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Circuitos Elétricos: Conceitos e exercícios
Dr
São Luís – MA
2020
Lista de ilustrações
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Figura 4 – Corrente elétrica contínua e alternada, respectivamente. . . . . . . . . .
Figura 5 – Polaridade da tensão elétrica e sentido da corrente elétrica na definição
do sinal de potência. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N. O., Funda-
mentos de Circuitos Elétricos, 2013. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 6 – Característica da resistência elétrica a partir das relações entre tensão
e corrente. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar, S. J., Practical
Electrical Engineering, 2016. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 7 – Definição de resistência elétrica a partir das leis de Ohm: (a) Primeira
lei de Ohm; (b)Segunda lei de Ohm. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M.
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12
14
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R.; Bitar, S. J., Practical Electrical Engineering, 2016. . . . . . . . . .
Figura 27 – Circuito elétrico para análise da LKT. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig
R.; Bitar, S. J., Practical Electrical Engineering, 2016. . . . . . . . . .
Figura 28 – Circuito elétrico para análise da LKT. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig
R.; Bitar, S. J., Practical Electrical Engineering, 2016. . . . . . . . . .
Figura 29 – Resistores e série. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar, S. J., Prac-
tical Electrical Engineering, 2016. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 30 – Resistores em paralelo. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar, S. J.,
Practical Electrical Engineering, 2016. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
26
27
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29
30
Figura 31 – Associação de resistores mista. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar,
Dr
S. J., Practical Electrical Engineering, 2016. . . . . . . . . . . . . . . . 32
Figura 32 – Circuito para divisor de tensão. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N.
O., Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013. . . . . . . . . . . . . . . 33
Figura 33 – Circuito para divisor de corrente. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N.
O., Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013. . . . . . . . . . . . . . . 34
Figura 34 – Duas formas da mesma rede:(a) Y;(b) T. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku,
M. N. O., Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013. . . . . . . . . . . 35
Figura 35 – Duas formas da mesma rede:(a) ∆; (b) Π. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku,
M. N. O., Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013. . . . . . . . . . . 35
Figura 36 – Sobreposição das configurações ∆ e Y. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku,
M. N. O., Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013. . . . . . . . . . . 37
Figura 37 – Circuito para o Exemplo 1. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N. O.,
Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013. . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Figura 38 – Circuito para o Exemplo 3. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N. O.,
Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013. . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Figura 39 – Circuito para o Exemplo 4. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N. O.,
Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013. . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Figura 40 – Circuito para análise de malhas. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N.
O., Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013. . . . . . . . . . . . . . . 40
Figura 41 – Circuito numérico para análise de malhas. Fonte: Alexander,C.K.;
Sadiku, M. N. O., Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013. . . . . . . 42
Figura 42 – Circuito numérico para análise de malhas, com indicação das correntes.
Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N. O., Fundamentos de Circuitos
Elétricos, 2013. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Figura 43 – Circuito para análise de malha do Exemplo 1. Fonte: Dorf,R.C; J. A.
Svoboda, 2012. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Figura 44 – Circuito para análise de malha do Exemplo 2. Fonte: Dorf,R.C; J. A.
Svoboda, 2012. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
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Dr
Lista de tabelas
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Dr
Sumário
1 Conceitos Básicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1 Variáveis em Circuitos Elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1.1 Carga Elétrica: Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1.2 Tensão Elétrica: Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1.3 Corrente Elétrica: Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.1.4 Potência e Energia: Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.1.5 Elementos em circuitos elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
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1.1.6 Resistência elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1.1.6.1 Leis de Ohm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1.1.6.2 Relação da potência elétrica com a resistência elétrica
1.1.6.3 Resistores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 Métodos para Análise de Circuitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.1 Leis de Kirchhoff . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.2 Associação de Resistores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.2.1 Resistores em Série . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.2.2 Resistores em Paralelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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13
13
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28
29
2.3 Divisores de tensão e corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Dr
2.3.1 Divisor de tensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.3.2 Divisor de corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2.4 Transformações Y-∆ (estrela-triângulo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.4.1 Conversão ∆-Y . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
2.4.2 Conversão Y-∆ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2.5 Análise de Malhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
6
1 Conceitos Básicos
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comportamento aproximado a um sistema elétrico real. Sendo assim, o termo circuito
elétrico geralmente refere-se a um sistema elétrico propriamente dito, bem como ao
modelo que representa.
Podemos observar a aplicação de circuitos elétricos em nosso cotidiano, tais como:
nas reações fisiológicas dos seres vivos; nas inovações tecnológicas (computadores, celulares,
tráfego de informações via internet); nos meios de transporte (em controle, sensores e
dispositivos eletrônicos integrados, também usados em testes antes de ser fabricado e
comercializado); em nossa casa com a gama de aparelhos eletroeletrônicos e eletrodomésticos
utilizados.
Dr
Graças a natureza dos circuitos elétricos, uma descoberta importante no ramo
da Neurociência foi realizada por Guillaume-Benjamin-Amand Duchenne de Boulogne
(1806-1875). Este médico neurologista francês - considerado o pai da Eletroterapia (recurso
terapêutico utilizado por fisioterapeutas no tratamento, reabilitação e cura de diversas
doenças) devido seus estudos sobre os efeitos da eletricidade no ser humano - submeteu
um paciente com paralisia de Bell (doença que causa paralisia facial) a mais de 100
sessões com aplicação de eletrodos em várias partes do rosto, a fim de extrair uma gama
variada de emoções, as quais foram fotografadas. Duchenne provou que o estímulo dos
músculos provocava reações emocionais no indivíduo (ainda que a experiência cause espanto
para nós). Os resultados foram publicados no seu trabalho intitulado Mecanisme de la
Physionomie Humaine. A obra foi apreciada por muitos intelectuais da época, entre eles
Charles Darwin (cientista que decreveu a teoria da evolução pela seleção natural). Esses
estudos também representam um marco para a história da evolução fotográfica.
Na Engenharia Elétrica, a natureza dos circuitos elétricos representa um ponto em
comum no vasto e abrangente campo de estudo que esta engenharia possui. Na geração,
transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica; codificação, decodificação, sinais de
sensores e atuadores para processamento de informações, entre outras aplicações, observa-se
a aplicação do modelo matemático de circuitos elétricos. Por conseguinte, para engenheiros
Capítulo 1. Conceitos Básicos 7
A carga elétrica é uma propriedade elétrica das partículas atômicas que compõem a
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matéria. Constitui-se a base para descrever todos os fenômenos elétricos, sendo a quantidade
mais elementar em um circuito elétrico, medida em coulombs (C).
A carga elétrica existe em quantidades discretas, ou seja, múltiplos inteiros de
1, 6022 × 10−19 C (carga elétrica fundamental), tem como característica a bipolaridade
(pode ser positiva ou negativa). Efeitos elétricos são atribuídos tanto à separação entre
cargas quanto ao movimento das mesmas.
A Lei da conservação das cargas afirma que as cargas não podem ser criadas nem
destruídas, apenas transferidas, por consequência, a soma algébrica das cargas elétricas
em um sistema não se altera.
Dr
1.1.2 Tensão Elétrica: Revisão
dw
v=
dq
Na figura 1 observa-se uma tensão vab com os sinais positivo e negativo indicando a
polaridade desta tensão, ou seja, o sentido referencial. Neste caso, o ponto a se encontra em
um potencial mais alto que o ponto b. Na figura 2, o ponto b se encontra em um potencial
Capítulo 1. Conceitos Básicos 8
mais alto que o ponto a. Sendo assim, temos a seguinte relação matemática associada à
referência adotada em relação ao potencial elétrico:
a ft
Figura 1 – Tensão elétrica de um elemento genérico. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N.
O., Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013.
Dr
dq
I=
dt
a ft
estabilidade ou ao gasto de energia. Se uma energia é transferida a uma partícula, a mesma
irá realizar algum trabalho, explicação compreensível para o movimento dos elétrons, ou
seja, partirão de um nível de energia alta para um nível de energia baixa. No caso das
partículas de carga elétrica, as mesmas percorrerão o condutor na direção do potencial
elétrico de maior energia para o de menor energia, conferindo o sentido real da corrente
elétrica, potencial negativo para o potencial positivo (para fins de entendimento, deve-se
recordar que os elétrons são cargas elétricas negativas, portanto estão relacionadas ao
potencial negativo e precisam de energia para sair deste potencial em direção ao potencial
oposto). No entanto, para fins de cálculo, utiliza-se a direção contrária do fluxo dos elétrons,
conhecida como sentido convencional da corrente elétrica, ou seja, do potencial maior para
Dr
o potencial menor, lembrando que o potencial está relacionado a referência da polaridade
da tensão elétrica, conforme visto na secção anterior. Na figura 3, observa-se o fluxo
ordenado de elétrons, após a aplicação de uma ddp (representada por uma bateria). A
corrente I indica o sentido convencional da corrente elétrica, do potencial maior em direção
ao potencial menor.
Em relação à forma da correte elétrica em relação ao tempo, a mesma pode
ser contínua (CC, corrente contínua), assumindo um único valor durante todo o tempo
analisado, ou pode ser alternada (CA, corrente alternada), quando os valores mudam
com o tempo. O gráfico desta última pode ser obtido através de várias formas de onda,
como cossenóides, dente de serra, quadrada, entre outras. Na figura 4, observam-se os dois
tipos de corrente elétrica: a contínua e a alternada, respectivamente. A corrente elétrica
alternada, neste caso, é representada por uma senóide.
Capítulo 1. Conceitos Básicos 10
a ft
Figura 3 – Corrente elétrica percorrendo um condutor. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M.
N. O., Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013.
Dr Corrente (A)
10
-10
0 5 10 15 20 25
Tempo (s)
Corrente (A)
4
0 5 10 15 20 25
Tempo (s)
Z t
Q= i dt (1.2)
t0
dw
p= → 1 watt=1 joule/s
a ft dt
! !
dw dq
p= → p = v.i → 1 watt = 1volt.ampère
Dr
dq dt
a ft
Figura 5 – Polaridade da tensão elétrica e sentido da corrente elétrica na definição do
sinal de potência. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N. O., Fundamentos de
Circuitos Elétricos, 2013.
Dr
1.1.5 Elementos em circuitos elétricos
1. Resistência;
4. Capacitância;
5. Indutância;
7. interruptor ideal;
8. Diodo ideal;
Capítulo 1. Conceitos Básicos 13
a ft
• Descrito matematicamente em termos de corrente elétrica e/ou tensão elétrica;
v = RI (1.3)
Capítulo 1. Conceitos Básicos 14
A expressão foi estabelecida por Ohm, em 1827, contudo, não foi bem recebida
pela comunidade científica na época. Somente 14 anos depois, o Royal Society de Londres
reconheceu este trabalho tão relevante.
A resistência elétrica, portanto, constitui-se em uma constante de proporcionalidade.
Na figura 6, observa-se a característica da resistência elétrica a partir das relações entre
a ft
tensão e corrente.
Dr
Figura 6 – Característica da resistência elétrica a partir das relações entre tensão e corrente.
Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar, S. J., Practical Electrical Engineering,
2016.
l
R=ρ (1.4)
A
a ft
Figura 7 – Definição de resistência elétrica a partir das leis de Ohm: (a) Primeira lei
de Ohm; (b)Segunda lei de Ohm. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N. O.,
Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013.
Dr
É importante observar algumas peculiaridades em relação às leis de Ohm. A primeira
lei somente é válida para resistores ôhmicos. Já a segunda lei, apesar de relacionar apenas
três propriedades físicas de um corpo condutor uniforme, conforme equação 1.4, considera
a temperatura ambiente, sendo um dado válido, uma vez que a temperatura também é
uma variável que influencia no valor da resistência elétrica e não consta na equação 1.4.
Ainda na segunda lei, tem-se o conceito de resistividade elétrica, a qual constitui-se uma
propriedade intrínseca ao material e, portanto, é tabelada.
Na figura 7, em (a) a resistência elétrica é representada pela simbologia do compo-
nente de circuito chamado resistor, o qual será detalhado na próxima subseção. A depender
do valor da resistência elétrica, a mesma pode representar um curto-circuito ou um circuito
aberto, conforme a figura 8.
Capítulo 1. Conceitos Básicos 16
p = v ∗ i ⇒ v = R ∗ i ⇒ p = R ∗ i2 (1.5)
p = v ∗ i ⇒ i = v/R ⇒ p = v 2 /R (1.6)
a ft
Dr
Figura 8 – Transformação da resistência elétrica em curto-circuito e circuito aberto, respec-
tivamente. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar, S. J., Practical Electrical
Engineering, 2016.
1.1.6.3 Resistores
Tomando o resistor da figura 9 como exemplo, podemos encontrar seu valor através do
código de cores:
Cor
Preto
Tabela 1 – Código de cores.
Marrom
Vermelho
Laranja
Valor
0
1
2
3
Tolerância
1%
2%
Amarelo 4
Verde 5
Dr
Azul 6
Violeta 7
Cinza 8
Branco 9
Dourado 5%
Prata 10%
Sem a quarta faixa 20%
Figura 11 – Resistor 1
Capítulo 1. Conceitos Básicos 19
Figura 12 – Resistor 2
a ft Figura 13 – Resistor 3
Figura 14 – Resistor 4
Dr
Figura 15 – Resistor 5
Figura 16 – Resistor 6
Figura 17 – Resistor 7
Capítulo 1. Conceitos Básicos 20
Exemplo 2: Encontre o valor Vab equivalente para cada circuito da figura 18.
a ft
Figura 18 – Circuito para o exemplo 2. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N. O., Funda-
mentos de Circuitos Elétricos, 2013.
Exemplo 3: Encontre o valor de i para o circuito da figura 19, para a chave na posição 1
Dr
e na posição 2.
a ft
às partes que compõem um circuito elétrico. Na figura 20, observa-se um circuito elétrico
característico, no qual A, B, C e D, representam os elementos que o compõe. Os números
1, 2 e 3 representam nós no circuito - um nó é um ponto de conexão entre elementos de
um circuito.
Dr
Figura 20 – Circuito elétrico genérico. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar, S. J.,
Practical Electrical Engineering, 2016.
circuito considerado. Um ramo corresponde à uma parte do circuito entre dois terminais.
No circuito da figura 21 são observados os dois ramos em evidência, os quais correspondem
às partes do circuito entre os nós 12 e 13.
a ft
Dr
Figura 21 – Ramos em um circuito elétrico. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar, S. J.,
Practical Electrical Engineering, 2016.
a ft
Figura 22 – Malhas em um circuito elétrico. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar, S.
J., Practical Electrical Engineering, 2016.
Dr
2.1 Leis de Kirchhoff
portanto, leva em consideração os sentidos das correntes, sendo assim, a Lei de Kirchhoff
dos nós também pode ser enunciada da seguinte forma: “a soma das correntes que entram
em um nó é igual a soma das correntes que saem deste mesmo nó”. Da mesma maneira, na
equação 2.3, observa-se a relação das correntes IA , IC e ID , que possuem o mesmo sentido
em relação ao nó 3.
a ft
Dr
Figura 23 – Circuito elétrico para análise da LKC. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar,
S. J., Practical Electrical Engineering, 2016.
IA + IB = 0 (2.1)
IB − IC − ID = 0
(2.2)
IB = IC + ID
IA + IC + ID = 0 (2.3)
a ft
Figura 24 – Circuito elétrico para análise da LKC. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar,
S. J., Practical Electrical Engineering, 2016.
Lei de Kirchhoff das Tensões ou Lei de Kirchhoff das Malhas - LKT: “A soma
algébrica de todas as tensões ao longo de qualquer caminho fechado é igual a zero.”
Na figura 26, observam-se os nós 1, 2 e 3. Segundo a LKT, as tensões do circuito,
a saber, VA , VB , VC e VD podem ser relacionadas através da soma algébrica das mesmas
em determinada malha.
Observam-se que as tensões VA , VB e VC , presentes na malha dependente formada
pelos nós 1231, tomando o sentido horário para análise e considerando a soma algébrica,
ou seja, as polaridades das tensões, as mesmas serão somadas, conforme equação 2.4.
Considerando a malha independente formada pelos nós 232, e tomando o sentido horário
de análise, resulta na equação 2.5. Da mesma maneira, na equação 2.6, observa-se a relação
a ft
das tensões VA , VB e VD , assumindo o sentido horário para a malha independente formada
pelos nós 1231.
Dr
Figura 26 – Circuito elétrico para análise da LKT. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar,
S. J., Practical Electrical Engineering, 2016.
VA − VB − VC = 0
(2.4)
VA = VB + VC
Capítulo 2. Métodos para Análise de Circuitos 27
VD − VC = 0
(2.5)
VD = VC
VA − VB − VD = 0
(2.6)
VA = VB + VD
a ft
Dr
Figura 27 – Circuito elétrico para análise da LKT. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar,
S. J., Practical Electrical Engineering, 2016.
a ft
Figura 28 – Circuito elétrico para análise da LKT. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar,
S. J., Practical Electrical Engineering, 2016.
Dr
2.2 Associação de Resistores
Primeiro é importante definir o que são elementos em série: “Dois ou mais elementos
estão em série se eles compartilham exclusivamente um único nó e, consequentemente,
transportarem a mesma corrente.”
Na figura 29, observa-se do lado esquerdo um circuito com resistências em série e
do lado direito o mesmo circuito com a resistência em série equivalente.
Capítulo 2. Métodos para Análise de Circuitos 29
a ft
Figura 29 – Resistores e série. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar, S. J., Practical
Electrical Engineering, 2016.
Dr
Do lado esquerdo tem-se a seguinte relação por LKT:
V = V1 + V2
V = I (R1 + R2 ) ⇒ V = I (Req )
logo:
Req = R1 + R2 (2.8)
a ft
Figura 30 – Resistores em paralelo. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar, S. J., Practical
Dr
Electrical Engineering, 2016.
I = I1 + I2
V V
I= + (2.9)
R1 R2
1 V 1
I=V + ⇒I=V
R1 R2 Req
logo:
1 1 1
= + (2.10)
Req R1 R2
1 1 1 1 R1 + R2
= + ⇒ =
Req R1 R2 Req R1 R2
(2.11)
R1 R2
Req =
R1 + R2
1- Associação em paralelo com N resistores iguais: considerando uma associação
com N resistores iguais resulta em uma Req , conforme equação 2.12.
a ft 1
Req
Req =
1 1
R
N
1 1
= + + + ... + ⇒
R R R R
1
Req
=N
1
R
equivalente nos terminais ab da associação: inicia-se a análise do lado oposto aos terminais
requisitados, logo, na letra (a) observam-se três resistências em série; na letra (b) observa-se
o equivalente da associação em série da letra anterior, associado com outra resistência em
paralelo; na letra (c), tem-se o equivalente da associação em paralelo da letra anterior,
associado com as outras resistências restantes em série, resultando em um Req = 1875 Ω.
Dr
A partir das associações de resistores observam-se os princípios da divisão de tensão
e da divisão de corrente, os quais serão observados na secção a seguir.
Capítulo 2. Métodos para Análise de Circuitos 32
a ft
Figura 31 – Associação de resistores mista. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar, S. J.,
Practical Electrical Engineering, 2016.
Dr
2.3 Divisores de tensão e corrente
O princípio do divisor de tensão diz que "a tensão de uma fonte é dividida entre
resistores na proporção direta de suas resistências". Na figura 32, para encontrar v1 utiliza-se
a LKT, como segue:
v = v1 + v2 (2.13)
v1 = v − v2 ⇒ v1 = Req i − R2 i (2.14)
v v
v1 = Req − R2 (2.15)
Req Req
Capítulo 2. Métodos para Análise de Circuitos 33
a ft
Figura 32 – Circuito para divisor de tensão. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N. O.,
Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013.
v1 = v − R2
v
R1 + R2
⇒ v1 = v 1 −
R2
R1 + R2
(2.16)
R1
v1 = v (2.17)
Dr
R1 + R2
De forma genérica, a partir da equação 2.18, o divisor de tensão pode ser descrito
da seguinte forma:
Rn
vn = v (2.18)
R1 + R2 + R3 + . . . + RN
onde Rn é o n-ésimo resistor do qual necessita-se o valor de tensão vn , para uma associação
em série de N resistores.
O princípio do divisor de corrente diz que "uma corrente é dividida entre resistores
na proporção inversa de suas resistências". Na figura 33, para encontrar i1 utiliza-se a
LKC, como segue:
i = i1 + i2 (2.19)
v v
i1 = i − i2 ⇒ i1 = − (2.20)
Req R2
Capítulo 2. Métodos para Análise de Circuitos 34
a ft
Figura 33 – Circuito para divisor de corrente. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N. O.,
Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013.
Req i Req i
i1 = − (2.21)
Req R2
Dr
R1 R2
Considerando Req = :
R1 + R2
R1 R2
i1 = i − i (2.22)
(R1 + R2 ) R2
R2
i1 = i (2.23)
R1 + R2
Nos circuitos podem ser encontrados resistores associados nem em série nem em
paralelo, mas nas configurações Y ou T (figura 34) e ∆ ou Π (figura 35). Essas configurações
são comumente usadas em redes trifásicas, filtros elétricos e circuitos adaptadores. Este
secção tem como objetivo identificar estas configurações e aplicar a transformação ∆-Y ou
vice-versa, a fim de simplificar a análise de circuitos.
Capítulo 2. Métodos para Análise de Circuitos 35
a ft
Figura 34 – Duas formas da mesma rede:(a) Y;(b) T. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M.
N. O., Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013.
Dr
Inicia-se a análise a partir dos terminais 1 e 2 das figuras 34 e 35, como segue:
R12 (Y ) = R1 + R3
(2.24)
R12 (∆) = Rb || (Ra + Rc )
Fazendo R12 (Y ) = R12 (∆), resulta em:
Rb (Ra + Rc )
R12 = R1 + R3 = (2.25)
Ra + Rb + Rc
de mesma forma:
a ft R13 = R1 + R2 =
R34 = R2 + R3 =
R1 − R2 =
Rc (Ra + Rb )
Ra + Rb + Rc
Ra (Rb + Rc )
Ra + Rb + Rc
Rc (Rb − Ra )
(2.26)
(2.27)
(2.28)
Ra + Rb + Rc
Dr
Logo, somando as equações 2.26 e 2.28:
Rb Rc
R1 = (2.29)
Ra + Rb + Rc
Subtraindo a equação 2.28 da equação 2.26:
Rc Ra
R2 = (2.30)
Ra + Rb + Rc
Subtraindo a equação 2.29 da equação 2.25:
Ra Rb
R3 = (2.31)
Ra + Rb + Rc
Na figura 36, podemos observar a sobreposição das duas configurações ∆ (com Ra ,
Rb e Rc ) e Y (com R1 , R2 e R3 ).
Em linhas gerais, a transformação ∆-Y é realizada da seguinte forma: “Cada resistor
na rede Y corresponde ao produto dos resistores nos dois ramos adjacentes ∆, dividido
pela soma dos três resistores ∆.”
Capítulo 2. Métodos para Análise de Circuitos 37
a ft
Figura 36 – Sobreposição das configurações ∆ e Y. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N.
O., Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013.
Ra Rb Rc (Ra + Rb + Rc ) Ra Rb Rc
R1 R2 + R2 R3 + R3 R1 = 2 = (2.32)
(Ra + Rb + Rc ) Ra + Rb + Rc
Ao dividir a equação 2.32 pelas equações 2.29, 2.30 e 2.31, resulta nas equações a
seguir:
R1 R2 + R2 R3 + R3 R1
Ra = (2.33)
R1
R1 R2 + R2 R3 + R3 R1
Rb = (2.34)
R2
R1 R2 + R2 R3 + R3 R1
Rc = (2.35)
R3
Em linhas gerais, a transformação ∆-Y é realizada da seguinte forma: “Cada resistor
na rede ∆ corresponde à soma de todos os produtos possíveis dos resistores extraídos dois
a dois da rede Y, dividido pelo resistor oposto na rede Y.”
Capítulo 2. Métodos para Análise de Circuitos 38
R∆
RY = (2.36)
3
R∆ = 3RY (2.37)
a ft
a figura 37, encontre a corrente total I. Caso essas lâmpadas fossem substituídas por
resistores, qual seria o valor de cada resistência e suas respectivas tensões?
Dr
a ft
Figura 38 – Circuito para o Exemplo 3. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N. O., Funda-
mentos de Circuitos Elétricos, 2013.
a ft
Dr
Figura 40 – Circuito para análise de malhas. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N. O.,
Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013.
−V1 + R1 I1 + R3 I3 = 0 (2.38)
V2 − R3 I3 + R2 I2 = 0 (2.39)
R + R3 −R3 i1 V1
1 = (2.42)
−R3 R2 R3 i2 −V2
Por fim, os valores das correntes poderão ser encontrados a partir da equação 2.42.
As etapas para análise de malhas são descritas na tabela 2.
a ft
3. Resolver as n equações simultâneas resultantes para obter as correntes de malha.
a ft
Figura 42 – Circuito numérico para análise de malhas, com indicação das correntes. Fonte:
Alexander,C.K.; Sadiku, M. N. O., Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013.
12 -2 0
12 −2
−2 7 -1
-2 7 → (12 ∗ 7 ∗ 6) + [(−2) ∗ (−1) ∗ 0] + [0 ∗ (−2) ∗ (−1)]
0 −1 6 0 -1
Capítulo 2. Métodos para Análise de Circuitos 43
12 −2 0
12 -2
−2 7 -1 -2 7 → −(0 ∗ 7 ∗ 0) − [(−1) ∗ (−1) ∗ 12] − [6 ∗ (−2) ∗ (−2)]
0 -1 6 0 −1
6 -2
-8 7
2 −1
6 −2
-8 7
a ft
0
0
-1
6
-1
6
6
-8
2
-8
−2
7
-1
-2
7 →
→ (6 ∗ 7 ∗ 6) + [(−2) ∗ (−1) ∗ 2] + [0 ∗ (−8) ∗ (−1)]
∆1 154
i1 = = = 0, 329 A
∆ 468
Para encontrar a corrente i2 , substitui-se a coluna relacionada a essa corrente pela
coluna dos valores de tensão, como segue:
12 6 0
12 6
−2 -8 -1
-2 -8 → [12 ∗ (−8) ∗ 6] + [(6) ∗ (−1) ∗ 0] + [0 ∗ (−2) ∗ (2)]
0 2 6 0 2
12 6 0
12 6
−2 -8 -1
-2 -8 → − [0 ∗ (−8) ∗ 0] − [2 ∗ (−1) ∗ 12] − [6 ∗ (−2) ∗ 6]
0 2 6 0 2
Capítulo 2. Métodos para Análise de Circuitos 44
∆2 −480
i2 = = = 1, 026 A
∆ 468
Para encontrar a corrente i3 , substitui-se a coluna relacionada a essa corrente pela
coluna dos valores de tensão, como segue:
12 -2
−2 7
0 −1
12 −2
−2 7
0 -1
a ft6
-8
2
6
-8
2
12
-2
12
-2
0
0
−2
7
-1
-2
7
1
→
→ (12 ∗ 7 ∗ 2) + [(−2) ∗ (−8) ∗ 0] + [6 ∗ (−2) ∗ (−1)]
∆3 76
i3 = = = 0, 162 A
∆ 468
a ft
Figura 43 – Circuito para análise de malha do Exemplo 1. Fonte: Dorf,R.C; J. A. Svoboda,
2012.
Dr