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NOVEMBRO/2020
Referência: Revisão do Plano Diretor Municipal de Maragogi (AL) e da Lei de Zoneamento, Uso e
Ocupação do Solo
Encaminhamos à V.Sa. a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal e de elaboração da Lei de Uso
e Ocupação do Solo de Maragogi, construída a partir da técnica e comunitária da situação atual do
município.
Esperamos que este documento, que configura o escopo da Etapa 4 do projeto, contenha todas as
informações requeridas por V.Sa. e permanecemos à disposição para prestar quaisquer
esclarecimentos que se façam necessários.
Atenciosamente,
1. APRESENTAÇÃO.......................................................................................................... 8
Conceituação ......................................................................................................................... 27
Macrozoneamento ................................................................................................................ 31
Sistema Municipal ................................................................................................................. 36
4.3.1. Hierarquização viária ..................................................................................................... 40
4.3.2. Dimensionamento das vias ........................................................................................... 42
4.3.3. Dimensionamento dos passeios.................................................................................... 42
4.3.4. Diretrizes viárias ............................................................................................................ 50
4.3.5. Intervenções estratégicas ............................................................................................. 50
Zoneamento Urbano e Rural ................................................................................................. 53
4.4.1. Parâmetros de Uso ........................................................................................................ 54
4.4.2. Parâmetros de Ocupação .............................................................................................. 61
4.4.3. Zonas de Uso e Ocupação ............................................................................................. 65
4.4.4. Responsabilidades, Infrações e Penalidades ................................................................. 83
Parcelamento do Solo ........................................................................................................... 85
4.5.1. Tipos de parcelamento do solo ..................................................................................... 86
4.5.2. Requisitos urbanísticos.................................................................................................. 88
4.5.3. Requisitos de infraestrutura.......................................................................................... 89
4.5.4. Licenciamento ............................................................................................................... 89
Instrumentos de Planejamento............................................................................................. 96
Instrumentos Fiscais e Financeiros ....................................................................................... 99
5.2.1. Pagamento por Prestação de Serviços Ambientais (PSA) ............................................. 99
5.2.2. Contribuição de melhoria............................................................................................ 101
Instrumento de Indução à Função Social da Propriedade .................................................. 101
5.3.1. Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória (PEUC) ....................................... 102
5.3.2. IPTU Progressivo no Tempo ........................................................................................ 103
5.3.3. Desapropriação com Títulos da Dívida Ativa............................................................... 104
Instrumentos de Gestão Urbana e Ambiental .................................................................... 105
5.4.1. Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)....................................................................... 105
5.4.2. Sistema de Informações Municipais (SIM) .................................................................. 106
Instrumento de Financiamento da Política Urbana ............................................................ 107
5.5.1. Operação Urbana Consorciada (OUC) ......................................................................... 107
5.5.2. Outorga Onerosa do Direito de Construir (OODC) ...................................................... 111
Instrumentos de Regularização Fundiária........................................................................... 113
5.6.1. Concessão do Direito Real de Uso (CDRU) .................................................................. 117
5.6.2. Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia....................................................... 117
5.6.3. Legitimação Fundiária ................................................................................................. 118
5.6.4. Legitimação de Posse .................................................................................................. 119
5.6.5. Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social ............................................. 120
Instrumentos de Gestão Democrática da Cidade ............................................................... 121
5.7.1. Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU) ........................................ 122
5.7.2. Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA) ............................... 124
5.7.3. Conselho Municipal de Turismo (COMTUR) ................................................................ 124
5.7.4. Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano (FMDU) ............................................. 124
5.7.5. Fundo Municipal de Preservação do Meio Ambiente (FMPMA) ................................ 125
5.7.6. Ferramentas de Participação Popular ......................................................................... 126
A terceira parte deste relatório é dedicada aos princípios e objetivos gerais da Política Urbana de
Maragogi, alinhados às premissas básicas do Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001), que
regulamenta as funções sociais da cidade e da propriedade, bem como a democratização da gestão
urbana.
Partindo-se desta conceituação, analisou-se os desafios apresentados ao final dos capítulos que
compõem a Etapa 2 e as contribuições provenientes do ciclo de reuniões técnico-comunitárias,
realizadas na Etapa 3, estando os resultados apresentados no Quadro 2-1.
1
Fernandes, Isac Gabriel Martins, et al. "Planejamento estratégico: análise SWOT." Revista Conexão Eletrônica das
Faculdades Integradas de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. 2015. (pág. 7) Disponível em: <
http://revistaconexao.aems.edu.br/wp-content/plugins/download-attachments/includes/download.php?id=
1362>. Acesso em jul. de 2020.
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Quadro 2-1: Matriz SWOT
Ocupação urbana das áreas non aedificandi da AL-101, rodovia de jurisdição estadual sob
responsabilidade do DER/AL, principal acesso ao litoral norte alagoano e de deslocamento
intramunicipal, gerando diversos pontos de conflitos viários
AMEAÇAS
A matriz elaborada compila de forma transversal os desafios e anseios identificados, através dos quais
se propõe avaliar as problemáticas que permeiam o desenvolvimento do município, por meio da
formação de teses, sintetizando, de forma provocativa, o diagnóstico municipal.
Tese 1
A urbanização de Maragogi se dá, notadamente, entre dois eixos longitudinais que direcionam e
restringem a ocupação urbana, sendo a rodovia AL-101 e a orla litorânea. Adicionalmente, a
importância turística do município no contexto nacional e estadual reflete na pressão imobiliária que
incide nesta porção territorial, estimulando uma ocupação fragmentada, espraiada e desigual dos
distritos em descompasso com a disponibilidade de infraestrutura urbana e de equipamentos sociais.
A elaboração de marcos legais, os quais abordem estas diferenças e especificidades, tem como desafio
a leitura e compreensão desta dinâmica sociocultural. É preciso considerar o crescimento das
populações urbana e rural e a necessidade de inclusão sócioterritorial em seus contextos, frente ao
acesso universal à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura básica, ao transporte, aos
serviços públicos, ao trabalho, ao meio ambiente, à cultura e ao lazer.
Tese 2
A busca pelo equilíbrio entre o desenvolvimento municipal e a preservação dos recursos ambientais,
paisagísticos e culturais é um dos princípios estabelecidos pela Política Urbana vigente em Maragogi.
A localização estratégica do município, praticamente equidistante entre Maceió (AL) e Recife (PE), bem
como o estímulo ao desenvolvimento municipal, através de convênios para ampliação da
infraestrutura básica, de investimentos na duplicação da AL-101 e da instalação do Aeródromo
Regional, são indicadores da potencialidade econômica de Maragogi no cenário regional.
Tese 3
A instituição do IPUMA, em 2008, permite ao município adotar um olhar estratégico para a Política
Urbana, integrado ao contexto regional e estadual em que Maragogi se insere. Neste sentido, o
fortalecimento do instituto, enquanto instância municipal de aplicação e monitoramento desta política
objetivos
NÚMEROS E
EFETIVAÇÃO DO
DESAFIOS
diretrizes
TESES
Objetivo: estabelece o propósito de cada eixo com base nas teses, a partir do entendimento dos
números e desafios apresentados (Etapa 2);
Diretrizes: reflete a conceituação, o rumo e as orientações do caminho a serem adotados para que
se alcance o cenário desejável utilizando-se dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)2;
e
Estratégias: meios práticos para operacionalização da proposta, tendo em vista o arcabouço legal
e a capacidade de gestão da administração pública.
As Figuras 2.2-3 a 2.2-5 detalham os Eixos de Desenvolvimento Municipal definidos para Maragogi, a
saber:
2ONU – Organização das Nações Unidas. Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. 2015. Disponível em:
https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/
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Figura 2.2-3: Objetivos e diretrizes do Eixo I
3 http://www.mdic.gov.br/index.php/competitividade-industrial/arranjos-produtivos-locais
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Controlar os efeitos no meio ambiente e nas áreas urbanas oriundos de atividades geradoras de
impacto, condicionando o projeto à apresentação e à aprovação do Estudo de Impacto de
Vizinhança (EIV), além dos demais estudos exigidos em esfera municipal, estadual e/ou federal,
direcionando melhorias urbanas por meio de contrapartidas;
Viabilizar investimentos em infraestrutura urbana e em equipamentos regionais, que permitam a
ampliação e difusão das atividades econômicas desenvolvidas no município, como a central de
comercialização e distribuição da produção agrícola e de base comunitária, local e regional,
articulado às APLs;
Regulamentar as formas de uso do espaço público e da instalação de comércio ambulante, por
meio do Código de Posturas, visando maior qualidade ambiental e urbana para o município, com
foco no controle do usos da faixa de areia e na garantia de acesso às onze praias de Maragogi;
Mapear e estabelecer diretrizes voltadas à qualificação, à conservação, à recuperação e à
ampliação das áreas verdes, das várzeas e das Unidades de Conservação e das Reservas Legais
existentes em Maragogi, articuladas aos recursos hídricos municipais, fortalecendo o
desenvolvimento econômico sustentável integrado à Política Municipal de Meio Ambiente;
Estruturar a política de gestão de resíduos sólidos e estudar viabilidade para implantação de
centrais de compostagem e reciclagem e demais equipamentos que componham o sistema de
coleta e tratamento de resíduos sólidos;
Fomentar o desenvolvimento do setor agropecuário através de programas e recursos direcionados
à agricultura familiar e agroecológica, garantindo sistemas sustentáveis de produção de alimentos
com foco na segurança alimentar e na manutenção dos ecossistemas;
Desenvolver frentes de atuação econômica alicerçadas no turismo ecológico, rural e de base
comunitária, através de programas e roteiros que permitam a descoberta das paisagens e trilhas
rurais, como a Trilha do Visgueiro, da cultura e dos modos de produção das comunidades
tradicionais e assentamentos rurais;
Adotar e implementar políticas e planos integrados para eficiência dos recursos, mitigação e
adaptação às mudanças climáticas, a resiliência a desastres, de acordo com o Marco de Sendai
para a Redução do Risco de Desastres 2015-2030;
Incentivar, através de assistência técnica e isenções fiscais, construções sustentáveis e resilientes,
utilizando materiais locais;
Articular as áreas verdes públicas e fortalecer as áreas ambientais do município bem como a
preservação do patrimônio natural ou paisagístico, de modo a assegurar o acesso e o direito à
paisagem; e
Integrar a Política Urbana ao Projeto Orla, especificamente quanto ordenamento das atividades
econômicas e das ocupações ao longo da região costeira e às estratégias e diretrizes de
desenvolvimento sustentável.
Destaques da proposta
O Plano Diretor do Município de Maragogi se constitui como instrumento básico da política urbana do
município, visando ordenar o desenvolvimento físico da cidade, bem como das funções sociais,
econômicas e administrativas, garantindo o bem-estar de seus habitantes e a conservação do meio
ambiente.
O PDDS 2004 estrutura a Política Urbana de Maragogi em três capítulos, organizados em princípios
(Capítulo I), conceito (Capítulo II) e objetivos e abrangência (Capítulo III). Neste sentido, a presente
proposta alinha os princípios e conceitos, constantes na legislação vigente, às disposições do Estatuto
da Cidade, de modo a reforçar as funções sociais da cidade e da propriedade e a democratização da
gestão urbana, como bases estruturantes e fundamentais da Política Urbana.
i. Direito à Cidade: que compreende condições dignas de vida, direitos humanos e cidadania,
incluindo o acesso universal à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura
urbana, à mobilidade, à acessibilidade, aos serviços públicos, ao trabalho, ao meio ambiente, à
paisagem, à cultura e ao lazer, compreendendo também o direito ao exercício das liberdades
individuais e coletivas no território vivido, dentro dos princípios da sustentabilidade, democracia
e justiça social, orientando-se pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e pela
Agenda 2030;
ii. Função Social da Propriedade Urbana e Rural: atendida para propriedade urbana quando se
cumprem os critérios fundamentais e graus de exigência de ordenação e controle do uso e
ocupação do solo, estabelecidos pelo Plano Diretor, com base na Lei Federal nº 10.257/2001
(Estatuto da Cidade), subordinando-se os direitos decorrentes da propriedade individual aos
interesses da coletividade. Para propriedade rural quando da sua utilização de forma racional e
adequada, conservando seus recursos naturais, favorecendo o bem-estar dos proprietários e dos
trabalhadores e observando as disposições que regulam as relações de trabalho;
iii. Equidade Social e Territorial: compreende a garantia da justiça social a partir da redução das
vulnerabilidades urbanas e das desigualdades sociais, do amplo acesso aos equipamentos
urbanos, dos processos de regularização fundiária e do direito ao tratamento sem discriminação
em virtude de raça ou etnia, convicção política ou ideológica, gênero, geracional, credo religioso,
classe social ou orientação sexual em todo município;
iv. Direito ao Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado: direito sobre o patrimônio ambiental,
essencial à qualidade de vida, composto tanto pelo meio ambiente natural quanto pelo
antropizado, prezando pela sustentabilidade urbana, a qual implica na inter-relação entre justiça
social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e o desenvolvimento urbano e econômico, sem
i. Respeitar os níveis de planejamento estabelecidos pelo Plano Diretor, com destaque para o
Macrozoneamento e Zoneamento Urbano e Rural, compatibilizando o uso e a ocupação do solo
com a conservação do meio ambiente natural e construído, propiciando melhores condições de
acesso à terra, à habitação, ao trabalho, à mobilidade urbana, aos equipamentos públicos e aos
serviços urbanos à população, evitando-se a ociosidade dos investimentos coletivos em
infraestrutura, racionalizando o emprego dos recursos públicos municipais e combatendo a terra
ociosa que não cumpre sua função social;
ii. Promover o desenvolvimento sustentável, garantindo a qualidade de vida da população e
buscando a equidade social, através da diversificação das atividades econômicas e da distribuição
das riquezas geradas, fortalecendo a atividade rural, incentivando a instalação industrial limpa e
de baixo impacto em áreas de fácil acessibilidade regional, e estimulando o empreendedorismo
local, a economia solidária, criativa e de base comunitária, o turismo ecológico e rural e a
distribuição das oportunidades de trabalho através da consolidação das centralidades
multifuncionais distritais, considerando-se a capacidade da infraestrutura urbana e a existência
de equipamentos;
iii. Garantir a justa distribuição dos equipamentos urbanos e dos serviços públicos, reduzindo as
desigualdades sociais e promovendo a inclusão socioterritorial, consolidando as centralidades de
bairro de forma equilibrada, descentralizando os postos de trabalho e implantando estruturas
urbanas adequadas às funções sociais e ao atendimento das necessidades da população, de modo
a qualificar os deslocamentos e priorizar o transporte público, cicloviário e a circulação de
pedestres às alternativas motorizadas individuais;
iv. Proteger os recursos naturais da atmosfera, das águas superficiais e subterrâneas, do solo, da
flora e da fauna, com foco na ampliação e requalificação dos espaços públicos das áreas verdes e
permeáveis e da paisagem, notadamente, nas áreas de preservação permanente, nas Unidades
de Conservação, e nas áreas de proteção indicadas pela Política Municipal de Meio Ambiente (Lei
Municipal nº 629/2017 e alterações posteriores);
Destaques da proposta
Revisão dos princípios básicos da Política Urbana de Maragogi, alinhados ao que preconiza do
Estatuto da Cidade e, com foco na regulamentação das funções sociais da cidade e da
propriedade, da democratização da gestão urbana e dos modos de garantia da equidade social e
do desenvolvimento sustentável; e
Revisão dos objetivos da Política Urbana municipal, incluindo o fortalecimento rural, a reserva de
áreas dotadas de infraestrutura para produção de habitação de interesse social, o respeito aos
níveis de planejamento e a distribuição justa e equânime dos equipamentos urbanos e serviços
públicos.
O PDDS vigente estrutura o ordenamento territorial atual em zonas de planejamento (Capítulo VII),
organizadas em:
Zonas agrícolas;
Assentamentos rurais;
Área de Proteção Ambiental (APA);
Zona aeroportuária; e
Zonas urbanas.
Neste arranjo não há uma unidade de planejamento que estabeleça um referencial espacial para o uso
e ocupação do solo em todo o município e que o articule à Política Urbana considerando os aspectos
ambientais, urbanos e rurais presentes em Maragogi. Ao mesmo tempo, a atual estrutura de
zoneamento homogeneíza os parâmetros urbanísticos dos distritos, desconsiderando bairros que
possuem vocações e especificidades diferentes do restante da localidade.
Neste capítulo, serão propostos novos arranjos para a produção e o ordenamento territorial de
Maragogi, considerando os diferentes níveis e unidades de planejamento, sendo estruturada em:
Macrozoneamento;
Sistemas Municipais; e
Zoneamento.
A descrição destas unidades apoia-se nos Eixos de Desenvolvimento Municipal (Capítulo 2), nos
Princípios e Objetivos Gerais da Política Urbana de Maragogi, definidos no Capítulo 3, e nas
conceituações e premissas técnicas que serão apresentadas a seguir.
Conceituação
A proposta de ordenamento territorial de Maragogi se baseia em conceitos ligados ao planejamento
urbano, difundidos nacionalmente e utilizados por municípios brasileiros para promover modelos de
cidades mais sustentáveis. Propõe-se ainda o alinhamento destes conceitos às premissas da Nova
Agenda Urbana4 através de suas diretrizes e orientações para o desenvolvimento social, econômico e
ambiental das cidades e assentamentos humanos, proposta pela Organização das Nações Unidas.
i. Turismo Sustentável;
4 ONU – Organização das Nações Unidas. Nova Agenda Urbana. 2019. Disponível em: http://habitat3.org/wp-
content/uploads/NUA-Portuguese-Brazil.pdf?fbclid=IwAR2koIM7MtgBh6i57G4fxWeWpbK52Jr7sXIrGdBbJF81bF2GSz
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ii. Desenvolvimento Rural Sustentável;
iii. Centralidades (cidade multifuncional); e
iv. Concepção de Solo Criado.
TURISMO SUSTENTÁVEL
SOLO CRIADO
Macrozona de Qualificação Urbana (MQU), na qual é permitido o parcelamento do solo para fins
urbanos; e
Macrozona de Desenvolvimento Rural Sustentável (MDRS), sendo vedado o parcelamento do
solo de caráter rural.
A seguir serão apresentadas as descrições e os objetivos específicos de cada macrozona, refletindo no
território as estratégias de desenvolvimento urbano que compõem o Plano Diretor Estratégico de
Maragogi.
A Macrozona de Qualificação Urbana (MQU) corresponde ao Perímetro Urbano de Maragogi, onde o uso, a ocupação e a extensão
territorial são consolidadas ou estão em processo de consolidação, englobando-se os vetores de crescimento e expansão identificados
no território. Caracteriza-se por atividades urbanas, no qual se encontra a maior parcela da população residente no município e está
dividida em cinco distritos: São Bento, Maragogi, Barra Grande, Ponta de Mangue e Peroba
A delimitação proposta incorpora novas áreas, buscando a coesão territorial e a compatibilização da dinâmica urbana recente à
vocação de cada porção o território, ajustando o limite aos marcos físicos existentes, considerando a necessidade de dirimir conflitos
fundiários observados no município, principalmente em função da proximidade com assentamentos rurais e quanto à garantia de
acesso às áreas públicas e praias
Esta macrozona, apesar da predominância do perfil residencial, apresenta padrões diferenciados de urbanização e de oferta de
infraestrutura e equipamentos públicos, com a presença de vazios urbanos e áreas propicias à intensificação das atividades
econômicas e ao adensamento populacional, condicionado à capacidade da infraestrutura ofertada
Os parâmetros urbanísticos de uso e ocupação do solo da MQU serão tratados no Zoneamento Urbano, que regulamentará as áreas
que incidem sobre a mesma
A Macrozona de Desenvolvimento Rural Sustentável (MDRS) é caracterizada pela presença de atividades e assentamentos rurais
regulamentados pelo INCRA, nos quais se destaca a produção de cana-de-açúcar, coco, abacaxi e mandioca. O setor agropecuário
é o principal componente do PIB municipal e agrupa as atividades de pesca, pecuária e agricultura. As lavouras, no contexto
territorial, ocupam 44,7% do município, sendo que destes 36% correspondem aos assentamentos rurais, evidenciando a
expressividade desta atividade no território
Neste vetor, nota-se a ausência de infraestrutura básica e o perfil interiorano da ocupação indica dificuldade de acesso à serviços
e à equipamentos sociais, demandando investimentos e melhorias na integração dessas comunidades com a área urbana no
município
Alguns dos assentamentos, notadamente na região de Peroba, fazem divisa com recentes ocupações urbanas, onde é possível
identificar conflitos de ocupação, ainda que incipientes, sendo necessário conter esse avanço e garantir a melhoria na qualidade
de vida vinculada à permanência destas comunidades em seu território
Definição de diretrizes de uso e ocupação do solo rural, sinérgicas aos objetivos gerais propostos,
o que irá facilitar a instalação de atividades de apoio à produção agrícola, dinamizando a economia
rural, com foco na manutenção da população no campo;
Delimitação do Perímetro Urbano fundamentada em critérios técnicos e legais, em especial o
dispositivo no Art. 42-B da Lei Federal nº 10.257/2001;e
Delimitação das macrozonas de acordo com marcos físicos do território, em sistema de projeção
que permite interface com programas abertos de geolocalização (Google Earth), facilitando o
processo de planejamento e gestão territorial.
PE
Maragogi
9°S
9°S
PE Barreiros
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+
PE
060
São José da
9.018.000
9.018.000
Coroa Grande
9°45'S
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AMARELO SE
10°30'S
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38°15'W 37°30'W 36°45'W 36°W 35°15'W
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Cursos d'água principais
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Porto Calvo
Referências:
ga
INCRA. Assentamentos.
OSM (OpenStreetMap), 2020. Arruamento.
Prefeitura de Maragogi/SPU. Limite Preamar.
SEMARH/IMA (AL), 2007. Bacias Hidrográficas.
Oceano
±
9.000.000
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At l â nt i co Km
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Us Sistema de Coordenadas - UTM SIRGAS 2000 25S
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São Bento
Rua Celestino da Si lva
Japaratinga
PROJETO:
Plano de Diretor de Maragogi
$
+ AL
465
8.997.000
8.997.000
TÍTULO:
Mapa Macrozoneamento
GEOPROCESSAMENTO: FORMATO: ESCALA: DATA:
Geo Brasilis A1 1:42.000 12/11/2020
240.000 245.000 250.000 255.000 260.000
Sistema Municipal
O Sistema Municipal integra a proposta de Produção e Ordenamento Territorial por estar relacionado
à estruturação territorial de Maragogi, sendo composto por elementos que permitem a definição e
organização do uso, da ocupação e do desenvolvimento econômico e socioambiental do município.
Estabelece-se como base física, cadastral, quantitativa, qualitativa e espacial para o planejamento
territorial e a tomada de decisão, direcionando as ações do poder público em consonância com os
Eixos de Desenvolvimento Municipal (Capítulo 2) e com a Política Urbana de Maragogi (Capítulo 3).
5Conforme Lei Municipal nº 629 de 2017, destaque à Seção III que dispões sobre os Espaços Protegidos.
6 Dados constantes no Repositório Institucional de Geociência da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, 2013.
Disponível em: http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/18404
Rua Paulistânia, 381 – 5º andar – cj. 51 Inteligência Territorial
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quando houver alterações dos elementos que o compõe, a saber: vias, estradas rurais, rodovias,
ciclovias, calçadas e dados integrados sobre o deslocamento e transporte público.
É importante destacar que a metodologia que embasa a construção do Sistema Municipal parte do
pressuposto que os dados não são estáticos, ou seja, devem estar em constante atualização pela
Prefeitura Municipal, notadamente nos momentos de elaboração e revisão de Políticas Públicas
Setoriais, do georreferenciamento municipal, da proposição de diretrizes e da implementação de obras
e projetos.
SUBSISTEMA AMBIENTAL SUBSISTEMA DE EQUIPAMENTOS, SERVIÇOS E ÁREAS PÚBLICAS SUBSISTEMA DE ESTRUTURAÇÃO VIÁRIA E MOBILIDADE
• Ampliar, qualificar, recuperar e distribuir equitativamente as áreas e os espaços verdes nos Reduzir as desigualdades socioterritoriais, priorizando a instalação de equipamentos e Analisar as dinâmicas de mobilidade quanto à qualidade e à sustentabilidade
Distritos infraestrutura urbana nos bairros com maior vulnerabilidade social econômica e socioespacial das formas de deslocamento e as demandas presentes no
• Estimular a criação e implantação de áreas verdes por meio do estabelecimento de Ampliar, qualificar e descentralizar os equipamentos sociais município
parâmetros e incentivos urbanísticos e programas municipais Universalizar o acesso aos serviços públicos em todo município, priorizando o esgotamento Garantir a fluidez e a permeabilidade urbana, promovendo a continuidade do sistema
• Promover a arborização urbana e a integração entre áreas verdes, com foco na melhoria do sanitário viário existente, estruturando o acesso aos bairros e distritos
microclima local
Promover a participação popular no processo de planejamento e desenvolvimento dos Estruturar o sistema viário municipal, através do planejamento integrado da
• Instrumentalizar a gestão pública para tomada de decisões e definição de investimentos
projetos de equipamentos sociais e urbanos circulação viária e do uso do solo, considerando a composição viária como elemento
relativos às áreas de valor ambiental urbano, existentes e futuras, de Maragogi
Instrumentalizar a gestão pública para tomada de decisões e definição de investimentos estruturador do território
relativos aos equipamentos, serviços e áreas públicas, existentes e futuras, de Maragogi
Diretrizes
Diretrizes Diretrizes
7 Conforme Lei Municipal nº 629 de 2017, Anexo I, item XXX, o qual define quais instrumentos de avaliação estão comtemplados no termo Estudos Ambientais.
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240.000 245.000 250.000 255.000 260.000
38°15'W 37°30'W 36°45'W 36°W 35°15'W
PE
Maragogi
9°S
9°S
PE Barreiros
AL $
+
PE
060
São José da
9.018.000
9.018.000
Coroa Grande
9°45'S
9°45'S
AL
BA Oceano
PA PAU At l â n t i c o
Ri o P
AMARELO er s inunga SE
10°30'S
10°30'S
Microrregião Litoral
PA BUENOS
Jacuípe Rio
C a rvã o AIRES/
Norte de Alagoas
38°15'W 37°30'W 36°45'W 36°W 35°15'W
SANTA RITA
Referência Locacional Sistema Viário Hidrografia
PA ÁGUA FRIA
9.015.000
9.015.000
PA JUNCO Limite Estadual Rodovia Cursos d'água principais
PA BOM JESUS Limite Municipal Estrada Municipal
PA MELLOS
Perímetro Urbano Proposto Arruamento
Assentamentos Rurais
Assentamentos (INCRA)
Có
rr. R Subsistema Ambiental
ia PA MANGEBURA
c hã Áreas de Risco
o
a Áreas de Risco (Defesa Civil, 2018)
a
Defesa Civil, 2020
9.012.000
9.012.000
DOURADA PA JAVARÍ Rio Ta b a j a r a
Peroba Áreas de Risco - Inundação/Alagamento
Defesa Civil, 2020
Limite Preamar
Limite Preamar (SPU)
h.
Rc
C a ch e Unidades de Conservação
oei gu
ra Rc h. P n PA NOVA
onta d o Ma
JERUSALÉM APA (Federal)
RPPN Bosque RPPN (Estadual)
Áreas Verdes
Áreas Verdes (parcelamento)
Vegetação Remanescente por Domínio Vegetacional
$
+AL
101 Campo hidrófilo de várzea
9.009.000
9.009.000
Cerrado perenifólio
Ri Cerrado/floresta e Cerrado subperenifólio
s
os P u
od
a
Floresta perenifólia de mangue
PA CARAMURU PA LEMOS Floresta subperenifólia
Floresta subperenifólia de várzea
Ponta de Mangue Floresta subperenifólia e Campo de restinga
Floresta subperenifólia e Campo higrófilo de várzea
RPPN
Sem classificação
a l gado
Cachoeira
Subsistema de Equipamentos, Seviços e Áreas Públicas
S
Ri o
Equipamentos Sociais
PA ESPÍRITO Cemitério
SANTO a
9.006.000
9.006.000
Cultura
a
Educação
Barra Grande Esporte e Lazer
Saúde
Ri o
Ho Segurança Pública
r ta
PA OZIEL Áreas Públicas
PA SÃO PEDRO ALVES /
AQUIDABAM Praças
a
a Áreas Públicas (parcelamento)
Sistema de abastecimento de água e esgotos
Ri o a SAAE - Atendimento por água (índice: 50%)
a
Uti
9.003.000
ch a a
R
PA SAMBA .C
on
ce
ão Referências:
iç
Oceano
±
9.000.000
9.000.000
At l â nt i co Km
0 0,475 0,95 1,9
Sistema de Coordenadas - UTM SIRGAS 2000 25S
a
São Bento
a
Japaratinga
PROJETO:
$
+ AL
465
Plano de Diretor de Maragogi
8.997.000
8.997.000
TÍTULO:
i. Hierarquização viária;
ii. Dimensionamento das vias;
iii. Dimensionamento dos passeios;
iv. Diretrizes viárias; e
v. Intervenções estratégicas.
A definição da hierarquia viária de Maragogi tem como base esses conceitos e o seu contexto local,
entendendo que a trama do município é composta por uma via principal estruturadora, a AL-101, da
qual partem vias ortogonais que a conectam com a orla. Dessa forma, o sistema viário do município é
composto por:
A Via de Interesse Regional (AL-101) permite a articulação entre a Região Metropolitana de Maceió à
porção norte do Estado de Alagoas e sul de Pernambuco, sob responsabilidade do Departamento de
Estradas e Rodagens de Alagoas (DER/AL).
As Estradas Rurais se situam na porção não urbanizadas de Maragogi e caracterizam-se pelas conexões
secundárias intramunicipal ou com municípios do entorno, sendo os principais eixos de conexão entre
a área urbana de Maragogi com os Assentamentos Rurais.
A Via Arterial Verde forma a estrutura viária principal de Maragogi, situada majoritariamente na
porção central do município. A definição desta, enquanto verde objetiva a sua qualificação, através da
priorização da implantação de canteiros largos, arborizados e vegetados, de sistemas de drenagem e
aumento da permeabilidade e a segurança no deslocamento e travessia dos pedestres e ciclistas.
Conforme indicado, a municipalização do trecho entre o km 124 e a entrada do distrito sede da AL-101
a classificará como Via Arterial Verde, quando efetivada.
As Vias Coletoras Verdes são destinadas a recolher os deslocamentos locais, apoiando e alimentando
a rede viária arterial. Possuem maior circulação de veículos e estão presentes atividades comerciais e
serviços de âmbito local, que lhe atribuem um importante papel na escala dos bairros.
A qualificação destas, enquanto verdes, objetiva priorizar a arborização destas vias, prevendo-se
sistemas de drenagem e aumento da permeabilidade, bem como a instalação de equipamentos de
ginastica e lazer e ampliação das faixas de ciclovia e de pedestre.
Vias Locais
As Vias Locais são caracterizadas pelo baixo fluxo de tráfego, com intersecções em nível, não
semaforizadas, destinadas predominantemente ao acesso local. Englobam todas as vias do município
que não se enquadram nas demais classificações.
A Via de Interesse Regional, por ser administrada pelo DER, não têm seu dimensionamento definido
pelo Plano Diretor.
(1) Ciclovia poderá ser dispensada quando a declividade da via for superior a 7%.
Cumpre mencionar que as dimensões apresentadas acima deverão ser adotadas no caso de
desenvolvimento de projetos de urbanização específica e que as vias já implantadas permanecerão
com as dimensões existentes, podendo ser estabelecidos alargamentos ou adequações conforme
definição do poder executivo.
i. Dimensionamento:
a) Garantir a acessibilidade universal, compreendendo as rampas acessíveis, pisos táteis e sinalização
sonora nos cruzamentos onde houver semaforização;
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b) Seguir a compartimentação proposta na Figura 4.3.3-1, a saber:
o Faixa Livre de Circulação: dimensão mínima de 1,20m de largura e inclinação transversal
máxima de 3%, destinada exclusivamente à circulação de pedestres, livre de desníveis,
obstáculos físicos – temporários ou permanentes e vegetação;
o Faixa de Mobiliário Urbano: deve ter no mínimo 0,50m de largura, devendo ser lindeira ao
meio-fio, destinada à arborização, implantação de mobiliário urbano, sinalização e rampas
de acesso a veículos; e
o Faixa de Acesso das Edificações: pode ter largura máxima de 20% da largura total da calçada,
destinada à colocação de mobiliário móvel, como mesas de bar e floreiras, toldos,
propaganda, entre outros itens de apoio ao imóvel.
Quando a largura da calçada impossibilitar a implantação das três faixas será dada preferência à faixa
livre de circulação, posteriormente à faixa de mobiliário urbano e por último à faixa de acesso das
edificações, adotando-se a largura mínima de 3,00 m.
3m
ii. Execução:
a) A construção do passeio é de responsabilidade do proprietário e obrigatória em toda a extensão
fronteira do lote, sendo este edificado ou não;
b) Ficam definidos os seguintes acabamentos para as faixas livres de circulação:
o Cimento áspero;
o Cimentado estampado;
o Ladrilho hidráulico;
o Bloco intertravado; e
o Placa pré-moldada de concreto.
c) O acabamento deve ser contínuo e sem ressaltos ou depressões; e
Poderão ser utilizadas como referências para elaboração da cartilha de Maragogi as seguintes
iniciativas:
Programa Passeio Livre e cartilha elaborada pela Prefeitura de São Paulo – SP (Figura 4.3.3-2);
Cartilha de boas práticas para calçadas de Fortaleza - CE (Figura 4.3.3-3); e
Cartilha orientadora de aplicação das normas NBR9050/15 e NBR16537/16 em passeios públicos,
elaborada pela Prefeitura de Maceió - AL (Figura 4.3.3-4).
Fonte: Prefeitura Municipal de São Paulo, 2012. Fonte: Prefeitura Municipal de Fortaleza, 2019.
Figura 4.3.3-4: Cartilha orientadora de aplicação das normas NBR9050/15 e NBR16537/16 em passeios
públicos, elaborada pela Prefeitura de Maceió - AL10
Acessos públicos
Em complementação aos passeios e alinhada à proposta do Projeto Orla, fica estabelecida a garantia
de implantação e qualificação dos acessos públicos à praia, os quais devem adotar parâmetros e
especificações conforme segue:
8
Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/subprefeituras/calcadas/arquivos/cartilha_-
_draft_10.pdf
9
Disponível em: https://urbanismoemeioambiente.fortaleza.ce.gov.br/images/urbanismo-e-meio-
ambiente/apresentacoes-oficias/CARTILHA-PMCFOR.pdf
10
Disponível em: http://www.maceio.al.gov.br/wp-content/uploads/2018/08/pdf/2018/08/Cartilha-Cal%C3%A7ada-
Finalizada.pdf
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Garantir a acessibilidade universal, compreendendo rampas acessíveis, pisos táteis e sinalização,
devendo este acesso ser inteiro em nível e com marcação no piso para a circulação de diferentes
modais;
Ser dimensionada de modo a permitir o compartilhamento do espaço, incluindo-se o acesso de
veículos e pequenas embarcações, sendo destinadas, no mínimo:
o Dimensão mínima de 3 m (três metros) de largura e inclinação transversal máxima de 3%
(três por cento), para circulação de pedestres, livre de desníveis, obstáculos físicos –
temporários ou permanentes e vegetação;
o Mínimo de 1 m (um metro) de largura, para arborização, implantação de mobiliário urbano
e sinalização; e
o Máximo de 3,5 m (três metros e meio) de faixa compartilhada para ciclistas e veículos;
A construção do acesso é de responsabilidade do poder público, podendo este desapropriar áreas
particulares e exigir a implementação do acesso como contrapartida da instalação de
empreendimentos;
Ficam definidos os seguintes acabamentos para os acessos públicos:
o Ladrilho hidráulico;
o Bloco intertravado; e
o Outro piso drenante.
A execução dos acessos deve considerar a qualificação de áreas verdes e instalação de rede de
drenagem pluvial.
Os acessos público devem ser implantados ou qualificados conforme parâmetros acima listados,
estando espacializados em arquivo digital e na planilha fornecida pela Secretaria Municipal de
Planejamento, Orçamento e Patrimônio11, sendo eles:
A implantar:
o SB-1-A
o SB-2-V
o SB-3-V
o SB-4-P
o SB-5-A
o SB-6-A Acesso próximo ao Condomínio São Bento
o SB-7-A
o SB-8-P
o SB-9-A
o SB-10-P Acesso próximo ao Loteamento tenda
o SB-11-P
o SB-12-A Acesso próximo ao Condomínio Edifício Galileia e e Tropical II
o SB-13-A Acesso próximo ao Condomínio Edifício Galileia e e Tropical II
11
Os acessos públicos apresentados neste documento estão em processo de espacialização e validação, não correspondendo
à versão técnica final, estando passíveis de ajustes a serem apresentados nas próximas etapas.
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o SB-14-A Acesso próximo ao Condomínio Daher
o SB-15-A
o SB-16-P
o SB-17-P
o CH-2-V
o CH-3-V Acesso próximo ao Desmembramento Simoa no bairro Camacho
o CH-4-V
o CH-5-V
o BU-1 Abertura e alargamento de acesso à praia entre o Pontal e o Rest. Burgalhau
o BU-2- Abertura de acesso à praia próximo ao Hotel Praia Dourada
o BU-5
o BG-1 Acesso próximo ao Condomínio Porto Maragogi
o BG-5 Acesso próximo ao Loteamento Costa do Sol
o BG-6 Acesso próximo ao Loteamento Costa do Sol
o AT-1
o AT-2
o AT-3 Acesso próximo à Pousada Rangay
o XR-1
o PM-3
o PB-1 confirmar localização
o PB-2 Acesso no Loteamento São José 1 e 2
o PB - 4 Acesso próximo ao Loteamento Peroba Suítes
A qualificar:
o Acesso 8 (PM-1) Acesso ao lado do Hotel Gran Oca, alargar a via e recuperar o estado atual
o Acesso 9 Acesso na entrada da antena, qualificar enquanto Via Coletora no Loteamento Porto
do Sol
o Acesso 10 Abertura de acesso em estrada já existente, garantir acesso de pedestres entre os
Acessos 9 e 10
o Acesso 11 Acesso existente próximo a churrascaria Maragosasco e ao Loteamento Praia
Dourada
o Acesso 12 (DR-2) Acesso para pedestre próximo ao Condomínio Sol Nascente
o Acesso 12 Acesso existente, qualificar para veículos, no Loteamento Praia Dourada I
o Acesso 13 Acesso existente no Loteamento São José 1 e 2
o Acesso 14 (PB-3)Acesso existente após a AL-101 em frente ao Loteamento Costa dos Corais
o Acesso 15 Acesso existente após a AL-101 em frente ao Loteamento Águas de Maragogi
o Acesso 16 Qualificar e desbloquear acesso existente no Loteamento São Benedito
o Acesso 17 (PB-5) Acesso existente no Loteamento Ana Elizabete
o Acesso 18 Acesso existente
o Acesso 19 (PB-6) Acesso existente
o Acesso 20 (PB-7) Acesso existente para pedestres
| 49
4.3.4. Diretrizes viárias
As diretrizes viárias previstas para Maragogi propõem a implantação de novos traçados viários, de
modo a:
Por fim, cumpre mencionar que as diretrizes viárias propostas para o município deverão ser
incorporadas e complementadas pelo Plano de Mobilidade Urbana (PMU), quando de sua elaboração,
conforme ilustra o Mapa Abairramento e Subsistema de Estruturação Viária e Mobilidade o qual,
além da hierarquização viária, indica e descreve as diretrizes viárias e intervenções estratégicas.
Destaca-se que a elaboração do PMU é de suma importância para que o desenvolvimento e o
crescimento urbano ocorram de modo ordenado e coerente.
| 50
o Implantação de sistema de drenagem com canaletas para dar vazão às águas pluviais e evitar
o empoçamento.
Destaques da proposta:
PE
Maragogi
9°S
9°S
PE Barreiros
AL
São José da
$
+PE
060
9.018.000
9.018.000
Coroa Grande
9°45'S
9°45'S
AL
BA Oceano
PA PAU
Ri o P At l â n t i c o
AMARELO er s inunga
SE
10°30'S
10°30'S
PA BUENOS Microrregião Litoral
Jacuípe Rio
C a r vã o AIRES/ Norte de Alagoas
SANTA RITA 38°15'W 37°30'W 36°45'W 36°W 35°15'W
PA ÁGUA FRIA
9.015.000
9.015.000
PA JUNCO Referência Locacional
PA BOM JESUS Limite Estadual
PA MELLOS Limite Municipal
Perimetro Urbano Proposto
Bairros
Có Sistema Viário
rr. R
ia PA MANGEBURA
c hã IE 2
Arruamento
o
2
DV
IE Hidrografia
1
1
DV
Assentamentos Rurais
Cór r.
do
sP IE 3
DV
4 Assentamentos (INCRA)
PA COSTA us
a
Subsistema de Estruturação Viária e Mobilidade
9.012.000
9.012.000
Peroba
DOURADA PA JAVARÍ Rio Ta b a j a ra Diretrizes Viárias
Diretrizes Viárias
Intervenções Viárias
Intervenções Viárias
h.
Rc
C a ch e Hierarquização Viária
oei gu
ra Rc h. P n PA NOVA
onta d o Ma Estrada Rural
JERUSALÉM
Via de Interesse Regional
Via Arterial Verde
Via Coletora Verde
DV 3
Dourado
Via Local
$
+AL
101
9.009.000
9.009.000
Ponta de
Ri Mangue
s
os P u
od
a
PA CARAMURU PA LEMOS
IE 5
IE 7
IE 4
13
Oceano
DV
a l gado
IE 6
Antunes DV 6
At l â nt i co
S
IE 16
DV
Ri o
11
7
Parque dos
DV
PA ESPÍRITO Coqueiros
SANTO Canto do Mar
9.006.000
9.006.000
9
Barra Grande
IE
IE 8
IE 1
id Bairros do Centro
4
1 Conj. Res. Adélia Lyra
IE 15
Ri o
Ho Burgalhau
r ta
PA OZIEL
2 Sta. Tereza Verzere (Aviário)
DV
12
PA SÃO PEDRO ALVES / 3 Tecí Mendes (Grota)
DV 1
DV 5
DV 8
AQUIDABAM Deda Paes
4 Conj. Res. Evangélico
5
5 Carvão
DV
14
6 Centro
Ri o
7 Virgem dos Pobres
Uti
2 5
n ga 1
8 Colônia
IE
3
10
9.003.000
9.003.000
ch
R
PA SAMBA .C 4 Intervenções
on Descrição
Estratégicas
ce
ão 8
iç
Diretrizes 6
Referências:
Descrição Qualificação de via transversal que conecta a AL-101 à DV 1, no Loteamento Terra do
Viárias 7 IE 1 IBGE, 2018. Malha Municipal e Estadual.
Sol em Peroba IMA, 2013. Rodovias e estradas.
Conexão entre os loteamentos
Porto Calvo Cajá e Terra do Sol, criando uma via coletora paralela Rio Ma r a gogi
DV 1 Qualificação de via transversal que conecta a DV 2 à AL-101, próxima ao Loteamento IMA, 2007. Hidrografia Principal.
à AL-101 no bairro de Peroba IE 2 INCRA. Assentamentos.
Conexão entre a Rua das Onze Horas (no loteamento São Benedito) e a IE 2 no Barra Velha de Galés, em Peroba OSM (OpenStreetMap), 2020. Arruamento.
DV 2 Loteamento Barra Velha Gaés, criando uma via coletora paralela à AL-101 no bairro Qualificação de via transversal que conecta a AL-101 à DV 1, no Loteamento Sinfonia
Carotes IE 3
de Peroba dos Pescados em Peroba
Conexão entre o bairro Barra Grande e Peroba, criando uma via coletora paralela à AL- Qualificação de via paralela à AL-101 na orla de Antunes, ligando longitudinalmente os
DV 3 IE 4
101 em Ponta de Mangue bairros de Antunes e Ponta do Mangue
Conexão entre a IE 3 no Loteamento Sinfonia dos Pescados e a Rua do Funil (lateral à Qualificação de acesso à praia em Antunes, ligando transversalmente a AL-101 à orla
DV 4 EMEB Ayres Pereira da Costa), criando uma via coletora paralela à AL-101 no bairro de IE 5
±
Camacho
10
da praia
9.000.000
9.000.000
DV
Peroba
Qualificação de acesso à praia em Antunes, ligando transversalmente a AL-101 à orla
Criação de via de acesso a Zona de Desenvolvimento Economico, ao norte do distrito IE 6
DV 5 da praia
de Maragogi Concordia Km
DV 6 Abrir via de acesso para pedestres e via para buggues Qualificação de acesso à praia em Antunes, ligando transversalmente a AL-101 à orla 0 0,475 0,95 1,9
IE 1 IE 7 Sistema de Coordenadas - UTM SIRGAS 2000 25S
Prolongamento da Rua da Praia, conectando transversalmente os bairros de Barra
2
da praia
9
DV 7
DV
IE 11
8.997.000
DV 12 Conexão da AL-101 com a DV8 Bento
TÍTULO:
IE 13 Qualificação da Travessa Atônio Lira, via local, no bairro de São Bento
DV 13 Criação de via coletora em área de expansão urbano, ao noroeste de Barra Grande Maruim
IE 14 Qualificação de via que cruza o Parque dos Coqueiros Mapa Abairramento e Subsistema de Estruturação Viária
DV 14 Criação de via paralela ao Bairro do Carvão IE 15 Melhoria da conexão da AL-101 à praia, em Barra Grande
DV 15 Permite a conexão da DV8 até a AL-101 IE 16 Melhoria da conexão entre a AL-101 e a DV 13, em Barra Grande FORMATO:
GEOPROCESSAMENTO: ESCALA: DATA:
240.000 245.000 250.000 255.000 260.000 Geo Brasilis A1 1:42.000 12/11/2020
Zoneamento Urbano e Rural
O Zoneamento proposto para Maragogi tem como objetivo geral regular o uso e a ocupação do solo
no território municipal, por meio da compartimentação da Macrozona de Qualificação Urbana (MQU)
e da Macrozona de Desenvolvimento Rural Sustentável (MDRS), de modo a estabelecer parâmetros e
instrumentos aplicáveis aos objetivos de cada zona.
Esta seção faz correlação direta com o Capítulo VII (Da Gestão Urbana) e o Capítulo VIII (Das diretrizes
para elaboração da legislação de uso e ocupação do solo) do PDDS, observando-se aquilo que já está
disposto na lei e alinhando ao que propõe a Macrozona de Qualificação Urbana, a Macrozona de
Desenvolvimento Rural Sustentável e conforme orientam os Eixos de Desenvolvimento Municipal e
os conceitos da produção e do ordenamento territorial.
i. Parâmetros de uso; e
ii. Parâmetros de ocupação.
Poluição sonora: incomodidade causada pelo impacto sonoro produzido pela atividade ao
entorno, seja este gerado por máquinas, pessoas ou animais;
Poluição atmosférica: refere-se à emissão de substâncias odoríferas, de gases, vapores, materiais
particulados e/ou fumaça devendo-se observar o limite estabelecido em legislação estadual;
Poluição por resíduos sólidos: trata-se do impacto causado pela atividade que produz e/ou estoca
resíduos sólidos com riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública;
Poluição hídrica: trata-se do impacto causado ao meio ambiente pelas atividades que lançam
efluentes incompatíveis ao lançamento na rede hidrográfica e ou sistema coletor;
Porte do empreendimento: incomodidade causada em função do porte do empreendimento que
será instalado, considerando-se, para este enquadramento, a área construída de edificação.
Caberá ao empreendedor, caso exerça a atividade em parte da edificação, solicitar o
reenquadramento da atividade;
Geração de tráfego: trata-se do impacto causado por empreendimentos em função do
estacionamento e da concentração das pessoas, ou devido à operação e atração de veículos
pesados;
Poluição visual: trata-se do impacto visual produzido na paisagem urbana pela veiculação de
publicidades, luminosos, faixas e outdoors;
Vibração: quanto ao impacto causado por atividade geradoras de vibração ou choque no entorno
imediato decorrente do uso de equipamentos e maquinários;
Periculosidade: associado ao potencial de risco e danos à saúde e ao meio ambiente, em caso de
acidente, em função da produção, distribuição, comercialização, uso e estocagem de materiais
perigosos: radiação eletromagnética, explosivos, gás liquefeito de petróleo (GLP), inflamáveis,
tóxicos e equiparáveis; e
Impacto urbanístico: sobrecarga na capacidade de suporte da infraestrutura instalada ou
alteração da paisagem urbana.
As atividades classificadas como nR 2 e nR3 somente serão autorizadas após as adequações exigidas
pelos órgãos públicos municipais, inclusive no que se refere ao cumprimento das medidas mitigadoras,
devendo respeitar as zonas de uso e ocupação quanto às categorias de uso permitidas em cada uma
destas.
Permitida a geração de
POLUIÇÃO POR Permitida a geração de Permitida a geração de
resíduos classe II - Não
3. RESÍDUOS resíduos até classe II B - resíduos até classe II A - Não Adotar medidas e classificações conforme NBR 10.004/2004(3)
perigosos, sendo admitidos
SÓLIDOS Inertes inertes
classe I - perigosos
Vedada a implantação de
Permitida a implantação de empreendimentos geradores de
GERAÇÃO DE empreendimentos
6. tráfego intermitente de veículos (leves ou pesados) e com (1)(3)
TRÁFEGO geradores de tráfego de
fluxo intenso de ou pessoas (1)
veículos ou pessoas
Vedada a implantação de
empreendimentos que
comercializam, utilizam ou Obtenção de aprovação pelo Corpo de Bombeiros para o Execução e/ou adequação de medidas para prevenção e combate a
9. PERICULOSIDADE
estocam materiais perigosos exercício da atividade prevista incêndio de acordo com a legislação vigente (3)
compreendendo:
inflamáveis e tóxicos
(1) Sujeito a exigência da elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) para aprovação do empreendimento.
(2) Sugere-se a promulgação de legislação municipal pertinente conforme proposta apresentada no Capítulo 5, item 5.1 (Lei Cidade Limpa).
(3) Atender ao que dispõe a Lei Municipal nº 629/2017, Política Municipal de Meio Ambiente.
(4) Os empreendimentos do setor hoteleiro não serão enquadrados a partir do porte, entretanto devem apresentar Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) para aprovação do
empreendimento.
Elaboração: Geo Brasilis, 2020.
Os casos omissos deverão ser avaliados por equipe técnica multidisciplinar, sugere-se a formação da
Comissão Técnica de Análise (CTA) a qual atuará sobre as seguintes responsabilidades:
Acompanhar e emitir parecer quanto aos casos omissos e específicos quanto às normas de Uso e
Ocupação do Solo de Maragogi, incluindo as atividades já apontadas como de responsabilidade
da comissão no Anexo I;
Analisar e emitir parecer sobre atividades classificadas e regulamentadas na legislação municipal
de uso do solo, de modo a respaldar a autorização de emissão de Alvarás e Certidões de Uso e
Ocupação; e
Enquadrar as atividades nR e indicar a revisão do Anexo I, quando da atualizações do CNAE;
Demandar, se necessário, estudo técnico de órgãos competentes para embasar pareceres nos
assuntos de competência da CTA.
A avaliação e execução das ações acima identificadas são de responsabilidade conjunta das Secretarias
Municipais e do IPUMA, através da CTA, enquanto que a fiscalização e o monitoramento dos usos para
fins de emissão e renovação de alvarás de funcionamento são de responsabilidade da Secretaria
Municipal de Infraestrutura e Obras.
Rua Paulistânia, 381 – 5º andar – cj. 51 Inteligência Territorial
Vila Madalena - São Paulo - SP Planejamento Estratégico
CEP 05440-000 - Brasil Gestão Ambiental
Tel. +55 11 3035-1490 | 11 3816-1050 geobrasilis.com.br
| 60
Deste modo, propõe-se que a CTA seja composta pelo corpo técnico da prefeitura, considerando
servidores com nível superior, sendo a definição da composição técnica e a nomeação estabelecidas
por Decreto Municipal. Sugere-se como composição mínima:
Coeficiente de Aproveitamento: índice que, multiplicado pela área do lote, determina a área
líquida edificada admitida no lote/gleba, podendo ser:
o Mínimo (CAMi): índice que multiplicado pela área total do lote resulta na área mínima de
construção exigida, determinante para a incidência dos Instrumentos de Indução à Função
Social da Propriedade, a saber: Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios (PEUC)
e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) Progressivo no Tempo, a serem regulamentados
pelo Plano Diretor;
o Básico (CAB): índice que multiplicado pela área total do lote resulta na área máxima de
construção permitida, determinando o potencial construtivo do lote; e
o Máximo (CAMax): índice que multiplicado pela área total do lote resulta na área máxima de
construção permitida, determinando o potencial construtivo do lote, mediante contrapartida
financeira (Outorga Onerosa do Direito de Construir);
Lote Mínimo: dimensão mínima do lote, a partir do qual não poderá haver desmembramento ou
subdivisão;
Testada: dimensão mínima da frente do lote, que coincide com o alinhamento;
Recuos: referem-se ao espaço livre com relação às divisas do lote, quando confronta com
logradouro público ou outro elemento, podendo ser:
o Frente (F);
Piso semipermeável, podendo este ser vazado que permita o plantio de forração, em no mínimo
50% da área deste; e
Piso drenante que, por sua constituição e forma de instalação, não promova a impermeabilização
total do solo, permitindo a infiltração de água.
No computo do Gabarito, será desconsiderado o pavimento térreo quando sob pilotis e destinado a
garagem particular, inclusa a área ocupada para circulação, manobra e estacionamento de veículos,
não podendo o pé-direito majorar o pé-direito médio da edificação em 100%.
testada Recuos
Neste sentido, a delimitação das zonas foi precedida pela compreensão local, a qual considera a
morfologia da ocupação existente, as vocações territoriais, os vetores econômicos, turísticos, regionais
e sociais e as condicionantes físicas e ambientais de Maragogi, permitindo o agrupamento do território
a partir de objetivos comuns.
Os agrupamentos territoriais que caracterizam as zonas nestes inseridas estão indicados no Quadro
4.4.3-1 a seguir, sendo eles:
Preservação da Morfologia;
Qualificação Urbana; e
Estruturação Territorial.
12
Disponível em: https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2016/03/GEST%C3%83O2-smdu-
_ilustrado.pdf
Rua Paulistânia, 381 – 5º andar – cj. 51 Inteligência Territorial
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Quadro 4.4.3-1: Descrição e objetivos por agrupamento territorial
grandes glebas vazias na franja da ocupação urbana, bem como as áreas para a melhoria do microclima local
rurais e os assentamentos localizados no município • Ampliar as práticas de conservação e proteção ambiental das áreas verdes
• Zoneamento Rural:
rurais e urbanas o Zona de Assentamentos Rurais (ZAR)
De um modo geral, é identificado por usos residenciais esparsos e • Preservar as baixas densidades com predomínio do uso residencial próximo aos o Zona de Uso Rural Sustentável (ZURS)
pontuais, tanto na área urbana quanto na rural bairros já consolidados, conciliando-as com os aspectos ambientais e de • Zoneamento Urbano:
recursos hídricos o Zona de Controle Ambiental (ZCA)
Engloba-se ainda porções territoriais, inseridas no perímetro urbano, que o Zona Rururbana (ZRU)
• Garantir o atendimento equânime, das populações urbana e rural, aos serviços
possuem restrições à ocupação em função de suas características ou do
públicos e equipamentos sociais
interesse ambiental, devendo-se restringir e coibir a ocupação e o uso
• Promover a transição gradativa e de forma equilibrada entre os usos urbanos e
rurais, preservando a configuração urbana existente
Nota-se variedade no tamanho de lotes e no padrão de ocupação, a qual Promover a qualificação dos espaços públicos, ampliando os equipamentos, os
serviços sociais e os aspectos da mobilidade urbana • Zoneamento Urbano:
ocorre na forma de loteamentos abertos e condomínios fechados. Outra
• Fomentar o adensamento populacional em conformidade com a capacidade da o Zona de Especial Interesse Social (ZEIS)
característica é a significativa presença de áreas verdes e grandes glebas
o Zona de Qualificação Urbana (ZQU)
vazias intermeando estas ocupações. A distribuição de equipamentos infraestrutura urbana e com a existência de equipamentos sociais e urbanos
o Zona de Ocupação Orientada (ZOO)
sociais e serviços urbanos não é equânime • Oferecer condições para instalação de atividade industrial de baixo impacto, o Zona de Desenvolvimento Econômico (ZDE)
com potencial para diversificar a economia municipal
Incluem-se neste arranjo as áreas de vulnerabilidade social que • Promover Habitação de Interesse Social em áreas dotadas de infraestrutura e
demandam a priorização de intervenções quanto à regularização atendidas por atividades econômicas e trabalho, garantindo a inclusão
fundiária e instalação de infraestrutura urbana socioterritorial da população de menor renda
Com objetivo de facilitar a compreensão da proposta e a correlação entre o uso do solo, a ocupação e
as zonas definidas, a Quadro 4.4.3-3 traz uma síntese das informações apresentadas e o Quadro 4.4.3-
4 indica visualmente a relação entre o zoneamento e as categorias de uso permitidas.
| 67
Quadro 4.4.3-2: Caracterização da Zona de Uso e Ocupação de Maragogi
Descrição: Corresponde aos 18 assentamentos rurais delimitados e demarcados pelo INCRA, nos quais se distribuem em 20 comunidades. Esta zona objetiva a manutenção das características rurais desta porção territorial, proporcionando,
através da espacialização e da definição de um zoneamento rural para estas áreas, seu desenvolvimento social e econômico pautado no fortalecimento das comunidades de base, tradicionais e agrárias, e no estímulo à agricultura familiar.
Ocupação
Densidade
Usos (3) Taxa de Permeabilidade
Coeficiente de Aproveitamento Lote mínimo Testada (m) Recuos (F/L/Fu) Taxa de Ocupação (TO) Gabarito (m) Nº vagas interna ao lote
(TP)
(CAB/CAMi/CAMax) (m²)
40.000 N/A
R/nR1 N/A N/A N/A N/A N/A N/A
2.400 (4) 40 (4)
Nota: (1) Não disponível; (2) Google Earth Pro, 2020; (3) usos permitidos; (4) Parâmetros permitidos nas agrovilas situadas nos assentamentos.
Descrição: A ZURS corresponde às áreas rurais municipais, exceto os assentamentos rurais, onde observa-se ocupação dispersa e atividades agrícolas distribuídas de forma pulverizada. Destaca-se nestas áreas a existência de Reservas Legais
e Reservas Particulares do patrimônio Natural (RPPN), as quais compreendem a grandes maciços de áreas vegetadas no território rural.
Ocupação
Densidade
Usos (3) Taxa de Permeabilidade
Coeficiente de Aproveitamento Lote mínimo Testada (m) Recuos (F/L/Fu) Taxa de Ocupação (TO) Gabarito (m) Nº vagas interna ao lote
(TP)
(CAB/CAMi/CAMax) (m²)
Nota: (1) Não disponível; (2) Google Earth Pro, 2020; (3) usos permitidos.
Descrição: São porções do território onde há interesse de recuperação, conservação, manutenção e ampliação dos espaços públicos e das áreas de interesse ambiental. Na ZCA só serão permitidos usos de interesse público, voltados para os
serviços urbanos de micro e macrodrenagem, equipamentos comunitários e/ou espaços de lazer e contemplação. São critérios para delimitação da ZCA as vegetações protegidas e as Área de Preservação Permanente (APP) identificadas na
área urbana de Maragogi. Destaca-se que quando sobreposta às áreas já consolidadas, predominam-se os parâmetros definidos para as ZCAs. Deverá ser viabilizado o cadastramento, a remoção e o reassentamento das famílias do núcleo
urbano irregular, na região do Maruim, por se tratar de área de risco.
• Usos de interesse público, voltados para os equipamentos comunitários e para os serviços urbanos de micro e macrodrenagem;
• Atividades de lazer, recreação e esportes, compatíveis com a manutenção e a recuperação ambiental;
• Atividades de educação ambiental e estudos científicos, a partir do aproveitamento da infraestrutura instalada e da aproximação destas áreas com o contexto da cidade; e
• Atividades de conservação de mata e cultivo de mudas de espécies nativas, inclusive decorrentes de compensação ambiental.
Nota: (1) Não disponível; (2) Google Earth Pro, 2020; (3) para ZCA não se aplicam parâmetros urbanísticos.
Descrição: A ZRU é caracterizada por áreas desocupadas entremeada por vegetação e usos rurais. Nestas porções, predominam os vazios urbanos periféricos aos bairros residenciais, na transição urbano rural. Deste modo seus parâmetros
são definidos no intuito de conciliar a ocupação característica destes territórios com os aspectos ambientais e de recursos hídricos.
Ocupação
Densidade
Usos (3) Coeficiente de Aproveitamento Taxa de Permeabilidade
Lote mínimo Testada (m) Recuos (F/L/Fu) Taxa de Ocupação (TO) Gabarito (m) Nº vagas interna ao lote
(CAB/CAMi/ (TP)
(m²)
CAMax)
R
1/N/A/N/A 750 10 5/2/5 50% 30% 7 N/A
nR1
Nota: (1) Não disponível; (2) Google Earth Pro, 2020; (3) usos permitidos.
Descrição: A ZOO engloba territórios que compreendem grandes glebas e vazios urbanos entre, ou no entorno, de áreas em consolidação, cujo uso é predominantemente residencial. Demandam a estruturação da ocupação futura condicionada
à disponibilidade de equipamentos sociais e instalação de infraestrutura urbana, prevendo-se ainda a qualificação das áreas verdes e o estimulo a comércios e serviços de atendimento local.
R 1 vaga/UH
1/N/A/N/A 300 10 3/2/2 60% 15% 10
1 vaga/200 m² de área
nR1
construída
Nota: (1) Google Earth Pro, 2017; (2) Google Earth Pro, 2020; (3) usos permitidos.
Descrição: A ZEIS engloba territórios que se destinam, predominantemente, à garantia do direito à moradia e à cidade a partir da designação de terras já urbanizadas ou muito próximas da urbanização para provisão de habitações de interesse
social e mercado popular, prevendo também, prioritariamente a instalação de equipamentos sociais, infraestruturas, áreas verdes e comércios e serviços públicos.
R 1 vaga/UH
1/0,1/1,6 125 6 3/1,5/N/A 70% 15% 10
1 vaga/200 m² de área
nR1
construída
Nota: (1) Google Earth Pro, 2017; (2) Google Earth Pro, 2020; (3) usos permitidos.
Descrição: A ZQU engloba porções do território consolidadas ou em consolidação, com ocupação de média e baixa densidade construtiva e demográfica, que demandam qualificação da infraestrutura e serviços urbanos e acesso a equipamentos
sociais. Identifica-se a diversidade de usos e potencialidade para qualificação desta zona, promovendo melhor qualidades de vida. Especificamente no distrito de São Bento, na porção denominada região de São Bento, é desejável a preservação
da ambiência local, sendo preferenciais as atividades comerciais e turísticas que fomentem e promovam a identidade, cultura e gastronomia local sem alterar a paisagem urbana desta porção territorial
R 1 vaga/UH
3/1,5/1,5 (lote até
6 (lote até 300m²) 15 (lote até 600m²)
600m²) 1 vaga/200 m² de área
1/0,1/2 150 10 (lote acima de 70% 15% 21 (lote acima de
7/4/2 (lote acima construída
nR1 301m²) 601m²)
601m²) 1 vaga/3 unidades
hoteleiras (4)
Nota: (1) Google Earth Pro, 2017; (2) Google Earth Pro, 2020; (3) usos permitidos; (4) Atividades de alojamento deverão atender 1 vaga para cada 3 unidades hoteleiras; (5) Na região de São Bento o limite de gabarito será de 7m (2 pavimentos) independentemente
do tamanho do lote.
Descrição: A ZDE engloba porção do território onde se objetiva desenvolver atividades industriais e de serviços, incentivando a diversificação das atividades econômicas e não incômodas, incômodas compatíveis e incômodas não compatíveis
ao uso residencial, adotando-se medidas mitigadoras, em função da incomodidade gerada.
Descrição: A ZET compreende a faixa litorânea do município onde identifica-se maior dinâmica turística e de atividades de comércio e serviços voltados a este segmento. São áreas de uso misto, onde há sinais de verticalização e maior
dinamismo imobiliário, carecendo de estímulos e parâmetros que permitam as atividades em harmonia aos demais usos e ao meio ambiente, principalmente com relação ao sombreamento, insolação e ventilação nesta faixa. Especificamente
no distrito de São Bento, na porção denominada região de São Bento, é desejável a preservação da ambiência local, sendo preferenciais as atividades comerciais e turísticas que fomentem e promovam a identidade, cultura e gastronomia
local sem alterar a paisagem urbana desta porção territorial, devendo ser observada a garantia à permeabilidade visual na orla e fruição pública quanto aos acessos públicos.
R 1 vaga/UH
3/1,5/1,5 (lote até
6 (lote até 300m²) 15 (lote até 600m²)
600m²) 1 vaga/200 m² de área
nR1 1/0,2/2 150 10 (lote acima de 70% 10% 21 (lote acima de
7/4/2 (lote acima construída
301m²) 601m²)
601m²) 1 vaga/3 unidades
nR2 (6)
hoteleiras (4)
Nota: (1) Google Earth Pro, 2017; (2) Google Earth Pro, 2020; (3) usos permitidos; (4) Atividades de alojamento deverão atender 1 vaga para cada 3 unidades hoteleiras; (5) Na região de São Bento o limite de gabarito será de 7m (2 pavimentos) independentemente
do tamanho do lote; (6) Não são permitidos usos nR2 na região de São Bento.
Descrição: A ZOI corresponde à porção territorial localizada entre Peroba e Barra Grande, a qual, por estar no vetor de desenvolvimento municipal, possui potencial para abrigar novos empreendimentos. O intuito desta zona é induzir a
ocupação de forma estruturada, através de diretriz viária que a conecta à porção noroeste de Maragogi sentido Pernambuco, em forte processo de consolidação e expansão urbana. Destaca-se a possibilidade de aplicação do instrumento de
Operação Urbana Consorciada (OUC) nesta zona.
R 1 vaga/UH
15 (lote até 600m²)
1 vaga/200 m² de área
nR1 1/N/A/2 200 6 3/1,5/1,5 70% 15% 21 (lote acima de
construída
601m²)
1 vaga/3 unidades
nR2
hoteleiras (4)
Nota: (1) Google Earth Pro, 2017; (2) Google Earth Pro, 2020; (3) usos permitidos; (4) Atividades de alojamento deverão atender 1 vaga para cada 3 unidades hoteleiras.
Descrição: A ZDR destina-se a implantação do Aeródromo Regional e suas atividades correlatas, sendo seus parâmetros urbanísticos equivalentes aos da ZDE, com o diferencial de possibilitar a adequação necessária as particularidades da
Zona de Segurança Aeroportuária, devendo esta ser definida e regulamentada quando do licenciamento e execução do projeto do Aeródromo. No local, não é permitida a ocupação com usos residenciais e atividades incompatíveis ao
Aeródromo, em conformidade com o Decreto Estadual nº 68.668/2019, o qual a estabelece esta área como de utilidade pública.
Nota: (1) Não disponível; (2) Google Earth Pro, 2020; (3) para ZDR adota-se os parâmetros urbanísticos da ZDE.
ZURS R/nR1 N/A 40.000 N/A N/A N/A N/A N/A N/A
R
ZRU 1/N/A/N/A 750 10 5/2/5 50% 30% 7 N/A
nR1
R 1 vaga/UH
ZOO 1/N/A/N/A 300 10 3/2/2 60% 15% 10
1 vaga/200 m² de
nR1
área construída
R 1 vaga/UH
ZEIS 1/0,1/1,6 125 6 3/1,5/N/A 70% 15% 10
1 vaga/200 m² de
nR1
área construída
R 1 vaga/UH
3/1,5/1,5 (lote até
6 (lote até 300m²) 15 (lote até 600m²)
600m²) 1 vaga/200 m² de
ZQU (6) 1/0,1/2 150 10 (lote acima de 70% 15% 21 (lote acima de
7/4/2 (lote acima área construída
nR1 301m²) 601m²)
601m²) 1 vaga/3 unidades
hoteleiras (12)
MQU
nR1
1 vaga/100 m² de
ZDE/ZDR nR2 1/N/A/N/A 300 10 3/1,5/1,5 60% 20% 15
área construída
nR3
R 1 vaga/UH
3/1,5/1,5 (lote até
6 (lote até 300m²) 15 (lote até 600m²)
600m²) 1 vaga/200 m² de
ZET (6) nR1 1/0,2/2 150 10 (lote acima de 70% 10% 21 (lote acima de
7/4/2 (lote acima área construída
301m²) 601m²)
601m²) 1 vaga/3 unidades
nR2
hoteleiras (12)
R 1 vaga/UH
15 (lote até 600m²)
nR1 1 vaga/200 m² de
ZOI 1/N/A/2 200 6 3/1,5/1,5 70% 15% 21 (lote acima de
área construída
601m²)
nR2 1 vaga/3 unidades
hoteleiras (12)
(4) É vetado o uso nR2 em ZET e ZQU quando inserida na região de São Bento.
PE
Maragogi
9°S
9°S
PE Barreiros
AL $
+
PE
060
São José da
9.018.000
9.018.000
Coroa Grande
9°45'S
9°45'S
AL
BA Oceano
PA PAU At l â n t i c o
Ri o P
AMARELO er s inunga SE
10°30'S
10°30'S
PA BUENOS Microrregião Litoral
Jacuípe Rio
C a rvã o AIRES/
Norte de Alagoas
PA ÁGUA FRIA
9.015.000
9.015.000
PA JUNCO Referência Locacional
PA BOM JESUS
PA MELLOS
Limite Estadual
ZAR Limite Municipal
Perimetro Urbano Proposto
Có
rr. R
Bairros
ia PA MANGEBURA
c hã
o Sistema Viário
Rodovia
PA MASSANGANA PA ITABAIANA
Estrada Municipal
Cór r.
do
sP Arruamento
PA COSTA us Peroba
a
9.012.000
9.012.000
DOURADA PA JAVARÍ Rio Ta b a j a r a ZQU Assentamentos Rurais
Assentamentos (INCRA)
Zoneamento Rural (ZAR)
h.
Zona de Uso Rural Sustentável - ZURS
Rc
ZURS C a ch e
oei
ra Rc h. P
onta d o Ma
n gu PA NOVA Zona de Assentamentos Rurais - ZAR
JERUSALÉM
Zoneamento Urbano (ZURS)
Zona de Controle Ambiental - ZCA
Dourado Zona Rururbana - ZRU
Zona de Ocupação Orientada - ZOO
$
+AL
101 ZET
Zona de Ocupação Induzida - ZOI
9.009.000
9.009.000
Ri
s
Ponta de
Mangue Zona de Desenvolvimento Econômico - ZDE
os P u
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a
PA CARAMURU ZOI
Zona de Desenvolvimento Regional - ZDR
PA LEMOS
Zona de Qualificação Urbana - ZQU
Zona de Estruturação Turística - ZET
Zona de Especial Interesse Social - ZEIS
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Região São Bento
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9.006.000
Canto do Mar
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PA SÃO PEDRO Burgalhau
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9.003.000
9.003.000
ch Conj. Res.
R
PA SAMBA .C Evangélico
on
Centro
ce
ão
iç
Colônia Referências:
IBGE, 2018. Malha Municipal e Estadual.
Virgem dos
Rio Ma r a gogi IMA, 2013. Rodovias e estradas.
Porto Calvo Pobres
IMA, 2007. Hidrografia Principal.
INCRA. Assentamentos.
OSM (OpenStreetMap), 2020. Arruamento.
Carotes
Camacho
±
9.000.000
9.000.000
Oceano
At l â nt i co Km
Concordia 0 0,475 0,95 1,9
Sistema de Coordenadas - UTM SIRGAS 2000 25S
Nova
Vida
Japaratinga
São Bento
PROJETO:
Plano de Diretor de Maragogi
8.997.000
8.997.000
TÍTULO:
Maruim
Mapa Zoneamento Urbano e Rural
GEOPROCESSAMENTO: FORMATO: ESCALA: DATA:
Geo Brasilis A1 1:42.000 12/11/2020
240.000 245.000 250.000 255.000 260.000
4.4.4. Responsabilidades, Infrações e Penalidades
A presente seção visa apresentar as responsabilidades, infrações e penalidades quanto à aplicação da
Lei de Uso e Ocupação do Solo de Maragogi.
Parcelamento do Solo
O parcelamento do solo urbano tem como objetivo ordenar e disciplinar o controle e a divisão do solo
urbano, podendo ser realizado no formato de loteamento, desmembramento, desdobro e
remembramento, cujas diretrizes se aplicam à Macrozona de Qualificação Urbana (MQU), definida
pelo Plano Diretor e em alinhamento com o que estabelece previamente o PDDs 2004 em seu Capítulo
VIII (Das diretrizes para elaboração da legislação de uso e ocupação do solo), sendo que:
Loteamento é a divisão da gleba em lotes, destinados à edificação, com abertura de novas vias de
circulação ou prolongamento, modificação ou ampliação do arruamento existente;
Desmembramento é a subdivisão de glebas ou lotes destinados à edificação, com aproveitamento
do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias, nem no
prolongamento, modificação ou ampliação do arruamento existente;
Desdobro é o desmembramento que resulta em apenas dois lotes;
Remembramento, também denominado unificação, é a junção de lotes;
Gleba é a porção de terra sem edificação que ainda não foi parcelada nem utilizada para fins
urbanos; e
Lote é o terreno servido de infraestrutura básica, cujas dimensões atendam aos índices
urbanísticos definidos pelo zoneamento incidente.
Os parâmetros para dimensionamento mínimo dos lotes são definidos por zona de uso e ocupação,
conforme Quadro 4.4.3-2.
Loteamento
13 Lei Federal nº 6.766/1979: Dispõe sobre Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providências. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6766.htm. Acesso em fevereiro de 2020.
14 As áreas institucionais deverão se situar na parte externa do fechamento, com acesso à via pública.
O desmembramento é a subdivisão de glebas em, no mínimo, três lotes, destinadas à edificação, com
aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e
logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos elementos viários já
existentes, devendo respeitar os parâmetros de uso e ocupação do solo, conforme zoneamento,
estabelecidos pela lei específica.
Desdobro
O desdobro, por sua vez, é o parcelamento que resulta em apenas dois lotes, a partir de um já existente
e é produto de loteamento ou desmembramento anteriormente aprovado. Devem ser observados os
regramentos das metragens mínimas de lotes e testadas por zona, conforme trata a legislação
específica.
15Lei Federal nº 4.591/1964: Dispõe sobre o condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4591.htm. Acesso em fevereiro de 2020.
16 Lei Federal nº 13.465/2017: Dispõe sobre a regularização fundiária rural e urbana. Disponível em:
O remembramento de glebas ou lotes é a soma das áreas de duas ou mais glebas ou lotes, para a
formação de novas unidades, condicionadas aos imóveis, objetos da ação, pertencerem ao mesmo
proprietário.
15% (quinze por cento) para a área institucional, destinada à implantação de equipamentos
comunitários, devendo ser plenamente edificável e livre de impedimentos ambientais, com área
mínima de 500m², permitindo a inscrição de um raio de 10 metros e declividade de até 10%, a fim
de contemplar as reais necessidades do município; e
5% (cinco por cento) para sistema de lazer, destinado à implantação de praças, áreas de recreação
e esportivas e demais referenciais urbanos e paisagísticos, não podendo estar localizado em Área
de Preservação Permanente ou áreas impróprias para a ocupação.
O cômputo de áreas institucionais e de lazer não poderá considerar:
Faixas destinadas às Áreas de Preservação Permanente (APPs) dos corpos d’água, nos termos da
legislação federal, estadual ou municipal;
Reserva Legal averbada na matrícula ou inscritas no Cadastro Ambiental Rural - CAR e aprovadas
pelo órgão ambiental competente;
Áreas não parceláveis e não edificantes;
Faixas de domínio da rodovia e faixas de servidão ao longo das linhas de transmissão de energia
elétrica; e
Rotatórias e os canteiros centrais de avenidas.
Com relação ao sistema viário, o projeto urbanístico de parcelamento do solo para fins urbanos deve
respeitar as diretrizes viárias e as dimensões mínimas das vias, com objetivo de garantir a demanda e
a conectividade da malha urbana futura com a existente, atendendo aos seguintes parâmetros
mínimos:
Comprimento máximo das quadras – abertas e muradas, deverá ser de 300 (trezentos) metros,
podendo as quadras serem limitadas por Ruas, Vielas ou Sistemas de Lazer, para que não haja
prejuízo da mobilidade urbana e da segurança viária do trânsito de pedestres e ciclistas;
As vias locais com acesso único para entrada e saída (cul-de-saq) deverão ter comprimento
máximo de 150,00m, medidos do centro do balão de retorno até o eixo da Via Pública ou de
Dispositivo de Retorno, imediatamente anteriores .
Os acessos de pedestres devem distar no máximo 250,00 m, com largura mínima de 3,00 m (três
metros);
Os acessos de veículos devem distar no máximo 1 km (um quilômetro) e terão sua seção
transversal mínima de 3,5 m (três metros e meio)
4.5.4. Licenciamento
A execução de parcelamento do solo na modalidade loteamento dependerá de licença da Secretaria
Municipal de Infraestrutura e Obras, que será concedida ao interessado ou proprietário, de acordo
com as etapas de tramitação detalhadas no Quadro 4.5.4-1, sendo elas:
Alvará de Licença
Emissão da TVO
Nota: * Para todas as etapas de tramitação, deverão ser anexados, juntamente aos demais documentos exigidos, os
comprovantes de recolhimento de taxas municipais, estabelecidas pelo Código Tributário Municipal, ou legislação específica,
se houver. A tramitação do órgão público municipal, não dispensa a tramitação e aprovação dos empreendimentos nas
demais esferas de governo, seja Estadual ou Federal.
Elaboração: Geo Brasilis, 2020.
É de obrigação exclusiva do Poder Público e seus concessionários, de acordo com os contratos vigentes:
Planejamento;
Fiscal e Financeiro;
Indução à Função Social da Propriedade;
Gestão Urbana e Ambiental;
Financiamento da Política Urbana;
Regularização Fundiária; e
Gestão Democrática da Cidade.
Destaca-se que são aplicáveis no município de Maragogi os Instrumentos da Politica Urbana previstos
na Lei Federal nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade), incluindo-se a Operação Urbana Consorciada
(OUC) e demais, dos quais são regulamentados pelo Plano Diretor.
Instrumentos de Planejamento
Os Instrumentos de Planejamento têm, em âmbito municipal, a premissa de integrar as frentes
setoriais quanto aos aspectos urbanos, ambientais, orçamentários e socioeconômicos.
Promoção de audiência pública e debate com a participação da população, por meio do Conselho
Municipal de Desenvolvimento Urbano, além da publicidade quanto aos documentos e
informações produzidos, que subsidiarão a revisão ou o aperfeiçoamento do Plano Diretor (Art40,
§4º da Lei Federal nº 10.257/2001); e
Atendimento integral do Art.42 e, caso haja alteração de Perímetro Urbano, dos dispositivos do
Art. 42-B do Estatuto da Cidade.
Fonte: Estratégias Ilustradas - Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, 2014. Elaboração: Geo
Brasilis, 2020.
Os pagamentos por serviços ambientais deverão ser implantados através de programas definidos pela
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, que contemplem a remuneração de:
Diante deste contexto, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras deverá publicar previamente,
em Diário Oficial, para o lançamento da Contribuição de Melhoria:
Com base no Artigo 182 da Constituição Federal, nos imóveis que não cumprem sua função social
podem incidir os seguintes instrumentos, detalhados na sequência:
Propõe-se a aplicação deste instrumento nos imóveis inseridos na Macrozona de Qualificação Urbana
(MQU), priorizando-se, conforme capacidade de aplicação da administração pública, a Zona de
Qualificação Urbana (ZQU) e Zona de Estruturação Turística (ZET).
Lotes ou glebas não edificados, com área superior a 5.000 m² e com Coeficiente de
Aproveitamento igual a zero (CA=0);
Lotes ou glebas subutilizados, com área superior a 1.000 m² e com CA abaixo do mínimo definido
para as referidas zonas (CAMin< 0,2);
Edificação com área construída superior a 1.000m² não utilizada, estando desocupada por mais de
dois anos ininterruptos.
Ficam excluídos das categorias de não edificados ou subutilizados os imóveis que:
A majoração sobre a alíquota do imposto deve ser realizada anualmente, pelo prazo de cinco anos
consecutivos;
A alíquota a ser aplicada a cada ano sobre o IPTU será igual ao dobro da alíquota aplicada no ano
anterior, iniciando-se em 2%, com limite máximo da majoração de 15%, que deverá ser alcançada
em quatro anos;
O limite máximo da majoração é de 15%, conforme artigo 6º do Estatuto da Cidade (Lei Federal nº
10.257/2001) e Novo Código Tributário do Município de Maragogi;
Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em cinco anos, o município
manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação;
Este instrumento somente será utilizado nos imóveis onde já se aplicou o IPTU Progressivo no Tempo,
com base nas seguintes diretrizes estabelecidas pelo artigo 8º do Estatuto da Cidade:
O cálculo da desapropriação corresponde ao valor da base de cálculo para o IPTU, sendo que desse
montante deverá ser descontado os investimentos públicos na área do imóvel;
Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação do Senado Federal e serão resgatados no prazo
de até dez anos, sem poder liberatório para pagamento de tributos;
O município deverá proceder com o adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de
cinco anos, a partir da sua incorporação ao patrimônio público;
Em caso de sua não destinação ao prazo estabelecido, o prefeito e os demais agentes públicos
incorrerão em improbidade administrativa; e
O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado pelo poder público ou por meio de alienação ou
concessão a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido procedimento licitatório.
Aplicação;
Exigibilidade; e
Estrutura e medidas compensatórias.
A avaliação e aprovação do EIV são de responsabilidade da Secretaria Municipal de Infraestrutura e
Obras, a qual poderá solicitar pareceres e consultas às demais secretarias e autarquias municipais, e
cuja devolutiva deve constar:
O prazo para avaliação integral dos trabalhos, que não deverá exceder 90 dias; e
Obrigatoriedade de publicação e publicidade do EIV para consulta pública, que deverá ser
disponibilizado no site da prefeitura e no referido órgão municipal.
De posse de todas as informações e demais manifestações, a secretaria emitirá o parecer final, que
pode ser de aprovação total ou parcial, bem como as ações adicionais de mitigação e compensação às
quais está condicionada à aprovação do EIV.
Em qualquer fase do processo de tramitação do EIV, o mesmo pode ser reprovado pela municipalidade,
desde que ocorra de maneira fundamentada.
Informações cartográficas (em projeção UTM, datum horizontal SIRGAS 2000, fuso 23 Sul, em
conformidade com a recomendação federal):
o Construção e estruturação de banco de dados geoespaciais do município, incluindo ortofoto
georreferenciada de Maragogi, hidrografia, geomorfologia, áreas protegidas e de unidades
de conservação, áreas de suscetibilidade geológico-geotécnico e de inundação, entre outras
informações relevantes; e
o Localização geoespacial de arruamento e equipamentos públicos municipais, estaduais e
federais instalados em Maragogi, além de infraestruturas de transporte, sistema viário,
transmissão de energia elétrica, saneamento básico, entre outros elementos pertinentes,
com base nos dados das Secretarias Municipais e demais órgão relacionados aos temas
especificados;
Indicadores Municipais:
O Grupo de Gestão deverá ser deliberativo e paritário em número de representantes da sociedade civil
e do poder público.
Os recursos obtidos pelo Poder Público no âmbito da OUC deverão serão aplicados exclusivamente na
implantação do programa de intervenções urbanas, o qual deverá ser previsto na lei de criação da
OUC, sendo que, no mínimo, 25% dos recursos arrecadados deverão ser aplicados em Habitação de
Interesse Social no perímetro de abrangência da OUC, preferencialmente destinadas à população de
baixa renda residente na área da Operação.
Considerando as disposições anteriores propõe-se a criação da OUC Ponta de Mangue, a qual deverá
interligar os distritos de Peroba e Barra Grande, através da Diretriz Viária -DV3 (Mapa Abairramento
e Subsistema de Estruturação Viária e Mobilidade), correspondendo à totalidade da ZOI, delimitada
no Mapa Zoneamento Urbano e Rural.
Fonte: Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, 2014. Elaboração: Geo Brasilis, 2020.
Identificar os núcleos urbanos informais que devam ser regularizados, organizá-los e assegurar a
prestação de serviços públicos aos seus ocupantes, de modo a melhorar as condições urbanísticas
e ambientais em relação à situação de ocupação informal anterior;
Criar unidades imobiliárias compatíveis com o ordenamento territorial urbano e constituir sobre
elas direitos reais em favor dos seus ocupantes;
Ampliar o acesso à terra urbanizada pela população de baixa renda, de modo a priorizar a
permanência dos ocupantes nos próprios núcleos urbanos informais regularizados;
Promover a integração social e a geração de emprego e renda;
Estimular a resolução extrajudicial de conflitos, em reforço à consensualidade e à cooperação
entre Estado e sociedade;
Garantir o direito social à moradia digna e às condições de vida adequadas;
Garantir a efetivação da função social da propriedade;
Ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus
habitantes;
Concretizar o princípio constitucional da eficiência na ocupação e no uso do solo;
Prevenir e desestimular a formação de novos núcleos urbanos informais;
Conceder direitos reais, preferencialmente em nome da mulher;
Franquear participação dos interessados nas etapas do processo de regularização fundiária.
Rua Paulistânia, 381 – 5º andar – cj. 51 Inteligência Territorial
Vila Madalena - São Paulo - SP Planejamento Estratégico
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Para Maragogi, propõem-se que sejam adotados os procedimentos e instrumentos estabelecidos pela
legislação federal, divididos em:
Interesse Social – Reurb-S: aplicável aos núcleos urbanos informais ocupados predominantemente
por população de baixa renda17; e
Interesse Específico - Reurb-E: aplicável aos núcleos urbanos informais ocupados por população
não qualificada na hipótese de baixa renda.
Os núcleos descritos acima, com base nos critérios estabelecidos pela Lei Federal nº 13.465/ 2017 e
alterações posteriores, compreendem ocupações da área de forma mansa, pacífica e duradoura há,
pelo menos, cinco anos, existentes até 22 de dezembro de 2016, cujo processo de regularização
fundiária deve seguir as diretrizes ilustradas na Figura 5.6-1.
17Considera-se de baixa renda as famílias com renda igual ou inferior ao valor correspondente a cinco salários mínimos (Art.
95, §2º e inciso I do Decreto-Lei nº 1.876/1981).
Assinatura de termino de
Elaboração e aprovação do compromisso de realização
Saneamento do processo
projeto de regularização das obtas previstas no
administrativo
fundiária projeto (específico para
Reurb-E)
Expedição do Certificado de
Aprovação da Reurb por Registro do CRF e do projeto
Regularização Fundiária -
decisão administrativa no cartório de R.I.
CRF
Os projetos de regularização fundiária terão sua aprovação urbanística e ambiental realizadas pela
Secretaria de Infraestrutura e Obras, os quais devem conter:
• Reurb-S:
o Operada sobre área de titularidade pública, caberão ao referido ente ou ao Município
promotor a responsabilidade de elaborar o projeto de regularização fundiária nos termos do
ajuste que venha a ser celebrado e a implantação da infraestrutura essencial, quando
necessária;
o Operada sobre área de titularidade particular, caberá ao Município a responsabilidade de
elaborar e custear o projeto de regularização fundiária e a implantação da infraestrutura
essencial, quando necessária;
• Reurb-E, a regularização fundiária será contratada e custeada por seus potenciais beneficiários
ou requerentes privados;
• Reurb-E sobre áreas públicas, se houver interesse público, o Município poderá proceder à
elaboração e ao custeio do projeto de regularização fundiária e da implantação da infraestrutura
essencial, com posterior cobrança aos seus beneficiários.
Para fins de regularização fundiária urbana, sugere-se que o Poder Público Municipal utilize os
seguintes instrumentos jurídicos, sem prejuízo de outros que se apresentem adequados:
• Urbanização;
• Industrialização;
• Regularização fundiária;
• Aproveitamento sustentável do meio ambiente;
• Preservação das comunidades tradicionais e seus meios de subsistência, edificação, cultivo da
terra; ou
• Utilização de interesse social, ambiental ou cultural.
A CDRU dependerá, quando de um bem imóvel tombado pela Prefeitura Municipal, de um parecer
técnico dos órgãos responsáveis pelo tombamento quanto à viabilidade da concessão.
O referido instrumento é transferível por ato inter vivos ou por sucessão legítima ou testamentária, a
título gratuito ou remunerado, como os demais direitos reais sobre coisas alheias, revertendo o imóvel
à Prefeitura Municipal concedente se o concessionário ou seus sucessores não lhe derem o uso
definido ou o desviarem de sua finalidade contratual.
Em conformidade com a Medida Provisória nº 2.220/2001, e suas alterações posteriores dadas pela
Lei Federal nº 13.465/ 2017, o Executivo outorgará título de concessão de uso especial para fins de
moradia àquele(s) que, até 22 de dezembro de 2016, residia(m) em imóvel público situado em área
urbana, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, desde que:
• A concessão de uso especial para fins de moradia poderá ser outorgada mediante requerimento
do interessado, dirigido à Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras;
• O Executivo poderá assegurar o exercício do direito de Concessão de Uso Especial para Fins de
Moradia, individual ou coletivamente, em local diferente daquele que gerou esse direito, nas
hipóteses de:
o Ser área de uso comum do povo com outras destinações prioritárias de interesse público,
definidas pelo Plano Diretor;
o Ser área onde houver necessidade de desadensamento por motivo de projeto e obra de
urbanização; e
o Ser área de conservação ambiental e proteção dos ecossistemas naturais.
• Serão respeitadas, quando de interesse da comunidade, as atividades econômicas locais
promovidas pelo próprio morador, vinculadas à moradia;
• Extinta a concessão de uso especial para fins de moradia, o Poder Público recuperará o domínio
pleno do terreno; e
• O Poder Público será responsável por promover as obras de urbanização nas áreas onde foi obtido
título de concessão de uso especial para fins de moradia.
• Poderá ser transferida por causa mortis ou por ato inter vivos;
• Não se aplica aos imóveis urbanos situados em área de titularidade do poder público.
Sem prejuízo dos direitos decorrentes do exercício da posse mansa e pacífica no tempo, aquele em
cujo favor for expedido título de legitimação de posse, decorrido o prazo de cinco anos de seu registro,
terá a conversão automática dele em título de propriedade, desde que atendidos os termos e as
condições do Art. 183 da Constituição Federal18, independentemente de prévia provocação ou prática
de ato registral.
Nos casos não contemplados no parágrafo acima, o instrumento em questão poderá ser convertido
em título de propriedade, desde que satisfeitos os requisitos de usucapião estabelecidos na legislação
em vigor, mediante requerimento do interessado, perante o registro de imóveis competente.
18 “Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não
seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do
estado civil.
§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.”
Por fim, o título de legitimação de posse poderá ser cancelado pelo poder público emitente quando
constatado que as condições estipuladas nesta Lei deixaram de ser satisfeitas, sem que seja devida
qualquer indenização àquele que irregularmente se beneficiou do instrumento.
Segundo a normativa federal, as famílias com renda mensal de até três salários mínimos, residentes
em áreas urbanas ou rurais, têm o direito à assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a
construção de habitação de interesse social para sua própria moradia.
Em Maragogi, propõe-se que este instrumento seja garantido à população, indivíduos, entidades,
grupos comunitários e movimentos na área de Habitação de Interesse Social e de Agricultura Familiar,
priorizando-se as comunidades em ZEIS e os Assentamentos Rurais, por meio de ações a serem
promovidas por meio da articulação da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras, com objetivo
de:
Os serviços de assistência técnica indicados anteriormente devem ser prestados por profissionais das
áreas de arquitetura e urbanismo e engenharia que atuem como:
Agentes públicos;
Integrantes de equipes de organizações não governamentais sem fins lucrativos;
Profissionais autônomos ou integrantes de equipes de pessoas jurídicas, previamente
credenciados, selecionados e contratados pela municipalidade.
Os conselheiros do CMDU deverão ser nomeados através de Decreto específico, sendo a composição
paritária, por 16 membros, sendo oito do Poder Executivo e oito de organizações de sociedade civil, a
saber:
O Conselho será presidido pelo Diretor do IPUMA ou, na sua ausência, por seu respectivo suplente.
O mandato dos membros do Conselho será de quatro anos, permitida uma recondução e será
renovado no primeiro ano do mandato do Prefeito Municipal.
Com objetivo de fortalecer este colegiado, a revisão do Plano Diretor de Maragogi propõe incluir às
suas atribuições o acompanhamento e o monitoramento do Pagamento por Prestação de Serviços
Ambientais (PSA), conforme disposto no Item 5.2.1.
Sugere-se que, além das atividades às quais os recursos do Fundo destinam-se, seja incluído o
desenvolvimento de planos, programas e projetos que visem à implantação do Pagamento por
Prestação de Serviços Ambientais (PSA) (vide item 5.2.1), bem como a sua efetivação.
Audiência Pública;
Iniciativa Popular, de projetos de lei, de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
Gestão Orçamentária Participativa; e
Conferência Municipal da Cidade.
Audiência Pública
• Ser convocada por edital, com no mínimo 15 dias de antecedência, com amplo alcance à
população local;
• Ocorrer em locais e horários acessíveis à maioria da população;
• Serem dirigidas pelo Poder Público Municipal, que após a exposição de todo o conteúdo, abrirá
as discussões aos presentes;
• Garantir a presença de todos os cidadãos, independente de comprovação de residência ou
qualquer outra condição, que assinarão lista de presença; e
• Ser registrada através de gravação e, após a sua realização, lavrada a respectiva ata.
19 Estatuto da Cidade, Lei Federal nº 10.257/2001 e Resolução nº 25 do Conselho Nacional das Cidades.
Iniciativa Popular
Sua inclusão como instrumento de gestão democrática possibilita a atuação popular através de um
canal mais representativo e direto ao exercício da democracia, sendo vinculada a uma porcentagem
mínima de 2% do eleitorado para que seja efetivamente submetida à apreciação da Câmara Municipal.
A gestão orçamentária participativa é prevista pela Lei Federal nº 10.257/01 (Estatuto da Cidade) como
item obrigatório à aprovação pela Câmara Municipal das proposições feitas para o Plano Plurianual
(PPA), para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e para a Lei de Orçamento Anual (LOA) e deve ser
garantida por meio a realização de debates, audiências e consultas públicas sobre as propostas.
Incorporar as ações prioritárias do Plano Diretor aos seus termos, respeitadas as restrições legais,
técnicas e orçamentário- financeiras;
Ser apresentada ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, o qual poderá sugerir e
solicitar ao Executivo a complementação, suplementação ou esclarecimento acerca da execução
orçamentária referente à implementação das ações e programas prioritários; e
O Executivo encaminhar ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano o relatório de
execução orçamentária das ações e programas previstos no Plano Diretor.
Conferência Municipal da Cidade
Caberá à conferência:
CAU –SC. Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina. Fundamentos para as cidades 2030.
Planos Diretores Participativos e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. 2019. Disponível em:
http://www.causc.gov.br/wp-content/uploads/2020/06/Fundamentos-para-as-cidades-2030-
CAU_SC.pdf
MDR. Ministério do Desenvolvimento Regional. Guia para elaboração e revisão de Planos Diretores.
2019. Disponível em: http://www.capacidades.gov.br/biblioteca/detalhar/id/368/titulo/guia-para-
elaboracao-e-revisao-de-planos-diretores-
ONU BRASIL. Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Disponível em: https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/
PREFEITURA DE SÃO PAULO. Guia Metodológico de Participação no Governo. 2016. Disponível em:
https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/ uploads/2018/02/Guia-
Metodol%C3%B3gico-de-Participa%C3%A7%C3%A3o.pdf
Anexo IV – Definições
O Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), conforme preconiza o Estatuto da Cidade (Lei Federal nº
10.257/2001), determina ao poder municipal a definição dos empreendimentos cujas atividades,
públicas ou privadas, estejam sujeitas à elaboração do referido estudo, a fim de se obter “licenças ou
autorizações de construção, ampliação ou funcionamento”.
O EIV não substitui a elaboração e a aprovação de Estudos Ambientais e Estudo de Impacto de Trânsito
/ Relatório de Impacto de Trânsito (EIT/RIT), conforme exigência das demais legislações municipais,
estaduais ou federais.
Da formatação
Da exigibilidade
O EIV será requerido para os projetos que possuam características que poderão alterar ou impactar o
ambiente construído e/ou natural, e/ou sobrecarregar a capacidade da infraestrutura existente, ou
ainda causar incômodos excessivos como ruído e poluição, sendo eles:
Área de Entorno Imediato (AEI): 300 metros no entorno do empreendimento, a partir de seus
limites.
1 Introdução Contemplando apresentação com breve caracterização do empreendimento proposto e contextualização do imóvel em Maragogi e na região/ Estado, caso pertinente
Caracterização do meio ambiente na área do empreendimento, incluindo se houver: restrições ambientais, proximidade com Unidades de Conservação, rios, nascentes e cursos d’água, indicando as
respectivas Áreas de Preservação Permanente (APPs)
Quadro de dimensionamento, contendo área total do terreno, área total prevista a ser construída, área institucional, área do sistema viário, área das faixas não edificáveis, áreas verdes/sistema de lazer e
de conservação, com os respectivos percentuais
3 Caracterização do empreendimento
População atendida com as características e quantidades
Clientes, com caracterização e quantidades, e previsões de horários de picos, com as respectivas quantidades de pessoas previstas nestes horários, se houver
Número de unidades e sua caracterização simplificada (incluindo número de pavimentos, unidades por andar, etc., se houver)
Número e tipo de veículos que devem circular diariamente no empreendimento e nos horários de pico, incluindo os utilizados por contratados terceirizados e fornecedores, se houver
Existência de áreas de interesse paisagístico, histórico, cultural, arquitetônicos e/ou natural na área do empreendimento, sua caracterização e como se inserem no empreendimento
Desenhos, plantas, mapas, croquis de esclarecimento e identificação para caracterização e dimensionamento dos sistemas
Mobilidade urbana, incluindo sistemas de circulação de pedestres, geração de tráfego, capacidade viária, demanda por transporte público e identificação dos logradouros atendidos em planta
6 Caracterização da AEI Zoneamento e principais usos, identificados em planta
Caracterização da relação entre o empreendimento e o meio ambiente na área do entorno imediato, considerando a presença, se houver, de restrições ambientais, proximidade com Unidades de
Conservação, rios, nascentes e cursos d’água, indicando as respectivas APPS
Indicação de áreas de interesse paisagístico, histórico, cultural, arquitetônicos e/ou natural no entorno imediato e sua caracterização resumida, se houver
Aspectos socioeconômicos (atividades econômicas, renda da população, empregos gerados nos diversos setores da economia)
Impactos ambientais
Localização do impacto
Adensamento populacional
Equipamentos urbanos e comunitários, incluindo consumo de água e de energia elétrica, geração de resíduos sólidos, líquidos e efluentes de drenagem de
águas pluviais
Uso e ocupação do solo
Matriz de avaliação dos impactos Valorização imobiliária, com especial atenção para a criação de movimentos de expulsão da população já instalada no entorno
7
positivos e negativos
Sistema de circulação de pessoas, acessibilidade, geração de tráfego e demandas por melhorias e complementações nos sistemas de transporte coletivo,
estacionamento, carga e descarga, embarque e desembarque;
Demais aspectos de análise
Ventilação e iluminação
8 Desenhos, mapas, plantas e croquis, de tal modo a informações terem esclarecimento pleno, dos itens que se fizerem necessários
9 Conclusão
Documento de responsabilidade técnica de execução do estudo, expedida por órgão de classe, e demais informações que contribuam para a leitura rápida e clara do trabalho, incluindo cópias de documentos, pareceres e aprovações de órgãos
10
públicos e/ou concessionárias
Elaboração: Geo Brasilis, 2020.
A Prefeitura Municipal, para eliminar ou minimizar impactos gerados pelo empreendimento, deverá
solicitar como condição para sua aprovação, projeto onde constem as alterações e as
complementações, bem como a execução de obras e serviços de melhorias de infraestrutura urbana e
equipamentos comunitários, tais como:
ÁREA CONSTRUÍDA- somatório de toda área coberta, projetada em plano horizontal, de cada
pavimento de uma edificação, com exceção das saliências, beiral e/ou marquise;
ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP)- é uma área protegida, coberta ou não por vegetação
nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica
e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar
das populações humanas;
ÁREAS DE LAZER- área pública destinada à implantação de equipamentos de lazer como quadras,
praças, campos de jogos, "playgrounds", parques e áreas de convívio com adequação paisagística;
ÁREAS PROTEGIDAS- áreas, cobertas ou não por vegetação nativa, que exercem função ambiental de
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo
gênico de fauna e flora, proteger o solo ou assegurar o bem-estar das populações humanas;
ÁREA VERDE - área livre de caráter permanente, de propriedade pública ou privada, com vegetação
natural ou resultante de plantio, indisponíveis para construção imobiliária, destinados aos propósitos
de recreação, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana, proteção dos recursos hídricos,
manutenção ou melhoria paisagística, proteção de bens e manifestações culturais;
ATIVIDADE- uso de um prédio ou de um espaço físico para moradia, negócios, indústria, entre outros;
CICLOFAIXA- parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de bicicletas, delimitada por
sinalização específica;
CICLOVIA- pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego comum;
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO BÁSICO (CAB)- índice que multiplicado pela área total do lote
resulta na área máxima de construção permitida, determinando o potencial construtivo do lote;
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO MÁXIMO (CAMAX)- índice que multiplicado pela área total do lote
resulta na área máxima de construção permitida, determinando o potencial construtivo do lote;
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO MÍNIMO (CAMIN)- índice que multiplicado pela área total do lote
resulta na área mínima de construção permitida, determinante para a incidência de IPTU Progressivo
no Tempo e Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória -PEUC;
FAIXA DE ROLAMENTO- parte da via utilizada para a circulação de veículos, identificada por elementos
separadores ou por diferença de nível em relação às calçadas ou aos canteiros centrais;
GABARITO- é a altura máxima da edificação, calculada pela distância entre o piso térreo e o ponto mais
alto da cobertura;
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL (HIS)- é aquela destinada ao atendimento das famílias de baixa
renda, podendo ser de promoção pública ou privada, com unidade habitacional tendo no máximo um
sanitário e uma vaga de garagem;
LOTE MÍNIMO- dimensão mínima do lote, a partir do qual não pode haver desmembramento ou
subdivisão;
PAISAGEM URBANA- maneira em que prédios, ruas, edifícios, veículos automotores, sinalizações de
trânsito, além de elementos naturais, se organizam dentro do perímetro urbano;
PARKLET- extensão da calçada, podendo ser considerada como minipraça, que ocupa uma ou duas
vagas de estacionamento da via pública com intuito promover espaços de lazer e convivência;
POLO GERADOR DE TRÁFEGO- são empreendimentos que atraem ou produzem grande número de
viagens causando reflexos negativos na circulação viária de seu entorno imediato;
POLUIÇÃO HÍDRICA- trata-se do impacto causado ao meio ambiente pelas atividades que lançam
efluentes incompatíveis ao lançamento na rede hidrográfica e ou sistema coletor;
POLUIÇÃO POR RESÍDUOS SÓLIDOS- trata-se do impacto causado pela atividade que produz e/ou
estoca resíduos sólidos com riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública;
POLUIÇÃO SONORA- incomodidade causada pelo impacto sonoro produzido pela atividade ao entorno,
seja este gerado por máquinas, pessoas ou animais;
POLUIÇÃO VISUAL- trata-se do impacto visual produzido na paisagem urbana pela veiculação de
publicidades, luminosos, faixas e outdoors;
TAXA DE OCUPAÇÃO (TO)- relação percentual entre a projeção do perímetro total da edificação no
terreno e a área do lote;
TAXA DE PERMEABILIDADE (TP)- relação percentual entre área mínima permeável, permitindo assim
infiltração de água no solo do lote, e área total do lote;
USO MISTO- é a utilização da mesma via, do mesmo bairro, do mesmo loteamento, do mesmo lote ou
da mesma edificação por mais de uma categoria de uso;
VAZIOS URBANOS- Lotes ou glebas de terra inseridos na área urbana dotadas, ou não, de infraestrutura
e equipamentos sociais e que não cumprem a função social; e
VIBRAÇÃO- quanto ao impacto causado por atividade geradoras de vibração ou choque no entorno
imediato decorrente do uso de equipamentos e maquinário.
O processo de construção das propostas de revisão do Plano Diretor de Maragogi, que inclui normas
de parcelamento, uso e ocupação do solo, se deu de forma conjunta entre as secretarias municipais
com o apoio da consultoria técnica contratada e coordenação do Instituto de Pesquisa e Planejamento
Urbano de Maragogi (IPUMA).
Destaca-se que foram realizadas reuniões técnicas quinzenais entre a consultoria e o IPUMA, sendo
este último o agente articulador com as Secretarias Municipais e Conselhos. Do mesmo modo, foram
construídos momentos de diálogo e validação técnica dos aspectos propositivos com os gestores e
técnicos municipais.
Como etapa final do processo de construção técnica, o presente produto (Etapa 4) foi apresentado ao
Prefeito de Maragogi na presença de seus secretários através de videoconferência realizada em 01 de
outubro de 2020.