem incluir ansiedade, fadiga,
e o transtorno por uso de substância se sudorese, vômitos, depressão,
retroalimentam piorando o prognóstico
convulsões, alucinações e,
dependendo da droga, hiperatividade
clínico de ambas as condições.
autonômica (aumento da temperatura
corpórea, aumento da frequência do
coração e da respiração, aumento
da pressão arterial, suor excessivo),
O transtorno de conduta não 22:25 insônia, tremor e agitação.
necessariamente está associado
a um prejuízo cognitivo geral, e
sim, em aspectos mais específicos
da cognição no funcionamento
executivo. 26:40 Herdabilidade
Há interação entre as experiências,
o ambiente, a criança e aquilo que é
hereditário e biológico. A proporção
de características genéticas que são
transmissíveis de uma geração a outra
PALAVRAS-CHAVE
28:19 é estimada, por exemplo, em 38% para
o Transtorno depressivo maior. Vários
Gêmeos monozigóticos: São também genes mais os fatores ambientais agem
chamados de idênticos ou univitelinos em conjunto para influenciar uma
e se originam de um único zigoto características.
(célula-ovo).
O TEA tem 80% de herdabilidade. O TDAH
mais de 70%. O transtorno de conduta tem
de 40% a 50%, ou seja, há muito espaço
para fatores ambientas modularem a
expressão de genes de risco ou proteção.
Genótipos podem moderar a sensibilidade
aos insultos ambientais.

29
PALAVRAS-CHAVE
29:14

Depressão maior: Também chamada


de unipolar, é um transtorno de saúde
mental que normalmente é causado
pela baixa produção de hormônios. PALAVRAS-CHAVE
Normalmente os sintomas mais 30:09
comuns incluem sentimento de vazio,
falta de interesse pelas atividades de Epigenético: Ciência que busca
rotina, insônia terminal e tristeza sem compreender as mudanças reversíveis
motivo aparente, que se mantêm por, na expressão gênica, ou seja, os
pelo menos, duas semanas seguidas, componentes que podem modificar
e por isso é um dos transtornos como os genes são lidos sem alterar a
psicológicos mais incapacitantes. sequência de nucleotídeos do DNA.

PALAVRAS-CHAVE
32:26

Monoamina oxidade: Enzima


localizada na membrana externa da
mitocôndria que usa a flavina adenina
dinucleotídeo (FAD) como cofator
enzimático para catalisar a conversão
oxidante de uma amina em seu
aldeído correspondente, produzindo
também amônia e peróxido de
hidrogênio.

30
Artigos
Nesta página, você encontra links de artigos científicos, informativos
e vídeos sugeridos pelo professor PUCRS.

ARTIGO CIENTÍFICO

Conduct disorder Graeme Fairchild, David J. Hawes, Paul J. Frick, William E. Copeland,
Candice L. Odgers, Barbara Franke, Christine M. Freitag and Stephane A. De Brito

ARTIGO INTERATIVO

Human Agression - Annu. Rev. Psychol. 2002 Craig A. Anderson and Brad J. Bushman

31
Resumo da disciplina
Veja nesta página, um resumo dos principais conceitos vistos ao longo da disciplina.

AULA 1

Os transtornos de
neurodesenvolvimento são condições
originadas na infância.
Empatia é uma forma de inibir o
comportamento agressivo.

Existe uma associação entre


capacidade empática diminuída e
agressão.

AULA 2

As diferenças individuais, no
transtorno de conduta, não são
destino biológico.
Medidas disciplinares severas e
inconsistentes são fator de risco para
o transtorno de conduta.

Tanto os fatores emocionais quanto


os fatores sociais são influenciados
não apenas pelo perfil biológico, mas
também pelo perfil ambiental.

AULA 3

A forma de interação que a criança


enxerga e observa, tem uma
tendência a ser reproduzida.
Crianças com transtorno de conduta
são rejeitadas, numa grande parte,
e isso retroalimenta o ciclo de
agressividade.
Exigir da criança saber, entender e
compreender questões que vão além
do seu nível maturacional também é
negligência.

32
Avaliação
Veja as instruções para realizar a avaliação da disciplina.

Já está disponível o teste online da disciplina. O prazo para realização


é de dois meses a partir da data de lançamento das aulas. ​

Lembre-se que cada disciplina possui uma avaliação online.


A nota mínima para aprovação é 6. ​

Fique tranquilo! Caso você perca o prazo do teste online, ficará aberto
o teste de recuperação, que pode ser realizado até o final do seu curso.
A única diferença é que a nota máxima atribuída na recuperação é 8. ​
Pós-Graduação em
Neurociências, Educação e Desenvolvimento Infantil

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