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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO KATANGOJI

COORDENAÇÃO DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESQUISA


E
PRODUÇÃO DE
PETRÓLEO 5° ANO
ACADÉMICO

TERMINAÇÃO E MANUTENÇÃO DE POÇOS

POÇO NACIONAL BLOCO 17, ACACIA-1 E HORTENSIA-1

CHIMAMBACA MIGUEL (offshore)


Sala :19
EPM 5.1

Docente
_____________________
Dezembro/2021

1
ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3
OBJECTIVOS .................................................................................................... 4
HISTÓRIA DO PETRÓLEO EM ANGOLA ......................................................... 5
BLOCOS DE SUCESSO (15 E 17) .................................................................... 6
BLOCO 17.......................................................................................................... 6
Síntese do Bloco .......................................................................................... 6
BLOCO 17 POÇO ACACIA-1 e Hortencia-1 ................................................... 7
CONCLUSÃO .................................................................................................... 9
ANEXOS .......................................................................................................... 10
REFERENCIAS ELECTRONICAS ................................................................... 11

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INTRODUÇÃO

O litoral Angolano é composto pelas bacias sedimentárias do Namibe e


dos rios Congo e Kwanza. Mas até ao presente somente as bacias do Congo e
do Kwanza produziram reservas petrolíferas em quantidades comerciáveis.
Após o insucesso obtido nos Blocos 09, 21, 22 e 25 a região sul continua
inexplorada. Motivo para o qual também contribui a não descoberta de petróleo
nas perfurações feitas ao largo da costa da Namibia - país ao sul de Angola.
Não obstante o insucesso na região sul, os engenheiros do departamento
de geologia da Sonangol acreditam que nem tudo está perdido em relação aos
Blocos do sul. Pesquisas e analíses dos Blocos na bacia do Namibe estão a ser
conduzidos e os nossos engenheiros crêm que ainda se poderão ter agradáveis
surpresas de produção comercial na região sul.
Todavia, tendo em conta os resultados obtidos até à data, é evidente que
em termos geológicos os Blocos a norte do país são mais favorecidos que os
Blocos no sul. Um exemplo claro é o Bloco 0, sito ao largo de Cabinda a norte
da foz do rio Congo. A chave do sucesso em descobertas comerciais neste bloco
crê-se estar ligada a sua proximidade com a foz do Congo. Analizando o mapa
de concessões pode-se deduzir que as maiores descobertas derivam de poços
perto da foz do Congo. Isto porque os vastos depósitos de matéria vegetal ao
longo dos milénios, eventualmente originou o petróleo que hoje se encontra ao
largo de Angola.
Por esta razão há um interesse maior em concessões em blocos situados além
das descobertas actuais ao largo da bacia do Congo.

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OBJECTIVOS

Geral:
• Abordar sobre o Poço nacional Acacia desde a fase de exploração até os
dias actuais com as informações disponíveis.

Específicos:

• Identificar a localização do Bloco 17 poços Acacia -1 e Hortencia


• Classificar o poço quando a Geometria e Finalidade do Poço Acacia
• Conhecer as características geológicas dos poços perfurados Acacia e
hortensia 1

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HISTÓRIA DO PETRÓLEO EM ANGOLA

A primeira Licença de exploração de Petróleo em Angola, foi concedida


em 1910 e o primeiro poço foi perfurado em 1915 em Dande, mas sem sucesso.

A primeira descoberta comercial de petróleo foi feita em 1955, na Bacia


do Kwanza, perto de Luanda, na região de Cabo Ledo. Angola não tinha
estrutura de apoio para o sector petrolífero e portanto o desenvolvimento e
produção desse campo só atingiu a maturação em 1961.

Em 1961, começa a intensificação dos movimentos independentista, nas


colonias portuguesa, portanto o governo português, concentra o maior
investimento em Angola, na prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção
de Petróleo, dividindo o território em seis bacias petrolíferas ( Bacia do Congo,
Kwanza, Benguela, Namibe e pelas bacias interiores de Kassanje, Okawango-
Owango).

Em 1962, foi feito o primeiro grande levantamento sísmico e descoberta


de grandes proporções de Petróleo em Cabinda.

Em 1966, o Bloco O (Malongo), entra em Produção e com a intensificação


da Luta armada pelos movimentos independentistas e pela pressão interna e
externa, o governo português celebra um contrato em regime exclusivo de
pesquisa e produção com a Cabgoc (Cabinda Gulf Oil centre).

O governo colonial atinge a produção de 170.000 barris diários e coloca


a economia da colonia centrada no petróleo, abandonando a cultura em grande
escala do sisal, do algodão, do café e começa a deteriorização das indústrias
transformadoras, investe em uma refinaria (a norte de luanda), com a capacidade
de processamento de 20.000 barris diários. Em 1974, a produção colonial atinge
o pico máximo de 172.000 barris e começa o colapso do regime colonial, com
transformações internas, que apressaram as independências das colonias. Em
1974/75, Angola cria com o cunho português um acordo de transição com os três
movimentos independentista (acordo de Alvor), no qual celebram um governo de
transição, que não teve peso para vincar, devido primeiro em parte as
ingerências externas e segundo pela diferencia ideológica e cultural dos três
movimentos. Em 1975, operavam em Angola somente três companhias: Cabinda
Gulf Oil, Texaco e a Petrangol. Em 1976, como fruto da independência a
Petrangol foi naturalizada, surgindo a criação da Sonangol, mais tarde a Cabinda
Gulf Oil (subsidiária da Chevron), fundiu-se com a Texaco. Em 1978, foi criada a
Lei das atividades petrolíferas, permitindo a entrada de outros operadores como
o grupo Total (fusão da Fina e Elf), a Esson (Subsidiária da Exxom Mobil), A BP,
Petromar, entre outras. Em 2008, a produção atingiu o pico máximo de 1,9
milhões de barris diários, sendo hoje resultados do envelhecimento de alguns
campos petrolíferos, problemas técnicos e um abrandamento na pesquisa e
prospecção, a produção situa-se entre 1,5-1,8 milhões de barris diários.

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BLOCOS DE SUCESSO (15 E 17)

As descobertas em águas profundas no Bloco 17 e nos Blocos vizinhos


(Blocos 14, 15 16) marcam o ponto de virada da produção de petróleo em
Angola.
Em 1996 com a descoberta do poço Girassol (no Bloco 17) em águas
profundas, Angola deixou de ser um simples produtor médio de petróleo para se
tornar num dos pontos principais para busca de novas reservas.
As descobertas em águas profundas no Bloco 17 e nos Blocos vizinhos
(Blocos 14, 15 16) marcam o ponto de virada da produção de petróleo em
Angola. Em 1996 com a descoberta do poço Girassol (no Bloco 17) em águas
profundas, Angola deixou de ser um simples produtor médio de petróleo para se
tornar num dos pontos principais para busca de novas reservas. Com o avanço
da tecnologia para perfuração em alto-mar e com o sucesso dos Blocos 15 e 17,
actualmente as concessões já não são denominadas "águas profundas," mas
sim "águas ultra-profundas" - o que significa profundidades para além dos dois
(2) mil metros. Os Blocos de águas ultra-profundas são os números 31 a 34.
As descobertas de reservas, estimadas em pelo menos oitocentos (800)
milhões bpd, nos Blocos 31 e 32 fazem com que, no hemisfério sul, Angola
passe a ser um dos maiores produtores de petróleo.

BLOCO 17

Síntese do Bloco

• O bloco 17 está situado na bacia do Congo e faz parte dos blocos das
águas profundas.

• O bloco ocupa uma superfície de 5007 km2 e a área remanescente


totaliza 3123 km2

• A profundidade da água varia de 600m na parte mais oriental e 1900m


na parte mais ocidental.

• Os principais reservatórios consistem em áreas turbidíticas de idade


miocência e oligocênica e tem como principal gerador de hidrocarbonetos
as argilas da Fm Iabe.

• O Petróleo de exploração do bloco 17 teve início aos 01/01/93 e terminou


a 31 de dezembro de 2003.
• Durante o referido período foram efectuadas 17 descobertas comerciais
e dois poços secos. Foram descobertos cerca de 2.9 bilhões de barris de
óleo recuperáveis.

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• O potencial de hidrocarbonetos estimado para a área remanescente em
prospectos e leads é de cerca de 1.6 biliões de barris.

• Há a realçar que o “play” miocênico apresenta um novo desafio no bloco


após as últimas descobertas de Hortênsia e Acácia.

• Durante o último período de exploração, a TFE fez uma avaliação do


potencial remanescente do Bloco. Nesta avaliação, foram identificados
muitos leads, mas apenas foram feitos cálculos estimativos de reservas
nos mais destacados.

• Após o sucesso obtido na aplicação da nova metodologia de


reprocessamento de dados sísmicos 3D na área 2 do “Inner Trend” e a
que resultou na descoberta de mais dois poços comerciais (Acacia –1 e
Hortensia –1), a TFE pretende testar esta nova tecnologia nas restanres
áreas onde existem estruturas com fracas imagens sismicas e sem DHI.
Entre essas áreas destacam as áreas: Área 2NE e Área 3 &4. Entre as
áreas, o Operador está de antemão mais interessado na área do “Lnner
trend”, área 2 NW, por ser considerada mais promissora em termos de
potencialidade.

• De acordo com a última avaliação feita, na área 2NW, foram identificadas


estruturas a nível de Oligocenico tais como O4, O7Norte, O7Sul e O7este

BLOCO 17 POÇO ACACIA-1 e Hortencia-1

A Sonangol (Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola) e a


TotalFinaElf anunciaram duas novas descobertas de petróleo no Bloco 17 em
alto mar em Angola, elevando o total do bloco para 15.

De acordo com um comunicado da TotalFinaElf, o poço Acacia-1, a


primeira das duas descobertas, foi perfurado em lâmina d'água de 1.030
metros e testado em um total de 13.712 barris de petróleo por dia de
duas zonas distintas. O segundo poço, Hortensia-1, foi perfurado 10
quilômetros ao norte de Acacia em uma lâmina d'água de 830 metros e
testado em 5.092 barris de óleo por dia. Ambas as descobertas estão
localizadas na seção leste do Bloco 17, perto da descoberta de Perpétua,
feita em 2000. As duas novas descobertas abrem a possibilidade de um

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desenvolvimento independente do campo em conjunto com Perpétua e Zinia,
descoberto em dezembro de 2002.

Os últimos sucessos exploratórios do Bloco 17 confirmam o vasto


potencial já revelado por 13 descobertas anteriores (Girassol, Dalia, Rosa,
Lirio, Tulipa, Orquidea, Cravo, Camelia, Jasmim, Perpétua, Violeta, Anturio e
Zinia).
A primeira descoberta, Girassol, entrou em operação em dezembro de
2001, e a produção atingiu rapidamente o patamar atual de 200 mil barris de
óleo por dia.

A concessionária do Bloco 17 é a Sonangol. A TotalFinaElf é a operadora


com 40% de participação no Bloco 17 junto com a Esso Exploration Angola
(Bloco 17) Limited (20%), BP Exploration (Angola) Limited (16,67%), Statoil
Angola Block 17 AS (13,33%) e Norsk Hydro (10%).

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CONCLUSÃO

O poço Acacia-1 do bloco 17/06 atingiu resultados positivos, de


acordo com a subsidiária da Total TEPA (Bloco 17/06) Ltda. O poço, o
primeiro do bloco offshore de Angola, descobriu reservatórios de
hidrocarbonetos no Mioceno e no Oligoceno. O poço produziu 4.000 b / d
de óleo de 25 ° API durante os testes no intervalo do Mioceno,O poço
confirma o potencial da parte noroeste do bloco 17/06.

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ANEXOS

Figura 1 bloco 17 mapa de poços

Figura 2 block 17 offshore angola

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REFERENCIAS ELECTRONICAS

https://www.sonangol.co.ao/Portugu%C3%AAs/%C3%81reasDeAtividad
e/Explora%C3%A7%C3%A3o%20e%20Produ%C3%A7%C3%A3o/Pagi
nas/Blocos-de-Sucesso.aspx

https://www.offshore-mag.com/production/article/14074997/deepwater-
acacia-oil-field-goes-onstream-offshore-angola

https://www.offshore-technology.com/projects/agogo-oil-field-
development-angola/

https://www.eni.com/en-IT/media/press-release/2019/07/eni-successfully-
drills-acacia-1-the-first-appraisal-well-of-hortensia-1-discovery-in-
angola.html

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