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UNIVERSIDADE WUTIVI-UNITIVA

Faculdade de Engenharias, Arquitectura e Planeamento Físico


Curso de Licenciatura em Informática de Gestão
Cadeira: Introdução à Contabilidade

Tema: Documentos Comerciais

Discentes: Dimas Attílio Macaco


Marcos Shanu Francisco Bonifácio
Janayna Nayara Guilherme
Misael Álvaro Gadaga

Docente: Eusébio Constantino

Boane, Março de 2022


Documentos Comerciais

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Documentos Comerciais

Índice
Introdução................................................................................................................................................2
Documentos Comerciais..........................................................................................................................3
Contrato de Compra e Venda...................................................................................................................3
Contrato de Compra e Venda Internacionais...........................................................................................9
Títulos de Credito...................................................................................................................................11
A Letra...................................................................................................................................................12
O Cheque................................................................................................................................................15
Conclusão...............................................................................................................................................18
Bibliografia............................................................................................................................................19

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Documentos Comerciais
Introdução
No presente trabalho o grupo irá falar sobre os Documentos Comerciais no seu todo, e iremos entrar
em detalhe em cada um deles para entendermos melhor sobre eles.
Falaremos dos tipos, classificações e muitos mais ítens importantes acerca deles.

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Documentos Comerciais

1. Documentos Comerciais

Definição: São comprovativos das transações comerciais e servem de base para os registos
contabilísticos.

Classificação:

 Internos – São aqueles que justificam transações dentro da empresa. Ex: Requisições de
matérias de um departamento para o outro dentro da empresa, folhas de salários, etc.

 Externos – São aqueles que justificam transações dentro e fora da empresa. Ex: Notas de
Encomenda, Facturas, Recibos, etc.

Arquivo: é a secção indispensável na empresa sobre a qual devem incidir todas as atenções, é o lugar
onde são ordenados, conservados e consultados todos os documentos, de forma a obter dados para
uma boa condução da empresa. Acrescentando que o arquivo é o lugar onde se recolhe e guardam
documentos, informações de interesse, com o objectivo de conservar e assegurar resposta a todos os
pedidos de consulta provenientes dos vários sectores da organização (empresa ou instituições).

Importancia do Arquivo
O arquivamento é de vital importância para o gerenciamento de informações e pode dar às empresas
maior controle sobre seus processos de informações.
À medida que a empresa cresce, ela cria mais dados – dados que precisam ser meticulosamente
gerenciados e monitorados para serem utilizados adequadamente. Manter o controle desses dados
pode ser problemático para empresas que nunca instalam um sistema de arquivamento

2. Contrato de Compra e Venda

A compra e venda, é um contrato pelo qual um dos Contraentes – Vendedor – transmite a propriedade
de um bem ou de um direito a outro Contraente – Comprador – mediante um preço previamente
combinado.

É, pois, um contrato bilateral ou oneroso porque:

 Vendedor obriga-se a entregar uma coisa;

 Comprador entrega o preço (dinheiro) da coisa.

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Documentos Comerciais

II. - Fases e Documentação de Compra e Venda

C 1ª ENCOMENDA
V
Nota de Encomenda
O E
M
N
2ª ENTREGA
P
D
R Guia de Remessa
Talão de Recepção E
A
3ª LIQUIDAÇÃO D
D Factura, N. Débito e Crédito

O O
4ª PAGAMENTO
Recibo R
R

1ª Fase: Encomenda: O comprador comunica ao vendedor a quantidade, qualidade e preço das


mercadorias que deseja adquirir e combinam as condições de entrega e pagamento. Os principais
documentos utilizados nesta fase são:

 A Nota de Encomenda – é o documento onde o comprador especifica a quantidade da


mercadoria pretendida, bem como as condições de entrega e pagamento. Em regra geral, é
preenchido em duplicado, sendo o original para o vendedor e o duplicado para o comprador.

 Nota de Venda – muita das vezes, a encomenda surge pelo contacto do representante do
vendedor (caixeiro – viajante) com o comprador, é preenchida em triplicado e é semelhante a
nota de encomenda;

 Requisição – é muito utilizada no comércio por retalho e serve para o comprador levantar de
imediato as mercadorias no armazém do vendedor.

 Ordem de Compra – é o documento utilizado pelo comprador para mandar o seu comissário
da compra de mercadorias.

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Documentos Comerciais

Exemplo de uma Nota de Encomenda e de Requisição:

2ª Fase: Entrega: O vendedor envia as mercadorias, dando assim execução a encomenda (ou pedido)
feita pelo comprador.

 Guia de Remessa – este documento acompanha as mercadorias e serve para o comprador


proceder a conferência dos artigos recebidos.

 Talão de Recepção – é devolvido pelo comprador ao vendedor apôs recepção das


mercadorias, confirma as mercadorias recebidas.

3ª Fase: Liquidação

O vendedor indica ao comprador o montante em divida, tendo em conta que: “Total em divida =
valor das mercadorias – descontos + despesas de compra + o IVA”.

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Documentos Comerciais
 Factura – é o documento mais importante do contrato de compra e venda, é este o
comprovante oficial da compra. A factura pode ser emitida até ao 5º dia após realização da
operação, por isso pode ou não acompanhar as mercadorias.

As facturas podem classificar-se em:

 Factura de Praça – o vendedor e o comprador são da mesma praça;

 Factura de Expedição - o vendedor e o comprador são de praças diferentes;

 Factura Provisória ou Condicional – o vendedor envia mercadorias à condição. Esta factura


deverá ser substituída por uma definitiva após o comprador definir com que mercadorias fica

 Factura Simulada ou Pró-forma – documento, por vezes utilizado no comercio


internacional, através do qual o vendedor dá a conhecer ao comprador as condições de
fornecimento das mercadorias pretendidas.

 Nota de Débito – é o documento que rectifica positivamente o valor da factura, quando o


vendedor por lapso, se esqueceu de mencionar alguma despesa por conta do comprador ou
errou algum cálculo. Este documento indica que o remetente lançou uma operação positiva (a
seu favor) na conta corrente.

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Documentos Comerciais
 Nota de Crédito – é o documento que rectifica negativamente o valor da factura ou da divida,
pelo que indica que o remetente lançou uma operação negativa (a favor de outrém) na conta
corrente.

4ª Fase: Pagamento

O Pagamento encerra o contrato de compra e venda e consiste na entrega do comprador ao


vendedor do valor em divida. O pagamento de uma divida pode ser:

 Imediato – quando se realiza em simultâneo com o fornecimento do bem ou serviço;

 Diferido – quando tem lugar em momentos diferentes

 Recibo - é o documento passado pelo vendedor (quem recebe é quem passa o recibo ) que
serve para dar quitação ao comprador.

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Documentos Comerciais

Como Recibo, poderá ser usada a própria factura, que com o carimbo de “PAGO” OU “RECEBIDO”
passa a chamar-se de Factura-recibo.

Obs.: Quando as fases de liquidação e pagamento se processam em simultâneo poderá ser emitido um
documento designado por Venda a Dinheiro (V/D), que funcionara como um recibo, dispensando-se
a emissão da factura.

Tipos de contratos comerciais e empresariais


Os contratos comerciais e empresariais são utilizados para diversas atividades exercidas dentro das
empresas, e vão desde contratos bastante complexos até os mais simples e conhecidos pela maioria
das pessoas.

Acordo de confidencialidade
Um dos contratos mais famosos em relações empresariais é o acordo de confidencialidade. Trata-se de
um contrato em que uma das partes promete não revelar um segredo que lhe foi divulgado durante
uma prestação de serviço ou uma transação comercial.

Contrato social
O contrato social também é bastante conhecido entre o público em geral, e é um acordo firmado entre
os sócios de uma sociedade limitada, que estabelece as obrigações e direitos de cada um na sociedade.
Ele também serve para orientar empresas na tomada de decisão e divisão de lucros.

Acordo entre sócios


O acordo de sócios é um pouco parecido com o contrato social, mas trata-se de um acordo no qual são
fundamentadas as diretrizes que não abrangem o contrato social. Ele também serve para determinar as
funções, direitos e obrigações de cada sócio.

Nota fiscal de venda

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Documentos Comerciais
A nota fiscal de venda é um contrato comercial, e nada mais é que um documento legal que transfere a
propriedade de algo, e que serve como prova de um contrato legal firmado sobre os termos de venda.

Ordem de compra
A ordem de compra é um contrato que obriga juridicamente o proprietário de uma empresa a comprar
um item a um preço acordado, como também especifica qual será a data de entrega e os termos de
pagamento.

Contratos de consumo
Os contratos de consumo variam dependendo do seu tipo, e são regidos pelo Código de Defesa do
Consumidor. Esses tipos de contrato devem descrever os bens, serviços, conteúdos e o tempo que um
compromisso durará por parte do consumidor.´

3. Contrato de Compra e Venda Internacionais

Conceitos básicos do Comércio Internacional

Importação
Processo comercial e fiscal que consiste em trazer um bem, que pode ser um produto ou um serviço,
do exterior para o país de referência. O procedimento deve ser efectuado via nacionalização do
produto ou serviço, que ocorre a partir de procedimentos burocráticos ligados à receita do país de
destino.

Exportação
Saída de bens, produtos e serviços além das fronteiras do país de origem. Esta operação pode envolver
pagamento (cobertura cambial), como venda de produtos, ou não, como nas doações.

Diferença entre importação/exportação e comércio intracomunitário


A exportação é a saída de bens, produtos e serviços além das fronteiras do país de origem.
A importação é o processo comercial e fiscal que consiste em trazer um bem, que pode ser um produto
ou um serviço, do exterior para o país de referência.

O comércio intracomunitário é a livre circulação de bens dentro da comunidade europeia. Por


exemplo: Portugal vende produtos à Espanha, a isso designa-se por comércio intracomunitário porque
a Espanha pertence à comunidade europeia.

Incoterms
As operações comerciais internacionais têm a sua origem num contrato de compra e venda realizado
entre o importador e o exportador, no qual se determinam as cláusulas pelas quais a respectiva
operação comercial se irá regular. Os INCOTERMS (International Commercial Terms) podem ser
considerados como um conjunto de regras internacionais de carácter facultativo que a Câmara de
Comércio Internacional reuniu e definiu com base nas práticas mais ou menos padronizadas pelos
comerciantes. Os INCOTERMS definem o local no qual o vendedor é responsável pela mercadoria e
quais são os gastos a seu cargo e que, assim, estarão incluídos no preço.
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Documentos Comerciais

Os INCOTERMS são divididos em quatro grupos:


Grupo E – Saída
Grupo F – Transporte principal não pago
Grupo C – Transporte pago + Seguro transporte
Grupo D - O Vendedor põe a mercadoria à disposição do Comprador (Destino)

Para Qualquer Modalidade de Transporte

EXW (Ex Works: na fábrica) - a mercadoria é colocada à disposição do comprador no


estabelecimento do vendedor, ou noutro local nomeado (fábrica, armazém, etc.), sem estar pronta para
exportação ou carregada num qualquer veículo de transporte.

FCA (Free Carrier: livre no transporte) - o vendedor completa as suas obrigações quando entrega a
mercadoria, pronta para a exportação, aos cuidados do transportador internacional indicado pelo
comprador, no local determinado.

CPT (Carriage Paid To: transporte pago até) - o vendedor contrata e paga o frete para levar as
mercadorias ao local de destino designado, sendo responsável pelo despacho das mercadorias para
exportação. A partir do momento em que as mercadorias são entregues ao cuidado do transportador,
os riscos por perdas e danos são transferidas para o comprador, assim como possíveis custos
adicionais que possam incorrer.

CIP (Carriage and Insurance Paid to: transporte e seguro pago até) - o vendedor cumpre a sua
obrigação quando entrega as mercadorias ao transportador por ele indicado, mas deve pagar
adicionalmente o custo do transporte necessário para a entrega da mercadoria no local de destino
combinado.

DAT (Delivered at Terminal: entregue no terminal no porto ou local de destino designado) - este
termo substitui o DEQ. Os bens são entregues descarregados no terminal do porto ou local de destino
designado, por conta e risco do vendedor. O vendedor não se responsabiliza pelo pagamento dos
direitos aduaneiros de importação. Custos e riscos para o vendedor até e inclusive o descarregamento
do veículo transportador.

DAP (Delivered at Place: entregue no local de destino designado) - este termo substitui o DAF,
DES e DDU. Os bens são entregues ao comprador no veículo transportador no destino
convencionado, prontos para o descarregamento. O vendedor deve suportar todos os riscos e custos
para levar os bens até aquele lugar, mas não é responsável pelo pagamento dos direitos de importação.

DDP (Delivered Duty Paid: entregue no destino designado, com direitos pagos) - é o incoterm que
estabelece o maior grau de compromisso para o vendedor, na medida em que o mesmo assume todos
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Documentos Comerciais
os riscos e custos relativos ao transporte e entrega da mercadoria no local de destino designado. O
vendedor entrega a mercadoria ao comprador, tratando das formalidades de importação, no local de
destino designado.

4. Títulos de Credito

 Títulos de crédito - são documentos que dão direito de receber qualquer coisa. São
documentos representativos de um crédito (dívida a receber) que uma pessoa (credor) tem
sobre outra (devedor). O direito que os títulos de crédito representam e consubstanciam, não
pode ser exercido sem a posse do documento. Isto quer dizer, se nós formos legítimos
possuidores de um cheque, por exemplo, se por qualquer motivo pretendermos fazer o
levantamento do seu valor não o poderemos fazer sem que o apresentemos ao banco sacado.

Características

 Literalidade - o título de crédito vale pelo que nele esta escrito;

 Autonomia - O portador do titulo tem o direito a ele inerente, independentemente das


obrigações existentes entre o primeiro credor e devedor;

 Transmissibilidade - Os títulos de crédito são transmissíveis, o que permite em alguns casos,


o recebimento do seu valor antes da data do vencimento.

Classificação

1 - Quanto a espécie de bens que representam:

 Títulos representativos de moeda - Dão ao seu proprietário o direito de receber moeda em


troca do titulo. Por ex: cheque, letra, livrança, etc.

 Títulos representativos de mercadorias – Dão ao seu proprietário o direito de receber


mercadorias em troca do título. Ex: conhecimento de embarque, etc.

 Títulos de participações de capital - Títulos que concedem poderes de características


especiais. Ex: acções, etc.
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Documentos Comerciais

 Títulos representativos de serviços - Dão direito a beneficiar-se da prestação de serviços. Ex:


bilhetes de cinema e de passagem, etc.

2 - Quanto a natureza dos intervenientes:

 Públicos - Emitidos pelo Estado (títulos de tesouro);


 Particulares - Emitidos por particulares (letras).

3 - Quanto a forma de transmissão:

 Títulos nominativos - indicam o nome do credor originário e só podem ser transmitidos


através de uma declaração escrita da qual conste o nome do novo possuidor. Ex: Acções,
obrigações de tesouro, etc.;

 Títulos a ordem – transmissíveis por endosso (ordem dada pelo vendedor para pagar a uma
terceira pessoa). Ex: letra, cheque, etc;

 Títulos ao portador – Não indicam o nome do credor originário e transmitem-se pela sua
entrega real. Ex: cheque, bilhete de lotaria premiado, etc.

4 - Quanto ao vencimento:

 A vista - pagos no momento em que se apresentam ao devedor (vales de correio, cheques,


etc.)

 A prazo - pagos após um certo prazo. Ex.: letras.

5. A Letra

A Letra - É um titulo a ordem sujeito a formalidades, pelo qual uma pessoa - -sacador - ordena a
outra - sacado- que lhe pague a si ou a terceiro - tomador- certa importância em determinada data.

Requisitos Essenciais da Letra


A letra deve conter:
 A palavra “letra” escrita no próprio titulo;
 O mandato puro e simples de pagar uma certa quantia determinada;
 Nome da entidade que a deve pagar;
 Nome da entidade a quem ou a ordem de quem deve ser paga;
 A indicação da data em que é sacada;
 A assinatura de quem passa ou emite a letra (sacador).

Requisitos não Essenciais


Assim são requisitos não essencias ou que não podem ser supriodos os seguintes:
 Época de pagamento (a)
 Lugar de pagamento (b)
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Documentos Comerciais
 Lugar onde a letra foi emitida (c)

(a) Quando não se indica a época de pagamento, entende-se que a letra é pagável a vista;

(b) Quando não se designa o lugar de pagamento, considera-se que será paga no domicílio do sacador;

(c) Quando não é mencionado o lugar onde foi passada, considera-se como tendo-o sido no
domicílio do sacador.

Os Intervenientes da Letra

Os Intervenientes necessários/iniciais são :

 Sacador – Pessoa que da a ordem de pagamento, sacando a letra.

 Aceitante – Pessoa a quem é dada a ordem de pagamento e que tem de aceitar a letra,
responsabilizando-se pelo seu pagamento. É o sacado depois de a aceitar;

 Tomador ou beneficiário - Pessoa a quem o sacador transmite todos os direitos emergentes


da letra;

 Portador – Pessoa que apresenta a letra a pagamento. O [portador da letra tanto pode ser o
sacador, como o tomador ou endossado;

 Avalista – Pessoa que garante o pagamento da letra por parte do aceitante.

Operações com a Letra

As principais operações com a letra são:

1- O Saque - É uma ordem de pagamento dada pelo sacador a outrém (aceitante) para que pague
a si ou a sua ordem, ou seja, ordenar a alguém (sacado) o pagamento de uma certa quantia na
data de vencimento.

2- O Aceite - É o acto pelo qual o sacado se obriga a pagar a letra na data do vencimento. Até a
data de vencimento, a letra pode ser apresentada pelo portador para aceite no domicílio do
sacado. É o acto de assumir o compromisso de pagar o valor da letra, ou seja, é dado pelo
sacado e consiste na declaração da responsabilidade deste pelo pagamento da letra na data de
vencimento (assinatura do sacado na face da letra). Após ter aceite a letra o sacado passa a
designar-se aceitante, sendo responsável pelo pagamento daquela no vencimento.
Tipos de aceite:
 Aceite incompleto ou em branco - constituído apenas pela assinatura;
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Documentos Comerciais
 Aceite completo - além da assinatura deve ser escrita a palavra “aceito”.

3- Aval - É uma garantia dada por um terceiro (avalista) ao pagamento total ou parcial da letra. O
aval pode ser:
 Completo
 Incompleto ou branco.

4- O Protesto - É o acto de o portador lavrar junto do notário (ou qualquer autoridade jurídica)
uma reclamação por falta de pagamento ou mesmo por falta de aceite. Consiste, pois em
comprovar essa recusa para que possa exercer os seus direitos de acção contra todos
intervenientes (sacador, aceitante, avalista). Consiste numa acção levada pelo portador da letra
motivada pela falta de aceite ou falta de pagamento.

5- Endosso - É a transferencia de todos direitos dela emergente, isto é a transmissão da


propriedade da letra. Consiste na transmissão da letra a outrém pelo tomador ou portador. A
entidade que transmite a letra por endosso designa-se endossante; aquela que a recebe por
endosso, endossado.
6- Desconto Bancário – É a operação pela qual o beneficiário endossa a letra a um banco, antes
do vencimento da letra, recebendo o valor líquido, isto é, o valor nominal da letra deduzido de
juros e de mais despesas bancárias. Realiza-se nos bancos comerciais e consiste numa
realização antecipada do seu valor, possibilitando ao portador realizar o valor da letra antes da
data do seu vencimento, pagando-se, para tal, os juros e encargos relativos ao período
compreendido entre a data da apresentação a desconto e a de vencimento.

Vn – valor nominal da letra a desconto


Vo – valor actual ou valor líquido de desconto
Sabe-se que:
Vo = Vn – Encargos de Desconto em que
Encargos de Desconto = J + Com. Cob. + I + D
Os encargos do desconto são dados pela diferença: Vn – Vo

As despesas bancárias mais usuais no desconto bancário são:

 O juro, comissão ou prémio de desconto (percentagem calculada com base no valor nominal,
dependendo, se o ano considerado para efeitos de cálculo é comercial ou civil);

 Prémio de transferencia (quando letras de outras praças, percentagem sobre o valor


nominal);

 Imposto (percentagem sobre o valor de juros ou comissão e o prémio de transferencia);

 Portes (importância variável, dependendo dos gastos postais, telefonemas, impressos, etc.)

7- Cobrança Bancária - É a operação que se assemelha ao desconto; diferindo pelo facto de


endossar-se ao banco depois de vencida a letra. Normalmente, quando o aceitante for de praça
diferente.

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Documentos Comerciais
8- Reforma da Letra- consiste na substituição da letra por uma letra (ou letras) com vencimento
posterior, ou seja, consiste na substituição de uma letra antes do seu vencimento, por outra ou
outras com vencimento posterior, pelo facto de o aceitante não poder liquidar, no todo ou em
parte, o valor nominal da letra na data de vencimento.

Numa reforma podem ocorrer duas situações:


1. Reforma parcial - o aceitante paga uma parte do valor nominal da letra antiga,
aceitando uma nova letra pelo restante;
2. Reforma total – o aceitante substitui a letra antiga, na sua totalidade, por uma nova,
não pagando qualquer quantia.

Diferença entre a Letra e a Livrança


A letra é o título de crédito mais usado. Através da letra, uma entidade, pessoa ou organização
(designada o sacador) que é credora de outra, dá ordem a essa outra entidade (o sacado) para pagar
uma determinada quantia (o valor nominal da letra), ao fim de um certo prazo, a quem seja possuidor
dessa letra (o portador), enquanto que livrança é um documento pelo qual um devedor se compromete
a pagar a ordem do seu credor uma importância determinada numa época fixa, ou seja, é um título de
ordem sujeita a certas formalidades, pelo qual uma pessoa se compromete com a outra a pagar-lhe
uma determinada quantia em certa data.
Mas a principal diferença entre uma letra e uma livrança é que, enquanto a primeira sustenta uma
ordem de pagamento do credor (sacador) ao devedor (sacado), a segunda traduz uma promessa de
pagamento do devedor ao credor.
Mais especificamente, uma livrança é um documento através do qual o subscritor ou signatário se
compromete a pagar a um beneficiário ou à ordem deste um determinado valor (valor nominal da
livrança) numa determinada data (data de vencimento) e a letra é em princípio, uma
ordem de pagamento enquanto que a livrança é uma promessa de pagamento.

Importância da Letra
A letra é um título à ordem, sujeito a certas formalidades, pelo qual uma pessoa - o sacador - ordena a
outra – o sacado – que lhe pague a si ou a terceiro – o tomador – determinada importância. Assim, a
letra é uma ordem de pagamento expressa por escrito e subordinada a certas formalidades legais e a
letra é importante pois é um meio de prova da existência de um crédito, permite aos credores antes do
prazo de cumprimento da obrigação (vencimento da letra) obter a importância do seu crédito através
do desconto num banco (deduzido o prémio de desconto, que corresponde ao juro relativo ao tempo
que falta decorrer para o vencimento).

6. O Cheque

 Cheque - É uma ordem de pagamento a vista dada pelo depositante – sacador - ao seu
banqueiro - depositário ou sacado - para que lhe pague a si ou a sua ordem – uma
determinada quantia que pode ir até ao montante do deposito.

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Documentos Comerciais

Figuras Intervenientes no Cheque

São três as figuras que intervêm no cheque:


 O sacador ou emitente, é o que passa a ordem de pagamento;
 O sacado é sempre um banco ou uma instituição financeira;
 O beneficiário a favor de quem a ordem é dada, que pode ser o próprio sacador ou um
terceiro.
 Ainda podem surgir as figuras do avalista e do endossante.

Tipos de Cheques:

Cheque nominativo - quando vem o nome da pessoa a quem deve ser pago;

Cheque bancário - É emitido pelo banco a uma conta ativa na respetiva instituição bancária e é
passado a pedido do cliente a uma terceira pessoa ou entidade. É um cheque nominativo, que não
poder ser emitido ao portador. Sendo passado pelo banco, o cheque bancário tem sempre cobertura.

Cheque ao portador - Neste tipo de cheque não é preenchido o nome do beneficiário. Ou seja, são
preenchidos todos os campos menos o nome da pessoa que o pode levantar (esse campo é preenchido
posteriormente). O cheque pode ser pago a qualquer pessoa que o apresentar;

Cheque cruzado - só pode ser pago ao banco (banqueiro) ou a um cliente do banco e tem por
objectivos reduzir os riscos de extravio, roubo ou falsificação. Obrigatoriamente este cheque deverá
ser depositado. Este pode ser geral - quando duas rectas paralelas- e especial - quando vem expresso
no meio das duas rectas o beneficiário.

Cheque visado - O cheque visado garante a existência de fundos suficientes para o respetivo


pagamento na altura em que é sujeito a visto. O valor inscrito neste cheque pode ficar cativo por
período não inferior ao prazo legal de apresentação a pagamento.

Cheques pré-datados
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É uma modalidade que já foi muito utilizada em tempos e que continua a dar que falar. Os cheques
pré-datados são cheques passados com datas futuras, sendo que só podem ser depositados ou
levantados nas respectivas datas indicadas. É uma forma de pagar determinada quantia em prestações
ou atrasar o pagamento até os valores estarem disponíveis.

Cheque de viagem ou Traveller's cheque - Os usados para efeitos de viagem, os quais podem ser
levantados no destino, uma vez que podem ser levantados em qualquer banco.

Importância do Cheque
É claro que com a criação de outras formas de pagamento, como o cartão de débito e crédito para a
aquisição produtos e serviços, o uso dos cheques vem sendo mitigado com o passar dos anos.
Entretanto, não há como negar que o título de crédito ainda tem sua utilização difundida nos hábitos
comerciais brasileiros, tendo em vista que possui muitas vantagens em sua utilização, apesar de
possuir desvantagens também, como se diz abaixo.

Dentre as vantagens da utilização dos cheques, podemos citar a sua facilidade de aquisição – basta ser
correntista de algum banco e cumprir os requisitos da legislação e da instituição financeira que o
cliente terá acesso aos cheques para sua emissão; outra vantagem, como já citado, é que ele pode ser
usado para adquirir bens e serviços de todos os valores e, tendo fundos e não incorrendo em algum
outro motivo para devolução, ele será pago pela entidade sacada. Como desvantagens, podemos citar
o fato de o talonário costuma ser grande, assim, gera dificuldade de seu porte junto ao correntista (em
comparação com os cartões); outro ponto é que o cheque, por muitas vezes, pode ser fraudado. Assim
sendo, a pessoa que recebe o cheque não tem certeza se o cheque será compensado (um dos motivos
que faz com que esse título de crédito estar sendo deixado de lado).

Apesar das considerações ditas acima, o fato é que muitos são os comerciantes que gostam de
trabalhar com o cheque e, mesmo tendo sido diminuída a sua utilização, longe está o momento de sua
extinção, ao que tudo indica.

Uma vantagem não dita acima e que faz com que muitos gostem da utilização do cheque é que ele,
pelos usos e costumes, ele foi transformado em um título de crédito, com o qual se pode efetuar
compras a prazo, graças à possibilidade de se efetuar a sua pós-datação. Outra grande vantagem é a
possibilidade de os beneficiários (normalmente pessoas jurídicas) poderem utilizar o título para
desconto em instituições financeiras.

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Documentos Comerciais
Conclusão
Os Documentos comerciais foram criados para diversos fins, como o armazenamento de dados ou
histórico, facilitar transações, dentre outros.
Surgiram com a evolução das sociedades e as constantes evoluções. São nos muito úteis estes
documentos e ajudam muito nas transações, fazer relatórios e gerir recursos monetários. E acrescentar
que estão em constante evolução e a sua importância aumenta à cada dia que passa.

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Bibliografia
 https://escola.mmo.co.mz/contrato-de-compra-e-venda/

 https://www.aurum.com.br/blog/titulos-de-credito/

 http://megaged.com.br/blog/2019/09/25/a-importancia-do-arquivamento-de-documentos-
empresariais/#:~:text=O%20arquivamento%20%C3%A9%20de%20vital%20import
%C3%A2ncia%20para%20o,meticulosamente%20gerenciados%20e%20monitorados%20para
%20serem%20utilizados%20adequadamente.

 https://clientebancario.bportugal.pt/pt-pt/cheques-o-que-sao

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