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Dimensão Ética do Agir

( Manual: da pág.117-131)

Filosofia – 10º ano


ESAD
O que se entende por dimensão ética do agir?
Devo dizer sempre a verdade ou existem ocasiões em que
posso mentir? Será lícito copiar no exame? Existe alguma
ocasião em que seria correto trair a confiança de um amigo? É
aceitável matar na guerra?

Todas estas questões apontam para a


dimensão ética da ação.

Domínio da ação humana orientado por


valores ético/morais (bem/mal, justo/injusto,
correto/incorreto) propostos pela consciência.
Moral
 Traduz a preocupação com o cumprimento da
norma.
 Designa o conjunto de deveres e obrigações.
 É o conjunto de normas obrigatórias reconhecidas
por um grupo social.
 Impõe-se exteriormente ao indivíduo.
 Que devo fazer ou como devo agir em tal
circunstância concreta?
 Analisa os problemas práticos e as dificuldades
que a sua realização coloca.
Ética
 Traduz a preocupação com a intenção e finalidade
dos nossos atos.
 Refere-se à reflexão teórica sobre as normas e os
códigos morais existentes.
 Procura estabelecer princípios gerais
universalizáveis.
 Remete para a interioridade da intenção.
 A Ética pergunta: o que é o bem? Por que razão
devemos agir moralmente? Como é que eu posso
melhorar a minha ação?
 Analisa as razões que justificam o nosso agir.
Relação entre Ética e Moral
❑ Quer a ética quer a moral refletem sobre
os princípios e os costumes humanos,
investigando e avaliando o tipo de ações
que são corretas e adequadas.

❑ Se a moralidade foi, desde sempre, uma


característica necessária das sociedades
humanas, a reflexão ética sobre os
princípios que a fundamentam e
justificam é a condição sem a qual o
progresso e a reforma dos códigos
morais não seria possível.
Identificar ações boas (morais)
F. Savater sugere o seguinte:

Boas ações - todas as que são apropriadas à nossa


condição de seres racionais, ou seja, que promovem
a nossa humanidade e a de todos, permitindo-nos
viver/conviver melhor.

Más ações – aquelas que não nos convêm, isto é,


que nos diminuem por serem contrárias àquilo que
somos ou devemos ser.
Ex. violência contra idosos ou um pai que assassinou um filho, são ações que nos
diminuem enquanto seres humanos.
Ser ético-moral
❑ Reconhece princípios éticos de conduta, agindo
em função de valores e ideais que reconhece
como certos / bons para se tornar um melhor ser
humano;
❑ Não se deixa guiar por impulsos, mas ”escuta a
razão”;
❑ Age com base nos resultados da sua deliberação,
independentemente de pressões exteriores,
fazendo escolhas autónomas;
❑ Considera imparcialmente os seus interesses e os
de todos que serão afetados pelas suas ações.
Normas Morais e Normas jurídicas

Normas jurídicas
▪ Apresentam-se através de códigos, leis ou outras
formas oficiais.
▪ A sua aceitação ou cumprimento são impostos pelo
Estado.
▪ Têm um carácter de obrigatoriedade.
▪ O seu incumprimento é acompanhado com penas e
punições de tipo físico e financeiro (prisão,
trabalho comunitário, multas).
Normas Morais e Normas jurídicas

Normas morais
▪ Não estão necessariamente codificadas (escritas).
▪ A sua aceitação ou cumprimento resultam da
vontade e da decisão individual e íntima, ou seja,
são impostas pela vontade a si própria.
▪ São obrigações da consciência moral.
▪ Nenhuma força ou ameaça institucional as impõe
(ir a tribunal, ser detido ou preso).

▪ O seu incumprimento é “punido” com o remorso,


o arrependimento, o sentimento de culpa, ou com
a reprovação social e a marginalização do
indivíduo.
Normas Morais e Normas jurídicas
As regras morais são mais abrangentes que as
normas jurídicas
▪ Cumprir uma promessa a um amigo ou ser fiel ao namorado
não são comportamentos regulados por normas jurídicas (do
direito). Devemos respeitar esses compromissos porque
encerram algo de valioso.
▪ Também não há nenhuma lei que nos obrigue a ajudar os
outros. Contudo, considera-se moralmente reprovável ou sinal
de insensibilidade moral não o fazer quando podemos.

Estes exemplos revelam que há


aspetos da vida moral que
não são abrangidos pelo direito (pela lei).
Moralidade e Legalidade
A moralidade não tem de corresponder
necessariamente à legalidade.
Por exemplo: em certos países em que a pena de morte ou a
eutanásia são legalmente permitidas, o ato de as aceitar pode equivaler às
normas legais/jurídicas, mas não corresponderá, necessariamente, ao
cumprimento do dever (moral).
As diferenças entre a moral e o direito não impedem que
ambas possam, em muitas circunstâncias, funcionar
conjuntamente. A prova disso é o facto de algumas leis serem
promulgadas para defenderem valores morais básicos (leis contra o
assassinato, a violação, a difamação, a fraude, o roubo, etc.).
As normas do direito podem em parte ser a expressão
pública do que uma a sociedade julga ser moralmente obrigatório
ou inadmissível. Algumas ações que julgamos moralmente
incorretas são também consideradas legalmente erradas. É o caso
de atos como roubar, matar, faltar ao cumprimento de contratos.
Moralidade e Legalidade
➢ A moralidade não se limita ao âmbito do cumprimento
das regras e normas estabelecidas.

➢ Ela implica ainda a capacidade de decidir, em


consciência e livremente, sabendo o que é correto fazer, ou
seja, depende da vontade de um agente que é livre e capaz de
justificar as suas ações-
➢ As normas morais não se impõem absoluta e
incondicionalmente; não retiram a liberdade nem a
responsabilidade do agente.

É na medida em que somos livres que podemos escolher o


que devemos ou não fazer e afirmar-nos como seres morais
(liberdade moral).
Dilema moral
A nossa vida moral não é tranquila nem fácil.
Se é verdade que em muitos dos nossos atos não temos a
necessidade de qualquer reflexão, há, no entanto, outros
que nos interpelam e exigem da nossa parte uma tomada
de posição pessoal, uma decisão racional, nem sempre
pacífica e isenta de dúvidas. Encontram-se neste caso os
dilemas morais.

Dilema moral – situação problemática que implica uma


decisão própria de cada sujeito.

Atividade: pesquisar sobre dilemas morais (também importante


para a abordagem das éticas de Kant e de Mill)
Dilema moral

Corresponde a uma situação em que uma pessoa


colocada perante duas exigências morais não pode
cumprir as duas e para respeitar uma tem de
infringir ou desrespeitar a outra.

Em geral, é uma situação na qual estamos perante


duas alternativas que não são agradáveis e a opção
por uma delas pode ser moralmente questionável.
Ação moral

O ser humano pode agir segundo:


❑ Orientações resultantes de códigos de conduta
exteriores (os códigos jurídicos em vigor);
❑ Padrões sociais adotados pelo seu grupo de
pertença (dos quais faz parte);
❑ Valores e normas autoimpostas, isto é,
interiorizadas pela sua própria consciência.

É esta última vivência que define o ser ético-moral


e que caracteriza uma ação como ação moral.
Ações morais

São todas as realizações conscientes e livres , cujos


efeitos não se refletem apenas em nós, afetando
também os interesses e as necessidades dos outros.

Caracterizam-se por um posicionamento não


apenas individual, mas comunitário, de tal modo
que o agente, partindo do seu ponto de vista e
colocando-se no ponto de vista do outro, chegue à
perspetiva da universalidade do agir.
Consciência moral

Capacidade interior de orientação, de avaliação e


de crítica do modo como vivemos.

▪ Consciência geral ou consciência psicológica – é apenas uma


instância de reconhecimento; é uma mera testemunha que se
limita a registar os acontecimentos e a ter a perceção dos seus
atos internos.

 Consciência moral – para além de instância de


reconhecimento, é também instância de valoração e
prescrição.
Consciência moral

▪ Entende-se o sentido que cada um tem do correto


e do incorreto.
▪ É uma espécie de voz interior da razão, que nos
indica o melhor caminho, daí ser considerada uma
bússola.

Como se forma / desenvolve?


➢ A consciência moral não é inata;
➢ Forma-se/desenvolve-se no processo de
socialização, na interação com os outros.
Consciência moral : Autonomia e Heteronomia

A consciência moral desenvolve-se à medida que o


indivíduo interioriza as regras e os padrões do
grupo.
Heteronomia
(significa seguir uma norma do exterior).

A consciência moral vai amadurecendo à medida


que o indivíduo se autodetermina a agir por
princípios racionalmente justificados, assumindo-se,
então, como uma capacidade interior de orientação e de avaliação).

Autonomia
(Capacidade de estabelecer e seguir normas do seu próprio agir).
Funções da consciência moral

 apelativa – chama a atenção para valores e normas


ideais;
 Imperativa – ordena;
 Judicial – julga os nossos atos (juiz interior dos atos e
das intenções do agente) ;
 Censura ou elogia – conforme obedecemos ou não aos
ideais e valores assumidos.

Quando não respeitamos a consciência moral: sentimos


inquietação e desconforto, arrependimento ou remorso.

Quando respeitamos a consciência moral: sentimos uma


certa paz e tranquilidade, satisfação pelo dever cumprido.
❖ Vivemos em permanente tensão ética, entre o
que devemos e o que não devemos fazer,
entre alternativas/caminhos possíveis, em que
temos que optar por um deles.

❖ A decisão/ a escolha coloca-nos no perigo de


escolhermos mal, por isso a consciência moral
é imperfeita.
Devemos agir moralmente porque:

 Só nos tornamos humanos enquanto seres


sociais e, por isso, temos de compatibilizar os
nossos direitos com os direitos dos outros de
modo a garantir a coexistência e a realização
de todos.

 Queremos viver humanamente e não de


qualquer maneira, isto é, ser pessoas e tratar
todos os outros como pessoas.
Dimensão pessoal e social da ética - o si mesmo,
o outro e as instituições (pág. 122-123 do manual)
A reflexão sobre a moralidade pode fazer-se tendo em
conta duas dimensões complementares: a pessoal e a
social.
Dimensão Pessoal da Ética

▪ Considera-se aqui o agente enquanto sujeito moral.


▪ Ao agir, ele revela a sua individualidade e
intencionalidade.
▪ Assume por convicção própria aderir (ou não) às
normas, princípios e valores instituídos no interior da
sua comunidade.
Dimensão pessoal e social da ética - o si mesmo, o outro e as instituições

Dimensão Social da Ética

▪ O comportamento moral é um fenómeno social, uma


vez que não há moralidade senão em contexto social.

▪ A moral corresponde, então, à necessidade social de


regulação dos comportamentos dos indivíduos e das
suas relações, no sentido de manter a ordem e a
estabilidade.
Dimensão pessoal e social da ética - o si mesmo, o
outro e as instituições
✓ Ao agir moralmente, cada indivíduo revela a sua
individualidade, a sua maneira singular de pensar e agir
livremente, mas também, e ao mesmo tempo,
manifesta a sua adesão a princípios, normas e valores
que partilha com os outros, dentro de uma dada
comunidade e cultura.
✓ É na relação com o outro e com as diferentes
instituições que as normas e os princípios morais são
interiorizados e que o sujeito moral se constrói.
✓ O comportamento moral resulta, portanto, da simbiose
entre aspetos individuais – particulares de cada ser
humano – e sociais – comuns aos indivíduos que
partilham um mesmo espaço social e cultural - , que
caracterizam o ser humano.
Dimensão pessoal e social da ética - o si mesmo, o
outro e as instituições
Conclusão
❖ A Ética não diz respeito apenas à esfera privada dos
nossos interesses pessoais, mas prolonga-se na esfera
social e política. Engloba, neste sentido instituições, que
devem procurar ser justas.
❖ Ao falarmos de Ética/Moral não podemos limitarmo-nos
a uma vivência pessoal, pois o ser humano é, na sua
essência, um ser social ou um ser moral.
❖ O carácter comunitário da vivência humana exige que cada
indivíduo, para além dos interesses pessoais e dos deveres
para consigo próprio, tenha também em consideração os
interesses e os direitos de todos os outros colocando-nos
numa perspetiva de universalidade do agir.
Egoísmo Psicológico e Egoísmo Ético
Contrariando a ideia de que o ser humano é tendencialmente
sociável e capaz de ações altruístas, existem correntes que
destacam precisamente a sua tendência egoísta.

Egoísmo Psicológico (pág. 124 do manual)

➢ Todas as ações humanas são motivadas por


interesses particulares, mesmo as ações
habitualmente consideradas altruístas. Somos
naturalmente egoístas.
➢ Defende que as pessoas que ajudam os outros só o
fazem porque esperam ganhar alguma coisa que
compense os seus sacrifícios (por ex. ficar famoso,
obter reconhecimento).
➢ Teoria descritiva do comportamento humano (como as
pessoas realmente se comportam).
(Cont.) Egoísmo Psicológico

➢ As pessoas agem segundo o que consideram ser


mais vantajoso para si mesmas.
➢ Fazemos sempre aquilo que mais desejamos fazer.
➢ Fazemos o que nos faz sentir bem.
Relação com a teoria da Seleção Natural (Charles Darwin)
▪ Caso o ser humano não fosse geneticamente egoísta,
não teria sobrevivido ao processo de seleção natural.
▪ A seleção natural pressupõe uma constante luta pela
sobrevivência.
▪ Ora, para conseguir sobreviver a esse processo, supõe-se
que cada procure o que é melhor para si.
Críticas ao Egoísmo Psicológico (pág.125 do manual)

➢ Reconhecemos na ação humana atos


verdadeiramente altruístas que contrariam a ideia
de que somos egoístas (fazer voluntariado, dedicar uma vida
inteira a uma missão humanitária, arriscar a vida pelos outros, etc.).

➢ Ao termos certos sentimentos (amizade, amor)


não beneficiamos propriamente nada com isso (às
vezes é o contrário disso…).

➢ Nem todas as ações são feitas porque as


desejamos fazer, mas são feitas porque
consideramos que as devemos fazer ou que é o
mais correto (assumir um compromisso, ajudar os outros).
➢ Ao agirmos segundo os nossos desejos não significa
que somos egoístas (isso depende do que eu desejo).
Egoísmo Ético (pág.126 do manual – ver texto de J. Rachels)

 A ação humana deve ser egoísta.


 O nosso único dever é fazer o melhor para nós
mesmos.
 O altruísmo é aceitável se nos trouxer algum
benefício.
 Por vezes, pode acontecer que o que é melhor
para nós coincida com o que é melhor para os
outros, mas o objetivo é unicamente a promoção
do bem pessoal. Tudo o resto são efeitos
colaterais/acidentes de percurso.
(Cont.) Egoísmo Ético (pág.126 do manual- ver texto de J. Rachels)

 Cada pessoa tem a obrigação exclusiva de lutar


pelos seus interesses a longo prazo.

 Neste sentido, podemos dizer que o egoísta ético


rejeitaria atos como beber em excesso ou
consumir drogas pois, apesar de trazerem prazer
momentâneo, corremos o risco de vir a sofrer as
consequências disso mais tarde. Portanto, o indivíduo
deve fazer aquilo que é do seu próprio interesse a longo prazo.

 Teoria normativa (como devemos comportar-nos).


Críticas ao Egoísmo Psicológico (pág.127 do manual)

 Aplicado de forma universal, colocaria em risco a


sociedade e o próprio indivíduo.
 Torna-se contraditório, porque para que se consiga
manter em sociedade, usufruindo das suas
vantagens, o indivíduo tem de promover o
altruísmo.
 Se aceitássemos o egoísmo ético como filosofia de
vida, a relação entre o eu o outro seria
interesseira e hipócrita.
 Retira qualquer consistência à moralidade, no sentido
em que secundariza o papel do outro: o outro é
completamente instrumentalizado (é apenas um
meio para atingir um fim – o bem próprio).
Instituições (pág.127-129 do manual)

 São instrumentos ou mecanismos sociais ao serviço


das pessoas.
 Resultam da necessidade coletiva de nos
organizarmos e de cooperarmos para atingir os
nossos objetivos.
 Constituem os pilares das sociedades, no seio das
quais o ser humano se desenvolve.
 Assim, reconhecemos diferentes tipos de instituições:
familiares, educacionais, sociais, religiosas,
económicas, políticas, jurídicas e culturais.
- Instituições e mudança (pág.128, 129 do manual)

As instituições manifestam tendência para serem


conservadoras e resistentes à mudança.

▪ Muitas vezes já existe um debate público e uma


abertura para certas questões (eutanásia, casamento de
homossexuais, etc), mas as instituições ainda não estão
preparadas para responder a isso.

▪ A transformação de mentalidades ao nível da


moral e dos costumes acontece e só mais tarde
esses aspetos são absorvidos e integrados pelas
instituições.
Funções das Instituições (pág.129 do manual)

➢ Preservar e defender a identidade social.


➢ Garantir a transmissão dessa identidade às
gerações seguintes.
➢ Limitar o conflito social, ou seja, evitar a
instabilidade entre interesses individuais
divergentes.
➢ Unir os membros da comunidade para objetivos
comuns.
❑ Viver numa sociedade organizada ou institucionalizada exige
que o ser humano desenvolva uma consciência cívica.
❑ Assim, deve pautar a sua ação pela melhoria da qualidade de
vida de todos os membros da sociedade, participando
ativamente no aperfeiçoamento das instituições que estão
ao serviço de todos.

Consciência Cívica

Força interior que move o sujeito moral no sentido de se


afastar do seu interesse individual, do egoísmo e de se
aproximar verdadeiramente do interesse de todos,
entendendo que a sua ação interfere com a vida dos
outros cidadãos.
❖ Atos não cívicos – aqueles que comprometem o bom
funcionamento das instituições e da vida coletiva (além
de contrariarem as normas sociais, perturbam os outros, os quais têm
os mesmos direitos que nós).
Exemplos: maltratar os jardins públicos, não colocar
o lixo em locais próprios para o efeito, ligar para o 112 por
brincadeira, …
❖ Atos cívicos – aqueles que são movidos por razões
altruístas.
Exemplos: participar em ações de voluntariado, fazer
donativos para instituições de apoio aos mais desfavorecidos, …
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Em suma, em vez do egoísmo, a Ética valoriza o altruísmo
e a solidariedade, em vez do benefício pessoal, a Ética promove,
elogia e estimula a consideração dos valores comuns aos
membros da sociedade.
ÁREAS / DOMÍNIOS DE REFLEXÃO ÉTICA (pág. 121 do manual)

Metaética
Ética Aplicada
Ética Normativa

❑ Metaética – investiga a origem e o significado dos


conceitos e juízos morais.
Questões:
▪ De onde vêm os princípios éticos adotados? De alguma
entidade superior?
▪ Os juízos morais são subjetivos ou objetivos?
▪ O que é o bem? O que é a justiça?
❑ Ética Aplicada – refere-se à aplicação das teorias
éticas a decisões morais reais e não apenas
imaginadas. Diversifica-se em áreas de especialização
das quais se destaca a
Bioética
Reflexão ética acerca das questões da Vida
(como o aborto, a eutanásia, a manipulação genética, a doação de órgãos)

A ética aplicada analisa casos particulares como o


tratamento das minorias étnicas, a guerra nuclear, as questões
ambientais, entre outros, na tentativa de indicar soluções
possíveis para esses problemas.
Ética aplicada
Questões:
▪ Que argumentos morais se podem apresentar em favor do
fornecimento de armas a países em guerra?
▪ Os animais têm direitos?
▪ A manipulação genética deve ser permitida?

No domínio da ética Aplicada é de salientar o filósofo Peter Singer que


tem defendido causas como a moralidade da eutanásia, a distribuição
equitativa da riqueza mundial, entre outras. O seu trabalho está marcado
por um forte compromisso com o utilitarismo.
Ética Normativa – procura encontrar os princípios
morais fundamentais que orientam a conduta humana e
que permitem distinguir as ações corretas das incorretas.

Questões:
▪ Qual o critério para avaliar a moralidade das ações?
▪ Que regras e princípios devo adotar para saber o que é certo
ou errado?

No domínio da ética normativa destacam-se duas teorias:


as Éticas Deontológicas e as Éticas Consequencialistas.

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