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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
GNE 283 – CONSTRUÇÃO CIVIL

REO 2 - AULA 6
ESTRUTURAS EM CONCRETO

Parte 1:
FORMAS, ESCORAS E ARMADURAS
CUSTO DA ESTRUTURA

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CUSTO DOS ELEMENTOS DA ESTRUTURA

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Execução da estrutura

Consome, aproximadamente, 50% do prazo total de execução.

Por sua vez, a forma é responsável por 60% deste,


concluindo-se que ela consome 30% do prazo total do
empreendimento.

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Sistema de fôrmas e escoramento

• Define a forma, garante o controle dimensional do elemento


estrutural e suporta o seu peso enquanto o concreto armado
não tem resistência suficiente para suportar seu peso próprio;

• É formada por um conjunto de elementos

– Fôrma
– Escoramento

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ETAPAS:

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FÔRMA
PRINCIPAIS FUNÇÕES

Molde: Dar forma ao concreto

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FÔRMA
PRINCIPAIS FUNÇÕES

Conter o concreto fresco e sustentá-lo até que atinja


resistência mecânica necessária

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FÔRMA
PRINCIPAIS FUNÇÕES

Proporcionar ao concreto rugosidade superficial


requerida
• Lisa
• Texturizada

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FÔRMA
PRINCIPAIS FUNÇÕES

• Resistência mecânica à ruptura


• Resistência a deformações
• Estanqueidade
• Geometria especificada
• Rugosidade superficial adequada
• Estabilidade dimensional

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FÔRMA
PRINCIPAIS FUNÇÕES

• Permitir o correto posicionamento da armadura


• Baixa aderência ao concreto
• Permitir desfôrma sem danos
• Facilidade para o correto lançamento do concreto
• Permitir segurança no manuseio

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FÔRMA
PRINCIPAIS FUNÇÕES

• Não influenciar negativamente nas características do


concreto

Absorção de água

CUIDADO COM O DESMOLDANTE!!

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EXECUÇÃO DAS FÔRMAS

Decisão inicial

Fôrma produzida em obra?


ou
Fôrma pré-fabricada?

Comprar? ou Alugar?
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Sistemas de fôrmas e escoramento

• Convencional – fabricadas no próprio canteiro de obras.

• Industrializada de madeira – fabricadas sob medida =


forma-pronta

• Industrializada Modulada – formas metálicas ou de plástico,


geralmente utilizadas por empresa de pré-moldados

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ELEMENTOS DO SISTEMA DE FORMAS

MOLDE: Define o formato e a rugosidade

Materiais utilizados:
•Madeira (Tábuas, compensado)
•Metálico
•Metálico com Plástico
•Plásticos, fibra de vidro
•Papelão
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• Madeira Serrada:

– Baixo custo

– Facilidade de corte e montagem

– Baixa durabilidade (baixo índice de reaproveitamento)

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Material para produção de fôrmas

• Medidas Comerciais

– Sarrafos:

• 2,5 x 5 cm / 2,5 x 7,5 cm / 2,5 x 10 cm / 2,5 x 15 cm


– Tábuas:

• 2,5 x 30 cm / 5 x 30 cm (pranchão)

– Pontaletes:
• 7,5 x 7,5 cm / 5 x 6 cm

– Vigas:

• 6 x 12 cm / 6 x 16 cm
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Forma de viga baldrame

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Fôrma de viga

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Fôrma de laje

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Material para produção de fôrmas
• Chapas de madeira compensada

– Facilidade de corte da madeira com alto índice de


reaproveitamento;
– Utilizado como painel – componente que esta em contato com o
concreto
– Possibilidade de moldar curvas – chapas com espessura de 4 e 6
mm
– Dimensões:
• Plastificada e resinada – 1,22 x 2,44 m

• Espessuras: 4; 6; 10; 12; 20 mm 31


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Material para produção de fôrmas
Aço

• muito utilizado nas fôrmas que demandam um alto índice de


reaproveitamento,

• perfis e tubos (mais usual) que servem de estruturação e


travamento (cimbramento) das fôrmas

• chapas que servem como revestimento interno dos painéis e


proporcionam um aspecto bastante liso e uniforme ao concreto

• custo elevado

• normalmente fornecido por empresas especializadas em locação


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ELEMENTOS DO SISTEMA DE FORMAS

MOLDE
Metálico

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Material para produção de fôrmas
Alumínio

• agrega as vantagens do aço com a leveza própria do alumínio

• alto custo de aquisição e manutenção

Plástico

• material bastante leve, resistente e reciclável

• cuidado especial deve ser tomado em relação à estruturação dos


painéis devido à sua grande deformabilidade (variação
dimensional) 36
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ELEMENTOS DO SISTEMA DE FORMAS

MOLDE
Plásticos, fibra de vidro

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ELEMENTOS DO SISTEMA DE FORMAS

MOLDE
Metálico com plástico

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Material para produção de fôrmas

Papelão
• utilização basicamente em pilares cilindricos de até 1,0m de
diâmetro,

• é uma fôrma auto estruturada, necessitando apenas de


elementos de posicionamento e prumo

• tem superfície interna plastificada que impede a perda dá água


de amassamento e confere superfície lisa ao concreto

• é destruída no momento da desfôrma, restringindo-se a apenas


um uso 42
43
DISPOSIÇÃO GERAL DE UM SISTEMA DE FÔRMA DE
LAJE

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DISPOSIÇÃO GERAL DE UM SISTEMA DE FÔRMA DE
LAJE

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SUBSISTEMAS DE FÔRMAS PARA LAJE TRADICIONAL
(COM GUIAS)

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LIGAÇÃO DO PAINEL DA LAJE COM A FÔRMA DA VIGA

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ELEMENTOS DO SISTEMA DE FORMAS

ESCORAMENTO:

Transmissão de esforços da estrutura do molde para um ponto de


suporte

Materiais utilizados
•Aço: Tubos, torres
•Madeira: bruta, aparelhada

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ELEMENTOS DO SISTEMA DE FORMAS

ESCORAMENTO:

Torres metálicas

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ELEMENTOS DO SISTEMA DE FORMAS

ESCORAMENTO:

Escoras metálicas

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ELEMENTOS DO SISTEMA DE FORMAS

ESCORAMENTO:

Escoras metálicas

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ELEMENTOS DO SISTEMA DE FORMAS

ESCORAMENTO:

Pontaletes metálicos

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ELEMENTOS DO SISTEMA DE FORMAS

ESCORAMENTO:

Escoramento de madeira

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SUBSISTEMAS DE FÔRMAS:
PILARES (RACIONALIZADO)
Painel estruturado (aço + madeira)

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SUBSISTEMAS DE FÔRMAS:
PILARES (RACIONALIZADO)

Painel plástico estruturado

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SUBSISTEMAS DE FÔRMAS PARA VIGAS

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SUBSISTEMAS DE FÔRMAS PARA VIGAS

Painel de plástico

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FÔRMAS DE LAJE
TRADICIONAL

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FÔRMAS DE LAJE
TRADICIONAL
Painel estruturado (alumínio + madeira)

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Lajes

• Aumentam o valor econômico do empreendimento;


• Aumentam a segurança
• Aumentam o conforto;

Tipos:
Maciças;
Pré-fabricadas
Protendida
Nervurada, etc
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LAJES

• Maciça
• Pré-fabricada
• Composta

Racionalização do processo construtivo

Racionalização das fôrmas


Menor consumo de mão-de-obra 63
LAJES

• Maciça
Concreto armado
Custo com forma e escoramento
Maior tempo para execução

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LAJES

• Pré-fabricada
• Menor custo
• Praticidade
• Tempo de execução
• Simples montagem

As lajotas pode ser de cerâmica, blocos de concreto ou EPS

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LAJES

• Pré-fabricada
As lajotas pode ser de cerâmica, de blocos de concreto ou EPS.
Servem de guia para manter as distâncias entre as vigotas uniformes

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LAJES

• Montagem
As vigotas devem se apoiar pelo menos 5 cm de cada lado da parede.
As lajotas devem ser encaixadas sobre as vigotas.
A primeira e a última carreiras de lajotas podem ser apoiadas na cinta de
amarração.

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LAJES

• Montagem

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• Escoramento
Se o vão a ser vencido pela laje for menor que 3,40m, coloca-se
um fileira de pontaletes para escorar as vigoras.
Se o vão for entre 3,40 a 5,0, escore as vigotas com duas fileiras de
pontaletes.

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• Concretagem
Antes da concretagem deve ser promovida a distribuição da elétrica,
eletrodutos e caixas de luz
Após a distribuição da elétrica faz-se a distribuição da armação
adicional (ou complementar).

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LAJES
COMPOSTA
“Steel deck”

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LAJES
MISTA
Poliestireno expandido

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LAJES
MISTA
Vigota treliçada

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LAJES
MISTA
Pré-laje: painel treliçado

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LAJES
PRÉ-FABRICADA
Painel alveolar

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PROJETO DAS FÔRMAS

PRINCIPAL FERRAMENTA PARA RACIONALIZAÇÃO DA


PRODUÇÃO DE ESTRUTURAS

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PROJETO DAS FÔRMAS

Induzir escolha otimizada dos sistemas de fôrmas e do processo de


produção
Redução de custo da produção das estruturas

Eliminar soluções improvisadas de obra


Maior produtividade global

Definir com precisão as fôrmas e o seu processo de produção


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PROJETO DAS FÔRMAS
DIRETRIZES

• Compatibilizar o sistema com o número de reutilizações


necessárias

• Dimensionar as fôrmas
Otimizar a produção e a segurança

• Racionalizar o corte dos painéis


Diminuir perdas de materiais 80
PROJETO DAS FÔRMAS
DIRETRIZES

• Substituição de pregos por encaixes e cunhas

• Substituição de gravatas e sargentos por tensor + esticador ou


barras de ancoragem

• Escoras metálicas ajustáveis

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CONTEÚDO DE UM PROJETO DE FÔRMA

Detalhamento de todas as peças do sistema de fôrma

posição dos gastalhos, escoras


posição e distribuição das longarinas e travessas
posição e distribuição das chapas de compensado

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CONTEÚDO DE UM PROJETO DE FÔRMA

• Sequência de execução dos serviços na montagem dos painéis

• Critérios de verificação, procedimentos e tolerâncias

• Sistema de controle e liberação para concretagem

• Procedimento de limpeza, preparação e de desforma

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RECEBIMENTO DO SISTEMA DE FÔRMAS

Definição prévia do local de depósito


Coberto

Verificação de:
Medida e corte das peças
Pintura das bordas do compensado
Quantidade das peças
Espaçamento entre sarrafos

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MONTAGEM DAS FÔRMAS

Locação ou transferência dos eixos do pavimento inferior

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MONTAGEM DAS FÔRMAS

Locação ou transferência dos eixos do pavimento inferior

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MONTAGEM DAS FÔRMAS

Locação ou transferência dos eixos do pavimento inferior

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MONTAGEM DAS FÔRMAS

LOCAÇÃO DOS GASTALHOS DE PÉ DE PILAR

Verificar
•Nivelamento e união
• Limpeza da armadura de espera do pilar
• Perpendicularidade de suas faces
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MONTAGEM DAS FÔRMAS

PILARES

Liberação para a montagem

Conferência e aprovação do nivelamento nos “pontaletes guias”


Aprovação da limpeza do concreto junto ao arranque

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MONTAGEM DAS FÔRMAS

PILARES

Posicionamento das 3 faces do pilar


• Nivelamento e prumo

Passar desmoldante nas 3 faces

Posicionamento da armadura
• Espaçadores e pastilhas
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MONTAGEM DAS FÔRMAS

PILARES

Liberação para fechamento dos painéis


•Verificação da armação

Fechamento da fôrma com sua 4ª face


•Nivelamento, prumo e escoramento

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MONTAGEM DAS FÔRMAS

VIGAS

Condição para início do serviço

Fôrmas dos pilares


MONTADAS E TRAVADAS

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MONTAGEM DAS FÔRMAS

VIGAS

Posicionamento dos garfos

Montagem dos fundos de viga


•Apoio sobre os pontaletes, cavaletes ou garfos

Posicionamento das laterais das vigas

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Posicionamento das galgas, tensores e gravatas das vigas
MONTAGEM DAS FÔRMAS

LAJES

Posicionamento das guias e escoras


de apoio dos painéis da Laje

Posicionamento dos travessões

Distribuição dos painéis da laje

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MONTAGEM DAS FÔRMAS

LAJES

Transferência dos eixos de


referência do pavimento inferior

Fixação dos painéis de laje

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MONTAGEM DAS FÔRMAS

LAJES

Colocação das escoras das faixas


de laje

Alinhamento das escoras de


vigas e Lajes

Nivelamento das vigas e lajes


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CONTROLE DA PRODUÇÃO DE FÔRMAS

Por que controlar ao longo do processo?

- Dependência entre atividades


- Não acumulação de erros

•Estabelecimento dos itens a verificar e do momento de verificação


•Estabelecimento de tolerâncias

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PRODUÇÃO DA ARMADURA

Documentos de referência
•Projeto de armação
•Projeto de estrutura (planta de fôrma)
•Projeto de instalações

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O PROJETO DE ARMAÇÃO SERVE PARA...

• Determinação de quantitativos
• Solicitação de pedidos
• Instruções de corte
• Instruções de dobra
• Instruções de pré-fabricação
• Montagem
• Conferências

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PRODUÇÃO DA ARMADURA

100
PRODUÇÃO DA ARMADURA

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ESTOCAGEM

• Local plano, não sujeito a acúmulo ou escoamento de água

• Proteção para evitar corrosão

• Divisão em “baias” por diâmetro

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ESTOCAGEM

103
CORTE

EQUIPAMENTOS
• Talhadeira
Barras e fios até ø 6.3mm

• Tesouras especiais
Barras e fios até ø 16mm

• Máquinas de corte

• Lâminas de serra
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CORTE

Racionalização da operação de corte

• Programação do corte
• Pré-montagem

105
RACIONALIZAÇÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE
ARMADURA?

106
DOBRA

• Bancada com pinos

• Gabaritos

• Chave de dobrar

• Máquinas de dobramento automático

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CONTROLE DE CORTE E DOBRA

• Verificação das dimensões das peças (comprimento e Ø)

• Corte e identificação

• Formação de feixes

• Diâmetros de dobramento (NBR 6118)

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PRÉ-MONTAGEM

Arame nº18 ou nº20

Ligação entre barras e estribos

Maleabilidade

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PRÉ-MONTAGEM
PILARES E VIGAS

Controles:
•Posição das armaduras longitudinais (barras)
•Espaçamento entre de estribos
•Número de barras e de estribos

110
CONDIÇÕES PARA INÍCIO DO SERVIÇO DE MONTAGEM
DAS ARMADURAS

• Proteções da periferia instaladas


• Fôrmas montadas, mas não fechadas (pilares)
• Locação e escoramento conferidos
• Desmoldante aplicado

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MONTAGEM

Posicionamento nas fôrmas

•Garantir o cobrimento especificado


•Garantir o correto posicionamento

USO DE ESPAÇADORES E PASTILHAS

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MONTAGEM

Espaçadores de Plásticos
• Lajes e fundos de vigas

113
MONTAGEM

Espaçadores de Plásticos
• Pilares e laterais de vigas

114
MONTAGEM

Espaçadores de Plásticos
• Lajes treliçadas

115
MONTAGEM

Espaçadores de concreto
Espaçadores de argamassa

116
MONTAGEM

Espaçadores de armadura superior


(Caranguejos)

117
SEQUÊNCIA DE MONTAGEM

• Pré-montagem já feita em bancada

• Colocação de espaçadores (5 un/m²)

• Posicionamento na fôrma

• Verificação cobrimentos

118
SEQUÊNCIA DE MONTAGEM

Posicionar e fixar elementos auxiliares, caixinhas, etc. (instalações


elétricas e hidráulicas)

Montar as armaduras: positivas e negativas

Colocar espaçadores (5 un/m²)


Verificar cobrimentos

119
CONTROLE DA MONTAGEM

Diâmetro, quantidades, espaçamentos, dimensão, posição e


alinhamento das barras, estribos e ganchos

Transpasses

Espaçamento, distribuição e condições dos espaçadores (cobrimento)

Amarração com arame recozido

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CONTROLE DA MONTAGEM

Distribuição dos “caranguejos” na armadura negativa

Espaçamento dos estribos

Posição para entrada do mangote

Ponteamento (amarração)

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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
GNE 283 – CONSTRUÇÃO CIVIL

REO 2 - AULA 6
ESTRUTURAS EM CONCRETO

Parte 2: CONCRETO
(PREPARO, RECEBIMENTO, LANÇAMENTO,
ADENSAMENTO E CURA)
PREPARO
É a operação de fabricação do concreto, destinada a obter um
conjunto homogêneo resultante do agrupamento interno dos
agregados, aglomerantes, aditivos e água.

• Em obra

• Proveniente de concreteira

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PREPARO
EM OBRA
Ordem de colocação dos materiais:
•parte da água
•agregado graúdo
•cimento
•agregado miúdo
•restante da água
•eventualmente aditivo

124
TRANSPORTE PARA OBRA
POSSÍVEIS PROBLEMAS

Pode ocorrer a hidratação do cimento devido às condições


ambientes e à temperatura

Evaporação da água devido também à fatores ambientais

Absorção de água por parte do agregado, em especial da argila


expandida. Neste caso é conveniente a saturação antecipada do
mesmo
125
TRANSPORTE PARA OBRA
POSSÍVEIS PROBLEMAS

Trituração que ocorre com a agitação do material friável (que pode


reduzir-se facilmente a fragmentos de pó). A areia modifica o
módulo de finura ao passo que a brita pode se transformar em
areia

Em todo caso há a necessidade de se alterar o teor de água para


evitar a perda de trabalhabilidade.
126
TRANSPORTE PARA OBRA
Tempo de operação – NBR 7212

127
RECEBIMENTO DO CONCRETO

128
CONCRETAGEM

129
CONCRETAGEM
TRANSPORTE NA OBRA
ELEVADORES DE OBRA + JERICAS

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CONCRETAGEM
TRANSPORTE NA OBRA
GRUAS COM CAÇAMBAS

131
CONCRETAGEM
TRANSPORTE NA OBRA
BOMBEAMENTO

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LANÇAMENTO DO CONCRETO
Implica em três operações fundamentais:

1 - Preparação das formas


2 - Colocação do material transportado no local de aplicação
• Evitar segregação
• Plano de início e término
• Cuidados em locais de altas taxas de armadura

3 - Maneiras de colocação
• Para receber adensamento (compactação)
• Espessura das camadas 133
LANÇAMENTO DO CONCRETO

EVITAR:

• Camadas superiores a 50cm

• Altura de lançamento acima de 2m

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PLANO DE CONCRETAGEM

Deve ser elaborado a partir do volume a ser concretado e da


capacidade de produção do equipamento disponível.

Se houver mais de uma etapa de concretagem, a interrupção


deverá ser procedida de maneira que sempre as peças sejam
completadas.

135
PLANO DE CONCRETAGEM

136
PLANO DE CONCRETAGEM
A interrupção da concretagem e consequente formação de junta de
concretagem deve ocorrer em locais previstos no projeto estrutural,
nas seções com menores esforços de cisalhamento.

137
PLANO DE CONCRETAGEM
NBR 14931:2004

Algumas precauções para ligação do concreto novo ao concreto já


endurecido:

•O concreto deve ser bem adensado até a superfície da junta

•Antes de iniciar a nova concretagem, deve-se remover a nata de


cimento e limpar a superfície da junta, retirando todos os detritos.
138
PLANO DE CONCRETAGEM
NBR 14931:2004
Algumas precauções ligação do concreto novo ao concreto já
endurecido:
•A nata superficial pode ser removida
imediatamente após o fim de pega do
concreto com água sob pressão. Se
não for possível, para a obtenção da
aderência entre o concreto existente e
a camada a ser lançada, deve-se
apicoar a superfície da junta,
deixando o agregado graúdo aparente. 139
PLANO DE CONCRETAGEM
NBR 14931:2004
Algumas precauções ligação do concreto novo ao concreto já
endurecido:
•Na retomada da concretagem, deve-se lavar a superfície com jato de água sob
pressão.

•Deve-se aplicar argamassa sobre a superfície do concreto com a mesma


composição da argamassa do concreto, afim de evitar a formação de vazios

•Lançar o concreto novo, adensar novamente.


140
ADENSAMENTO

Operação para a retirada do ar presente na massa do concreto, com


o objetivo de se reduzir a porosidade ao máximo

Obtém-se a melhoria da resistência mecânica, dificultando a


entrada de agentes agressivos e o perfeito preenchimento das
fôrmas.

A forma usual de adensamento é a vibração


141
ADENSAMENTO
CUIDADOS

Quando forem utilizados vibradores de imersão, a espessura da camada


deve ser aproximadamente igual a 3/4 do comprimento da agulha.

Ao vibrar uma camada de concreto, o vibrador deve penetrar cerca de 10


cm na camada anterior.

Tanto a falta como o excesso de vibração são prejudiciais ao concreto.

142
ADENSAMENTO
TIPOS DE EQUIPAMENTOS

Réguas vibratórias

Vibradores de imersão manual

Vibradores de mesa ou de forma

143
CURA

A cura do concreto é uma operação que pretende evitar a retração


hidráulica e garantir a continuidade das reações de hidratação do
cimento nas primeiras idades do concreto quando sua resistência
ainda é pequena.

144
CURA

Promover a cura úmida da laje


•Mínimo 3 dias, ideal 7 dias

•Técnicas
Aspersão contínua de água
Lâmina d’água estática =“piscina”
Sacos de aniagem, feltros e areia saturados
Cura química (com película de cura)
145
CURA

Com aspersão d’água Com lâmina d’água

146
CURA

Com feltros saturados

147
CURA

Com cura química

148
DESFORMA
Respeitar o tempo de cura

149
CONTROLE DA CONCRETAGEM
PILARES

150
CONTROLE DA CONCRETAGEM
LAJES

151
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
GNE 283 – CONSTRUÇÃO CIVIL

REO 3 - AULA 7
VEDAÇÕES VERTICAIS - ALVENARIA
ALVENARIAS: o que são?

Sistema construtivo formado de um conjunto coeso e rígido de tijolos ou


blocos (elementos de alvenaria), unidos entre si, com ou sem argamassa de
ligação, em fiadas horizontais que se sobrepõem uma sobre as outras.

Pode ser empregada na confecção de diversos elementos construtivos


(paredes, abóbadas, sapatas, muros, etc...)

2
Vedações verticais: Definições

• Elementos constituintes:

– Vedo: Elemento que caracteriza a vedação vertical

– Esquadria: Permite o controle de acesso aos ambientes

– Revestimento: Elemento que possibilita o acabamento decorativo da


vedação (pode incluir o sistema de pintura)

3
Vedações verticais: Exemplos

• Gesso acartonado – Vedo interno

4
Vedações verticais: Exemplos
• Divisórias: Vedo interno

5
Vedações verticais: Exemplos
• Paredes de tijolo cerâmico

6
Vedações verticais: Exemplos
• Concreto

7
Vedações verticais: Exemplos
• Painéis de fachada - Concreto

8
Vedações verticais: FUNÇÕES

Principal:

– Criar condições de habitabilidade para o edifício.


• Proteger ambientes internos contra ação dos diversos agentes atuantes.

Calor, frio, sol, chuva, vento,


umidade, ruídos, intrusos, etc.

9
Vedações verticais: FUNÇÕES

Acessória:
– Servir de suporte para os sistemas prediais e servir de proteção, quando
estes são embutidos.

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Vedações verticais: FUNÇÕES
Acessória:
– Servir de suporte para os sistemas prediais e servir de proteção, quando
estes são embutidos.

Hidráulica - Água
Ar condicionado

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Vedações verticais: FUNÇÕES
Elétrica

Gesso acartonado
Instalações em dry wall

12
Vedações verticais: FUNÇÕES

Adequar e estabelecer a separação entre ambientes.


Especialmente a ALVENARIA EXTERNA, que tem a responsabilidade de
separar o ambiente externo do interno.

Propriedades das alvenarias devem apresentar:


• Resistência à umidade e aos movimentos térmicos;
• Resistência à pressão do vento;
• Isolamento térmico e acústico;
• Resistência à infiltração de água pluvial;
• Base ou substrato para revestimentos em geral;
• Segurança para usuários e ocupantes; 13
Vedações verticais: RACIONALIZAÇÃO?

• Possuem interfaces com vários subsistemas:


– Estruturas
– Instalações elétricas e hidráulicas
– Impermeabilização

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Vedações verticais: DESEMPENHO

A vedação vertical contribui decisivamente para o desempenho do edifício

– Desempenho Térmico
ISOLAMENTO
– Desempenho Acústico

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Vedações verticais: DESEMPENHO

– Estanqueidade à água e controle da passagem de ar

– Proteção e resistência contra a ação do fogo

– Desempenho estrutural
• (estabilidade dimensional, resistência mecânica e capacidade de absorver
deformação)

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Vedações verticais: DESEMPENHO

– Evitar problemas patológicos

17
Vedações verticais: DESEMPENHO
– Evitar problemas patológicos

18
Vedações verticais: DESEMPENHO

– Controle de iluminação (natural e artificial)


– Controle de raios visuais (privacidade)
– Durabilidade
– Custo inicial e de manutenção
– Padrões estéticos (conforto visual)
– Facilidade de limpeza e higienização

19
Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO

CAPACIDADE DE SUPORTE:

Quando a alvenaria é empregada na construção para resistir cargas, ela e


chamada Alvenaria resistente (auto portante), pois além do seu peso próprio, ela
suporta cargas (peso das lajes, telhados, pavimento superior, etc...)

Quando a alvenaria não e dimensionada para resistir cargas verticais além de seu
peso próprio, ela e denominada Alvenaria de vedação.

Outras formas de classificação:


20
Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO

Outras formas de classificação:

21
Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto ao material componente)

ALVENARIA DE BLOCOS DE ROCHA


MAIS PRIMITIVAS
O sistema construtivo desenvolveu-se a partir do simples empilhamento de unidades
(blocos). Os vãos eram executados com componentes auxiliares (vigas de madeira ou
de pedra).
Posteriormente, os vãos passaram a ser executados em arcos, constituídos do mesmo
material.

EXEMPLOS:
Construções egípcias (inclusive as pirâmides);
Construções romanas (até mesmo aquedutos) ;
Construções medievais (castelos e fortes)
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Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto ao material componente)

ALVENARIA DE BLOCOS DE ROCHA

23
Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto ao material componente)

ALVENARIA DE BLOCOS DE ROCHA

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Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto ao material componente)

ALVENARIA DE BLOCOS DE ADOBE

Blocos semelhantes ao tijolo, preparados com argila crua, secada ao sol.


Usualmente a argila e misturada com palhas, objetivando o aumento da resistência
mecânica.

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Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto ao material componente)
ALVENARIA DE TIJOLOS CERÂMICOS MACIÇOS

Blocos de argila (extrudados ou prensados) queimados ao forno para secagem e ganho


de resistência – Peso unitário da ordem de 2 kgf.

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Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto ao material componente)
ALVENARIA DE TIJOLOS CERÂMICOS MACIÇOS

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Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto ao material componente)
ALVENARIA DE BLOCOS CERÂMICOS

Blocos extrudados de argila. Usualmente são dotados de ranhuras superficiais para


aumentar a aderência da argamassa. Apresentam menor peso e são bons isolantes
térmicos e acústico. Diversas espessuras, modelos e furações.

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Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto ao material componente)
ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO

São componentes retangulares, fabricados com cimento, areia, pedrisco, pó de


pedra e água. São blocos vazados, no sentido da altura, com maior resistência à
compressão .

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Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto ao material componente)
ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO CELULAR (AUTOCLAVADOS)

São componentes retangulares fabricados com uma mistura auto clavada de cimento, cal,
areia e pó de alumínio.

Dimensões variáveis: até (40x60x19)cm

PRINCIPAS CARACTERÍSTICAS:
• Elevada porosidade;
• Material extremamente leve;
• Boa resistência e estabilidade.

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Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto ao material componente)
ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO CELULAR (AUTOCLAVADOS)

Características:
1. Peso 60% menor que os blocos cerâmicos;
2. Resultam em estruturas mais esbeltas com menores carga nas
fundações e menores consumos de aço;
3. Maiores dimensões (até 40x60x19cm) que conduzem a maiores
produtividades na obra (tempo de execução);
4. Regularidade dimensional (processo de fabricação);
5. Fácil manuseio.

Mesmo que resistentes, os blocos são frágeis devido à porosidade do material.


Por essa razão exigem cuidados maiores no manuseio e na armazenagem. 31
Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto ao material componente)
ALVENARIA DE BLOCOS DE SOLO CIMENTO

• Fabricados a partir da massa de solos argilosos ou arenoargilosos com a adição de


cimento, fabricados com baixo teor de umidade em prensa hidráulica, formando blocos
maciços ou vazados.

• Na mistura de solo cimento podem ser acrescentados aditivos impermeabilizantes,


cimento refratário, etc.

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Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto à localização)
ALVENARIA EXTERNA (DE FACHADA)

– Envoltória do edifício
• Uma das faces está em contato com o meio ambiente.

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Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto à localização)
ALVENARIA INTERNA

– Compartimentação divisão interna


– Separação - Divisão entre unidades ou entre unidades e a área comum de um
edifício

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Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto à localização)

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Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto à técnica de execução)
POR CONFORMAÇÃO:
• Vedos obtidos por moldagem a úmido no local e, para isso, emprega materiais com
plasticidade obtida pela adição de água.

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Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto à técnica de execução)
POR CONFORMAÇÃO:

Alvenaria de blocos de concreto celular Alvenaria de tijolos cerâmicos

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Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto à técnica de execução)
POR ACOPLAMENTO À SECO:

• Vedações obtidas por montagem através de dispositivos (pregos, parafusos,


rebites, cunhas, etc).

• Técnica construtiva conhecida como “Dry Construction”


– Não emprega materiais obtidos com adição de água

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Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto à técnica de execução)
POR ACOPLAMENTO À SECO:

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Vedações verticais: CLASSIFICAÇÃO (Quanto à técnica de execução)
POR ACOPLAMENTO À SECO:

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Vedações verticais: NBR 15.575-2013 (Norma de Desempenho)

• Parte 4 / NBR 15.575 – Sistema de vedações verticais externas

Exigências:
• Transmitância e capacidade térmica;
• Isolamento acústico;
• Resistência mecânica;
Impacto de corpo duro e mole;
Cargas suspensas;
• Estanqueidade à água

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Alvenaria: Ferramentas

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Alvenaria: Ferramentas

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Alvenaria: Ferramentas

– Masseiras – Carrinhos de transporte adequados

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Alvenaria: Ferramentas
– Pallet para grua
– Andaimes

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Alvenaria: Ferramentas

– Escantilhões
• Ajuste do prumo em duas direções
• Definição do nível das fiadas de assentamento
• Execução de arestas livres

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Alvenaria: Técnicas construtivas

QUANTO À MANEIRA DE ASSENTAMENTO DOS TIJOLOS OU BLOCOS

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Alvenaria: Técnicas construtivas

QUANTO À MANEIRA DE ASSENTAMENTO DOS TIJOLOS OU BLOCOS

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Alvenaria: Técnicas construtivas

QUANTO À MANEIRA DE ASSENTAMENTO DOS TIJOLOS OU BLOCOS

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Alvenaria: Técnicas construtivas

TIPOS DE JUNTAS

Juntas do tipo A e F
são estruturalmente
mais eficientes devido
ao intertravamento
dos elementos
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Alvenaria: Técnicas construtivas

PRAZOS DE INÍCIO DA ALVENARIA EM UM PAVIMENTO DE EDIFÍCIO

• 45 dias após a concretagem do pavimento de interesse;


• 15 dias após a retirada total do escoramento da laje do pavimento superior.

JUSTIFICATIVA
Uma vez atendidos esses prazos tem-se a garantia de que grande parte das
deformações da estrutura de concreto já tenham ocorrido .
Portanto, as alvenarias não serão significativamente afetadas pelas deformações
restantes.

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Alvenaria: Técnicas construtivas

ETAPAS ENVOLVIDAS NA EXECUÇÃO DAS ALVENARIAS DAS


EDIFICAÇÕES

• 1 – Preparo da superfície de contato estrutura/alvenaria;


• 2 – Demarcação das paredes;
• 3 – Elevação da alvenaria;
• 4 – Execução do respaldo (ou encunhamento) junto a laje do pavimento superior.

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Alvenaria: Técnicas construtivas

PREPARO DA SUPERFÍCIE DE CONTATO ESTRUTURA/ALVENARIA

CHAPISCO CONVENCIONAL
Argamassa de cimento e areia (media ou grossa);
• Traço: 1:3 ou 1:4, em volume;
• Aplicação com colher de pedreiro
• Lançamento enérgico contra a estrutura;
• Desperdício elevado (“reflexão” do material).

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Alvenaria: Técnicas construtivas

PREPARO DA SUPERFICIE DE CONTATO ESTRUTURA/ALVENARIA


CHAPISCO CONVENCIONAL

• Chapiscamento dos pilares, vigas e lajes, em contato com a alvenaria


• Melhorar a aderência da interface parede/pilar
• Tradicional (c/ colher de pedreiro)

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Alvenaria: Técnicas construtivas

PREPARO DA SUPERFÍCIE DE CONTATO ESTRUTURA/ALVENARIA

CHAPISCO ROLADO
• Argamassa de cimento e areia media;
• Traço 1 : 4,5 em volume;
• A água adiciona-se resina PVA (1 parte de PVA : 6 partes de agua);
• Aplicação com rolo (2 a 3 demãos);
• A espessura final da camada: ≈ 5 mm.

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Alvenaria: Técnicas construtivas
PREPARO DA SUPERFÍCIE DE CONTATO ESTRUTURA/ALVENARIA

CHAPISCO COM ARGAMASSA COLANTE


• Argamassa colante, preparada de acordo com a recomendação do fabricante;
• Aplicação com desempenadeira dentada

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Alvenaria: Técnicas construtivas
PREPARO DA SUPERFICIE DE CONTATO ESTRUTURA/ALVENARIA

DISPOSITIVOS DE AMARRAÇÃO DA ALVENARIA AOS PILARES


“Ferros-cabelo”: aço CA-50, φ 5mm
chumbado no pilar a cada 2 fiadas.

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Alvenaria: Técnicas construtivas
PREPARO DA SUPERFICIE DE CONTATO ESTRUTURA/ALVENARIA
DISPOSITIVOS DE AMARRAÇÃO DA ALVENARIA AOS PILARES
• Fixação vertical nas laterais:
– Fixação em elementos estruturais verticais

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Alvenaria: Técnicas construtivas

PREPARO DA SUPERFICIE DE CONTATO ESTRUTURA/ALVENARIA

DISPOSITIVOS DE AMARRAÇÃO DA ALVENARIA AOS PILARES


OUTRAS TÉCNICAS:

• Telas soldadas e aparafusadas aos pilares, a cada 2 fiadas;


• Pinos de fixação aplicados por meio de tiro com pistola.

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Alvenaria: Técnicas construtivas

PREPARO DA SUPERFICIE DE CONTATO ESTRUTURA/ALVENARIA

• Telas soldadas e aparafusadas aos pilares, a cada 2 fiadas;

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Alvenaria: Técnicas construtivas

PREPARO DA SUPERFICIE DE CONTATO ESTRUTURA/ALVENARIA

Reforços metálicos – fixação nas laterais


• Tela é dobrada a cada duas fiadas
• 10 cm para cima (junto ao pilar)
• 40 cm embutida na junta horizontal
(entre os blocos)

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Alvenaria: Técnicas construtivas
PREPARO DA SUPERFICIE DE CONTATO ESTRUTURA/ALVENARIA

• Reforços metálicos –
fixação nas laterais

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Alvenaria: Técnicas construtivas
DEMARCAÇÃO DAS PAREDES (destaque)

• EXECUTADA APÓS O NIVELAMENTO DO PISO, SOB AS FIADAS.

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ELEVAÇÃO DA ALVENARIA

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ELEVAÇÃO DA ALVENARIA

O serviço sempre é iniciado pelos cantos

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ELEVAÇÃO DA ALVENARIA

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ELEVAÇÃO DA ALVENARIA
– Uso da colher de pedreiro

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ELEVAÇÃO DA ALVENARIA

– Uso de bisnaga
• Dificuldade inicial de implantação
• Necessidade de argamassa adequada
• Maior regularidade na definição da espessura
• Maior produtividade potencial

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ELEVAÇÃO DA ALVENARIA: assentamento de tijolos

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ELEVAÇÃO DA ALVENARIA: juntas de assentamento

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ELEVAÇÃO DA ALVENARIA: verificação do prumo

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ELEVAÇÃO DA ALVENARIA: processos de assentamento

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Alvenaria: Técnicas construtivas
Detalhes de Amarração
– Intertravamento dos tijolos entre paredes

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ELEVAÇÃO: CONSTRUÇÃO DE VERGAS, CONTRA VERGAS E CINTAS DE
AMARRAÇÃO

• VERGAS E CONTRAVERGAS: PRÉ-MOLDADAS OU EM CANALETAS

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ELEVAÇÃO: CONSTRUÇÃO DE VERGAS, CONTRA VERGAS E CINTAS DE
AMARRAÇÃO

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ELEVAÇÃO: CONSTRUÇÃO DE VERGAS, CONTRA VERGAS E CINTAS DE
AMARRAÇÃO

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ELEVAÇÃO: – Patologias decorrentes da falta de vergas

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ELEVAÇÃO: CONSTRUÇÃO DE VERGAS, CONTRA VERGAS E CINTAS DE
AMARRAÇÃO

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ELEVAÇÃO: CONSTRUÇÃO DE VERGAS, CONTRA VERGAS E CINTAS DE
AMARRAÇÃO

• CONTRAVERGAS EM CANALETAS

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ELEVAÇÃO: CONSTRUÇÃO DE VERGAS, CONTRA VERGAS E CINTAS DE
AMARRAÇÃO

• CINTAS DE AMARRAÇÃO EM CANALETAS

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Alvenaria: Técnicas construtivas

– Cintas e pilaretes

• Aumentam a resistência das elevações


– Minimizam o aparecimento de trincas
– Últimos pavimentos de edifícios
– Paredes com pé-direito alto (> 3m)
– Horizontais e verticais
– Moldados junto com as alvenarias

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Alvenaria: Técnicas construtivas
Os pilaretes são armados para que o aço possa absorver eventuais esforços de tração.

Pilares

Pilaretes

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Alvenaria: Técnicas construtivas
Cintas horizontais armadas.

Vigueta armada, moldada direto


sobre a fiada de tijolos. As
armaduras da vigueta devem ser
chumbadas nos pilares ou
amarradas à esperas previamente
deixadas nestes

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Alvenaria: Técnicas construtivas
Cintas horizontais armadas.

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Alvenaria: Técnicas construtivas
Cintas horizontais armadas.

– Cintas horizontais – com barras retas


Vergalhões finos 6 mm, colocados
dentro da argamassa de assentamento,
em algumas fiadas, com a finalidade de
reforçar as alvenarias,

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Alvenaria: Técnicas construtivas
EXECUÇÃO DO ENCUNHAMENTO OU RESPALDO JUNTO A LAJE DO
PAVIMENTO SUPERIOR

– Finalidade de fixar a elevação na estrutura;


• Evita o surgimento de fissuras horizontais no revestimento na linha horizontal
de interface elevação/estrutura.

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Alvenaria: Técnicas construtivas
EXECUÇÃO DO ENCUNHAMENTO OU RESPALDO JUNTO A LAJE DO
PAVIMENTO SUPERIOR

– Sistemas que exerçam pressão das elevações contra a estrutura.

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Alvenaria: Técnicas construtivas
EXECUÇÃO DO ENCUNHAMENTO OU RESPALDO JUNTO A LAJE DO
PAVIMENTO SUPERIOR
– Por encunhamento (Tradicional)

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Alvenaria: Técnicas construtivas
EXECUÇÃO DO ENCUNHAMENTO OU RESPALDO JUNTO A LAJE DO
PAVIMENTO SUPERIOR

– Com argamassa expansiva

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Alvenaria: Técnicas construtivas
EXECUÇÃO DO ENCUNHAMENTO OU RESPALDO JUNTO A LAJE DO
PAVIMENTO SUPERIOR
Encunhamento com argamassa expansiva

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Alvenaria: Técnicas construtivas
EXECUÇÃO DO ENCUNHAMENTO OU RESPALDO JUNTO A LAJE DO
PAVIMENTO SUPERIOR

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Alvenaria: Técnicas construtivas
EXECUÇÃO DO ENCUNHAMENTO OU RESPALDO JUNTO A LAJE DO
PAVIMENTO SUPERIOR

DIRETRIZES
– Retardar ao máximo;
– Colocar antes toda a carga permanente possível (ex: contrapiso)
– Fazer cortes para o embutimento das instalações (elétricas, hidráulicas,...)
antes da fixação
– No mínimo 3 ou 4 pavimento de alvenaria já executados acima do que será
executada a fixação – Executar a fixação dos pavimentos superiores para os
inferiores (alternativa – em conjuntos de 3 ou 4 pavimentos de cima para
baixo

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Alvenaria: Técnicas construtivas
EXECUÇÃO DO ENCUNHAMENTO OU RESPALDO JUNTO A LAJE DO
PAVIMENTO SUPERIOR

– PATOLOGIAS
Fissuras nas Interfaces elevações/vigas

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Alvenaria: Técnicas construtivas
EXECUÇÃO DO ENCUNHAMENTO OU RESPALDO JUNTO A LAJE DO
PAVIMENTO SUPERIOR
Planejamento:
– Seqüência ideal: elevação de cima para baixo com toda a estrutura
executada e fixação de cima para baixo com toda alvenaria executada.

• Prazos mínimos:
– Marcação: 30 dias da concretagem da laje
– Elevação – defasagem de 1 semana da marcação (e sem escoramento da laje
superior)
– Encunhamento – 70 dias da concretagem da laje

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Alvenaria: Técnicas construtivas
EXECUÇÃO DO ENCUNHAMENTO OU RESPALDO JUNTO A LAJE DO
PAVIMENTO SUPERIOR

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO

PRINCIPAIS FUNÇÕES:

• Solidarizar as unidades transferindo as tensões de maneira uniforme entre as


unidades;
• Distribuir uniformemente as cargas atuantes na parede;
• Absorver pequenas deformações;
• Compensar as irregularidades dimensionais das unidades de alvenaria;
• Selar as juntas relativamente à água e ao vento;
• Uniformizar os isolamentos térmico e acústico.

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO

MATERIAIS CONSTITUINTES:

•CIMENTO + CAL HIDRATADA + AREIA

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO

MATERIAIS CONSTITUINTES:

• CIMENTO: PROPORCIONAR RESISTÊNCIA, AUMENTAR A ADERÊNCIA,


COLABORAR EM SUA TRABALHABILIDADE E RETENÇÃO DE ÁGUA.
NÃO DEVE SER UTILIZADO EM EXCESSO.
QUANTO MAIOR FOR A QUANTIDADE DE CIMENTO, MAIOR SERÁ O CALOR
DE HIDRATAÇÃO.
O EXCESSO DE CALOR DE HIDRATAÇÃO CAUSA A RETRAÇÃO DA
ARGAMASSA, OCASIONANDO A FISSURAÇÃO.

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO

MATERIAIS CONSTITUINTES:

• CAL HIDRATADA: A ADIÇÃO DE CAL À ARGAMASSA CONFERE


PLASTICIDADE, RETENÇÃO DE ÁGUA, COESÃO E AUMENTO DA
ADERÊNCIA.
NAS ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO UTILIZA-SE A CAL HIDRATADA COM
UMA PORCENTAGEM DE COMPONENTES ATIVOS (CaO E MgO) SUPERIOR A
88%.

99
Alvenaria: Técnicas construtivas
ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO

MATERIAIS CONSTITUINTES:

• AREIA: PERMITE AUMENTAR O RENDIMENTO, E DIMINUIR OS EFEITOS


PREJUDICIAIS DO EXCESSO DE CIMENTO, ATUANDO COMO AGREGADO
INERTE NA MISTURA.
AREIAS GROSSAS AUMENTAM A RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DA
ARGAMASSA.
AREIAS FINAS REDUZEM A RESISTÊNCIA, PORÉM AUMENTAM A
ADERÊNCIA.

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Alvenaria: Técnicas construtivas
ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO

PROPRIEDADES DESEJÁVEIS DAS ARGAMASSAS EM ESTADO FRESCO:


• TRABALHABILIDADE
A trabalhabilidade decorre da combinação de diversos fatores, a exemplo da coesão, da
consistência, da quantidade de água utilizada, do tipo e do teor de aglomerante
empregado, da granulometria e a forma dos grãos do agregado;

• CONSISTÊNCIA
A consistência e a propriedade que exprime o quão mole ou rígida encontra-se a
argamassa;

101
Alvenaria: Técnicas construtivas
ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO

PROPRIEDADES DESEJÁVEIS DAS ARGAMASSAS EM ESTADO FRESCO:

• RETENÇÃO DE ÁGUA
E a capacidade apresentada pela argamassa de reter água, no sentido de impedir que a
mesma hidrate as unidades de alvenaria. Se a água contida na argamassa de assentamento
for transferida para a unidade, não haverá teor suficiente para a completa hidratação do
cimento, prejudicando, portanto, a Resistencia da mistura;

• TEMPO DE ENDURECIMENTO
O endurecimento da argamassa ocorre após as reações de hidratação do cimento. Se isso
se der muito rapidamente, o assentamento das unidades e o acabamento das juntas serão
dificultados. Se for muito lento, causará perda de tempo e aumento dos custos de
construção. 102
Alvenaria: Técnicas construtivas
ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO

PROPRIEDADES DESEJÁVEIS DAS ARGAMASSAS EM ESTADO ENDURECIDO


• ADERÊNCIA
A aderência e a capacidade apresentada pela interface bloco-argamassa de resistir a tensões
de cisalhamento (tensões tangenciais) e de tração (tensões normais), antes da ruptura. E a
propriedade mais importante da argamassa endurecida.

• RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
A resistência a compressão decorre da quantidade de cimento utilizado na mistura da
argamassa, assim como da relação agua/cimento. A argamassa deve ser resistente o
suficiente para suportar os esforços a que a parede esta sujeita.

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