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Direito Administrativo
Direito Administrativo
Profª. Franciele Kühl
Prof. Matheus DeGregori
Profª. Maria Valentina de Moraes
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Direito Administrativo
Professores: Franciele Kühl, Matheus De
Gregori e Maria Valentina de Moraes
SUMÁRIO
01. Função do Estado e Organização da Administração Pública .......................................................3
02. Princípios da Administração Pública ...............................................................................................10
03. Serviços Públicos ...............................................................................................................................16
04. Atos Administrativos ..........................................................................................................................23
05. Poderes Administrativos....................................................................................................................32
06. Agentes Públicos ................................................................................................................................37
07. Improbidade Administrativa ..............................................................................................................45
08. Penalidades e Processo Administrativo Disicplinar ......................................................................50
09. Controle da Administração Pública e Práticas de Compliance ...................................................56
10. Responsabilidade Civil do Estado ...................................................................................................62
11. Bens Públicos .....................................................................................................................................66
12. Licitações I...........................................................................................................................................69
13. Licitações II..........................................................................................................................................82
14. Contratos Administrativos .................................................................................................................86
15. Intervenção do Estado na Propriedade E Domínio Econômico..................................................97
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para a
1ª Fase OAB e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso, recomenda-
se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Os Três Poderes
* Para todos verem: esquema
Poder Legislativo
•Função típica: produção de regras gerais e abstratas (as leis) e de fiscalizar o Poder Executivo.
•Função atípica: funções administrativas como gestão de bens, pessoal e serviços; ou jurisdicional como o julgamento
de crimes de responsabilidade.
Poder Judiciário
•Função típica: solução de conflitos e aplicação da lei.
•Função atípica: funções administrativas como gestão de bens, pessoal e serviços; legislativa na elaboração de
regimentos internos.
Poder Executivo
•Fução típica: satisfação das necessidades coletivas mediante atos concretos.
•Função atípica: função legislativa quando expede medida provisória, dá início a projeto de lei ;
Atividade Administrativa
Quem estuda? O
Direito
Administrativo
Quais as fontes?
Lei,
Tem limitação?
jurisprudência,
Sim, através dos
doutrina,
poderes
costume e práxis
administrativas
Atividade
administrativa
Quem
Como? Por atos desempenha? A
administrativos Administração
Pública
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Fontes
* Para todos verem: esquema
Lei
Primárias Princípios
Doutrina
Secundárias
Costume
Práxis administrativa
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Direito Administrativo
Lei específica
Autarquia e Fundação
Pública de Direito Público
A própria lei é o ato constitutivo.
Criação
Lei específica apenas autoriza
Fundação Pública de
Direito Privado/ S.E.M/ E.P Deve o Poder Executivo
providenciar a sua criação no
registro público.
Agência Executiva
* Para todos verem: esquema
Autarquias,
fundações ou órgãos
qualificados como
agência executiva
Qualificação é
realizada por decreto
Busca melhorar a
do Presidente da
eficiência e reduzir
República ou portaria
custos.
expedida por
Ministro do Estado
Agência
executiva
Celebram contrato
Possuem plano
de desempenho ou
estratégico de
mais conhecido
reestruturação e
como contrato de
desenvolvimento
gestão, válido por
funcional.
um ano.
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Agência Reguladora
* Para todos verem: esquema
Autarquias especiais
criadas como agências
reguladoras
Fundações
Fundações Públicas
Características Autarquias Públicas de Direito
de Direito Público
Privado
Banco Central do Brasil
(BACEN); Instituto
FUNPRESP
Nacional de Seguro
(Fundação de
Social (INSS); Instituto
previdência
Nacional de
complementar para
Colonização e Reforma
servidores públicos
Agrária (INCRA);
Exemplos FUNAI; IBGE federais – Veja que
Instituto Brasileiro de
a fundação pública
Meio Ambiente e dos
privada sobrevive
Recursos Naturais
com o dinheiro do
Renováveis (IBAMA);
terceiro, não do ente
Conselho Federal e
federativo.
Regionais de Medicina
(CRM); Conselho
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Direito Administrativo
Federal de Odontologia
(CRO);
Lei autoriza a
criação, mas o
Poder Executivo
deve providenciar a
Criação e extinção Criada por lei específica.
sua criação no
registro público (art.
45, do CC e art. 5º,
§3º, do Decreto-Lei
200/1967)
Bens privados.
Exceto se a lei que
autorizou a criação
da fundação prever
Patrimônio Bens Públicos (art. 98, do CC)
restrições e
impedimentos
quanto a gestão
desses bens.
Pessoa jurídica de
Natureza jurídica Pessoa jurídica de direito público direito privado com
caráter híbrido.
Responsabilidade
Direta e objetiva, art. 37, §6º, da CF.
Civil
Regime único2 (exceto para as Associações
Regime de pessoal Públicas, que será celetista obrigatoriamente, Celetista
art. 6º, §2º, da Lei 11.107/05).
Licitações Estão obrigadas a realizar.
Atos são de direito
privado, em regra
(exceto aqueles
praticados no
Atos e contratos Direito público exercício de função
delegada). Já os
contratos são
regidos pela lei de
licitações.
Regra: Justiça
Autarquia Federal: Justiça Federal, art. 109, inciso I e
Estadual. Ações
Competência VIII, da CF. Autarquia Estadual e Municipal: Justiça
trabalhistas: Justiça do
Estadual.
Trabalho.
1 Mesmo o artigo tratando sobre órgãos, a doutrina e jurisprudência são unanimes em afirmar que a palavra órgãos nesta ocasião é em
sentindo amplos, não técnico estudado no direito administrativo, portanto se refere também às entidades da administração público
indireta.
2 No âmbito da União, estados e DF é estatutário o regime adotado. Lides envolvendo os estatutários será a justiça comum, já dos
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Sociedade de
Características Empresas Públicas
Economia Mista
Caixa Econômica
Federal; Correios;
Banco Nacional de
Desenvolvimento
Econômico (BNDES); Petrobras, o Banco do
Empresa Brasileira de Brasil, o Banco do
Pesquisa Agropecuária Nordeste, Telebras,
Exemplos
(Embrapa) e a Furnas e a Eletrobras.
Empresa Brasileira de
Infraestrutura
Aeroportuária
(Infraero).
Pessoa jurídica de
Pessoa jurídica de
direito privado;
direito privado;
entidade administrativa
entidade
pertencente a
administrativa
administração indireta.
Características pertencente a
É composta por capital
administração
exclusivamente público,
indireta. É criada com
sob qualquer
capital misto e na
modalidade
modalidade S/A.
empresarial.
A lei autoriza a criação, mas ela por si só não é
suficiente para o nascimento da entidade, o
Estado deverá providenciar a elaboração do ato
que traduza seu estatuto ou do ato constitutivo,
para a inscrição no registro próprio. A
Criação e extinção autorização será necessária para serem
extintas. Essa regra para criação se aplica
também às subsidiárias, entretanto, não é
necessária autorização legislativa para à venda
das subsidiárias e controladas, nem precisa de
licitação, exceto para a matriz (STF, ADI n.
5.624).
Havia discussões, pois o Decreto-lei 200/67 traz
que essas entidades se destinam à exploração
Objeto de atividade econômica (Art. 5º, II e III), mas a
CF, em seu art. 173, §1º, alude também a
prestação de serviços, assim pacificou o
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Consórcios Públicos
Federalismo cooperativo
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Princípio da
Supremacia do
Interesse Público
Supraprincípios da
Administração
Princípio da
Indisponibilidade do
Interesse Público
Princípio da
Legalidade
Artigo 37, caput, CF
Princípio da
Princípios Básicos
Impessoalidade
Princípio da
Moralidade
Princípio da
Publicidade
Princípio da
Eficiência
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Princípio da
Art. 175/CF e Lei n.º
Continuidade/Permanência
8987/1995
do Serviço Público
Princípio da Razoabilidade e
Art. 2º da Lei n.º 9.784/1999
da Proporcionalidade
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
L EGALIDADE
I MPESSOALIDADE
MORALIDADE
P UBLICIDADE
E FICIÊNCIA
Princípio da Legalidade
“Na relação administrativa, a vontade da Administração Pública é a que decorre da lei” – Di
Pietro.
Para particulares, diferentemente, o princípio que rege sua atuação é a autonomia da vontade;
A administração não pode agir senão em virtude da lei, portanto, só pode atuar (criando
obrigações, definindo impostos, realizando pagamentos...) quando existe lei que permita sua
atuação Só pode fazer aquilo que a lei determine ou autorize.
E quando os atos forem contrários à legalidade (lei)?
• Anulados pela própria Administração (princípio da Autotutela)
• Anulados pelo Poder Judiciário, quando provocado.
Princípio da Impessoalidade
* Para todos verem: esquema
Impessoalidade
Princípio da Moralidade
Moral administrativa – condiciona a utilização dos poderes da administração, mesmo quando
discricionário.
Moral institucional, contida na lei e moral comum.
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Relacionada com:
Ética, honestidade, boa-fé e probidade.
• Lei n.º 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa) e Lei n.º 14.230/21 (alteração)
Ato contrário a moral é nulo, não apenas inconveniente ou inoportuno.
Princípio da Publicidade
* Para todos verem: esquema
Publicidade
• Lei de acesso à informação (LAI) – Lei n.º 12.527/11, Decreto n.º 7.724 (regulamenta a
LAI).
Não é absoluto: acesso à informação x privacidade, intimidade, segurança nacional.
Princípio da Eficiência
Art. 37
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência (inserido com a EC. 19/98).
Boa prestação de serviços, de forma mais simples, menos custosa (econômica), rápida,
buscando a concretização do interesse público da melhor maneira.
Exemplo: avaliações periódicas de desempenho do servidor (art. 41, §1º/CF)...
Não é absoluto, pois não tem força para afastar outros princípios que regem a administração
pública, como o da legalidade (pular etapas definidas em lei) e da publicidade (não realizar
publicações para diminuir custos e tempo).
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Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Súmula Vinculante n.º 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não
ofende a Constituição.
Art. 3º, Lei n.º 9.874 – assistência por advogado é facultativa, salvo casos de obrigatória representação.
Princípio da Autotutela
A Administração Pública pode rever os seus atos, sem necessitar do Poder Judiciário para
tanto.
A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Súmula 346: A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
Súmula 473: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial.
• Anulação – vício de legalidade;
• Revogação – (in)conveniência e (in)oportunidade
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Art. 6º , Lei n. 8.987: Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno
atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo
contrato.
§ 4º A interrupção do serviço na hipótese prevista no inciso II do § 3º deste artigo não poderá iniciar-se na
sexta-feira, no sábado ou no domingo, nem em feriado ou no dia anterior a feriado.
E o direito de greve? Não fere o princípio, desde que parcial (termos e limites definidos em lei)
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
“Não é tarefa fácil definir o serviço público, pois a sua noção sofreu consideráveis
transformações no decurso do tempo, quer no que diz respeito aos seus elementos
constitutivos, quer no que concerne à sua abrangência. Além disso, alguns autores
adotam conceito amplo, enquanto outros preferem um conceito restrito. Nas duas hipóteses,
combinam-se, em geral, três elementos para a definição: o material (atividades de interesse
coletivo), o subjetivo (presença do Estado) e o formal (procedimento de direito público)”. (DI
PIETRO)
Delegação/descentralização por
Outorga/descentralização por colaboração ou delegação negocial
serviço
Administração Administração
Particulares
Indireta Direta
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Classificações
* Para todos verem: esquema
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Direito Administrativo
Titularidade * Federais (União), estaduais (estados), distritais (DF), municipais (município) ou comuns
* sociais: visam atender a prestação de direitos fundamentais sociais – podem ser delegados a
particulares
* não essenciais – de utilidade pública – Podem ser prestados por particulares (ex. serviço
funerário)
Titularidade * próprios – de titularidade exclusiva do Estado – execução pode ser delegada por concessão
ou permissão;
estatal
* impróprios ou virtuais – atividades com relevância pública, nas quais os titulares são
particulares – se submetem aos princípios do serviço público e ao Poder de Polícia;
(ex: compensação bancária – art. 10, XI, Lei n.º 7.783/89 (não cabe greve)
* inerente – mesmo sem estarem expressos em lei, são serviços públicos por suas
características
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Princípio da Continuidade
Art. 6º , Lei n. 8.987: Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço
adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas
pertinentes e no respectivo contrato.
§ 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência,
segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
§ 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de
emergência ou após prévio aviso, quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade
§ 4º A interrupção do serviço na hipótese prevista no inciso II do § 3º deste artigo não poderá
iniciar-se na sexta-feira, no sábado ou no domingo, nem em feriado ou no dia anterior a feriado.
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Autorização
Características:
• Ato unilateral da Administração Pública;
• Discricionário;
• Precário (pode ser revogada ou alterada a qualquer tempo);
• Sem exigência de licitação;
• Formalizada por decreto ou portaria;
Concessão especial
Concessão Patrocinada:
• Contraprestação pecuniária do concedente + tarifa paga pelo usuário
• Aplicação subsidiária da Lei n.º 8.987/95
• Responsabilidade direta e solidaria (repartição de responsabilidades no contrato)
Concessão Administrativa:
• Prestação de serviço em que a Administração Pública é usuária direta ou indireta;
• Pode envolver a execução de obra ou fornecimento/instalação de bens;
Concessão de obra pública:
• Disciplinada nas Leis n.º 8.987 e 11.079;
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Concessão Comum
• Por contrato, com tarifa fixada no contrato;
• Executada em nome próprio;
• Poder concedente fiscaliza (cabe ocupação temporária) e pode aplicar penalidades
(previstas no contrato – Poder disciplinar);
• Poder concedente segue como titular (transfere apenas a execução);
• Possível a subconcessão (art.26, prévia licitação e autorização do concedente);
• Responsabilidade objetiva e direta (Poder concedente responde apenas de forma
subsidiária);
• Terceirização da atividade meio (art. 25, § 1º e 2º)
• Administração Pública não responde por débitos trabalhistas da concessionária;
Extinção da concessão
Art. 3º, Lei n.º 11.079:
• Advento do termo contratual (fim do contrato);
• Encampação (retomada pela Administração – Precisa autorização legislativa e
indenização prévia);
• Caducidade (rescisão unilateral da Administração por descumprimento das
cláusulas contratuais – após processo e decreto)
Art. 27 – ato vinculado
Art. 38 – discricionário
• Rescisão (judicial ou amigável)
• Anulação (vício de legalidade no contrato);
• Extinção da concessionária (falência/extinção da empresa ou
falecimento/incapacidade do titular)
Permissão
• Disciplinada nos artigos 2º e 40 da Lei n.º 8.987;
• Por contrato;
• Apenas para serviço público e não obra pública;
• Sem prazo – caso fixado, cabe indenização se revogado antes;
• Precária (pode ser revogada ou alterada a qualquer tempo);
• Poder concedente fiscaliza;
• Possibilidade de busca da responsabilidade civil do permissionário;
* Para todos verem: esquema
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Concessão Permissão
Concessão ocorre apenas para pessoa jurídica Permissão ocorre para pessoa física ou
ou consórcio de empresas jurídica (autorização também)
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Conceito
Hely Lopes Meirelles (2016, p. 173):
toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa
qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar
direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.
Atos da
administração
1. Competência
“O círculo definido por lei dentro do qual podem os agentes exercer legitimamente sua
atividade”
• Arts. 11 ao 17 da Lei 9784/99: Inderrogabilidade; Improrrogabilidade; Irrenunciabilidade;
É VEDADA A DELEGAÇÃO:
Matérias de
Atos Decisão de
competência
normativos; recursos;
exclusiva;
Avocação da competência: excepcional e sempre temporária. Só vertical.
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
2. Finalidade
“Razão genérica do ato”: sentido amplo (fim mediato) sempre o interesse público.
Em sentido estrito: finalidades específicas (fim imediato do ato).
Elemento sempre vinculado.
Desvio de finalidade:
3. Forma
A forma ou elemento formal, é o modo como a vontade do ato se exterioriza na realidade.
Constitui requisito vinculado e necessário para sua perfeição.
Princípio do formalismo moderado ou da “instrumentalidade das formas”;
Lei 9784/99, art. 22: “Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada
senão quando a lei expressamente a exigir”.
Lei 14.133/21, art. 12, III: “o desatendimento de exigências meramente formais que não
comprometam a aferição da qualificação do licitante ou a compreensão do conteúdo de sua
proposta não importará seu afastamento da licitação ou a invalidação do processo”;
4. Motivo
“Situação de fato ou de direito que gera a vontade do agente quando pratica o ato administrativo”;
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Explicitar que a administração pública está sujeita ao controle administrativo e judicial (portanto, controle
de legalidade ou legitimidade) relativo à existência e à pertinência ou adequação dos motivos – fático e
legal – que ela declarou como causa determinante da prática de um ato (Alexandrino; Paulo, 2016, p. 533).
Ou seja, a motivação deve ser verdadeira! Deve corresponder ao real motivo (fático e jurídico),
e mesmo quando não for obrigatória, caso seja realizada, a motivação expressa deve ser idônea.
5. Objeto
O objeto é o conteúdo material do ato, é a “própria alteração no mundo jurídico que o ato
provoca, é o efeito jurídico imediato que o ato produz”.
Ex: em um ato de nomeação, a nomeação em si é o objeto do ato; em um ato de concessão de
licença, a licença em si é o objeto do ato.
Elemento vinculado OU discricionário;
Vício: “a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei,
regulamento ou outro ato normativo” (art. 2º, Lei 4715/65).
“COFIFOMOBI”
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Mérito Administrativo
* Para todos verem: esquema
ATOS
ATOS DISCRICIONÁRIOS
VINCULADOS
competência competência
(vinculado) (vinculado)
finalidade finalidade
(vinculado) (vinculado)
forma forma
(vinculado) (vinculado)
motivo MOTIVO
(vinculado) (discricionário) Essa margem de liberdade é
chamada de
MÉRITO ADMINISTRATIVO.
objeto OBJETO
(vinculado) (discricionário)
Os elementos motivo e objeto são os únicos que podem ser discricionários. Discricionariedade é
aquela margem de liberdade, conferida pelo legislador, para que o agente público avalie a
conveniência e a oportunidade para prática do ato, desde que preenchidos os requisitos e nos
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
limites da lei (é uma autorização para prática do ato). Nos atos vinculados, onde não há essa
liberdade, todos os elementos são vinculados (é uma determinação para a prática do ato).
1. Presunção De Legalidade
Atributo que manifesta duas faces:
* Para todos verem: esquema
2. Imperatividade
Trata-se da característica oriunda do aspecto imperativo dos atos administrativos, que se
manifesta na possibilidade de criar obrigações aos administrados unilateralmente.
Decorre do Jus Imperii (poder de império) estatal ou PODER EXTROVERSO.
Não está presente em todos os atos.
Está presente nos atos em que não há necessidade de
anuência do administrado para que sejam realizados
(ex: poder de polícia ou atos punitivos).
3. Autoexecutoriedade
Trata-se da característica que permite a administração colocar em prática (ou seja, executar),
diretamente, inclusive mediante o uso da força, o ato administrativo, sem necessidade de
autorização judicial prévia.
(Ex: interdição de estabelecimento, remoção de pessoas e coisas, apreensão de mercadorias,
cassação de licença)
Não está presente em todos os atos, mas apenas nos casos de:
• Previsão legal expressa
• Urgência
4. Tipicidade
Trata-se, em verdade, de desdobramento do princípio da legalidade da administração pública.
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Todo ato administrativo dever ter previsão legal, ou seja, deve ser um “ato típico”,
fundamentado na lei, seja porque a lei determina (ato vinculado) seja porque autoriza (ato
discricionário).
Está presente em todos os atos administrativos.
Notem a diferença!
Legalidade “do cidadão” (art. 5º, CF/88): tudo que não está proibido pela lei está permitido.
Legalidade “da administração” (art. 37, caput, CF/88): só se pode agir se a lei determina ou autoriza.
• Ato Simples: o que decorre de uma única manifestação de vontade, seja de um único
órgão ou agente (ato simples singular) ou de vários agentes em conjunto enquanto órgão
colegiado (ato simples colegiado).
• Ato Válido: o que está de acordo com a legislação, respeitou todos os requisitos de
formação e não contém vícios em seus elementos;
• Ato Nulo: está em desacordo com o ordenamento, é ato ilegal ou ilegítimo, possui vício
insanável em algum dos seus elementos; deve ser anulado, produzindo efeitos ex tunc
(retroativos) a anulação, declarando inválidos todos os efeitos eventualmente produzidos
(contraditório no caso de terceiros interessados de boa-fé);
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
• Ato Anulável: está em desacordo com o ordenamento, é ato ilegal ou ilegítimo, mas
possui vício sanável em algum dos seus elementos, podendo ser convalidado pela
administração OU anulado; (convalidar ou anular é decisão discricionária);
• Ato Inexistente: possui apenas aparência de ato administrativo, mas na verdade não
se originou de agente público; é o caso dos atos realizados pelo “usurpador de função”, que
se faz passar por agente público diante de um cidadão. Não há prazo para que se desconstituam
os efeitos do ato inexistente, mas é possível a responsabilidade civil da administração por culpa
in vigilando, por danos causados pelo usurpador (Ex: médico fake em hospital público).
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Anulação
É controle de legalidade, pela administração ou judiciário. Sejam atos nulos (vícios
insanáveis) ou anuláveis (vícios sanáveis). Se tiver efeitos favoráveis ao administrado deve ser
dado contraditório.
Revogação
É controle de mérito, pela própria administração, jamais pelo judiciário. Não se trata de ato
viciado. É ato válido, que por conveniência e oportunidade, será revogado pela autoridade
competente.
O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários DECAI EM CINCO ANOS, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Artigos
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
LINDB, art. 21: A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de
ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas
consequências jurídicas e administrativas.
LINDB, art. 22, § 1º: Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste,
processo ou norma administrativa, serão consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto,
limitado ou condicionado a ação do agente.
Cassação: extinção do ato quando o beneficiário deixa de cumprir os requisitos que deveria
permanecer atendendo como exigência para manutenção do ato. (ex: cassação de um
alvará/licença);
Caducidade: uma mudança na legislação impede a permanência do ato. A norma que fundava
o ato extingue-se e a nova lhe é contrária.
Outras Formas De Extinção: natural (pelo fim do prazo), subjetiva (morte do beneficiário) ou
objetiva;
Convalidação:
Ato administrativo discricionário que suprime um defeito (sanável) de ato administrativo
anteriormente editado (discricionário ou vinculado), desde que não prejudique interesse público
ou terceiros;
Ex tunc: retroagem efeitos a partir da data da edição do ato administrativo convalidado;
Alguns vícios de forma e competência sanáveis (anuláveis), pode anular ou convalidar.
Se for vício insanável não pode convalidar (nulos), deve anular!
Conversão:
Aproveitamento de ato nulo de determinada espécie, pela transformação, retroativa, em ato
válido de outra categoria. (difícil aplicação).
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Poderes Administrativos
* Para todos verem: esquema
Vinculado
Polícia Discricionário
Poderes
Disciplinar Regulamentar
Hierárquico
Poder Vinculado
O Poder Vinculado é aquele conferido à Administração para praticar atos que sejam de sua
competência, mas com limitado espaço de atuação – a liberdade do agente é mínima.
É também chamado de regrado, estando o agente limitado no que se refere aos elementos do
ato administrativo (finalidade, competência, forma, motivo, objeto);
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Discricionário
Ao contrário do poder vinculado, concede maior espaço de atuação e liberdade de escolha ao
Administrador, o qual deve decidir com base na conveniência e oportunidade.
Não se confunde com arbitrariedade, pois mesmo com espaço de decisão, só é permitido à
Administração fazer aquilo que a lei determinar e autorizar.
Exemplo:
é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:
II - a pedido, a critério da Administração;
Regulamentar (normativo)
ATENÇÃO.
Não confundir com o poder de editar leis, enquanto função do Poder Legislativo;
Aqui, trata-se de função atípica da Administração Pública.
Art. 84, CF
33
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Hierárquico
O Poder hierárquico tem como objetivo:
ATENÇÃO.
Não há hierarquia entre membros dos Poderes Legislativo (parlamentares) e Judiciário (magistratura), em
suas funções típicas, bem como entre a Administração Direta e Indireta.
Poderá haver, contudo, quando desempenhadas funções administrativas (atípicas) em cada um deles.
Disciplinar
O Poder Disciplinar se relaciona e é voltado para a estrutura interna da Administração Pública.
É o poder exercido com a finalidade de apurar infrações e também aplicar penalidades,
quando necessário, impondo as sanções previstas.
Em quem?
Poder-dever
A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração
imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla
defesa.
Polícia
• Polícia Judiciária: atividade mais repressiva, que atua na esfera dos ilícitos penais e é
realizada por órgãos de segurança;
34
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
• Polícia Administrativa: atividade mais preventiva, que atua na esfera individual em nome
da coletividade, executada por órgãos administrativos;
O que é?
Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito,
interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Quem é competente?
Quais as características/atributos?
Poder de Polícia é delegável? Em regra, não. A exceção é no que se refere a atos materiais:
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Tese de repercussão geral STF: É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas
jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente
público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não
concorrencial.
Art. 1º
5 anos;
§ 1º - prescrição intercorrente 3 anos;
§ 2º - ilícito penal, prazo da lei penal;
Abuso de poder: excesso de poder (fora dos limites) x desvio de poder (finalidade diversa)
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Direito Administrativo
37
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Livre nomeação e
Concurso concurso
exoneração
Exceção: Lei 11.107/2005 – art. 6º, § 2º: Consórcios Públicos, mesmo quando tiverem
personalidade jurídica de direito público (associações públicas), o regime é CLT.
Artigos
Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.
Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional
que devem ser cometidas a um servidor.
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Provimento
Ato pelo qual o particular vincula-se à Administração Pública ou a um novo cargo desta;
Formas:
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Súmula vinculante 43/STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor
investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não
integra a carreira na qual anteriormente investido.
Nomeação
Forma originária de provimento, podendo ser em comissão (CC) ou em caráter efetivo (com
aprovação em concurso público)
* Para todos verem: esquema
40
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
ATENÇÃO.
Se não aprovado no estágio probatório será exonerado; se estável (por conta de outro cargo)
será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.
Estabilidade
• Art. 41/CF: a partir de 3 anos de exercício;
ATENÇÃO.
Requisitos:
• Aprovação em concurso público;
• Nomeação para cargo público efetivo;
• Três anos de efetivo exercício
• Avaliação especial de desempenho
41
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Readaptação e Reversão
• Readaptação: art. 37, §13º/CF e art. 24, Lei n.º 8.112.
Servidor passa a ter alguma limitação, verificada em inspeção médica, que impede que o
mesmo cumpra as atividades e atribuições do cargo que ocupava;
• Caso não haja vaga, exerce as atribuições como excedente até o surgimento da vaga;
• Caso seja julgado incapaz, será aposentado por incapacidade permanente;
Reintegração e Recondução
• Reintegração: art. 41, §2º/CF e art. 28, Lei n.º 8.112.
Servidor foi demitido ilegalmente e há a anulação do ato de demissão;
• Ressarcido de todas as vantagens do período afastado;
• Se o cargo tiver sido extinto, ficará em disponibilidade (art. 41, §3º,CF);
Aproveitamento e Promoção
• Aproveitamento: art. 30, Lei n.º 8.112.
Retorno do servidor em disponibilidade
Súmula 39/STF: À falta de lei, funcionário em disponibilidade não pode exigir, judicialmente, o seu
aproveitamento, que fica subordinado ao critério de conveniência da administração.
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Remoção
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo
quadro, com ou sem mudança de sede.
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:
I - de ofício, no interesse da Administração;
II - a pedido, a critério da Administração;
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi
deslocado no interesse da Administração; b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge,
companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento
funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; c) em virtude de processo
seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de
vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam
lotados.
• Não é forma de provimento!
Redistribuição e Substituição
Artigos
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do
quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder;
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de
Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente
designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade.
Teto remuneratório
• Conceitos importantes, Lei n.º 8.112:
• Vencimento: art. 40;
• Remuneração: art. 41;
• Subsídio: art. 39,§ 4º;
• Provento: pagamento do servidor aposentado ou em disponibilidade + art. 144, § 9º e
39, § 8º.
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Geral – menos o
Agentes municipais Prefeito
Procurador
Resumo:
O teto é valido:
- Agentes sob regime remuneratório ou subsídio;
- Servidores da Administração direta, autárquica e fundacional;
- Agentes públicos vinculados às sociedades de economia mista e empresas públicas que
recebam recursos da Fazenda Pública – art. 37, §9º;
- Parlamentares de estados e municípios – leitura conjunta com os arts. 27, §2 e 29,
VI/CF.
- Proventos dos aposentados e pensões dos dependentes do servidor falecido
OBS: Teto remuneratório, por entendimento do Supremo Tribunal Federal, vale para cada
cargo de forma isolada e não em relação ao montante final das duas remunerações.
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
O artigo 37, em seu inciso VI, dispõe sobre a possibilidade de que o servidor público tenha garantido seu
direito de livre associação sindical. A exceção refere-se aos militares, por força do artigo 142, inciso IV,
estes estão proibidos de sindicalizar-se, bem como de entrarem em greve.
Em relação à greve, traz o inciso VII do artigo 37 que “o direito de greve será exercido nos termos e nos
limites definidos em lei específica”. Diante da ausência de lei eu o regulamente, o Supremo Tribunal
Federal firmou entendimento que, em razão da omissão legislativa existente, se aplicam aos servidores
da Administração Pública as disposições da Lei n.º 7.783/89, que é a lei de greves aplicada aos
trabalhadores em geral.
Art. 37 da CF.
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade
e eficiência e, também, ao seguinte:
• Conduta dolosa
• Tipificada nos artigos 9, 10 e 11 da Lei de Improbidade Administrativa.
Art. 37 da CF.
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
§ 2º Considera-se dolo a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito tipificado nos arts. 9º, 10
e 11 desta Lei, não bastando a voluntariedade do agente.
ATENÇÃO
Art. 37 da CF.
§ 6º Estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de
entidade privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de entes públicos ou
governamentais, previstos no § 5º deste artigo.
§ 7º Independentemente de integrar a administração indireta, estão sujeitos às sanções desta Lei os atos
de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade privada para cuja criação ou custeio o erário
haja concorrido ou concorra no seu patrimônio ou receita atual, limitado o ressarcimento de prejuízos,
nesse caso, à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Polo ativo
Agente público
ATENÇÃO.
Art. 3º, § 2º As sanções desta Lei não se aplicarão à pessoa jurídica, caso o ato de improbidade
administrativa seja também sancionado como ato lesivo à administração pública de que trata a Lei nº
12.846, de 1º de agosto de 2013.
Art. 12 § 7º As sanções aplicadas a pessoas jurídicas com base nesta Lei e na Lei nº 12.846, de 1º de
agosto de 2013, deverão observar o princípio constitucional do non bis in idem.
Atos de improbidade
Art. 9º Constitui ato de Art. 10. Constitui ato de
Art. 11. Constitui ato de
improbidade administrativa improbidade administrativa que
improbidade administrativa que
importando em enriquecimento causa lesão ao erário qualquer
atenta contra os princípios da
ilícito auferir, mediante a prática ação ou omissão dolosa, que
administração pública a ação ou
de ato doloso, qualquer tipo de enseje, efetiva e
omissão dolosa que viole os
vantagem patrimonial indevida comprovadamente, perda
deveres de honestidade, de
em razão do exercício de cargo, patrimonial, desvio,
imparcialidade e de legalidade
de mandato, de função, de apropriação, malbaratamento
[...]
emprego ou de atividade nas ou dilapidação dos bens ou
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Procedimento Administrativo
Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa (art. 14)
A comissão do P.A dará conhecimento ao MP e o TC ou Conselho de Contas (art. 15)
ATENÇÃO:
§ 11. A ordem de indisponibilidade de bens deverá priorizar veículos de via terrestre, bens imóveis, bens
móveis em geral, semoventes, navios e aeronaves, ações e quotas de sociedades simples e empresárias,
pedras e metais preciosos e, apenas na inexistência desses, o bloqueio de contas bancárias, de forma a
garantir a subsistência do acusado e a manutenção da atividade empresária ao longo do processo.
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Processo Judicial
Ação é proposta pelo MP, somente!
Segue o procedimento comum do CPC.
Poderá requerer tutelas provisórias necessárias.
Prazo de contestação: 30 dias.
ATENÇÃO.
§ 10-A. Havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as partes requerer ao juiz a interrupção do
prazo para a contestação, por prazo não superior a 90 (noventa) dias.
§ 10-D. Para cada ato de improbidade administrativa, deverá necessariamente ser indicado apenas um tipo
dentre aqueles previstos nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei.
Artigo
II - a imposição de ônus da prova ao réu, na forma dos §§ 1º e 2º do art. 373 da Lei nº 13.105, de 16 de
março de 2015 (Código de Processo Civil);
III - o ajuizamento de mais de uma ação de improbidade administrativa pelo mesmo fato, competindo ao
Conselho Nacional do Ministério Público dirimir conflitos de atribuições entre membros de Ministérios
Públicos distintos;
Observações importantes:
• O sucessor ou herdeiro responde até o limite da herança (art. 8º)
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Penalidades
Art. 127. São penalidades disciplinares:
* Para todos verem: esquema
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição
constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em
lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com
advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a
penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente,
recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente,
cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser
convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou
remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.
Art. 131: As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados,
após o decurso de 3 (três) – advertência
e 5 (cinco) anos – suspensão
de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova
infração disciplinar.
Que é competente para aplicar penalidades? Art. 141, Lei. N.º 8112
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo
Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de
servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior
quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos
casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão.
Art. 142.
Súmula 635/STJ - Os prazos prescricionais previstos no art. 142 da Lei n. 8.112/1990 iniciam-se na data em
que a autoridade competente para a abertura do procedimento administrativo toma conhecimento do fato,
interrompem-se com o primeiro ato de instauração válido - sindicância de caráter punitivo ou processo
disciplinar - e voltam a fluir por inteiro, após decorridos 140 dias desde a interrupção.
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
II - abandono de cargo;
IV - improbidade administrativa;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
XI - corrupção;
3 modalidades:
Leves – sem impedimento
Artigos
Art. 137: A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI,
incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos
Art. 117: IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da
função pública;
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada,
exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de
benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
ADI 2975: “2. Art. 137, parágrafo único, da Lei 8.112/1990. 3. Direito Administrativo Disciplinar. Sanção
perpétua. Impossibilidade de retorno ao serviço público. 4. Inconstitucionalidade material. Afronta ao
artigo 5º, XLVII, "b", da Constituição da República. Norma impugnada que, ao impedir o retorno ao serviço
público, impõe sanção de caráter perpétuo. 5. Ação direta julgada procedente para declarar a
inconstitucionalidade da norma questionada, sem pronúncia de nulidade. 6. Comunicação ao Congresso
Nacional, para que eventualmente delibere sobre o prazo...”.
Demissão/Sindicância
Súmula 650/STJ: A autoridade administrativa não dispõe de discricionariedade para aplicar ao servidor
pena diversa de demissão quando caracterizadas as hipóteses previstas no art. 132 da Lei nº 8.112/90.
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a
promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo
disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham
a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a
autenticidade.
Súmula 611/STJ: Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é
permitida a instauração de processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima, em face do
poder-dever de autotutela imposto à Administração.
Sindicância
Artigos
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Fases:
Art. 151.
Súmula 592/STJ: O excesso de prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar só causa
nulidade se houver demonstração de prejuízo à defesa.
Revisão do PAD
Artigos
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se
aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da
penalidade aplicada.
Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.
Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que
requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.
Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade, nos termos do art. 141.
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo,
no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.
Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-
se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição do cargo em comissão, que será
convertida em exoneração.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Atos eivados de
Poder-dever Anular
vício/ilegais
Administração
Atos legais, por
Pode Revogar conveniência ou
oportunidade
Em relação ao Executivo
Julgamento de contas do gestor (art. 71, I, CF)
Aprovação pelo Supremo Tribunal Federal da escolha dos chefes de missão diplomática de
caráter permanente (art. 52, IV, CF)
Possibilidade do Congresso Nacional de sustar atos que exorbitem o poder regulamentar (art.
49, V, CF)
Em relação ao Judiciário
Aprovação dos ministros do STF (art. 52, III, a, CF)
Em relação ao Executivo
Ação popular; Ação Civil Pública; Mandado de Segurança
Inclusive atos políticos que causem lesão a direitos individuais e coletivos
Em relação ao Legislativo
Controle de constitucionalidade
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Em relação ao Judiciário
Presidente da República indica os ministros do STJ e STF
Em relação ao Legislativo
Veto de ato normativo de iniciativa do Poder Legislativo
Ações (por meio da Advocacia Pública) questionando atos da autoridade do Poder Legislativo
Lei 12846/13
Art. 28. Esta Lei aplica-se aos atos lesivos praticados por pessoa jurídica brasileira contra a administração
pública estrangeira, ainda que cometidos no exterior.
Atos lesivos
Responsabilidade
* Para todos verem: esquema
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Responsabilidade
Objetiva Subjetiva
Dirigentes ou
Pessoas jurídicas
administradores
Ou de qualquer pessoa
natural que participe
como autora, coautora
ou partícipe
Sanções
Esfera administrativa
Art. 6º
Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas jurídicas consideradas responsáveis pelos atos lesivos
previstos nesta Lei as seguintes sanções:
I - multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do faturamento bruto do último
exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos, a qual nunca será
inferior à vantagem auferida, quando for possível sua estimação; e
Esfera Judicial
Art. 19.
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Em razão da prática de atos previstos no art. 5º desta Lei, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, por meio das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos de representação judicial, ou
equivalentes, e o Ministério Público, poderão ajuizar ação com vistas à aplicação das seguintes sanções às
pessoas jurídicas infratoras:
I - perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito direta ou
indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;
Art. 6º
§ 1º O acordo de que trata o caput somente poderá ser celebrado se preenchidos, cumulativamente, os
seguintes requisitos:
I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar para a apuração do ato
ilícito;
II - a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração investigada a partir da data de
propositura do acordo;
III - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coopere plena e permanentemente com as
investigações e o processo administrativo, comparecendo, sob suas expensas, sempre que solicitada, a
todos os atos processuais, até seu encerramento.
Prescrição
• Da possibilidade de exercer a pretensão punitiva
• 5 anos
• Contados da data da infração
• De quando tiver cessado: se infração permanente ou contínua
• Interrompe a prescrição: instauração do processo administrativo ou judicial
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Estado
Vítima Agente
A ação que deve ser ajuizada pela vítima contra o Estado, trata-se de uma ação indenizatória
ou de responsabilidade civil do Estado, cuja responsabilidade é objetiva como regra, já a
relação entre o Estado e o Agente Público é de uma ação regressiva, cuja responsabilidade
requer a demonstração do dolo ou culpa do agente (ambas ações de conhecimento do
procedimento comum, reguladas pelo CPC).
Atos unilaterais
Atividade nuclear: Art. 4º e 8º, da Lei 6.453/77, art. 21, XXIII, “d”, CF e entendimento do
Superior Tribunal de Justiça. Neste caso, se ocorrer um dano provocado por atividades que
exploram serviços e instalações nucleares de qualquer natureza, a industrialização e o
comércio de minérios nucleares e seus derivados, a responsabilidade será objetiva, sem a
possibilidade de nenhuma das excludentes vistas anteriormente. Entretanto, há
administrativistas que entendem que na verdade trata-se de teoria do risco administrativo.
Queda de aeronaves por atentado terrorista: por ataque terrorista ou por guerra – Lei
10.744/03 e D. 5.035/2004, nestes casos a União assume a responsabilidade, de atos
terroristas ou de guerra, ocorridos em aeronaves de tenham matrícula brasileiras e operada por
empresa brasileiras. O ato pode ocorrer no Brasil ou no Exterior. Excluída as empresas de taxi
aéreo.
Indenização coberta pelo seguro obrigatório para automóveis (DPVAT): segundo o artigo
5º, da Lei 6.194/1974, o pagamento ocorrerá independente de culpa, haja ou não resseguro,
vedada qualquer franquia de responsabilidade do segurado, desde que mediante simples prova
do acidente e do dano decorrente (MAZZA, 2021, p. 228).
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Responsabilidade subjetiva
Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista que explora atividade econômica
Não está previsto no art. 37, §7º
• Art. 173, §1º da CF
• Art. 186 e 927 do CC
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Desafetação
• Lei
• Ato administrativo
Tácita: fato administrativo – incêndio causado por raio que destrói obras públicas
Quando a disponibilidade
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Inalienabilidade:
Significa que bens públicos não podem ser vendidos livremente, mas essa regra não é
absoluta!
Os bens de uso especial e os bens de uso comum são inalienáveis (são bens fora do
comércio), essa é a regra.
• Art. 100 e 101 do Código Civil
Impenhorabilidade
Os bens públicos não podem ser objeto de uma constrição judicial, de uma execução.
A penhora e arrematação
Não poder ser objeto de garantia
Ela se justifica pelo fato de que as dívidas da Fazenda Pública são pagas em forma de
precatórios e RPV (requerimento de pequeno valor), na forma do artigo 100, da CF.
ATENÇÃO
De acordo com a decisão do Supremo Tribunal Federal no Recurso Extraordinário 851.711, julgado
em 12 de dezembro de 2017, os bens das empresas públicas, sociedade de economia mista e
concessionárias que estejam afetados à prestação de serviço público também são impenhoráveis.
Imprescritibilidade
Trata-se da prescrição aquisitivas (usucapião)
Nesse sentido, os bens públicos não podem ser adquiridos pela posse mansa e pacífica por
determinado espaço de tempo continuado, no moldes da legislação civil.
Importante salientar que a imprescritibilidade atinge inclusive os bens não afetados, não sendo
testes, também, passíveis de usucapião (art. 183, §3º e 191, parágrafo único, ambos da
Constituição Federal).
• Art. 191 e 183 da CF
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Não onerabilidade
Os bens públicos não podem ser objetos de direito real de garantia, ou seja, não fica sujeito à
instituição de penhor, anticrese ou hipoteca para garantir débitos do ente estatal.
Autorização de uso
Permissão de uso
Concessão de uso
12. Licitações I
Conceito
Hely Lopes Meirelles (2016, p. 310):
69
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Altera:
• Lei nº 13.105/15 (Código de Processo Civil);
• Lei nº 8.987/1995 (Concessões públicas);
• Lei nº 11.079/04 (PPP’s);
• Decreto-Lei nº 2.848/1940 (Código Penal).
Revoga:
• Lei nº 8.666/1993 (LGLC);
• Lei nº 10.520/02 (Pregão);
• Lei nº 12.462/11 (RDC).
Não se aplica:
Às empresas públicas, as sociedades de economia mista e as suas subsidiárias, regidas pela
Lei 13.303/16, ressalvado o disposto no art. 178 desta Lei (crimes);
Contratações realizadas no âmbito das repartições públicas sediadas no exterior: obedecerão
às peculiaridades locais e aos princípios básicos estabelecidos na Lei;
Segue aplicando:
• 42 a 49 da LC 123/06 (benefícios à ME e EPP);
• Lei 14.133 de 1º de abril de 2021
Art. 191
70
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Até o decurso do prazo de [02 anos] a Administração poderá OPTAR por licitar ou contratar diretamente de
acordo com esta Lei OU de acordo com às [Leis nº 8.666/93, 10.520/02 (Pregão) e Lei nº 12.462/11 (RDC)],
e a opção escolhida deverá ser indicada expressamente no edital ou no aviso ou instrumento de
contratação direta, VEDADA A APLICAÇÃO COMBINADA desta Lei com as citadas no referido inciso.
Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, se a Administração optar por licitar de acordo com as
leis citadas no inciso II do caput do art. 193 desta Lei, o contrato respectivo será regido pelas regras nelas
previstas durante toda a sua vigência.
Normas aplicáveis
Normas Em Processo De Revogação (vigência até 01 de abril de 2023):
• Lei 8666/93;
• Lei 10520/02 (pregão);
• Lei 12.462/11 (RDC);
Obs:
• Arts. 89 a 108 da 8.666/93
• (crimes) já revogados!
71
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
13) Motivação;
14) Vinculação ao edital;
15) Julgamento objetivo;
16) Segurança jurídica;
17) Razoabilidade;
18) Competitividade;
19) Proporcionalidade;
20) Celeridade;
21) Economicidade;
22) Desenvolvimento Nacional Sustentável.
Artigos
72
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Art. 8º
A licitação será conduzida por AGENTE DE CONTRATAÇÃO, pessoa designada pela autoridade competente,
entre servidores efetivos ou empregados públicos dos quadros permanentes da Administração Pública,
para tomar decisões, acompanhar o trâmite da licitação, dar impulso ao procedimento licitatório e
executar quaisquer outras atividades necessárias ao bom andamento do certame até a homologação.
§ 1º O agente de contratação será auxiliado por equipe de apoio e responderá individualmente pelos atos
que praticar, salvo quando induzido a erro pela atuação da equipe.
§ 2º Em licitação que envolva bens ou serviços especiais, desde que observados os requisitos
estabelecidos no art. 7º desta Lei, o agente de contratação poderá ser substituído por comissão de
contratação formada por, no mínimo, 3 (três) membros, que responderão solidariamente por todos os
atos praticados pela comissão, ressalvado o membro que expressar posição individual divergente
fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que houver sido tomada a decisão.
§ 5º Em licitação na modalidade pregão, o agente responsável pela condução do certame será designado
pregoeiro.
Art. 28.
73
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
74
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
PREGÃO:
•obrigatória para aquisição de BENS E SERVIÇOS COMUNS, cujo critério de julgamento poderá ser o de menor preço ou o de
maior desconto;
CONCORRÊNCIA:
•contratação de BENS E SERVIÇOS ESPECIAIS e de OBRAS e SERVIÇOS comuns e especiais de ENGENHARIA, cujo critério de
julgamento poderá ser: a) menor preço; b) melhor técnica ou conteúdo artístico; c) técnica e preço; d) maior retorno
econômico; e) maior desconto;
CONCURSO:
•escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, cujo critério de julgamento será o de melhor técnica ou conteúdo artístico,
e para concessão de prêmio ou remuneração ao vencedor;
LEILÃO:
•alienação de bens imóveis ou de bens móveis inservíveis ou legalmente apreendidos a quem oferecer o maior lance;
DIÁLOGO COMPETITIVO:
•modalidade de licitação para contratação de obras, serviços e compras em que a Administração Pública realiza diálogos com
licitantes previamente selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de desenvolver uma ou mais alternativas
capazes de atender às suas necessidades, devendo os licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos;
OBRA:
•toda atividade estabelecida, por força de lei, como privativa das profissões de arquiteto e engenheiro que implica intervenção
no meio ambiente por meio de um conjunto harmônico de ações que, agregadas, formam um todo que inova o espaço físico
da natureza ou acarreta alteração substancial das características originais de bem imóvel;
SERVIÇO DE ENGENHARIA:
•toda atividade ou conjunto de atividades destinadas a obter determinada utilidade, intelectual ou material, de interesse para
a Administração e que, não enquadradas no conceito de obra a que se refere o inciso XII do caput deste artigo, são
estabelecidas, por força de lei, como privativas das profissões de arquiteto e engenheiro ou de técnicos especializados, que
compreendem:
•a) serviço comum de engenharia: todo serviço de engenharia que tem por objeto ações, objetivamente padronizáveis em
termos de desempenho e qualidade, de manutenção, de adequação e de adaptação de bens móveis e imóveis, com
preservação das características originais dos bens;
•b) serviço especial de engenharia: aquele que, por sua alta heterogeneidade ou complexidade, não pode se enquadrar na
definição constante da alínea “a” deste inciso;
Art. 29
75
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
A CONCORRÊNCIA e o PREGÃO seguem o rito procedimental comum a que se refere o art. 17 desta Lei, adotando-se o
pregão sempre que o objeto possuir padrões de desempenho e qualidade que possam ser objetivamente definidos
pelo edital, por meio de especificações usuais de mercado.
Parágrafo único. O pregão não se aplica às contratações de serviços técnicos especializados de natureza
predominantemente intelectual e de obras e serviços de engenharia, exceto os serviços de engenharia [comuns];
Art. 32.
Art. 17.
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Art. 18
Artigos
77
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Art. 24. O ORÇAMENTO ESTIMADO da contratação poderá ter CARÁTER SIGILOSO (salvo para
os órgãos de controle interno e externo);
Art. 25, § 9º
EDITAL PODERÁ exigir que percentual mínimo da mão de obra responsável pela execução do
objeto da contratação seja constituído por:
I - mulheres vítimas de violência doméstica;
II - oriundos ou egressos do sistema prisional.
Art. 26. MARGEM DE PREFERÊNCIA para:
I - bens manufaturados e serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras;
II - bens reciclados, recicláveis ou biodegradáveis, conforme regulamento.
Art. 41.
Art. 54.
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Direito Administrativo
A publicidade do edital de licitação será realizada mediante divulgação e manutenção do inteiro teor do ato
convocatório e de seus anexos no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP).
§ 1º (VETADO).
§ 2º É facultada a divulgação adicional e a manutenção do inteiro teor do edital e de seus anexos em sítio
eletrônico oficial do ente federativo do órgão ou entidade responsável pela licitação ou, no caso de
consórcio público, do ente de maior nível entre eles, admitida, ainda, a divulgação direta a interessados
devidamente cadastrados para esse fim.
Art. 56.
Art. 59.
Art. 60. Em caso de EMPATE entre duas ou mais propostas, serão utilizados os
seguintes critérios de desempate, nesta ordem:
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
REVOGAÇÃO ANULAÇÃO
Art. 73.
Na hipótese de contratação direta indevida ocorrida com dolo, fraude ou erro grosseiro, o contratado e o
agente público responsável responderão solidariamente pelo dano causado ao erário, sem prejuízo de
outras sanções legais cabíveis.
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Direito Administrativo
13. Licitações II
Art. 74
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Direito Administrativo
Art. 74
Art. 74
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Direito Administrativo
VII - nos casos de guerra, estado de defesa, estado de sítio, intervenção federal ou de grave perturbação
da ordem;
VIII - nos CASOS DE EMERGÊNCIA OU DE CALAMIDADE PÚBLICA, quando caracterizada urgência de
atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a continuidade dos serviços
públicos ou a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares,
e somente para aquisição dos bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e
para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 1 (um) ano, contado
da data de ocorrência da emergência ou da calamidade, vedadas a prorrogação dos respectivos contratos
e a recontratação de empresa já contratada com base no disposto neste inciso;
§ 6º [...] considera-se emergencial a contratação por dispensa com objetivo de manter a continuidade do
serviço público, e deverão ser observados os valores praticados pelo mercado e adotadas as providências
necessárias para a conclusão do processo licitatório, sem prejuízo de apuração de responsabilidade dos
agentes públicos que deram causa à situação emergencial.
AUTORIZAÇÃO
LEGISLATIVA
(exceto origem judicial DISPENSADA:
ou dação)
IMÓVEIS - Dação;
- Doação ou venda
para outra adm;
LICITAÇÃO LEILÃO
-Permuta outro
ALIENAÇÃO DE imóvel;
BENS Etc.
Interesse público
+ avaliação DISPENSADA:
MÓVEIS - Doação social;
LICITAÇÃO - Permuta adm;
LEILÃO
-Venda ações e
títulos;
Etc.
Art. 78
84
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
São procedimentos auxiliares das licitações e das contratações regidas por esta Lei:
I - credenciamento;
II - pré-qualificação;
III - procedimento de manifestação de interesse;
IV - sistema de registro de preços;
V - registro cadastral.
Art. 155
Exemplos:
• Dar causa à inexecução parcial ou total do contrato
• Descumprir proposta (salvo justificativa)
• Documentação (não entregar)
• Atraso sem motivo
• Fraudes
• Praticar ato lesivo previsto no art. 5º da Lei nº 12.846/13 (Lei Anticorrupção)
Art. 156.
Sanções:
I - advertência;
II – multa (0,5% > 30% do valor do contrato);
III - impedimento de licitar e contratar (>3 anos);
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar (3>6 anos);
§ 1º Na aplicação das sanções serão considerados:
I - a natureza e a gravidade da infração cometida;
II - as peculiaridades do caso concreto;
III - as circunstâncias agravantes ou atenuantes;
IV - os danos que dela provierem para a Administração Pública;
V - a implantação ou o aperfeiçoamento de programa de integridade, conforme normas e
orientações dos órgãos de controle.
85
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Art. 159.
Os atos previstos como infrações administrativas nesta Lei ou em outras leis de licitações e contratos da
Administração Pública que também sejam tipificados como atos lesivos na Lei nº 12.846/13 (Lei
anticorrupção) serão apurados e julgados conjuntamente, nos mesmos autos, observados o rito
procedimental e a autoridade competente definidos na referida Lei.
Impugnações e Recursos
Artigos
Art. 164. Qualquer pessoa pode IMPUGNAR EDITAL de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei
ou para solicitar esclarecimento sobre os seus termos, devendo protocolar o pedido até 3 (três) dias úteis
antes da data de abertura do certame.
Art. 165. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:
I - RECURSO, no prazo de 3 (três) dias úteis, contado da data de intimação ou de lavratura da ata, em face
de:
a) ato que defira ou indefira pedido de pré-qualificação de interessado ou de inscrição em registro
cadastral, sua alteração ou cancelamento;
b) julgamento das propostas;
c) ato de habilitação ou inabilitação de licitante;
d) anulação ou revogação da licitação;
e) extinção do contrato, quando determinada por ato unilateral e escrito da Administração;
II - PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO, no prazo de 3 (três) dias úteis, contado da data de intimação,
relativamente a ato do qual não caiba recurso hierárquico.
Lei 13.303/16
• Disposições aplicáveis às Estatais (Empresa pública e Sociedades de economia mista)
• Arts. 28 ao 67 (Licitações).
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
@matheusdegre
Conceito
Hely Lopes Meirelles (2016, p. 239):
Contrato administrativo é o ajuste que a Administração Pública, agindo nessa
qualidade, firma com particular ou outra entidade administrativa para a consecução de
objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas pela própria
Administração.
Art. 191.
Até o decurso do prazo de [02 anos] a Administração poderá OPTAR por licitar ou contratar diretamente de
acordo com esta Lei OU de acordo com às [Leis nº 8.666/93, 10.520/02 (Pregão) e Lei nº 12.462/11 (RDC)],
e a opção escolhida deverá ser indicada expressamente no edital ou no aviso ou instrumento de
contratação direta, VEDADA A APLICAÇÃO COMBINADA desta Lei com as citadas no referido inciso.
Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, se a Administração optar por licitar de acordo com as
leis citadas no inciso II do caput do art. 193 desta Lei, o contrato respectivo será regido pelas regras nelas
previstas durante toda a sua vigência.
Normas aplicáveis
NORMAS EM PROCESSO DE REVOGAÇÃO (vigência até 01 de abril de 2023):
• Lei 8666/93;
• Lei 10520/02 (pregão);
• Lei 12.462/11 (RDC);
87
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Artigos
Art. 89. Os contratos de que trata esta Lei regular-se-ão pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito
público, e a eles serão aplicados, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as
disposições de direito privado.
Art. 95. O instrumento de contrato é obrigatório, salvo nas seguintes hipóteses (ex: carta-contrato, nota de
empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço):
I - dispensa de licitação em razão de valor;
II - compras com entrega imediata e integral dos bens adquiridos e dos quais não resultem obrigações
futuras, inclusive quanto a assistência técnica, independentemente de seu valor.
§ 2º É nulo e de nenhum efeito o CONTRATO VERBAL com a Administração, salvo o de pequenas compras
ou o de prestação de serviços de pronto pagamento (até R$ 10mil).
Art. 94.
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1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
A divulgação no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) é condição indispensável para a eficácia
do contrato e de seus aditamentos e deverá ocorrer nos seguintes prazos, contados da data de sua
assinatura:
I - 20 (vinte) dias úteis, no caso de licitação;
II - 10 (dez) dias úteis, no caso de contratação direta.
§ 1º Os contratos celebrados em caso de urgência terão eficácia a partir de sua assinatura e deverão ser
publicados nos prazos previstos nos incisos I e II do caput deste artigo, sob pena de nulidade.
Garantias – art. 96
Poderá ser exigida (no edital) PRESTAÇÃO DE GARANTIA nas contratações de obras,
serviços e fornecimentos.
§ 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:
* Para todos verem: esquema
I - caução em
dinheiro ou em
II - seguro-garantia; III - fiança bancária;
títulos da dívida
pública [...];
Art. 94.
Art. 103. riscos contratuais previstos e presumíveis e prever MATRIZ DE ALOCAÇÃO DE RISCOS, alocando-os
entre contratante e contratado, mediante indicação daqueles a serem assumidos pelo setor público ou pelo
setor privado ou daqueles a serem compartilhados.
§ 4º A matriz de alocação de riscos DEFINIRÁ O EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO INICIAL do contrato
em relação a eventos supervenientes e deverá ser observada na solução de eventuais pleitos das partes.
89
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
• Exigência de garantia;
cláusulas • Restrição à oposição de exceção do contrato
exorbitantes não cumprido (art. 137, IV);
• Medidas de compensação (art. 26, §6º)
Modificação
Ocupação
Fiscalização e extinção Sanções
provisória
unilateral
90
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
•alta complexidade tecnológica e defesa nacional; materiais de uso das Forças Armadas, para fins de
padronização;
10 •inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo; comprometimento da segurança
nacional;
•transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o (SUS); insumos estratégicos para a saúde.
10/35 • Contratação que gere receita e contrato de eficiência que gere economia
OBS:
• o atendimento da reserva de cargos é requisito de habilitação (art. 63, IV);
• não atendimento será motivo para extinção do contrato (art. 137, IX);
Artigos
91
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Artigos
Art. 121. Somente o contratado será responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e
comerciais resultantes da execução do contrato.
§ 1º A inadimplência do contratado em relação aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não
transferirá à Administração a responsabilidade pelo seu pagamento e não poderá onerar o objeto do
contrato nem restringir a regularização e o uso das obras e das edificações, inclusive perante o registro de
imóveis, ressalvada a hipótese prevista no § 2º deste artigo:
92
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
+ 25%
+50%
VALOR (reforma)
CONTRATUAL
UNILATERAL
- 25%
(pela Adm)
PROJETO OU
ESPECIFICAÇÕES
TEORIA DA IMPREVISÃO
Art. 124. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas,
II - por acordo entre as partes:
d) para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato em caso de força maior,
caso fortuito ou fato do príncipe ou em decorrência de fatos imprevisíveis ou previsíveis de
consequências incalculáveis, que inviabilizem a execução do contrato tal como pactuado,
respeitada, em qualquer caso, a repartição objetiva de risco estabelecida no contrato.
§ 2º Será aplicado o disposto na alínea "d" do inciso II do caput deste artigo às contratações de
obras e serviços de engenharia, quando a execução for obstada pelo atraso na conclusão de
procedimentos de desapropriação, desocupação, servidão administrativa ou licenciamento
ambiental, por circunstâncias alheias ao contratado.
93
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
SUBSTITUIÇÃO DA
GARANTIA DA
EXECUÇÃO
REGIME DE EXECUÇÃO
FORÇA MAIOR ou
BILATERAL
CASO FORTUITO
FORMA DE
PAGAMENTO
FATO DO PRÍNCIPE
REEQUILÍBRIO
(Teoria da Imprevisão)
FATOS IMPREVISÍVEIS
ou de consq. incalc.
ATRASO em
desapropriação,
desocupação, licenc.
(sem culpa)
Artigos
Art. 131. A extinção do contrato não configurará óbice para o reconhecimento do desequilíbrio econômico-
financeiro, hipótese em que será concedida indenização por meio de termo indenizatório.
Parágrafo único. O pedido de restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro deverá ser formulado
durante a vigência do contrato e antes de eventual prorrogação nos termos do art. 107 desta Lei.
Art. 134. Os preços contratados serão alterados, para mais ou para menos, conforme o caso, se houver,
após a data da apresentação da proposta, criação, alteração ou extinção de quaisquer tributos ou encargos
legais ou a superveniência de disposições legais, com comprovada repercussão sobre os preços
contratados.
94
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Conciliação ou
mediação
BILATERAL
EXTINÇÃO (consensual) Comitê de
resolução de
disputas
JUDICIAL
DETERMINADA
ARBITRAL
Extinção Unilateral:
Artigos
95
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
I - assunção imediata do objeto do contrato, no estado e local em que se encontrar, por ato próprio da
Administração;
II - ocupação e utilização do local, das instalações, dos equipamentos, do material e do pessoal
empregados na execução do contrato e necessários à sua continuidade;
III - execução da garantia contratual para:
a) ressarcimento da Administração Pública por prejuízos decorrentes da não execução;
b) pagamento de verbas trabalhistas, fundiárias e previdenciárias, quando cabível;
c) pagamento das multas devidas à Administração Pública;
d) exigência da assunção da execução e da conclusão do objeto do contrato pela seguradora, quando
cabível;
IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à Administração
Pública e das multas aplicadas.
Artigos
Art. 147. Constatada irregularidade no procedimento licitatório ou na execução contratual, caso não seja
possível o saneamento, a decisão sobre a suspensão da execução ou sobre a declaração de nulidade do
contrato somente será adotada na hipótese em que se revelar medida de interesse público, [...]
§ 2º Ao declarar a nulidade do contrato, a autoridade, com vistas à continuidade da atividade
administrativa, poderá decidir que ela só tenha eficácia em momento futuro, suficiente para efetuar nova
contratação, por prazo de até 6 (seis) meses, prorrogável uma única vez.
Art. 149. A nulidade não exonerará a Administração do dever de indenizar o contratado [...]
Artigos
96
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Art. 151. Nas contratações regidas por esta Lei, poderão ser utilizados meios alternativos de prevenção e
resolução de controvérsias, notadamente a conciliação, a mediação, o comitê de resolução de disputas e a
arbitragem.
Parágrafo único. Será aplicado o disposto no caput deste artigo às controvérsias relacionadas a direitos
patrimoniais disponíveis, como as questões relacionadas ao restabelecimento do equilíbrio econômico-
financeiro do contrato, ao inadimplemento de obrigações contratuais por quaisquer das partes e ao cálculo
de indenizações.
Art. 152. A arbitragem será sempre de direito e observará o princípio da publicidade.
Art. 153. Os contratos poderão ser aditados para permitir a adoção dos meios alternativos de resolução de
controvérsias.
Art. 154.O processo de escolha dos árbitros, dos colegiados arbitrais e dos comitês de resolução de
disputas observará critérios isonômicos, técnicos e transparentes.
Lei 13.303/16
• Disposições aplicáveis às Estatais (Empresa pública e Sociedades de economia mista)
• Arts. 68 ao 84 (Contratos).
97
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Conceito
Hely Lopes Meirelles (2016, p. 722):
Para o uso e gozo dos bens e riquezas particulares o Poder Público impõe normas e
limites e, quando o interesse público o exige, intervém na propriedade privada e na
ordem econômica, através de atos de império tendentes a satisfazer as exigências
coletivas e a reprimir a conduta antissocial da iniciativa particular.
Intervenção na Propriedade
* Para todos verem: esquema
Supressiva: Desapropriação
Servidão
Administrativa;
MODALIDADES:
Requisição;
Ocupação
Restritiva:
Temporária;
Limitações
Administrativas;
Tombamento.
Desapropriação
1. Desapropriação ordinária
Fundamento:
98
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta
Constituição;
2. Desapropriação Urbanística
Fundamento:
É facultado ao PODER PÚBLICO MUNICIPAL, mediante lei específica para área incluída no plano diretor,
exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não
utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - DESAPROPRIAÇÃO com pagamento mediante TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
3. Desapropriação Rural
Fundamento:
99
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
CF/88, art. 184: Compete à UNIÃO DESAPROPRIAR POR INTERESSE SOCIAL, para fins de REFORMA
AGRÁRIA, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante PRÉVIA E JUSTA
INDENIZAÇÃO EM TÍTULOS DA DÍVIDA AGRÁRIA, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no
prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
§ 1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
§ 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária, autoriza a
União a propor a ação de desapropriação.
§ 3º Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o
processo judicial de desapropriação. (LC 76/93)
4. Desapropriação “Confiscatória”
Fundamento:
As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de
plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei SERÃO EXPROPRIADAS e
destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, SEM QUALQUER INDENIZAÇÃO ao
proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no
art. 5º.
• Lei 8257/91
Bens desapropriáveis:
Móveis e imóveis;
Imóveis só pelo ente onde estão situados;
Bens públicos:
Só pelo ente de maior abrangência;
Autorização por lei (ou acordo);
100
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
ESTADO
UNIÃO
DF
Estados
Municípios Municípios
Procedimento
1. Fase declaratória:
• decreto expropriatório; início do prazo caducidade (2 ou 5);
• direito de penetrar no bem;
2. Fase executória:
1. Processo administrativo (se houver acordo = FIM); ou
2. Ação de desapropriação: discussão (mérito) sobre o valor da indenização apenas;
Imissão provisória na posse: urgência + depósito de valor arbitrado pelo Juiz;
Servidão Administrativa
• Direito real público (ônus real);
• Execução de obras e serviços de interesse coletivo;
• Sobre bens imóveis;
• Definitividade;
• Mediante acordo ou decisão judicial;
• Indenização prévia (se houver prejuízo);
101
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
Requisição
• Direito pessoal da Adm;
• Perigo público iminente;
• Sobre bens móveis, imóveis e serviços;
• Transitoriedade;
• autoexecutória;
• Indenização ulterior (se houver prejuízo);
Ocupação temporária
• Direito pessoal da Adm;
• Necessidade de obras e serviços (sem urgência);
• Sobre bens imóveis;
• Transitoriedade;
• autoexecutória;
• Gratuita ou remuneração/indenização;
Limitações administrativas
• Atos normativos de caráter geral;
• Derivam do poder de polícia;
• Destinatários indeterminados;
• Interesse público abstrato;
• Sobre bens móveis ou imóveis;
• Definitividade;
• Sem indenização;
Tombamento
• Proteção do patrimônio cultural;
• Voluntário ou compulsório;
• Provisório ou definitivo;
• Bem móveis, imóveis, bairros e cidades;
• Bens públicos (“reciprocamente”);
• Processo adm. Prévio;
• Regime especial de propriedade (várias restrições);
• DL 25/37
102
1ª Fase | XXXV Exame de Ordem
Direito Administrativo
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica
pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da
concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a
responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados
contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
Art. 174. Como AGENTE NORMATIVO E REGULADOR da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público
e indicativo para o setor privado.
Art. 31
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Direito Administrativo
Esta Lei aplica-se às pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, bem como a quaisquer
associações de entidades ou pessoas, constituídas de fato ou de direito, ainda que temporariamente, com
ou sem personalidade jurídica, mesmo que exerçam atividade sob regime de monopólio legal.
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