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CONDUTORES E ISOLADORES
Disciplina: Instalações
Professor: Idemir Pedro Rossetti
NOVO HAMBURGO
2020
GUILHERME MACIEL DRAGO
JOÃO VÍTOR FIGUEIRA
PEDRO LUCAS GOMES
WENDEL HENRIQUE VELHO DE OLIVEIRA
CONDUTORES E ISOLADORES
NOVO HAMBURGO
2020
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................11 2
DESENVOLVIMENTO..................................................................................13
3 CONCLUSÃO............................................................................................... 39
41
11
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
Condutividade 1⁄
�� = ��
Fios e cabos são os condutores mais presentes em nosso dia a dia. A principal
diferença entre eles é a quantidade de filamentos condutores que compõe a sua
estrutura. Os fios e cabos podem ter isolação, cobertura, revestimento ou ser um
condutor nu, aqueles desprovidos de qualquer material que os cubra.
Um fio é um componente metálico maciço, de comprimento maior que a
dimensão transversal. Podem ser usados diretamente como condutores elétricos
(com ou sem isolação) ou para a fabricação de cabos flexíveis.
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Fonte: KVLux.
2.1.3 Condutores encordoados e classes de encordoamento
Como visto no tópico anterior, condutores encordoados são aqueles que possuem
filamentos dispostos de forma helicoidal. Os diversos filamentos dos condutores
encordoados são torcidos entre si, formando um cabo. Por padrão, os condutores
encordoados possuem na última camada, o número de filamentos da camada
anterior mais seis. Sendo assim, os condutores disponíveis no mercado podem ter
as seguintes quantidades de filamentos encordoados: 7, 19, 37, 61 e assim por
diante.
Alguns condutores encordoados são compactados no processo de fabricação,
obtendo-se assim, um cabo de menor diâmetro. Esse processo ocorre através da
compressão mecânica ou da trefilação, sendo que em ambos, o espaço existente
entre os filamentos é reduzido. Apesar de diminuir o diâmetro, o cabo perde
flexibilidade ao ser submetido a esses processos.
Quanto à classificação, a NBR NM 280, divide os condutores em cinco classes de
encordoamento: 1, 2, 4, 5 e 6. Os condutores de classes 1 e 2 destinam-se ao uso de
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cabos para instalações fixas, sendo a classe 1, composta por condutores sólidos
(fios) e a classe 2, composta por condutores encordoados. As classes 4, 5 e 6 são
destinadas ao uso em cabos e cordões flexíveis, sendo a classe 6 mais flexível que a
classe 5, e a classe 5 mais flexível que a classe 4 (NBR NM 280:2002, pg. 4,
Classificação).
Vale destacar que o número de classes de encordoamento foi reduzido com a
implementação da versão de 2002 da NBR NM 280, que é uma modificação da
antiga norma IEC 60228, de 1966, que estabelecia 6 classes de encordoamento.
De acordo com a NBR NM 280, as classes 1, 2, 5 e 6 foram mantidas, a fim de
preservar a continuidade e evitar confusão. A classe 3 foi suprimida, uma vez que era
pouco usada e a classe 2 é considerada adequada para a maioria das aplicações em
que a classe 3 era empregada (NBR NM 280:2002, pg. 1, Introdução).
A classe 4 tem um caso especial, tendo em vista que ela havia sido removida da
IEC, mas devido ao seu uso frequente nos países do MERCOSUL, optou-se pela sua
manutenção na norma, totalizando assim, 5 classes de encordoamento.
A NBR NM 280, define também, que os condutores elétricos só podem ser
fabricados com: cobre mole (com ou sem revestimento metálico), alumínio (sem
revestimento metálico) ou liga de alumínio.
A edição em vigor da NBR NM 280 equivale à edição de 2002 mais uma emenda
complementar de 2011.
Fonte: adaptado de Manual Prysmian de instalações elétricas, pg. 20, cap. III.
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Com uma densidade de 8,9 g/cm³, o cobre é mais pesado do que o alumínio, mas
acaba sendo o condutor utilizado na maioria das instalações de baixa tensão por
possuir menor diâmetro e se adequar melhor aos eletrodutos. O cobre apresenta a
menor resistência elétrica entre os metais não preciosos, sendo capaz de reduzir as
perdas de energia em relação ao alumínio, por exemplo. Possui grande resistência
contra deformação e corrosão, características que conferem ao condutor de cobre,
uma longa vida útil.
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Além disso, o cobre é o metal usado como referência pelo padrão internacional de
condutividade, IACS (“international annealed copper standard”, padrão internacional
do cobre recozido), que corresponde a um condutor de cobre com 1 m de
comprimento, 1 mm² de seção transversal e resistividade relativa à 20°C. Qualquer
condutor, seja de alumínio, de prata, ou de outro metal, têm suas condutividades
baseadas neste padrão e dados em porcentagem.
A NBR 5111 indica para fios de cobre nu de seção circular para fins elétricos, os
valores de resistividade e condutividade percentual.
O ouro é um metal nobre bastante requisitado pela sua ampla utilização para a
fabricação de joias. Para a área da eletricidade, se destaca por propriedades que o
caracterizam como um excelente condutor elétrico. O ouro possui densidade de 19,3
g/cm³ e logo percebe-se que é um material muito mais denso que o cobre e o
alumínio, já citados aqui. Além da densidade, o ouro caracteriza-se por ser um metal
dúctil, maleável e muito resistente aos processos químicos de corrosão e oxidação.
Apesar de todos os pontos positivos, a utilização do ouro para a confecção de cabos
e fios é impossível devido ao seu alto preço, uma vez que é um metal extremamente
valorizado pela sociedade. O valor elevado do ouro se dá pela classificação como
metal nobre.
Os valores do ouro variam de acordo com o quilate da peça, ou seja, a
porcentagem de ouro em si existente no material. O ouro puro tem 24 quilates e é a
referência para a definição da concentração do metal nos outros quilates existentes,
sendo eles o ouro 18 quilates (75%), 14 quilates (58,3%), 10 quilates (41,6%) e 9
quilates (37,5%).
Apesar do valor, o ouro é utilizado em pequenas quantidades em circuitos
eletrônicos para revestir outros materiais sujeitos à oxidação, protegendo-os de
defeitos causados pelas ações químicas.
Fonte: Embarcados.
O primeiro que podemos citar é o condutor isolado, ou seja, fios ou cabos dotados
de isolação. A isolação pode ser constituída de mais de uma camada de um mesmo
material, sendo a camada mais externa especialmente resistente à abrasão.
2.1.8.3 Cordão
O terceiro tipo de condutor é o cordão, que é um cabo flexível com baixo número
de condutores isolados (normalmente 2 ou 3) de pequena seção transversal,
geralmente paralelos ou torcidos.
2.1.8.4 Barra
Figura 8 - Barra
Fonte: Isolatori.
2.1.8.5 Cabo multiplexado
O quinto tipo de condutor é o cabo multiplexado, que é um cabo formado por dois
ou mais condutores isolados, dispostos helicoidalmente e sem cobertura. Existe
também o cabo multiplexado autossustentado (cabo pré-reunido), que difere do
multiplexado comum por possuir um condutor de sustentação, isolado ou não.
Os condutores multiplexados são muito utilizados em circuitos de alimentação e
distribuição de energia em tensões de 0,6/1 kV, em instalações aéreas fixadas em
postes.
Fonte: Cobremack.
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2.1.8.6 Cordoalha
Fonte: Adetech.
Fonte: adaptado de Manual Prysmian de instalações elétricas, pg. 20, cap. III.
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A seção geométrica está representada pela isolação + cobre. A área laranja (cobre)
As seções dos condutores são dadas em milímetros quadrados, tendo como base
a série métrica definida pela IEC (International Eletrotechnical Commission,
Comissão Internacional de Eletrotécnica). Alguns países, como a Argentina, utilizam
seções não especificadas na série métrica da IEC, como a de 2 mm² (A NBR NM
280 permite a utilização dessa seção em alguns países do MERCOSUL), apesar
disso, as seções nominais propostas pela IEC, são aceitas internacionalmente e
estão reproduzidas na tabela abaixo:
1 35 300 1600
4 95 630 ----------
Fonte: adaptado de Manual Prysmian de instalações elétricas, pg. 20, cap. III.
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Circuitos de 4 Cu
sinalização e
circuitos de
controle
Circuitos a 0,75 Cu
extrabaixa tensão
para aplicações
especiais
1)
Seções mínimas ditadas por razões mecânicas.
2)
Os circuitos de tomadas de corrente são considerados circuitos de força. 3) Em
circuitos de sinalização e controle destinados a equipamentos eletrônicos é
admitida uma seção mínima de 0,1 mm².
4)
Em cabos multipolares flexíveis contendo sete ou mais veias é admitida uma
seção mínima de 0,1 mm².
Fonte: NBR 5410:2004, pg. 113, tabela 47 – Seção mínima dos condutores.
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S ≤ 25 S
35 25
50 25
70 35
95 50
120 70
150 70
185 95
240 120
300 150
400 185
1)
As condições de utilização desta tabela são dadas em 6.2.6.2.6. da NBR 5410
Fonte: NBR 5410:2004, pg. 115, tabela 48 – Seção reduzida do condutor neutro.
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��
�� =√�� ��
��
S ≤ 16 S
16 < S ≤ 35 16
S > 35 S/2
Fonte: NBR 5410:2004, pg. 150, tabela 58 – Seção mínima do condutor de proteção.
Fonte: adaptado de Manual Prysmian de instalações elétricas, pg. 19, cap, III.
Ar atmosférico 3x106
PVC 29x106
Vidro 14x106
Nylon 14x106
difícil evacuação, pois quando incinerado, o PVC libera gases tóxicos danosos à
saúde. Por conta desses gases, NBR 5410 define que os condutores com isolação
em PVC devem ser do tipo “não propagadores de chama”. Outra desvantagem deste
material é que ele não deve ser manipulado ou submetido a esforços mecânicos em
temperaturas inferiores a -10°C, pois se torna quebradiço.
Fonte: Proelis.
2.2.3.7 Nylon
2.2.3.10 Mica
Outro material isolante importante é a mica, uma série de 37 minerais que são
encontrados na natureza. A mica é muito utilizada nas áreas da elétrica, eletrônica e
mecânica, principalmente para a fabricação de fornos, pois possui uma temperatura
de trabalho que varia de 700°C até 750°C.
O gás hidrogênio (H2) é um gás inflamável que caracteriza-se pela sua leveza e
baixa densidade (0,07 g/cm³). É muito utilizado para a refrigeração de alternadores e
motores síncronos de grande potência. Como a densidade do gás hidrogênio é baixa,
ele apresenta pouca resistência à rotação de motores e suas respectivas ventilações,
diminuindo as perdas rotacionais.
Outro gás isolante importante é o hexafluoreto de enxofre (SF6), um gás sintético,
criado de forma intencional, com alta rigidez dielétrica, sendo um isolador de alto
desempenho, podendo extinguir os arcos elétricos em aparelhos de baixa e média
tensão. Não agride a camada de ozônio e, à temperatura ambiente, não é inflamável.
XLPE 0,6/1 kV
3 CONCLUSÃO
ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão, 2004, pgs. 1 a 150.
Disponível em:
<https://hosting.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/normas%20e%20relat%F3rios/NRs/nbr_541
0.pdf>.
Acesso em: 24/03/2020.