Simulado 2 Fase Da Oab de Direito Pena e Processo Penal

SEMANA DA MENTORIA
SIMULADO DE PRÁTICA PENAL – OAB 2ª FASE
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PEÇA
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(XXV EOAB) Patrick, nascido em 04/06/1960, tio de Natália, jovem de 18 anos, estava na varanda de
sua casa em Araruama, em 05/03/2017, no interior do Estado do Rio de Janeiro, quando vê o namorado
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de sua sobrinha, Lauro, agredindo-a de maneira violenta, em razão de ciúmes. Verificando o risco que
-4
sua sobrinha corria com a agressão, Patrick gritou com Lauro, que não parou de agredi-la. Patrick não
tinha outra forma de intervir, porque estava com uma perna enfaixada devido a um acidente de trânsito.
7
Ao ver que as agressões não cessavam, foi até o interior de sua residência e pegou uma arma de fogo,
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de uso permitido, que mantinha no imóvel, devidamente registrada, tendo ele autorização para tanto.
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Com intenção de causar lesão corporal que garantisse a debilidade permanente de membro de Lauro,
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apertou o gatilho para efetuar disparo na direção de sua perna. Por circunstâncias alheias à vontade de
Patrick, a arma não funcionou, mas o barulho da arma de fogo causou temor em Lauro, que empreendeu
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fuga e compareceu à Delegacia para narrar a conduta de Patrick. Após meses de investigações, com
oitiva dos envolvidos e das testemunhas presenciais do fato, quais sejam, Natália, Maria e José, estes
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dois últimos sendo vizinhos que conversavam no portão da residência, o inquérito foi concluído, e o
Ministério Público ofereceu denúncia, perante o juízo competente, em face de Patrick como incurso nas
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sanções penais do Art. 129, § 1º, inciso III, c/c. o Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal. Juntamente
com a denúncia, vieram as principais peças que constavam do inquérito, inclusive a Folha de
-A
Antecedentes Criminais, na qual constava outra anotação por ação penal em curso pela suposta prática
do crime do Art. 168 do Código Penal, bem como o laudo de exame pericial na arma de Patrick
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apreendida, o qual concluiu pela total incapacidade de efetuar disparos. Em busca do cumprimento do
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mandado de citação, o oficial de justiça comparece à residência de Patrick e verifica que o imóvelse
encontrava trancado. Apenas em razão desse único comparecimento no dia 26/02/2018, certifica que o
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réu estava se ocultando para não ser citado e realiza, no dia seguinte, citação por hora certa, juntando
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o resultado do mandado de citação e intimação para defesa aos autos no mesmo dia. Maria, vizinha que
presenciou a conduta do oficial de justiça, se assusta e liga para o advogado de Patrick, informando o
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ocorrido e esclarecendo que ele se encontra trabalhando e ficará embarcado por 15 dias. O advogado
-4
entra em contato com Patrick por e-mail e este apenas consegue encaminhar uma procuração para
adoção das medidas cabíveis, fazendo uma pequena síntese do ocorrido por escrito. Considerando a
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situação narrada, apresente, na qualidade do advogado de Patrick, a peça jurídica cabível, diferente do
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habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas de direito material e processual pertinentes. A
peça deverá ser datada do último dia do prazo. (Valor:5,00)
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Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar
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respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.
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QUESTÃO 01
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(XXVIII EOAB) Matheus conduzia seu automóvel em alta velocidade. Em razão de manobra indevida,
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acabou por atropelar uma vítima, causando-lhe lesões corporais. Com a chegada da Polícia Militar, foi
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solicitado que Matheus realizasse exame de etilômetro (bafômetro); diante de sua recusa, foi informado
pela autoridade policial, que comparecera ao local, que ele seria obrigado a realizar o exame para
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verificar eventual prática também do crime previsto no Art. 306 da Lei nº 9.503/97. Diante da afirmativa
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da autoridade policial, Matheus, apesar de não desejar, viu-se obrigado a realizar o teste do bafômetro.
Após conclusão do inquérito policial, com oitiva e representação da vítima, foi o feito encaminhado ao
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Ministério Público, que ofereceu denúncia imputando a Matheus apenas a prática do crime do Art. 303,
da Lei nº 9.503/97, prosseguindo as investigações com relação ao crime do Art. 306 do mesmo diploma
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legal. Ainda na exordial acusatória, foi requerida a decretação da prisão preventiva de Matheus, pelo
risco de reiteração delitiva, tendo em vista que ele seria reincidente específico, já que a única anotação
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constante de sua Folha de Antecedentes Criminais, para além do presente processo, seria a condenação
definitiva pela prática de outro crime de lesão corporal culposa praticada na direção de veículo
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automotor. No recebimento da denúncia, o juiz competente decretou a prisão preventiva. Considerando

as informações narradas, na condição de advogado(a) de Matheus, responda aos itens a seguir.
-A
A) Poderia Matheus ter sido obrigado a realizar o teste de bafômetro, conforme informado pela
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autoridade policial, mesmo diante de sua recusa? Justifique. (Valor: 0,60)

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B) Qual requerimento deveria ser formulado, em busca da liberdade de Matheus, diante da decisão do
magistrado, que decretou sua prisão preventiva em razão de sua reincidência? Justifique. (Valor: 0,65)
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Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não
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confere pontuação.
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QUESTÃO 02
-4
(XXVIII EOAB) Na manhã do dia 09 de outubro de 2018, Talles, na cidade de Bom Jesus de
Itabapoana, praticou 03 crimes de furto simples em continuidade delitiva, subtraindo, do primeiro
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estabelecimento, dinheiro e uma arma de brinquedo; do segundo estabelecimento, uma touca ninja e
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um celular; e, do terceiro estabelecimento, uma motocicleta. De posse dos bens subtraídos, Talles foi
até a cidade de Cardoso Moreira, abordou Joana, que passava pela rua segurando seu celular, e,
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utilizando-se do simulacro da arma para emprego de grave ameaça e da touca, seguroua pelos braços
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e subtraiu o celular de suas mãos. De imediato, Talles empreendeu fuga, mas Joana compareceu em
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sede policial, narrou o ocorrido e Talles foi localizado e preso em flagrante na cidade de São Fidélis,
ainda na posse dos bens da vítima e da motocicleta utilizada. Assegurado o direito ao silêncio e o
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acompanhamento da defesa técnica, Talles prestou declarações na delegacia e confessou

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integralmente os fatos, sendo ele indiciado pela prática dos crimes previstos no Art. 155, caput, por
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três vezes, n/f do Art. 71 do CP e do Art. 157, § 2º, inciso V, também do CP. Considerando as
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informações expostas, responda, na condição de advogado(a) de Talles, aos itens a seguir.
A) Considerando que os delitos são conexos, de qual cidade será o juízo criminal competente para o
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julgamento de Talles? Justifique. (Valor: 0,65)
-4
B) Qual o argumento de direito material para questionar a capitulação delitiva realizada pela autoridade
policial? Justifique. (Valor: 0,60)
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QUESTÃO 03
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(XXVII EOAB) Revoltada com o fato de que sua melhor amiga Clara estaria se relacionando com seu
ex-companheiro João, Maria a procurou e iniciou uma discussão. Durante a discussão, Clara, policial
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militar, afirmou que, se Maria a xingasse novamente, ela a mataria gastando apenas uma munição da
sua arma. Persistindo na discussão, Maria voltou a ofender Clara. Esta, então, abriu sua bolsa e pegou
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um bem de cor preta. Acreditando que Clara cumpriria sua ameaça, Maria desferiu um golpe na cabeça
-A
da rival, utilizando um pedaço de pau que estava no chão. A perícia constatou que o golpe foi a causa
eficiente da morte de Clara. Posteriormente, também foi constatado que Clara, de fato, estava com sua
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arma de fogo na bolsa, mas que ela apenas pegara seu telefone celular para ligar para João. Após
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denúncia pela prática do crime de homicídio qualificado e encerrada a instrução da primeira fase do
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procedimento do Tribunal do Júri, entendeu o magistrado por pronunciar Maria nos termos da inicial
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acusatória. Com base nas informações expostas, responda, na condição de advogado(a) de Maria, aos
itens a seguir.
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A) Qual o recurso cabível da decisão proferida pelo magistrado? Caso tivesse ocorrido a impronúncia, o
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recurso pela parte interessada seria o mesmo? Justifique. (Valor: 0,65)

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B) Qual a tese de direito material a ser apresentada em sede de recurso para combater a decisão de
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submeter a ré ao julgamento pelo Tribunal do Júri? Justifique. (Valor: 0,60)

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QUESTÃO 04
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(XXVI EOAB) Larissa, revoltada com o comportamento de Renata, ex-namorada de seu companheiro,
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foi, em 20 de julho de 2017, até a rua em que esta reside. Verificando que o automóvel de Renata estava
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em via pública, Larissa quebra o vidro dianteiro do veículo, exatamente com a intenção de deteriorar
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coisa alheia. Na manhã seguinte, Renata constatou o dano causado ao seu carro, mas não identificou,
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em um primeiro momento, quem seria o autor do crime. Solicitou, então, a instauração de inquérito
policial, em 25 de julho de 2017. Após diligências, foi identificado, em 23 de outubro de 2017, que Larissa
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seria a autora do fato e que o prejuízo era de R$ 150,00, tendo sido a informação imediatamente passada
-4
à vítima Renata. Com viagem marcada, Renata somente procurou seu advogado em 21 de fevereiro de
2018, informando sobre o interesse em apresentar queixa-crime em face da autora dos fatos. Assim, o
7
advogado de Renata apresentou queixa-crime em face de Larissa, imputando o crime do Art. 163, caput,
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do Código Penal, em 28 de fevereiro de 2018, perante o Juizado Especial Criminal competente, tendo
sido proferida decisão pelo magistrado de rejeição da queixa, em razão da decadência, em 07/03/2018.
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A defesa técnica é intimada da decisão. Considerando as informações narradas, na condição de
advogado(a) de Renata, responda aos itens a seguir.
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A) Qual o recurso cabível da decisão de rejeição da queixa-crime apresentada por Renata? Indique o
fundamento legal e o prazo de interposição. (Valor: 0,65)
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B) Qual o argumento para combater o mérito da decisão do magistrado de rejeição da denúncia?
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Justifique. (Valor: 0,60)

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submeter a ré ao julgamento pelo Tribunal do Júri? Justifique. (Valor: 0,60)

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