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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DE MOCAMBIQUE

CURSO DE LICENCIATURA EM DIREITO

DISCIPLINA: Direito Comercial

NOMES:

Edson Paunde- 20190693

Omar Amade- 20191054

Maria Luisa Chichava- 20190956

Liane Guimarães- 20190299

Tamires Floriana Matitimel - 20190560

Docentes: Prof. Doutor Anselmo Samussone.

Dr. José Lobato

Maputo, Abril de 2021


Índice
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3
1-Lei nº 10/2005 de 23 de dezembro .............................................................................................. 4
Objecto: ........................................................................................................................................... 4
Sentido: ........................................................................................................................................... 4
Extensão: ......................................................................................................................................... 4
Lei Nº 1/2021 de 15 de Abril .......................................................................................................... 5
Objecto: ........................................................................................................................................... 5
Sentido: ........................................................................................................................................... 5
Extensão: ......................................................................................................................................... 6
Lei n°.3/2009, de 12 de Janeiro .................................................................................................... 11
Objecto .......................................................................................................................................... 11
Sentido: ......................................................................................................................................... 11
Extensão: ....................................................................................................................................... 11
Exercício 2 .................................................................................................................................... 12
2.1- Como a reforma esta sendo levada a cabo:............................................................................ 12
2.2- Que entidades estão envolvidas: ............................................................................................ 12
2.3- Quando foi lançado o concurso: ............................................................................................ 12
2.4- Qual o prazo da reforma: ....................................................................................................... 12
2.5- Que resultados são esperados: ............................................................................................... 13

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INTRODUÇÃO

No âmbito da disciplina de Direito Comercial que é o ramo de Direito Privado que


historicamente constituído e autonomizado para regular as relações dos comerciantes
relativas ao seu comércio, e visando, a satisfação de necessidades peculiares a este sector
de vida econômica. Far-se-à uma pesquisa de estudo com vista a entender o seu historial e
fazer análise comparativa das Leis respectivamente lei número 10/2005, de 23 de
Dezembro, lei número 3/2009 de 12 de Janeiro e a lei número 1/2021 de 15 de Abril, de
modo a perceber o processo de regulamentação das actividades comerciais e dos acto
mercantis por força de Lei.

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1-Lei nº 10/2005 de 23 de dezembro

Objecto:
Artigo 1

É autorizado o Governo a introduzir alterações ao Código Comercial.

Sentido:
Preâmbulo

Havendo necessidade de adequar o Código Comercial ao imperativo de modernidade, segurança


e eficácia da justiça, aos princípios constitucionais de igualdade entre o homem e a mulher, à
necessidade de simplificação e modernização, ao abrigo do disposto no n.o 3 do artigo 179 e no
artigo 180, ambos da Constituição da República, a Assembleia da República determina

Extensão:
Artigo 2

Na fixação do regime jurídico do registo comercial o Governo deve aprovar normas que
contemplam:

a) a introdução de procedimentos de registo simples e uniforme;

b) a criação de um sistema central informatizado de registo;

c) o conceito de balcão único para o registo;

d) a atribuição de número único de identificação aos entes sujeitos a registo;

e) a criação dos órgãos necessários para o bom funcionamento do sistema;

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f) a atribuição de competências às Conservatórias de Registo para a prática de actos a nível de
todo o território nacional;

g) os princípios aplicáveis ao registo;

h) os actos de registo;

i) recusa dos actos requeridos e registo provisório, em caso de dúvida;

j) os recursos e reclamações hierárquicos;

k) a publicidade dos meios de prova do registo;

l) os emolumentos;

m) a responsabilidade dos intervenientes nos registos e sanções correspondentes.

Lei Nº 1/2021 de 15 de Abril

Objecto:
Artigo 1

É autorizado o Governo a proceder à revisão do Código Comercial, aprovado pelo Decreto-Lei


n.o 2/2005, de 27 de Dezembro, alterado pelo Decreto - Lei n.o 2/2009, de 24 de Abril, e pelo
Decreto-Lei n.o 1/2018, de 4 de Maio.

Sentido:
Artigo 2

Para efeitos da presente Lei de Autorização Legislativa, o Governo deve observar:

Edição electrónica da Pandora Box, Lda.

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BOLETM DA REPÚBLICA PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE
MOÇAMBIQUE

a) a criação de um regime de simplificação e desburocratizarão de procedimentos de


constituição, registo, organização, funcionamento, transformação e liquidação de empresários
comerciais;

b) o aperfeiçoamento dos tipos societários existentes e a criação de novos tipos de sociedades


e/ou empresários;

c) a revisão da disciplina dos contratos comerciais;

d) a revisão da disciplina dos títulos de crédito;

e) a revisão dos encargos legais aplicáveis no processo

de constituição do empresário individual e da sociedade comercial, no contexto nacional,


regional e internacional dos compromissos assumidos pelo país no âmbito da integração
regional;

f) outros aspectos relevantes.

Extensão:
Artigo 3

Os poderes atribuídos ao Governo, ao abrigo da presente Lei de Autorização Legislativa,


compreendem, entre outros:

a) rever a estrutura e sistematização do Código Comercial, devendo ser abrangida a redacção e


adopção de uma linguagem simplificada como forma de assegurar uma arrumação consistente,
de fácil localização, mais acessível para os cidadãos e eliminar ambiguidades e/ /ou
redundâncias;

b) consagrar o uso das tecnologias de informação e comunicação na constituição do


empresário, seu registo e publicação, dissolução e liquidação, na comunicação entre os sócios ou

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accionistas entre si e/ou com terceiros e, na generalidade das relações empresariais, assegurando
a simplificação, a facilitação, a desburocratizarão e a redução de custos;

c) ajustar o Código Comercial à concepção moderna da actividade económica desenvolvida pelo


empresário, concretamente:

i. rever o objecto, a actividade, a capacidade

empresarial e a aquisição de personalidade

jurídica do empresário comercial;

ii. definir empresa e uniformizar a classificação

de micro, pequeno, médio e grande empresário, harmonizando os critérios de classificação já


existentes e adoptados pela legislação nacional aplicável a diversos sectores de actividade,
destacando-se, dentre eles, os Ministérios que superintendem as áreas de finanças, da indústria e
comércio, do trabalho, das obras

públicas, a Autoridade Tributária de Moçambique e o Instituto Nacional de Estatística;

iii. regulamentar a criação, a responsabilidade e as obrigações do empresário individual e do


microempresário, o seu licenciamento por simples acto de registo simplificado, como incentivo
ao comerciante a se integrar na economia formal;

v. instituir a escrituração electrónica ou digital e rever as regras básicas relativas à


desmaterialização dos livros obrigatórios e à desburocratizarão

do seu processo de legalização;

vi. permitir o registo, o arquivo e a assinatura electrónica da escrituração empresarial e reforçar o


poder probatório dos documentos electrónicos;

vii. simplificar o processo de trespasse de estabelecimento.

viii. instituir regras sobre concorrência desleal da actividade do empresário comercial.

d) rever toda a disciplina das sociedades, concretamente:

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i. a noção de contrato de sociedade comercial;

ii. aperfeiçoar os tipos societários existentes e introduzir novos, a par dos novos
desenvolvimentos nesse domínio, ao nível regional e internacional;

iii. simplificar o modo de constituição das sociedades, seu registo e publicação, licenciamento,
organização e funcionamento, centrando os procedimentos para o início de actividade
empresarial no conceito de one-stop-shop, por via de Balcão de Atendimento Único;

iv. remover a obrigatoriedade de autenticação de assinatura, no caso de uso de assinatura digital,


à luz da Lei das Transacções Electrónicas, e promover, por via de adopção de mecanismos
internacionalmente aceites a eliminação da exigência de legalização de documentos públicos
estrangeiros;

v. rever os prazos de realização de capital social,

simplificar o mecanismo de realização em espécie e da acta notarial, conferindo fé pública à


intervenção do conservador e notário;

vi. consagrar a disciplina do sócio beneficiário efectivo à luz das recomendações internacionais
em matéria de prevenção ao branqueamento de capitais e do combate ao financiamento do
terrorismo;

vii. instituir e regular Grupo de Sociedade e os vários tipos de sociedade coligada;

viii. instituir outros órgãos societários, tais como, o secretário de sociedade e a comissão de
auditoria, consagrar a disciplina do administrador delegado e da comissão executiva;

ix. rever o regime dos direitos e deveres dos administradores, suas obrigações e responsabilidade,
bem como dos demais membros dos outros órgãos societários por falta ou violação do dever de
diligência ou conduta imprópria;

x. rever o regime de distribuição de dividendos intermediários e adiantamento de lucro;

xi. regular as acções interpostas por sócios ou accionistas;

xii. rever o regime de suprimentos, de prestações suplementares e de prestações assessorias;

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xiii. melhorar o regime dos direitos especiais de sócios ou accionistas, de protecção de sócios
minoritários, de abuso de minoria, de paridade e de maioria

xiv. instituir a reunião e deliberação de órgãos sociais por meio de videoconferência;

xv. rever a competência dos órgãos sociais;

xvi. rever a matéria referente a transmissão de quota, visando a sua simplificação, reintroduzi a
necessidade de registo da divisão de quota;

xvii. eliminar as acções ao portador, a par das recomendações e compromissos internacionais de


transparência e prevenção de branqueamento de capitais e combate ao financiamento do
terrorismo, bem como uniformizar a denominação, o tipo e categoria das acções;

xviii. aperfeiçoar o regime de acções preferenciais e clarificar as questões relacionadas com os


benefícios e preferências.

xix. flexibilizar o regime de emissão de obrigações de montante superior ao capital social,


mediante o oferecimento de garantia e permitir que certos tipos de sociedade possam emitir
obrigações;

xx. simplificar os procedimentos referentes às vicissitudes das sociedades comerciais, fusão,


cisão, dissolução e liquidação.

e) autonomizar o regime jurídico dos contratos comerciais, entre outros aspectos, os seguintes:

i. os princípios orientadores;

ii. a estrutura e classificação;

iii. a formação, a conclusão, a eficácia e os vícios; iv. a execução, a modificação, a cessação, a


extinção, as acções e penalidades.

f) modernizar o regime dos contratos comerciais existentes, designadamente:

i. a compra e venda comercial;

ii. a doação comercial;

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iii. a locação comercial;

iv. a prestação de serviço;

v. o mandato comercial;

vi. a fidúcia;

vii. a franquia;

viii. o fornecimento simples e para distribuição;

ix. o transporte;

x. o mútuo ou empréstimo;

xi. a garantia pessoal dependente; xii. a garantia pessoal independente;

xiii. o penhor comercial.

g) regulamentar a escolha da lei aplicável aos contratos internacionais;

h) adoptar normas internacionais sobre compra e venda de mercadorias;

i) autonomizar e rever a disciplina de Títulos de Crédito em face das Convenções Internacionais,


designadamente:

i. a Lei uniforme relativa às letras e livranças, assinada em Genebra, em 7 de Junho de 1930;

ii. a Lei uniforme relativa ao cheque, assinada em Genebra, em 19 de Março de 1931, ambas
ratificadas pelo Decreto - Lei n.o 23721, de 29 de Março de 1934, e extensivo às Províncias
Ultramarinas Portuguesas, através da Portaria n.o 15017, de 25 de Setembro de 1954.

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Lei n°.3/2009, de 12 de Janeiro

Objecto
Artigo 1

Fica o Governo autorizado a aprovar as alterações ao Código Comercial.

Sentido:
Tornando-se necessário introduzir alterações ao Código Comercial como forma de adequar à
necessidade de simplificação de procedimentos, melhoramento do ambiente de negócios. bem
como rectificar lapsos e omissões nas disposições introduzidas pelo Decreto - Lei n." 2/2005, de
27 de Dezembro, ao abrigo do )1.0 JcL artigo 179 e 180, ambos da Constituição; a Assembleia
da República determina:

Extensão:
Artigo2

No uso da autorização legislativa concedida nos termos do artigo anterior poete o Governo:

a) prever formas de incentivar os comerciantes informais para se integrarem no sector formal da


economia;

b) estender o regime jurídico dos suprimentos e prestações acessórias aos vários tipos
societários;

c) prever a eliminação da exigência de apresentação do talão de depósito como condição para


registo das sociedades comerciais;

d) converter os valores fixados para metical da nova família;

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e) prever a eliminação da exigência do capital social mínimo no acto da constituição de
sociedades comerciais; .

f) adequar o Código Comercial à terminologia utilizada pelo Decreto- Lei n," 1/2006, de 3 de
Maio, e proceder a correcção de aspectos meramente formais que apresenta;

g) rever a matéria respeitante às acções das sociedades anónimas;

ii) rever os requisitos formais do cheque.

Exercício 2

2.1- Como a reforma esta sendo levada a cabo:


Foi feito um levantamento de tudo o que não foi tratado na revisão anterior de Código comercial,
procurou identificar-se o problema tendo atenção a integração regional de Moçambique na
SADC e a sua integração a nível da União Africana.

2.2- Que entidades estão envolvidas:


Estão envolvidas a CTA, SPEED e o Banco Mundial.

2.3- Quando foi lançado o concurso:


O concurso foi lançado no dia 08 de Junho de 2020.

2.4- Qual o prazo da reforma:


A reforma tem o prazo delimitado até o 15 dia do mês de junho de 2020.

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2.5- Que resultados são esperados:
Com esta revisão espera-se que o empresário e a noção de empresa passem a ser o centro das
questões e não os actos de comércio.

Espera-se que no quesito idade mínima para se ser um empresário comercial passe a ser de 18
anos no lugar de 21 anos e estima-se também a protecção do sócio minoritário.

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Conclusão

Em virtude do que foi mencionado, conclui-se que as leis supracitadas e analisadas no ponto
número 1 estão sujeitas ao mesmo objeto, com uma dimensão/ extensão e sentidos diferentes. E
no ponto número dois conclui-se que a revisão do Código comercial irá abranger novos assuntos,
assuntos ou conteúdos estes que as revisões passadas não fizeram menção.

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Bibliografia

https://cta.org.mz/wp-content/uploads/2020/06/Sintese-do-Webinar-C%C3%B3digo-
Comercial.pdf

Lei n.° 10/2005, de 23 de Dezembro

Lei n°. 1/2021, de 15 de Abril

Lei n°.3/2009, de 12 de Janeiro

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