Você está na página 1de 21

09/10/2020 Unidade 3

A+

Unidade 3 A-

Introdução
O sistema urinário é o responsável por retirar do organismo as substâncias em
excesso e os resíduos do metabolismo por meio da urina. Dessa forma, contribui
com a manutenção da homeostase, ou seja, o estado de equilíbrio nas funções e na
composição química dos uidos, como exemplo, podemos citar o equilíbrio iônico
do sangue e dos tecidos do corpo.

O sistema é composto por dois rins, que são os locais em que a urina é produzida,
dois ureteres que conduzem a urina até a bexiga, na qual ela será armazenada, e
uma uretra, pela qual a urina será liberada para o meio externo.

O sistema reprodutor conta com os aparelhos reprodutores masculino e feminino.


Algumas estruturas desses aparelhos, estão diretamente conectadas ao sistema
urinário.

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 1/21
09/10/2020 Unidade 3

Anatomia do Sistema Urinário A+

Fazem parte do sistema urinário: os rins, os ureteres, a bexiga e a uretra. A função


desse sistema é formar, coletar, transportar e eliminar a urina para o meio externo A-
(MOORE; DALLEY; AGUR, 2014). Veja na gura a seguir as estruturas anatômicas
que fazem parte do sistema urinário.

Figura 1.  Sistema urinário.


Fonte: designua / 123RF.

Rins
Os rins são órgãos pares que possuem um formato semelhante a um grão de feijão
e possuem cerca de 10 a 12 centímetros de comprimento. Estão localizados na
região posterior da cavidade abdominal, na altura da cintura, situando-se um a
cada lado da coluna vertebral. Dessa forma, são protegidos pelas últimas costelas
e por uma camada de gordura e tecido conjuntivo que se adere ao rim, a cápsula
brosa.

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 2/21
09/10/2020 Unidade 3

Os rins possuem uma margem mais côncava e outra convexa. Na margem côncava
dos rins observa-se uma região denominada de hilo renal, que possui vasos e
nervos. Os envoltórios do rim, além de proteção, funcionam também como
elemento de xação do rim na cavidade abdominal. Os rins se situam
posteriormente ao peritônio, assim como os ureteres, sendo chamados de órgãos
A+
retroperitoneais (LAROSA, 2016).

A-

Figura 2. Rim.
Fonte: Peter Lamb / 123RF.

Quando se corta o rim, dividindo-o em partes anterior e posterior, é possível


identi car internamente uma região periférica denominada de córtex renal, e uma
central, a medula renal. Veja essas partes na imagem anterior. Na medula renal se
localizam áreas triangulares, as pirâmides renais, entre as quais estão as colunas
renais. Os ápices das pirâmides renais são as papilas renais, que se projetam para
estruturas tubulares denominadas de cálices renais menores, que se unem para
formar os cálices renais maiores. Já no córtex renal, nas pirâmides renais se
localizam estruturas que são visíveis ao microscópio, os néfrons. Cada rim possui
cerca de um milhão de néfrons, que são responsáveis pela ltragem do sangue e
pela remoção das excreções (DANGELO; FATTINI, 2007).

Néfrons

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 3/21
09/10/2020 Unidade 3

O indivíduo nasce com o mesmo número de néfrons que terá na fase adulta,
durante o crescimento ocorre hipertro a dos néfrons. Quando os néfrons são
lesados, eles podem ser substituídos.

Cada néfron é formado pelas estruturas denominadas de glomérulo renal, cápsula


A+
glomerular, e um túbulo com três regiões – o túbulo contorcido proximal, o mais
próximo da cápsula e do glomérulo renal e bastante enovelado; o túbulo reto (ou
alça de Henle), segmento pouco mais no que possui uma forma semelhante a A-
letra “U”, e o túbulo contorcido distal, que desemboca em um túbulo de diâmetro
maior, o ducto coletor. Aos ductos coletores chegam cerca de cinco túbulos
contorcidos distais, trazendo a urina formada nos néfrons. Os ductos coletores se
abrem pelos forames papilares, na papila renal (DANGELO; FATTINI, 2007).

Figura 3. Néfron.
Fonte: designua / 123RF.

O sangue chega ao rim pela artéria renal, ramo direto da parte abdominal da aorta,
a qual se rami ca, originando grande número de artérias de calibre cada vez
menores até formarem as arteríolas aferentes, que se subdividem, formando um
enovelado de capilares do tipo fenestrados, com poros que agem como uma
peneira, determinando quais substâncias podem passar para a cápsula glomerular.
Nos capilares do glomérulo renal, a pressão sanguínea promove a saída de
substâncias presentes no sangue, tais como: água, glicose, aminoácidos, ureia e
outras moléculas de menor tamanho. Ao passar pelo glomérulo para a cápsula

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 4/21
09/10/2020 Unidade 3

glomerular, as substâncias são denominadas de ltrado glomerular, que inclui a


maioria das substâncias que estão presentes no plasma sanguíneo, exceto as
células do sangue e as proteínas plasmáticas, que são moléculas grandes e por isso
não passam pelos poros, permanecendo no glomérulo (MOORE; DALLEY; AGUR,
2014).
A+
Da cápsula glomerular, o ltrado glomerular segue em direção aos túbulos do
néfron, em que uma parte é reabsorvida para o sangue e outra parte permanece e A-
será eliminada. Do ltrado glomerular 99% da água é reabsorvida enquanto passa
pelos túbulos do néfron, além de muitas outras substâncias que são essenciais,
como a glicose, os aminoácidos, as vitaminas, e alguns eletrólitos. Permanece o
excesso de água, de eletrólitos e os excretos: ureia, creatinina, ácido úrico, ácido
carbônico, amônia, oxalatos e os íons de hidrogênio, que compõem o produto nal
dessa ltração, denominado de urina (DANGELO; FATTINI, 2007).

Do glomérulo renal sai a arteríola eferente, que origina capilares peritubulares


que envolvem os túbulos renais. Os capilares peritubulares convergem para
formar vênulas, que drenam para veias maiores até formar a veia renal que
desemboca na veia cava inferior, por onde sai o sangue dos rins (MOORE;
DALLEY; AGUR, 2014).

Figura 4. Néfron: vista interna e ampliada.


Fonte: Vit Krajicek / 123RF.

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 5/21
09/10/2020 Unidade 3

Rins
Os rins realizam um importante papel no sistema urinário que é a ltração do
sangue. Dessa forma, contribuem para outros fatores que são essenciais à vida,
como a regulação da composição iônica do sangue, a manutenção da A+
osmolaridade, a regulação do volume sanguíneo, a pressão arterial, o PH, os níveis
de glicose, a liberação de hormônios e a excreção de resíduos metabólicos
(DANGELO; FATTINI, 2007). A-

A partir das artérias renais, o sangue é conduzido até as arteríolas aferentes


permitindo a circulação funcional do rim. Entretanto, o rim é um dos poucos locais
do corpo em que os capilares glomerulares voltam a reunir-se, dando origem às
arteríolas eferentes que se rami cam originando capilares peritubulares e levam

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 6/21
09/10/2020 Unidade 3

nutrientes para o parênquima renal, esse processo é denominado como circulação


nutritiva do rim.

A+

A-

A urina recolhida pelos ductos coletores, que se abrem nos cálices renais menores
e passam para os cálices maiores, ui para a pelve renal, uma estrutura, com a
forma de um funil, que continua com o ureter (MIRANDA NETO, 2012).

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 7/21
09/10/2020 Unidade 3

A+

A-

Figura 6. Rins e vascularização externa.


Fonte: snapgalleria / 123RF.

Os rins têm a capacidade de produzir entre 1 a 2 litros de urina por dia, isso tudo, a
partir de 180 L de ltrado sanguíneo.

Ureteres
Agora falaremos sobre os tubos de conexão dos rins com a bexiga, os ureteres. Os
ureteres são tubos pares que se comunicam, acima, com a pelve renal; e
inferiormente, abrem-se na bexiga urinária. Os ureteres medem cerca de 25 a 30
centímetros com 6 milímetros de diâmetro.

Veja os ureteres na gura a seguir saindo dos rins e desembocando na bexiga.

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 8/21
09/10/2020 Unidade 3

A+

A-

O transporte da urina no seu interior ocorre pela ação da gravidade e também por
ondas peristálticas que são contrações da musculatura lisa que forma suas
paredes (DANGELO; FATTINI, 2007).

Bexiga
Como você pode perceber na Figura 3.7, a bexiga urinária é um órgão, oco e em
forma de bolsa. Ela é formada por músculo liso, na sua túnica média, denominado
de músculo detrusor da bexiga, cuja contração permite o esvaziamento da bexiga.
Quando cheia, pode armazenar até um litro e meio de urina, porém 200 ml já são
su cientes para iniciar o re exo da micção. A bexiga urinária está localizada na
cavidade pélvica, posteriormente à sín se púbica. Nos homens, está
anteriormente ao reto, enquanto nas mulheres está anteriormente à vagina e ao
útero. Na região inferior da bexiga urinária masculina encontram-se a glândula
próstata e na face posterior as glândulas seminais, que serão abordadas no
sistema reprodutor (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).

Quando a bexiga está cheia, sua mucosa apresenta-se lisa, quando vazia mostra-se
rugosa, exceto uma região de formato triangular, denominada de trígono da
bexiga, que, independente, de a bexiga estar cheia ou vazia, estará sempre lisa.

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 9/21
09/10/2020 Unidade 3

A+

A-

O trígono da bexiga é o local onde se abrem três orifícios, os ureteres direito e


esquerdo, que trazem a urina para ser armazenada na bexiga urinária, e o início da
uretra, local do óstio interno da uretra, onde se encontra o músculo esfíncter
interno da uretra, ele é constituído pela condensação de bras musculares lisas da
parede da bexiga urinária, possuindo um controle involuntário sobre a micção
(MIRANDA NETO, 2012).

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 10/21
09/10/2020 Unidade 3

FIQUE POR DENTRO
Incontinência urinária A+

A incontinência urinária é uma doença, ou condição, na qual há perda


involuntária de urina. É mais comum em pessoas idosas e em atletas, A-
principalmente em mulheres. Dentre os tipos, destaca-se a incontinência
urinária de esforço, a incontinência urinária de urgência e a incontinência
urinária mista. Fique por dentro! Acesse: http://bvsms.saude.gov.br/dicas-
em-saude/2733-incontinencia-urinaria

Uretra
A uretra é um tubo terminal do sistema urinário que transporta a urina da bexiga
para o exterior, e também é formada de músculo liso. Na mulher, mede em torno
de quatro centímetros de comprimento, sendo exclusiva para passagem da urina,
enquanto no homem é maior, tem 20 centímetros, e além de conduzir a urina,
também conduz o sêmen durante a ejaculação, embora isso não ocorra
simultaneamente. A abertura ao nal da uretra é o óstio externo da uretra, que no
homem localiza-se na glande do pênis e, na mulher, na região da vulva entre o
clitóris e o óstio da vagina (LAROSA, 2016).

A uretra feminina situa-se posterior à sín se púbica, e anteriormente à vagina;


suas paredes encontram-se colabadas, exceto durante a passagem de urina. A
uretra masculina é dividida em três partes. A parte prostática tem cerca de três a
quatro centímetros de comprimento, atravessa a glândula próstata, e na sua
parede posterior apresenta acidentes locais onde se abrem os dois ductos
ejaculatórios, que lançam parte do sêmen nessa porção da uretra. A parte mais
curta da uretra masculina é a membranácea (um centímetro), que atravessa o
diafragma urogenital. A parte esponjosa tem, aproximadamente, 15 centímetros, é
a parte mais longa e está envolvida pelo corpo esponjoso do pênis, nela se abrem
as glândulas bulbouretrais. Na parte nal da uretra esponjosa existe uma dilatação
denominada de fossa navicular, que antecede o óstio externo da uretra, localizada
na glande do pênis (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 11/21
09/10/2020 Unidade 3

A+

A-

REFLITA
Uretra feminina

A uretra feminina, por ser de menor tamanho, facilita a ocorrência de


infecções urinárias, que podem acometer a bexiga urinária, ureteres e
chegar até os rins, quando não tratadas de forma adequada. Se a infecção
atinge a bexiga (cistite), os sintomas incluem vontade frequente de fazer
xixi, além de ardência e até sangramento ao urinar.

O controle de abertura e fechamento da uretra é realizado por meio de músculos


esfíncteres, o interno, conforme já descrito anteriormente, encontra-se ao nível
da comunicação da uretra com a bexiga (óstio interno da uretra) e tem controle
involuntário. Mais abaixo, quando a uretra atravessa a musculatura do períneo,
forma-se o músculo esfíncter externo, de constituição muscular estriada
esquelética e exerce um controle voluntário na abertura e fechamento da uretra

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 12/21
09/10/2020 Unidade 3

nesse nível, fato que permite resistir à vontade de urinar até encontrar um local
apropriado (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).

A uretra masculina tem como função a passagem da urina e do sêmen. Porém, vale
ressaltar que mesmo sendo um conduto único, ocorre exclusividade de passagem
A+
da urina ou do sêmen, não sendo possível passarem ao mesmo tempo. A ereção do
pênis causa contração do músculo esfíncter interno da uretra impedindo que a
urina e o sêmen se misturem, o que seria mortal para os espermatozoides devido à A-
acidez da urina.

Sistemas Reprodutores
Vamos falar a respeito dos sistemas reprodutores masculino e feminino,
diferenciando-os e compreendendo as suas funções.

Sistema Reprodutor Masculino


No sistema reprodutor masculino, existem células sexuais especializadas, os  
espermatozoides, além de glândulas que secretam hormônios importantes para a
vida masculina, como os testículos, que produzem testosterona.  Vale lembrar que
o homem é fértil durante toda a sua vida sexual ativa, quando há o bom
funcionamento das estruturas de seu sistema reprodutor.

O sistema reprodutor masculino é composto pelos testículos, vias espermáticas,


próstata e o pênis. Vejamos a seguir, as características de cada um.

Testículos
O testículo é a gônada masculina e também é uma glândula endócrina. Existem
dois testículos, que no homem adulto se alojam em uma estrutura chamada
escroto. O escroto é uma bolsa musculomembranosa, que mantém os testículos
numa localização extracorpórea, garantindo temperatura menor do que a intra-
abdominal. Apesar dessa localização dos testículos adultos, eles são formados no
interior da cavidade abdominal, próximo aos rins. Durante o seu desenvolvimento,
os testículos se deslocam em direção à pelve e, próximo ao nascimento ou algumas
semanas após, alojam-se no escroto (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).

O testículo é revestido por uma membrana esbranquiçada, denominada de túnica


albugínea, e que emite septos dividindo o testículo em lóbulos. Nos lóbulos do
testículo existem os ductos seminíferos contorcidos, estruturas microscópicas em
que se originam os espermatozoides. Também nos lóbulos testiculares estão as
células intersticiais, responsáveis pela produção do hormônio sexual secundário, a

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 13/21
09/10/2020 Unidade 3

testosterona. A produção desse hormônio, a partir da puberdade, confere ao


homem as características sexuais secundárias masculinas, como crescimento e
distribuição de pelos, mudança de timbre da voz, aumento do pênis, produção de
espermatozoides, entre outras (DANGELO; FATTINI, 2012).
A+
Epidídimo
O próximo órgão por onde passam os espermatozoides é o epidídimo, uma via de A-
transporte de gameta. Esse órgão é formado por um único tubo microscópico,
altamente enovelado, alojado no polo superior e na margem posterior do
testículo. Durante o trajeto do espermatozoide, no longo e sinuoso ducto do
epidídimo, ocorrem mudanças morfológicas e funcionais nestes gametas,
tornando-os maduros.  O formato do epidídimo lembra o de uma vírgula e, por
isso, é dividido em cabeça, corpo e cauda. A cauda do epidídimo é contígua à
próxima via de transporte de gametas, o ducto deferente (MOORE; DALLEY;
AGUR, 2014).

Ducto Deferente
O ducto deferente é um tubo longo e no, com aproximadamente 45 cm de
comprimento e 3 mm de espessura. Ele conduz os espermatozoides da cauda do
epidídimo até o ducto ejaculatório e, por isso, possui parte escrotal (dentro do
escroto); parte funicular (no funículo espermático); parte inguinal (região
inguinal); parte pélvica (interior da pelve) e ampola do ducto deferente. As
paredes do ducto deferente possuem uma musculatura bem desenvolvida e
inervada para que se contraiam e transportem efetiva e rapidamente os
espermatozoides em direção à ampola do ducto deferente. Lembro você,
estudante, que parte desse trajeto é contra a gravidade (LAROSA, 2016).

O funículo espermático é o conjunto de estruturas que entram e saem do


testículo: ducto deferente, artérias, veias, vasos linfáticos, nervos, entre outras.

Glândula Seminal
A glândula seminal é uma das glândulas anexas do sistema genital masculino. É
uma glândula exócrina cuja produção compõe cerca de 60% do volume do líquido
seminal. O líquido secretado ajuda a neutralizar o ambiente ácido da uretra
masculina e do trato genital feminino. Existem duas glândulas seminais que se
alojam inferiormente à bexiga urinária e são formadas por um tubo de, em média,
15 cm, enovelado sobre si mesmo. A porção terminal do tubo se junta ao ducto
deferente formando o ducto ejaculatório (também existem dois: um direito e um
esquerdo). O ducto ejaculatório tem cerca de 2 cm de comprimento e penetra na
glândula próstata, abrindo-se diretamente no interior da uretra prostática. Esse
ducto conduz os espermatozoides vindos do ducto deferente, juntamente com a
secreção da glândula seminal (MIRANDA NETO, 2012).

Próstata

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 14/21
09/10/2020 Unidade 3

A próstata é também uma glândula ímpar e mediana, e faz parte das glândulas
anexas ao sistema genital masculino. Está localizada abaixo da bexiga urinária e é
atravessada pela parte prostática da uretra. É uma glândula exócrina, responsável
por cerca de 30% do volume do líquido seminal. Sua secreção auxilia na
manutenção da viabilidade dos espermatozoides por possuir pH alcalino A+
(MIRANDA NETO, 2012).
A-
Glândula Bulbouretral
A terceira glândula anexa ao sistema genital masculino é a glândula bulbouretral.
Essa glândula se apresenta em um par, sendo que cada uma delas apresenta
formato arredondado, semelhante aos grãos de ervilha, e estão localizadas na
espessura do períneo. Sua secreção lubri ca a uretra antes da ejaculação, pois,
durante a excitação sexual, secretam um líquido alcalino com função lubri cante e
que contribui para neutralizar o pH da uretra. Os ductos das glândulas
bulbouretrais se abrem na parte esponjosa da uretra. A parte esponjosa da uretra
atravessa o pênis, órgão copulador masculino (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).

Os espermatozoides são transportados pelas três partes da uretra masculina,


chegando a uma dilatação na porção terminal da parte esponjosa da uretra,
chamada fossa navicular. Em seguida, transpõe o óstio externo da uretra deixando
o corpo masculino. A uretra masculina tem dupla função: permite a passagem de
urina e de sêmen, em momentos diferentes, conforme já mencionado (MOORE;
DALLEY; AGUR, 2014).

Pênis
O pênis é um órgão cilíndrico xado na região anterior do períneo e é dividido em
três diferentes partes: raiz, corpo e glande dos pênis. A raiz do pênis é a parte xa
do órgão ao períneo; o corpo do pênis é a parte móvel; e a glande do pênis é a
parte dilatada na extremidade livre, onde se abre o óstio externo da uretra. O
pênis é um órgão erétil constituído por três estruturas cilíndricas eréteis: dois
corpos cavernosos e um corpo esponjoso (DÂNGELO; FATTINI, 2012). Os corpos
cavernosos são as principais estruturas do pênis, possuem uma estrutura
trabeculada e uma artéria peniana.

O sangue preenche rapidamente esses espaços promovendo o enrijecimento e,


em consequência, a ereção do pênis. Após a ejaculação, os estímulos da inervação
do sistema nervoso simpático fazem a vasoconstrição arterial reduzindo o uxo
de sangue para os corpos cavernosos levando o pênis a voltar para o estado de
acidez (DÂNGELO; FATTINI, 2012).

O corpo esponjoso do pênis é também uma estrutura cilíndrica que percorre toda
sua extensão pela parte esponjosa da uretra. Sua porção distal forma a glande do
pênis, que cobre a terminação dos corpos cavernosos. O contorno da glande é a
coroa da glande, região especialmente inervada e relacionada ao prazer sexual

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 15/21
09/10/2020 Unidade 3

masculino. A glande não se torna erétil nem enrijecida, facilitando a penetração do


pênis na vagina da mulher (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).

A parte livre do pênis é envolta por uma pele na e deslizante que na região da
glande se expande numa prega cutânea membranosa que a envolve, chamada
A+
prepúcio, que se xa por meio do frênulo do prepúcio. Esta região da glande
possui muitas glândulas sebáceas, chamadas glândulas prepuciais, que auxiliam na
lubri cação durante a relação sexual (DÂNGELO; FATTINI, 2012). A-

Sistema Reprodutor Feminino


O sistema reprodutor feminino participa do processo de reprodução, exercendo
isoladamente as funções de ovulação, ou produção do óvulo; fecundação, que é a
conjugação dos fatores hereditários do espermatozoide masculino com o óvulo
feminino; nidação, ou acomodação do óvulo fecundado; gestação, ou
desenvolvimento do embrião; e o parto, que consiste na expulsão da criança, já
perfeitamente apta a desempenhar as funções vitais fora do organismo da mãe. O
sistema reprodutor feminino compreende os ovários, as tubas uterinas, o útero, a
vagina e a vulva.

Ovários
Vamos iniciar pelos ovários. Os ovários são as gônadas femininas, órgãos
formadores dos gametas femininos, os ovócitos. São também glândulas
endócrinas, que produzem hormônios sexuais secundários que participam do
desenvolvimento das características de uma mulher adulta, como
desenvolvimento de mamas, pelos pubianos, crescimento da vagina e útero e
desenvolvimento de genitais externos (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).

Os ovários se localizam na cavidade pélvica, inferiormente à tuba uterina, ao nível


da bifurcação da artéria ilíaca comum. Ficam xados ao útero a tuba e a cavidade
pélvica, por meio de ligamentos. Essas estruturas são revestidas por um tecido
semelhante ao que envolve os testículos, também chamado de túnica albugínea.
No interior do ovário estão o córtex e a medula do ovário. A superfície do ovário
apresenta-se lisa e brilhante até o período da puberdade. Dessa época em diante,
torna-se gradativamente rugosa devido à expulsão dos ovócitos (MIRANDA
NETO, 2012).

Tuba uterina
As tubas uterinas são dois órgãos tubulares cilíndricos com cerca de 10
centímetros de comprimento. Sua função é captar o ovócito na cavidade
peritoneal e transportá-lo até o útero, sendo também o local da fecundação e do
início das divisões celulares depois da fecundação. Possuem dois óstios em suas
extremidades, um que se abre no útero chamado óstio uterino da tuba e,
distalmente, abre-se no óstio abdominal da tuba uterina. Seu diâmetro é irregular

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 16/21
09/10/2020 Unidade 3

e por isso possui diferentes regiões, são elas: a) parte uterina, pequena parte na
parede do útero; b) istmo da tuba uterina, região mais a lada próximo ao útero; c)
ampola da tuba uterina, uma região mais dilatada onde normalmente ocorre a
fecundação e, d) infundíbulo da tuba uterina, região terminal e distal da tuba, em
formato de funil, com projeções chamadas fímbrias. A parede muscular das tubas
A+
uterinas apresenta movimentos peristálticos para ajudar o deslocamento do
ovócito ou zigoto (DÂNGELO; FATTINI, 2012).
A-
Útero
O útero é um órgão muscular oco, ímpar localizado na cavidade pélvica. Tem por
função sediar a implantação e o amadurecimento do embrião e participar do
mecanismo do parto. Quando não ocorre a implantação de um embrião, o útero é
a fonte do uxo menstrual. Seu tamanho e formato assemelham-se a uma pera
invertida.

O útero é dividido em algumas regiões:

a) Fundo do útero: região do útero localizada acima da implantação das tubas


uterinas, é uma parte abaulada e que se desenvolve muito durante a gestação;

b) Corpo do útero: região mais volumosa do útero e que delimita a cavidade


uterina;

c) Colo do útero: parte mais inferior e afunilada do útero, que se subdivide em


porção supravaginal do colo do útero, região que está localizada acima da vagina,
e porção vaginal do colo do útero, região que se projeta para o interior da vagina.
Nessa porção está o óstio do útero, local de passagem do espermatozoide na
fecundação, do concepto no parto e do uído menstrual (LAROSA, 2016).

No interior da região do corpo está a cavidade do útero com formato de uma


fenda triangular. Ao nível do colo do útero, essa cavidade tem continuidade como
o canal do colo do útero, que se abre no óstio do útero ao nível do fundo da vagina.
A cavidade do útero permanece vazia, exceto quando se enche de sangue na
menstruação e no momento do parto. Vale lembrar que o concepto não se aloja na
cavidade do órgão, mas na parte desenvolvida da parede (MOORE; DALLEY;
AGUR, 2014).

O útero ocupa uma posição chamada de anteversão e ante exão. Em suma, o


fundo do útero é voltado para frente (anteversão) e o corpo do útero apresenta
uma angulação em relação à vagina (ante exão). Para manter-se nessa posição, o
útero possui diversos ligamentos para sua xação e posicionamento. Esses
ligamentos o conectam com órgãos, músculos e ossos da pelve. Apesar dos
ligamentos, o útero apresenta certa mobilidade e sua posição pode variar de
acordo com o estado funcional, por exemplo, a gravidez (DÂNGELO; FATTINI,
2012).

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 17/21
09/10/2020 Unidade 3

O útero apresenta três camadas. Da camada mais externa para a mais interna,
temos o perimétrio, o miométrio e o endométrio. O perimétrio reveste o útero e é
contíguo ao ligamento largo do útero, importante por conter vasos sanguíneos e
participar da xação do útero. O miométrio é a camada muscular, a camada mais
espessa do útero formado por bras musculares lisas. O endométrio é a camada
A+
mais interna do útero, é a mucosa que reveste a cavidade uterina. Durante a
gestação, o endométrio aloja o concepto e seus anexos embrionários (MOORE;
DALLEY; AGUR, 2014). A-

Vagina
A vagina é o órgão copulador feminino, serve também de canal do parto e via de
eliminação do uido menstrual e secreções. É um tubo musculomembranoso de
cerca de 10 cm de comprimento, que se estende do colo do útero até o óstio
vaginal, onde se abre, no vestíbulo da vagina, parte do pudendo feminino. As
paredes anterior e posterior desse órgão cam colabadas, tornando a cavidade da
vagina praticamente virtual, pois se dilata apenas por ocasião do ato sexual e do
parto. A camada mais interna da vagina é a túnica mucosa, que apresenta rugas
vaginais. Nessa mucosa também existem glândulas produtoras de muco, além de
células que sintetizam glicogênio e gordura a partir do estímulo de hormônios,
como o estrogênio. Esses compostos são utilizados para a sobrevivência da
microbiota vaginal que dentre outras bactérias possui grande quantidade de
lactobacilos (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).

O óstio vaginal é a abertura que comunica a vagina com o meio externo. Localiza-
se no períneo, posterior ao óstio externo da uretra e anterior ao orifício anal. Na
mulher que não ainda não teve relação sexual com coito, o óstio vaginal é
parcialmente obstruído pela presença de uma membrana delicada e pouco
vascularizada, chamada hímen. O hímen pode ter diferentes formatos e,
normalmente, por ocasião do primeiro ato sexual, o hímen se rompe e tecidos
remanescentes formam pequenas saliências na parede da vagina (MOORE;
DALLEY; AGUR, 2014).

Pudendo
O pudendo feminino é a parte externa do sistema genital feminino. Ele tem
formato de uma abertura em fenda e é constituído por diversas estruturas. O
monte púbico é a proeminência arredondada anteriormente à sín se púbica,
coberta de pele e pelo com acúmulo de gordura na tela subcutânea, após a
puberdade (DÂNGELO; FATTINI, 2012).

Os lábios maiores do pudendo são as duas pregas laterais dessa abertura em


forma de fenda, e também contém tecido adiposo subcutâneo e pele com pelos. A
junção anterior desses lábios maiores forma a comissura anterior dos lábios e, a
posterior, a comissura posterior dos lábios. Na parte interna aos lábios maiores
estão os lábios menores do pudendo, duas pregas em forma de meia-lua
localizadas no períneo. Não possuem pelos e a pele é na, com grande quantidade

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 18/21
09/10/2020 Unidade 3

de glândulas sebáceas. Os lábios menores delimitam a região chamada de


vestíbulo da vagina (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).

O clitóris é um órgão erétil, homólogo ao pênis e possui também raiz, corpo e


glande recoberta pelo prepúcio do clitóris. Possui dois corpos cavernosos que,
A+
assim como o pênis, se enrijecem quando há excitação sexual (LAROSA, 2016).

O bulbo do vestíbulo é um órgão bilateral, localizado profundamente aos lábios A-


maiores do pudendo e lateralmente ao óstio da vagina. São órgãos eréteis que
homologamente correspondem ao corpo esponjoso do pênis. Também são eréteis
quando há excitação sexual (DANGELO; FATTINI, 2012).

As glândulas vestibulares maiores secretam um líquido viscoso que lubri ca a


vagina durante o ato sexual. As glândulas vestibulares menores são pequenas
glândulas mucosas que lançam sua secreção no vestíbulo da vagina (MIRANDA
NETO, 2012).

INDICAÇÃO DE LEITURA
Livro: Histologia básica - Texto e Atlas

Autor: Luiz Carlos Junqueira e José Carneiro

Ano: 2017

Editora: Guanabara Koogan

ISBN: 9788527731812

Sinopse: Embora o livro seja da área de histologia, ele aborda todos os


sistemas do corpo humano, trazendo a sua explicação macroscópica e
microscópica, sendo um interessante material complementar para uma
maior compreensão de como funcionam os sistemas, em especial, o sistema
urinário.

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 19/21
09/10/2020 Unidade 3

Considerações Finais
Caro(a) estudante, vimos que o sistema urinário é constituído pelos rins, ureteres,
bexiga urinária e uretra e atua em um processo muito importante para os seres, na
A+
ltragem do sangue (retirar impurezas), e na produção e excreção da urina.

Você pôde perceber que os rins, principalmente, possuem uma estrutura A-


altamente complexa, vascularizada e importante para a vida. Outras estruturas,
como ureteres e uretra, com anatomia mais simples, têm função de transporte da
urina para a bexiga. Já a bexiga, composta por músculo liso (detrusor), é a
estrutura que aloja a urina antes de sua excreção, na qual ela será conduzida para
o meio externo através da uretra.

Além disso, os aparelhos reprodutores masculino e feminino, apresentam diversas


funções, dentre elas, a primordial: A reprodução, para a geração de novas vidas.

Conhecer e identi car essas estruturas é primordial para uma maior compreensão
da função do sistema urinário e do sistema reprodutor.

Atividade
O sistema urinário é muito importante, pois atua na retirada de substâncias em excesso e produtos
residuais do organismo a partir da excreção pela urina, contribuindo para a manutenção da
homeostase. Nesse sentido, assinale a alternativa que contém apenas órgãos do sistema urinário.

Rim, intestino grosso, intestino delgado e bexiga.

Rim, ureter, bexiga e uretra.

Rim, fígado, ureter e bexiga.

Rim, uretra, bexiga e vagina.

Rim, ureter, bexiga e pâncreas.

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 20/21
09/10/2020 Unidade 3

Atividade
É um órgão em forma de bolsa, responsável pelo armazenamento da urina, antes da sua eliminação A+
para o meio externo. Assinale a alternativa correta sobre o órgão referido.

A-
Ureter.

Uretra.

Rins.

Néfron.

Bexiga.

Atividade
A urina passa pelos ureteres, que são tubos bromusculares que possuem cerca de 4 a 5 mm de
diâmetro e 14 cm de comprimento. Assim, cada ureter será responsável por conduzir a urina.

da bexiga ao rim.

do rim à bexiga.

da bexiga à uretra.

da uretra aos rins.

da uretra à bexiga.

https://famonline.instructure.com/courses/12449/files/898344?fd_cookie_set=1 21/21

Você também pode gostar