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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

OPERAÇÕES UNITÁRIAS

RELATÓRIO

AULA PRÁTICA
Nº 5
INTEGRANTES DO GRUPO Nº 1
Conceição Nunda 20162621
Diana de Carvalho 20160037
TORREJaDcquEelinRa
DEanSielFRIA201M701E30NTO
Nadiedja Gonçalves
Sheila Quilundo 20170648
CURSO: Engenharia Química DOCENTE: Letícia Torres
TURMA: EQM7
DATA: 2021

ÍNDICE Pag.

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................................3
3 MATERIAIS E MÉTODOS.............................................................................................................4
3.1 EQUIPAMENTOS E ARRANJO EXPERIMENTAL.............................................................4
3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL....................................................................................5
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.....................................................................................................5
Página 2 de

5 CONCLUSÕES.........................................................................................................................9
6REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................................9

1 INTRODUÇÃO

Torre de resfriamento é um equipamento frequentemente utilizado para o resfriamento da água


industrial, removendo o calor do processo por meio de evaporação da água. A água aquecida é
gotejada na parte superior da torre e desce lentamente através de enchimentos, em contracorrente com
uma corrente de ar. No contato das correntes de água e ar ocorre a evaporação da água, fenômeno que
produz seu resfriamento.

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O tratamento de água em sistemas de resfriamento tem relação com processos industriais,


afetando diretamente a eficácia da produção e vida útil dos equipamentos envolvidos. A função do
tratamento de água em torres de resfriamento é manter os trocadores de calor limpos de modo a obter
uma troca térmica eficiente.

As aplicações mais comuns incluem o resfriamento da água que circula nas refinarias de
petróleo, indústrias químicas, estações de energia e refrigeração do edifício.

As torres variam em tamanho, desde pequenas unidades no topo de telhados a estruturas


hiperboloides gigantescas que podem ser de até 200 metros de altura e 100 metros de diâmetro, ou
também estruturas retangulares que podem medir mais de 40 metros de altura e 80 metros de
comprimento. Elas estão frequentemente associadas a plantas de energia nuclear na cultura popular.

Quanto à disposição das correntes são classificadas em :

• Torres de fluxo em contracorrente;


• Torres de fluxo cruzado.

Nas torres de fluxo em contracorrente a água mais fria entra em contato com o ar mais seco
alcançando a máxima eficiência; existe menor risco de recirculação de ar.

Nas torres de fluxo cruzado o acesso aos elementos mecânicos e ao sistema de distribuição é
mais fácil, a entrada de ar pode abranger toda a altura da torre, tendo como consequência torres mais
baixas, reduzindo assim a potência de bombeamento;

A classificação mais difundida e de maior importância na avaliação de torres de resfriamento é


aquela baseada na forma de movimentação do ar através da mesma. De acordo com essa classificação
têm-se quatro tipos de torres:

• Torres atmosféricas;
• Torres de tiragem mecânica forçada ou induzida.

2 OBJECTIVOS

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2.1 OBJECTIVO GERAL

• Determinar o desempenho da torre de resfriamento tendo em conta a influência do Fluxo de ar


volumétrico, Temperatura da água de resfriamento, Fluxo de água volumétrico e a Densidade de
empacotamento. Para este efeito, as mudanças de estado do ar húmido são mostrados em um gráfico
de entalpia e humidade absoluta (h, x).

2.2 OBJECTIVO ESPECÍFICO

• Comparar a eficiência de torres de resfriamento com diferentes alturas e empacotamentos


(superfícies aletadas).

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 EQUIPAMENTO USADO

Está prática foi realizada de acordo com o uema experimental abaixo:


esq

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POLITÉC Luanda/Angola 0330 – Email:
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Figura 1: Esquema experimental usado na prática.

Descrição do esquema:

1. Ventilador radial 16. Bocal de pulverização; 9.Válvula Reguladora;

2. Câmara-de-ar; 10. Sensor de temperatura;

3. Tanque de água com aquecedor; 11. Medidor de vazão;

4. Válvula de drenagem para o tanque de água; 12. Tanque de alimentação;

5. Bomba; 13. Tampão de drenagem;

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6. Bypass com válvula de esfera; 14. Mangueira de conexão;

7. Filtro de água; 15. Eliminador de humidade;

8. Válvula de drenagem para o tanque de alimentação; 16. Bocal de pulverização;

17. Sensor de temperatura/Humidade; 24. Monitores digitais;

18. Sensor de temperatura para a água; 25. Interruptor para aquecedor;

19. Capa; 26. Interruptor principal;

20. Coluna de resfriamento (arrefecimento); 27. Interruptor para o ventilador;

21. Conexão para sensor de temp./Humidade; 28. Interruptor para a bomba;

22. Conexão para sensor de temp./Humidade; 30. Válvula butterfly.

23. Tomada de termopar para módulo add-on;

29. Conexão para medição de pressão;

3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

EXPERIMENTO 1:

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• Inicialmente encheu-se o tanque de água e montou-se a coluna de refrigeração, em


seguida ligou-se os sensores de temperatura / humidade combinados com os sensores
de temperatura, por fim ligou-se o sistema à rede elétrica e ligou-se o sistema no
interruptor principal;

• Dando continuidade ao procedimento ligou-se o computador e o aquecedor e


selecionou-se o nível de aquecimento, apos isso ligou-se o ventilador e ajustou-se o
fluxo de ar;

• Por fim ligou-se a bomba e ajustou-se o fluxo volumétrico de água nas seguintes
configurações experimentais são sugeridas:

• Coluna de arrefecimento: Tipo1

• Densidade de empacotamento AB: 110 m2 /m3

• Densidade de fluxo de chuva específica R: 0.49 Kg/(s.m2 )

• Capacidade de aquecimento: 1.0 KW

EXPERIMENTO 2:

Para este experimento realizamos os mesmos passos do experimento anterior usando


as seguintes colunas de arrefecimento com os seguintes parâmetros:

• Densidade de empacotamento AB: 0 m2/ m3

• Densidade de empacotamento AB: 77 m2/ m3

• Densidade de empacotamento AB: 200 m2/ m

Para este experimento as seguintes configurações experimentais foram exigidas:

• Capacidade de aquecimento: 1 KW

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• Densidade de fluxo de chuva específica R: 0.49 Kg/(s.m2)

• A pressão diferencial é mantida a uma constante 21 Pa usando a válvula de borboleta

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Apos a realização desta aula prática foram determinados os seguintes dados experimentais:

Tabela 1: Dados relativos as torres de refrigeração

Parametros Experimento 1 Experimento 2 Experimento 3


AB [m²/m³] 77 110 200
T1 [°C] 33.6435 27.9737 34.2133 28.7653 31.3778 28.2368
ϕ1[%] 52.8753 54.2123 54.3716 56.0551 56.0825 56.6622
T2 [°C] 47.8823 47.6720 47.1711 45.5863 48.3937 48.00637
ϕ2[%] 52.5280 52.6540 51.6843 52.5641 53.02863 54.3498
T4 [°C] 23.2934 34.4691 28.2171 34.4586 31.2725 33.1269
T5 [°C] 22.3928 24.28775 24.1471 24.9198 24.8358 21.9925
Vw [l/h] 0.3583 34.7586 -0.1387 36.5159 -0.0991 36.4464
mL [kg/s] 0.0095 0.0147 0.0075 0.0119 0.0072 0.0195
QL [W] 714.3662 1363.8538 489.5875 892.5326 503.5538 1625.5258
Z [K] 0.9018 11.2914 6.1901 9.6630 6.6576 12.3356
Qw [W] 0.3719 412.8713 -0.9296 394.6855 -0.6884 464.0246
a [K] -4.1733 1.6381 -2.4953 2.9447 0.5664 0.2899
η -0.4133 0.9865 1.7548 0.8741 0.9310 0.9868
mw [kg/h] 0.8822 1.4345 0.6344 0.9335 0.5523 1.7066
∆P [Pa] 5.5543 11.8378 2.8324 7.1178 2.5211 19.2644
VL[m³/h] 33.4928 51.5742 26.3392 41.7282 24.839 67.9586

Visto que a torre de resfriamento é um equipamento frequentemente utilizado para o


resfriamento da água industrial, removendo o calor do processo por meio de evaporação da
água, podemos dizer que como não há geração de massa no interior de uma torre de
resfriamento, logo a mesma quantidade de massa que entra equivale à que sai do sistema, pois
não há acúmulo de matéria, somente transferência de massa da fase líquida para a fase gasosa
em pequenas proporções.

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Com base a tabela acima é possível notar que coluna de transferência de massa e calor,
é sempre projetada de forma a permitir uma grande área de contato entre as duas correntes, é
possível notar na tabela acima que existem alguns valores negativos como para o fluxo
volumétrico (Vw) do experimento 02, bem como outros valores, isto acontece porque o
equipamento utilizado foi programado para ler determinados valores do processo, e como foi
feita uma analise para os primeiros e últimos valores dados pelo programa é normal que exista
esse tipo de variação , embora o mais correcto seria espelhar todos os valores obtidos, para
cada experiencia, isto não influenciaria muito, sendo que, estatisticamente é mais viável
retirar uma amostra de um conjunto, e assim dizer quais são as variações observadas.

Podemos dizer também que em termos de consumo energético, a torre demandará


potência para fazer escoar o ar, sendo que o enchimento da torre é um elemento que introduz
perda de carga. O contacto entre um líquido quente e um gás não saturado origina uma
vaporação do líquido para a corrente gasosa, que aumenta assim a sua humidade, enquanto a
temperatura da corrente líquida diminui. Estes mecanismos (designadamente o arrefecimento
do líquido) constituem a base de operações industriais de arrefecimento de grandes
quantidades de um líquido sobretudo para os sistemas de ar-água.

A maioria das propriedades das misturas de ar e vapor de água necessárias nos


cálculos de engenharia estão contidas na carta de humidade ou carta psicrométrica. Nestas
cartas a humidade absoluta está no eixo das ordenadas e a temperatura de bulbo seco no eixo
das abcissas. Geralmente estes gráficos se aplicam a pressões ambientes e a partir de duas
propriedades da mistura ar – vapor é possível se obter todas as outras através da leitura
gráfica. A carta psicrométrica relaciona temperatura, humidade, densidade e entalpia,
permitindo analisar a variação de energia envolvida na mudança das características físicas do
ar húmido, foi também por meio desta mesma carta psicrométrica que foi possível calcular e
comparar os parâmetros descritos abaixo :

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Tabela 2: Comparação dos valores obtidos pelo software com os valores lidos na carta psicométrica e
calculados
para o experimento 1

Parâmetros Experimento 1
Sotware Carta psi Erro
x(g/Kg) 16,01 16,18 0.010618
H(kj/kg) 75,5 75,9 0.005298
Tbh (⁰C) 22,2 22,6 0.018018
Vu(m3/kg) 0.88 0.88 0
PV(Kpa) ------ 2,62 ------
Sotware Calculado Erro
VI(m3/h) 33.4820 33.2021 0.008359
QI(W) 713.2345 714,7847 0.002173
Qw(W) 0.3818 0.3710 0.028287
h(W/m2⁰C) ------ 0.6654 ------
Vw(l/h) 0.359 0.781 1.175487

Tabela 3: Comparação dos valores obtidos pelo software com os valores lidos na carta psicométrica e
calculados
para o experimento 2.

Parâmetros Experimento 2
Sotware Carta psi Erro
x(g/Kg) 17.22 17.35 0.0075493
H(kj/kg) 78.80 78,61 0.0024111
Tbh (⁰C) 24.42 24.48 0.0024570
Vu(m3/kg) 0.88 0.90 0.0227272
PV(Kpa) ------ 2.72 ------
Sotware Calculado Erro
VI(m3/h) 26.438 26.0385 0.015111
QI(W) 489.4862 485.0231 0.009117

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Qw(W) -0.9208 0.195 0.788227


h(W/m2⁰C) ------ 0.4238 ------
Vw(l/h) -0.1369 0.532 2.886048

Após os cálculos realizados, foi possível observar uma pequena diferença com relação
a quantidade de água evaporada ( l/h), volume especifico e para o fluxo volumétrico do ar.
Esses erros podem estar associados ao mau manuseamento da máquina, a algumas
considerações empíricas para auxiliar na determinação do fluxo volumétrico do

ar e quantidade de agua evaporada, também na leitura da carta ao traçar as intersecções e na


busca de alguns valores da literatura para auxiliar nos cálculos.Podemos dizer também que na
coleta dos dados existem outros erros associados, como na determinação da vazão, pode não
ter havido uma sincronização satisfatória entre o tempo cronometrado e o volume medido.
Além disso, pode ter havido homogeneização da água aquecida pelas resistências, acarretando
uma imprecisão na medida da temperatura da água de entrada e ainda a medição da
temperatura de saída do ar pode ter ficado prejudicada, pois o instrumento de medição pode
não ter sido o adequado para a situação, sendo que o uso um instrumento mais preciso,
resolveria este problema.

5 CONCLUSÕES

O experimento proporcionou um aprendizado mais profundo nos conceitos de


operações envolvendo o contato direto entre um gás e um líquido, mais especificamente torres
de resfriamento e psicrometria. Mostrando a importância que os fenômenos de transferência
de massa e calor possuem nesta operação.

De acordo aos resultados obtidos, pode-se concluir que o nosso experimento foi
realizado com sucesso, isto porque os objectivos traçados foram cumpridos. Conclui-se
também que, tanto o fluxo volumétrico do ar, como da água, tendem a influenciar no
desempenho da torre de refrigeração, quando a quantidade de ar que é injectada na coluna de
resfriamento não é capaz de suplementar a quantidade de água pulverizada, obtém-se um
coeficiente de resfriamento muito baixo, ou seja, há necessidade que fluxo do ar seja maior
que o fluxo de água pulverizada que entra na coluna

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6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• CORTINOVIS, G. F.; SONG, T. W. Funcionamento de uma torre de resfriamento de


água.

• Revista de Graduação da Engenharia Química, São Paulo, 2006. Disponível em: .


Acesso em: 21/04/14.

• FERRAZ, F. Torres de Resfriamento. Santo Amaro, 2008. Disponível em:. Acesso em


21/04/14. MORAN, Michel J.

• Princípios de Termodinâmica para Engenharia / Michel J. Moran; tradução Francesco


Scofano Neto – RJ: Ed. LTC livros técnicos e científicos S.A., 2002.

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