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Letramento Digital

e Nativos Digitais

Trabalho apresentado pelos alunos Kaio


Pessanha, Lucihelia Alves, Millena Alves
e Naiany Vieira ao Professor Ronaldo
Freitas como instrumento avaliativo na
disciplina de Tecnologias da Informação
e da Comunicação e o Ensino de LP e
PB.
h635rim
Nativos Digitais
Nascidos entre 1980 e 1994 (PRENSKY, 2001)
"Os nativos digitais são acostumados a receber informação muito
rápido. Eles gostam de processos paralelos e ao mesmo tempo.
Eles preferem gráficos a textos. Utilizam acessos randômicos
como hipertextos e funcionam melhor em rede. Os nativos
digitais preferem jogos do que “trabalho sério”. (tradução livre
da autora Silvana Lemos, 2009).
"Buckingham (2008) acredita que devemos ter cautela com a
retórica da “geração digital”, ou seja, a ideia de que os jovens
estão ativamente se comunicando e criando on-line, já que
possuem uma espontânea afinidade com a tecnologia. Ele
nomeia de cultura popular o que os jovens estão fazendo no
computador em casa, jogando, surfando nos sites de
entretenimento, trocando mensagens instantâneas,
participando de redes sociais, baixando e editando vídeos e
músicas, e que muito pouco é feito de tarefa escolar, alerta".
Nativos Digitais x Imigrantes Digitais
"Para Prensky, a aprendizagem hoje se dá de forma diferente. O
autor propõe um método que seja usado pelos professores, os
imigrantes digitais, o de ensinar os conteúdos com a linguagem
dos nativos digitais. Segundo Prensky, a dificuldade está em que
os imigrantes estão com os pés no passado. Quando se conectam,
imprimem e-mails, imprimem texto para editá-lo com a caneta e
não na tela do computador. Há uma necessidade de mudança de
comportamento, sem se preocupar tanto com o resultado e sim
com o processo".
"Não é fácil, mas é possível"
"Olhando os materiais ao redor, é bem fácil
perceber que quase não há textos compostos
por apenas uma modalidade. Não encontrei
nada aqui em minha sala de estudos! Para Kress
(2003), até o leiaute - a formatação do textos - é
um modo de expressão. Certamente, a seleção e
o planejamento do espaço da página ajudam a
construir um discurso.

Ana Elisa Ribeiro, 2016


LETRAMENTO DIGITAL
"A gama e a diversidade de informações na
rede permitem cada vez mais uma metamorfose
dos dados, dificultando a cristalização de ideias"
(apud Alves, 2002). A ampliação desse caráter
coletivo do saber é o que classifica Lévy como
inteligência coletiva: “uma inteligência
globalmente distribuída, incessantemente
valorizada, coordenada em tempo real, que
conduz a uma mobilização efetiva das
competências”. Trata-se de um processo
simultâneo de transformação da subjetividade e
da organização social global.

Lemos, 2009, p. 40
“Para Prensky, a aprendizagem hoje se dá de forma diferente. O
autor propõe um método que seja usado pelos professores, os
imigrantes digitais, o de ensinar os conteúdos com a linguagem dos
nativos digitais. Segundo Prensky, a dificuldade está em que os
imigrantes estão com os pés no passado. Quando se conectam,
imprimem e-mails, imprimem texto para editá-lo com a caneta e não
na tela do computador. Há uma necessidade de mudança de
comportamento, sem se preocupar tanto com o resultado e sim com
o processo: Just do it!”

Lemos, 2009, p. 41
"Pesquisa promovida em 2004 Rede pública
pela Unesco no Brasil com jovens
de 15 a 29 anos, sob o título
“Juventude, juventude: o que une
e o que separa”, foi realizada em
13 capitais do país com jovens do
ensino médio. A exclusão digital é
ressaltada como uma exclusão de
fato, que limita as possibilidades
dos jovens". (Lemos, 2009, p. 42)
Rede privada
Enem 2005

73,1% dos participantes que conseguiram as melhores notas


na prova objetiva têm internet em casa e moram na região
Sudeste. Apenas 12,6% se encontram no Norte-Nordeste.
Será
.
que isso
mudou?
Conforme pesquisa TIC Educação 2019, apenas 37% dos
alunos de escolas públicas urbanas acessaram a Internet na
escola em 2019, sendo que em 26% destas escolas não havia
nenhum computador disponível para uso em atividades
educacionais, enquanto a proporção de escolas rurais sem
infraestrutura de conexão é de 51%.

Prioridade absoluta, 2021.


Conforme divulgado pela pesquisa Painel TIC COVID-19, 36% dos
usuários de internet com 16 anos ou mais, que frequentam escola
ou universidade, tiveram dificuldades para acompanhar as aulas
por falta ou baixa qualidade da conexão.

Prioridade absoluta, 2021.


“Outros pontos positivos sinalizados pelo grupo referem-se a uma
melhora significativa no ato da leitura e da escrita, bem como o
resgate do papel do professor e o seu desejo de ensinar e
aprender. Nesse sentido, professores e alunos assumem o papel
de pesquisadores, descobrem juntos novos caminhos para a
construção do conhecimento, atentando para o desejo do outro,
valorizando os diferentes saberes que emergem dessa interação
com a rede”.

Lemos, 2009, p. 43 apud Alves, Lynn, 2000)


"“Os professores precisam conhecer os gêneros discursivos e
linguagens digitais que são usados pelos alunos, para integrá-
los, de forma criativa e construtiva, ao cotidiano escolar.
Quando digo integrar é porque o que se quer não é o
abandono das práticas já existentes, que são produtivas e
necessárias, mas que a elas se acrescente o novo."

(Freitas, 2010, p. 340)


"Precisamos, portanto, de professores e alunos que sejam
letrados digitais, isto é, professores e alunos que se apropriam
crítica e criativamente da tecnologia, dando-lhe significados e
funções, em vez de consumi-la passivamente. O esperado é
que o letramento digital seja compreendido para além de um
uso meramente instrumental."

(Freitas, 2010, p. 340)


“A cultura do outro só se revela com plenitude e profundidade [...] aos olhos
de outra cultura. Um sentido só revela as suas profundidades encontrando-se
e contactando com outro, com o sentido do outro: entre eles começa uma
espécie de diálogo que supera o fechamento e a unilateralidade desses
sentidos, dessas culturas. Colocamos para a cultura do outro novas questões
que ela mesma não se colocava; nela procuramos respostas a essas questões,
e a cultura do outro nos responde, revelando-nos seus novos aspectos, novas
profundidades de sentido. Sem levantar nossas questões não podemos
compreender nada do outro de modo criativo.[...] Neste encontro dialógico de
duas culturas elas não se confundem; cada uma mantém a sua unidade e a
sua integridade aberta, mas elas se enriquecem mutuamente.”

(BAKHTIN, 2003, p. 366)


REFERÊNCIAS
LEMOS, Silvana. Nativos digitais x aprendizagens: um desafio para a escola.
B. Téc. Senac: a R. Educ. Prof., Rio de Janeiro, v. 35, n.3, set./dez. 2009.

FREITAS, Maria Teresa. Letramento digital e formação de professores.


Educação em Revista | Belo Horizonte | v.26 | n.03 | p.335-352 | dez. 2010

BAKHTIN, M. Os estudos literários hoje. In: BAKHTIN, M. Estética da criação


verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 358-366.

Acesso a internet: https://prioridadeabsoluta.org.br/midiainformacao/a-


importancia-da-garantia-do-acesso-a-internet-nas-escolas/. Em 10/03/2011.

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