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1. Introdução
O betão de retracção compensada é usado para minimizar a fissuração devida à
retracção do betão excluindo-se a retracção plástica havida antes do início de presa.
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As características físicas de um betão de retracção compensada são semelhantes às
dos outros betões.
2.2 - Hidratação
Os dois factores essenciais para que haja expansão são a quantidade adequada de
sulfatos solúveis e a existência de água suficiente. A etringite começa a formar-se mal
se junta a água e o processo acelera-se com a mistura.
Para que haja expansão a maior parte de etringite deve formar-se depois de existir
já alguma resistência no betão. Por isso o tempo de mistura deve ser apenas o necessário
para que a mistura fique homogénea, caso contrário seria desperdiçado o efeito de
etringite. Se a cura for adequada a etringite aparecerá durante e depois do
endurecimento até que todo o SO3 e Al2O3 desapareçam.
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2.3 – Calor de hidratação
2.4 - Finura
2.5 - Armazenamento
Estes cimentos, tal como o cimento portland, são afectados pela exposição à
humidade e ao anidrido carbónico. Esta exposição pode reduzir a expansão potencial
destes cimentos.
2.6 - Ensaios
O ensaio para medida da expansão é feito de acordo com a norma ASTM C 806
usando prismas de argamassa com 50? 50? 254 mm.
3. Agregados
Podem ser usados agregados leves, normais ou pesados desde que possuam as
características necessárias para fazer parte da composição de um betão de cimento
portland normal.
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Pelas razões apresentadas é aconselhável que sejam efectuados ensaios em
laboratório antes da fase de produção em obra.
4. Água
A água tem de obedecer às normas usadas para os betões de cimento portland
normal. Se houver a presença de cloretos ou sulfatos, mesmo com valores aceitáveis
(segundo a norma), devem ser feitas misturas com essa água para avaliar se há efeitos
negativos.
5. Adjuvantes e adições
O efeito dos introdutores de ar, plastificantes, retardadores e aceleradores tanto
pode beneficiar como prejudicar, pelo que é necessário um estudo para verificar a
compatibilidade com o cimento.
O ensaio em laboratório deve ser feito com todos os materiais a usar em obra e em
condições climatéricas semelhantes e envolvem a determinação da influência do
adjuvante na expansão, quantidade de água de amassadura, introdução de ar,
trabalhabilidade, perda de trabalhabilidade, exsudação, evolução da tensão de rotura e
retracção.
De um modo geral:
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Como em laboratório os métodos de mistura e colocação são diferentes dos usados
em obra é indispensável que antes do início dos trabalhos se efectuem ensaios à escala
industrial.
6. Betão
A tensão de compressão, flexão e tracção do betão após a expansão é semelhante à
do betão com cimento portland normal sujeito à cura por vapor.
Tal como no betão de cimento portland quanto mais baixa for a razão A/C maior
será a tensão de rotura.
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Figura1 - Retracção do betão de cimento Portland e do betão de retracção compensada.
7. Composição do betão
7.1 - Generalidades
Tal como em qualquer betão com cimento portland não se pode esperar o seu bom
desempenho se a composição não for adequada.
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haja um acréscimo na água de amassadura e da dosagem de cimento para se obter a
expansão desejada.
7.2 – Constituintes
7.2.1 - Agregados
7.2.2 - Cimento
7.2.3 - Água
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7.2.4 - Adjuvantes
- Aceleradores
7.2.5 - Trabalhabilidade
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minimizar o tempo de espera para descarregar. Se o tempo de viagem for muito grande
será preferível optar pela via seca colocando o cimento depois de todos os agregados e
viajando com o tambor parado; a mistura é feita em obra o que requer que os camiões
estejam em perfeitas condições.
Neste caso, para garantir o valor do slump requerido à chegada da obra pode
empregar-se um plastificante compatível com o cimento, mas sem reduzir a quantidade
de água de amassadura.
8. Colocação
Os processos de colocação podem ser os usados no betão de cimento portland,
incluindo a projecção. Geralmente o betão com cimento de retracção compensada é
mais coeso e tem menos tendência a segregar. Por esta razão está indicada a bombagem.
Tem sido também usado no fabrico de tubos e em pavimentadoras.
Sob temperaturas altas, tempo seco e vento, todo o betão tem tendência a perder
água, aparecendo fissuração; o betão com cimento de retracção compensada é muito
mais sensível à perda de água, pois esta é essencial à formação de etringite. A perda
irregular de água à superfície pode dificultar o acabamento.
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9. Acabamento
Por ser coesivo o betão com cimento de retracção compensada permite um
acabamento de boa qualidade; o comportamento pode assemelhar-se ao do betão com
introdutor de ar. Mesmo com slump alto a exsudação é muito baixa ou nula. Em tempo
quente o acabamento terá de ser feito o mais rápido possível para evitar a secagem.
10. Cura
Tal como os outros betões, o betão com cimento de retracção compensada requer
uma cura eficaz. A cura deficiente pode reduzir a expansão.
Dos métodos de cura normalmente usados, verifica-se ser mais eficaz a aspersão
com água ou a colocação de telas molhadas sob a superfície. A cura deste betão deve
durar no mínimo 7 dias e deve ter início logo após o acabamento. No caso das
membranas de cura a pulverização deve ser feita em duas direcções perpendiculares
empregando equipamento capaz de uma colocação rápida.
A cofragem deve permanecer pelo menos 7 dias caso contrário toda a peça terá de
ser sujeita a cura.
Nas primeiras idades o betão com cimento de retracção compensada deve ser
protegido das altas e das baixas temperaturas.
REFERÊNCIAS
ACI 223 - Standard Practice for the use of Shrinkage - Compensating Concrete -
American Concrete Institute .
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ADJUVANTES QUE REDUZEM A RETRACÇÃO DO BETÃO
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