Relógio d’água BAUDRILLARD, Jean. Link: Simulacros e Simulações: capítulo https://drive.google 1 “Precessões do Simulacros’’ .com/drive/u/0/fold ers/1iYsdI0z3gObb jAe2nlCMP3MJZ_ BQf_f_
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8 “A simulação já não é a simulação Simulação; referencial; de um território, de um ser hiper-real. referencial, de uma substância. É a geração pelos modelos de um real sem origem nem realidade: hiper-real” 9 “Dissimular é fingir não ter o que Dissimular; simular; se tem. Simular é fingir ter o que presença; ausência. não se tem. O primeiro refere-se a uma presença, o segundo é uma ausência.” 9 Hiperreal, doravante ao abrigo do Hiper-Real; imaginário; imaginário, não deixando lugar geração simulada. senão à recorrência orbital dos modelos e à geração simulada das diferenças. 9 […]enquanto que a simulação põe Simulação; verdadeiro; em causa a diferença do falso; real; imaginário; «verdadeiro» e do «falso», do doente; não-doente. «real» e do «imaginário». O simulador está ou não doente, se produz «verdadeiros» sintomas? Objectivamente não se pode tratá-lo nem como doente nem como não-doente. 10 [...] iludir a interrogação que a Interrogação; referência; simulação coloca ― ou seja, que a deixar de existir verdade, a referência, a causa objectiva deixaram de existir. 22 “A Disneylândia é um modelo Disneylândia; modelo; perfeito de todos os tipos de simulacros confundidos; simulacros confundidos.[...] mundo imaginário; Supõe-se que este mundo operação. imaginário constitui o êxito da operação.” 22 “Mas o que atrai as multidões é Atração; microcosmos sem dúvida muito mais o social; miniaturização; microcosmos social, o gozo América real. religioso, miniaturizado da América real, dos seus constrangimentos e das suas alegrias.” 23 “Já não se trata de uma Representação falsa; representação falsa da realidade (a realidade; esconder; ideologia), trata-se de esconder salvaguardar o princípio da que o real já não é o real e realidade; ideologia. portanto de salvaguardar o princípio de realidade.” 23 “O imaginário da Disneylândia Imaginário; Disneylândia; não é verdadeiro nem falso, é uma dissuasão encenada para máquina de dissuasão encenada regenerar; ficção do real para regenerar no plano oposto a ficção do real.” 35 “Assim, em toda a parte, o hiper-realismo da hiper-realismo da simulação simulação; alucinante traduz-se pela alucinante semelhança do real. semelhança do real consigo próprio” 41 “A finalidade da análise Ideológica; falso ideológica continua a se restituir problema; reinserir a sob o processo objectivo, é verdade; simulacro. sempre um falso problema querer reinserir a verdade sob o simulacro” 48 (sobre o suspense nuclear)[…]“ele hiper-real; simulacro; próprio uma forma hiper-real, um acontecimentos; cenários simulacro que nos domina a todos efêmeros; problema sem e reduz todos os acontecimentos problema. «ao solo», a não serem mais que cenários efêmeros, transformando a vida que nos é deixada em sobrevivência num problema sem problema ―nem sequer numa «letra» que será descontada com a morte: numa «letra» antecipadamente desvalorizada. ”
Questionamentos Metodologia Meus questionamentos
do autor Onipotência dos Baudrillard lembra dos Se toda imagem pode se Simulacros iconoclastas, religião para tornar um simulacro, a explicar que os ícones apresentam imagem é real? O a onipotência dos simulacros, o simulacro já existe a partir poder de “apagar” Deus da da primeira existência de consciência coletiva. Deus nunca um signo? existiu, nunca existiu nada senão o simulacro. Deus era seu próprio simulacro. Poder assassino das Baudrillard levanta a questão após Se todo simulacro imagens analisar os iconoclastas. Questão: assassina sua origem, “poder assassino das imagens”, as como o signo é imagens como assassinas do real, interpretado pelo homem? de seu referencial. Exemplifica O signo é interpretado pelo usando os ícones de Bizâncio que homem ou o seu podiam ser também os ícones da simulacro? identidade divina. Mas e se o próprio O questionamento é levantado Se tudo é uma simulação, Deus pode ser para responder que o sistema como podemos classificar simulado, perde “gravidade” e se torna um o verdadeiro real? Se os reduzir-se aos grande simulacro. Nunca mais simulacros criam um signos que o passível de ser real novamente ou circuito infinito, como provam? trocado por real. Um circuito de restaurar o sistema, sem se representações de simulacros aplicar a ideia de deus de infinito, sem referências. (Explica platão ou desistir da a simulação.) representação por imagens? imaginário e O autor exemplifica com a Grandes grupos midiáticos Hipereal Disneylândia como modelo de são exemplos de todos simulacros confundidos. O simulacros? O metaverso é imaginário que não é real ou falso a nova dissuasão e sim, uma dissuasão encenada. A encenada, já que replica e Disneylândia existe para esconder esconde o mundo não mais a América real. Pela reciclagem real? Os costumes da infância, se “renomeam” novas “reciclados” são novos? atividades, como a Disneylândia, escondendo o real. Uma simulação, o simulacro de terceira categoria. Salva o princípio de realidade, escondendo o real que já não é mais real. ideia e anti-ideia. Para o autor, a ideia simulada A existência do signo real Provar o real pelo comprova a ideia de que o real depende do seu imaginário. existe, como uma manipulação. “anti-signo”? A Usa-se o termo inverso para que o manipulação é a condição simulacro da negatividade da existência ou de sobreviva na sua forma sobrevivência de um expurgada. Agora, o signo é simulacro? provado de existência a partir do seu anti-signo. Simulacro de O autor aqui explica o simulacro Com a existência da inversão ou de universal da manipulação, a manipulação e do involução dos inversão da mensagem. É como a hiper-real, o real deixa de pólos interação meio/mensagem onde o existir? A inversão dos espaço é dissuasivo como a polos provém da simulação e o neo-real e espetacularização da hiper-real. sociedade? Mediação por Usando o povo Tadasay, A media se torna uma Simulações Baudrillard explica a mediação da terceira força na relação? realidade e seus signos, agora não Quem controla a feita entre humanos, mas a partir tecnologia? Os “donos” da de media, as simulações. A media podem modificar ou função do meio é espetacularizar controlar a verdade? A o mundo e a verdade (televisão e verdade é um novo comunicação), causando a simulacro por passar por hiperrealização. manipulações?
Conceitos do Definições dos conceitos Opinião
Autor “Simulacros” são cópias que representam São criações que elementos que nunca existiram ou pretendem ultrapassar a que não possuem mais o seu imagem e o imaginário, equivalente na realidade. em seu terceiro estágio Divisão em Três etapas. quando “renega” as relações com o real, é quando tem maior sucesso, é um mecanismo criado para que se discuta a veracidade de tudo (de todos os códigos, antes conhecidos como signos.) Simulação é a imitação de uma operação ou Por acabar com suas processo existente no mundo real. referências, a simulação Um circuito de representações de não é real mesmo que simulacros infinito, sem pareça. É a “representação referências. Negação radical do do real do simulacro.” Se é signo como valor, parte do signo um espaço do simulacro, a como reversão e aniquilamento de simulação é falha por não toda a referência. (p14) se apoiar em nenhuma Envolve todo o próprio edifício da referência real, seu apoio e representação como simulacro. funcionamento não vem de Espaço habitado pelo simulacro uma fonte pré-reconhecida. Uma simulação bem sucedida consegue apagar as diferenças entre o simulacro e o real. Toda simulação é passível de falha por não ser parte da realidade. Imagem/signos Representação da realidade, o que Na era da simulação, o significa ser o real. Mesmo que o signo e a imagem é real não exista após a inserção do substituído pelo código simulacro e da simulação. binário. Os signos são As fases sucessivas da imagem: quaisquer imagens, - ela é o reflexo de uma palavras. A imagem é realidade profunda modificada em seu - ela mascara e deforma sentido e uso, de acordo uma realidade profunda com a interferência - ela mascara a ausência da humana e tecnológica. realidade profunda Deixando de existir ao - ela não tem relação com atingir a tecnologia do qualquer realidade: ela é hiper-espaço. Todo objeto o próprio simulacro. é transformado em Signo: imagem real imagem e em signo. “Imaginário” Imagem mental, o que já é O imaginário é previamente instalado, conhecido. socialmente construído, tem signos, valores e convenções pré-estabelecidas. O imaginário é sedutor, feito para seduzir o ser humano por meio de tecnologias, especialmente no espaço do hiperespaço e dá-se a criação do hiper-real. (onde se perde para a simulação) “hiper-real” Um real fabricado pelos O espaço da Matrix, o simulacros, provém do local do holograma, é hiper-espaço (espaço do independente do espaço simulacro), ultrapassa as barreiras real. Porém, nem sempre do real. Real mais real, mais utópico. Habitado por atraente. O auge da simulação, números, sem PERDE REFERÊNCIAS. referenciais de signos HIPER REAL SIMULADO: (imagens) e referenciais Holograma, o hiper-real simulado físicos. O hiper-real é novamente ainda mais vivo e atraente por ter maior interessante do que a realidade. mediação tecnológica. DESCONECTADO da O neo-real vem com a realidade, mediado pela tecnologia, o hiper-real tecnologia e suas criações. chega com a substituição do signo pelo código, o código binário. Representação Equivalência com o signo do A representação é uma real.Tenta absorver a simulação, forma de “mostrar o real”, interpretando-a como uma falsa porém, dentro de uma representação. simulação, é uma tentativa porém no hiper-espaço. A representação tenta ser fiel, porém, pode falhar e se tornar não-real. A equivalência não tem a mesma regra da cópia e, portanto, não tem o mesmo valor. Pode se afastar do real. Cópia A cópia tem regras e normas A cópia é semelhante, o semelhantes ao seu modelo (seu que permite a referencial real). possibilidade de originalidade de ambos. Porém, por seguir regras, a cópia nunca será parte do real e sempre será relacionada ao seu referencial.
Três etapas do Simulacro: Na primeira, o simulacro é natural, baseado na imitação
da realidade. É otimista e utópico, consciente da impossibilidade de igualar representação e realidade (como se via, no período pré-moderno, nas pinturas, por exemplo). Guarda-se, no caso, a diferenciação e se mantém o referencial, ou seja, o objeto real. Nas palavras do autor: "é a ilha da utopia oposta ao continente do real". Na segunda categoria, o simulacro é produtivo, mecânico, metalúrgico, materializado pela máquina, produtor de potência. Ele surge no período da Revolução Industrial. Aqui, a cópia, produzida massivamente, ameaça a fonte, o objeto real, a referência originária. Na terceira categoria, o simulacro é cibernético, computadorizado. Ele se baseia na informação e controle total. Não há mais o "objeto real". O simulacro, aqui, precede qualquer referência e implode os modelos. Os signos saturam os valores simbólicos e escondem a realidade, que se tornou uma utopia inalcançável, tal como sonhar com um objeto perdido para sempre. O simulacro de primeira ordem é "operático"; o de segunda, operatório; e o de terceira, operacional. A era da simulação inicia-se, pois, com uma liquidação de todos os referenciais — pior: com a sua ressurreição artificial nos sistemas de signos, material mais dúctil que o sentido, na medida em que se oferece a todos os sistemas de equivalência, a todas as oposições binárias, a toda a álgebra combinatória. Já não se trata de imitação, nem de dobragem, nem mesmo de paródia. Trata-se de uma substituição no real dos signos do real, isto é, de uma operação de dissuasão de todo o processo real pelo seu duplo operatório, máquina sinalética metaestável, programática, impecável que oferece todos os signos do real e lhes curto-circuita todas as peripécias. O real nunca mais terá oportunidade de se produzir― tal é a função vital do modelo num sistema de morte, ou antes de ressurreição antecipada que não deixa já qualquer hipótese ao próprio acontecimento da morte. Hiper-real, doravante ao abrigo do imaginário, não deixando lugar senão à recorrência orbital dos modelos e à geração simulada de diferenças. Este simulacro de inversão ou de involução dos pólos, este subterfúgio genial que é o segredo de todo o discurso da manipulação e portanto, hoje em dia, em todos os domínios, o segredo de todo o novo poder, no apagamento da cena do poder, na assunção de todas as palavras de que resultou esta fantástica maioria silenciosa que é a característica do nosso tempo — tudo isto começou certamente na esfera política com o simulacro democrático, isto é, a substituição da instância de Deus pela instância do povo como fonte do poder e do poder como emanação pelo poder como representação. Revolução anticoperniana: acabou a instância transcendente do Sol e da fonte luminosa do poder e do saber — tudo provém do povo e tudo a ele retorna. E com esta magnífica reciclagem que começa a instalar-se, desde o cenário do sufrágio de massas até aos fantasmas atuais das sondagens, o simulacro universal da manipulação. p.39 A ideologia não corresponde senão a uma malversação da realidade pelos signos, a simulação corresponde a curto-circuito da realidade e à reduplicação pelos signos. A finalidade da análise ideológica continua a ser restituir o processo objetivo, é sempre um falso problema querer reinserir a verdade sob o simulacro.