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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA

TRABALHO DE CAMPO DE INTRODUÇÃO A DOCUMENTAÇÃO

O Papel do Profissional de Documentação e a sua Relação com o Utilizador

Jeremias Joaquim de Morais. Cód. 71200033

Quelimane, 2022
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA

TRABALHO DE CAMPO DE INTRODUÇÃO A DOCUMENTAÇÃO

O Papel do Profissional de Documentação e a sua Relação com o Utilizador

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de História da UnISCED.
Tutor: Msc. Nazir Gani

Jeremias Joaquim de Morais. Cód. 71200033

Quelimane, 2022
Índice

1. Introdução ............................................................................................................ 4

1.1. Objectivos ......................................................................................................... 4

1.1.1. Objectivo Geral .............................................................................................. 4

1.1.2. Objectivos Específicos ................................................................................... 4

1.2. Metodologia....................................................................................................... 4

2. Papel do Profissional de Documentação e a sua Relação com o Utilizado ......... 5

2.1. Conceitos Básicos............................................................................................. 5

2.1.1. Conceito de documento ................................................................................. 5

2.1.2. Conceito de Documentação ........................................................................... 5

2.2. O Papel do Profissional de Documentação ....................................................... 6

2.3. Relação entre o Profissional de Documentação e o Utilizador.......................... 8

3. Considerações finais ............................................................................................ 9

4. Referências Bibliográficas .................................................................................. 10


1. Introdução

O presente trabalho versa sobre “O Papel do Profissional de Documentação e a sua


Relação com o Utilizador”, em no seu desenrolar abordar-se-ão conteúdos inerentes
aos conceitos de documento e documentação, o papel do profissional da
documentação e a relação entre o profissional da documentação e o utilizador.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

 Compreender o Papel do Profissional de Documentação e a sua Relação com


o Utilizador

1.1.2. Objectivos Específicos

 Conceituar os termos documento e documentação;


 Explanar sobre o Papel do Profissional de Documentação;
 Elucidar a relação entre o profissional da documentação e o utilizador.

1.2. Metodologia

Para a elaboração da presente pesquisa, foi possível pelo uso do método de


pesquisas bibliográficas e de campo. Segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) a
pesquisa bibliográfica trata-se do levantamento, selecção e documentação de toda
bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo pesquisado, em livros,
revistas, jornais, boletins, monografias, teses, dissertações, material cartográfico,
com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto directo com todo material já
escrito sobre o mesmo.

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2. Papel do Profissional de Documentação e a sua Relação com o Utilizado

2.1. Conceitos Básicos

2.1.1. Conceito de documento

O documento pode ser definido como um objecto que suporta a informação, que
serve para comunicar e que é durável (a comunicação pode, assim, ser repetida).

Duas noções intervêm conjuntamente aqui, uma de natureza material (o objecto que
serve de suporte), a outra conceitual (o conteúdo da comunicação, isto é, a
informação). As duas são inseparáveis uma da outra, e a conjunção das duas é
essencial nesta definição.

A definição é válida para qualquer objecto e, por isso, ela é muito ampla. Contudo,
ela é limitada por uma restrição quanto ao uso da palavra "informação". Esta não é
tomada em sentido neutro e formal como atribuem, por exemplo, os profissionais de
informática. Trata-se de uma informação que possui um sentido, para aquele que a
emite e para aquele que a recebe. Cada mensagem tem um significado e não se
pode definir um documento independentemente do significado da mensagem que
ele tem a função de transmitir.

Todo objecto pode ser encarregado desta função. Por esta razão a noção de
"documento" é muito mais ampla do que aquela de "escrito"'. Os documentos
escritos são um caso privilegiado, porque a escrita é a forma mais comumente
utilizada para comunicar uma mensagem. No entanto, é necessário observar que se
pode escrever sobre muitos objectos diferentes: pedras, cerâmica, conchas,
pergaminho, papel, filme... Também se pode escrever utilizando diferentes sistemas
de signos: alfabético, fonético, ideográfico.

2.1.2. Conceito de Documentação

A palavra recebe três acepções bastante distintas. Ela designa primeiro um conjunto
de documentos intencionalmente constituído: o autor de uma tese começa por
levantar “sua documentação". No entanto, pode se tratar de duas operações
distintas dependendo se a própria pessoa recolhe os documentos, objectos
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concretos, ou suas referências (de primeira ou segunda mão) que são apenas
substitutos.

Mas o mesmo termo designa também a actividade que permite construir este
objecto; ele se estabelece então entre as palavras em "acção" que se aplicam ao
mesmo tempo a uma actividade e ao produto desta actividade, como "imitação",
"produção"... A documentação é, por consequência, a técnica, ou o conjunto de
técnicas, utilizadas para colectar, classificar, explorar... documentos. Esta acepção é
a mais frequente; ela será o objecto da análise que segue.

Portanto, Documentação, da palavra latina “documentatiōne”, é o ato e o resultado


de documentar: provar algo através de documentos ou evidências. O termo
geralmente se refere ao conjunto de documentos que permitem obter
a acreditação de algo.

2.2. O Papel do Profissional de Documentação

O arquivista é um gestor, pois é responsável pela organização, classificação etc.,


dos documentos de uma dada instituição, seja essa pública, privada ou um centro de
informação. Deve ser capaz de disponibilizar a informação de forma rápida e eficaz
ao usuário, para tanto, é necessário “ampliar o campo de acção do arquivista para
além da informação imediata, de valor primário, ou do resgate daquela de valor
secundário”.

O arquivista deve ser capaz de adquirir aprendizado e passar a sua equipe de


trabalho, desempenhando assim de modo satisfatório o seu fazer dentro da
instituição a qual trabalha, possibilitando o uso, a disseminação, organização,
recuperação da informação. Pois um profissional capacitado, bem preparado
desenvolve de modo eficiente seu fazer dentro da organização (ou instituição), e tem
em mente que sempre deve estar actualizado e preparado, pois as novas
tecnologias da informação e comunicação estão em constantes mudanças, por isso
o profissional da informação (arquivista) deve estar constantemente buscando
aprendizado, se capacitar através da educação continuada.

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Para Bellotto (2004, p.306) o papel deste:

[...] depende a eficácia da recuperação da informação: sua


uniformidade, ritmo, integridade, dinamismo de acesso, pertinência e
precisão nas buscas, porque terá havido precisão na classificação, na
avaliação e na descrição. Sua actuação pode influir muito no processo
decisório das organizações e nas conclusões a que chegam os
historiadores a respeito da evolução e da identidade da sociedade.

O arquivista é um gestor, pois é responsável pela organização, classificação etc.,


dos documentos de uma dada instituição, nesta pesquisa em específicos os
arquivos públicos que para Camargo e Machado (2000, p.7) o arquivo público é um

[...] conjunto de documentos acumulados em decorrência das funções


executivas, legislativas e judiciárias do poder público no âmbito
federal, estadual e municipal, bem como o conjunto de documentos de
entidades de direito privado encarregadas de serviços públicos. O
arquivista que trabalha em um arquivo público deve ser capaz de
disponibilizar a informação de forma rápida e eficaz ao usuário, para
tanto, é necessário “ampliar o campo de ação do arquivista para além
da informação imediata, de valor primário, ou do resgate daquela de
valor secundário.

O arquivista contemporâneo tem que buscar meios para se manter qualificado e


capacitado, pois se engana quem pensa que só tendo o diploma de bacharel em
Arquivologia, é suficiente para se manter no mercado de trabalho arquivístico.
Jardim (1992, p.251) ressalta que “a chamada era da informação tem imposto
desafios com dificuldades e complexidades sem precedentes aos profissionais de
Arquivologia e biblioteconomia as suas respectivas instituições de formação e á sua
acção profissional”.

O mesmo autor destaca também que “os profissionais da informação terão que
reavaliar as teorias e os princípios sob os quais as instituições de documentação
têm operado” (JARDIM, 1992, p.253). Assim, chama a atenção para o fato de que
alguns conceitos da Arquivologia deverão ser “reexaminados.

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2.3. Relação entre o Profissional de Documentação e o Utilizador

O arquivista deve actuar, portanto, como mediador. A mediação cultural, então, é


uma acção de produção de sentido, que se contrapõe à intermediação e à
transmissão neutra de signos. O arquivista, assumindo sua postura de mediador,
coloca o sujeito (cidadão) e o objecto (informação) em uma relação em que o sujeito
não se sinta estranho ao objecto, tornando esta relação mais “familiar”

Outro factor importantíssimo levantado por Costa (2011) é a falta de habilidade do


usuário em utilizar os instrumentos de recuperação da informação nos arquivos:
guias, catálogos, inventários e índices. Esses instrumentos de pesquisa são obras
complexas, especializadas e de difícil elaboração, a ponto de não serem inteligíveis
aos usuários de arquivo. É por isso que o arquivista deve se sentir responsabilizado
por essa incompreensão das ferramentas que elabora. Cabe ao profissional de
arquivo o treinamento do seu usuário para possibilitar que ele tenha acesso pleno à
todas as informações disponíveis.

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3. Considerações finais

Findado o presente trabalho pude compreender de que, o profissional da


documentação exerce a função de mediador, promovendo a relação entre sujeito
(cidadão) e objecto (informação). A mediação cultural consiste em construir um
ambiente agradável e familiar para o sujeito para que ele possa absorver ao máximo
as potencialidades de seu objecto, procurando dessa forma sanar as necessidades
de informação dos usuários. Indo um pouco mais além, consiste em entender as
necessidades que não são explicitadas pelo usuário.

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4. Referências Bibliográficas

COSTA, M. G. da. (2011). Acesso aos arquivos públicos: aspectos jurídicos e


práticos. Cenário Arquivístico, Brasília, DF, v. 4, n. 1, p. 22-31.

DUCHEIN, M. (1983). Obstacles to the access, use and transfer of information from
archives: a RAMP study. Paris: Unesco – General Information Programm; Unisist.

JARDIM, J. M. (1999). O acesso à informação arquivística no Brasil: problemas de


acessibilidade e disseminação. Caderno de Textos. Mesa Redonda Nacional de
Arquivos, 1999. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional.

SILVA, A. M. et al. (1999). Arquivística: teoria e prática de uma ciência da


informação. Porto: Afrontamento.

SOUZA, K. I. M. (2011). Arquivista: visibilidade profissional: formação,


associativismo e mercado de trabalho. Brasília: Starprint.

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