08/11/2021

NG5 - Convicção e Firmeza Ética

NG5 - Convicção e Firmeza Ética Dilema do trólei
https://www.youtube.com/watch?v=yg16u_bzjPE&t=1s

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Muitas vezes, no decorrer da nossa vida quotidiana, deparamos com O agir humano não está programado pelo instinto.
situações que exigem que optemos por uma determinada acção entre Podemos sempre escolher por entre as diferentes opções que a vida nos
muitas outras. Nestes casos é frequente colocarmo-nos as seguintes oferece. Nisto se manifesta a nossa liberdade e é aqui que se encontram as
questões: raízes da dimensão ética do agir: não nos basta escolher, devemos sempre
escolher o melhor para nós e para os outros, para agir bem, para agir
1. Devo escolher apenas considerando o resultado imediato das moralmente.
minhas acções? Ou devo ter também em conta as consequências
futuras?
2. Qual será a melhor escolha? A que me proporciona um prazer
imediato, ou a que me dará um benefício mais duradouro?
Sempre que tivermos o cuidado de pensar antes de agir, mais
hipóteses teremos de agir correctamente.

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A ética é a reflexão sobre a conduta moral e os valores morais. Tem a ver com a A moral tem sobretudo como finalidade a construção de um conjunto de
forma como o Homem se relaciona globalmente com o mundo e se situa perante prescrições ou leis destinadas a assegurar uma vida em comum justa e
ele. Assume como objetivo elaborar uma reflexão sobre: harmoniosa. Por isso, os códigos morais prescrevem deveres, estabelecem leis,
1. Os problemas fundamentais da moral; ditam normas, que os membros de uma determinada sociedade estão obrigados
a observar, sob pena de exclusão social.
2. A finalidade e sentido da vida humana;
Logo, será mais correto falar-se de princípios éticos e de condutas morais.
3. Os fundamentos da obrigação e do dever;
4. A natureza do bem e do mal;
5. O valor da consciência moral, etc.

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ÉTICA – disciplina filosófica, de carácter geral, que pondera e reflete sobre a vida MORAL – sistema ou conjunto de regras derivadas dos princípios
moral do Homem, estudando os fundamentos das normas e leis morais que éticos que regulam a consciência moral de cada um de nós e
regulam a consciência moral e a vida em sociedade. Procura princípios e estabelece normas sociais.
fundamentos gerais para a conduta humana.
Ex: “Não matarás Normas morais
Ex: “É absolutamente necessário Intenções ou
respeitarmo-nos mutuamente”; princípios éticos “Não roubarás” práticas e relativas,
“Devemos agir de modo a querermos teóricos e “Não faltarás ao respeito variáveis de
o melhor para os outros, tal como o universais para
ao teu semelhante” comunidade para
queremos para nós.” todos os homens
“Não cometerás incesto” comunidade e de
“Não cometerás adultério” caso para caso

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O estudo das sociedades humanas mostra que existem diferentes opiniões

sobre o que são ações boas ou más, ações certas ou erradas. As culturas
humanas não são homogéneas. Dentro da mesma sociedade existem pessoas
com diferentes conceções morais.
Uma ação pode ser considerada moralmente certa numa sociedade mas
moralmente errada noutra: o infanticídio, o adultério, o aborto ou o sexo antes
do casamento são ações que são avaliadas de maneira muito diferente
consoante se viva em Portugal, no Irão ou na Roma Antiga.
Será que o bem e o mal, o certo e o errado, dependem APENAS do ponto de
vista de cada sociedade? Ou são noções universais, intemporais?
Alguns filósofos rejeitaram qualquer destas hipóteses, preferindo uma terceira.
Agir moralmente não é proceder de acordo com o que pensa a maioria das
pessoas em cada sociedade; nem é fazer o que mais agrada ao gosto e
sensibilidade de cada um. Agir moralmente é cumprir com a vontade de Deus.
O bem e o mal é um assunto demasiado sério para que sejam os gostos de
cada um ou as decisões da maioria a ditar as leis. Assim, uma ação é boa
quando é desejada por Deus. E é má quando contraria a vontade de Deus.

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Mas a ideia de que uma ação é boa quando desejada por Deus tem uma
desvantagem. Não faz sentido agir em nome de Deus sem primeiramente Kant, um filósofo alemão que viveu no século
nos assegurarmos de que Deus existe. XVIII, argumentou que é possível justificar a
existência de regras morais universais
Em vez de darmos resposta a um problema ético difícil, ficamos a braços apelando à sua origem racional.
com um problema de filosofia da religião não menos difícil. Mudámos de
assunto mas continuamos sem uma resposta. Se quisermos defender a universalidade das
regras de conduta moral, precisamos de as
Será possível fundamentar a tese de que há valores morais universais sem fundamentar em algo que todos os seres
recorrer a Deus? humanos tenham em comum, algo que vá
além de cada cultura ou sensibilidade.
Esse algo, pensava Kant, é a razão
(racionalidade).

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Ética, Sociedade e Cultura
O facto de os seres humanos serem
racionais e de a moral depender da razão Viver em Sociedade implica assimilar valores, normas, princípios.
não implica que não possamos discordar E a forma como avaliamos as ações reflete o meio cultural em
sobre o que é uma boa ou uma má ação. A
questão é que não somos apenas seres que nos inserimos. Isto explica a diferença na forma como certas
racionais: estamos sujeitos a práticas ou costumes são encarados: touradas, aborto,
preconceitos e a ideias feitas que nos eutanásia, divórcio, casamento infantil, etc…
retiram lucidez.
A razão dá-nos um instrumento poderoso
para quando há desacordo sobre uma
ação ser boa ou má decidirmos onde está
a verdade ou o preconceito.

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Ética, Sociedade e Cultura
Numa sociedade global, com elevada circulação e miscigenação
de culturas, pode ser um desafio garantir a tolerância entre as
pessoas e os costumes e convicções apresentados.
Ética, Sociedade e Cultura
A forma como julgamos moralmente os atos dos outros depende
da nossa consciência moral: juízo prático pelo qual nós podemos
distinguir o bem e o mal, apreciando moralmente os nossos atos
e os atos dos outros (“a voz da consciência diz-me para não
fazer isto”).

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Ética, Sociedade e Cultura
O saber estar, conviver, falar, pensar e ser, são condicionados
pela socialização a que todo o ser humano está sujeito desde
que nasce.
Assim, a nossa consciência moral reflete a marca da educação
recebida, bem como dos valores transmitidos. Optar por isto ou
por aquilo não é nunca uma decisão só nossa, embora o pareça,
mas também uma decisão social e cultural.
https://pt.euronews.com/2015/02/13/aprender-com-as-
diferencas

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