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FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA

CURSO TÉCNICO DE ELETROTÉCNICA

GUILHERME MACIEL DRAGO


JOÃO VÍTOR FIGUEIRA
PEDRO LUCAS GOMES
WENDEL HENRIQUE VELHO DE OLIVEIRA
TURMA: 2323

CONDUTORES E ISOLADORES

Disciplina: Instalações
Professor: Idemir Pedro Rossetti

NOVO HAMBURGO
2020
GUILHERME MACIEL DRAGO
JOÃO VÍTOR FIGUEIRA
PEDRO LUCAS GOMES
WENDEL HENRIQUE VELHO DE OLIVEIRA
CONDUTORES E ISOLADORES

Trabalho sobre condutores e isoladores


elétricos solicitado pelo professor Idemir
Pedro Rossetti, como requisito para a
disciplina de instalações.

Professor: Idemir Pedro Rossetti

NOVO HAMBURGO
2020
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Cabo e fio de cobre, respectivamente


...................................................15 Figura 2 - Condutor encordoado de alumínio
........................................................18 Figura 3 - Ouro em placas de circuito
impresso....................................................20 Figura 4 - Prata em placas de
circuito impresso ...................................................21 Figura 5 - Fio e cabo
isolados, respectivamente ...................................................21 Figura 6 - Cabo
unipolar e multipolar, respectivamente.......................................22 Figura 7 -
Cordão paralelo e torcido, respectivamente.........................................22 Figura 8
- Barra ...........................................................................................................23
Figura 9 - Cabo
multiplexado....................................................................................23 Figura 10 -
Cordoalha ................................................................................................24 Figura
11 - Seção nominal e geométrica dos condutores ....................................25
Figura 12 - Condutor com isolação em
PVC...........................................................32 Figura 13 - Condutores com isolação
EPR.............................................................32 Figura 14 - Condutor com isolação
HEPR ..............................................................33 Figura 15 - Condutor com
isolação em XLPE.........................................................33
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Cálculo de resistividade e


condutividade.............................................13 Tabela 2 - Resistividade e
condutividade dos metais ...........................................14 Tabela 3 - Classes de
encordoamento ....................................................................16 Tabela 4 -
Resistividade e condutividade percentual de condutores de cobre
para fins
elétricos.......................................................................................................19 Tabela
5 - Comparação entre os condutores de cobre e alumínio......................19 Tabela
6 - Os tipos de condutores ...........................................................................24
Tabela 7 - Série métrica IEC até 2000
mm²..............................................................25 Tabela 8 - Seção nominal mínima
dos condutores1).............................................26 Tabela 9 - Seção reduzida do
condutor neutro1)....................................................27 Tabela 10 - Seção mínima
do condutor de proteção.............................................28 Tabela 11 - Tensão
nominal de isolamento (valores normalizados) ...................29 Tabela 12 - Tipos
de materiais isolantes.................................................................29 Tabela 13 -
Rigidez dielétrica de isolantes elétricos .............................................30 Tabela 14
- Regimes de temperatura das isolações dos condutores .................31 Tabela
15 - Tensões de isolamento de alguns materiais isolantes em BT.........36
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................11 2

DESENVOLVIMENTO..................................................................................13

2.1 CONDUTORES ELÉTRICOS ................................................................................13


2.1.1 Resistividade e condutividade ..................................................................13
2.1.2 Cabos e fios .................................................................................................14
2.1.3 Condutores encordoados e classes de encordoamento.......................15
2.1.4 Condutores de alumínio.............................................................................17
2.1.5 Condutores de cobre ..................................................................................18
2.1.6 O Ouro e suas aplicações na área da eletricidade .................................20
2.1.7 A prata e suas aplicações na área da eletricidade .................................20
2.1.8 Tipos de condutores e sua composição..................................................21
2.1.8.1 Condutor isolado ...........................................................................................21
2.1.8.2 Cabos unipolares e multipolares ..................................................................22
2.1.8.3 Cordão...........................................................................................................22
2.1.8.4 Barra............................................................................................................23
2.1.8.5 Cabo multiplexado ........................................................................................23
2.1.8.6 Cordoalha......................................................................................................24
2.1.9 Seção de condutores..................................................................................25
2.1.9.1 Determinação da seção dos condutores de fase.........................................26
2.1.9.2 Determinação da seção do condutor neutro ................................................27
2.1.9.3 Determinação da seção de condutores de proteção (PE)...........................28
2.2 ISOLADORES ELÉTRICOS: O QUE SÃO? .............................................................28
2.2.1 Rigidez dielétrica.........................................................................................30
2.2.2 Regimes de temperatura............................................................................30
2.2.3 Tipos de isolantes elétricos.......................................................................31
2.2.3.1 Policloreto de vinila (PVC)............................................................................31
2.2.3.2 Borracha etileno-propileno (EPR).................................................................32
2.2.3.3 Borracha etileno propileno de alto módulo (HEPR).....................................33
2.2.3.4 Polietileno reticulado (XLPE)........................................................................33
2.2.3.5 Compostos poliolefínicos livres de halogênio (LSHF/A)..............................34
2.2.3.6 Neoprene (NE) ..............................................................................................34
2.2.3.7 Nylon...........................................................................................................34
2.2.3.8 Polietileno (PE) ............................................................................................. 34
2.2.3.9 Polipropileno (PP)......................................................................................... 34
2.2.3.10 Mica.............................................................................................................35
2.2.3.11 Vidro e cerâmica ...........................................................................................
35 2.2.3.12 Os isolantes
gasosos.................................................................................... 35 2.2.3.13 Os
isolantes líquidos..................................................................................... 36 2.2.4
Comportamento dos condutores isolados em caso de incêndio ........ 37 2.2.5
Identificação de condutores através da cor da isolação....................... 37 2.2.6
Efeito corona e sua ação sobre os isoladores elétricos ....................... 38

3 CONCLUSÃO............................................................................................... 39

REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS .............................................................................

41

11

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho de pesquisa tem como objeto de estudo dois materiais de


suma importância para a área da eletricidade: os condutores e isoladores elétricos.
Dois materiais com funções opostas nas instalações elétricas e que diferem entre si
pela capacidade (ou não) de conduzir corrente elétrica com eficiência. Ambos são
imprescindíveis para o funcionamento adequado de qualquer instalação elétrica.
O trabalho em si, é composto por duas grandes seções, uma para os condutores,
outra para os isoladores. Cada seção possui subseções com informações que
julgamos relevantes, sendo que ao longo do texto serão utilizadas imagens
ilustrativas dos materiais condutores e isolantes, assim como tabelas, geralmente
comparativas, a fim de elucidar a teoria.
O objetivo aqui é demonstrar a grande variedade de materiais condutores e
isolantes existentes, bem como as suas características, aplicações e especificações
técnicas para locais de instalação. Para isso, exibiremos diversos fatores que devem
ser levados em conta no momento de escolha do produto, seja ele condutor ou
isolador.
A pesquisa tem como base teórica as normas técnicas nacionais e internacionais
aplicáveis, além de manuais de instalações elétricas e sites de fabricantes e
fornecedores dos componentes citados.
Utilizamos, principalmente, a NBR NM 280:2011, a NBR 5410:2004 e o Manual
Prysmian de instalações elétricas para abordar o assunto “condutores elétricos”, em
que falaremos sobre o encordoamento e suas classes, utilização do cobre e do
alumínio na confecção de cabos e fios, determinação da seção de condutores
elétricos, além da aplicabilidade de outros materiais condutores, tais como o ouro e a
prata em áreas da eletricidade.
No tópico dos isoladores, utilizamos o mesmo Manual Prysmian de instalações
elétricas e a NBR 5410:2004 para embasar a pesquisa, na qual serão apresentados
os principais tipos de materiais isolantes, com ênfase aos polímeros utilizados como
isolação para fios e cabos elétricos, aos gases e líquidos com propriedades
dielétricas
e alguns outros materiais como o vidro e a porcelana.
Além disso, serão abordados outros temas como os regimes de temperatura dos
condutores com determinada isolação, o comportamento deles em situações de fogo
e incêndio, a diferença entre isolamento e isolação, comparações entre a rigidez
12

dielétrica e as tensões de isolamento dos principais materiais isolantes e as cores


estipuladas por norma para a identificação dos condutores quanto a função na
instalação elétrica.
De forma geral, o trabalho de pesquisa tem por objetivo demonstrar o quão
importantes são os condutores e isoladores para qualquer área da eletricidade, uma
vez que não há como levar a energia elétrica às instalações residenciais, comerciais
ou industriais sem a utilização destes componentes.
13

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 CONDUTORES ELÉTRICOS

Condutores elétricos são materiais que possuem grande quantidade de elétrons


livres, permitindo a condução de corrente elétrica. A facilidade de condução de
cargas elétricas dos condutores se deve à baixa resistência que eles oferecem a
passagem de elétrons. Em geral, os metais, tais como a prata e o ouro, são bons
condutores de eletricidade. Alguns gases são empregados como condutores
elétricos em determinadas situações. É o caso do vapor de mercúrio e de sódio, ou
do gás neon, que são comumente utilizados em lâmpadas.

2.1.1 Resistividade e condutividade

A resistividade de um condutor é a sua resistência específica, que varia em


função da temperatura θ, do comprimento ℓ e da área da seção transversal S. No
caso dos metais, a resistividade aumenta com a temperatura. A resistividade é
medida em Ω.mm²/m e seu símbolo é o ρ.
Já a condutividade, é a capacidade que um condutor possui de conduzir corrente
elétrica. A condutividade é uma grandeza inversamente proporcional à resistividade,
é medida em S.m/mm² e seu símbolo é o σ.

Tabela 1 - Cálculo de resistividade e condutividade


Resistividade do material ��
�� = �� × ℓ⁄
Resistividade (variação de temperatura) ��2 = ��1[1 + ��1(��2 − ��1)]

Condutividade 1⁄
�� = ��

Fonte: autores, 2020.

Os materiais mais utilizados para a fabricação de condutores são o cobre e o


alumínio, tendo em vista as suas propriedades elétricas e o seu custo. O cobre tem
sido utilizado, principalmente, em condutores providos de isolação. O alumínio
domina a área dos condutores nus para distribuição e transmissão, mas também é
usado para a fabricação de condutores isolados, ainda que em escala inferior ao
cobre.
A prata tem a maior condutividade entre os metais, mas é pouco utilizada por
conta de seu custo elevado. O mesmo ocorre com o ouro: o seu preço, assim como o
da prata, impossibilita a sua utilização para a fabricação de fios ou cabos elétricos.
14

Além do custo, a condutividade do ouro é menor em relação às do cobre e da prata.


O diferencial do ouro é a sua capacidade de resistência à oxidação, característica
que permite manter a sua capacidade de condução no auge por mais tempo. O ouro
e a prata são utilizados em pequenos circuitos eletrônicos.
Para estabelecer uma comparação entre as resistividades e condutividades de
alguns dos principais materiais condutores, os respectivos valores são dados na
tabela abaixo:

Tabela 2 - Resistividade e condutividade dos metais


Material Condutividade a Resistividade a 20°C
20°C (S.m/mm²) (Ω.mm²/m)

Prata 62,5 0,0158

Cobre puro 61,7 0,01724

Ouro 43,5 0,0244

Alumínio 34,2 0,0283

Tungstênio 18,18 0,055

Zinco 17,8 0,05617


Bronze 14,9 0,067

Latão 14,9 0,067

Níquel 10,41 0,087

Ferro puro 10,2 0,096

Fonte: adaptado de Instituto Newton C. Braga.

2.1.2 Cabos e fios

Fios e cabos são os condutores mais presentes em nosso dia a dia. A principal
diferença entre eles é a quantidade de filamentos condutores que compõe a sua
estrutura. Os fios e cabos podem ter isolação, cobertura, revestimento ou ser um
condutor nu, aqueles desprovidos de qualquer material que os cubra.
Um fio é um componente metálico maciço, de comprimento maior que a
dimensão transversal. Podem ser usados diretamente como condutores elétricos
(com ou sem isolação) ou para a fabricação de cabos flexíveis.
15

Um cabo é um condutor encordoado, ou seja, um condutor constituído por um


conjunto de filamentos dispostos de forma helicoidal (em forma de hélice, caracol).
Essa distribuição de seus filamentos permite ao cabo uma flexibilidade maior em
relação ao fio. Os fios encordoados dos cabos podem ser isolados entre si, sendo
que o conjunto também pode ser isolado ou não.
Os cabos são divididos em dois grandes grupos: os cabos de potência e os cabos
de controle. Os cabos de potência são os condutores utilizados para a geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica. Já os cabos de controle são os
condutores utilizados em circuitos de controle de sistemas e equipamentos elétricos.

Figura 1 - Cabo e fio de cobre, respectivamente

Fonte: KVLux.
2.1.3 Condutores encordoados e classes de encordoamento

Como visto no tópico anterior, condutores encordoados são aqueles que possuem
filamentos dispostos de forma helicoidal. Os diversos filamentos dos condutores
encordoados são torcidos entre si, formando um cabo. Por padrão, os condutores
encordoados possuem na última camada, o número de filamentos da camada
anterior mais seis. Sendo assim, os condutores disponíveis no mercado podem ter
as seguintes quantidades de filamentos encordoados: 7, 19, 37, 61 e assim por
diante.
Alguns condutores encordoados são compactados no processo de fabricação,
obtendo-se assim, um cabo de menor diâmetro. Esse processo ocorre através da
compressão mecânica ou da trefilação, sendo que em ambos, o espaço existente
entre os filamentos é reduzido. Apesar de diminuir o diâmetro, o cabo perde
flexibilidade ao ser submetido a esses processos.
Quanto à classificação, a NBR NM 280, divide os condutores em cinco classes de
encordoamento: 1, 2, 4, 5 e 6. Os condutores de classes 1 e 2 destinam-se ao uso de
16

cabos para instalações fixas, sendo a classe 1, composta por condutores sólidos
(fios) e a classe 2, composta por condutores encordoados. As classes 4, 5 e 6 são
destinadas ao uso em cabos e cordões flexíveis, sendo a classe 6 mais flexível que a
classe 5, e a classe 5 mais flexível que a classe 4 (NBR NM 280:2002, pg. 4,
Classificação).
Vale destacar que o número de classes de encordoamento foi reduzido com a
implementação da versão de 2002 da NBR NM 280, que é uma modificação da
antiga norma IEC 60228, de 1966, que estabelecia 6 classes de encordoamento.
De acordo com a NBR NM 280, as classes 1, 2, 5 e 6 foram mantidas, a fim de
preservar a continuidade e evitar confusão. A classe 3 foi suprimida, uma vez que era
pouco usada e a classe 2 é considerada adequada para a maioria das aplicações em
que a classe 3 era empregada (NBR NM 280:2002, pg. 1, Introdução).
A classe 4 tem um caso especial, tendo em vista que ela havia sido removida da
IEC, mas devido ao seu uso frequente nos países do MERCOSUL, optou-se pela sua
manutenção na norma, totalizando assim, 5 classes de encordoamento.
A NBR NM 280, define também, que os condutores elétricos só podem ser
fabricados com: cobre mole (com ou sem revestimento metálico), alumínio (sem
revestimento metálico) ou liga de alumínio.
A edição em vigor da NBR NM 280 equivale à edição de 2002 mais uma emenda
complementar de 2011.

Tabela 3 - Classes de encordoamento


Classe de Características Informações
encordoamento

1 Condutores sólidos (fios); É atribuída uma


resistência elétrica
máxima a 20°C em
Ω/km;

2 Condutores É atribuída uma


encordoados, resistência elétrica
compactados ou não; máxima a 20°C em
Ω/km e um número de
fios encordoados;

4, 5 e 6 Condutores flexíveis. É atribuída uma


resistência elétrica
máxima a 20°C em
Ω/km e um diâmetro
máximo dos fios no
condutor.

Fonte: adaptado de Manual Prysmian de instalações elétricas, pg. 20, cap. III.
17

2.1.4 Condutores de alumínio

A densidade do alumínio é de 2,7 g/cm³, o que significa que se calcularmos a


relação entre o peso de um condutor de cobre e outro de alumínio, transportando a
mesma corrente elétrica, mesmo possuindo uma seção 60% maior
(aproximadamente), o condutor de alumínio tem cerca da metade do peso do
condutor de cobre. A partir desse dado, se estabeleceu uma preferência pelos
condutores de alumínio quando a instalação elétrica exige um material leve. Por isso
o alumínio domina o campo dos condutores para distribuição e transmissão de
energia, casos em que há necessidade da utilização de condutores menos pesados.
Além disso, o alumínio é um material mais barato e oferece menor resistência
mecânica do que o cobre.
Os condutores encordoados de alumínio possuem uma nomenclatura própria
para identificar a disposição helicoidal dos filamentos que os compõe. A coroa, por
exemplo, refere-se aos filamentos que envolvem o centro de referência, que por sua
vez, é chamado de alma. A alma dos condutores de alumínio pode ser formada por
mais de um fio, podendo ser composta pelo próprio alumínio (CA) ou aço zincado
(CAA).
O cabo CA é um condutor encordoado concêntrico, composto por camadas de
fios de alumínio 1350. Este tipo de condutor é classificado conforme as classes de
encordoamento em A e AA, sendo a classe A, os condutores nus utilizados em
instalações aéreas e a classe AA, os condutores cobertos com materiais resistentes
ás intempéries (e condutores nus onde há necessidade de mais flexibilidade que a
classe A proporciona).
O cabo CAA também é do tipo concêntrico, formado por fios de alumínio 1350
ou H19 que envolvem uma alma de aço zincado. A alma pode ser constituída por um
único fio ou vários fios encordoados, dependendo da dimensão do condutor. Por ser
um condutor encordoado, a alma também recebe classes de encordoamento (A, B e
C, para a ASMT, a norma americana ou 1 e 2 para a NBR NM 280).
Os condutores de alumínio em instalações residenciais são proibidos pela
NBR 5410. No caso de instalações industriais, são permitidos os condutores de
alumínio, desde que a seção nominal dos condutores seja igual ou superior a 16
mm²; a instalação seja diretamente alimentada por subestação de transformação ou
transformador, a partir de uma rede de alta tensão (ou possua fonte própria); e a
18

instalação seja realizada por profissionais da área. Já no caso de instalações


comerciais, os condutores de alumínio são permitidos se a seção nominal dos
condutores for igual ou superior a 50 mm²; se o local for de baixa densidade de
ocupação e com percurso de fuga breve; e se forem instalados por profissionais da
área (NBR 5410:nbr2004, pg. 89, itens 6.2.3.8.1, 6.2.3.8.2 e 6.2.3.8.3). Quando há
necessidade de se fazer conexões com o alumínio, deve-se tomar especial cuidado,
pois este metal é um dos que mais sofre oxidação quando entram em contato com a
atmosfera. O processo de oxidação do alumínio se intensifica ainda mais quando a
temperatura aumenta. O óxido de alumínio (Al2O3) possui uma resistência elevada,
sendo, portanto, um isolante. Mesmo quando as camadas deste óxido são finas, a
corrente elétrica tem a sua passagem dificultada. Para conseguir boas conexões
elétricas com o alumínio, é necessária a utilização de conectores por meio de
compressão ou soldas adequadas, que tem a capacidade de romper a camada de
óxido do metal.

Figura 2 - Condutor encordoado de alumínio


Fonte: Alibaba Group.

2.1.5 Condutores de cobre

Com uma densidade de 8,9 g/cm³, o cobre é mais pesado do que o alumínio, mas
acaba sendo o condutor utilizado na maioria das instalações de baixa tensão por
possuir menor diâmetro e se adequar melhor aos eletrodutos. O cobre apresenta a
menor resistência elétrica entre os metais não preciosos, sendo capaz de reduzir as
perdas de energia em relação ao alumínio, por exemplo. Possui grande resistência
contra deformação e corrosão, características que conferem ao condutor de cobre,
uma longa vida útil.
19

Além disso, o cobre é o metal usado como referência pelo padrão internacional de
condutividade, IACS (“international annealed copper standard”, padrão internacional
do cobre recozido), que corresponde a um condutor de cobre com 1 m de
comprimento, 1 mm² de seção transversal e resistividade relativa à 20°C. Qualquer
condutor, seja de alumínio, de prata, ou de outro metal, têm suas condutividades
baseadas neste padrão e dados em porcentagem.
A NBR 5111 indica para fios de cobre nu de seção circular para fins elétricos, os
valores de resistividade e condutividade percentual.

Tabela 4 - Resistividade e condutividade percentual de condutores de cobre


para fins elétricos

Material Diâmetros (d) Resistividade a Condutividade


nominais em mm 20°C em Ω.mm²/m a 20°C em %

Cobre mole ---------- 0,017241 100

Cobre meio-duro 1≤d≤8 0,017837 96,66


8 ≤ d ≤ 11,80 0,017654 97,66

Cobre duro 1≤d≤8 0,017930 96,16


8 ≤ d ≤ 11,80 0,017745 97,16
Fonte: NBR 5111:1997, pg. 6, tabelas A.5 e A.6.

Se adicionarmos o alumínio na tabela, é possível estabelecer uma


comparação mais clara entre a condutividade dos dois materiais.

Tabela 5 - Comparação entre os condutores de cobre e alumínio


Material Resistividade a 20°C Condutividade a
em Ω.mm²/m 20°C em %

Cobre mole 0,017241 100

Cobre meio-duro 0,017837 96,66


0,017654 97,66

Cobre duro 0,017930 96,16


0,017745 97,16

Cobre estanhado 0,018508 93,15


0,018312 94,16
0,017930 96,16
0,017445 97,16
0,017654 97,66

Alumínio 1350 0,028264 61

Liga de alumínio 0,032840 52,5

Fonte: AP05_01 – CONDUTORES DE COBRE, pg. 3, Prof. Idemir Pedro Rossetti.


20

2.1.6 O Ouro e suas aplicações na área da eletricidade

O ouro é um metal nobre bastante requisitado pela sua ampla utilização para a
fabricação de joias. Para a área da eletricidade, se destaca por propriedades que o
caracterizam como um excelente condutor elétrico. O ouro possui densidade de 19,3
g/cm³ e logo percebe-se que é um material muito mais denso que o cobre e o
alumínio, já citados aqui. Além da densidade, o ouro caracteriza-se por ser um metal
dúctil, maleável e muito resistente aos processos químicos de corrosão e oxidação.
Apesar de todos os pontos positivos, a utilização do ouro para a confecção de cabos
e fios é impossível devido ao seu alto preço, uma vez que é um metal extremamente
valorizado pela sociedade. O valor elevado do ouro se dá pela classificação como
metal nobre.
Os valores do ouro variam de acordo com o quilate da peça, ou seja, a
porcentagem de ouro em si existente no material. O ouro puro tem 24 quilates e é a
referência para a definição da concentração do metal nos outros quilates existentes,
sendo eles o ouro 18 quilates (75%), 14 quilates (58,3%), 10 quilates (41,6%) e 9
quilates (37,5%).
Apesar do valor, o ouro é utilizado em pequenas quantidades em circuitos
eletrônicos para revestir outros materiais sujeitos à oxidação, protegendo-os de
defeitos causados pelas ações químicas.

Figura 3 - Ouro em placas de circuito impresso

Fonte: Alibaba Group.

2.1.7 A prata e suas aplicações na área da eletricidade

A prata é o metal com a maior condutividade, mas assim como o ouro, se


enquadra na classe dos metais nobres, caracterizados pela raridade e pelo alto
custo,
21

o que impossibilita a sua utilização larga em escala. A densidade da prata é de 10,49


g/cm³, sendo um metal dúctil e maleável.
A prata é empregada em placas de circuito impresso quando se faz necessária a
utilização de um material com alta condutividade elétrica.

Figura 4 - Prata em placas de circuito impresso

Fonte: Embarcados.

2.1.8 Tipos de condutores e sua composição


Existem diversos tipos de condutores, que diferem entre si por vários motivos. Há
condutores isolados, não isolados, unipolares, multipolares, multiplexados,
cordoalhas e assim por diante.

2.1.8.1 Condutor isolado

O primeiro que podemos citar é o condutor isolado, ou seja, fios ou cabos dotados
de isolação. A isolação pode ser constituída de mais de uma camada de um mesmo
material, sendo a camada mais externa especialmente resistente à abrasão.

Figura 5 - Fio e cabo isolados, respectivamente

Fonte: Mundo do Elétrica.


22

2.1.8.2 Cabos unipolares e multipolares

O segundo tipo de condutor são os cabos unipolares, compostos por um único


condutor isolado e provido, no mínimo, de cobertura. A cobertura é um invólucro sem
função de isolação, destinado a proteger o condutor de influências externas.
Existem também, os cabos multipolares, que são constituídos por dois ou mais
condutores isolados e com cobertura. Os condutores isolados que constituem os
cabos multipolares são chamados de veias. Os cabos multipolares que possuem 2, 3
e 4 veias são chamados de bipolares, tripolares e tetrapolares, respectivamente. Nos
condutores multipolares, é utilizado um enchimento para preencher os espaços entre
as veias e uma capa (metálica ou não) para envolver as veias ou um conjunto delas.

Figura 6 - Cabo unipolar e multipolar, respectivamente


Fonte: Cigame – elétricos e hidráulicos.

2.1.8.3 Cordão

O terceiro tipo de condutor é o cordão, que é um cabo flexível com baixo número
de condutores isolados (normalmente 2 ou 3) de pequena seção transversal,
geralmente paralelos ou torcidos.

Figura 7 - Cordão paralelo e torcido, respectivamente

Fonte: Controller - fios e cabos


elétricos.
23

2.1.8.4 Barra

O quarto tipo de condutor é a barra ou barramento. As barras possuem diversos


furos para o encaixe de outros condutores. Geralmente são utilizadas em quadros
de distribuição.

Figura 8 - Barra

Fonte: Isolatori.
2.1.8.5 Cabo multiplexado

O quinto tipo de condutor é o cabo multiplexado, que é um cabo formado por dois
ou mais condutores isolados, dispostos helicoidalmente e sem cobertura. Existe
também o cabo multiplexado autossustentado (cabo pré-reunido), que difere do
multiplexado comum por possuir um condutor de sustentação, isolado ou não.
Os condutores multiplexados são muito utilizados em circuitos de alimentação e
distribuição de energia em tensões de 0,6/1 kV, em instalações aéreas fixadas em
postes.

Figura 9 - Cabo multiplexado

Fonte: Cobremack.
24

2.1.8.6 Cordoalha

O último tipo de condutor é a cordoalha, que se resume a um tecido de fios


metálicos trançados. A cordoalha é extremamente resistente aos movimentos de
dobra constantes justamente por conta das tranças.
Figura 10 - Cordoalha

Fonte: Adetech.

Alguns cabos possuem um elemento metálico chamado de armação que os


protege de esforços mecânicos. As armações podem ser constituídas por fios ou
fibras de aço ou alumínio, que absorvem esforços como a tração, a compressão e o
impacto. As armações são colocadas em um acolchoamento que protege
mecanicamente o material posicionado diretamente sob ele.
Tanto o acolchoamento quanto a armação são encontrados em cabos unipolares
ou multipolares.

Tabela 6 - Os tipos de condutores


Condutor isolado Condutor sólido ou encordoado +
isolação

Cabo unipolar Condutor isolado + cobertura (no


mínimo)

Cabo multipolar 2 ou mais condutores isolados +


cobertura (no mínimo)

Cordão Condutores isolados de pequena


seção (2 ou 3) paralelos ou torcidos

Barra Condutor repleto de furos, muito


utilizado em quadros de distribuição

Cabo multiplexado Condutores isolados ou cabos


unipolares (2 ou mais) dispostos
helicoidalmente (sem cobertura)

Cabo pré-reunido Cabo multiplexado + condutor de


sustentação

Cordoalha Conjunto de fios metálicos trançados

Fonte: adaptado de Manual Prysmian de instalações elétricas, pg. 20, cap. III.
25

2.1.9 Seção de condutores

Os condutores elétricos são caracterizados pela sua seção nominal, grandeza


referente à área do que se chama de “seção elétrica efetiva”. A seção nominal não
corresponde à seção geométrica do condutor, que por sua vez, refere-se à área de
sua seção transversal. A diferença entre seção geométrica e nominal está
representada por um fio isolado de cobre na figura abaixo:

Figura 11 - Seção nominal e geométrica dos condutores

A seção geométrica está representada pela isolação + cobre. A área laranja (cobre)

representa a seção nominal.


Fonte: autores, 2020.

As seções dos condutores são dadas em milímetros quadrados, tendo como base
a série métrica definida pela IEC (International Eletrotechnical Commission,
Comissão Internacional de Eletrotécnica). Alguns países, como a Argentina, utilizam
seções não especificadas na série métrica da IEC, como a de 2 mm² (A NBR NM
280 permite a utilização dessa seção em alguns países do MERCOSUL), apesar
disso, as seções nominais propostas pela IEC, são aceitas internacionalmente e
estão reproduzidas na tabela abaixo:

Tabela 7 - Série métrica IEC até 2000 mm²


Seção nominal dos condutores definida pela IEC (mm²)

0,5 16 185 1200

0,75 25 240 1400

1 35 300 1600

1,5 50 400 1800

2,5 70 500 2000

4 95 630 ----------

6 120 800 ----------

10 150 1000 ----------

Fonte: adaptado de Manual Prysmian de instalações elétricas, pg. 20, cap. III.
26

Para condutores de cobre e alumínio, a NBR 5410 define os valores mínimos de


seção nominal para condutores de fase, condutor neutro e condutor de proteção.

2.1.9.1 Determinação da seção dos condutores de fase

A seção dos condutores de fase em corrente alternada e dos condutores vivos em


corrente contínua, não deve ser inferior aos valores dados na tabela 47 da NBR
5410, transcrita abaixo:

Tabela 8 - Seção nominal mínima dos condutores1)


Tipo de linha Utilização do Seção mínima
circuito do condutor
em mm²
Instalações Condutores e Circuitos de 1,5 Cu
fixas em geral cabos isolados iluminação 16 Al

Circuitos de força2) 2,5 Cu


16 Al

Circuitos de 0,5 Cu3)


sinalização e
circuitos de
controle

Condutores nus Circuitos de força 10 Cu


16 Al

Circuitos de 4 Cu
sinalização e
circuitos de
controle

Linhas flexíveis com cabos isolados Para um Como


equipamento especificado na
específico norma do
equipamento

Para qualquer O,75 Cu4)


outra aplicação

Circuitos a 0,75 Cu
extrabaixa tensão
para aplicações
especiais
1)
Seções mínimas ditadas por razões mecânicas.
2)
Os circuitos de tomadas de corrente são considerados circuitos de força. 3) Em
circuitos de sinalização e controle destinados a equipamentos eletrônicos é
admitida uma seção mínima de 0,1 mm².
4)
Em cabos multipolares flexíveis contendo sete ou mais veias é admitida uma
seção mínima de 0,1 mm².

Fonte: NBR 5410:2004, pg. 113, tabela 47 – Seção mínima dos condutores.
27

2.1.9.2 Determinação da seção do condutor neutro

Já o condutor neutro possui outras especificações para determinar a sua seção.


No caso de circuitos monofásicos, o condutor neutro deve ter a mesma seção do
condutor fase. Em circuitos trifásicos e de duas fases com neutro, a seção do
condutor vai depender das taxas de correntes harmônicas presentes no circuito
(correntes harmônicas são aquelas cujos valores de frequência são múltiplos da
frequência fundamental de 60 Hz).
Quando, num circuito trifásico, a taxa da terceira harmônica for superior a 15%, o
condutor neutro não deve ter seção inferior ao condutor fase. Caso a taxa da terceira
harmônica seja superior a 33%, pode ser necessário um condutor neutro com seção
superior a dos condutores de fase. No caso de circuitos com duas fases e neutro, a
seção do condutor neutro não deve ser inferior a do condutor fase. Neste caso, se a
taxa da terceira harmônica for inferior a 33%, o condutor neutro pode ter seção igual
a dos condutores de fase.
No caso de um circuito trifásico com neutro e cujas fases tenham seções
superiores a 25 mm², a seção do condutor neutro pode ser inferior a dos condutores
de fase, desde que: respeitem os valores estabelecidos pela tabela 48 da NBR 5410
(transcrita abaixo), o circuito seja equilibrado em serviço normal, a taxa da terceira
harmônica não seja superior a 15% e o condutor neutro seja protegido contra
sobrecorrentes.

Tabela 9 - Seção reduzida do condutor neutro1)


Seção dos condutores de fase Seção reduzida do condutor neutro
em mm² em mm²

S ≤ 25 S

35 25

50 25

70 35

95 50

120 70

150 70

185 95

240 120

300 150

400 185
1)
As condições de utilização desta tabela são dadas em 6.2.6.2.6. da NBR 5410

Fonte: NBR 5410:2004, pg. 115, tabela 48 – Seção reduzida do condutor neutro.
28

2.1.9.3 Determinação da seção de condutores de proteção (PE)


De acordo com a NBR 5410, o condutor de proteção deve ser capaz de suportar
correntes de falta presumida, sendo que a seção dos condutores de proteção não
deve ser inferior ao estipulado pela expressão abaixo:

��
�� =√�� ��
��

Onde: S é a seção transversal do condutor, I é o valor eficaz da corrente de falta


presumida, t é o tempo de atuação do dispositivo de proteção e k é o fator para o
condutor de proteção, indicados nas tabelas 53, 54, 55, 56 e 57 da NBR 5410.
Caso os resultados da expressão não sejam seções padronizadas, a NBR 5410
indica a utilização da seção padronizada imediatamente superior. As seções mínimas
para os condutores de proteção são estabelecidas na tabela 58 da NBR 5410.

Tabela 10 - Seção mínima do condutor de proteção


Seção dos condutores de fase em mm² Seção mínima dos condutores
de proteção em mm²

S ≤ 16 S

16 < S ≤ 35 16

S > 35 S/2

Fonte: NBR 5410:2004, pg. 150, tabela 58 – Seção mínima do condutor de proteção.

Se o condutor de proteção não estiver no mesmo conduto fechado que os


condutores de fase, a sua seção não deve ser inferior a 2,5 mm² em cobre ou 16
mm² em alumínio, caso seja protegido mecanicamente; e 4 mm² em cobre ou 16
mm² em alumínio, caso não seja protegido mecanicamente.

2.2 ISOLADORES ELÉTRICOS: O QUE SÃO?

Os isoladores elétricos são materiais utilizados para fazer o isolamento entre os


condutores e a terra, pois possuem poucos elétrons livres em seu interior e resistem
à passagem da corrente elétrica. Se comportam de maneira oposta aos condutores
pela sua alta resistividade e baixa condutividade.
É importante ressaltar que a partir deste tópico, trabalharemos com dois
conceitos principais que estão diretamente relacionados aos isoladores: isolação e
isolamento.
29

Isolação é o conjunto de materiais isolantes capazes de isolar eletricamente. É


um termo de sentido qualitativo, isto é, refere-se ao material em si. Por exemplo:
isolação de borracha, de plástico, de vinil, etc.
Isolamento possui sentido quantitativo e refere-se apenas aos valores de tensão
de isolamento e resistência de isolamento.
A isolação é aplicada sobre condutores com a finalidade de isolá-los
eletricamente do ambiente que os circunda. Para isso, os materiais utilizados como
isolação devem ter alta resistência e elevada rigidez dielétrica, principalmente
quando são empregados em tensões acima de 1 kV. A isolação utilizada nos
condutores oferece uma tensão de isolamento nominal, que é a tensão para a qual o
cabo é projetado. São designadas pela simbologia U0/U associados a sistemas
trifásicos, sendo U0 o valor eficaz da tensão entre o condutor e a terra (tensão
fase-terra) e U o valor eficaz da tensão entre condutores (tensão fase-fase). O valor
de U é usado para classificar os condutores quanto a tensão.

Tabela 11 - Tensão nominal de isolamento (valores normalizados)


Condutores de baixa tensão U ≤ 1 kV

Condutores de média tensão 1 kV < U ≤ 35 kV

Condutores de alta tensão U > 35 kV

Fonte: Manual Prysmian de instalações elétricas, pg. 21, cap. III.

Existem muitos materiais que podem ser empregados na isolação de condutores,


sendo que eles são divididos em três grupos principais, descritos na tabela abaixo:

Tabela 12 - Tipos de materiais isolantes


Polímeros termoplásticos (extrudado) Policloreto de vinila (PVC), polietileno
(PE), polipropileno (PP), poliolefina
não halogenada, etc.

Polímeros termofixos (extrudado) Polietileno reticulado (XLPE), borracha


etileno-propileno (EPR), borracha de
silicone.

Outros materiais (estratificados) Papel impregnado, fibra de vidro, etc.

Fonte: adaptado de Manual Prysmian de instalações elétricas, pg. 19, cap, III.

Os polímeros termoplásticos e termofixos se diferenciam principalmente pelo


comportamento térmico. Quando aquecidos suficientemente, os termoplásticos são
transformados em líquidos viscosos, possibilitando a modelagem do produto em
30

diversos formatos. Quando são resfriados, os polímeros termoplásticos voltam ao


estado sólido com suas propriedades originais, sendo que este processo de
aquecimento e resfriamento pode ser repetido diversas vezes. No caso, dos
termofixos, esse processo não é possível, pois em determinada temperatura, o
polímero se decompõe, impossibilitando a remodelagem do produto.
Além dos polímeros, existem outros bons isolantes. É o caso da porcelana, do
vidro, da madeira e do isopor, sendo que especialmente o vidro e a porcelana são
utilizados com frequência para a fabricação de isoladores elétricos de redes aéreas.

2.2.1 Rigidez dielétrica

A rigidez dielétrica é uma propriedade que define o valor limite da intensidade do


campo elétrico de um material para que ele se torne um condutor, geralmente dada
em V/m. Vale destacar que um material isolante pode se tornar um condutor se a sua
rigidez dielétrica for rompida. A tabela abaixo mostra os valores em V/m de alguns
materiais isolantes:

Tabela 13 - Rigidez dielétrica de isolantes elétricos


Material Rigidez dielétrica em V/m

Ar atmosférico 3x106

PVC 29x106

XLPE 35x106 a 50x106

EPR 35x106 a 50x106

Vidro 14x106

Nylon 14x106

Óleo de silicone 15x106

Fonte: adaptado de Princípios e fenômenos eletromagnéticos, pg. 4, UFRN, Prof.


Ronai Lisboa, 2014.

2.2.2 Regimes de temperatura

Os polímeros são os isolantes elétricos utilizados para isolar os fios e cabos.


Existem, é claro, diferentes tipos de isolações (de diferentes polímeros) que possuem
propriedades distintas.
As principais características para as quais se deve ficar atento ao escolher a
isolação do condutor são as temperaturas de regime permanente ou serviço contínuo
(θZ), regime de sobrecarga (θSC) e regime de curto-circuito (θCC).
31

A temperatura no condutor em regime permanente é alcançada em qualquer


ponto do condutor em condições estáveis de funcionamento. Cada material possui
uma temperatura máxima para serviço contínuo. A temperatura no condutor em
regime de sobrecarga é admitida, no máximo, por 100 horas durante doze meses
seguidos ou por 500 horas (não seguidas) durante toda a vida útil do condutor. A
temperatura no condutor em regime de curto-circuito, por sua vez, não é permitida
por mais de 5 segundos.
As principais isolações aplicadas a condutores elétricos são: PVC, HEPR, EPR,
XLPE e LSHF/A.
Vale destacar que o EPR, o HEPR e o XLPE propagam fogo, portanto não devem
ser utilizados em ambientes internos e de difícil evacuação.
Em relação às temperaturas nos condutores em regime permanente, sobrecarga
e curto-circuito, existem diferenças que podem ser observadas a seguir:

Tabela 14 - Regimes de temperatura das isolações dos condutores


Tipo de isolação Temperatura Temperatura Temperatura
em regime em regime de em regime de
permanente (°C) sobrecarga (°C) curto circuito
(°C)

PVC até 300 mm² 70 100 160

PVC > 300 mm² 70 100 140

LSHF/A 70 100 160

EPR/HEPR 90 130 250

XLPE 90 130 250

Fonte: adaptado de ABNT NBR 5410:2004, pg 100, tabela 35 – Temperaturas


características dos condutores.

2.2.3 Tipos de isolantes elétricos

Existem vários tipos de isolantes elétricos, desde os polímeros utilizados como


isolação para condutores elétricos até isolantes líquidos e gasosos. Os principais
isolantes elétricos estão listados a seguir:

2.2.3.1 Policloreto de vinila (PVC)

O PVC é o mais utilizado de todos, pois possui preço acessível. É um composto


termoplástico de policloreto de vinila. O PVC é especificado para uso interno, ou seja,
em locais sem sujeição à umidade. É capaz de isolar cerca de 450/750 V e é muito
utilizado em instalações de baixa tensão, mas não deve ser instalado em lugares de
32

difícil evacuação, pois quando incinerado, o PVC libera gases tóxicos danosos à
saúde. Por conta desses gases, NBR 5410 define que os condutores com isolação
em PVC devem ser do tipo “não propagadores de chama”. Outra desvantagem deste
material é que ele não deve ser manipulado ou submetido a esforços mecânicos em
temperaturas inferiores a -10°C, pois se torna quebradiço.

Figura 12 - Condutor com isolação em PVC

Fonte: Proelis.

2.2.3.2 Borracha etileno-propileno (EPR)

O EPR é um composto termofixo de borracha etileno-propileno, muito utilizado


como isolação para condutores sujeitos à umidade. O EPR é um dos materiais que
têm boa resistência à água e agentes químicos. Possui capacidade de isolar 0,6/1 kV.
Entre as vantagens deste tipo de isolação estão a flexibilidade proporcionada ao
condutor e a alta rigidez dielétrica, mesmo em temperaturas mais baixas.

Figura 13 - Condutores com isolação EPR


Fonte: Universo Elétrico
33

2.2.3.3 Borracha etileno propileno de alto módulo (HEPR)

O HEPR é uma variação do EPR. Feito do mesmo polímero, os dois possuem


praticamente as mesmas características elétricas e mecânicas. A diferença entre
eles é no processo de fabricação e em propriedades mais abordadas na
físico-química.

Figura 14 - Condutor com isolação HEPR

Fonte: Ampere do Brasil

2.2.3.4 Polietileno reticulado (XLPE)

O XLPE é um composto termofixo de polietileno reticulado. Possui propriedades e


aplicações muito semelhantes às do EPR. A diferença mais notável se dá pela menor
durabilidade do XLPE, uma vez que sua rigidez dielétrica decai mais rapidamente. É
muito indicado para instalações subterrâneas e sujeitas à umidade.

Figura 15 - Condutor com isolação em XLPE


Fonte: Cobremack
34

2.2.3.5 Compostos poliolefínicos livres de halogênio (LSHF/A)

O LSHF/A é um composto poliolefínico termoplástico não halogenado, isto é, não


emite gases tóxicos e, quando entra em processo de combustão, libera baixa
quantidade de fumaça. É utilizado para a fabricação dos cabos “atox”. Possui
características elétricas semelhantes às do PVC. É recomendado para locais de
difícil evacuação em caso de incêndio, justamente por não emitir gases tóxicos. A
tendência é que o uso desse tipo de isolação em condutores cresça nos próximos
anos.

2.2.3.6 Neoprene (NE)

O neoprene é um polímero (cloropreno) que tem como características a


elasticidade e a flexibilidade. Apesar de bom isolante elétrico, seu maior uso é para a
fabricação de roupas e isolantes térmicos.

2.2.3.7 Nylon

O nylon é um composto termoplástico que possui excelentes características


mecânicas e térmicas, podendo ser aplicado em várias áreas. O nylon é um material
leve, com uma densidade de 1,14 g/cm³, além de ter boa resistência à agentes
químicos e ser bom isolante elétrico.

2.2.3.8 Polietileno (PE)

O polietileno (PE) é um polímero termoplástico bastante utilizado como isolação


para condutores elétricos. É dividido em três tipos principais: Polietileno de baixa
densidade (PEBD), que possui alta flexibilidade e resistência ao impacto, além de
notável capacidade isolação elétrica; polietileno de alta densidade (PEAD), que difere
do PEBD pela densidade e pelo ponto de fusão mais elevado; e o polietileno de baixa
densidade linear (PEBDL), que é capaz de produzir plásticos mais finos e recicláveis.

2.2.3.9 Polipropileno (PP)

O polipropileno (PP) é um composto termoplástico com características muito


semelhantes às do polietileno. O polipropileno tem um grande equilíbrio entre as suas
características mecânicas, químicas e elétricas, mas possui uma desvantagem
notável: a baixa resistência às mudanças no clima, uma vez que variações bruscas
35

na temperatura e as exposições às intempéries podem causar danos e perdas de


propriedades ao material.

2.2.3.10 Mica

Outro material isolante importante é a mica, uma série de 37 minerais que são
encontrados na natureza. A mica é muito utilizada nas áreas da elétrica, eletrônica e
mecânica, principalmente para a fabricação de fornos, pois possui uma temperatura
de trabalho que varia de 700°C até 750°C.

2.2.3.11 Vidro e cerâmica

O vidro e a cerâmica também possuem grande utilidade na área da eletricidade,


pois suportam altas temperaturas e são excelentes isolantes. Ambos são utilizados
para a fabricação de isoladores, principalmente aqueles capazes de realizar esforços
mecânicos para fixar fios e cabos em redes elétricas. O vidro é muito empregado na
forma de isolador do tipo disco, enquanto a cerâmica é aplicada na fabricação da
maioria dos isoladores elétricos.

2.2.3.12 Os isolantes gasosos

Os gases nitrogênio (N2), carbônico (CO2), hidrogênio (H2) e o próprio ar


atmosférico, são bons exemplos de gases isolantes.
O ar atmosférico é um dos melhores e mais importantes isolantes elétricos
gasosos, uma vez que envolve todos os equipamentos elétricos e propicia o correto
funcionamento das instalações. O ar atmosférico possui rigidez dielétrica de 3x106
V/m em condições normais de temperatura e pressão.
O gás nitrogênio (N2) ou azoto, possui rigidez dielétrica semelhante à do ar em
iguais condições de pressão e temperatura, sendo um pouco menor quando exposto
à pressões elevadas. É utilizado no processo de selagem de transformadores para
protegê-los da oxidação.
O dióxido de carbono (CO2) é outro gás que possui rigidez dielétrica próxima à do
ar, mas possui uma vantagem sobre ele: não alimenta combustão. Por conta desta
característica, encontra-se CO2 em muitos dispositivos de combate aos incêndios em
instalações elétricas.
36

O gás hidrogênio (H2) é um gás inflamável que caracteriza-se pela sua leveza e
baixa densidade (0,07 g/cm³). É muito utilizado para a refrigeração de alternadores e
motores síncronos de grande potência. Como a densidade do gás hidrogênio é baixa,
ele apresenta pouca resistência à rotação de motores e suas respectivas ventilações,
diminuindo as perdas rotacionais.
Outro gás isolante importante é o hexafluoreto de enxofre (SF6), um gás sintético,
criado de forma intencional, com alta rigidez dielétrica, sendo um isolador de alto
desempenho, podendo extinguir os arcos elétricos em aparelhos de baixa e média
tensão. Não agride a camada de ozônio e, à temperatura ambiente, não é inflamável.

2.2.3.13 Os isolantes líquidos

Os líquidos isolantes são utilizados em equipamentos elétricos para refrigerar e


isolar. Os principais líquidos isolantes são os óleos minerais, óleos vegetais, o
ascarel e o óleo de silicone. Os líquidos isolantes são divididos em dois grupos:
óleos de uso geral e óleos de segurança.
Os de uso geral são óleos minerais obtidos através do refino do petróleo e
possuem base naftênica ou parafínica. São os mais utilizados, uma vez que possuem
boa capacidade de isolação e refrigeração, além de serem mais baratos que os
demais tipos de óleo.
Já os óleos de segurança são resistentes à inflamação, sendo mais requisitados
em ocasiões especiais onde o risco de incêndio precisa ser minimizado. Alguns
exemplos desse óleo são o ascarel e óleo de silicone.
Vale ressaltar que o ascarel é um óleo que resulta de uma mistura entre minerais
derivados do petróleo com a bifelina policlorada (PCB). O PCB é uma substância
nociva à saúde e ao meio ambiente, tanto que a sua produção é proibida no Brasil.
Apesar da proibição com relação à produção, os transformadores e outros
equipamentos elétricos que utilizavam o ascarel como isolante podem continuar
utilizando-o até que se faça necessário esvaziar o equipamento.

Tabela 15 - Tensões de isolamento de alguns materiais isolantes em BT


Material Tensão de isolamento
PVC 450/750 V

EPR/ HEPR 0,6/1 kV

XLPE 0,6/1 kV

Fonte: autores, 2020.


37

2.2.4 Comportamento dos condutores isolados em caso de incêndio

Os condutores são, em sua maioria, feitos com grandes volumes de matéria


orgânica na isolação e em outros componentes. Estes materiais podem ser
potenciais combustíveis para a propagação de fogo durante os incêndios. Tendo em
vista estas características, os condutores isolados foram classificados em quatro
grandes categorias: propagador de chama, não propagador de chama, resistente à
chama e resistente ao fogo.
A categoria 1, dos propagadores de chama, é aquela em que os condutores,
quando submetidos à ação direta do fogo, mesmo que por pouco tempo, entram em
combustão e a mantém mesmo após a retirada da chama de origem. Estes
condutores contribuem para o desenvolvimento de incêndios. O XLPE e o EPR
podem ser considerados materiais propagadores de chama.
A categoria 2, dos não propagadores de chama, é aquela em que a chama se
extingue após a retirada da chama de origem. Nesse caso, o comportamento dos
condutores em relação ao fogo depende do tempo de exposição e da intensidade da
chama. O PVC e o neoprene são considerados não propagadores de chama.
A categoria 3, dos resistentes à chama, é aquela em que os condutores, mesmo
quando submetidos à exposições prolongadas ao fogo, não propagam a chama por
mais do que alguns decímetros. Condutores com isolação e cobertura de PVC (PVC
PVC), possuem essa propriedade.
Já a categoria 4, dos resistentes ao fogo, é aquela em que os cabos possuem a
capacidade de manter um circuito em funcionamento por cerca de 3 horas, mesmo
com a presença de incêndio.

2.2.5 Identificação de condutores através da cor da isolação

A NBR 5410 define as cores que devem ser aplicadas às isolações em


condutores de neutro, proteção (PE), condutor PEN (proteção + neutro) e fase, a fim
de padronizar e facilitar a identificação de cada um dos condutores.
Os condutores utilizados como neutro devem ter isolação na cor azul-claro. A
coloração azul-claro pode ser utilizada para outras funções, que não a de neutro,
caso o circuito não possua condutor neutro.
38

Os condutores utilizados como proteção (PE) devem ter isolação na dupla


coloração verde-amarelo ou somente o verde, sendo estas as cores exclusivas para
os condutores de proteção.
Os condutores utilizados como condutor PEN (proteção + neutro) devem ter
isolação na cor azul-claro, além de anilhas verde-amarelo em pontos visíveis ou
acessíveis do condutor.
Já para os condutores de fase, podem ser usadas quaisquer cores, exceto as
cores já utilizadas para os condutores de neutro, proteção e PEN. Também não
devem ser usadas colorações exclusivamente amarelas se houver o risco de
confusão com as cores do condutor de proteção (NBR 5410:2004, pgs. 86 e 87, itens
6.1.5.3.1, 6.1.5.3.2, 6.1.5.3.3 e 6.1.5.3.4).

2.2.6 Efeito corona e sua ação sobre os isoladores elétricos

O efeito corona é um fenômeno no qual ocorre a ionização de partículas do ar,


quando este entra em contato com um campo elétrico intenso, ocasionando a
emissão de luz.
Nas redes elétricas de transmissão, o efeito corona pode aparecer em diversos
componentes, tais como os condutores, as conexões e os isoladores. Pode causar a
perda elétrica na rede, além de interferir em sinais de rádio e televisão que estejam
próximos. Para que haja o efeito corona, é necessário que ocorra uma deformação
no campo elétrico do componente, que pode ser causada por um mudança na
estrutura do material ou acúmulo de detritos em sua superfície. Isoladores e
condutores com defeito também podem causar o efeito corona.
No caso de equipamentos elétricos como transformadores e geradores, o efeito
corona pode causar danos no isolamento interno, ocasionando perdas em
componentes ou no equipamento como um todo.
Apesar dos prejuízos gerados às redes elétricas, o efeito corona pode ser
aproveitado para a fabricação de ozônio (O3) e para a remoção de cargas nas
superfícies de aeronaves, por exemplo.
39

3 CONCLUSÃO

Através da pesquisa realizada, foi possível perceber o grau de importância de


isoladores e condutores elétricos, bem como as normas estabelecidas para definir
como, onde e qual material usar nas instalações elétricas. Se faz necessário para
qualquer profissional da área ter conhecimento sobre o assunto, saber dimensionar
os condutores corretamente, diferenciar e identificar os condutores pela cor da
isolação, definir corretamente as classes de encordoamento que devem ser
empregadas, entre outros.
Com relação aos condutores, vimos que o cobre e o alumínio dominam
completamente o campo dos metais utilizados para a fabricação de fios e cabos,
mesmo que existam outros materiais condutores tão bons quanto. Citamos como
principais exemplos a prata e o ouro, dois metais com características únicas, de
condutividade e resistência à oxidação, respectivamente, mas que não são utilizados
como condutores pelos seus altos custos. Vimos também a diferença entre as
seções nominais e geométricas dos condutores e a importância de seu correto
dimensionamento.
Já em relação aos isoladores, vimos que o PVC, EPR e XLPE são os polímeros
mais utilizados como isolação para cabos e fios, ainda que outros compostos que
não emitem gases tóxicos nocivos à saúde, estejam ganhando espaço neste
mercado. Vimos a importância da correta escolha destes materiais, visto que
existem indicações
de utilização estabelecidas por normas para cada um deles.
E com isso, concluímos o trabalho ratificando a importância de se conhecer de
forma mais específica e aprofundada os materiais que compõe a base da
eletricidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS

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<https://www.todamateria.com.br/condutores-e-isolantes/>.
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<http://www.entran.com.br/2018/11/08/1138/>.
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Acesso em: 10/04/2020.

ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão, 2004, pgs. 1 a 150.
Disponível em:
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