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ILHÉUS – BAHIA
2012
ANA PAULA PIRES
ILHÉUS – BAHIA
2012
ANA PAULA PIRES
Ilhéus, 20/11/2012.
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Marcio Antonio Leal Costa – Mestre
Universidade Estadual de Santa Cruz
(Orientador)
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Gustavo da Cruz – Dr.
UESC
(Examinador)
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Josefa Sônia Pereira da Fonseca
UESC
(Examinador)
DEDICATÓRIA
À todos aqueles que acreditam nos seus sonhos e tentam concretizá-los por meio do
conhecimento.
AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente, à minha família que sempre me apoiou nos meus estudos e
fez o possível para que as coisas dessem certo. Destaco a minha gratidão, principalmente por
terem me dado suporte para a realização de um sonho que foi ter ido ao show da Lady Gaga
no Rio de Janeiro, em novembro de 2012.
Agradeço a Deus, à Lady Gaga (óbvio!), à Ísis, Osíris, Hórus, Rá, Cleópatra e todas as
entidades nas quais eu acredito e que por ventura estiveram comigo em algum momento da
minha vida imprimindo força ou me protegendo das adversidades.
Agradeço ao meu orientador, Professor Márcio Antônio Leal Costa, por não ter
deixado eu desistir do meu trabalho. Acho que a pessoa que eu mais tenho que agradecer é
ele, além do apoio da monografia, me ensinou a não desistir dos meus sonhos e a não deixar
de acreditar neles pelo que as outras pessoas possam dizer ou pensar. Eu não vou esquecer
disso nunca.
Agradeço às minhas colegas que se tornaram amigas do coração, Daianne, Camilla e
Marianna por todo o apoio, parceria, amizade e força durante o curso. E agradeço também ao
João Carlos (JC) pela oportunidade de trabalho no Escritório de Projetos.
Agradeço às grandes amigas Julia e Marina (AL's) pelos ombros amigos, os desabafos
e pela fiel amizade. À Marina em dobro, juntamente com Marcely, por terem me apresentado
Lady Gaga no final de 2009 e por terem contribuído dessa forma, para a transformação que
Lady Gaga causou em minha vida.
Agradeço ao apoio do Professor Rozilton Ribeiro, sempre disposto a me ajudar e
alimentar os meus sonhos.
Agradeço a todos aqueles que me ajudaram, me orientaram, me deram força e ideias
para desenvolver a minha monografia, e claro, à Amy, pela petulância e pela onipresença.
Por fim, agradeço a todos que duvidaram do meu trabalho e fizeram questão de me
jogar um "balde de água fria" neste percurso. Sem vocês o meu trabalho não teria sido o
mesmo, e foi também por vocês que fiz questão de me esforçar para concluí-lo.
MUITO OBRIGADA!
“We can be strong! We can be strong, out on this lonely run on the road to love!
We can be strong! We can be strong, follow that unicorn on the road to love!”
Lady Gaga
vi
RESUMO
Com o advento da Revolução da Informação, tem sido possível identificar novas formas de
relacionamento entre produtores e consumidores de música. A facilidade de armazenamento e
distribuição deste produto acaba por enfraquecer a complexa estrutura da indústria
fonográfica que, em uma tentativa de readaptar-se ao mercado atual, vem buscando
desenvolver novas estratégias para se consolidar no mercado. Neste sentido, a indústria da
celebridade – setor responsável por tornar pessoas desconhecidas em bem-conhecidas – acaba
fazendo uso das teorias e princípios mercadológicos para construir carreiras artísticas. A
cantora Lady Gaga é atualmente um dos nomes mais conhecidos quando se discute música
pop internacional, conhecida por suas declarações polêmicas e figurinos extravagantes,
assemelha-se a uma marca de alcance global. Assim, este trabalho teve como objetivo geral
identificar as principais ações mercadológicas realizadas na carreira desta cantora
respondendo à problemática inicial sobre a efemeridade das relações que tem sofrido cada vez
mais influência dos meios virtuais de comunicação. A metodologia utilizada para realizar este
trabalho foi a pesquisa bibliográfica, onde a internet foi parte indispensável para a conclusão
do mesmo, principalmente no que tange o levantamento de informações a respeito da
trajetória da cantora, caracterizando-se assim como um estudo de caso. Partiu-se também do
método indutivo e a pesquisa caracteriza-se por ser aplicada e explicativa. Dessa forma, foi
possível identificar que a cantora utiliza estratégias que possuem forte fundamentação teórica
no campo da Administração, como o relacionamento com o cliente, a segmentação de
mercado, estratégias de carteiras, estratégias competitivas e posicionamento.
MARKETING IN THE SHOW BUSINESS: a case study about Lady Gaga’s career
ABSTRACT
With the adventof the Information Revolution, it has been possible to identifynew forms of
relationshipsbetween producersand consumers ofmusic.The ease ofstoring and distributionof
this product ends up weakeningthe complex structureof the music industry, which has been
trying tore-adaptto thecurrent market and seekto developnew strategiestoconsolidate itself in
the market. In thissense, thecelebrityindustry- a sectorresponsible for makingstrangersinto
well-known –usually makes useof the marketingtheoriesand principlesto buildartistic careers.
The singerLadyGagaiscurrently one of thebest known nameswhen international pop music is
discussed, she is knownfor hercontroversial statementsandextravagant costumes, acts that
ranksherself asa brandrecognized worldwide.This studyaimed toidentify the mainmarketing
actionsusedin the careerof thissingerresponding to theinitialproblemon theephemeralityof
relationshipsthat hasbeenincreasinglyinfluenced byvirtualmedia. Themethodology used in
thisstudy was thebibliographical research in which the Internetwasindispensable partfor the
conclusionof this academic work, especially regardingthecollection of informationabout
thetrajectory of thesinger, which can be classified asa case study. It also usedtheinductive
methodand theresearch is characterizedasappliedandexplanatory. Thus, it waspossible to
identifythat the singeruses strategiesthat have a strongtheoretical foundationin the fieldof
administration,such ascustomer relationships, market segmentation, portfoliostrategies,
competitive strategiesand positioning.
SUMÁRIO
Resumo.............................................................................................................................. vi
Abstract............................................................................................................................. vii
I CAPÍTULO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 11
II CAPÍTULO
2. MARKETING................................................................................................................... 18
2.3 Estratégias................................................................................................................... 24
2.5 Posicionamento........................................................................................................... 32
2.7 Marketingon-line....................................................................................................... 35
III CAPÍTULO
IV CAPÍTULO
4. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR................................................................. 48
V CAPÍTULO
5.1.2 Álbuns............................................................................................................... 63
x
5.1.6 Merchandising.................................................................................................. 68
5.1.9 Publicidade........................................................................................................ 71
VI CAPÍTULO
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES………………………………………….................. 75
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………………... 84
REFERÊNCIAS………………………………………………………………………… 87
ANEXO I………………………………………………………………………………... 99
I CAPÍTULO
1 INTRODUÇÃO
Contudo, essa acessibilidade tem gerado efeitos negativos para o conjunto das
empresas especializadas em gravação e distribuição de mídias sonoras. Com o acesso direto
do consumidor às mídias eletrônicas, a indústria fonográfica vem perdendo poder na função
estratégica de produção e distribuição.
12
Não se restringindo apenas ao show business, Lady Gaga amplia seus negócios e não
só é reconhecida como cantora e produto da música, mas seu nome e sua imagem
assemelham-se a uma marca. Grandes empresas têm procurado parceria com a cantora a fim
de atingir certo grau de visibilidade que de outro modo não seria possível ou tão eficaz
quanto. A cantora, neste sentido, vem tentando desenvolver-se enquanto produto explorando
novos segmentos e realizando ações mercadológicas que refletem no seu posicionamento
diante do mercado consumidor.
Considerando este contexto cultural e econômico, esta pesquisa justifica-se pelo seu
potencial de tornar-se fonte de pesquisa para inúmeros artistas com pretensões de projeção
14
para novas fronteiras sociais, culturais e geográficas, os quais encontrarão neste material um
subsídio técnico e profissional para planificar suas carreiras. A aplicabilidade da pesquisa
também pode ser direcionada para outros segmentos da cultura, do entretenimento, da moda
em geral, da política e do esporte.
tais aparelhos reflete também na mudança de hábitos e costumes dos indivíduos, requisitando-
se que estes últimos se adaptem aos novos padrões.
Quanto à finalidade, será uma pesquisa aplicada, que segundo Marconi e Lakatos
(2002, p.20) “[...] caracteriza-se por seu interesse prático, isto é, que os resultados sejam
aplicados ou utilizados, imediatamente, na solução de problemas que ocorrem na realidade.”
Nesse sentido, pretende-se que este trabalho possa ser fonte de orientação para artistas com
carreiras emergentes, podendo estes planificá-las, considerando seus contextos individuais,
tendo como base as estratégias mercadológicas implementadas na carreira da cantora Lady
Gaga.
Para responder ao segundo objetivo específico foi realizado um estudo de caso. Gil
(1995) afirma-o ser caracterizado pelo estudo profundo de um ou poucos objetos, permitindo
conhecimento amplo e detalhado do mesmo. Fundamenta-se na ideia de que a análise de uma
unidade de determinado universo possibilita a compreensão da generalidade do mesmo ou,
pelo menos, o estabelecimento de bases para investigação, posterior na sistemática
precisa.Como um estudo de caso, a população foi a própria artista, não necessitando separar
uma amostra para o processo de análise.
Concernenteao terceiro objetivo específico partiu-se da resposta do segundo, sendo
estas informações analisadas, classificadas e interpretadas, correlacionando-as com as
propostas de ações estratégicas do marketing. Por procurar conhecer as causas do sucesso da
artista, este trabalho configura-se como uma pesquisa explicativa. Esta se caracteriza por
necessitar de um trabalho mais cuidadoso, uma vez que além de registrar, analisar e
interpretar fatos ou fenômenos, procura conhecer as causas dos mesmos (ANDRADE, 1999).
O trabalho está estruturado em seis capítulos. Nos capítulos II, III e IV estão expostas
as propostas táticas e estratégicas do marketing direcionadas ao show business, como
estabelecido no primeiro objetivo específico, que dão corpo ao referencial teórico deste
trabalho. O capítulo V é composto pela caracterização da trajetória da carreira da cantora
Lady Gaga,no qual buscou-se através de uma ordem cronológica, respondendo ao segundo
objetivo específico. Por fim, no capítulo VI estão contidas as análises e discussões
relacionadas às ações de marketing empregadas na carreira da cantora Lady Gaga, como
proposto no terceiro objetivo específico desta pesquisa, e que responderá a problemática do
trabalho. Finalizando a pesquisa, estão apresentadas as considerações finais da autora.
18
II CAPÍTULO
2 MARKETING
Segundo Kotler (1986) marketing é um conjunto de atividades humanas que tem por
objetivo facilitar e consumar relações de troca. Não se chegou ao conceito de marketing ao
acaso. Embora seja um assunto que tenha ganhado notoriedade recentemente, o marketing
pode ser considerado uma das mais antigas profissões do mundo. Suas raízes vão desde o
início das simplórias relações de troca até as avançadas técnicas de comercialização
monetárias atuais. Dessa forma, pode-se dizer que as definições de marketing e suas
complexidades variam de acordo com o estágio econômico da sociedade.
Uma ameaça pode ser definida como um distúrbio específico no ambiente ou ainda,
como uma tendência desfavorável que, na ausência de uma ação por parte da organização
pode resultar na extinção da mesma. Geralmente, organizações com estruturas mais rígidas
são as que mais sentem as conseqüências das mudanças ambientais, uma vez que possuem
resistência à mudança em sua cultura organizacional. Para organizações mais flexíveis,
adaptar-se às mudanças ambientais é encará-las não como ameaças, mas sim como
oportunidades. Nesse caso, uma oportunidade caracteriza-se como um conjunto favorável de
circunstâncias ambientais (KOTLER, 1986).
21
Porter (1980) apud Hooley et al. (2005) aponta a existência de cinco forças no
ambiente competitivo que influenciam a concorrência no nível de unidades estratégicas de
negócios, conhecidas como o Modelo das Cinco Forças, são elas: rivalidade entre as empresas
existentes, ameaça de novos entrantes, ameaça de substitutos, poder de barganha dos
fornecedores e o poder de barganha dos compradores.
Quando a empresa possui foco na produção, seus esforços estão direcionados para a
eficiência da produção elevada e ampla distribuição. Assim, postula-se que os clientes darão
preferência aos produtos que forem amplamente disponíveis e de baixo preço. O desafio de
uma organização que adota tal postura concentra-se no aspecto de gerar custos baixos e
conciliar a demanda – que pode ser excessiva – com a oferta ou as capacidades da
organização.
Nas organizações que possuem foco no produto, os gerentes direcionam sua energia
em criar produtos superiores e melhorá-los ao longo do tempo. Dessa forma, os clientes darão
preferência aos produtos com qualidade e desempenho diferenciados e características
inovadoras. Entretanto, algumas empresas acabam tendo o que se pode chamar de miopia de
marketing, onde muitos dos produtos oferecidos podem ser bons aos olhos do gerente, mas
péssimos para os clientes, já que não atendem suas necessidades ou desejos.
Ter orientação para o cliente, entretanto, pode ter perigos assim como qualquer outra
postura estratégica de marketing. As empresas devem buscar atender as necessidades e
desejos dos seus clientes, conciliando com suas habilidades e capacidades em satisfazer o
mercado. Os riscos de entrar em um mercado em função de se ter identificado uma
24
Uma importante diferença entre ter foco nas vendas e em marketing é que o primeiro
focaliza seus esforços enfatizando as necessidades do vendedor, relacionando-se com o
volume de vendas. Já o segundo, nas necessidades do comprador.
Por fim, as organizações com foco no marketing societal (KOTLER, 1998), também
conhecido como Marketing 3.0 (KOTLER, 2010), enfatizam que além de ser essencial
descobrir as necessidades e os desejos dos seus clientes de modo a satisfazê-los mais
eficazmente que seus concorrentes, é necessário fazer tudo isso preservando ou ampliando o
bem-estar dos consumidores e da sociedade em geral.
O marketing 3.0, nesse caso, pode ser entendido como uma tendência para as
organizações atuais, uma vez que seu foco vai além da relação das organizações apenas com
seus clientes. O marketing 3.0considera todos os agentes que são atingidos pela globalização,
passando a se preocupar também com a redução dos impactos sociais, econômicos,
tecnológicos e ambientais na sociedade (KOTLER, 2010).
Desse modo, o marketing estratégico identifica uma postura ideal de acordo com a
disposição do mercado e direciona estratégias em busca dos objetivos da organização. Para
tanto, utiliza-se do marketing tático e dos tipos de decisões disponíveis para se posicionar
diante do mercado. As decisões podem ser: decisões de produto, decisões de preço, decisões
de promoção e decisões de ponto ou distribuição que serão descritas posteriormente.
2.3 Estratégias
As estratégias descrevem caminhos para alcançar objetivos, e por este motivo, são
entendidas como os meios para se chegarem aos fins. São capazes de reorientar o avanço das
organizações, fornecendo-lhe coerência, para então melhorarem, tornando-se mais
competitivas.
A estratégia de carteiras, nesse sentido, configura-se como uma estratégia que busca
otimizar a capacidade competitiva de uma empresa, seja pela melhoria em produtos que já
atuam no mercado adotando planos de ação específicos, seja pela concepção de novos
produtos e, portanto, na ampliação e total modificação do mercado de atuação.
Chaves et al. (2009), argumentam que estas estratégias propostas por Igor Ansoff
ficaram conhecidas por estratégias genéricas de Ansoff, embora o próprio autor não tenha
utilizado estes termos.
imagem), as empresas perceberam que as pessoas não apenas desejavam adquirir produtos
diferenciados os quais estivessem de acordo com suas características pessoais e lhes
possibilitassem destaque ou status social, mas que o produto possuía imagem e, a partir de
técnicas avançadas de propaganda e promoção, despertavam desejos interessantes nas
pessoas, e o posterior consumo, passando então a trabalhar estas questões; e, por fim, a
estratégia de diferenciação de produtos e serviços que consiste em possibilitar um
desempenho diferenciado dos produtos ou serviços da empresa em contraste com os
oferecidos por seus concorrentes.
Além disso, Michael Porter ainda aponta três tipos genéricos de estratégias que
orientam o comportamento da organização, a liderança total em custos, a diferenciação e o
foco (KOTLER, 1998).
Outra classificação nos bens de consumo pode ser sustentada não pelas características
do produto, mas nos hábitos de compra do consumidor, são eles: bens de conveniência, bens
comparáveis e bens de uso especial. Os primeiros são bens que o consumidor costuma
comprar com freqüência e de maneira imediata sem esforços consideráveis em termos de
comparação e de compra. Os bens comparáveis são aqueles nos quais o consumidor realiza
um processo de seleção e compra, comparando os produtos em termos de adequação,
qualidade, preço e estilo. Por fim, ainda existem os bens de uso especial que apresentam
características únicas ou identificação de marca exclusiva, para as quais um grupo
29
Segundo Kotler (1986, 1998), considerada como uma das variáveis fundamentais de
marketing capazes de influenciar as vendas potenciais de um produto, as decisões de preços
tendem a impactar de forma bastante significativa no desempenho de uma organização.
Todavia, dentre os elementos do composto de marketing, a variável preço se diferencia dos
outros por gerar receita, e não custos.
Ainda de acordo com o autor (1986), a determinação do preço deve estar de acordo
com o objetivo da política de preços da organização. Assim, os preços podem ser suportados
por cinco diferentes objetivos: objetivo de penetração de mercado, objetivo de fixação de
preços para a nata do mercado ou preço skimming, objetivo de pronta recuperação de caixa,
objetivo de satisfação e objetivo de promoção de linha de produto(KOTLER, 1986).
As decisões de ponto e estratégias de distribuiçãotêm por finalidade definir como um
produto pode estar disponível para o mercado-alvo (KOTLER, 1998). De acordo com
Coughlan et. al. (2002, p.20) um canal de marketing “é um conjunto de organizações
interdependentes envolvidas no processo de disponibilizar um produto ou serviço para uso ou
consumo”. Nesse sentido, Kotler (1986) identifica 4 estágios para o canal de marketing, são
eles: o estágio 0, onde ocorre o marketing direto em que não existem intermediários; o estágio
1, onde existe um intermediário de vendas, geralmente um varejista; o estágio 2, que contém
dois intermediários, quase sempre um atacadista e um varejista; e, por fim, o estágio 3, em
que é possível identificar três intermediários. Ainda de acordo com Kotler (1986), a
30
2.5 Posicionamento
clientes percebem as alternativas no mercado, enquanto que o segundo está voltado em como
os profissionais de marketing identificam os grupos de clientes.
As bases para segmentação de mercado, como salienta Kotler (1986) podem ser
divididas em quatro classes: variáveis geográficas, demográficas, psicográficas e de
comportamento do consumidor. Todavia, as técnicas de segmentação podem ser diferentes a
depender do mercado a ser analisado e, modificadas, senão criadas novas formas para tal
atividade com o objetivo de descobrir novas oportunidades do mercado.
A Web oferece mais oportunidades do que a maioria das outras mídias, nas quais
uma empresa pode apenas falar a seus clientes. On-line quer dizer engajamento com
eles, ouvir a eles e aprender com elespor meio de atributos de feedback, como
discussões em grupo on-line, pesquisas de preferências e avaliações de atendimento
ao cliente por correio eletrônico. (BRUNER et. al., 2001, p. 52)
35
De acordo com Bruner et. al. (2001, p.239): “o ponto inicial para qualquer estratégia
de relações públicas, assim como todos os aspectos de marketing, é conhecer seu público”.
Torna-se essencial, portanto, determinar quem é seu público e a quais veículos de
comunicação seus clientes potenciais estão mais atentos.
Tem-se como máxima no mundo da propaganda que algo só é notícia enquanto for
novidade. Dentre os aspectos principais para geração de notícia, além de todo caráter
informativo, destaca-se a capacidade que uma matéria tem de contrariar alguma tendência ou
causar alguma surpresa, pois o que a imprensa mais procura é polêmica. Além disso, assumir
posturas políticas e promover ações que fomentem o bem-estar público fazem parte de temas
de notícias que atrairão a atenção do público (BRUNER et. al., 2001).
O marketing on-line pode servir como base para aprimorar outras esferas que sejam
essenciais para o desenvolvimento das organizações, como o relacionamento com o cliente.
Neste sentido, para Gordon (1999) apud Toledo et al. (2004) os relacionamentos são os
principais bens de uma organização, pois possibilitam que a empresa tenha rendimentos a
longo prazo e que seus riscos sejam reduzidos, além de permitir explorar novas e variadas
formas de maximizar os lucros e os rendimentos.
36
Vavra (1993) apud Toledo et al. (2004) argumenta que o marketing de relacionamento
pode ser entendido como o pós-marketing, pois tem como função principal satisfazer
constantemente os consumidores e funcionar como reforço aos indivíduos no que tange
estímulos posteriores para novas compras. Os autores ainda enfatizam que o processo de
compra só se torna completo quando o relacionamento com o cliente é solidificado, ficando
assim a atração de novos clientes apenas como um passo intermediário deste processo.
Dentre as ações essenciais, Toledo et al. (2004) salientam que para uma gestão de
relacionamento se tornar efetiva, a organização deve possuir um banco de dados e
informações. Os bancos de dados possibilitam que a empresa conheça seu cliente e defina
novas estratégias com base nas informações que obteve. Além disso, os autores ainda
destacam que a interatividade é também um elemento essencial para ser administrado no
marketing de relacionamento, pois o que garante novas vendas é o contato com os
consumidores. Assim, os serviços ao cliente se condensam nas formas de assistência ou nos
níveis de interatividade que a empresa pode oferecê-los, explorando principalmente os
contatos via telefone, correspondência e internet.
Esta estratégia de contato efetivo com o cliente torna-se uma vantagem competitiva
para as organizações, pois para Matilla (2001) apud Slongo e Liberali (2004, p.15),
“consumidores freqüentes podem ser menos sensíveis a preço do que aqueles transacionais”.
Além disso, os autores argumentam que o relacionamento com o cliente quando construído
com base na confiança e no comprometimento, acaba induzindo a um comportamento
cooperativo. Ademais, um relacionamento a longo prazo pode desencadear em dois fatores: a
dependência e a confiança mútua entre os participantes da ação.
Nesta direção, as redes sociais tem sido uma ferramenta de última geração
fundamental para o desenvolvimento de relacionamentos entre produtores e consumidores.
Para Teles (2010, p.78):
As redes sociais são ambientes que focam reunir pessoas, os chamados membros,
que uma vez inscritos, podem expor seu perfil com dados, como fotos pessoais,
textos, mensagens e vídeos, além de interagir com outros membros, criando listas de
amigos e comunidades.
tem sido um campo eficiente no que tange relacionamento com o cliente, a qual possibilita o
fortalecimento do mesmo. Nesse caso, estas relações têm oferecido para as empresas uma
vantagem competitiva, pois permite que o consumidor expresse suas opiniões e percepções,
proporcionando uma espécie de feedback constante em relação às suas experiências
(BALDAN et al., 2011).
revista Fortune, 34 das maiores empresas do mundo utilizam o Twitter, evidenciando assim o
potencial destas novas formas de interação social em rede.
Assim, as redes sociais tem possibilitado para as empresas uma forma de vantagem
competitiva à medida que criam e fortalecem laços com os clientes. A afinidade entre empresa
e usuário deve ser trabalhada continuamente, de modo que a troca de informações entre
ambos permita um aperfeiçoamento tanto da empresa em relação aos seus produtos e
relacionamentos, quando dos clientes, sentindo-se parte da empresa e podendo assim,
tornarem-se fiéis às organizações.
39
III CAPÍTULO
[...] Show business begins with the entertainment. It is no news today customers
want to be entertained. Every part of our culture – the news, education, sports, food
– increasingly targets this desire. […] Show business creates experiences that are
fun. It does so by appealing to fantasy, humor or drama. Show business can be use
high technology or old-style razzle-dazzle to create an experience that can be
surprising, playful, thrilling, or sexy.
As formas de oferecer prazer por intermédio da arte são variadas e também complexas
se analisadas em toda a sua amplitude. O show business, nesse caso, abrange todas as áreas
passíveis de fornecer entretenimento para outras pessoas, envolvendo não apenas os agentes
diretos, em grande parte representados pelos agentes criativos como artistas, compositores e
músicos, como também incluindo agentes indiretos representados por empresários, produtores
e distribuidores. Além disso, deve-se considerar a parte estrutural do show business, sistema
que sustenta as relações entre os agentes diretos e indiretos do entretenimento, que é
composto pelo grande universo do cinema, da televisão, do teatro e da música (WIKIPEDIA,
2012).
40
O entretenimento trabalha mais com desejo do que com necessidades e por assim
dizer, atua como um ativador do processo mercadológico. Assim, o desejo é um importante
instrumento mercadológico já que nem sempre é motivado por uma necessidade atual, mas
sim por um benefício adicional (LEAL, 2004). Embora o marketing seja voltado para o
desenvolvimento de produtos e serviços, sua amplitude tem se espalhado para outras
dimensões, sendo direcionado para todo e qualquer processo de comercialização que envolva
imagem e posicionamento como organizações, lugares, causas e principalmente, pessoas
(LEAL, OLIVEIRA, 2007).
O marketing no show business tem buscado cada vez mais a fidelização de clientes
pressupondo uma relação bilateral entre produtor (artista) e consumidor (fã). Nesse sentido, o
fã espera do artista o mesmo respeito, atenção e compreensão que ele despende ao artista e,
quando isso não acontece, a tendência é que outro produto (artista) seja procurado pelo
consumidor visando atender as suas necessidades (LEAL, OLIVEIRA, 2007).
41
A indústria da celebridade tem caráter onipresente, está em todas as partes, porém nem
sempre é vista em sua real forma. Seguindo a linha de conceito de indústria,esta, ao contrário
das tradicionais e mais conhecidas, como a de manufatura, não transforma materiais em
produtos, mas tem como objetivo principal transformar pessoas desconhecidas em pessoas
bem-conhecidas (REIN, KOTLER e STOLLER, 1999).
No entanto, embora pouco seja sabido sobre esta indústria que movimenta bilhões em
toda a economia mundial, torna-se primordial compreender a amplitude deste setor. A
indústria da celebridade envolve pelo menos oito “sub-indústrias”, as quais desempenham
serviços de apoio na construção de uma celebridade. No quadro1está demonstradoum
esquema desta indústria.
Apesar de amplo e complexo, esta estrutura tem se sofisticado cada vez mais à medida
que acompanha os avanços tecnológicos e deles se utiliza. A internet, por exemplo, pode
facilmente ser encaixada na indústria das telecomunicações e conferir um maior poder no
desenvolvimento das atividades.
42
Tratar pessoas como produtos tem sido um assunto gerador de controvérsias, pois
construir um “roteiro” a ser seguido pelas celebridades pode implicar em falsidade e ilusão.
Além disso, por se tratarem de humanos, são falíveis e podem não ser coerentes o tempo todo.
No entanto, apesar das discussões, a indústria da celebridade já incorpora técnicas
direcionadas para o desenvolvimento de produtos tradicionais na construção de “produtos
humanos” (REIN et al., 1999).
43
Além disso, os autores admitem que esta indústria realiza uso intensivo da realidade
dramática ao passo que o drama possui a capacidade de envolver a audiência com a
celebridade. Crises com drogas e doenças, adversidades, talento avassalador, tentativas de
mostrar a celebridade como uma pessoa simples e de caráter profundoe referências que
serviram de orientação para o indivíduo, fazem parte deste roteiro que visa a exploração
comercial ao mesmo tempo em que conectam de forma mais intensa os fãs às celebridades.
Neste sentido, quanto mais especializadas forem as equipes responsáveis pela criação destas
histórias, “mais sedutora e persuasiva a realidade dramática se torna” (REIN et al., 1999, p.
117) e, portanto, maior será o vínculo entre produtor e consumidor.
44
Para finalizar esta etapa, os autores identificam ainda a regeneração do conceito, que
envolve basicamente a volta às etapas de fabricação de conceito: definir novo mercado,
escolher novo tipo e desenvolver novo personagem.
A segunda fase é o teste de conceito. Esta fase envolve a apresentação do produto para
a audiência que deve ser pequena e controlada para que se possa verificar os níveis de
aceitação ou a reação do público (REIN et al., 1999).
Os autores apontam sete áreas que devem ser cuidadosamente trabalhadas para assegurar o
refinamento do aspirante, que são: sinais e símbolos, nome, aparência (rosto e cabelo, estatura
e vestimenta), voz (tom, sotaque, dicção), movimento (gesticulação e andar), conduta e
material. Analisados estes fatores deve haver um acompanhamento ou checagem periódica
sobre como a imagem da celebridade é transmitida para a audiência, buscando sempre
melhorar ou refinar-se ainda mais para o seu público (REIN et al., 1999).
A quarta fase é a realização do conceito. Nesta fase o aspirante deve realizar uma
transformação interna incorporando as características necessárias à sua própria personalidade.
Para tornar real esta mudança dentro de si e interiorizar determinadas condutas e valores, os
aspirantes podem ser orientados de quatro maneiras: pela modificação da conduta, que
consiste em um processo de mudança comportamental baseada no método de punições e
recompensas; pela transformação com mentor, na qual o aspirante emula o mentor ou possui
um modelo para espelhar-se; pela transformação ocasional, em que o aspirante é exposto à
determinadas situações que o orientarão no desenvolvimento de sua imagem; e, pela
transformação baseada na encenação, na qual o aspirante vive sob um novo caráter (REIN et
al., 1999).
Para que os aspirantes alcancem uma difusão efetiva de sua imagem devem utilizar os
canais de distribuição que comumente são representados por televisão, feiras, clubes noturnos,
filmes, internet e outros. Os canais de distribuição servem para levar a imagem da celebridade
à audiência. Nesse caso, os autores indicam quatro maneiras pelas quais um aspirante pode
alcançá-la: apresentações formais, gerenciamento de apresentações, menções e produtos.
No entanto, estes canais podem ser substituídos considerando-se três fatores: novos
canais de apresentação são criados, que em sua maioria se tornam possíveis graças ao avanço
da tecnologia; o fator econômico, as pessoas optam pela utilização de canais de distribuição
que estejam de acordo com suas condições econômicas; e as mudanças de preferências da
demanda.
46
O aspirante que utiliza meios de distribuição eficazes possui sua imagem na mídia por
mais tempo, provocando o que alguns autores definem como “share of mind”, que para Kotler
(1998) corresponde a participação ou lembrança da marca na mente do consumidor.
Para Rein et al. (1999, p.234) “Relações Públicas esculpe imagens realçando
parcialmente os fatores vendáveis de um nome” protegendo fatores que ameacem a imagem
da celebridade. Além disso, “[...] esclarecem histórias conflitantes e potencialmente
perigosas” (REIN et al., 1999, p.236), e funcionam como um órgão de ajuste visando
amenizar ou mascarar os deslizes cometidos pelas celebridades.
IV CAPÍTULO
4 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Nos fatores culturais estão inclusos cultura, subcultura e classe social dos
consumidores, os quais se caracterizam como elementos essenciais para compreender o seu
comportamento (KOTLER, 1998). A cultura pode ser entendida como um conjunto de
crenças, valores e costumes aprendidos que tem como objetivo direcionar o comportamento
dos membros de uma determinada sociedade.Nela estão inseridos idiomas, conhecimentos,
leis, religiões, música, hábitos alimentares, arte, tecnologia, tipos de trabalho, produtos, entre
outros, que formam a “personalidade” da sociedade (SCHIFFMAN e KANUK, 2000). Assim,
durante o crescimento, uma criança sofre influência de sua vida familiar e de instituições
básicas da qual faz parte e termina por absorver um conjunto de valores, percepções,
preferências e comportamentos (KOTLER, 1998).
49
Desse modo, o autor ressalta que a tarefa das empresas é identificar os grupos de
referência e, além disso, identificar os líderes de opinião destes grupos. Um líder de opinião é
aquele responsável pela transmissão de informações a respeito de produtos ou marcas e tem
poder de influência dentro do grupo do qual faz parte. Quanto mais os indivíduos se
identificam e estimam os grupos nos quais estão inseridos, mais as suas decisões são
moldadas pelos mesmos.
Por ser uma animal social, os autores discutem que o homem caracteriza-se pela
participação e interação durante sua vida em diferentes grupos como família, clubes e
organizações, se comportando de maneira distinta em cada situações que vivenciam. Para
Kotler (1998), os papéis caracterizam-se como atividades que são esperadas que uma pessoa
desempenhe. Por exemplo, uma mesma pessoa pode ser filho, pai e gerente de vendas. Ainda
de acordo com o autor (1998, p. 168) “cada papel significa uma posição social”, e exemplifica
mencionando um juiz do Supremo Tribunal que possui um status maior do que um gerente de
vendas. Nesse sentido, os indivíduos buscam por produtos que representem seu papel e status
diante da sociedade.
51
Nos fatores pessoais estão inseridos a idade e o estágio do ciclo de vida, ocupação,
situação econômica, estilo de vida, personalidade e auto-estima. A idade influencia na decisão
de compra à medida que o indivíduo se desenvolve e passa a consumir diferentes tipos de
produtos no decorrer de sua vida. Os bens adquiridos durante a fase em que se é criança são
diferentes dos consumidos quando adultos ou idosos (KOTLER, 1998).
O estágio do ciclo de vida do qual o indivíduo faz parte, também influi na decisão de
compra, e neste caso podem ser identificados pelo menos 9 estágios pelos quais uma pessoa
pode passar, expostos de acordo com Kotler (1998, p.169) da seguinte maneira: solteiros,
composto por jovem que não vive com a família; recém-casados, onde estão os jovens, porém
sem filhos; ninho cheio I, casal com filhos com menos de 6 anos de idade; ninho cheio II,
casais com filhos acima de 6 anos de idade; ninho cheio III, casais maduros com filhos ainda
dependentes; ninho vazio I, casais maduros com filhos vivendo fora de casa e o chefe da
família trabalhando; ninho vazio II, casais maduros com filhos vivendo fora de casa e o chefe
da família aposentado; sobrevivente solitário, que trabalha; e, sobrevivente solitário,
aposentado.
Por fim, as decisões de compra são também influenciadas por fatores psicológicos
como motivação, percepção, aprendizagem e crenças e atitudes. Schiffman e Kanuk (2000,
p.60) definem motivação como “a força motriz interna dos indivíduos que os impele à ação”.
Para os autores, esta força é estimuladaa medida que o indivíduo se depara com um estado de
tensão, causada pela não satisfação de uma necessidade. As necessidades, de acordo com
Kotler (1998), podem ser fisiológicas quando oriundas de estados psicológicos de tensão
como fome e sede, e as necessidades psicológicas, que surgem à medida que o indivíduo se
encontra em um estado psicológico de tensão como a necessidade de estima ou posse. Em
termos gerais, o estado de tensão somente é apaziguado quando ocorre a satisfação da
necessidade.
53
A percepção é outro fator que influencia nas escolhas do consumidor. Para o autor,
percepção é a maneira como o indivíduo seleciona, interpreta e organiza as informações que
recebe do mundo para se situar nele, havendo, dessa forma, uma interação entre as
características do ambiente no qual se encontra com as suas características próprias, o que
caracteriza a percepção como um fator subjetivo, pois varia de pessoa para pessoa.
Muitas empresas tem buscado segmentar mercados por gerações, já que estas podem
englobar indivíduos com características semelhantes que sofrem influências análogas de
acordo com o meio em que vivem. Assim, música, filmes, situação política e eventos
importantes são fatores capazes de dividir uma geração de outra e estabelecer um perfil que
pode ser aproveitado pelas organizações visando explorar o consumo (KOTLER, 1998). Deste
modo, analisá-las em separado possibilita que seja traçado um perfil para grupos que podem
se tornar nichos de mercado.
Esta foi a primeira geração a crescer com a televisão, a vivenciar os primeiros passos
do rock androll tendo ídolos como Elvis Presley e The Beatles e a crescer com fastfoods. Foi
também esta geração que impulsionou alguns movimentos sociais como a luta por direitos
gays e o movimento feminista, além de vivenciar a Guerra do Vietnã e a Guerra Fria
(SANTOS et al., 2011; BARNERS, 2007).
Para Oliveira (2009) apud Santos (2011), os baby boomers são considerados
workaholies (pessoas viciadas em trabalho), motivadas e otimistas, as quais aspiravam
construir um novo mundo após o período das guerras. Cresceram em ambientes onde padrões
de obediência e disciplina eram exaltados, desencadeando basicamente em dois tipos de
jovens: o rebelde e o disciplinado. O primeiro buscava externalizar a rebeldia transgredindo as
regras sociais, principalmente através da arte, tendo uma tendência natural ao rock and roll. O
segundo buscava controle e estabilidade no ambiente de trabalho, constituir família,
possuindo um comportamento politicamentecorreto.
55
4.2.2 Geração X
Para Cidreira (2008, p.37), “os hippies propunham uma nova maneira de agir e pensar,
uma transformação da mentalidade vigente a fim de engendrar um novo contexto social que
poderia ser chamado neotribal”. Este evento que tomou proporções globais foi marcado pelo
forte questionamento das normas sociais e transgressão das mesmas, além de evidenciar uma
grande preocupação com o coletivo em detrimento do individual. Além disso, ídolos pop
emergiram como representantes desta geração, confrontando a ordem social do momento, a
exemplo da cantora Madonna (ESTADÃO, 2004)
Foley e LeFreve (2001) argumentam que a maioria dos pais da geração X trabalhava
fora de seus lares, deixando seu filhos aos próprios cuidados em uma idade bastante pequena.
56
Isso não os tornou pessoas egoístas, mas pessoas mais independentes. Além disso, atores
políticos estimulavam os cidadãos a pensarem mais em si mesmos, alertando-os que se eles
próprios não o fizessem, ninguém faria.
As autoras ainda afirmam que esta geração, em geral, entende e aceita a diversidade
racial e sexual, considerando-as como natural no curso da sociedade. Destacam que, embora
as mulheres tenham vivenciado uma maior aceitação no mercado de trabalho, estas não se
dispõem a comprometer o lar e família pela carreira, situação oposta à postura dos pais baby
boomers.
Em relação ao consumo, Kotler (1998) argumenta que os integrantes desta geração são
mais cuidadosos ao avaliar produtos, tendendo a serem resistentes a propaganda saturada, no
entanto, bastante interessados quando o produto é do seu interesse.
4.2.3 Geração Y
Para autores como Veloso et al. (2011), a geração Y é composta por nascidos a partir
da década de 80 até 1991. Para outros, como Cara (2008), esta geração inicia-se a partir de
1982 e vai até o início do século XXI, porém argumenta em razão da imprecisão destas datas.
Já Bartsch (2012) enfatiza que a maioria da literatura aponta os nascidos entre 1981 e 1995.
Concomitante ao uso da rede, o integrante desta geração dispõe também de MP3 players,
iPods e celulares, e despendem grande parte do seu tempo na utilização destes aparelhos
como também em salas de bate-papo como o MSN (CARA, 2008).
Os Y’s compõem uma geração que tende a receber uma maior atenção dos pais, sendo
estes fomentadores de suas autoestimas. Em relação ao comportamento tendem a ser
irrequietos e a não serem tão pacientes. Além disso, por estarem ligados à mídia são também
mais propensos a receber estímulos da moda e do entretenimento. A geração Y destaca-se
também por possuir domínio e rápido acesso à informação, facilitado pela internet, o que faz
com que as gerações anteriores sejam “forçadas” a procurar meios de adaptação neste novo
contexto (PEREIRA et al., 2006).
4.2.4 Geração Z
aptidão natural para lidar com objetos eletrônicos. A letra “Z” desta geração, para Bublitz
(2012), tem origem no ato de “zapear”. O autor também caracteriza esta geração como
possuidora de um perfil multitarefa, dada a facilidade com que realizam diferentes tipos de
atividades ao mesmo tempo.
Como salienta Wiesel (2010), além de tecnologia, outra palavra tem sido corriqueira
para esta geração: sustentabilidade. Para o autor, os integrantes desta geração estão mais
preocupados com a utilização dos recursos no planeta e desenvolvem uma consciência
ambiental desde a escola, o que pode refletir em hábitos sustentáveis de consumo. Paralelo a
estas características, são tidos como indivíduos criativos e dinâmicos.
Os Z’s são grandes utilizadores das redes sociais, exercendo, desta maneira, seu livre
arbítrio, postando conteúdos diversos de acordo com os seus valores, denotando ainda, uma
forte transparência para com o meio. Além disso, assim como os Y’s, os Z’s também são tidos
como indivíduos impacientes, fruto, em grande parte da dinâmica de uso da internet.
A geração alfa é a geração mais recente presente na sociedade. Bartsch (2012) destaca
que os integrantes desta geração são os nascidos a partir do ano de 2010. Embora pouco se
saiba a respeito da mesma, a autora argumenta que os alfas se caracterizam por um alto grau
de educação e instrução, e enfatiza que estes são indivíduos privilegiados já que nenhuma
outra geração teve tanto acesso ao conhecimento humano quanto esta. Serrano (2011)
acrescenta, que os integrantes desta geração destacam-se por estarem eternamente conectados
e estarem mais preocupados com a ecologia e o meio ambiente.
Neste sentido, definir um padrão para o perfil do consumidor on-line tem sido uma
tarefa complexa para os pesquisadores da área, em função das constantes transformações
promovidas pelo avanço tecnológico, que ainda vem modificando substancialmente a
sociedade e em um espaço de tempo relativamente pequeno. Entretanto, é possível apontar
para fatores que evidenciam diferenças relevantes em estudos desenvolvidos para entender
como o indivíduo se comporta realizando compras no mundo virtual. Dentre as características
mais relevantes, destacam-se o nível de renda e educacional, onde, os compradores habituais
na internet possuem estes fatores mais elevados que os que não compram por este canal
(MORGADO, 2003).
Em relação aos fatores que motivam o uso da internet, de acordo com Morgado
(2003), as motivações são de caráter hedônico (prazer e diversão) e utilitário (resolução de um
problema). Em geral, a facilidade de uso percebida tanto para o trabalho quanto para o lazer,
bem comoa utilidade e o prazer e a diversão percebidas estimulam o indivíduo a usar a
60
Pela ótica dos desenvolvedores de websites, como salienta o autor, para um site obter
sucesso ele precisa ter qualidade em suas informações, fornecendo serviços de pré e pós
venda, proporcionar o uso do sistema pelo cliente de modo que este se sinta no controle da
transação, e o site deve ainda oferecer diversão e entretenimento para o consumidor, além de
também apresentar qualidade no design do sistema. Sites mais bem elaborados tendem a reter
a atenção do consumidor e atuar como um estímulo à compra.
Dentre estes fatores, embora a segurança não tenha sido citada, subentende-se que esta
seja uma condição mínima para um cliente realizar a compra em um site. Neste sentido, uns
dos fatores limitantes do comércio on-line estão relacionados com a segurança e privacidade
dos consumidores. Além disso, o apoio recebido durante a transação e os serviços pós-venda
também são fatores essenciais para o consumidor comprar em determinado site (MORGADO,
2003).
V CAPÍTULO
Exposta ao showbusiness local, no ano de 2007, Gaga foi contratada pela Streamline
Records, uma parte do imenso selo Interscope. Na Streamline Records, Gaga trabalhava
com o cantor Akon como compositora criando músicas para cantoras consagradas como
Britney Spears e o grupo americano The Pussycat Dolls. No entanto, algum tempo depois,
Akon manifestou interesse no trabalho de Gaga de modo que as composições fossem
direcionadas apenas para ela, e, dessa forma, acabou contratando-a também para a sua
própria gravadora: a Kon Live Distribution que assim como a Streamline Records, era um
selo da Interscope Records que, por sua vez, também contratou Gaga (PHOENIX, 2009).
Lady Gaga possuía 3 selos: Streamline Records, Kon Live Distribution e Interscope
Records. Sua carreira estava prestes a decolar. Abstendo-se de compor músicas para outros
artistas, os esforços seriam agora direcionados apenas para a composição de suas próprias
músicas, que seriam utilizadas para o seu próprio álbum.
A partir das informações levantadas, o nome “GaGa” não foi criado por Stefani. Nas
duas versões apresentadas, o nome foi definido por terceiros, que fazem parte da sua equipe
63
5.1.2 Álbuns
Em agosto de 2008, Lady Gaga lançou seu disco de estréia: The Fame. Seu primeiro
single - música produzida principalmente para lançar ou divulgar um determinado álbum de
um artista, podendo mesmo anteceder ou suceder o lançamento deste trabalho (WIKIPEDIA,
2012) - foi a música “Just Dance” alcançando o topo das paradas de 6 grandes países, entre
eles Estados Unidos e Austrália. Com isso, Lady Gaga conseguiu indicação para o Grammy
Awards1. O segundo single obteve um sucesso ainda maior, a música intitulada “Poker Face”
atingiu o número 1 da maioria dos mercados musicais do mundo, proporcionando-a novas
indicações e prêmios ganhos no período, dentre eles o Grammy de Melhor Álbum
Eletrônico/Dance.
The Fame ficou mais de 70 semanas no top 20 dos álbuns mais vendidos do
mercado americano (...). Ajudaram nessa sustentação os singles Poker Face (lançado
em setembro, campeão em quase 20 países), Eh-Eh (Nothing Else I CanSay), Love
Game e Paparazzi. A loira havia operado um milagre pop: em plena recessão
econômica, seu disco era um sucesso estrondoso de vendas. E de crítica. Em
dezembro, recebeu três indicações ao Grammy: melhor canção, melhor álbum e
gravação dance. Venceu esta última categoria, com Poker Face (BIZZ, 2010, p.28).
No total, de acordo com o site da Billboard (2011) e da CBS News (2010), o álbum
The Fame vendeu mais de 12 milhões de cópias em todo o mundo. A turnê intitulada The
Fame Ball Tour foi iniciada em março de 2009, e passou por países da América do Norte,
Europa, Oceania e Ásia (WIKIPEDIA, 2012), encerrando suas apresentações em agosto de
2009. Durante o período de apresentações, Gaga já trabalhava na composição do seu
segundo álbum: The Fame Monster, que foi lançado em novembro do mesmo ano (BIZZ,
2010).
Podem ser levantadas discussões quanto à rapidez em lançar outro álbum enquanto
o primeiro ainda era sucesso mundial. Entretanto, o álbum The Fame Monster foi vendido
1
Prêmio da indústria musical internacional, apresentado anualmente pela National Academy of Recording Arts
and Sciences dos Estados Unidos da América, honrando conquistas na arte de gravação musical e provendo
suporte à comunidade da indústria musical.
64
em conjunto com o álbum The Fame na forma de encarte, que segundo a cantora, são obras
complementares (BIZZ, 2010).
O primeiro single do álbum The Fame Monster foi a música “Bad Romance”, lançado
digitalmente em outubro de 2009, com estréia de videoclipe em novembro do mesmo ano
(WIKIPEDIA, 2012). Atualmente, o videoclipe possui 495.436.973 milhões de visualizações
no site do YouTube (2012). Dentre os outros singles lançados no álbum estão: “Alejandro” e
“Telephone”, esta última com participação da cantora Beyoncé. O álbum foi o mais vendido
do ano de 2010, contabilizando aproximadamente 6 milhões de vendas mundiais (MTV,
2010).
A turnê do segundo álbum ficou conhecida como The Monster Ball Tour, que, de
acordo com a Revista Bizz (2010) iniciou em novembro de 2009 e totalizou mais de 115
apresentações até o seu encerramento, em setembro de 2010. Segundo a Billboard (2011),
durante a The Monster Ball Tour, Gaga apresentou-se para um total de 2,5 milhões de pessoas
em todo o mundo e sua turnê arrecadou mais de 227 milhões de dólares. Com o sucesso da
turnê, a HBO – um canal por assinatura – fez um especial do show da cantora, e lançou o
DVD “Lady Gaga Presents: The Monster Ball Tour At Madison Square Garden” que
começou a ser vendido em novembro de 2011 (BILLBOARD, 2011).
Incansável em suas atividades, Lady Gaga lançou seu atual álbum de trabalho “Born
This Way” em maio de 2011. Até o momento, Gaga trabalha com 5 singles: “Born This Way”
que foi a primeira música e entrou para a história de vendas na iTunes Store com mais de um
milhão de cópias vendidas nos 5 primeiros dias de lançamento. A música alcançou o topo das
paradas de 23 países (MTV, 2011). O segundo single foi a polêmica “Judas”, seguida por
“The Edge Of Glory”, “You And I” e “Marry The Night”. Atualmente, a cantora realiza
shows pelo mundo com sua turnê intitulada The Born This Way Ball, que de acordo com a
Wikipedia (2012), os rendimentos já ultrapassam de 118 milhões de dólares, cujo término está
programado para o mês de janeiro de 2013.
Lady Gaga realiza contato com seus fãs por intermédio de redes sociais como Twitter
e Facebook. Com contas verificadas nos dois sites, a cantora é recordista em número de
usuários no Twitter, tendo mais de 30 milhões de seguidores, segundo a BBC e a Exame
65
Ainda de acordo com Forbes (2012), Lady Gaga ocupa o segundo lugar dentre as
superestrelas que mais utilizam as redes sociais. A cantora faz uso destas plataformas online
com o intuito de divulgar informações sobre álbuns, turnês e questões pessoais. Lady Gaga
também foi eleita a segunda Celebridade Mais Poderosa, ficando atrás apenas da
apresentadora Oprah Winfrey. Além disso, em outra lista da revista Forbes que pretende
reunir as Mulheres Mais Poderosas do Mundo, a cantora foi eleita a décima quarta,
considerando a sua força nas redes sociais de conseguir atingir um grande número de usuários
com suas mensagens. Esta lista também contemplou a presidente do Brasil, Dilma Rousseff,
com a terceira colocação (FORBES, 2012). Já em uma lista organizada pela revista Time
(2010), a cantora foi eleita uma das pessoas mais influentes do mundo no ano de 2010.
A cantora vem utilizando a internet como forma de alavancar sua carreira. O contato
efetivo com os fãs com a definição de um apelido para os mesmos – a cantora os chama de
little monsters, que em português significa “monstrinhos” – Lady Gaga cativa-os e os torna
fiéis seguidores, que como resultado, vem proporcionando recordes para a cantora que
ultrapassam artistas que estão há mais tempo no mercado musical. No ano de 2010, Lady
Gaga acumulava mais de 6 milhões de fãs no Facebook, Britney Spears, que neste mesmo
ano, com dez anos a mais de carreira em relação a Lady Gaga acumulava 2,6 milhões de fãs,
enquanto que Madonna, possuía pouco mais de 1,3 milhões (BIZZ, 2010). Este fato
evidencia que Lady Gaga tem buscado seu diferencial no relacionamento com seus fãs por
intermédio da internet.
Dentre os resultados obtidos com esta ação mercadológica, em agosto de 2012, através
de sua própria conta no Twitter, a cantora anunciou estar animada por sua rede social estar
próxima da marca de 500.000 usuários, evidenciando assim, o êxito desta ação em pouco mais
de dois meses de existência.
Figura 1: Lady Gaga anuncia que a littlemonsters.com está próxima da marca de 500 mil usuários.
Em meados de setembro do ano de 2012, a cantora Lady Gaga lançou sua fragrância
Fame, no Museu Guggenheim, em Nova York (FORBES, 2012). A inserção em um novo
segmento de atuação demonstra que a cantora vem hoje tentando expandir seu campo de
atuação, ultrapassando as fronteiras do show business e adentrando no setor de cosméticos. A
linha de produtos foi desenvolvida em parceria com uma gigante deste setor, a empresa Coty
e a Haus Laboratories – outra equipe de Lady Gaga.
A festa de lançamento da primeira fragrância de Lady Gaga, Fame, não foi usual,
como já era esperado. Para o lançamento de sua primeira fragrância, Gaga criou uma
peça teatral chamada "Dormindo com Gaga." Os convidados puderam tocar em
Lady Gaga através de uma pequena abertura, enquanto ela dormia dentro de uma
réplica gigante do frasco do perfume Lady Gaga Fame. Depois de supostamente
acordar e após seus '15 Minutos de Fama fora da garrafa’, o tatuador Mark Mahoney
fez uma tatuagem de um anjo no pescoço de Lady Gaga. A aplicação da tatuagem
foi transmitida ao vivo através do LittleMonsters.com, para os fãs.
Destaca-se ainda que a colônia vendeu mais de seis milhões de frascos em uma
semana, como ressalta o site da revista Vogue (2012) e a revista eletrônica NME – New
Musical Express (2012). O anúncio também foi feito via Twitter, através da conta oficial da
cantora, como demonstrado abaixo (Figura 2):
Figura 2: A cantora anuncia mais de 6 milhões de frascos vendidos em uma semana, sendo esta a
segunda fragrância vendida mais rapidamente, perdendo apenas para Coco Chanel.
5.1.6Merchandising
Em função de sua alta visibilidade no mercado mundial, a cantora tem sido procurada
por grandes marcas para tentar alavancar suas participações no mercado. Polaroid, Chanel,
Virgin Mobile, HP, Chevrolet, Diet Coke, Carrera, Nintendo WII, Plenty Of Fish, Nemiroff,
Pontiac, Giuseppe Zanotti, Calvin Klein, dentre outras, são algumas das marcas que firmaram
parceria com Lady Gaga, principalmente via divulgação nos clipes da cantora.
A Polaroid, uma empresa que ficou famosa na década de 80 e 90 por produzir câmeras
analógicas que tiravam fotos instantâneas, destaca-se por firmar parceria com Lady Gaga em
um momento de extrema sensibilidade no mercado para a empresa. Com o avanço da
tecnologia e a inserção de câmeras digitais a Polaroid perdeu mercado e ficou à beira da
falência. No entanto, no início de 2010, a empresa anunciou Lady Gaga como nova diretora-
criativa. Como resultado, em janeiro do mesmo ano, a Polaroid conseguiu alcançar uma
visibilidade desejada, sendo um dos assuntos mais comentados em redes sociais como Twitter
e em blogs (BIZZ, 2010; ROLLING STONE, 2010).
Além disso, Lady Gaga possui parceria com a empresa Monster Bucks. A cantora
assina os fones de ouvido Heartbeats, lançados no ano de 2009, o qual foi co-produzido pelo
rapper Dr. Dre. Ademais, a cantora empresta sua imagem para outras empresas, a exemplo da
Google, que criou um vídeo de divulgação para o navegador Google Chrome (YOUTUBE,
2011), caracterizando assim, a indústria do endosso, como salienta Rein et al. (1999).
A cantora, embora não tenha uma grife própria, possui produtos à venda em seu site
oficial – www.ladygaga.com – como camisetas, jaquetas, moletons e bonés. O site ainda
oferece adesivos, perucas, pen drive, óculos personalizados, fantasias, CDs, bolsas, cartão de
natal, bloco de anotações, fones de ouvido, capas para celular, pôsteres e músicas digitais,
acessórios que também são comercializados durante as turnês em torno do mundo, como
exposto no Anexo I.
Lady Gaga tem sido procurada para estrear em novos setores do show business. De
acordo com a MTV, a ABC News e a Exame (2012), a cantora foi escolhida para interpretar
69
Percebe-se que em relação aos filmes nos quais a cantora possui participação através
de sua música, o público alvo tem sido as gerações mais recentes, Y e Z. O filme infantil
Alvin e os Esquilos explora ainda a geração alfa, a qual engloba os nascidos a partir do ano de
2009, que é também um público do filme.
De acordo com o New York Post (2010), a cantora também foi tema na série Glee.
Dentre as músicas interpretadas estão Poker Face e Bad Romance, além de as personagens
também utilizarem figurinos da cantora. A série adolescente de comédia musical lançou ainda
outro episódio intitulado Born This Way, em que a temática do episódio consistia em
autoaceitação. Os integrantes da série cantaram a música Born This Way (BILLBOARD,
2011). A cantora ainda participou da série Gossip Girl, apresentando a música Bad Romance,
como destaca a MTV (2009).
Uma das parcerias mais recentes da cantora foi com a Skype. Através desta ação, foi
criado um site com objetivo de acompanhar a turnê The Born This Way Ball Tour,
possibilitando um espaço onde os fãs podem enviar recados, postar fotos e vídeos dos shows
dos quais participam (MSN, 2012).
70
De acordo com a MTV, o New York Daily News, a Rolling Stone e a Born This Way
Foundation (2012), a cantora Lady Gaga inaugurou no início de 2012 uma fundação sem fins
lucrativos, a Born This Way Foundation, que conta com o apoio da Mac Arthur Foundation,
The California Endowment e educadores da Universidade de Harvard. A fundação tem como
objetivo principal construir uma sociedade mais tolerante, fortalecer a juventude através da
promoção do bem-estar e a autoconfiança dos jovens, caracterizando-se assim como uma
resposta ao bullying.
No ano de 2012, quando Barack Obama aprovou o casamento entre pessoas do mesmo
sexo, Lady Gaga parabenizou o presidente dos Estados Unidos por estar seguindo em direção
ao futuro, em vez de regredir celebrando o preconceito (BBC, 2012).
Fonte: Twitter
71
Ainda como ação social, a empresa de cosméticos MAC, em parceria com Lady Gaga,
lançou um batom intitulado Viva Glam Gaga Lipstick, “cujos lucros são revertidos para um
fundo que beneficia vítimas da aids” (BIZZ, 2010, p.75). A cantora enfatiza no documentário
“Gaga by Gaultier” (2011) que o objetivo maior é conscientizar as mulheres sobre os perigos
do HIV, que não é uma doença exclusiva dos gays.
Outra ação da cantora aconteceu após o terremoto de 2011 que assolou o nordeste do
Japão gerando tsunamis. Lady Gaga realizou campanhas para arrecadar fundos visando
reconstruir o país. De acordo com o Daily Mail (2011), a cantora criou uma pulseira que
continha a mensagem “We pray for Japan” (Rezamos pelo Japão), que vendidas à $ 5 (cinco
dólares), arrecadaram cerca de 3 milhões de dólares para os desabrigados (TERRA, 2011).
Reuters (2011) ressalta ainda, que a cantora leiloou uma xícara que utilizou em
entrevistas no Japão por 75 mil dólares. O site Terra (2011), afirma que Lady Gaga participou
de outras atividades beneficentes no Japão, realizando shows e desenhando roupas em
parceria com outras celebridades cujos lucros seriam doados para a reconstrução do país.
5.1.9 Publicidade
Lady Gaga é conhecida por suas músicas mas também por seu visual peculiar e
simbólico, por este motivo, a cantora tem sido uma espécie de radar para captar a atenção da
mídia. Dentre os figurinos extravagantes da cantora destacam-se: vestido de bolhas, roupas
transparentes com temáticas polêmicas como “a antideusa”, armadura dourada de guerreiros
vikings, burca, fita isolante para cobrir os mamilos, roupa transparente com lagosta na cabeça,
jaqueta de sapos de pelúcia, chapéu de cabelo, sapatos com saltos invertidos, ombreiras
inspiradas em globos de espelho, tinta branca e pérolas no corpo e roupa de vinil (BIZZ,
2010; THE SUN, 2011).
No Video Music Awards 2009 - VMA, quando ganhou o troféu de Artista Revelação,
a cantora foi uma atração a parte. Usando 6 modelos de roupas diferentes, Lady Gaga foi o
centro das atenções do evento, mas o ápice foi a apresentação da música Paparazzi, em cuja
performance a cantora sangrou no meio do palco, como parte de uma atuação dramática e
teatral (BIZZ, 2010).
72
No entanto, um dos casos que mais ganhou repercussão e gerou polêmica na mídia
mundial foi quando a cantora participou do VMA 2010, usando um vestido de carne (Anexo
II). De acordo com a BBC News e a MTV (2010), esta atitude chamou a atenção dos
membros do PETA (People for the Ethical Treatment of Animals – Pessoas pelo Tratamento
Ético dos Animais) e alvoroçou os canais de comunicação de todo o mundo. Além disso, dos
16 prêmios do evento, Lady Gaga ganhou 8, com destaque para a música Bad Romance que
foi eleita como o Vídeo do Ano (MTV, 2010).
No Brit Awards 2010, a cantora também marcou presença e levou três prêmios, como
ressalta o Daily Mail (2010). Para a revista Bizz (2010), um dos figurinos incomuns da
cantora neste evento foi uma roupa estilo fantasmagórica (Anexo III), que mais parecia um
espantalho, e que dias depois, um fazendeiro resolveu adaptar o modelo em sua plantação que
diz ter obtido resultados positivos.
Lady Gaga não só é reconhecida por seus figurinos extravagantes e pelas perfomances
incomuns, como também vem conseguindo seu lugar na mídia através de declarações
polêmicas. Rumores sobre ser hermafrodita povoaram as plataformas de comunicação no
início da carreira da cantora, boato que foi desmentido pela mesma, como relata o jornal The
Sun (2009). Outra declaração polêmica da cantora foi quando assumiu ser bissexual
(ROLLING STONE, 2009). No ano de 2010, a cantora admitiu ter sido diagnosticada com
uma doença genética, a lúpus – doença que ataca o sistema imunológico, e este passa a causar
danos ao próprio organismo – mas, que, no entanto, não apresentava sintomas da doença (G1,
2010). A cantora ainda detém a atenção da mídia em função das polêmicas com a cantora
Madonna. Fãs da Madonna afirmam que a música Born This Way da cantora Lady Gaga é
plágio da música Express Yourself, fato que tem sido alimentado por Madonna e gerado ainda
mais discussão (IG, 2012). Contudo, um dos assuntos mais recentes da cantora foi sua
fantasia para o Halloween 2012, a cantora fantasiou-se de “maconha”, postando fotos em sua
rede social, a LittleMonsters.com e no Twitter (EGO, 2012).
A cantora ainda explora outras formas de chamar atenção da mídia sem que seja a
utilização de assuntos polêmicos, mas que são no mínimo estranhos e curiosos. Lady Gaga
73
possui um alter-ego masculino chamado Jo Calderone, que tem inclusive uma biografia, como
salienta a Vogue Brasil (2011). Na recente vinda ao Brasil, em sua lista de exigências a
cantora afirmou querer 6 lhamas para realizar o seu transporte na cidade do Rio de Janeiro, e
ainda enfatizou que os animais não poderiam ser mancos. O fato foi esclarecido e tudo não
passou de um teste para saber se a lista de exigência seria lida até o final (GAZETA ONLINE,
2012). A repercussão desta “brincadeira” estampou os principais canais de notícias do país.
Outro fato curioso envolvendo a cantora foi que a Universidade da Carolina do Sul
criou uma disciplina intitulada “Lady Gaga e a Sociologia da Fama”, enxergando-a como um
fenômeno social (ROLLING STONE, 2010). Além disso, recentemente um grupo de
cientistas deu o nome de Gaga Germanotta para uma nova espécie de samambaia, a intenção
dos cientistas foi homenagear a cantora por se engajar em lutas por direitos igualitários
(EXAME, 2012).
Embora detenha uma equipe altamente qualificada, Lady Gaga também participa do
processo de criação. Este fato ficou evidente no documentário “Gaga by Gaultier” lançado em
2011, evidenciando que a cantora participa da elaboração de seus figurinos, coreografia e
direção. No documentário a cantora argumenta que sempre se sentiu famosa e que sempre
teve vontade de utilizar seu poder, potencializado pela fama, para realizar ações úteis para a
sociedade (GAGA, 2011). Rein et al. (1999, p.51) ressaltam que a origem e ascensão de uma
celebridade é derivada de um processo estratégico de marketing, “realizado por agentes e
gerentes, por grandes instituições que precisam de pessoas altamente visíveis e por indivíduos
que desejam ser celebridade”.
75
VI CAPÍTULO
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
casas de show nas quais se apresentava eram voltadas à este público. Aos poucos a cantora foi
modificando sua personalidade, suas apresentações e também o conteúdo dos seus álbuns.
A despeito das habilidades musicais da cantora, é evidente que estas podem ser
transformadas visto a complexidade da indústria da celebridade. No entanto, como defendido
por Rein et al. (1999) é imprescindível que haja um padrão mínimo de talento, ou
características pessoais que diferenciem um aspirante a celebridade de outras pessoas, como o
desejo em tornar-se altamente visível. A Lady Gaga mostra-se extremamente onipotente em
termos de desejar a fama, e este fato corrobora com o que foi exposto por Maquiavel em seu
clássico “O Príncipe” quando disserta que para o príncipe tornar-se um governante deve
primeiramente desejar o poder,mas sabe-se que as habilidades musicais da cantora sofrem
constante modificações sob acompanhamentos profissionais, e este também foi o propósito de
“O Príncipe” ter sido escrito, como forma de balizar as ações de um governante. Ademais,
77
Deste modo, definindo-se um público-alvo a cantora pode definir um nome, que é sua
marca, sua embalagem, que neste caso apresenta-se na forma do seu estilo visual, trabalhar
voz, postura, sinais e símbolos que estivessem de acordo com os desejos e necessidades da
audiência, como defendido por Rein et al. (1999), para então posicionar-se. Entende-se
também, que neste caso, a cantora é um “serviço embalado”, como salientou Kotler (1986)
com o objetivo de satisfazer seus clientes.
Através das principais redes sociais do mundo como Facebook e Twitter, Lady Gaga
desenvolve um efetivo contato com o consumidor, aproveitando-se de um dos maiores bens
da era digital: a interatividade. É por meio destas redes que a cantora mantém contato com os
seus fãs e também é por meio delas que reúne informações, críticas e sugestões que irão
refletir no seu posicionamento futuro. Além das redes sociais tradicionais, a cantora ainda
utiliza uma rede social própria, a LittleMonsters.com, cujo contato exige um esforço maior
além do simples “curtir” no Facebook, ou “seguir” no Twitter.
Vale ressaltar que esta pode ser entendida também como uma ação de venda pessoal
direta, que como salientou Kotler (1986; 1998), é uma das melhores metodologias de venda,
posto que este tipo de comunicação possibilita que haja um contato direto, imediato e
recíproco entre duas ou mais pessoas, podendo haver ainda a manutenção de relacionamentos.
Neste caso, é possível identificar uma ampliação no sentido das vendas pessoais da cantora.
Sob o respaldo da tecnologia da informação – a internet – esta ação potencializa-se já que
atinge milhões de consumidores simultaneamente em todo o mundo.
Tal fato demonstra que a equipe responsável pela produção e assessoria da cantora
está atenta às oportunidades do ambiente, que notoriamente a partir deste feeling, vem
possibilitando um contato efetivo com o consumidor, conhecendo mais de perto seus desejos
e necessidades, bem como suas características demográficas, para então melhorar as
estratégias atuais, desenvolver novas estratégias e novos produtos para posicionar-se diante
dos seus clientes. Reflexo desta pesquisa de mercado pode estar vinculado ao novo álbum da
cantora, que por meio das redes sociais, anunciou que será uma experiência multimídia cujo
conteúdo consistirá em um pacote de aplicativos para os diversos aparelhos eletrônicos da
atualidade.
Para se tornar conhecida em torno do mundo Lady Gaga tem apelado fortemente para
a publicidade. A cantora consegue explorar ao máximo suas capacidades com o objetivo de
atrair a atenção da mídia. Para a revista Bizz (2010), “Lady Gaga causa tanto impacto porque
foge dos parâmetros habituais de ídolo pop”. Neste sentido, a indústria fonográfica
acostumou-se ao fato de produzir ícones femininos pop com características padronizadas em
termos de beleza e tipo físico, contudo, a cantora tem feito tudo ao contrário. O início da
carreira da cantora foi um tanto conturbado (GAGA, 2011), pois durante muito tempo a
indústria da celebridade relutava em promover celebridades controvertidas, já que acreditava
que isto ameaçaria a credibilidade do produto. Entretanto, com as constantes transformações
do mercado, hoje a cantora Lady Gaga é uma das cantoras pop mais conhecidas do mundo. A
80
cantora tem explorado suas aparições em eventos, premiações e situações cotidianas como
forma de manter-se e ganhar destaque na mídia.
Esta estratégia possui forte ligação com o composto mercadológico quando analisadas
sob o aspecto das decisões de promoção, na qual a publicidade tem sido uma estratégia efetiva
de chamar a atenção das mídias de massa e, portanto, atingir um número considerável de
audiência.
Além disso, a cantora também explora o merchandising com outras marcas, que
acabam gerando patrocínio na divulgação de seus clipes e também outras formas de geração
de renda e conceito. No merchandising há uma dupla preocupação entre a marca que vincula
seu nome a um determinado produto e vice-versa. A preocupação mútua está relacionada ao
choque de valores e imagem com os públicos que podem ser distintos. Dentre as marcas que
procuram Lady Gaga como uma espécie de vitrine de exposição estão aparelhos eletrônicos
de grandes marcas, marcas famosas de roupas e calçados que tem figurado principalmente nos
clipes da cantora.O lugar certo e a hora certa do merchandising podem estar relacionados com
a tentativa destas grandes marcas em absorver parte do público-alvo da cantora para si, a
exemplo das grandes empresas da moda que podem estar interessadas em uma fatia do
público gay da cantora.
Lady Gaga, além disso, possui uma fundação sem fins lucrativos e realiza ações
permanentes em torno de assuntos sociais, como a defesa dos direitos homossexuais, a luta
contra a AIDS e o combate ao bullying. Estas ações evidenciam uma preocupação maior da
artista em promover o bem estar da sociedade, que além de contribuir para o desenvolvimento
dos objetivos sociais, também promove o alcance de objetivos organizacionais do produto
Lady Gaga. Suas ações são divulgadas pela mídia mundial, e portanto, são também formas de
atrair a atenção da audiência e permanecer no centro das atenções.Além disso, funcionam
81
como ações de reforço de imagem junto a seu público-alvo, que dentre suas características
tendem a valorizar posturas socialmente responsáveis.
A cantora ainda busca ampliar seus negócios adentrando em um novo setor de atuação,
os cosméticos. Com o lançamento de uma linha de produtos é possível identificar uma nova
estratégia da cantora. Quando uma organização cria novos produtos ou explora novos
mercados utilizando a sinergia mercadológica do produto da área de negócio principal, esta
estratégia denomina-se estratégia de diversificação horizontal, como foi exposto por Ansoff
(1990). A partir de uma análise acurada sobre o mercado de cosméticos a cantora pode
inserir-se neste ambiente utilizando dos seus canais de distribuição que são empregados para
divulgar o produto Lady Gaga enquanto fenômeno da música para também divulgar sua linha
de produtos de beleza.
Estas estratégias acabam correspondendo ao que foi defendido por Ansoff (1990) ao
tratar das estratégias de carteiras, quando se refere ao vetor de crescimento geográfico. Nele a
organização busca expandir-se através da definição dos rumos dos negócios futuros da
empresa e seu alcance. Neste caso, a cantora tem utilizado a estratégia depenetração de
mercado, personificada por ações como publicidade, merchandising e ações sociais, que pode
ser utilizada mesmo que a organização já tenha produtos e mercados, e, a estratégia de
diversificação, que é a inserção em novos segmentos.
Outra estratégia de carteira proposta por Ansoff (1990) e posta em prática por Lady
Gaga é a sinergia entre as atividades, onde a coordenação do conjunto torna-se prioritária.
Com uma equipe de apoio bastante qualificada e bem estruturada, a Haus Of Gaga tem sido
responsável pela co-produção de figurinos e ideias que são utilizadas pela cantora em sua
trajetória artística, que acabam dando coerência ao conjunto tornando-se parte essencial para o
sucesso da cantora.
Outro fator que pode ter contribuído para o desenvolvimento da cantora foi o
momento em que esta se inseriu no mercado. A cantora lançou seu primeiro CD em agosto de
2008. Neste momento, a música pop americana tinha como representantes principais a cantora
Britney Spears e Madonna. Britney Spears vivia um período de constante instabilidade em sua
vida pessoal. Já Madonna, embora seja de um sucesso incontestável, encontra-se, em estágio
de declínio, tendo sido representante da geração X, mas pouco efetiva no que tange às
necessidades e os desejos das gerações mais recentes. Essas características possibilitaram que
Lady Gaga desenvolvesse um novo apelo para um público “sem celebridade”.
Neste caso, salientando o que foi descrito acima, a estratégia adotada pela cantora é a
estratégia competitiva de diferenciação de serviços. Nela, a empresa esforça-se em oferecer
desempenho superior em uma área de benefício para o consumidormelhor do que seus
concorrentes, como defendido por Ansoff (1990), que, por sua vez, relaciona-se também com
a estratégia genérica de Porter, em diferenciação. Assim, tendo seu público-alvo como avessa
aos padrões sociais, ter um representante que esteja engajado na luta por direitos iguais e
respeito às diferenças tem sido um benefício pouco ofertado por outros artistas da música pop
mundial. Este fator pode ser corroborado com o que foi exposto por Rein et al. (1999), ao
admitir que a sociedade atual tem sido construída a partir de padrões e valores expostos pelos
meios de comunicação.
Dentro das ações que foram utilizadas pela cantora, em um mundo fortemente
influenciado e sustentado pela internet, o relacionamento com o cliente via redes sociais tem
sido fonte de informações para Lady Gaga e palco para desenvolvimento de sua imagem e
vantagem competitiva. Por meio de perfis em redes sociais é possível manter contato efetivo
com os consumidores, que neste caso, estão predominantemente conectados. O contato
possibilita à cantora mensurar níveis de satisfação dos seus clientes, identificar problemas e
colher informações que poderão fazer parte de um reposicionamento no mercado. Assim, à
medida que se estuda o mercado e identificam-se necessidades e desejos, é possível projetar-
se visando atingir novos consumidores e melhores resultados.
Vale ressaltar, que todas as ações realizadas pela cantora não são isoladas, mas ações
em conjunto que tem o objetivo principal de servir o cliente com o que ele deseja, alcançando
assim os objetivos organizacionais da cantora, que estão de acordo com a essência do
marketing contemporâneo, a medida que a artista busca engajar-se em problemáticas sociais,
preocupando assim com o reflexo de suas ações sobre a sociedade.
84
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Embora seja um dos ícones pop mais conhecidos do mundo, a cantora possui uma
legião de críticos a respeito de sua postura exagerada, por vezes, sem pudor, e extremamente
comercial. A partir das análises realizadas neste trabalho, é possível concluir que para muitas
ações realizadas existe um suporte teórico dos princípios da Administração. Entretanto,
admitir que a cantora é um produto fabricado é destituí-la de todo o caráter humano que
possui.
A rápida ascensão da Lady Gaga, por conseguinte, pode estar relacionada com a
efetiva utilização dos meios de comunicação disponíveis aliadas à ações específicas
direcionadas para o público-alvo. Além disso, o talento pessoal sustentado e aprimorado
profissionalmente via assessoria artística e de produção, também contribuem para o alcance
da alta visibilidade da cantora.Conclui-se, deste modo, que apenas o talento não é fator
determinante para tornar-se celebridade, mas este elemento torna-se indispensável juntamente
com uma gestão profissional especializada. E neste sentido, tais ações podem servir como
85
Entende-se, portanto, que a internet tem sido o palco principal da cantora para
desenvolvimento de sua imagem e relacionamento com os clientes, explorando as capacidades
deste meio de comunicação que possibilita uma interação rápida e global, tornando-se assim,
sua vantagem competitiva. Estas observações respondem ao problema da pesquisa ao
identificar no relacionamento com o cliente via internet uma forte base de sustentação de sua
carreira aliada a gestão profissional da mesma. A criação de vínculos duradouros, também
contribui para a compreensão da problemática inicial, visto que o relacionamento com o
cliente quando bem trabalhado, auxiliana fidelização destes.
Durante a pesquisa foi possível analisar queapesar de que a cantora enquanto produto
busca entender as necessidades e desejos do seu público-alvo,este mesmo processo acaba
criando novas tendências na gestão de produtos e até mesmo nomoldede novos
comportamentos nos consumidores, evidenciando, deste modo, novas formas para direcionar
a construção de marcas em um mundo extremamente dependente dos meios de comunicação
virtuais.
Além disso, pode-se perceber uma forte sustentação nas estratégias de carteiras
propostas por Ansoff (1990): o vetor de crescimento geográfico, vantagem competitiva,
flexibilidade estratégica e a sinergia de atividades, que juntas, denotam uma perspectiva
positiva para o futuro da carreira da cantora, visando a expansão do produto, que vem sendo
planejada cuidadosamente por equipes da Lady Gaga.A partir da utilização de estratégias de
crescimento e competitivas o desenvolvimento da carreira da cantora direciona-se para o
longo prazo.
Assim, em pouco mais de quatro anos pode-se dizer que a gestão da marca Lady Gaga
tem passado por um criterioso processo de transformação com o objetivo de consolidar-se em
um mercado extremamente competitivo. A cada momento novas estrelas surgem no show
business, e muitas delas podem seguir os caminhos já percorridos por Lady Gaga a fim de
tornarem-se altamente visíveis. Espera-se que este trabalho possa servir de embasamento para
outras pessoas ou organizações que almejam a alta visibilidade e espera-se também estimular
novos indivíduos na construção de trabalhos voltados para este setor, que tem sido pouco
explorado pela academia - em especial pelo curso de Administração -, e que possui relevante
utilidade, ao passo que cada vez mais, constroem-se sociedades que cultuam nomes e marcas,
e que por estes são influenciadas.
87
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