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ALPEGA
CARACTERISTICAS DO
DIREITO COMERCIAL
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Delcar Gama
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ÍNDICE
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INTRODUÇÃO
No presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise abrangente do Direito
Comercial e suas características. Busquei explorar as principais características deste
ramo do Direito, incluindo sua autonomia em relação ao Direito Civil, a definição e
regulamentação dos atos de comércio, e sua função na facilitação e proteção das
transações comerciais.
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O DIREITO COMERCIAL
O Direito Comercial, como ramo autônomo do Direito Privado, surgiu devido ao
crescimento da atividade comercial, exigindo leis específicas adaptadas às suas
transações. Isso levou à separação dos diplomas legais que regulam os atos comerciais
do restante do Direito Privado, formando o Direito Comercial como um corpo de leis,
muitas vezes referido como Código Comercial. Sua função é regular as relações
relacionadas a atos de comércio.
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1. SIMPLICIDADE
A simplificação é de fato uma característica importante do Direito Comercial. Isso se
traduz na redução de formalidades e na flexibilidade na elaboração de contratos
comerciais, visando facilitar e agilizar sua celebração. Essa abordagem simplificada é
especialmente relevante no contexto das transações comerciais, onde a rapidez e a
eficiência são essenciais para o funcionamento do mercado. A simplificação contribui
para a dinamização das atividades comerciais e para a promoção do ambiente
empresarial.
Nesse cenário, o contrato comercial poderia ser estabelecido verbalmente, com as partes
concordando sobre o preço, a quantidade e as condições de entrega dos produtos. O
Direito Comercial angolano pode reconhecer e validar esse tipo de acordo informal,
desde que haja consentimento mútuo e clareza nas condições negociadas.
O Direito Comercial muitas vezes estabelece normas e procedimentos que tornam mais
fácil para as empresas e indivíduos acessarem crédito. Isso pode incluir
regulamentações que simplificam os processos de obtenção de empréstimos ou linhas
de crédito, bem como a definição de direitos e responsabilidades claras para ambas as
partes envolvidas. Ao mesmo tempo, o Direito Comercial também visa proteger os
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interesses dos credores, estabelecendo garantias e mecanismos legais para garantir que
os créditos sejam honrados. Isso pode incluir o estabelecimento de garantias reais (como
hipotecas) ou pessoais (como fiadores), bem como procedimentos de cobrança de
dívidas em caso de inadimplência.
Suponhamos que uma pequena empresa esteja buscando um empréstimo para expandir
suas operações. De acordo com as normas do Direito Comercial, o processo de obtenção
desse empréstimo pode ser simplificado e facilitado para incentivar o acesso ao crédito.
Nesse exemplo, o Direito Comercial pode estabelecer regras que permitam à empresa
apresentar uma documentação mínima para solicitar o empréstimo, como registros
financeiros básicos e um plano de negócios simples. Além disso, o processo de análise
de crédito e aprovação pode ser conduzido de forma eficiente e rápida, garantindo que
a empresa receba uma resposta dentro de um prazo razoável.
Por outro lado, para proteger o credor, o Direito Comercial pode estabelecer requisitos
claros para a concessão do empréstimo, como a avaliação da capacidade de pagamento
da empresa e a exigência de garantias adequadas, como garantias pessoais ou ativos da
empresa. Assim, essa característica de defesa e facilidade de crédito no Direito
Comercial equilibra a necessidade de acesso ao crédito para as empresas com a proteção
dos interesses dos credores, facilitando as transações comerciais e promovendo o
crescimento econômico.
3. UNIVERSALIDADE E UNIFORMIDADE
A uniformização internacional do Direito Comercial visa promover a harmonização das
leis comerciais entre os países, facilitando o comércio internacional e promovendo a
segurança jurídica. Isso é especialmente importante em um mundo globalizado, onde as
empresas frequentemente realizam transações transfronteiriças. A uniformidade das
leis comerciais ajuda a reduzir a incerteza e os custos associados à conformidade legal
em diferentes jurisdições.
Exemplo Pratico: Bem outro exemplo que posso dar sobre característica de
universalidade e uniformidade no Direito Comercial pode ser encontrado no uso de
convenções internacionais para padronizar as práticas comerciais entre diferentes
países.
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Por exemplo, o uso da Convenção das Nações Unidas sobre Contratos de Compra e
Venda Internacional de Mercadorias (CISG) ilustra essa característica. A CISG é um
tratado internacional adotado por muitos países ao redor do mundo para regulamentar
contratos de compra e venda internacional. Ela estabelece um conjunto de regras
comuns para a formação e execução desses contratos, ajudando a promover a
uniformidade nas transações comerciais internacionais.
- Código das Sociedades Comerciais: Este código trata especificamente das leis
relacionadas à formação, operação e dissolução de sociedades comerciais, como
sociedades anônimas, sociedades por quotas e outras formas de organizações
empresariais.
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Esses documentos legais fornecem um arcabouço jurídico sólido que orienta e facilita as
trocas comerciais, garantindo a segurança e a previsibilidade nas transações
empresariais. Ao estabelecer regras claras e consistentes, o Direito Comercial ajuda a
promover a confiança entre os participantes do mercado e a facilitar o desenvolvimento
econômico.
Essa relação demonstra que o Direito Civil possui um caráter subsidiário em relação ao
Direito Comercial. Isso significa que o Direito Comercial geralmente prevalece em
questões relacionadas a atividades comerciais e empresariais. No entanto, quando as
normas comerciais não são suficientes para resolver uma determinada situação, as
disposições do Direito Civil entram em cena para fornecer orientação adicional.
Essa interação entre o Direito Comercial e o Direito Civil reflete a complexidade das
relações legais e a necessidade de adaptar as leis às diferentes realidades e contextos
comerciais. É essencial para garantir a coerência e a eficácia do sistema legal como um
todo.
Em termos simples, isso significa que o Direito Comercial tem suas próprias regras e
regulamentos para lidar com questões comerciais. No entanto, se houver uma situação
que não consiga ser resolvida utilizando essas regras comerciais específicas, então
recorremos ao Direito Civil.
Por exemplo, digamos que haja uma disputa sobre a venda de um produto entre duas
empresas. Se as leis comerciais não oferecerem uma resposta clara para resolver essa
disputa, olhamos para as leis civis, que tratam mais amplamente de questões legais não
comerciais, como direitos de propriedade e contratos gerais.
Essa abordagem permite que as situações comerciais sejam tratadas de forma adequada,
utilizando as regras mais relevantes e específicas sempre que possível, mas recorrendo
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ao Direito Civil apenas quando necessário para resolver questões não abordadas pelo
Direito Comercial.
E tambem sem fugir do presente topico achei relevante incluir conteúdo sobre atos de
comércio e para a pesquisa, especialmente porque se discute o Direito Comercial. Os
atos de comércio são fundamentais nesse campo, pois representam as atividades e
transações comerciais que são especificamente reguladas pelo Direito Comercial.
ACTOS DE COMERCIO
Da-se nome ato jurídico é qualquer manifestação de vontade que produz efeitos
reconhecidos e determinados pela lei. Essa manifestação de vontade pode ser expressa
de várias formas, como contratos, testamentos, declarações, entre outros.
Em essência, quando uma pessoa expressa sua vontade de forma que a lei reconheça e
atribua efeitos legais específicos a essa manifestação, estamos diante de um ato jurídico.
Esses efeitos podem incluir a criação, modificação ou extinção de direitos e obrigações
entre as partes envolvidas.
Em relação aos atos de comércio, é importante entender que eles podem ser tanto
unilaterais quanto bilaterais, dependendo da natureza da transação comercial:
Atos jurídicos bilaterais: Por outro lado, são aqueles em que os efeitos jurídicos
resultam da manifestação de vontade de duas ou mais partes. Um exemplo
comum é o contrato de compra e venda, onde duas partes concordam em trocar
bens ou serviços por dinheiro. Ambas as partes têm direitos e obrigações
decorrentes desse contrato, e os efeitos jurídicos surgem da manifestação de
vontade de ambas.
Essa distinção entre atos jurídicos unilaterais e bilaterais é importante para entender
como os direitos e obrigações são estabelecidos entre as partes envolvidas em diferentes
tipos de transações legais.
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CONCLUSÃO
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BIBLIOGRÁFIA
Livro da 10ª classe - DLC (Documentação e Legislação Fiscal).
Autor: Não especificado. Editora: Não especificada.
Direito comercial – Wikipédia, a enciclopédia livre
(wikipedia.org)
(PDF) O Direito Comercial de Angola (2013) -
ResearchGate
www.pluraleditores.co.ao/produtos/ficha/legislacao-
comercial/25113301
É importante destacar que a maior parte do conteúdo deste trabalho foi baseada no
Livro da 10ª classe - DLC (Documentação e Legislação Fiscal), contribuindo com
aproximadamente 80% das informações apresentadas. Os demais recursos
bibliográficos foram utilizados para complementar e aprofundar a análise do tema.
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